Tópicos | Paulo Melo

Por 3 votos a 2, os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal anularam condenação do ex-deputado estadual Paulo Melo (MDB/RJ) por corrupção e organização criminosa no âmbito da Operação Cadeia Velha. Além de derrubar a sentença do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que imputou 12 anos e cinco meses de prisão ao ex-parlamentar, o colegiado determinou que seja realizado um novo interrogatório do réu, que foi delatado por Jacob Barata Filho e Lelis Teixeira, empresários do setor de transporte fluminense.

Os ministros Kassio Nunes Marques e Ricardo Lewandowski seguiram entendimento do decano Gilmar Mendes, que considerou que houve 'violação à ampla defesa e ao contraditório em razão da negativa de novo interrogatório requerido pela defesa, ou seja, ao direito de falar por último no procedimento'. Gilmar evocou entendimento fixado pelo STF no julgamento de Aldemir Bendine, no sentido de que os delatados devem se manifestar após os delatores nos processos penais.

##RECOMENDA##

O resultado do julgamento foi proclamado nesta segunda-feira, 21, após o caso ser analisado pelos ministros em sessão do plenário virtual que terminou na sexta-feira, 18.

Restaram vencidos a ministra Cármen Lúcia, relatora do recurso impetrado por Paulo Melo, e o ministro Edson Fachin. Os magistrados entenderam que não era aplicável ao caso a jurisprudência sobre delatores se pronunciando antes de delatados nos processos penais.

Relatora, Cármen indicou que o caso Bendine estabeleceu o entendimento sobre a ordem de apresentação de alegações finais pelos réus colaboradores e delatados, enquanto o processo envolvendo Paulo Melo trata da oitiva de delatores que não são réus na mesma ação penal.

Assim, a ministra votou por manter decisão monocrática que negou o recurso de Paulo Melo, ressaltando que os advogados do ex-deputado não indicaram os pontos das delações que teriam 'surpreendido' a defesa, justificando a alegação de 'prejuízo' ao ex-parlamentar.

Voto vencedor

No voto que resultou na concessão do pedido de Paulo Melo, Gilmar Mendes não só citou a jurisprudência do STF sobre a ordem de apresentação de alegações finais por delatores e delatados, mas também evocou o Pacote Anticrime, que prevê que, em todas as fases do processo, o réu delatado deve ter a oportunidade de se manifestar após os pronunciamentos do delator.

"Os delatados têm direito de fazer perguntas ao corréu delator, exercendo o direito ao confronto como componente inerente ao contraditório efetivo. Partindo-se de lógica semelhante, para efetividade do contraditório, na doutrina, sustenta-se que a oitiva do colaborador deve, necessariamente, ser realizada em momento anterior ao interrogatório dos corréus incriminados", escreveu o magistrado em seu voto.

Gilmar entendeu que as delações de Jacob Barata e Lelis Teixeira citavam diretamente Paulo Melo, imputando ao ex-deputado condutas que foram analisada no processo que resultou em sua condenação a mais de 12 anos de prisão. Para o decano, apenar de as informações terem sido originalmente produzidas em ou outro processo, houve compartilhamento dos autos com a ação penal contra Paulo Melo, restando 'inegável a qualificação dos corréus como colaboradores'.

O decano considerou ainda que a defesa, ao solicitar o novo interrogatório do ex-deputado, 'expressamente indicou' os esclarecimentos que pretendia realizar em relação às declarações dos delatores que foram juntadas ao processo.

Um erro no número do alvará de soltura expedido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) levou à libertação dos ex-deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, presos pelas operações Furna da Onça e Cadeia Velha, desdobramentos da Lava Jato no estado.

Segundo o TRF2, o alvará saiu com os números dos processos da Furna da Onça e, indevidamente, com o da Cadeia Velha também, processo pelo qual eles permanecem presos preventivamente.

##RECOMENDA##

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que ambos deixaram o sistema nesta sexta-feira (13), mas, de acordo com o TRF2, os dois terão que voltar para a cadeia.

A Operação Cadeia Velha foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 14 de novembro de 2017. A Furna da Onça veio um ano depois, em 8 de novembro de 2018, como efeito das delações premiadas feitas por doleiros durante a Cadeia Velha.

A reportagem ainda está tentando contato com os advogados de Melo e Albertassi.

 

O ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Paulo Melo (MDB) voltou para a sala de aula em troca de redução de pena. Melo, preso desde novembro de 2017 pelo braço fluminense da Operação Lava Jato, cursa o Ensino Fundamental no Colégio Estadual Henrique de Souza Filho, que funciona dentro do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo Penitenciário de Gericinó, zona oeste da capital.

Depois de fazer um teste de nivelamento, o ex-deputado emedebista retomou os estudos a partir do 6.º ano do Fundamental, equivalente à antiga 5.ª série (a primeira do Ginásio). A informação foi publicada nesta terça-feira (2) pelo jornal O Globo e confirmada pelo O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

A exemplo de Melo, outros seis detentos de Bangu 8 estão estudando no colégio, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) afirmou que o ex-presidente da Alerj "tem o mesmo tratamento de qualquer aluno do colégio".

O estudo permite aos detentos reduzirem sua pena. Em março, a Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) condenou Melo a 12 anos e 5 meses de prisão e a multa de R$ 7 milhões, sob a acusação de operar um esquema de propinas para favorecer a empreiteira Odebrecht e a Fetranspor, entidade que reúne as empresas de ônibus urbanos.

A prisão, em 2017, foi ruidosa: ao lado de Jorge Picciani, também ex-presidente da Alerj, e Edson Albertassi, então líder do governo Luiz Fernando Pezão (MDB), Melo foi alvo da Operação Cadeia Velha. Após a prisão do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), a Justiça se voltou para a cúpula da Alerj.

Com a retomada dos estudos, Melo poderá abater um dia de sua pena para cada 12 horas de frequência escolar, conforme especifica a Lei de Execuções Penais. Segundo a Seeduc, o ex-deputado frequenta as aulas três dias por semana (segundas, terças e quartas-feiras). "As aulas são ofertadas conforme o currículo estabelecido em unidades prisionais", diz a nota da pasta de Educação.

Advogada de Melo, Patrícia Proetti afirmou que o ex-deputado retomou os estudos em março, a partir de requerimento apresentado à Secretaria de Administração Penitenciária.

Bangu 8 abriga os presos da Lava Jato no Rio desde 2018, quando um decreto, editado em abril, durante a intervenção federal na segurança pública do Estado, reestruturou o sistema penitenciário fluminense. A unidade foi destinada a "presos condenados do sexo masculino que tenham sido processados pela Justiça Federal e os diplomados em nível superior". Melo não tem curso superior, mas foi condenado pela Justiça Federal. Também estão presos Cabral e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região condenou ex-líderes do MDB na Assembleia Legislativa do Rio, presos em 2017 na Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato. Os emedebistas Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi eram acusados pelo Ministério Público Federal de operar esquema de propina para favorecer a Fetranspor, entidade que reúne empresas de ônibus urbanos, e a Odebrecht. Os crimes teriam ocorrido na gestão de Sérgio Cabral (MDB).

Ex-presidente da Casa, Picciani foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa a 21 anos de prisão. Ele ainda terá de pagar uma multa de R$ 11 milhões.

##RECOMENDA##

Albertassi, ex-líder do partido, foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão e multa de R$ 6 milhões por organização criminosa e corrupção. A pena imposta a Melo, que também presidiu a Assembleia, foi de 12 anos e 5 meses de prisão e multa de R$ 7 milhões.

Cinco desembargadores votaram a favor das condenações. O relator Abel Gomes propôs as penas e a manutenção da atual prisão preventiva. Foi acompanhado pelos outros quatro magistrados do TRF-2.

Presos em Bangu 8, Melo e Albertassi não foram ao julgamento desta quinta-feira, 28. Picciani, que atualmente cumpre pena em prisão domiciliar, também não compareceu.

Sem foro

Também nesta quinta e na Operação Cadeia Velha, o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, condenou o empresário do ramo de transportes Jacob Barata Filho, o empresário Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani, o ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira e mais oito por participação no esquema na Assembleia.

Jorge Picciani, Albertassi e Melo eram parlamentares quando a ação penal foi aberta - por isso foram julgados elo TRF-2. Os 11 condenados por Bretas não tinham foro e seus casos foram enviados à Justiça comum.

Barata Filho foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção ativa. "Os motivos (de sua conduta) são reprováveis, consistentes na compra de apoio na Alerj com o intuito de perpetuar seu domínio no mercado de transporte público", disse Bretas.

A pena imposta a Felipe Picciani foi de 17 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro por meio de empresa da família e organização criminosa. Teixeira foi condenado a 13 anos por corrupção ativa qualificada.

Os advogados de Jorge Picciani, Albertassi e Melo afirmaram que vão recorrer da decisão. As defesas dos outros condenados não responderam até a publicação desta matéria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acusado de integrar um esquema de corrupção passiva e ativa no Estado do Rio de Janeiro, o deputado estadual Paulo Melo (MDB) negou todas as acusações durante depoimento prestado à Justiça Federal nesta segunda-feira, 9. Ele disse que recebeu doações da Odebrecht em algumas eleições, mas sempre por intermédio do Diretório Nacional e devidamente registradas.

"Jamais procurei a Odebrecht, jamais estive na sede da empresa. Às vezes, o Benedito Júnior ou o Leandro Azevedo executivos da empreiteira me avisavam que o dinheiro viria pelo Diretório Nacional. Descobri a sede da Odebrecht por acaso, porque ficava no mesmo prédio de um restaurante onde cheguei a almoçar", narrou.

##RECOMENDA##

Melo negou ter influenciado a contratação de qualquer pessoa por órgãos públicos estaduais, e afirmou que seu filho, formado em administração, é funcionário nomeado do Tribunal de Contas do Estado por seus próprios méritos. "Tanto que foi mantido pela atual presidente".

"Não houve nenhuma troca, não fiz nada para que meu filho fosse nomeado", afirmou.

O deputado admitiu que pediu a um assessor que, em dezembro de 2011, sacasse dinheiro da conta de Melo, em um caixa dentro da Assembleia Legislativa, para pagar funcionários particulares do deputado. Mas, segundo ele, essa foi uma exceção e o assessor não prestava serviços particulares a Melo. "Pedi porque isso podia ser feito dentro da Assembleia".

O caso

As investigações apontaram que o presidente da Alerj, Jorge Picciani, seu antecessor Paulo Melo e o líder do governo na Casa, Edson Albertassi, usaram seus mandatos a serviço da corrupção passiva e ativa e para lavagem de dinheiro. Junto com o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB), eles teriam formado uma organização que recebia repasses da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), que controla o setor no Rio. O esquema estaria em vigor desde a década de 1990. Os pedidos do MPF de reparos de danos do esquema somaram R$ 270 milhões.

Acordos de delação anexados na investigação também apontaram que a construtora Odebrecht também teria repassado recursos aos políticos. Três núcleos operariam no esquema: o político, com os três parlamentares; o econômico, com os executivos da Odebrecht e da Fetranspor; e o financeiro, com operadores.

O MPF detectou que Picciani, presidente afastado da Alerj, recebia propinas desde os anos 1990 e não deixou de obter esses recursos nem entre 2011 e 2014, quando ficou sem mandato. Além disso, apontou que o deputado e seu filho, Felipe Picciani, usaram a agropecuária Agrobilara para lavar ativos via operações de venda de gado.

Já Melo, ex-presidente da Alerj, teria recebido falsas doações da Odebrecht para sua campanha eleitoral, por meio de empresas "laranjas". Albertassi foi acusado, entre outros fatos, por receber repasses mensais da Fetranspor entre 2012 e março de 2017, com movimentações financeiras por intermédio de rádios de sua família.

Arrolado como testemunha de defesa do deputado estadual Paulo Melo (MDB), o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) prestou depoimento na tarde desta segunda-feira, 4, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no centro do Rio. Em três minutos e 50 segundos, ele respondeu apenas "não" à maioria das perguntas, negando ter conhecimento de qualquer conduta ilegal do deputado.

Junto com os também deputados Jorge Picciani e Edson Albertassi, todos do MDB, Melo é acusado de receber propina para defender interesses de empresários dentro da Assembleia Legislativa do Rio. Os três foram presos preventivamente em novembro do ano passado, na Operação Cadeia Velha, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, e permanecem detidos no Rio. Embora afastados dos mandatos, os três serão julgados pelo TRF-2 por conta do foro privilegiado dos deputados estaduais.

##RECOMENDA##

Na primeira das duas únicas perguntas em que se estendeu, Pezão elogiou Melo, classificou o deputado como "pessoa competente" e disse que, "para uma pessoa que só tem ensino primário", impressionava o conhecimento que Melo tem sobre os procedimentos legislativos e o regimento da Assembleia Legislativa. Essa pergunta foi formulada pela defesa do deputado.

O Ministério Público Federal, responsável pela acusação a Melo, fez três perguntas a Pezão. O governador respondeu que não tem, como governador, nenhuma responsabilidade de investigar a conduta ética dos deputados e disse que Melo era "um bom aliado" do governo, tendo sido inclusive secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

O governador não falou com a imprensa.

Com três ex-governadores presos, investigações de escândalos de corrupção em andamento e uma crise financeira intensa, o Rio de Janeiro tem hoje uma das conjunturas políticas mais delicadas do país, além do combate ao crime organizado. Em entrevista recente ao LeiaJá, durante passagem pelo Recife no fim de semana, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) disse que a maior organização criminosa do estado não está entre as facções instaladas nas favelas, mas “é o governo”. Segundo ele, os grupos que foram liderados por Sérgio Cabral (PMDB) e Anthony Garotinho (PR) trouxeram consequências para a população fluminense.  

“O Rio de Janeiro tem três ex-governadores, o presidente da Assembleia Legislativa [Alerj] e o líder de governo presos. É um negócio inacreditável. Você tem o Ministério Público Federal dizendo que o PMDB do Rio de Janeiro era uma organização criminosa. Estão presos por evasão de riquezas, propina, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa. Qual era a organização criminosa que juntava Cabral, Picciani, Paulo Melo? O governo. A maior organização criminosa nos últimos anos não foi uma facção, foi o governo”, observou Freixo, que é líder da oposição na Alerj. 

##RECOMENDA##

“Isso tem consequências muito reais na vida das pessoas e provocou na população uma capacidade muito grande de falar de política. Ando nas ruas e há uma opinião pública popular muito forte, o pessoal fala de política, sabe quem foi o deputado que votou, por exemplo, a favor da soltura do presidente Jorge Picciani. Isso pode gerar alguma coisa positiva”, complementou.

Os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi [líder do governo na Casa], todos do PMDB, foram presos na Operação Cadeia Velha, um desdobramento da Lava Jato, no último dia 16. Depois disso, um grupo de parlamentares, incluindo Freixo, entraram com o pedido de cassação do mandato dos peemedebistas. Indagado se acreditava na aprovação das solicitações, depois do início de uma maior discussão popular sobre o quadro político, ele disse que era imprevisível. 

“Um protege o outro do futuro. É muito difícil esta previsão, apesar de ter uma opinião pública muito forte”, salientou, lembrando que antes da operação Cadeia Velha estourar, houve uma indicação de Edson Albertassi para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas a considerada “manobra protetiva” foi negado pela Justiça. 

“Quando eu olhei aqui falei, epa, que movimento é esse? Aí fui para o Plenário, costumo dizer que atirei no que vi e acertei em muita coisa do que não vi, fiz uma fala muito dura contra esta indicação do líder do governo para o TCE e o fiz a base que eu sabia, quando acabei de fazer esta fala comecei a ser procurado por setores do próprio Poder Judiciário. Na verdade, certamente houve o vazamento da operação Lava Jato e alguém queria deslocar a investigação. Entrei com um recurso na Justiça para que ele não fosse nomeado e ganhei. Dias depois foi preso”, pontuou Marcelo Freixo.

Picciani, Melo, Albertassi foram presos por suspeitas de terem recebido propinas de empresas de ônibus e de lavar o dinheiro. No último dia 17, a Alerj reverteu a decisão judicial e votou a favor da soltura dos três. Entretanto, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) entendeu, no último dia 21, que a Casa Legislativa não teria o poder de decidir pela soltura e determinou o retorno dos três à prisão, bem como o bloqueio de R$ 270 milhões, em dinheiro e bens, equivalentes ao que teriam recebido para favorecer as empresas em contratos públicos.

Os três parlamentares, que entraram com pedido de licença até fevereiro, recorreram então ao STJ, cujo relator negou nesta terça-feira (28) a liminar pela soltura. A Alerj está sendo presidida interinamente pelo vice-presidente da Casa, Wagner Montes (PRB).

LeiaJá também

-->> Freixo: PSOL quer lançar Guilherme Boulos à Presidência 

 -->> Ascensão de Bolsonaro é conjuntural, acredita Freixo

O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou um pedido de liminar para libertar os deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB) e Paulo Melo (PMDB) , respectivamente presidente licenciado e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), fazendo com que os dois permaneçam presos.

Ao negar a liminar, Fischer entendeu não haver urgência para a libertação dos dois, presos preventivamente na Operação Cadeia Velha. Os habeas corpus de ambos devem agora ser enviados para manifestação do Ministério Público Federal (MPF), para serem julgados em seguida pela Quinta Turma do STJ, possivelmente em dezembro.

##RECOMENDA##

Picciani, Melo e o também deputado estadual Edson Albertassi (PMDB) foram presos preventivamente no último dia 16, sob a suspeita de terem recebido propinas de empresas de ônibus e de lavar o dinheiro. No dia seguinte, a Alerj reverteu a decisão judicial e votou a favor da soltura dos três.

Após a votação da Alerj, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) entendeu, no último dia 21, que a Casa Legislativa não teria o poder de decidir pela soltura e determinou o retorno dos três à prisão, bem como o bloqueio de R$ 270 milhões, em dinheiro e bens, equivalentes ao que teriam recebido para favorecer as empresas em contratos públicos.

Os três parlamentares, que entraram com pedido de licença até fevereiro, recorreram então ao STJ, cujo relator negou nesta terça-feira (28) a liminar pela soltura.

 A Agência Brasil aguarda resposta da defesa de Jorge Picciani, e ainda não conseguiu contato com os advogados de defesa de Paulo Melo.

Por quatro 4 a 2, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta sexta-feira, 17, o parecer que determina a suspensão da prisão do presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), e dos deputados Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB), e pela retomada imediata dos cargos parlamentares.

O deputado Rafael Picciani (PMDB), filho de Jorge Picciani e integrante da CCJ, absteve-se. Os deputados Carlos Minc (sem partido) e Luiz Paulo Corrêa (PSDB) votaram pela manutenção das prisões. A votação do parecer da CCJ foi reservada. Antes de a análise começar, os jornalistas foram convidados a se retirar.

##RECOMENDA##

"Não se trata de uma acusação qualquer; estamos falando de corrupção, desvio de verba e formação de quadrilha", enumerou o deputado Marcelo Freixo (PSOL), logo após a divulgação do resultado. "A Assembleia pode e deve fazer um debate, mas anular a decisão da Justiça é um equivoco muito grande."

O deputado Paulo Melo (PMDB-RJ) divulgou nota nesta quinta-feira, 16, após o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) determinar a prisão preventiva dele, do deputado Edson Albertassi (PMDB) e do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani.

Em nota distribuída por sua assessoria, Melo afirmou: "Mesmo acreditando ser injusta, o dever de qualquer cidadão é cumprir a decisão judicial. Lamento profundamente, mas tenho a convicção de que, ao analisar os documentos com tranquilidade no decorrer do processo, os desembargadores irão notar a inexistência de qualquer ilegalidade praticada e verão claramente a minha inocência. Não há, na medida cautelar, qualquer prova que aponte para o meu desvio de conduta. Volto a repetir: uma simples análise no meu trabalho como parlamentar bastará para provar que sempre votei contra a pauta dos empresários do transportes no Rio e defendi os interesses dos passageiros".

##RECOMENDA##

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Edson Albertassi (PMDB), também divulgou um texto em sua defesa.

"Certo de que vai provar sua inocência, o deputado Edson Albertassi aguarda com tranquilidade a decisão do plenário da Assembleia Legislativa. Albertassi sempre exerceu seu mandato parlamentar com seriedade e espírito público e seus colegas no parlamento sabem disso. Albertassi confia na Justiça e estará sempre à disposição para esclarecer os fatos", afirma a nota.

O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Paulo Melo (PMDB) se entregou à Polícia Federal às 17h desta quinta-feira, 16. O deputado estava com uma mochila e acompanhado de advogados. Ele se entregou 15 minutos depois do presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB). Ele não quis falar com a imprensa.

A decisão de sua prisão foi feita hoje, pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), da Primeira Seção Especializada, por unanimidade, junto com a de Picciani e do líder de governo na Alerj, Edson Albertassi (PMDB).

##RECOMENDA##

Em conversa com aliados no fim de semana, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) apontou "falta de consistência" nas informações sobre denúncias feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal.

Cabral, segundo a revista Veja, está entre os acusados de se beneficiarem de um esquema de pagamento de propina, por parte de empresas que têm contratos com a Petrobrás, a governadores e parlamentares. O ex-governador disse que não há qualquer dado concreto sobre as acusações. "É natural que esse tipo de notícia gere uma irritação, mas Cabral está muito tranquilo. O que existe até agora são conjecturas. O que o ex-diretor da Petrobras disse? Que falava com governadores? A primeira coisa que tem que saber é o que exatamente foi dito por Paulo Roberto Costa. Até agora são apenas suposições. Cabral sempre deu liberdade total de decisão aos seus secretários, imagina se ia se meter em assuntos do governo federal. Não existe isso", disse o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Paulo Melo (PMDB), um dos políticos mais próximos de Cabral.

##RECOMENDA##

Melo repetiu o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, e disse que a chance de um possível efeito negativo na campanha do PMDB do Rio "é zero". Em nota distribuída no sábado, 6, a assessoria de Cabral disse que o ex-governador "jamais indicou ou interferiu nas nomeações do governo federal, tampouco nas decisões gerenciais da Petrobras". O texto citou que "quando Sérgio Cabral foi eleito governador, em 2006, Paulo Roberto já era diretor da Petrobras". "O ex-governador repudia a inclusão de seu nome em qualquer dos fatos supostamente relatados pelo ex-diretor", conclui a nota.

[@#galeria#@]

O bairro de Boa Viagem, na zona sul do Recife, recebeu a inauguração do Empório Pérola Negra, uma nova proposta de cafeteria gourmet idealizado pelo publicitário Paulo Melo, que reúne tradição e muito chocolate em produções artesanais e receitas diferenciadas.

##RECOMENDA##

No cardápio do Empório cada ingrediente é escolhido cuidadosamente e o grande anfitrião é o chocolate belga. “Sempre gostamos da boa mesa, de bons ingredientes, e isso pesou na decisão de montar o espaço”, explica o publicitário.

Trufas, bombons, cupcakes, brownies e receitas mais tradicionais como a lolita e até o famoso brigadeiro são preparados com todo cuidado que a cozinheira, Nancy Bezerra de Melo (mãe de Paulo) aprendeu com sua mãe. “O carinho é o grande diferencial das nossas comidas”, define o proprietário.

Serviço
Empório Pérola Negra
Avenida Conselheiro Aguiar, 5000 - Boa Viagem
Segunda-feira (24), 8h às 21h
Informações: (81) 3039-1441 / 9956-7144

Dois representantes da área de negócios do CESAR, Eduardo Peixoto e Paulo Melo, estarão presentes como palestrantes na Semana da Engenharia 2012, realizada pela Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS). O evento, que começa hoje e segue até sexta-feira (27), contará com palestras e minicursos voltados a estudantes, engenheiros, interessados e professores.

A palestra “Inovação é coisa de GeNTe”, terá início às 19h na quarta-feira (25) e mostrará que não apenas as mentes geniais produzem inovação, mas as pessoas capazes de tentar e aprender com os exemplos de sucesso.

##RECOMENDA##

Em Curitiba, Eduardo Peixoto participará do Amcham Business Day, na quinta-feira (26) e apresentará um Workshop sobre o CESAR.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando