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Aos 14 anos, o estudante Rodrigo Medeiros pesava 112 quilos. Quando contou aos amigos que começaria a treinar triatlo, ouviu piadas. Determinado, ingressou no programa social que a triatleta Fernanda Keller mantém em Niterói e passou a fazer exercícios quatro vezes por semana. Mas a redução de peso ocorreu mesmo quando ele começou a ter acompanhamento de nutricionistas. Chegou aos 80 quilos.

"Quando eu comecei, os outros garotos me chamavam de gordinho. Ficava sempre para trás. Fui melhorando as minhas marcas e fui passando um a um", diz o rapaz, de 16 anos, que já correu a meia maratona e ganhou troféus em campeonatos estaduais.

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Rodrigo está entre as 70 crianças e adolescentes atendidos pelo projeto Correndo Por Um Ideal, que há três anos recebem acompanhamento médico e orientação nutricional. Nesse período, o número de meninos obesos caiu de 60% para 20%. Entre as meninas, a redução foi de 25% para 8%.

O Instituto Fernanda Keller começou a atender crianças e adolescentes em 1998, com atividades esportivas no contraturno escolar.

No entanto, apesar dos exercícios, Fernanda percebia que algumas crianças não conseguiam ficar no peso ideal - algumas estavam abaixo e muitas acima. Havia ainda casos de desnutrição. Em 2009, ela inscreveu o projeto Correndo Por Um Ideal em um edital de patrocínio da Nestlé. Foi selecionada. "O edital não era voltado para projetos de esporte, mas o nosso foi o único programa esportivo selecionado no Brasil todo", conta Fernanda.

Das mais de 500 crianças atendidas no Instituto Fernanda Keller, hoje 200 estão inscritas no Correndo Por Um Ideal. "O principal critério é o comprometimento familiar. Por causa disso, temos uma evasão mínima e fila de espera", diz Priscilla Accorsi Voss, coordenadora pedagógica e de projetos do instituto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De autoria do vereador Almir Fernando (PCdoB), está em tramitação na Câmara Municipal do Recife o projeto de lei nº 113/2012 que tem a finalidade de implementar ações eficazes para a reeducação de peso no combate à obesidade adulta, infantil e mórbida da população recifense. A ideia é que o programa intitulado de ‘Combate à Obesidade e Sobrepeso’ fique sob a coordenação de um médico endocrinologista.

O projeto de lei será analisado pelas comissões permanentes e ficará à disposição dos vereadores da Casa José Mariano para receber possíveis emendas, antes de ser votado em plenário. O documento apresenta diretrizes da política de combate à obesidade, como a promoção e o desenvolvimento de programas, projetos e ações, de forma intersetorial, que efetivem no município o direito humano universal à alimentação e nutrição adequada; como também a adoção de medidas voltadas ao atendimento de médicos endocrinologistas e nutricionistas em ambulatórios e hospitais municipais da cidade.

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No documento, o vereador sugere que seja firmado um convênio ou parceria com as faculdades de Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia, Educação Física, Psicologia, entre outras, em conjunto com os ambulatórios do município para montar serviços direcionados ao atendimento a pacientes. As parcerias preveem a obrigação de contratação de novos profissionais por parte da Prefeitura do Recife que deverá oferecer oportunidades aos universitários (sob-responsabilidade dos chefes dos serviços enriquecendo o currículo de cada aluno e preparando-o para o futuro), como descreve parte do documento proposto.

“A obesidade é mais do que um problema com a aparência; é um perigo para a saúde. O SUS não está atendendo à demanda necessária, pois está sobrecarregado com pacientes migrados de planos de saúde. Por isso, se fazem necessárias parcerias ou convênios em prol de amplo e melhor atendimento ao público alvo” justificou o vereador.

O programa de Combate à Obesidade e ao Sobrepeso também prevê formas de encaminhamento dos pacientes que forem obesos ou apresentam sobrepeso ao serviço de nutrição que funcionará sob forma de reuniões em grupo. Os encontros poderão ser estendidos para pacientes diabéticos, renais crônicos, hipertenso, cardiopatas, dentre outros.

Homens com baixo nível de testosterona, o hormônio sexual masculino, e que não obtiveram sucesso para o tratamento convencional contra obesidade podem ser beneficiados com a reposição hormonal, apontam estudos recentes do endocrinologista alemão Farid Saad, da área científica do laboratório Bayer HealthCare Pharmaceuticals.

Um dos estudos, apresentado em encontro da Sociedade de Endocrinologia, em Houston, acompanhou 115 homens por cinco anos, com baixos índices de testosterona. Com a reposição hormonal - seguida de dieta e exercícios -, a perda média foi de 16 quilos e a circunferência abdominal baixou de 107 para 98 centímetros.

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Em outro trabalho, que revisou estudos mundiais sobre o tema e foi publicado no periódico Current Diabetes Reviews, Saad conclui que a reposição "pode ser eficaz porque melhora o humor e reduz a fadiga, o que pode motivar o homem a aderir à dieta e aos exercícios para o combate à obesidade".

"A testosterona não é medicamento antiobesidade e a reposição só deve ser feita por quem tem baixa produção desse hormônio. O que a pesquisa mostra é que a reposição hormonal otimiza a melhora de peso se estiver aliada à dieta e à atividade física", ressalta o endocrinologista João Eduardo Salles, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia.

Redução

Os níveis de testosterona começam a cair naturalmente a partir dos 45 anos. A redução acentuada do hormônio é conhecida como andropausa e provoca perda da libido, de massa muscular, disfunção erétil, entre outros sintomas. "O que se sabe hoje é que a obesidade pode causar a redução de testosterona de forma mais rápida, principalmente a obesidade que tem como apresentação o acúmulo de gordura na circunferência abdominal", explica Salles.

Esse acúmulo de gordura na cintura pode reduzir a ação da insulina: além de causar predisposição para diabetes e hipertensão, causa redução na produção de testosterona. "A diminuição de testosterona leva à piora da obesidade. E a obesidade também pode levar à diminuição da testosterona. Provoca um ciclo vicioso."

O grave é que são poucos os homens que sabem sobre a andropausa e testaram os níveis de testosterona. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, com apoio da Bayer, mostrou que 66% não sabem o que é andropausa e 64% nunca fizeram testes para medir o hormônio masculino. Foram ouvidos 5 mil homens, com mais de 40 anos.

"Chama a atenção o fato de grande parte dos homens não cuidar de nada: 59% não fazem dieta, 49% não fazem atividade física, 38% não vão ao médico com frequência. No entanto, 37% usam algum remédio para disfunção erétil. Eles não sabem que a queda da testosterona pode estar ligada a essa disfunção e a reposição pode melhorar a ereção", diz Archimedes Nardozza Junior, diretor do núcleo de pesquisa da SBU e coordenador da pesquisa.

Para Nardozza, a mensagem é que o homem precisa se tratar. "Ao contrário das mulheres, eles não vão ao médico. Esse é o grande mote da campanha da Sociedade Brasileira de Urologia: cuide-se", afirmou o especialista.

 

Indicação

A reposição hormonal é feita com injeções quinzenais, mensais ou trimestrais, dependendo da formulação do medicamento e do laboratório. Alguns pacientes sofrem com efeitos colaterais, como aumento de células vermelhas (policitemia), irritabilidade, ereção permanente (priapismo). "São efeitos muito raros", afirma o endocrinologista João Eduardo Salles.

Ele ressalta que a reposição só é indicada para pacientes com deficiência desse hormônio. "O uso para aumentar massa muscular é contraindicado." Segundo o médico, a reposição não causa câncer. "Mas a reposição da testosterona está contraindicada para os que têm câncer de próstata ou os que já tiveram." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A FDA - agência americana que regulamenta fármacos e alimentos - aprovou anteontem a comercialização de um novo remédio para tratar a obesidade: o Qsymia, antigo Qnexa, da farmacêutica Vivus. Em menos de um mês, esta foi a segunda autorização que a FDA deu para drogas para emagrecer, depois de ficar 13 anos sem aprovar nenhum remédio com essa finalidade e de suspender a venda de outros por conta de efeitos colaterais.

O Qsymia será indicado para adultos obesos com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 ou para adultos com sobrepeso e IMC acima de 27, desde que tenham alguma comorbidade associada, como hipertensão, diabete tipo 2 ou colesterol elevado.

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A droga é a mistura de dois outros medicamentos já existentes: a fentermina (derivado da anfetamina que funciona como supressor de apetite) e o topiramato (anticonvulsivante usado no tratamento de epilepsia e enxaquecas). No Brasil, os medicamentos para emagrecer derivados de anfetamina foram banidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado - restaram a sibutramina e o orlistate como alternativas oficiais aos pacientes.

Dosagem

Segundo a FDA, a dose diária recomendada de Qsymia contém 7,5 miligramas de fentermina e 46 mg de topiramato. Também foi liberada a comercialização de uma dose mais elevada (15 mg de fentermina e 92 mg de topiramato) para pacientes selecionados.

Os resultados de dois ensaios clínicos mostram que, após um ano de tratamento com a dose diária recomendada e com a mais elevada de Qsymia, os pacientes tiveram uma perda de peso média de 6,7% e 8,9%, respectivamente. Na média, cerca de 69% dos pacientes perderam ao menos 5% do peso corporal com a dose recomendada, em comparação com 20% dos pacientes tratados com placebo.

Segundo Márcio Mancini, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, esse resultado é a maior perda de peso já obtida com um medicamento registrado nos EUA. "É uma perda de peso muito considerável. A sibutramina alcança a perda de peso obtida com a dose menor dessa droga", diz.

Efeitos colaterais

De acordo com Mancini, os dois medicamentos já existem no mercado americano isoladamente, mas tinham muitos efeitos colaterais quando administrados sozinhos. Assim, a união das substâncias reduziu a dose a ser consumida e os efeitos colaterais teoricamente ficariam menores.

O risco de efeitos adversos graves, aliás, é um dos perigos do consumo do Qsymia sem orientação médica adequada. Segundo a FDA, o medicamento não deve ser usado por grávidas porque pode provocar má-formação fetal, em especial o aparecimento de lábio leporino. A recomendação da agência é de que a mulher faça um teste de gravidez antes de iniciar o uso desse medicamento. A droga também não deve ser usada em pacientes com glaucoma ou hipertiroidismo. Ela também pode aumentar a frequência cardíaca.

Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso), estima que de 10% a 20% dos pacientes devem apresentar algum efeito colateral previsto no uso da medicação, como boca seca, mudanças no paladar e alterações da frequência cardíaca.

Como os funcionários da Anvisa estão em greve, a agência não se pronunciou sobre essa aprovação. Mas, segundo Rosana, ainda não há previsão para que esse medicamento seja submetido à avaliação da Anvisa.

"Se a Anvisa olhar para essa medicação com olhos isentos de preconceito, já que ela tem um componente derivado da anfetamina, é possível que esse medicamento seja registrado no Brasil e vire mais uma arma no combate à obesidade", afirmou Mancini. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Termina nesta sexta-feira (15) o prazo de inscrição para o “Programa de Intervenção Multidisciplinar para Tratamento da Obesidade em Adolescente”, da Escola Superior de Educação Física (ESEF), vinculada a Universidade de Pernambuco (UPE).

O projeto disponibiliza 120 vagas para adolescentes de ambos os sexos, de 13 a 18 anos, pesando no máximo 120 quilos. Jovens que apresentam restrição para a prática regular de exercícios físicos não poderão participar do programa.

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Os selecionados terão acompanhamento com endocrinologista uma vez por mês, além de consulta nutricional mensal e realização de exercícios físicos três vezes por semana. O projeto é gratuito e acontecerá de julho a dezembro deste ano. Para participar é preciso agendar visita para avaliação através do telefone: 3183.3379, em horário comercial.

O trânsito nas grandes metrópoles brasileiras está cada vez mais complicado. No Recife e Região Metropolitana (RMR), por exemplo, nos horários de pico acontecem engarrafamentos e as principais vias são obstruídas pela grande quantidade de veículos, que prejudicam a mobilidade urbana. Além disso, quem precisa usar o transporte público tem ainda mais dificuldade - ônibus lotados, sem boas acomodações, temperaturas elevadas por conta do calor, confusão no momento do embarque, e também há motoristas e cobradores que não atendem bem os passageiros.

Ao embarcar em um veículo o passageiro tem que agir como um “verdadeiro atleta”. Afinal de contas, se manter em pé e seguro, e conseguir passar pelas pessoas até a hora do desembarque exige muito esforço e contorcionismo. A situação piora para quem está acima do peso, porque os “gordinhos” têm mais dificuldades de se acomodarem nos veículos lotados. Além da maioria dos ônibus não possuírem assentos especiais para pessoas com sobrepeso, há casos em que cobradores obrigam os usuários a passar pela catraca, que por ter um espaço reduzido, dificulta a locomoção de quem é gordo e gera constrangimento.

Edilma Barbosa de Lima, de 42 anos de idade, há tempos deixou de utilizar o serviço, uma vez que passou por preconceito de alguns motoristas e cobradores. “Eles dificultavam muito e debochavam. O gordo não é diferente. Nós somos gente e temos direito como as outras pessoas”, desabafa Edilma. Ela revela que discutia bastante com alguns rodoviários que lhe tratavam mal. “Eu discuti muito, porque eu não conseguia passar pela catraca. Eles implicavam comigo”, relembra.

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A mulher opina que nos transportes públicos deveriam existir mais locais reservados para pessoas gordas. “Eu creio que, assim como os idosos têm a parte reservada para eles na frente dos veículos, as empresas deveriam deixar pelo menos uns bancos para os obesos”.

A questão prejudicou um sonho profissional de Edilma. Pelas dificuldades enfrentadas no transporte, ela deixou de estudar. “Eu deixei de fazer o meu curso de técnico em administração por falta da minha mobilidade. Chegou um momento que, faltando apenas meio período para eu terminar o curso, eu já não conseguia subir no ônibus. Eu caía, sem forças, e não conseguia andar”, relata Edilma, emocionada.

A versão do Consórcio  - De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, empresa responsável pelos serviços de ônibus no Recife e RMR, existem três mil veículos que atendem os usuários de transporte público, divididos em 385 linhas. Desse número de conduções, apenas 30% possuem assentos reservados para pessoas acima do peso.

A assessoria de comunicação do Grande Recife afirma que os passageiros com dificuldade de passar pelas catracas por conta do tamanho do corpo, não são obrigados a cruzar o espaço. “Desde o ano de 2007, existe uma Lei que garante que as pessoas obesas podem pagar a passagem e descer pela porta dianteira. Se a parte da frente do ônibus também estiver cheia com pessoas idosas, portadoras de necessidades ou gestantes, o usuário pode pagar o bilhete, descer do ônibus e entrar pela porta dianteira”, alerta a assessoria.

As pessoas que sofrerem qualquer tipo de constrangimento devem entrar em contato com o Grande Recife: (81) 3182-5542/ 5544/ 5543.

Metrôs - Segundo a assessoria de comunicação da Superintendência de Trens Urbanos do Recife (CBTU-Metrorec), existem dois assentos exclusivos para pessoas obesas por Veículo Leve sobre Trilho (VLT), e ao todo, existem três VLT´s. A assessoria explica que a quantidade é pequena porque antigamente não existia essa preocupação, com a justificativa de que “o número de obesos não era tão grande”.

No entanto, até a Copa do Mundo de 2014, a CBTU-Metrorec informa que comprará mais 15 trens, todos já com locais exclusivos para passageiros acima do peso. Atualmente, a CBTU-Metrorec possui 25 trens.

Lei em nome dos obesos - O Projeto de Lei 2999/11, que está em análise na Câmara dos Deputados, pretende reservar assentos para pessoas obesas no transporte público coletivo. A proposta altera a Lei do Atendimento Prioritário (10.048/00), que reserva locais para idosos, gestantes, lactantes, pessoas com necessidades especiais e passageiros acompanhados por crianças de colo.

De acordo com a proposta, os veículos de transporte coletivo produzidos um ano após a publicação da respectiva Lei, deverão ser planejados de forma a facilitar o acesso das pessoas obesas. No que diz respeito aos coletivos que já estão em utilização, haverá um prazo de 180 dias para as adaptações necessárias.

O deputado licenciado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é o autor da proposta. Ele acredita que a lei atual é restritiva por não incluir as pessoas obesas entre as que possuem mobilidade reduzida. O projeto está em tramitação em conjunto com o PL 4427/01, que aguarda inclusão na pauta do Plenário.

A proporção de pessoas acima do peso no Brasil passou de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011, enquanto o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8% no mesmo período, de acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O estudo foi divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde.

O aumento da obesidade e do excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso, enquanto em 2011 as proporções passaram para 52,6% e 44,7%, respectivamente.

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Entre os homens, o problema do excesso de peso começa cedo e atinge 29,4% dos que têm entre 18 e 24 anos. Entre homens de 25 a 34 anos, o índice quase dobra, chegando a 55%. Dos 35 aos 45 anos, o percentual é 63%. As informações são da Agência Brasil.

O Brasil vem enfrentando uma guerra contra a balança. O número de brasileirinhos com idade entre 5 a 19 anos que são classificados como obesos está crescendo a cada ano. 

Para amenizar e combater esse inimigo, os ministérios da Saúde e da Educação estão em campanha contra a obesidade infantil. Nutricionistas e profissionais do projeto Estratégia Saúde da Família acompanharam, no começo do mês de março, mais de 22 mil escolas públicas em 1.938 municípios que aderiram à iniciativa de mobilização. Mas a campanha deve ser diária. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a prevalência de obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% nas últimas duas décadas, devido aos hábitos sedentários e a má alimentação vinda de casa. 

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Na Região Metropolitana do Recife, o Colégio Madre de Deus, investe na premissa de que comer frutas e verduras é o melhor caminho para um crescimento saudável. As crianças do ensino infantil, com idade de 4 a 6 anos, já trazem na lancheira o alimento do dia. De acordo com a coordenadora da educação infantil, Renata Bischoff, a escola disponibiliza para os pais uma sugestão de cardápio que é feito pela nutricionista da instituição. “Entregamos uma lista variada de lanches, frutas e sucos que os alunos podem trazer para a escola, já que muitos pais não tem tempo de preparar algo e acaba optando pelo biscoito, então damos esse incentivo”, explica Bischoff.  Nas terças e quintas-feiras, as crianças levam frutas variadas. 

O estímulo às atividades físicas nas escolas e a alimentação vem sendo tratada nas escolas de forma integrada nas demais disciplinas. A importância do acompanhamento de um pediatra ou de um nutricionista deve ser passada para os pais e seguida pela escola. Vera do Nascimento, mãe de Diego de 6 anos, sempre incentivou o consumo de alimentos mais saudáveis em casa. “Diego tem esse hábito desde pequenininho e aqui na escola ele só fez aperfeiçoar”.  Mas a influência dos famosos fast-food pode ser um obstáculo. Vera afirma que ficou na dúvida quando o assunto é hambúrguer, batata frita e refrigerante e procurou uma especialista. “A pediatra do Diego me disse que mesmo com a alimentação saudável, eu não posso negar, pelo menos nos fins de semana, um lanche mais pesado. Mas tenho que saber lidar quando o assunto é alimentação”, declarou a mãe. 

A obesidade pode gerar graves distúrbios metabólicos, físicos e psicossociais nos jovens, podendo causar diversas doenças em vários aparelhos e sistemas como hipertensão arterial, aterosclerose, trombose sistêmica, apnéia do sono, restrição ventilatória, resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2, diminuição da fertilidade em homens e mulheres, distúrbios do comportamento, do humor (afetivos), da personalidade, distúrbios neuróticos, entre outros.

Promover melhorias na qualidade de vida da população é uma forma de frear essa situação no Brasil. Para isso, ensinar, reeducar e estimular um estilo de vida saudável para as novas gerações serão as armas mais eficazes contra a obesidade. 

Mais da metade da população mundial, ou 53% das pessoas, considera-se acima do peso. Moradores da América Latina superam essa média global, já que 58% dos entrevistados dizem estar acima do peso ideal.

Os resultados mundiais serão divulgados hoje e integram uma pesquisa sobre tendências de alimentação realizada pela Nielsen em 56 países, incluindo o Brasil. Foram entrevistadas 25 mil pessoas. De acordo com a pesquisa, 74% dos entrevistados declararam mudar hábitos alimentares e fazer dieta para perder peso, seguido da prática de exercícios físicos (61%). Além disso, 52% dos entrevistados não entende nada ou quase nada do que vem descrito nos rótulos das embalagens.

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"Entendemos que isso é um alerta para os fabricantes. É de senso comum, por exemplo, que chocolate engorda, porém quase não se fala sobre os benefícios do cacau para o coração", diz Claudio Czarnobai, analista da Nielsen.

A pesquisa demonstra que 8% dos entrevistados da América Latina afirmam usar remédios para perder peso. Os brasileiros, no entanto, superam esse índice: 12% dizem tomar medicamentos.

"Muitas pessoas não ficam satisfeitas em perder só o peso necessário para ser saudável e acabam tomando medicamentos sem necessidade", alerta Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social, em parceria com outros 17 ministérios, finalizaram um documento que vai subsidiar as metas para controle e redução da obesidade no Brasil para os próximos dez anos. O plano deve ser lançado em janeiro.

O Plano Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade tem como objetivos principais reverter a curva de crescimento da obesidade reduzindo drasticamente os índices entre crianças de 5 a 9 anos e estacionar a evolução do problema entre adultos.

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Segundo Maya Takagi, secretária nacional de segurança alimentar e nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social, o plano terá três eixos para atingir as metas: o primeiro é aumentar a disponibilidade e a oferta de alimentos frescos (frutas, hortaliças, grãos e peixes), fortalecendo o programa de alimentação escolar, ofertando cardápios mais saudáveis em restaurantes populares e ampliando a comercialização das 15 frutas e das 10 hortaliças mais consumidas.

O segundo eixo é de educação e informação, detalhando como a alimentação saudável deve ser trabalhada em escolas e em políticas públicas. A ideia é atualizar os guias alimentares levando em consideração as condições regionais e elaborar materiais de orientação à população, com campanhas educativas na TV, rádio, jornais, redes sociais etc.

O terceiro eixo é a promoção de modos de vida mais saudáveis, com incentivos para a construção de ciclovias, academias populares e outras ações que tenham como foco a adoção de hábitos para uma vida saudável.

"Esse é um plano que temos fomentado. As metas são para dez anos porque mudar hábito alimentar não é uma coisa que se muda de uma hora para outra. Por isso, nossa proposta é lançar o plano já com ações operacionais no início de 2012", diz Maya. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A infertilidade tem se tornado um problema sério nos EUA durante as últimas duas décadas.

Isto coincide com o rápido incremento nas taxas de obesidade. Atualmente 66% dos americanos estão acima do peso ou são obesos.Sabemos que não há nenhuma prevenção no conmtrole desta epidemia.

Homens obesos têm um aumento no risco de infertilidade devido ao baixo nível de testosterona livre e do hormônio folículo estimulantes. A obesidade também interfere nos hormônios femininos, que termina promovendo a infertilidade.

Um estudo da fundação de ciências européia reportou que homens obesos produzem menos testosterona e tem uma quantidade 20% menor de esperma do que homens com peso normal. Para muitos homens obesos a fertilização “in vitro” pode ser sua melhor chance para ter filhos, já que a maneira tradicional não funciona para eles.

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