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Condenado a 15 anos de prisão, em 2017, pelo assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, quatro anos antes, o ex-atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius poderá ter liberdade condicional, nesta sexta-feira, após uma audiência marcada em um tribunal de Pretória, na África do Sul.

O Departamento de Serviços Penitenciários da África do Sul comunicou, nesta terça-feira, que um conselho de liberdade condicional vai analisar o caso de Pistorius e decidirá "se o preso é adequado ou não para integração social".

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Em março, Pistorius teve um pedido de liberdade condicional negado. Mas, em outubro, após cumprir mais da metade da pena, o Tribunal Constitucional da África do Sul decidiu que o atleta, de 36 anos, poderia se qualificar para deixar a prisão de forma condicional.

Em 2014, Pistorius foi inicialmente condenado a cinco anos de prisão, em uma caso de repercussão mundial. No ano seguinte, após apelação do Ministério Público, o Supremo Tribunal de Recurso da África do Sul anulou essa condenação e aumentou para seis anos.

Contudo, após novo recurso do Ministério Público, em 2017, a pena foi alterada mais uma vez e passou a ser de 15 anos. Na prática, essa sentença significava 13 anos e cinco meses de prisão, depois de deduzido o tempo que Pistorius passou uma fase sob fiança em prisão domiciliar.

Pistorius cumpre pena por atirar em Steenkamp em sua casa, em Pretória, no Dia dos Namorados de 2013, quando

Desfrutava de grande prestígio no mundo esportivo, no qual era destaque na corrida paralímpica.

Pistorius alegou sem sucesso no tribunal ter atirado quatro vezes pela porta fechada do banheiro, ao confundir sua namorada com um suposto ladrão que teria acessado a casa através da janela do banheiro.

O atleta sul-africano nasceu com um problema genético que levou seus pais a decidirem amputar ambas as pernas abaixo dos joelhos quando ele tinha 11 meses de idade. Pistorius alcançou fama mundial ao competir com duas próteses de carbono. Ele ganhou seis medalhas olímpicas - quatro de ouro, uma de prata e uma de bronze - nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012, nas provas dos 100, 200 e 400 metros.

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O esporte amador, de maneira geral, tem dificuldades por falta de patrocínio e de materiais apropriados, além de local para treinamentos impróprio e pequena visibilidade. É o caso dos esportes paralímpicos no Brasil. Atletas têm que lidar com o preconceito social e por vezes precisam buscar trabalho para complementar a renda, pois nem sempre é possível viver apenas do esporte.

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Visando amenizar questões como essas, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) apoiou a compra de cadeiras de rodas para dez atletas paralímpicos de basquete, que servirão também para treinamentos dirigidos à participação nos campeonatos oficiais da Confederação Brasileira de Basquete em Cadeiras de Rodas (CBBC).

Erivelto Pastana, diretor de Esporte e Lazer da Seel, salienta a relevância não só para os treinos desses atletas, mas também para que eles possam representar o Estado em várias competições e para que consigam trazer melhores resultados.

Segundo a Seel, os beneficiados pela ação do Estado são Alexandre Vieira, Azenilton dos Santos, Breno do Carmo, Carlos da Silva, Edleno Borges, Eduardo Guimarães, Erivaldo Penha, José Ricardo, Lucicléia da Costa e Maykon da Silva.

Um dos mais experientes do grupo, José Ricardo Leal da Silva, com passagens por clubes de outros Estados, participações em campeonatos sul-americanos e até a disputa das Paraolimpíadas de Pequim 2008, defendendo a Seleção Brasileira, destaca a importância da aquisição das cadeiras de rodas. “Agora vamos ficar de cadeiras novas como as outras equipes do Brasil”, ressalta.

As dificuldades são muitas, segundo Ricardo dos Abutres, como é conhecido na ADFPa - Associação dos Deficientes Físicos do Pará. “Falta patrocínio. As cadeiras de basquete são muito caras, além de participarmos das competições que geralmente são na região sudeste do país. As passagens de avião são muito caras”, observa.

Outro atleta que está na lista dos contemplados é Maykon Douglas da Silva, que conheceu o esporte paralímpico aos 13 anos de idade. Hoje, aos 26, comenta sobre o apoio do governo para a compra da nova cadeira. “Não temos condições de fazer a compra, o preço de um material de qualidade é muito alto, e isso influencia diretamente nos resultados. Vivemos dias difíceis falando diretamente do esporte e receber esse material do Estado tira um fardo das costas, nos dá um gás e a esperança de que dias melhores estão por vir”, declara.

“O basquete representa tudo na minha vida, foi através dele que eu vivi os momentos mais maravilhosos”, finaliza.

Por Dinei Souza.

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A volta dos brasileiros às competições internacionais do triatlo paralímpico em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi com medalha de ouro. A triatleta Jéssica Messali venceu a etapa de Alhandra (Portugal) da Copa do Mundo da modalidade, na classe PTWC (cadeirantes), chegando 21 segundos a frente da italiana Rita Cuccuru, segunda colocada, e tendo quase três minutos de vantagem para a francesa Mona Francis, que completou o pódio.

"O mais desafiador foi a bicicleta, porque estou com uma handbike improvisada. A nova que comprei com apoio do meu patrocinador está presa nos Estados Unidos, então tive que competir com uma que tem 15 quilos a mais. Na transição para a corrida, a francesa saiu junto comigo e eu geralmente esperava as gringas passarem, mas dessa vez eu passei na frente dela", disse Jéssica ao site oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

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A classe de Jéssica estreará em Paralimpíadas na edição de Tóquio (Japão), no ano que vem. A brasileira, que compete no triatlo paralímpico desde 2017 e ficou paraplégica após um acidente de carro em 2013, falou sobre a trajetória dela e a preparação para os Jogos na capital japonesa ao repórter Juliano Justo, na Rádio Nacional.

Mais dois brasileiros disputaram na etapa portuguesa da Copa do Mundo - ambos na classe PTS5 (atletas com deficiências físico-motoras ou paralisia cerebral). Ronan Cordeiro, que tem má formação na mão esquerda, conquistou a medalha de prata, finalizando a prova 35 segundos atrás do espanhol Jairo Ruiz Lopez, que obteve o ouro. Já Carlos Viana ficou em quinto lugar. Os representantes do país estão em treinamento na Europa há um mês.

A santista Beth Gomes abriu neste sábado, 8, as disputas da primeira etapa nacional de atletismo do Circuito Brasil Loterias Caixa com a quebra do recorde mundial do arremesso de peso, classe F52 - para cadeirantes com alto grau de comprometimento. Ela venceu a prova disputada no CT Paralímpico, em São Paulo, com a marca de 7,68m e superou os 6,14m da jamaicana Cassie Mitchell, que perdurava desde 2013. Trezentos e quarenta e sete atletas de 24 Estados e o Distrito Federal competem no evento deste fim de semana. 

Beth já havia arremessado o peso acima da marca da rival continental anteriormente. A homologação do resultado, no entanto, não foi feita por causa da sua classificação funcional, na época ainda sob análise. No Open Internacional Loterias Caixa, em abril, ela foi confirmada como atleta da classe F52.

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"Não queria ter batido por tanto (risos), mas aconteceu. Eu estava tranquila, com um frio na barriga pela competição, mas consegui estar bem consciente do que eu venho treinando e conseguindo. Conquistei uma boa marca que reflete o meu trabalho desta temporada. Agora é trabalhar para o Parapan de Lima e para o Mundial de Dubai", disse a atleta de 54 anos, que tornou-se cadeirante em decorrência de uma esclerose múltipla.

Outro recorde foi quebrado pelo carioca João Victor Teixeira, da classe F37. Ele alcançou 48,52m no lançamento de disco masculino e estabeleceu uma nova marca das Américas - a anterior pertencia ao venezuelano Edwards Varela, com 47,88m. O paraibano Petrúcio Ferreira também brilhou nos 100m (T47) e venceu a prova em 10s66, seguido pelo carioca Washington Júnior (10s90) e o alagoano Yohansson Nascimento (10s99).

Os atletas que disputarão as etapas nacionais do Circuito alcançaram, nas fases regionais, os índices classificatórios estabelecidos pelo Departamento Técnico do CPB. Ao todo, foram realizados quatro estágios: São Paulo, no CT Paralímpico, em fevereiro; Norte-Nordeste, em João Pessoa (PB), em março; Centro-Leste, em Uberlândia (MG), e Rio-Sul, em Curitiba (PR), em abril. 

A segunda etapa nacional do Circuito Brasil Loterias Caixa de Atletismo será nos dias 9 e 11 de agosto, no CT Paralímpico, em São Paulo. Já a terceira fase nacional receberá a denominação de Campeonato Brasileiro, que está programado para ocorrer nos dias 27 a 29 de setembro, também no CT, e reunirá os melhores do ano. O Mundial da modalidade encerrará o calendário do atletismo em 2019, de 7 a 15 de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Time São Paulo

Os atletas Washington Júnior e Yohansson Nacimento são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 62 atletas e quatro atletas-guia, de nove modalidades.

O Circuito Brasil Loterias Caixa é organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e patrocinado pelas Loterias Caixa. Este é o mais importante evento paralímpico nacional de atletismo, halterofilismo e natação. Composto por quatro fases regionais e duas nacionais, tem como objetivo desenvolver as práticas desportivas em todos os municípios e estados brasileiros, além de melhorar o nível técnico das modalidades e dar oportunidade para atletas de elite e novos valores do esporte paralímpico do país. Em 2019, as disputas das fases nacionais serão separadas por uma modalidade em cada fim de semana - haverá ainda um Campeonato Brasileiro de cada esporte.

*Da assessoria do Comitê Paralímpico Brasileiro

O Brasil teve um desempenho histórico no Campeonato Mundial de Halterofilismo Paralímpico: a delegação enviada, composta por 17 atletas, retornou ao País no último sábado (9) com quatro medalhas. Outras 70 nações participaram do Mundial, que ocorreu no Ginásio Olímpico Juan de La Barrera, na Cidade do México.

Essa foi a melhor performance do Brasil em toda a história da modalidade. Antes disso, o melhor resultado em grandes disputas internacionais tinha sido registrado em 2014, quando o País conquistou um ouro e um bronze no júnior e no adulto, respectivamente. Em 2019, o Mundial de Halterofilismo ocorrerá em Astana, capital do Cazaquistão.

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"Acho que estamos no caminho certo. O fundamental é continuar fazendo a máquina girar para trazer mais atletas jovens, porque a capacidade que o Brasil tem de desenvolver os jovens é impressionante. Então é nisso que vamos apostar", afirmou o coordenador do halterofilismo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Felipe Dias.

A participação e medalhas conquistadas pelo Brasil representam, segundo avaliação de Dias, a “força do trabalho” dos Centros de Referência em Desenvolvimento do  Halterofilismo espalhados pelo País. “Um ouro, uma prata e um bronze vindos de atletas que a gente não esperava nos dá a segurança de dizer que o balanço do Mundial Júnior é positivo”, declarou. Atualmente, há centros em oito cidades de três estados e no Distrito Federal. Dos atletas brasileiros, oito representaram o País na categoria júnior e nove, na categoria adulto.

Confira os nomes e as categorias dos medalhistas:

Júnior

Lucas Manoel (16 anos): ouro na categoria até 49 quilos

Mateus de Assis (20 anos): prata na categoria até 107 quilos

Vitor Afonso dos Santos (20 anos): bronze na categoria até 107 quilos

Adulto

Evânio Rodrigues (33 anos): bronze na categoria até 88 quilos.

As atletas do Clube All Star Rodas Pará estão prontas para a disputa do Campeonato Brasileiro de Basquete em Cadeira de Rodas, no Centro Paralímpico, em São Paulo, entre os dias 25 e 30 de setembro. As informações da assessoria da Secretaria de Estado de Esporte e Lazaer (Seel) do Pará.

O time comandado por Wilson Caju vai em busca do 18º título consecutivo e de manter a escrita de jamais ter perdido uma partida na competição nacional. "Acumular títulos representa a valorização de um trabalho na formação de atletas de alto rendimento e que a equipe é referência do basquete feminino no Brasil e na América do Sul. Sem esse trabalho profissional e o apoio dado pela Seel, jamais atingiríamos esse sucesso", disse o técnico Wilson Caju. Além do All Star Rodas Pará, o Pará também terá como representante o Clube All Star Rodas Belém, que é uma espécie de time B dos paraenses, totalizando uma delegação de 24 paratletas.

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O trabalho com basquete em cadeira de rodas vem rendendo bons frutos ao esporte paraense. "Recentemente, quatro atletas do All Star Rodas conquistaram o bronze com a Seleção Brasileira, na Copa América, disputada em Cáli, na Colômbia, classificando o país para o Mundial, que será realizado na Alemanha, no próximo ano. Isso é muito gratificante", disse Caju.

 

O Comitê Paralímpico Brasileiro decidiu suspender o embarque da delegação de natação paralímpica, que seria realizado na noite desta terça-feira, 19, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, rumo à Cidade do México, devido ao forte terremoto que atingiu a cidade. O grupo de 18 atletas embarcaria para um período de aclimatação antes do Mundial da modalidade, que está previsto para começar no dia 30 de setembro.

Ainda não há uma definição de uma nova data de embarque. A direção técnica do Comitê prefere aguardar mais informações sobre as condições da cidade e sobre o status da competição, a fim de garantir a segurança de todos. No comunicado sobre o cancelamento da viagem, o Comitê Paralímpico Brasileiro lamentou a catástrofe e desejou "força a todos os mexicanos afetados pelo terremoto".

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O paraibano Petrúcio Ferreira foi escolhido o atleta do mês de julho pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). O resultado foi anunciado nesta quarta-feira (9). O atleta de 20 anos foi o preferido de 40% do público, que pôde votar por meio do site do IPC.

O brasileiro teve 3% a mais dos votos do que o segundo colocado, o tenista sueco Stefan Olsson. O dinamarquês Daniel Wagner foi o terceiro mais votado, com 19%. A tenista holandesa Diede de Groot e a corredora em cadeira de rodas Tatyana McFadden também haviam sido indicadas para a premiação.

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Petrúcio superou nomes de destaque tanto do Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres quanto do torneio de tênis em cadeira de rodas de Wimbledon, também disputado na capital britânica.

"Só tenho a agradecer, principalmente àqueles que tiraram um pouco do tempo para votar. É incrível levar o nome do Brasil ao topo em mais uma disputa e saber que estou representando bem nossa nação", afirmou Petrúcio, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo.

Petrúcio foi o principal nome do mundial de Londres ao conquistar duas medalhas de ouro e bater dois recordes mundiais. Em sua primeira prova, venceu os 100m T47 (amputados de braço) com o tempo de 10s53 – quatro centésimos mais rápido do que sua antiga marca.

Em seguida, retornou ao Estádio Olímpico e superou o tempo dos 200m ao vencer em 21s22. O antigo recorde mundial da distância era de 21s49 e também pertencia a ele.

Além dos dois títulos conquistados no Mundial, Petrúcio Ferreira é também o atual campeão paralímpico dos 100m T47, além de ter sido medalhista de prata nos 400m nos Jogos Rio 2016.

A brasileira Jane Karla conquistou a medalha de ouro na European Para Archery Cup, etapa da Copa do Mundo de tiro com arco paralímpico realizada em Nove Mesto, na República Tcheca.

A decisão foi apertada: após 15 flechas disparadas, Jane e a russa Stepanida Artakhinova estavam empatadas, com 138 pontos cada. O tiro da flecha decisiva da brasileira ficou mais próximo do alvo, o que garantiu a vitória. Esta etapa da copa contou com 123 atletas de 25 países.

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“Respirei fundo, me concentrei e atirei. Vi que tinha acertado muito no centro, mas estava bem longe do alvo e não sabia ao certo se ia dar. Depois ouvi o pessoal falando que o meu tinha sido mais perto. Aí chorei, vibrei muito", conta, animada, a campeã.

Após a competição, o nome de Jane Karla passou da 11ª para a terceira colocação no ranking mundial paralímpico do arco composto. "Foi emocionante. Você fica esperando melhorar no ranking, e dar um salto desses foi uma alegria, bom demais. É sinal de que nosso trabalho está no caminho certo, e quero melhorar cada dia mais", comenta. Com 168.000 pontos, a atleta goiana está atrás apenas da italiana Eleonora Sarti (183.880) e da chinesa Yueshan Lin (175.400) na listagem internacional.

Em setembro, Jane representa, mais uma vez, o Brasil. Dessa vez, no mundial paralímpico, em Pequim, na China. Em outubro, outra competição mundial: ela vai competir no arco composto, ao lado de arqueiros sem deficiência física.

Incentivo federal

Para todos os compromissos, Jane conta com o apoio da Bolsa Pódio. "É a bolsa que nos dá condições de ir às competições, de pagar as inscrições, de nos dedicarmos ao esporte. Isso permitiu que eu estivesse aqui hoje com esse resultado", afirma.

O Brasil conquistou oito medalhas de ouro no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Londres, que chegou ao fim no último domingo (23). No quadro geral, o País ficou em nono lugar, com 21 medalhas, sendo oito de ouro, sete de prata e seis de bronze.

Todas as medalhas foram conquistas por esportistas beneficiados pelo Bolsa Atleta. Dos 25 atletas brasileiros, 24 foram finalistas em pelo menos uma prova.

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A campeã da competição foi a China, com 65 medalhas, sendo 30 de ouro. O segundo lugar ficou para os Estados Unidos, com 59 medalhas (20 de ouro), e o terceiro para a Grã-Bretanha, com 39 pódios (18 de ouro).

"A performance brasileira foi extremamente importante e nos mostrou que estamos no caminho certo, porque visamos sobretudo à melhor participação possível em Tóquio 2020. Estou bastante satisfeito e vejo que, em algumas situações, nós já vemos evolução e, em outras, diagnosticamos ações necessárias para o desenvolvimento da modalidade", afirmou Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Esta foi a oitava edição do Mundial de Atletismo Paralímpico. Cerca de 1,3 mil atletas de 85 países disputaram as 202 medalhas, todas no Estádio Olímpico de Londres. Na edição de 2015, o Brasil havia levado 40 atletas e ficado com a sétima colocação no quadro geral dos brasileiros, 24 foram finalistas em pelo menos uma prova.

Alguns destaques foram Petrucio Ferreira, que conquistou dois ouros nas provas de 100m e 200m. Thiago Paulino também ficou em primeiro lugar na competição de lançamento de disco e arremesso de peso. Mateus Evangelista, além do ouro na prova de 100m, conquistou duas pratas nos 200m e no salto em distância. Já Rodrigo Parreira conquistou uma prata no salto em distância e duas medalhas de bronze nas provas de 100m e 200m.

O Mundial de Atletismo Paralímpico, que começa nesta sexta-feira, em Londres, volta ao berço do local onde o esporte para atletas com alguma deficiência passou a ser visto com outros olhos. Foi no estádio olímpico da capital britânica que, em 2012, o movimento paralímpico ganhou força, visibilidade e inserção na sociedade, após anos de incertezas.

Com quase 80 mil espectadores por dia durante os Jogos Paralímpicos em 2012, Londres abriu as portas para o aumento do investimento no desenvolvimento de atletas. No Brasil, o esporte paralímpico ganhou um centro de treinamentos em São Paulo, inaugurado no ano passado e que custou aproximadamente R$ 300 milhões, em obras e equipamentos esportivos.

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Para tentar fazer com que o movimento paralímpico continue em evolução, o brasileiro Andrew Parsons, que presidiu o Comitê Paralímpico Brasileiro de 2009 a 2017, é candidato à presidência do Comitê Paralímpico Internacional, em eleição marcada para 8 de setembro, em Abu Dabi.

Em recente entrevista ao Estado, Parsons disse que o principal desafio do movimento paralímpico é "encarar as dores de seu próprio crescimento". Para ele, isso significa manter o interesse da comunidade esportiva internacional, entender as formas como o mundo consome esporte e se manter conectado à realidade esportiva.

"O movimento paralímpico é jovem e algumas questões de profissionalismo precisam evoluir, sempre tendo em vista nossos valores e nossa história", afirmou. O modo de gestão dentro de entidades esportivas é uma dessas mudanças necessárias, de acordo com o brasileiro, para "não cair no erro de outros movimentos desportivos."

Para Parsons, a transparência vem tendo cada vez mais uma relação direta com o aumento nos investimentos no esporte. "Existe uma onda muito positiva de patrocinadores exigindo transparência de seus patrocinados. É uma atitude de quem entende que a transparência é uma característica importante para ser levada em conta no processo de venda de patrocínio. Ninguém quer se associar a uma entidade que não seja transparente."

PROVAS - No primeiro dia de competições, o Brasil será representado por Thiago Paulino, paulista da cidade de Orlândia e recordista mundial do lançamento de disco, classe F57. Ele começa a disputa às 15h10 (horário de Brasília) e tem perspectiva de alcançar uma medalha.

"A expectativa é a melhor possível. Bati na trave em Doha 2015 (sétimo lugar) e, no Rio 2016, fiquei em quinto lugar no peso. Sinto-me bem mais experiente, tendo participado de competições desse tipo antes, então estou preparado para que tudo dê certo dessa vez", disse Thiago, de 31 anos, que teve de amputar a perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de moto, em 2010.

"Venho treinando com o foco em melhorar as minhas marcas pessoais. O recorde mundial é de 14,92m e eu tenho 14,66m como o meu melhor lançamento, então acredito que posso chegar próximo à marca do polonês e até, quem sabe, superá-la", projetou o brasileiro. Após a disputa do arremesso de peso, Thiago terá pela frente o lançamento de disco, marcado para o dia 22.

Ainda neste sexta-feira, além de Thiago Paulino, o Brasil será representado por Fabrício Júnior, da classe T12 (baixa visão). Ele disputará a primeira fase eliminatórias dos 100m, às 15h35. Fabrício perdeu parte da visão devido a uma toxoplasmose, contraída pela mãe na gravidez.

Esta será a oitava edição do Mundial de Atletismo Paralímpico, com a participação de cerca de 1.300 atletas de cem países nas 213 disputas por medalha, todas no Estádio Olímpico de Londres. Em 2015, em Doha, no Catar, o Brasil ficou com a sétima colocação no quadro geral de medalhas do evento. Foram oito ouros, 14 pratas e mais 13 bronzes.

Feche a boca ou roa as unhas, mas fique em silêncio. O melhor torcedor em uma partida de futebol de cegos é aquele que fica calado.

Mas como é difícil, principalmente quando o Brasil busca o pentacampeonato paralímpico nos jogos no Rio de Janeiro, perante uma torcida acostumada a ser o décimo segundo jogador, e muito barulhenta.

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"Brasil! Brasil!", se ouve das arquibancadas um pouco antes do início da partida. O amarelo domina o estádio, que vibra.

Na primeira fila estão Wagner Goulart, de 30 anos, e Luciana Vargas, de 34. Ambos usando camisas, chapéus, e até óculos de plástico com a palavra Brasil. Ela com uma corneta e ele com um chocalho.

"Só fazemos barulho quando a partida para e quando o gol é óbvio", dizem em entrevista à AFP.

Assim, com todos "preparados", soa o apito e um rastro de "shhh" domina o estádio antes do absoluto silêncio. Só o que se escuta é o tilintar da bola especial -com guizos dentro- e os gritos dos jogadores, que têm diferentes níveis de cegueira e usam vendas nos olhos para igualar as condições.

É um jogo em que os ouvidos são os olhos e qualquer ruído pode arruinar uma jogada. Somente os goleiros enxergam e servem de guia para os outros jogadores.

- Emoção -

O Brasil enfrentou no domingo a Turquia na fase de grupos do torneio paralímpico de futebol de cinco. A vitória por 2x0 do time brasileiro garantiu uma vaga na semifinal.

O time jogou de maneira muito ofensiva, em contraste com o rival extremadamente defensivo. Por isso era difícil conter a torcida quando Ricardinho, camisa 10, driblava três jogadores da defesa antes de chutar para o gol. A emoção da torcida foi controlada e se transformou em um murmúrio, mas na verdade queria explodir em um grito de celebração.

A torcida brasileira se destacou nessas olimpíadas pelo barulho que fazia nas arquibancadas, a favor ou contra. Muito atletas mostraram surpresa com essa empolgação.

Katia Brum (38 anos) sofreu quando celebrou o primeiro gol: uma jogada de Ricardinho que começou da lateral esquerda e terminou com um chutaço do atacante brasileiro, o melhor do mundo em 2014.

Sentia os músculos tensos, colocava a mão na boca, estava a ponto de explodir, mas não podia gritar como em uma partida de futebol comum.

"É muito difícil, é a primeira vez que vemos uma partida de cegos e é muita emoção. Não pude trazer meu pai, ele teria um infarto. Está acostumado a ajudar, a gritar, a ser o 12º jogador. Ia explodir", disse.

Os jogadores brasileiros dizem que havia mais ruído do que o ideal, mas longe de incomodar.

"Essa energia é muito importante, a pessoa se sente mais motivada, dá um gás extra com alguém incentivando. No momento, atrapalha, mas sabemos que são importantes", disse o atacante Nonato.

"Quero e espero que continue assim, a todo vapor, e espero que a torcida celebre com a gente outro título", acrescentou Ricardinho.

Não faria mal, muito menos se for um ouro ganho em casa, repetindo o feito da seleção de Neymar nos Jogos Olímpicos.

- Final ruidosa -

O futebol de cinco se transformou em esporte paralímpico nos jogos de Atenas em 2004 e desde então o Brasil foi o único campeão do torneio.

Na primeira edição, ganhou a final de sua grande rival Argentina, que em 2008 ficou com o bronze.

A seleção argentina está entre os favoritos para chegar à final e assim como na Copa do Mundo de 2014, trouxe sua torcida para o estádio do centro de tênis do Parque Olímpico.

"É muito lindo jogar com torcida, ainda que por vezes jogue contra, porque sabemos que o futebol é muito emotivo, mas como fazer para se controlar? Quando uma jogada está para se definir e a torcida começa a gritar 'ai ai ai', esse som te faz perder a jogada, mas também te motiva", explicou o capitão Silvio Velo, conhecido como o "Messi" do futebol de cinco, que jogou mais cedo no domingo.

Se a final é Brasil-Argentina, será preciso colocar uma mordaça e prender as pessoas nas cadeiras. Alguns propõem fazer uma bola com um guizo mais barulhento. Será necessário muito "shhh" e autocontrole para aguentar os 50 minutos da partida.

Neste final de semana a capital pernambucana recebeu a etapa Norte/Nordeste do Circuito Paralímpico. Atletas das regiões Norte e Nordeste competiram por vagas nas competições paralímpicas dos jogos do Rio deste ano. Aconteceram  provas de atletismo, arremesso de peso, natação, entre outros.

O evento aconteceu durante três dias no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem e premiou paratletas pernambucanas de destaque, como Jenifer Martins, medalha de ouro no salto em distância e nos 100 e 200 metros rasos, além de conseguir alcançar o segundo lugar no ranking mundial e a melhor marca do ano na classe T38, para portadores de paralisia cerebral, com 4,68 metros.

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Confira no vídeo mais detalhes sobre as competições:

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Neste final de semana acontece no Recife o Circuito Loterias Caixa de Atletismo, Natação e Halterofilismo, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O evento realizado no Centro Esportivo Santos Dumont conta com atletas das regiões Norte/Nordeste do Brasil. O torneio serve como seletiva para o Campeonato Regional das Américas. E este por sua vez é qualificatório para os jogos Parapan-Americanos de Toronto em agosto de 2015.

Participantes do torneio dão uma lição de que o esporte pode ser praticado por todos. É fácil encontrar uma história de superação entre tantos atletas que enfrentaram barreiras para estar ali. Histórias que vão desde aceitação da prática esportiva pela família até um motivo para não desistir de viver. Mas estes competidores estão ali em sua maioria para conquistar o direito de viver daquilo que eles gostam, o esporte.

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Poucos conseguem ganhar sua vida só da prática esportiva. Todos fazem alguma atividade longe das pistas, quadras ou piscinas, seja como funcionário público ou como ambulante. Não é a toa que o esporte Paralímpico brasileiro não esteja entre os melhores do mundo, atletas começam a se preparar no máximo três meses antes da competição. Mesmo assim com força de vontade eles proporcionam belas apresentações para o público.

O Público também merece destaque, grande parte era constituído por familiares ou membros das equipes dos atletas. Nenhuma surpresa para esportes que em sua grande parte são semi-profissionais. Em entrevista ao LeiaJá, Edilson Rocha, um dos membros do CPB, diz que a falta de profissionalização do esporte paralímpico se deve principalmente a falta de patrocínio das empresas para os atletas: “O incentivo das empresas privadas ainda é muito pouco, não dá para você dizer que é uma profissão. Mas grande parte dos atletas de alto rendimento no esporte paralímpico, atletas que vão aos jogos paralímpicos e campeonatos mundiais já consegue viver de esporte”, disse. 

Edilson também ressalta que o Comitê Paralímpico tenta oferecer a melhor estrutura possível para os atletas. “O atleta que vem aqui não tem gasto nenhum com passagem, hospedagem, alimentação, ele tem o transporte interno. Então para participar de uma competição como essa damos uma estrutura de 100%”, comentou. O organizador também se mostrou otimista com relação ao desempenho brasileiro nas Paralímpiadas do Rio em 2016: “Nós temos uma meta definida e já traçada desde os jogos olímpicos de Londres que é alcançar o quinto lugar no quadro de medalhas, pra isso, a gente precisa passar grandes países e melhorar com relação ao que a gente fez em Londres onde ficamos em sétimo”, avaliou.

Entre os competidores que buscam um futuro melhor está a cadeirante Vileide Brito de Almeida, paratleta paraense, que disputou pela primeira vez um campeonato oficial de atletismo e o resultado foi uma medalha de prata na prova de 800 metros no atletismo. Ela é uma das muitas que alimenta sonhos ligados ao esporte, e conta como começou essa relação: “Na verdade foi o esporte que me descobriu, eu nunca gostei de esporte e quando eu descobri o atletismo, o esporte em geral, pois eu também pratico basquete, foi amor à primeira vista. Já são oito anos me dedicando a isso e me esforçando a cada dia mais”. 

A paraense, através da prática esportiva derrubou preconceitos que tinha consigo mesma. “O esporte me descobriu para a vida, graças ao esporte eu consegui não ter preconceito comigo mesma, agora eu sei que não existem limitações, a limitação está na sua cabeça” relata a paratleta. A família também questionou a decisão de Vileide quando ela começou a praticar esporte: “Logo no início ficaram meio com receio porque eu tinha 15 anos e tinha que sair sozinha, andar de ônibus só, mas hoje eles vêm o quanto me sinto feliz e são tranquilos em relação a isso”. Vileide agora volta para o Pará com uma medalha de prata na bagagem e a vontade de melhorar cada dia mais para conquistar seu lugar ao sol.

Santos Dumont

Um ponto muito discutido por todos que estavam no local era a estrutura do Santos Dumont. O centro esportivo foi bastante criticado pelos atletas. O membro do Comitê Paralímpico Brasileiro, Edilson Rocha, comentou a decisão de trazer a competição para o local: “A estrutura precisa melhorar sem dúvidas, mas a pista de atletismo, por exemplo, é ótima, ela é nova. E é por isso que a gente vem pra cá, para incentivar o poder público a criar melhorias, melhorar a acessibilidade, melhorar a condição técnica da piscina. Então hoje posso dizer que a estrutura não tá perfeita, mas é possível realizar uma competição”, frisou.

 

No programa Vencer desta sexta-feira (22), o jornalista James Alcides conversa com o treinador de bocha Hendrick Silva. O esporte passou a fazer parte das paralimpíadas em 1984 e já está sendo praticado em mais de cinqüenta países em todo o mundo. O jogo tem como principal característica viabilizar a prática por pessoas que apresentam grau severo de comprometimento motor e/ou múltiplo. No Brasil, a modalidade é organizada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), e internacionalmente, pela Cerebral Palsy – International Sports and Recreation Assoociation (CP-ISRA), que foi fundada em 1978.

O bocha consiste em um jogo competitivo que pode ser jogado individualmente, em duplas ou em equipes e todos os eventos podem ser mistos – homens e mulheres competem juntos e igualmente. A sua finalidade principal é encostar o maior número de bolas na 'bola branca alvo', também denominada de 'Jack'. O Brasil está se tornando uma das potências no esporte, o atleta Maciel Sousa Santos conquistou o ouro pela segunda vez nos Jogos Paralímpicos de Londres, pela classe BC2. Já o atleta Eliseu dos Santos ficou com o bronze paralímpico na bocha individual da classe BC4.

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Além de bocha, o programa desta semana traz ainda mais uma edição do quadro "Vencedores da História", que desta vez conta a trajetória do ator Christopher Reeve. Seu papel mais famoso foi o Super-Homem uma série de quatro filmes, lançados no final dos anos 70. Porém, após cair de um cavalo, o ator ficou tetraplégico e passou a defender a legalização de pesquisas com células-tronco e abriu a fundação Christopher Reeve.

O programa Vencer é apresentado por James Alcides e exibido toda sexta-feira aqui, no Portal LeiaJá.

O Projeto Experimentando Diferenças está encerrando sua programação no Shopping RioMar. O evento permite que pessoas experimentem alguns dos esportes praticados pelos paratletas olímpicos, na Praça Central do Shopping.

No espaço, o público irá vivenciar emoções semelhantes àquelas sentidas pelos atletas nos esportes: futebol (chute a gol) com olhos vendados e utilizando a bola sonora, corrida e basquete em cadeira de rodas. Um grupo de 16 monitores auxiliará as pessoas nas atividades esportivas.

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A programação já contou com a participação do paratleta de atletismo, Mateus Evangelista e do paratleta Fernando Fernandes, atual tetracampeão de canoagem. Neste final de semana a nadadora Joana Neves será a convidada.

Além da arena de experimentação, o público poderá conferir a exposição "Caravana Vencedores", que retrata a preparação e o desempenho dos atletas brasileiros nas Paralimpíadas de Londres.

Confira os próximos convidados:

Quinta feira (22): Shirlene Coelho - Atletismo

Sexta feira (23): Shirlene Coelho - Atletismo

Sábado (24): Joana Neves - Natação

Os brasileiros conquistaram nove medalhas (três ouros, duas pratas e quatro bronzes) e estão na sexta colocação no quadro geral de países do Mundial Paralímpico de Natação, que começou nesta segunda-feira (12) em Montreal, no Canadá. Nesta terça-feira (13), subiram ao pódio os atletas Daniel Dias, ouro nos 200m livre S5; Susana Ribeiro (foto), ouro nos 100m peito SB6; Edênia Garcia, prata nos 50m costas S4; e Joana Neves, bronze nos 200m livre S5.

A primeira medalha do país no segundo dia de disputas do Mundial veio com Edênia Garcia. A nadadora alcançou a marca de 53s74 na disputa dos 50m costas. Ainda no feminino, a também bolsista Joana Neves conquistou sua segunda medalha na competição, com a marca de 3m07s14, que garantiu à nadadora o terceiro lugar nos 200m livre S5.

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Daniel Dias subiu ao pódio após vencer a prova dos 200m livre S5 com vantagem de 17 segundos. O atleta, que é o maior medalhista brasileiro em Jogos Paralímpicos, também havia conquistado a prata nos 50m borboleta S5 no primeiro dia da competição. O segundo ouro do dia veio com Susana Ribeiro, nos 100m peito SB6. Após conquistar o bronze nos 400m livre S6 no primeiro dia de competição, a atleta subiu ao lugar mais alto do pódio com a marca de 1m40s51, superando a ucraniana Viktoriia Savtsova, que ficou com a prta, e a britânica Charlotte Henshaw, que terminou com o bronze na prova.

Nesta quarta-feira (14), sete brasileiros disputam as eliminatórias, com destaque para Daniel Dias, nos 50m costas S5, e Verônica Almeida, nos 50m livre S7. As finais acontecem a partir das 18h10.

Com informações da assessoria

Inicialmente querendo terminar em quinto, o Brasil acabou lutando medalha por medalha com os Estados Unidos e terminou no terceiro lugar do quadro geral dos Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico, que chegou ao fim neste domingo, em Lyon (França). No total, a delegação brasileira, de 35 atletas, conquistou 40 medalhas, sendo 16 de ouro, 10 de prata e 14 de bronze.

O resultado é expressivamente melhor do que o do Mundial de 2011, em Christchurch (Nova Zelândia), quando o Brasil ganhou 30 medalhas, sendo 12 de ouro. A liderança do quadro de medalhas foi da Rússia, com 53 medalhas (26 douradas), seguida dos EUA, com 52 (sendo 17 de ouro).

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"O objetivo, realmente, era ter uma campanha superior (à de 2011). Mas, o mais importante, foi a revelação de jovens talentos, que já chegaram com boas atuações, e quantidade de atletas conseguindo medalhas. Isso mostra que estamos no caminho certo. Para começo de ciclo, é fundamental", comentou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.

Dos 35 atletas da delegação brasileira, 24 conquistaram medalhas. Além dos pódios esperados de nomes consagrados como Terezinha Guilhermina (três ouros), Alan Fonteles (três ouros) e Yohansson Nascimento (um ouro, uma prata e um bronze), talentos já consolidados renasceram, como Lucas Prado e Odair Santos, que se recuperaram de lesões e faturaram, respectivamente, duas e três medalhas de ouro. A grande revelação foi Verônica Hipólito, de apenas 17 anos. Conquistou um ouro nos 200m e uma prata nos 100m no primeiro Mundial da carreira.

"Mundial é importante, mas a maior cobrança será nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. A meta é ficar em quinto geral no atletismo, o que seria a melhor campanha da história do Brasil na modalidade", disse Ciro Winckler, coordenador de atletismo paralímpico brasileiro. Em Londres/2012, o Brasil terminou em sétimo no atletismo.

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