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Nesta segunda-feira (13), o cantor e apresentador João Gordo completa 59 anos. Dono de uma biografia cheia de altos e baixos, João coleciona curiosidades em sua carreira. Vocalista da banda Ratos de Porão, é definitivamente um dos nomes mais importantes do Punk nacional.

Conheça algumas curiosidades sobre a vida e obra de João:

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1. João foi campeão de xadrez na escola, estudava e lia livros sobre o assunto. Um de seus ídolos de infância era o enxadrista Mequinho, que anos depois ficou perplexo ao ser reconhecido no aeroporto pelo ícone punk.

2. Herdou a inteligência do pai, o policial militar Milton Benedan. "Seu Milton" como era conhecido aprendeu a falar espanhol, turco, árabe e armênio na juventude quando trabalhava em lojas da Rua 25 de Março. Na meia idade, descobriu uma ascendência judaica, decidiu aprender hebraico e chegou a viajar para Israel.

3. Curte Carnaval e chegou a ser mestre de bateria em um bloco na adolescência quando foi obrigado pelo pai a morar em Angatuba, interior de São Paulo, após repetir de ano e se envolver com o punk.

4. Em 1983 fez figuração junto com outros punks paulistanos célebres na novela "Eu Prometo" da Rede Globo, a última da autora Janete Clair.

5. Trabalhou como recepcionista de um flat na região da Rua Augusta onde morava o repórter Roberto Cabrini.

6. Certa vez, nos anos 1990, deixou de ver o show de uma de suas bandas favoritas, o AC/DC, para ver a cantora islandesa Björk. 

 

Diariamente, nas redes sociais ou na televisão, somos bombardeados por corpos atléticos e isso acaba se transformando em padrões que excluem quem não cumpre a regra. Por isso, o dia 10 de setembro ficou marcado como Dia de Luta Contra a Gordofobia. 

O preconceito com pessoas gordas é fator limitador para elas que convivem com dificuldades de ter acesso a transporte público, trabalho, ensino, entre outras coisas básicas de um cidadão comum. Essas situações acarretam em alguns casos em doenças como a ansiedade e a depressão.

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Mas o que isso tem a ver com futebol? Recentemente, vimos a enxurrada de críticas recebidas por Neymar que, na apresentação da Seleção Brasileira, estava visivelmente fora de forma. Mas é normal que um atleta que depende da parte física para render melhor seja criticado. 

Porém palavras direcionadas a ele podem afetar quem sofre com esse preconceito. Para lembrar de outras situações como a de Neymar, o LeiaJá separou 5 casos em que jogadores foram chamados de gordo.

Neymar - Começando justamente pelo mais recente. Em fotos, nas suas férias em Ibiza, a forma de Neymar já virou motivo de piada. Tanto na estreia pelo PSG, como no jogo contra o Chile pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, o rendimento abaixo ajudou os críticos. O jogador inclusive mostrou que não curtiu os comentários e postou uma foto sem camisa mostrando o tanquinho.

Ronaldo - Falando de Seleção Brasileira, não dá para esquecer de Ronaldo Fenômeno. Franzino no início da carreira, o atacante sofreu boa parte dela com a forma física. Virou até satira do extinto Casseta e Planeta da TV Globo na pele do falecido Bussunda. O jogador tinha problemas hormonais que cooperavam para que seu corpo engordasse. Mesmo assim ainda conseguiu fazer história no Corinthians, último clube da carreira. 

Mesmo acima do peso, Ronaldo encantou com a camisa do Corinthians. Foto: Daniel Augusto Jr/ Agência Corinthians

Maradona - Outro ídolo do futebol mundial também sofreu com as críticas e piadas sobre a sua forma física. Principalmente na parte final da carreira. O craque Maradona, na passagem pelo Sevilla, fez 14 gols em 29 jogos mas nem isso o ajudou a se manter na Europa visto a sua condição física. 

Walter - Agora vamos lembrar de casos bem conhecidos do futebol brasileiro. O pernambucano Walter, ex-Inter e Porto-POR, talvez seja o caso mais conhecido de gordinhos que jogam bem. Mas a forma física, mesmo com bom rendimento em campo o impediu de seguir carreira na Europa, sendo dispensado pelo time português e retornando ao Brasil. Em várias entrevistas, ele já precisou falar sobre o tema e admitiu que sempre lutou com a balança. Hoje ele joga no Botafogo- SP e disputa a Série C tendo 3 gols em 9 jogos.

Tiago Machowski - Por último, um caso conhecido do futebol pernambucano. Formado na base do Grêmio, Tiago Machowski chegou ao Santa Cruz cercado de desconfiança. Desde a base trouxe consigo o apelido de gordo. Taxado assim, quando falhou em um clássico virou piada, mas no clube ainda fez 28 jogos na temporada 2018.

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A gordofobia é uma forma de discriminação, caracterizada pela falta de tolerância com pessoas consideradas acima do peso ideal para aquilo que se convencionou como “padrão de beleza”. Apesar da obesidade (18,9%) e o sobrepeso (54%) serem uma realidade para mais de 70% da população brasileira, segundo relatório do Ministério da Saúde, os episódios envolvendo gordofobia têm sido recorrentes.

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A realidade de quem sofre gordofobia no trabalho é alarmante. O que para muitos é apenas uma “brincadeira”, para as vítimas é algo que afeta diretamente vários aspectos da vida. Seja on-line ou off-line, os atos de gordofobia configuram crime e estão sujeitos à reparação de acordo com a lei. 

Para Flávio Guarany, advogado da área trabalhista, a gordofobia pode ser caracterizada como assédio, quando um funcionário é constrangido com comentários inapropriados no ambiente de trabalho. “A vítima pode processar a empresa, com as provas devidas, testemunha, vídeo, entre outros”, diz. “A empresa pode ser condenada por danos morais. O amparo são as indenizações”, destaca o advogado sobre as ações que podem ser tomadas num caso de gordofobia no local de trabalho.

A designer de unhas Andy Miranda alega ter sofrido gordofobia desde criança. Ela diz que foi ensinada que o corpo gordo não era bonito, saudável e, por isso, não era digno de interesse. Para a designer, as crianças devem ser ensinadas que aparência não tem nada a ver com saúde e que peso não tem a ver com beleza. “Eu acho que esse ensino precisa vir do início. A gente só resolve um problema se começar pela raiz. Não adianta dar água pras plantas, as folhas parecerem bonitas e a raiz estar ruim, ela nunca vai ficar bonita por muito tempo", assinala. 

Para Andy, a educação muda conceitos e posturas. "É ensinar desde cedo que corpo gordo não é sinônimo de doença, que uma pessoa gorda é linda do mesmo jeito que qualquer outra pessoa. É tirar esse 'mas': 'é gorda, mas tem um rosto lindo', 'é gorda, mas é saudável'. Não existe 'mas'. Somos pessoas gordas, assim como existem pessoas magras, altas, baixas, pretas, brancas", afirma.

Andy considera que a palavra é utilizada como ofensa. "Isso precisa parar. Se você ensina pra uma criança que algo está errado, ela vai acreditar que é, o mesmo se você ensinar que é certo. Ensine a ela que um corpo gordo é um corpo como qualquer outro. Não fale sobre corpos saudáveis, diga que existem pessoas saudáveis. Quem sabe, daqui a um tempo, essa visão distorcida seja melhorada”, observa a designer.

Andy fala sobre o processo de aceitação e sua importância. “A aceitação é exatamente isso, um processo. E ela é um processo eterno, na minha opinião. Porque algo que você construiu em anos pode ser destruído com uma única frase. Então, mesmo hoje em dia, quando eu já mudei muitos pensamentos meus a respeito de meu corpo, eu ainda tenho dias e momentos de ódio com ele por ter ouvido durante anos que era assim que eu deveria agir. A gente acaba deixando de fazer coisas simples, às vezes, pelo medo de ser ridicularizada em público pelas pessoas”, diz.

A designer revela comentários que teve que escutar sobre o seu corpo no âmbito de trabalho e em outros lugares. “Eu tento entender se tal comentário feito me afetou porque eu também acho isso ou porque alguém colocou na minha cabeça. Então quando alguém ainda insiste em dizer que eu preciso emagrecer, eu tento prestar atenção e penso: 'será que EU realmente quero fazer isso ou vou começar a achar que quero por conta do que essa pessoa disse?'. Às vezes, a gente começa a ver coisas que não existem, mas se tornam verdades porque as palavras têm força”, conta.

Andy defende que as pessoas tenham cuidado com as palavras. “Porque ninguém perguntou, porque não é da sua conta ou simplesmente pelo fato de que vai machucar alguém. As palavras podem abençoar ou amaldiçoar a vida de uma pessoa, mas não é todo mundo que se importa com isso. Se cada um cuidasse da própria vida e deixasse as pessoas fazerem suas próprias escolhas, teríamos menos experiências ruins”, desabafou.

Aversão e desumanização

Professora da UNAMA - Universidade da Amazônia, a psicóloga Bárbara Sordi explica que a gordofobia é considerada a aversão ao corpo gordo. “Mas ela tem uma complexidade porque envolve não só práticas discursivas de diversas instituições sobre a tutela desse corpo que tenta controlar e adestrar, como ela também produz efeitos psicológicos da subjetivação que envolvem o que você acha bonito, do que você tem aversão o que a gente de alguma forma exclui socialmente”, observa.

A psicóloga afirma que a gordofobia está associada então a uma lógica de desumanização. “Colocando pessoas que se encontram gordas em um lugar de marginalidade, elas vão sofrer preconceito de diversas formas, seja nas relações sociais, seja até mesmo nas questões espaciais arquitetônicas e serviços que não vão estar disponíveis ou acessíveis para elas”, diz.

A professora também aponta diferenças entre a gordofobia e a pressão estética. Bárbara explica que não são a mesma coisa. “A pressão estética está relacionada ao movimento do capitalismo que afeta a sociedade como um todo, que dita padrões de beleza que as pessoas precisam consumir e seguir. Muitas vezes afeta a forma como a pessoa se autoavalia, como ela se enxerga, as cobranças sociais que ela faz sobre si. Uma indústria, um mercado, lucra muito com isso, um sistema patriarcal que impõem um padrão e que valoriza os corpos que são ditos belos e geralmente esse são baseados em padrões eurocêntricos”, analisa.

Segundo Bárbara, a gordofobia é uma aversão que aparece na falta de espaços afastados em aviões, transportes públicos, hospitais, lojas. “Há uma dificuldade de adaptação desse corpo até mesmo pro consumo. São pessoas que vão sofrer dificuldade de encontrar certas profissões, porque são consideradas não aptas, não produtivas, pessoas mais próximas de doença, o que nem sempre é verdade, e também pessoas em que você acaba dando características de psicopatologias como com certos transtornos, pessoas descontroladas, compulsivas, que não têm força de vontade, ansiosas, preguiçosas", afirma.

Em relação aos perigos da gordofobia, a psicóloga relata em primeiro lugar a exclusão social, como também as questões psíquicas. “Você vê que é um isolamento, mesmo que não declaradamente escancarado mas, é um conjunto de fatos e ações que isolam e marginalizam as pessoas gordas. São pessoas que também passam pelo processo de vergonha, de culpabilização, de sofrimento diante o preconceito desse entorno social, se apagam todas as outras características e potencialidades e se exalta a questão do excesso de peso, como negativa, prejudicial”, observa.

Bárbara também avalia como esse preconceito afeta a autoestima. “Em relacionamentos amorosos, amizades, é muito comum você ouvir relatos de pessoas que sofrem preconceito, piadas, a dificuldade do relacionamento ou o relacionamento que é feito às escondidas porque a pessoa tem dificuldade de apresentar a pessoa para outras e assumir aquela relação. Isso afeta em alguma medida as relações sociais e os sentimentos dessa pessoa consigo”, diz.

Reflexão e diálogo

A psicóloga informa que a ruptura dos padrões passa pela reflexão e pelo diálogo. “Umas das questões importantes é o diálogo, é começar a desnaturalizar as frases que nós falamos automaticamente e muitas vezes sem reflexão em relação às demais pessoas. A discursividade, o diálogo, a reflexão, a leitura de livros são muito importantes para perceber que as pessoas são diferentes, têm estruturas diferentes, comportamentos diferentes, realidades diferentes e vão se posicionar de formas diferentes sempre. A gente não tem como pedir um padrão unívoco da sociedade”, adverte.

Para Bárbara Sordi, a classificação de preconceitos, gordofobia, homofobia, machismo, entre outros, como “mi mi mi” impede a problematização. “Nós vivemos numa sociedade capitalista que defende o mito da meritocracia, que é um mito que apazigua, apaga e não reflete criticamente em relação à estrutura social, às questões dos determinantes sociais que interferem nesse sujeito. Essa ideia do individualismo é muito complicada”, pondera.

Bárbara também avalia o preconceito em relação a pessoas negras. “Quando a gente vai falar de um corpo que é marcado pela interseccionalidade, e a questão de raça é indiscutível, quando você sabe que o corpo negro é extremamente mais violado em todos os sentidos, pelo racismo estrutural no Brasil, então sem dúvida mulheres negras gordas são as mais afetadas diante desse padrão de beleza que se coloca e dessa marginalização social”, contou.

A psicóloga destaca a psicoterapia como uma maneira de ajudar a lidar com o preconceito, para quem tem recurso financeiro para isso, mas também leituras, grupos, seguir pessoas que repelem esses padrões estéticos. Segundo Bárbara, é importante começar a consumir outros produtos, se aproximar de pessoas que debatem esse tema para desconstruir essa imagem e discurso que são impostos pela sociedade.

“A luta contra a gordofobia precisa acontecer com uma politização desse processo de exclusão dos discursos, das piadas, dos comentários cotidianos, dos filmes, dos programas de tevê. A gente precisa falar mais sobre isso, trabalhar a questão da inclusão, da aceitação, da diferença. É um processo que a gente precisa fazer de uma forma muito integrada e que pode começar em casa, mas não só. Precisa se estender a discussões políticas e para políticas públicas”, destaca a psicóloga.

Com o auxílio do programa Crescer Saudável, integrante do Programa Saúde na Escola do Ministério da Saúde, novas abordagens a respeito do sobrepeso procuram combater a gordofobia. Iniciativas públicas buscam a prevenção da obesidade infantil sem a reprodução de preconceitos ou estereótipos negativos, informa a Agência Brasil.

Por Maria Rita Paiva e Yasmin Seraphico.

 

 

 

 

 

O vereador Deivite Wener Araújo Galvão (DEM), o Gordo do Aurá, eleito pelo município de Ananindeua, no Pará, foi assassinado a tiros, nesta quinta-feira (21) à tarde, em uma das principais avenidas de Belém. Segundo as primeiras informações da polícia, Gordo do Aurá foi vítima de uma emboscada dentro de um carro de aplicativo. Ele estava com a mulher, Vanessa Galvão, que foi atingida mas sobreviveu. O motorista não teve ferimentos.

Gordo do Aurá estava no segundo mandato. Acusado de tráfico de drogas, o vereador comandava o crime, segundo a polícia, em uma das áreas mais violentas da Região Metropolitana de Belém. Ele respondia em liberdade a processos por tráfico, roubo de carros e formação de quadrilha e já fora alvo de um atentado na porta da Câmara Municipal de Ananindeua,em 2013.

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A execução se deu na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira. Homens que estavam em um carro dispararam pelo menos 20 tiros contra o veículo que transportava o vereador - 16 acertaram Gordo, de acordo com informações da perícia. Vanessa Galvão foi baleada na perna e está fora de perigo.

Em nota divulgada nas redes sociais, a Câmara Municipal de Ananindeua lamentou "o falecimento de um de seus parlamentares, o vereador Deivite Wener Araújo Galvão, mais conhecido como Gordo do Aurá". "O edil estava no exercício do seu segundo mandato e sempre teve uma destacada atuação em defesa dos moradores do Aurá e da população de Ananindeua de modo geral. O Parlamento de Ananindeua se solidariza com todos os familiares e amigos do vereador e decreta luto oficial de três dias", concluiu o texto.

O crime ocorreu no mesmo dia em que o presidente Uálame Machado e demais membros do Conselho Estadual de Segurança Pública (Consep) tomaram posse, na sede da Segup (Secretaria de Estado de Segurança Pública), e anunciaram a prioridade da gestão do governador Helder Barbalho: segurança pública e cidadania. Helder participou da reunião do Conselho e defendeu um "ambiente de pacificação, de paz e de transformação social no Estado do Pará”.

 

 

 

 

 

O cantor João Gordo fez uma declaração que nada vai agradar eleitores do pré-candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSC). Ao falar que hoje existe um movimento “fascistão”, o também apresentador disparou: “Você vê o monte de babaca que tem por aí. E o negócio é isso aí. Bolsonaro no seu rabo, meu irmão”.

João Gordo contou que vai votar em Lula na eleição de 2018. “Nunca votei no Lula, mas agora vou votar. Porque, do jeito que a coisa está indo, em 2039 a suástica vai ser moda, cara. Vai ter pijaminha de suástica. Óculos de suástica. A bandeira do Brasil vai ter uma suástica vermelhona. Depois que fizeram um monte de bosta, o brasileiro está complemente tomado, manipulado por isso aqui [aponta para o celular]. Está tudo polarizado. Os idiotas se juntaram. O que o cara fala no celular hoje é o que falava sozinho em casa, no bar com o amigo. De repente começaram a ver que tinha um monte de gente que pensava igual”. 

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Ele também falou que, daqui a pouco, vai ter uma suástica em todos os lugares. “Daqui a pouco haja suástica para tudo que é lado. Em boca fechada não entra mosquito. Nego vai começar a sumir”, declarou. 

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17) pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostra que 32,3% dos adolescentes das escolas públicas do Recife, com idade de 10 a 19 anos, estão insatisfeitos com seus corpos. Os analisados têm sintomas de algum Transtorno Alimentar, segundo a dissertação “Prevalência de sintomas de transtornos alimentares e insatisfação corporal em jovens recifenses”, desenvolvida pela psicóloga Tatiana Araújo Bertulino da Silva, no Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento da UFPE, sob orientação do professor Everton Botelho Sougey.

O estudo ainda revela que 2,3% dos estudantes estão com padrão alimentar “severamente perturbado”, com compulsão para comer e apresentando tendência para comportamentos “sugestivos de bulimia nervosa”. De acordo com Tatiana, ser magro é o principal desejo desses jovens. “Eles não toleram excesso de peso, possuem preocupação obsessiva com a comida e uma crença de insatisfação em relação ao peso e aparência por acreditarem que estão acima do peso, mesmo quando têm seu peso abaixo do recomendado”, conta a psicóloga, conforme informações da assessoria de comunicação da UFPE.

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Ainda segundo o estudo, entre as meninas de 14 a 15 anos, há taxas maiores para sintomas indicativos de transtornos alimentares e insatisfação corporal. O levantamento aponta que 60% das adolescentes pesquisadas responderam de forma positiva aos graus leve, moderado e grave para a insatisfação corporal.

O aspecto socioeconômico foi levado em consideração na análise. Como exemplo, o maior percentual de jovens com sintomas do transtorno alimentar está nas classes com maior renda, enquanto os sintomas mais graves estão entre os adolescentes cujos responsáveis possuem menor nível de escolaridade. De acordo com a pesquisadora, além de causar a morte, o transtorno pode gerar erosão dental, complicações metabólicas resultantes da desnutrição com risco aumentado de falência dos órgãos, perda de nutrientes que afetam os cabelos, as unhas e a pele, dificuldades psicológicas, perda de contato social, entre outras consequências.

“Eles são de difícil tratamento. Até um quarto dos pacientes são crônicos e possuem uma das mais altas taxas de mortalidade dos transtornos psiquiátricos, chegando a 15%. Está associado à depressão, ansiedade, abuso de drogas lícitas e ilícitas e alguns transtornos de personalidade”, comenta Tatiana, em depoimento à assessoria da UFPE.

Segundo a instituição de ensino, durante a pesquisa foram aplicados testes, em que desses, dois foram voltados para a identificação de sintomas de transtornos alimentares, um para avaliar a insatisfação corporal e um para os dados sociais. Os testes ocorreram em forma de questionários respondidos por mais de 1.5 mil alunos, adolescentes entre 10 a 19 anos, matriculados em 12 escolas públicas estaduais da capital pernambucana. O período da avaliação foi do ano de 2010 a 2011.     

Um francês considerado gordo demais para voar conseguiu, finalmente, garantir um bilhete de avião para voltar para a Europa após o fracasso de um plano alternativo de levá-lo de navio, informou seu pai nesta segunda-feira (18).

Kevin Chenais - que sofre de um desequilíbrio hormonal e foi aos Estados Unidos para se tratar - deve embarcar em um voo noturno da companhia Virgin de Nova York para Londres acompanhado dos pais, disse René Chenais à AFP.

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No entanto, Chenais disse não ter certeza de como a família fará depois que chegar a Londres. Este é o último acontecimento de uma saga que começou no mês passado, quando a companhia aérea British Airways determinou que o jovem de 22 anos, que pesa 230 quilos, era pesado demais para embarcar.

Depois disso, a família passou uma semana no hotel de um aeroporto de Chicago, tentando resolver o problema e, com o dinheiro indo embora, decidiu que sua única opção seria pegar um trem para Nova York para, então, atravessar o Atlântico a bordo do navio de cruzeiro Queen Mary.

Mas os responsáveis pelo transatlântico "tampouco quiseram receber Kevin a bordo, alegando problemas de saúde", disse Chenais em entrevista por telefone a caminho do aeroporto, procedente de um hotel do Brooklyn.

A British Airways informou à AFP que sua equipe de atendimento ao cliente "trabalhou com diligência para encontrar uma solução" para o problema. No entanto, segundo uma porta-voz da companhia, "não foi possível acomodar com segurança o cliente em quaisquer de nossas aeronaves".

Chenais, que precisa de oxigênio e cuidados médicos, veio aos Estados Unidos procedente da França em maio de 2012 para se tratar na Clínica Mayo, em Minnesota. Seus problemas de saúde, que impedem que ele leve uma vida normal, começou quando ele tinha seis meses de idade, segundo o pai.

Apesar de todos os "reveses", Chenais disse que o filho - que esperava embarcar no Queen Mary - estava "um pouco triste" em deixar os Estados Unidos.

Um saudita pesando 610 kg e que perdeu a mobilidade foi hospitalizado por ordem do rei Abdullah, informou nesta segunda-feira a imprensa saudita. Khaled Mohsen Shairi foi levado de Jizane, sul da Arábia Saudita, para o hospital Rei Fahd, e teve de ser retirado de casa por uma empilhadeira.

Uma equipe médica acompanhou a transferência para o hospital na capital Riad, segundo o ministro da Saúde, Abdullah al-Rabia, citado pelo jornal Arab News. A natureza do tratamento a que será submetido não foi informada, mas a equipe médica desse hospital já operou outro obeso mórbido de 27 anos, retirando de seu estômago 80 kg gordura, segundo o jornal.

O ex-atacante e maior artilheiro das Copas do Mundo, Ronaldo, desaprovou o comentário do técnico do Manchester United, Alex Ferguson. O comandante dos Red Devils chamou o brasileiro de gordo ao compará-lo com o português Cristiano Ronaldo. Durante a visita à Arena Pernambuco, neste terça-feira, o ex-jogador, visivelmente mais magro, respondeu de forma educada.

“Ele não me viu depois do Medida Certa. Respeito a opinião dele, mas eu tenho uma história feliz no futebol e não tenho a pretensão de ser o melhor de todos. Foi um comentário deselegante sobre o meu antigo aspecto físico. Desapropriado para um Sir”, afirmou.

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O trânsito nas grandes metrópoles brasileiras está cada vez mais complicado. No Recife e Região Metropolitana (RMR), por exemplo, nos horários de pico acontecem engarrafamentos e as principais vias são obstruídas pela grande quantidade de veículos, que prejudicam a mobilidade urbana. Além disso, quem precisa usar o transporte público tem ainda mais dificuldade - ônibus lotados, sem boas acomodações, temperaturas elevadas por conta do calor, confusão no momento do embarque, e também há motoristas e cobradores que não atendem bem os passageiros.

Ao embarcar em um veículo o passageiro tem que agir como um “verdadeiro atleta”. Afinal de contas, se manter em pé e seguro, e conseguir passar pelas pessoas até a hora do desembarque exige muito esforço e contorcionismo. A situação piora para quem está acima do peso, porque os “gordinhos” têm mais dificuldades de se acomodarem nos veículos lotados. Além da maioria dos ônibus não possuírem assentos especiais para pessoas com sobrepeso, há casos em que cobradores obrigam os usuários a passar pela catraca, que por ter um espaço reduzido, dificulta a locomoção de quem é gordo e gera constrangimento.

Edilma Barbosa de Lima, de 42 anos de idade, há tempos deixou de utilizar o serviço, uma vez que passou por preconceito de alguns motoristas e cobradores. “Eles dificultavam muito e debochavam. O gordo não é diferente. Nós somos gente e temos direito como as outras pessoas”, desabafa Edilma. Ela revela que discutia bastante com alguns rodoviários que lhe tratavam mal. “Eu discuti muito, porque eu não conseguia passar pela catraca. Eles implicavam comigo”, relembra.

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A mulher opina que nos transportes públicos deveriam existir mais locais reservados para pessoas gordas. “Eu creio que, assim como os idosos têm a parte reservada para eles na frente dos veículos, as empresas deveriam deixar pelo menos uns bancos para os obesos”.

A questão prejudicou um sonho profissional de Edilma. Pelas dificuldades enfrentadas no transporte, ela deixou de estudar. “Eu deixei de fazer o meu curso de técnico em administração por falta da minha mobilidade. Chegou um momento que, faltando apenas meio período para eu terminar o curso, eu já não conseguia subir no ônibus. Eu caía, sem forças, e não conseguia andar”, relata Edilma, emocionada.

A versão do Consórcio  - De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, empresa responsável pelos serviços de ônibus no Recife e RMR, existem três mil veículos que atendem os usuários de transporte público, divididos em 385 linhas. Desse número de conduções, apenas 30% possuem assentos reservados para pessoas acima do peso.

A assessoria de comunicação do Grande Recife afirma que os passageiros com dificuldade de passar pelas catracas por conta do tamanho do corpo, não são obrigados a cruzar o espaço. “Desde o ano de 2007, existe uma Lei que garante que as pessoas obesas podem pagar a passagem e descer pela porta dianteira. Se a parte da frente do ônibus também estiver cheia com pessoas idosas, portadoras de necessidades ou gestantes, o usuário pode pagar o bilhete, descer do ônibus e entrar pela porta dianteira”, alerta a assessoria.

As pessoas que sofrerem qualquer tipo de constrangimento devem entrar em contato com o Grande Recife: (81) 3182-5542/ 5544/ 5543.

Metrôs - Segundo a assessoria de comunicação da Superintendência de Trens Urbanos do Recife (CBTU-Metrorec), existem dois assentos exclusivos para pessoas obesas por Veículo Leve sobre Trilho (VLT), e ao todo, existem três VLT´s. A assessoria explica que a quantidade é pequena porque antigamente não existia essa preocupação, com a justificativa de que “o número de obesos não era tão grande”.

No entanto, até a Copa do Mundo de 2014, a CBTU-Metrorec informa que comprará mais 15 trens, todos já com locais exclusivos para passageiros acima do peso. Atualmente, a CBTU-Metrorec possui 25 trens.

Lei em nome dos obesos - O Projeto de Lei 2999/11, que está em análise na Câmara dos Deputados, pretende reservar assentos para pessoas obesas no transporte público coletivo. A proposta altera a Lei do Atendimento Prioritário (10.048/00), que reserva locais para idosos, gestantes, lactantes, pessoas com necessidades especiais e passageiros acompanhados por crianças de colo.

De acordo com a proposta, os veículos de transporte coletivo produzidos um ano após a publicação da respectiva Lei, deverão ser planejados de forma a facilitar o acesso das pessoas obesas. No que diz respeito aos coletivos que já estão em utilização, haverá um prazo de 180 dias para as adaptações necessárias.

O deputado licenciado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é o autor da proposta. Ele acredita que a lei atual é restritiva por não incluir as pessoas obesas entre as que possuem mobilidade reduzida. O projeto está em tramitação em conjunto com o PL 4427/01, que aguarda inclusão na pauta do Plenário.

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