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A epidemia de obesidade no Brasil começa a dar sinais de estagnação. Dados inéditos do Ministério da Saúde obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo" mostram que a explosão de casos assistida na última década perdeu ritmo nos dois últimos anos. "Os indicadores apontam para uma tendência de estabilização entre a população das capitais", afirma a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho de Souza.

Os números, no entanto, estão longe de ser tranquilizadores. "Os patamares ainda são muito elevados. Mais do que nunca, é preciso reforçar a prevenção", constata. Entre as medidas consideradas cruciais, estão mudanças nas regras de rótulos de alimentos, para que a população possa fazer escolhas mais conscientes, e políticas que permitam maior acesso a frutas e hortaliças.

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A pesquisa do Ministério da Saúde mostra que 18,9% da população acima de 18 anos das capitais brasileiras é obesa. O porcentual é 60,2% maior que o obtido na primeira vez que o trabalho foi realizado, em 2006. Naquele ano, 11,8% dos entrevistados estavam com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30. Embora bastante elevado, sobretudo quando comparado com outros países da América do Sul, os indicadores são os mesmos obtidos em 2015.

"Daí a indicação de que a velocidade da expansão começa a cair", afirma Maria de Fátima. O mesmo ocorre com o excesso de peso. Em 11 anos, a expansão da população com peso acima do considerado ideal foi de 26,8%. De 2015 para 2017, contudo, os indicadores permaneceram estáveis. Há três anos, 53,9% da população estava acima do peso. No dado mais recente, 54%. Uma nova pesquisa deverá ter início no fim do ano para comprovar esses dados. No novo estudo, voluntários terão seu peso medido pelos entrevistadores.

Novos hábitos

Os sinais de estabilização de sobrepeso e obesidade nos últimos dois anos vêm acompanhados de mudanças no comportamento do brasileiro. Ele hoje consome menos refrigerante e bebidas adoçadas que na última década e se exercita um pouco mais. Em 10 anos, a queda do consumo de bebidas foi de 52,8%. Em 2007, 30,9% dos moradores das capitais faziam uso regular desses produtos. Agora, o comportamento é citado por 14,6%.

"Houve uma queda importante, mas o consumo no País ainda é muito alto", afirma a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa. Sobretudo entre a população mais jovem. Na faixa entre 18 e 24 anos, 22,8% consomem refrigerantes e bebidas adoçadas regularmente. "Do ponto de vista nutricional, esses produtos não trazem nenhuma vantagem e têm grande concentração de açúcares. O ideal seria reduzir ao máximo o consumo", afirma Michele. A faixa etária mais jovem é a que mais ingere essas bebidas e, ao mesmo tempo, a que apresentou menor redução de consumo no período analisado: 43,17%.

Alimentação e exercício

O raciocínio vale ainda para a melhora nos indicadores de consumo de frutas e hortaliças. Os números avançaram positivamente, mas ainda não alcançaram a meta ideal. Entre a população de 18 a 24 anos a ingestão recomendada de pelo menos cinco porções por semana desses alimentos subiu 25%. Mesmo assim, apenas 19,63% consomem esses alimentos nessa frequência. Os números vão melhorando com o passar dos anos de vida. Dos entrevistados com mais de 65 anos, 26,9% fazem o consumo desses alimentos na proporção recomendada.

Além da alimentação, os indicadores de atividade física também melhoraram. Houve um aumento de 24% de pessoas que afirmam se exercitar de forma leve ou moderada. "Todos esses indicadores precisam melhorar. O ideal é que toda população coma ao menos cinco porções de frutas e hortaliças por dia. E que se exercite de forma moderada, mas frequente", avalia Maria de Fátima.

A tarefa, no entanto, não é fácil. "Há dificuldades de acesso, sem falar em preços", diz. Batizada de Vigitel, a pesquisa do Ministério da Saúde é feita por telefone, com população acima de 18 anos residente nas capitais do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora o aumento do sobrepeso e da obesidade tenha se dado em todas as faixas etárias e em todas as regiões do País na última década, os jovens foram os mais afetados. O número de obesos de 18 a 24 anos mais que dobrou em 11 anos e alcança os 9%. Além disso, um terço das pessoas nessa faixa etária está com sobrepeso.

A preocupação com pessoas nessa faixa etária se dá não apenas pela velocidade com que o fenômeno avança, mas pelas consequências. Quanto mais cedo jovens ficam acima do peso, maior o risco de desenvolverem doenças.

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O impacto para o sistema de saúde também é expressivo. O cálculo é de que o País gaste cerca de R$ 16,9 bilhões por ano com tratamentos de problemas relacionados à obesidade, como asma, hérnia de disco e distúrbios cardiovasculares.

Os números reunidos pelo Ministério da Saúde mostram que os efeitos da obesidade já são sentidos. O diabetes, por exemplo, cresce de forma expressiva. Entre 2006 e 2017, os registros subiram 49% entre a população de 25 a 34 anos.

Quando se analisa a população como um todo, fica claro não haver diferenças significativas entre gênero. Em São Paulo, por exemplo, 8,6% das mulheres já receberam a confirmação do problema e 8,3% dos homens. A estatística nacional é um pouco menor: 7,6%.

O estudo mostra que a população masculina é a mais afetada tanto pelo sobrepeso quanto pela obesidade. Em todas as capitais e no Distrito Federal, mais de 50% dos homens está acima do peso. Em 7 capitais, a marca já ultrapassou os 60%.

A situação das mulheres, contudo, está longe de ser menos alarmante. Em 12 Estados, mais da metade das mulheres têm excesso de peso.

A auxiliar administrativo Thaís Machado Martins, de 29 anos, já foi obesa e passou por um processo de emagrecimento quando estava com 26 anos. Agora, após ter a primeira filha, está novamente tentando melhorar a alimentação e cortar o refrigerante. "Tinha muita gordura no fígado e o médico chegou a falar que eu estava a um passo de ter cirrose hepática. Foi um susto, mas, mesmo assim, não comecei a mudar os hábitos. Quando você está acima do peso, você não come o que é correto."

Ela conta que, alguns meses depois, entrou para o programa Vigilantes do Peso e, em um ano e meio, emagreceu 21 quilos. "Quando entrei, estava pesando 102 kg e tenho 1,70 metro. Em março de 2017, já estava com 81 kg. Em junho, engravidei", conta.

Nos primeiros cinco meses de gestação, teve muito enjoo. "Quando a água com gás não resolvia, eu tomava refrigerante. Ganhei 22 kg na gravidez."

Agora, que a filha está com 3 meses, Thaís está tentando ter uma alimentação balanceada. "Estou com 85 kg. Diminuí bastante o refrigerante e estou tentando comer melhor." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cardiologista Carlos Alberto Machado afirma que o aumento das mortes por doenças não transmissíveis está ligado a uma combinação de piora no estilo de vida, envelhecimento populacional e redução do acesso aos serviços de saúde públicos e privados. "O estilo de vida das pessoas está ruim. Temos uma epidemia de obesidade e a qualidade da alimentação é péssima, com aumento do consumo de comida industrializada. A maioria da população vive nos grandes centros urbanos e, até em função da violência, se fecha em casa e faz menos atividade física."

As mudanças nessa "cultura" ainda são de difícil implementação e não encontram consenso nem entre os especialistas da OMS. Apesar das recomendações, não houve um acordo entre eles sobre como responsabilizar o setor privado para reduzir o grau de açúcar nos produtos ou elevar impostos sobre refrigerantes - prática defendida pela entidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A prefeitura de Londres quer banir anúncios de fast food nos transportes públicos terrestres e subterrâneos, visando reduzir o índice de obesidade infantil na cidade.

A medida vale para alimentos que contêm alto teor de açúcar, sal e gordura. Redes de "junk food" que preparam comidas "diet" poderão ter seus produtos anunciados.

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Segundo o prefeito Sadiq Khan, o problema da obesidade nas crianças é "uma bomba-relógio", já que atinge 40% dessa camada da população.

No entanto, para o veto entrar em vigor, deverá passar por aprovação do Legislativo. Caso a alteração seja feita, não será a primeira medida contra o excesso de peso no Reino Unido.

Um imposto para bebidas com adição de açúcar foi aplicado no país, elevando o preço de alguns refrigerantes, como a Coca-Cola, em até 40%. O programa de televisão "The X Factor" também foi proibido de exibir anúncios de alimentos gordurosos.

Da Ansa

A Prefeitura de Três Corações (MG) começou a receber nesta quarta-feira, 9, propostas de empresas interessadas em fornecer 40 caixões para o município. Mas eles devem ser no tamanho para sepultar "gordo, baleia", termos que constavam em edital e causaram polêmica na cidade.

A prefeitura alegou ter usado termos técnicos quando se referiu ao tamanho, mas se desculpou depois porque 'seriam antigos'. Pessoas que trabalham no setor dizem que hoje as medidas dos caixões são definidas como nas roupas, em formatos G, GG ou Extra G. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A redução de peso poderia evitar ao menos 15 mil casos de câncer por ano no Brasil. Esta foi a constatação de um estudo realizado pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com colaboração da Universidade de Harvard. A pesquisa mostrou ainda que, até 2025, casos da doença ligados à obesidade e ao sobrepeso devem chegar perto do dobro, totalizando 29 mil ocorrências.

"Nós nos baseamos em diversas bases de dados. Primeiramente, na pesquisa de renda familiar do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2002 e, depois, de 2012. Para dados sobre cânceres, nós usamos dados da Agência Internacional da Pesquisa em Câncer (IARC) e também as estimativas que o Inca (Instituto Nacional de Câncer) produz, porque ele tem dados por Estado", explica o pesquisador Leandro Rezende, um dos autores do estudo, que foi publicado na revista científica Cancer Epidemiology. "Nós elencamos 14 tipos de câncer estudados, todos cânceres que são associados ou têm como fator de risco o excesso de peso e obesidade. Com os dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) 2013, a gente verificou o número de pessoas com sobrepeso. Com isso, chegamos à evolução do câncer nesse período de dez anos. De quantos casos de câncer que ocorreram seriam evitáveis se não fosse o excesso de peso, fizemos a estimativa para 2025 e chegamos à conclusão de que esse número pode dobrar de acordo com a estimativa de crescimento da taxa de sobrepeso e obesidade do País.

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Rezende afirma que a pesquisa não leva em consideração mudanças neste período, como quedas nos níveis de obesidade.

O estudo, resultado de uma bolsa de pesquisa no exterior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), apontou que 3,8% dos 400 mil casos de câncer diagnosticados por ano no País estão ligados ao peso elevado. O levantamento também constatou que as ocorrências são mais comuns em mulheres.

"Três dos 14 tipos de câncer analisados são quase exclusivamente femininos, por exemplo, o câncer de mama, que pode acometer homens também, mas é mais raro, e ovário e colo do útero. O excesso de peso e obesidade são maiores em mulheres no Brasil. Isso contribui", diz Rezende.

Hábitos

Segundo a avaliação dos pesquisadores, o crescimento no poder econômico dos brasileiros registrado nos últimos anos aumentou hábitos de consumo, mas não fez com que as pessoas buscassem uma alimentação mais saudável.

"A aquisição de alimentos ultraprocessados tem crescido e, nesse cenário, é importante haver políticas que regulamentam a venda, publicidade, rotulagem, taxação de certos alimentos, como bebidas açucaradas, que incluem sucos e refrigerantes. Essas medidas têm sido adotadas em alguns países da Europa, no Chile também, e já têm mostrado resultados", afirma.

Para José Eluf Neto, professor titular da Faculdade de Medicina da USP e orientador do estudo, os dados revelam a necessidade de mudança de hábitos, com a inclusão de políticas que incentivem a alimentação saudável e a prática de atividades físicas.

"Com o envelhecimento da população já teremos mais casos de câncer, mas a obesidade contribui para aumentar esse número. As pessoas abandonaram o hábito de comer arroz, feijão e verduras. Tem de se estimular a compra direto do produtor rural. Outra questão é o exercício. Deveria ter uma política pública para que as pessoas pudessem fazer exercícios perto de casa em parques, ciclovias, porque a população não tem dinheiro para pagar um personal trainer, até porque a obesidade está mais frequente nas classes mais populares."

Os pesquisadores ainda estão verificando a influência de fatores como sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool para a incidência de câncer. O objetivo é apontar quantos casos da doença poderiam ser evitados no Brasil.

Da próxima segunda-feira (26) até 30 de março, grandes redes de farmácias realizarão ações em todo o país contra a obesidade. As iniciativas integram as campanhas temáticas de saúde da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

De acordo com a Abrafarma, os clientes contarão, de maneira gratuita, com orientações clínicas e testes rápidos, como avaliação de peso, altura e taxa de gordura corpórea. A escolha do tema obesidade, sobretudo, faz alusão ao Dia da Saúde e da Nutrição (31 de março).

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O presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, garante que o público terá um atendimento especializado. “Profissionais farmacêuticos estarão à disposição para medir o Índice de Massa Corporal (IMC) e a circunferência do abdômen, medidas simples para saber se há gordura em excesso, que pode ser um sinal de perigo”, destacou Barreto, conforme informações da assessoria de imprensa.

Ao todo, 1.600 farmácias das grandes redes, tais como Pague Menos e Drogasil, oferecem atendimentos de saúde em mais de 300 cidades. As campanhas temáticas promovidas pela Abrafarma seguirão até novembro e abordarão ainda os temas vacinação, tabagismo, asma, autocuidado, colesterol, hipertensão, revisão da medicação e diabetes.

Obesidade – Hipertensão, diabetes, infarto e dificuldades de articulação. Esses são alguns dos problemas ocasionados pelo sobrepeso. A Organização Mundial da Saúde estima que 700 milhões de adultos serão considerados, até 2015, obesos. No Brasil, o Ministério da Saúde calcula que metade da população está acima do peso considerado ideal.

Vivemos uma época em que a sociedade supervaloriza a aparência estética, em consequência disso constantemente nos deparamos com pessoas preocupadas com sua aparência corporal. Se sentir bem consigo mesmo é preciso, porém é necessário ficar atento ao excesso de preocupação com o corpo, tendo em vista que ter uma autoimagem diferente da realidade, pode vir ser a considerado um transtorno alimentar.

O que pode desencadear um transtorno alimentar é qualquer tipo de alteração na alimentação do indivíduo. Alterações estas que podem estar atreladas a fatores de vulnerabilidade, que são de caráter fisiológico, genético ou social. As disfunções alimentares mais frequentes são: a bulimia, a anorexia e a obesidade, estas que podem vim a levar a pessoa a morte, caso não procurem um profissional como o psicólogo.

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A história do indivíduo pode influenciar a relação que esta pessoa tem com a comida, é preciso avaliar que cada pessoa tem um corpo físico em acordo com a sua estrutura genética. “ Há famílias que tem estrutura por exemplo para serem obesas, então se eu tenho essa predisposição genética e não cuido da minha alimentação, provavelmente este irá desenvolver características da obesidade e a partir disso eu posso ter uma relação patológica com a doença”, conta a Psicóloga, Louise Sobral,  professora da Faculdade UNINASSAU de Feira de Santana.

Segundo a psicóloga, tanto na psicologia hospitalar como na clínica, ambas trabalham com prevenção e intervenção nas sessões de terapia, estas tem como objetivo, realizar atividades psicoeducativas para serem cumpridas, com o intuito de que as pessoas aprendam a lidar e cuidar de seu transtorno. “Não é fácil por conta do apelo da mídia sobre um corpo perfeito, principalmente para mulheres ainda é mais cobrado’’, explica.

O tratamento psicológico irá oferecer ao cliente uma reestruturação no pensamento com relação as crenças que lhe são impostas e melhor compreensão de si mesmo. Portanto quanto mais precoce se descobrir, mais eficaz será o tratamento e mais cedo o indivíduo irá aprender a lidar com as situações que lhe incomodam.

Transtornos alimentares frequentes

Bulimia: Comportamento inadequado para evitar ganho de peso. A bulimia é identificada quando a pessoa provoca vomito para se livrar do alimento ingerido.

Anorexia: A pessoa tem medo de ganhar peso e por conta disso não se alimenta.

Obesidade: Trata-se do excesso e acumulo de gordura no organismo. Quando existe uma relação de compulsão por comida.

Por Paula Caroline Cruz Alves, especial para o LeiaJá

Mais de 53 mil brasileiros, com 18 anos ou mais e que possuem plano de saúde particular, responderam ao questionário da pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. A informação que mais chamou a atenção dos profissionais de saúde paraenses foi sobre o sobrepeso entre os homens em Belém. A capital paraense já é a 2ª com o maior percentual de homens acima do peso.

Segundo a pesquisa, 67,8% dos homens de Belém que foram entrevistados estão com sobrepeso ou obesos. Entre as 27 capitais brasileiras, apenas os homens de Rio Branco superam os paraenses, com 68,9%. Essa é a 11ª edição da pesquisa, que se chama Vigitel e acaba de ser divulgada. O objetivo é monitorar os principais determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

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“A relação direta do excesso de peso com diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares já é bastante conhecida, mas é preciso destacar a relação com o câncer, que já está mais do que comprovada também”, alerta a oncologista clínica Paula Sampaio. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que as DCNT são responsáveis por 68% de um total de 38 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2012 (WHO, 2014). No Brasil, as DCNT são igualmente relevantes, tendo sido responsáveis, em 2011, por 68,3% do total de mortes, com destaque para doenças cardiovasculares (30,4%) e neoplasias (16,4%). A obesidade está entre essas doenças crônicas não transmissíveis.

Avaliação realizada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que o peso corporal adequado contribui para redução do risco de desenvolver 13 tipos de câncer. A avaliação da IARC, publicada no The New England Journal of Medicine, indica que o peso adequado diminui o risco de desenvolver câncer de cólon e reto, esôfago, rim, mama na pós-menopausa e endométrio. Além de estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, ovário, tireoide, meningioma e mieloma múltiplo. “Obesidade é uma epidemia no Brasil. Que essa pesquisa sirva de alerta, principalmente para os homens de Belém”, conclui a médica.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá Pará.

Anitta não foi a única a 'causar' na internet, na última terça (18). A cantora fez muito barulho com o lançamento do clipe de Vai, Malandra, mas, uma de suas dançarinas, a plus size Thaís Carla, também causou um alvoroço nas redes sociais com as publicações de fotos nas quais aparece nua ao lado de duas amigas.

Fotografada pelo marido, Israel Reis, ao lado das amigas, o ensaio fotográfico no qual as três, fora dos 'padrões' de beleza pregados pela sociedade, aparecem nuas e em poses sensuais, deu o que falar. Muitos elogiaram o trabalho e as meninas mas a discussão acerca de seus corpos também foi grande.

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Wilsoon Macedo comentou: "Chocado com tanta beleza, tanto amor próprio. Vocês são maravilhosas."; Nívea Marrie postou: "Esta imagem me salvou"; e Gabriel Valentim disse: "Mulheres de verdade, sem a padronização habitual das revistas". Já do lado contrário, os comentários negativos foram bastante pesados. Jutay Pereira disse: "Não acho nada lindo em ser obesa, isso traz problemas, cuidem de sua saúde. E não são moças lindas, são moças normais mas obesas"; Jorge dos Santos comentou: "Quase não coube na foto, contraste muito pesado"; e Dora Santos falou: "Agora é lindo ser obesa, só que geral continua no alface. Que hipocrisia."

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu na manhã de hoje (15) que os planos de saúde terão que custear os tratamentos nos casos de obesidade mórbida, incluindo despesas com internações, medicamentos e diárias de clínicas especializadas em emagrecimento, caso indicada pelo médico. A determinação vale também para os casos em que esse tipo de cobertura não está previsto contratualmente.

O STJ tomou a decisão após um paciente processar um plano de saúde que se negou a cobrir as despesas com o tratamento, além de incluir na ação um pedido de indenização por danos morais. Os magistrados negaram o pedido de indenização, porém concluíram que o plano terá que arcar com todas as despesas. “Havendo indicação médica para tratamento de obesidade mórbida ou severa por meio de internação em clínica de emagrecimento, não cabe à operadora negar a cobertura sob o argumento de que o tratamento não seria adequado ao paciente”, declarou o ministro Villas Bôas Cueva.

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De acordo com a decisão do STJ, o plano de saúde não é obrigado a cobrir despesas com tratamentos de cunho estético ou rejuvenescedor, como os realizados em SPAs e clínicas de repouso, mas tem obrigação de custear todas as recomendações médicas.

Um grupo de cientistas brasileiros descobriu que os adolescentes obesos apresentam falhas de conectividade entre diferentes regiões do cérebro que estão envolvidas na regulação do apetite. O trabalho foi possível graças a uma técnica avançada de ressonância magnética.

O novo estudo, realizado por cientistas da Santa Casa de São Paulo e da Universidade de São Paulo (USP), foi apresentado anteontem no encontro anual da Sociedade Radiológica da América do Norte, nos Estados Unidos. Segundo os autores da pesquisa, se for possível identificar com mais precisão as alterações cerebrais associadas à obesidade, a técnica poderia ser utilizada um dia para ajudar a evitar o problema.

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A obesidade infantil, de acordo com os pesquisadores, aumentou de 10% a 40% nos últimos 10 anos, na maioria dos países. "Os resultados mostraram que os adolescentes obesos de fato apresentam falhas na substância branca do cérebro. Essas falhas aparecem em diversas regiões do cérebro, sendo que algumas dessas regiões são muito importantes para a regulação do apetite", disse o autor principal do estudo, Ricardo Uchida, professor da Santa Casa de São Paulo. Mas ainda não é possível determinar se as falhas na conectividade cerebral são causa ou consequência da obesidade.

"O estudo não tem alcance para determinar relação causal. Mas, embora não tenhamos certeza, temos algumas hipóteses. Sabemos, por estudos anteriores, que a obesidade infantil causa prejuízos nas células e, portanto, suspeitamos que essas lesões são causadas pela obesidade", disse Uchida ao Estado.

Ele lembra que, segundos estudos anteriores, a obesidade é fator de risco para Alzheimer e que há ligação entre obesidade na infância e baixo QI. Problemas de atenção e memória também são frequentes entre adultos obesos. "Tudo isso pode estar ligado. Se a obesidade produz mesmo lesões no cérebro, isso explicaria algumas das consequências neurológicas já observadas em estudos."

Método

O estudo envolveu 59 adolescentes obesos com idades entre 11 e 18 anos e 61 adolescentes não obesos. Os cientistas compararam os dois grupos controlando variáveis como gênero, idade, condição socioeconômica e nível educacional. Os participantes foram submetidos a exame de ressonância magnética conhecido como imageamento por tensor de difusão (DTI, na sigla em inglês), com a intenção de avaliar a integridade da massa branca dos cérebros.

O DTI mede o que os cientistas chamam de "anisotropia funcional" (AF), isto é, os movimentos microscópicos das moléculas de água que cercam as fibras de matéria branca do cérebro. Quanto mais baixo o valor AF, mais falhas na massa branca cerebral. Os resultados mostraram perda da integridade da matéria branca em várias regiões do cérebro dos jovens obesos.

"Se formos capazes de identificar as alterações cerebrais associadas à obesidade, essa técnica de ressonância magnética poderia ser utilizada para ajudar a evitar a obesidade e as complicações associadas", disse uma das autoras do estudo, Pamela Bertolazzi, pesquisadora do laboratório de neuroimagem da USP As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um mexicano que foi considerado o homem mais obeso do mundo - chegando a pesar quase 600 quilos - se encontra estável após ser submetido a uma segunda cirurgia de redução de estômago, informou o centro médico que o atende nesta quinta-feira (22).

Juan Pedro Franco, de 33 anos, foi operado na quarta-feira na cidade de Zapopan (Jalisco, oeste), e espera-se que perca mais de 200 quilos com esta intervenção, indica um comunicado do Gastric Bypass México.

"Juan Pedro saiu muito bem desta cirurgia e estamos muito otimistas com os resultados que irão se apresentando de forma progressiva", disse o cirurgião José Antonio Castañeda, citado no comunicado. "Pensamos em lhe dar alta em poucos dias".

Trata-se de uma "conversão a bypass gástrico por laparoscopia", a segunda e mais importante cirurgia de um processo para perder peso que Franco começou há um ano.

"Fizemos uma divisão de seu estômago à metade e de forma horizontal para que fique muito menor e tenha mais capacidade gástrica. Realizamos uma divisão intestinal", explicou o médico, que espera que Franco possa parar de tomar medicação para diabetes e hipertensão.

Franco, que fez sua primeira operação em maio, desta vez entrou na sala de cirurgia pesando 366 quilos. Embora espere conseguir pesar cerca de 120 quilos em um ano e meio, o processo gera muita angústia.

"Desta vez estava mais nervoso do que na primeira operação, mas sabia que esta segunda cirurgia era uma prioridade na minha vida para poder seguir em frente (...) Cada vez estou mais perto de ter um peso saudável e continuarei querendo isso", comentou com a Gastric Bypass México.

Franco chegou a pesar 595 quilos e este ano obteve um certificado da organização Guinness World Records por ser o homem vivo mais pesado do mundo. Franco é oriundo do estado de Aguascalientes, mas deverá permanecer no vizinho Jalisco para continuar sob controle médico e psicológico.

Em maio de 2016 faleceu Manuel Uribe, outro mexicano que com 597 quilos chegou a ser o homem mais gordo do mundo em 2007, segundo o Guiness World Records.

A obesidade nos Estados Unidos atingiu um novo máximo e já afeta 39,6% da população adulta, segundo um relatório governamental publicado nesta sexta-feira (13).

Os especialistas estão preocupados com a obesidade porque ela está associada com outras enfermidades, como doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer.

A taxa de obesidade dos adultos nos Estados Unidos tem crescido regularmente desde 1999, ano em que se situava em 30,5%.

"Entre 1999-2000 e 2015-2016 observa-se uma clara tendência crescente da obesidade tanto entre os adultos como entre os jovens", aponta o estudo elaborado a partir de uma mostra representativa da população e publicado pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos Estados Unidos.

No entanto, a mudança observada entre 2013-2014 e 2015-2016 "não é significativa nem para os adultos nem para os jovens", informou o organismo.

O relatório anterior indicava que en 2013-2014 a taxa de obesidade entre os adultos era de 37,7%. Os especialistas ressaltam que a diferença entre este dado e o mais recente no é significativa do ponto de vista estatístico porque é inferior à margem de erro.

Para os adultos, a obesidade se define como um Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 (kg/m2) ou mais.

Entre os jovens americanos, que engloba toda a população de entre 2 e 19 anos, 18,5% estão obesos, segundo o relatório. Em 1999, a taxa de obesidade nesta categoria era de 13,9%.

"Não se movimentar e buscar um estilo de vida saudável é extremamente prejudicial. Atualmente, já é possível fazer uma conexão de que, quanto mais tempo a pessoa passa sentada, maior é o risco de mortalidade por doenças ligadas ao peso e à falta de exercícios", afirmou a Profa. Dra. Rita Raman, médica pediatra pela Universidade de Oklahoma, em palestra no Congresso Brasileiro de Nutrologia, que é realizado em São Paulo.

A obesidade está associada a diversas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, colesterol, artrite e doenças nas articulações, doenças autoimunes e problemas psicossociais, e paralelamente o sedentarismo é um dos piores fatores.

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Os problemas psicossociais e as dificuldades na farmacoterapia antiobesidade também foram abordados pelo Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. "Alguns governos ainda não compreendem a importância do tratamento de uma doença crônica, como a obesidade, através de agentes farmacológicos. Uma pessoa hipertensa sem o devido remédio terá crise de pressão alta. O obeso sem o remédio engorda e sofre discriminações", pontua.

Para ele, a comparação é inevitável. "Quantas vezes você já não ouviu: Você engordou, mas nossa, você não estava tomando 'aquele' remédio? Nem sempre a farmacoterapia é indicada, portanto existe a necessidade de um acompanhamento médico especializado".

Para a Prof. Dra. Maria Cristina Jimenez, presidente da Sociedad Paraguaya de Nutrición, o principal é compor uma equipe multidisciplinar para o combate da obesidade. "Médicos nutrólogos, endocrinologistas, cardiologistas, psicólogos e nutricionistas devem compor uma equipe para combater a doença. Uma pessoa que reduz de 5% a 10% promove uma melhora corporal em curto prazo, porém nunca a homeostase energética – o gasto energético que é a interação metabólica que mantém a energia do corpo para sobrevivência em curto e longo prazo – será a mesma entre ex-obesos e magros", diz.

A obesidade e mais outros 60 assuntos relacionados à Nutrologia serão discutidos entre 28 e 30 de setembro, durante o XXI Congresso Brasileiro de Nutrologia, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Com informações de assessoria

Mais de uma em cada 10 pessoas em todo o mundo são obesas, e acredita-se que 2,2 bilhões estão com excesso de peso, alimentando uma crise global de saúde que provoca milhões de mortes por ano, de acordo com um grande estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (12).

O número de obesos mais que dobrou em 73 países e aumentou em outros lugares do mundo desde 1980, quando foi lançado o estudo, publicado na revista médica New England Journal of Medicine.

Realizada em 195 países ao longo de 35 anos, a pesquisa apresentada em uma conferência em Estocolmo nesta segunda-feira é considerada a mais abrangente já realizada sobre o tema da obesidade.

Na conclusão do estudo, em 2015, 107,7 milhões de crianças e 603,7 milhões de adultos em todo o mundo foram considerados obesos, desencadeando o que seus autores descreveram como "uma crescente e perturbadora crise global de saúde pública".

A taxa de obesidade em crianças, embora tenha permanecido mais baixa do que entre os adultos, aumentou a um ritmo mais rápido durante o período do estudo - uma descoberta que os especialistas descreveram como especialmente "preocupante".

"O excesso de peso corporal é um dos problemas de saúde pública mais desafiadores do nosso tempo, afetando quase uma em cada três pessoas", disse Ashkan Afshin, autor principal do estudo e professor assistente de saúde global na Universidade de Washington, em Seattle.

"Ao longo da última década, várias intervenções foram avaliadas, mas existem poucas evidências sobre a sua eficácia a longo prazo", acrescentou, anunciando uma nova parceria de 10 anos com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Fao) para avaliar o progresso global no controle do excesso de peso.

Acredita-se que 2,2 bilhões de pessoas - 30% da população mundial - eram obesas ou tinham sobrepeso em 2015.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou o número de pessoas com excesso de peso em 1,9 bilhão em 2014, incluindo mais de 600 milhões de obesos.

O excesso de peso está relacionado a taxas elevadas de doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer.

Em 2015, quatro milhões de mortes foram vinculadas a um Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 24,5, o que indica que uma pessoa está acima do peso, ou de 30 ou mais, o que indica obesidade.

O IMC é calculado dividindo o peso de uma pessoa em quilogramas pela sua altura em centímetros ao quadrado.

Mais de 40% dessas mortes foram de pessoas consideradas não obesas, o que indica que estar acima do peso, mesmo sem ser obeso, é a causa de milhões de mortes prematuras.

Mais de dois terços das mortes ligadas a IMCs altos foram atribuídas a doenças cardiovasculares, que tiveram um aumento acentuado desde 1990.

- "Epidemia mundial" -

Entre os países mais populosos do mundo, a taxa de obesidade em crianças e adultos jovens foi mais alta nos Estados Unidos, com 13%, enquanto o Egito apresentou a maior taxa de obesidade entre os adultos, com 35% da população.

As taxas mais baixas de obesidade em adultos foram registradas em Bangladesh e no Vietnã, ambas em 1%.

A China e a Índia tiveram o maior número de crianças obesas - 15,3 e 14,4 milhões, respectivamente.

No que diz respeito à obesidade em adultos, os Estados Unidos e a China registraram as maiores taxas, com 79,4 e 57,3 milhões de indivíduos, respectivamente.

Em um editorial que acompanha o estudo, Edward Gregg e Jonathan Shaw, ambos epidemiologistas nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, disseram que a descoberta mais preocupante foi a quase triplicação da obesidade em jovens e jovens adultos em países de renda média - China, Brasil e Indonésia.

"Um surgimento precoce da obesidade provavelmente se traduzirá em uma alta incidência cumulativa de diabetes tipo 2, hipertensão e doença renal crônica", advertiram.

A pesquisa foi baseada nos dados mais recentes fornecidos pelo estudo Global Burden of Disease (GBD), que acompanha o impacto de mais de 300 tipos de patologias e lesões em 133 países.

Seu objetivo principal era entender, em uma escala global, o que está gerando "a atual epidemia mundial de doenças" relacionada ao alto peso corporal, disseram os autores.

O Ministério da Saúde, junto com o Governo Federal, lançou nesta terça-feira (25) um novo edital sobre o Programa Saúde na Escola (PSE). De acordo com o edital foram estabelecidas doze ações, nas escolas públicas do país, a serem cumpridas durante dois anos.

As ações que serão tomadas para os estudantes envolvem a atualização do calendário vacinal e ações de promoção à saúde, como prevenção à obesidade, cuidados com a saúde bucal, auditiva e ocular, combate ao mosquito Aedes aegypti, incentivo à atividade física, prevenção de DST/Aids, entre outras. O período de adesão para a campanha acontece entre os dias 02 de maio e 14 de junho.

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“Essa articulação de saúde e educação possibilita mais controle com relação à alimentação nas escolas, com orientação sobre a obesidade; regularização vacinal; além de ações de saúde auditiva, visual, bucal, mental. Queremos identificar quais crianças e adolescentes precisam de assistência e, caso seja preciso, encaminhá-los para acompanhamento nas unidades de saúde”, explica o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

PROMOÇÃO À SAÚDE

A rede pública do país conta atualmente com a distribuição gratuita de 19 vacinas para proteger contra mais de 20 doenças. Duas das mais recomendadas para o público no programa são de HPV e meningite. Também estão disponíveis: BCG, Hepatite B, Pentavalente, vacina inativada Poliomielite, vacina oral contra a Pólio, VORH - vacinal oral de Rotavírus Humano, Vacina Pneumocócica, febre amarela, Tríplice viral, DTP (tríplice bacteriana), Influenza, Tetraviral, Hepatite A, dTpa (gestantes) – difteria, tétano e coqueluche e dT  (Dupla tipo adulto)  - tétano e difteria.

O programa também oferecerá às ações de alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil. Os profissionais de saúde farão o acompanhamento do peso e estado nutricional das escolas e, quando necessário, o estudante será encaminhado para a unidade básica de saúde (UBS), onde receberá acompanhamento constante. Também haverá incentivo à implantação de cantinas saudáveis nas escolas e distribuição de materiais de apoio para ações de educação alimentar e nutricional, além do estímulo à culinária com alimentos in natura.

Será realizado mutirões de combate ao mosquito Aedes Aedypti e haverá palestras com profissionais de saúde sobre o tema.

Além disso, os alunos terão atividades de promoção à saúde bucal, ocular e auditiva; prevenção das violências e dos acidentes; identificação de sinais de doenças em eliminação, como hanseníase, tuberculose, tracoma e esquistossomose; prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas; promoção da atividade física; prevenção de DST/AIDS e orientação sobre direito sexual e reprodutivo e promoção da cultura de paz, cidadania e direitos humanos.

Após já ter ocupado o posto do mais obeso do mundo, Juan Pedro passará por cirurgia bariátrica. Ele pesava 595 kg e perdeu 175 para a realização do procedimento. De acordo com a agência de notícias da Espanha, a EFE, Juan chegou a Guadalajara, no México, para a intervenção.

Conforme informações, o procedimento terá duas etapas. A primeira, em maio, será a redução do estômago de cinco litros para 40 centilitros. Em seguida, no mês de novembro, será buscada a menor absorção dos alimentos ingeridos. Para isso, outra intervenção cirúrgica será feita.

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A equipe médica informou à imprensa que Juan Pedro tem diabetes não controlada de tipo II, doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão e hipotireoidismo. Apesar disso, a expectativa é de que, ao final de 2018, o paciente esteja pesando 110 quilos.

A cadela americana Abby foi recebida em maio de 2016 no Cavalier Rescue, abrigo de animais no estado do Alabama, nos Estados Unidos. Ela tinha obesidade mórbida quando chegou, pesando aproximadamente 22 kg. 

Os cuidadores do local colocaram o animal numa dieta restrita e hidroterapia. Com o tempo, Abby começou a emagrecer e, em Outubro, já estava com a metade do peso inicial. A cadela foi, então, adotada por uma família que se comprometeu a manter a dieta. Atualmente, ela está inteiramente saudável e irreconhecível. 

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Em publicação no Instagram, a equipe do abrigo se declarou feliz com a transformação. “Foi uma honra para nós dar a esta garota uma segunda chance na vida. (...) Estamos muito orgulhosos de você, Abby”.

Pesquisadores australianos e dinamarqueses descobriram em um verme um gene responsável pela sensação de saciedade, que poderia ajudar a combater a obesidade, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira.

Este gene, batizado "ETS-5", controla os sinais que o cérebro manda aos intestinos e que provocam a sensação de saciedade, assim como a necessidade de dormir ou de fazer exercícios após ter comido, explicam os cientistas, cuja pesquisa foi publicada na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Nos humanos existe um gene similar, e esta descoberta abre caminho para o desenvolvimento de uma molécula que poderia ajudar a controlar o sobrepeso ao reduzir o apetite e ativar o desejo de fazer exercício físico, afirma Roger Pocock, professor da Universidade Monash, na Austrália.

Quando os intestinos do nematódeo Caenorhabditis elegans armazenam gordura suficiente, o cérebro recebe uma mensagem que lhe indica que deixe de se mover, desencadeando uma fase de sonolência ou, se não estiver saciado, que indica que continue se movendo, explica o pesquisador.

Este animal compartilha 80% dos genes com os humanos e aproximadamente a metade do seu patrimônio genético está implicado em doenças humanas, detalha o professor Pocock.

"Na medida que estes vermes compartilham tantos genes com os humanos, constituem um modelo de pesquisa muito bom para compreender melhor alguns processos biológicos como o metabolismo e as doenças", explica.

Estes pesquisadores descobriram o papel do gene "ETS-5" ao analisar os neurônios no cérebro deste verme e controlar sua resposta ao receber comida. Constataram que, assim como os mamíferos, um regime alimentar rico suscita uma resposta do cérebro diferente que a desencadeada por alimentos pobres em nutrientes.

Nos mamíferos, o consumo de alimentos ricos em gorduras e em açúcares estimula o apetite, o que pode levar à obesidade.

Trata-se da primeira descoberta de um gene regulador do metabolismo, o que abre caminho para o desenvolvimento de um medicamento capaz de agir sobre o controle do intestino pelo cérebro e sobre a sensação de saciedade, segundo o professor Pocock.

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