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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), designou o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) como relator do projeto de lei que prevê a tributação de fundos de alta renda. O Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) adiantou na semana passada que o parlamentar era um dos cotados para o posto. A proposta faz parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação do governo e, dessa forma, zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. Após um acordo entre Lira e Haddad, a expectativa é que a votação no plenário ocorra nesta terça-feira (3).

Pedro Paulo foi o primeiro nome a circular nos bastidores da Câmara para relatar o projeto que tributa fundos offshores, recursos que brasileiros mantêm em paraísos fiscais, e exclusivos, chamados também de fundos dos "super-ricos".

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Ex-secretário de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro, o deputado costuma se envolver em discussões econômicas. Em março, ele chegou a apresentar uma proposta de regra fiscal alternativa, antes de Haddad enviar ao Congresso os parâmetros do novo arcabouço. Também foi considerado para a relatoria do PL que tributa fundos de alta renda o deputado Mauro Benevides (PDT-CE).

A votação do projeto foi acertada em reunião de líderes da Câmara na última quarta-feira, 27, após uma paralisação temporária dos trabalhos da Casa. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) havia se unido ao PL, ao Novo e a outras bancadas do Congresso para obstruir a pauta em protesto contra ações do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na visão desses grupos políticos, invadem a competência do Legislativo. O estopim foi a decisão da Corte de derrubar a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas.

A demora do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em anunciar a entrega da presidência e das vice-presidências da Caixa Econômica Federal ao PP e a outros partidos do Centrão também incomodou Lira, o que contribuiu para que as votações ficassem travadas. Na quinta-feira, 28, contudo, Lira recebeu Haddad para uma reunião sobre a pauta econômica. Foi o primeiro encontro presencial entre os dois desde que o ministro causou irritação na Câmara ao criticar o poder "muito grande" adquirido pela Casa nos últimos anos.

O PL das offshores estabelece a tributação do rendimento de pessoas físicas residentes no Brasil com aplicações financeiras, entidades controladas e trusts (estruturas criadas para gestão de patrimônio) no exterior. O governo prevê arrecadar R$ 7 bilhões com a medida, conforme o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024.

De acordo com o texto, os rendimentos ficarão sujeitos à incidência do IRPF, no ajuste anual, pelas seguintes alíquotas: 0% sobre a parcela anual dos rendimentos que não ultrapassar R$ 6 mil; 15% quando exceder R$ 6 mil e não ultrapassar R$ 50 mil; e 22,5% quando extrapolar os R$ 50 mil.

O texto também prevê a possibilidade de atualização de bens e direitos no exterior, ao valor de mercado, em 31 de dezembro de 2023, com alíquota de 10% sobre o ganho de capital - no lugar dos 15% previstos na legislação vigente, desde que haja o pagamento do imposto até 31 de maio de 2024. A cúpula da Câmara dos Deputados, porém, já negocia uma redução para 6%.

Um acordo entre Câmara e governo prevê também que a medida provisória (MP) com a taxação de fundos exclusivos será incorporada ao projeto de lei. Com essa segunda medida, o governo prevê arrecadar R$ 13,3 bilhões, conforme o PLOA de 2024.

A proposta prevê a aplicação de alíquotas de 15% a 20% de Imposto de Renda sobre os rendimentos dos fundos exclusivos, conhecidos como fundos fechados ou dos "super-ricos". Pelo texto, os 15% serão aplicados para fundos de investimento de longo prazo e 20% para os de curto prazo. A cobrança será realizada duas vezes por ano, no último dia útil dos meses de maio e novembro, no sistema chamado "come-cotas" (mecanismo já aplicado aos fundos abertos).

Haverá também recolhimento do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) no momento da amortização, resgate ou alienação de cotas, ou de distribuição de rendimentos, se ocorrerem antes da data de incidência da tributação periódica. Neste caso, uma alíquota complementar é aplicada até atingir as taxas já estabelecidas na legislação para investimentos financeiros, que variam de 22,5% a 15%, dependendo do prazo da aplicação financeira.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anulou a inelegibilidade, por período de oito anos, de Eduardo Paes (DEM-RJ) e Pedro Paulo (DEM-RJ), prefeito e secretário municipal de Fazenda do Rio, respectivamente. A condenação havia sido firmada em 2017, quando os dois foram acusados por abuso do poder econômico e político. À época, Pedro Paulo era o candidato à sucessão de Paes na Prefeitura da capital fluminense.

O Colegiado votou em unanimidade pela derrubada da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que havia entendido que Pedro Paulo cometeu fato grave ao utilizar em seu plano de governo informações do plano estratégico "Visão Rio 500", adotado na gestão de Paes. A Corte local tinha acatado solicitação encaminhada por Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Luciana Boiteux (PSOL-RJ), rivais de Pedro Paulo nas eleições municipais de 2016.

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O relator do caso no Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, votou pela improcedência da pena e considerou que a vedação eleitoral era "totalmente descabida". Segundo o ministro, o "Visão Rio 500" era disponibilizado publicamente no site da Prefeitura e que qualquer pré-candidato poderia fazer uso de suas informações para o desenvolvimento de seus planos de governo.

Sendo assim, considerou que as provas apresentadas eram frágeis e ponderou que a solicitação poderia ter objetivo "eleitoreiro". Além disso, ele afirmou que não ficou evidente a gravidade das condutas de Pedro Paulo e Paes, assim como qual foi o benefício dado ao então candidato.

A reportagem entrou em contato com Marcelo Freixo e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

O secretário municipal de Fazenda e Planejamento do Rio, Pedro Paulo, deixará o cargo temporariamente para reassumir seu mandato de deputado federal e votar na eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados, na próxima semana. A exoneração de Pedro, deputado pelo DEM, foi publicada nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da capital fluminense.

O secretário foi às redes sociais explicar a exoneração. Em sua conta no Twitter, escreveu que reassumirá o mandato a pedido do partido. "A pedido do meu partido, o Democratas, retorno ao mandato de Dep Federal nos últimos dias de uma votação decisiva p/ o Brasil, a eleição da Presidência da Câmara. Mas meu trabalho de ajustes das contas do Rio não vai parar nem 1 min. Semana q vem, volto oficialmente p/ missão!", diz o post publicado na manhã desta quarta-feira.

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Pedro Paulo, que já exerceu dois mandatos de deputado federal pelo MDB, mudou-se para o DEM junto com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Nas eleições gerais de 2018, quando Pedro Paulo foi reeleito para o terceiro mandato, Paes foi derrotado como candidato a governador já pelo DEM, que o abrigou após os escândalos de corrupção envolvendo o ex-governador Sergio Cabral atingirem o MDB do Rio como um todo.

Os Estados que quiserem aderir ao novo programa de socorro do governo federal terão de assumir um compromisso mais forte com medidas voltadas à redução das despesas com o pagamento de salários e aposentadorias dos seus servidores.

As empresas estatais dependentes também serão obrigadas a fazer ajustes nos gastos com pessoal. O relator do projeto, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), informou ao jornal O Estado de S. Paulo que essas exigências serão incluídas no seu parecer que será apresentado na volta do recesso parlamentar.

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Batizado de Plano Mansueto - em referência ao secretário do Tesouro, Mansueto Almeida -, o projeto dá liberdade para os Estados escolherem três de oito medidas de ajuste fiscal para terem ajuda do governo federal.

De acordo com o relator, a ideia é amarrar uma das três opções à redução de despesa obrigatória de pessoal e Previdência. Ou seja, uma medida obrigatoriamente terá de ser para reduzir a folha. "O plano vai ser mais rigoroso com gastos de pessoal", disse.

Pedro Paulo destacou ainda que será exigido que a medida de ajuste de gastos de pessoal seja estrutural. Entre elas, estão a adequação das novas regras de aposentadoria adotadas pelo governo federal depois da reforma da Previdência, revisão do plano de cargos e salários e progressão na carreira dos servidores.

No projeto original do governo, o governador pode escolher as três alternativas de medidas de ajuste que permitam o equilíbrio das suas contas desde que apresente um plano viável de ajuste.

Entre as oito medidas de ajuste, estão privatização de empresas estatais, redução de no mínimo 10% dos incentivos ou benefícios tributários, revisão do regime jurídico único dos servidores, instituição do teto de gastos atrelado à inflação, eliminação das vinculações de receitas de impostos não previstas na Constituição, adoção de reformas e de medidas estruturantes na prestação do serviço de gás canalizado.

"Vou amarrar um pouco mais a escolha das três opções", antecipou Pedro Paulo, que tem mantido reuniões com a área técnica do governo para fechar a proposta.

Notas. O Plano Mansueto é voltado para atender os 13 Estados com nota C, numa lista de "A a D" do Tesouro Nacional, que avalia a capacidade de pagamento dos Estados e municípios. Ao aderir ao projeto, os governos regionais com nota C poderão obter empréstimo com garantia da União. O governo vai avalizar até R$ 10 bilhões ao ano em novas dívidas para os Estados com nota C.

Ter a garantia da União significa que, caso o Estado ou município não pague a prestação, o Tesouro Nacional honra a dívida. Em condições normais, apenas quem tem nota A ou B pode receber garantia do Tesouro para contratar empréstimos.

Esse aval é precioso na hora de o Estado obter crédito junto aos bancos ou a organismos multilaterais, pois assegura acesso ao dinheiro e a taxa de juro menor. Para evitar que os Estados prometam um ajuste que não será cumprido, o governo vai liberar as garantias em parcelas condicionadas à avaliação do andamento do ajuste.

Regras de adesão

 

O relator vai aproveitar para alterar as regras de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o socorro dado aos governos em gravíssima situação financeira e com alto endividamento.

Até agora somente o Rio de Janeiro aderiu ao RRF, mas quer mais tempo para fazer o ajuste e continuar sem pagar a dívida com a União, uma das vantagens dadas pelo regime. O governo fluminense será beneficiado com as mudanças.

Segundo Pedro Paulo, o parecer vai alterar os indicadores exigidos para o ingresso no RRF. Com isso, outros Estados, além de Minas e Rio Grande do Sul, terão acesso ao programa que funciona na prática como um regime de recuperação fiscal das empresas em dificuldade. Entre os Estados que poderão aderir o RRF estão Goiás e Amapá.

O relator informou também que estuda um mecanismo para tratar os casos dos Estados que não conseguirem cumprir o programa. "O que tem hoje é só intervenção federal. Estamos estudando o que pode ser incorporado. Algo entre o regime de recuperação fiscal e a intervenção."

Para os Estados com notas A e B, a ideia do relator do projeto é ampliar o limite de financiamento permitido pela União. Ele informou que também será criado um mecanismo para agilizar a captação dos empréstimos por Estados em melhores condições financeiras, uma espécie de "fast track" com menos burocracia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em despacho encaminhado à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, deu razão ao requerimento feito pelo deputado federal Pedro Paulo (PMDB) e pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes para que o inquérito aberto com base nas delações da Odebrecht seja distribuído livremente, quanto à relatoria, entre todos os ministros da Corte. No entanto, não pediu diretamente a redistribuição, e sim encaminhou à ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte, para que ela decidir sobre o pedido.

A investigação em questão é sobre pagamentos de propinas que delatores da Odebrecht disseram ter sido feitos a ambos em busca de benefícios ao grupo empresarial na facilitação de contratos da Prefeitura ligados às Olimpíadas de 2016. Os investigados afirmaram que não há qualquer relação com a Lava Jato, que, grosso modo, trata de crimes praticados no âmbito da Petrobras. A Procuradoria-Geral da República reconheceu que não há conexão. Fachin concordou.

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"Com efeito, no caso em análise se busca elucidar supostos pagamentos de propinas relacionadas a benefícios pretendidos pelo Grupo Odebrecht no âmbito do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro, na qualidade de cidade-sede das Olimpíadas de 2016, fatos que, ao menos por ora, em nada se relacionam com o que se apura na referida operação de repercussão nacional", disse o ministro, ao dar como procedente o pedido de livre distribuição.

"À luz dessas considerações, submeto a questão à consideração da eminente Presidente deste Supremo Tribunal Federal, a Ministra Cármen Lúcia", disse o ministro Fachin.

Este foi o primeiro despacho em que o relator da Lava Jato admitiu repassar a relatoria de inquéritos baseados nas delações da Odebrecht, mas isso voltará a acontecer em um número ainda indeterminado de casos.

Há vários outros pedidos de redistribuição de relatoria de investigações diversas, feitos pelos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Jutahy Junior (PSDB-BA) e Betinho Gomes (PSDB-PE), e pelos ministros das Relações Exteriores, Aluísio Nunes Ferreira (PSDB), e das Cidades, Bruno Araújo (PSDB).

A PGR já concordou com o pedido de Betinho Gomes, mas Fachin ainda não tomou decisão sobre esse requerimento.

O candidato do PMDB à Prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo, voltou a minimizar a repercussão negativa dos registros de agressão contra sua ex-mulher, após votar na sede de uma escola de idiomas no bairro da Taquara, zona norte da cidade. Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado mostra que a rejeição ao peemedebista cresceu entre os eleitores, mas o candidato afirmou não olhar para o índice. Ele chegou ao local de votação por volta das 10 horas, acompanhado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), pela mulher Tatiana Infante e pelos três filhos.

Na pesquisa Datafolha, Pedro Paulo aparece em terceiro lugar, com 12% das intenções de voto. Marcelo Crivella (PRB) lidera com 32%, seguido por Marcelo Freixo (PSOL), com 16%. "A disputa ainda está enrolada, aberta. Eu olho é para a aprovação, não para a rejeição. Estamos trabalhando com a aprovação do nosso governo, aquilo que nós fizemos. Isso é que vai estar em jogo. Acho que a população já conhece o conjunto dos candidatos, os que fizeram e os que não fizeram. Aquilo que foi julgado, aquilo em que fui inocentado. Essa que é a reflexão que o eleitor deve fazer hoje. Avaliar o que fizemos, que propostas para os próximos quatro anos", disse Pedro Paulo.

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Candidata a vice prefeita na chapa de Pedro Paulo, Cidinha Campos acompanhou a votação e mostrou irritação quando uma jornalista fez uma pergunta sobre o caso de agressão. Pedro Paulo atacou seus principais adversários, referindo-se a Crivella como bispo (ele se licenciou do posto na Igreja Universal do Reino de Deus) e ligando Freixo à ideia de anarquia.

"Temos o risco de candidaturas com dificuldade de agregar coligações. De um lado o bispo Crivella, o (Anthony) Garotinho (ex-governador, do PR). Do outro, uma visão mais radical, mais anárquica da cidade. E a minha, que significa o que fizemos nesses oito anos, uma cidade que dialoga", afirmou o candidato do PMDB.

Mais cedo, durante a votação de Eduardo Paes, o prefeito também partiu para o ataque às candidaturas de Crivella e Freixo, acompanhado de Pedro Paulo, em São Conrado.

Os dois únicos candidatos a prefeito com mais de mil doadores de campanha no País, Marcelo Freixo (PSOL) e Pedro Paulo (PMDB), disputam a prefeitura do Rio em condições muito diferentes, embora estejam tecnicamente empatados, com outros três adversários, em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Até domingo (25), Pedro Paulo tinha R$ 7,9 milhões em doações declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 13 vezes e meia os R$ 577,4 mil arrecadados por Freixo.

No caso do candidato do PMDB, que havia recebido recursos de 1.758 pessoas até a semana passada, as empresas, agora proibidas por lei de contribuir com campanhas, foram substituídas por grandes empresários. Muitos têm algum tipo de vínculo com a prefeitura.

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Entre todos os candidatos a prefeito do País, Marcelo Freixo é o líder disparado no número de doadores de campanha: 3.461, até a sexta-feira, 23. Após registrar a candidatura no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o representante do PSOL lançou um site específico para a arrecadação, associado à campanha "eu financio Freixo". Artistas como Caetano Veloso, Marieta Severo, Gregório Duvivier, Zezé Polessa e Patrycia Travassos gravaram vídeos, ao lado de voluntários anônimos da campanha, para divulgar o financiamento coletivo. "Estamos unindo pessoas que acreditam em outra forma de fazer política, coletiva, transparente", diz a atriz Marieta Severo.

Em mensagem aos eleitores, Freixo lembrou que, desde 2014, o PSOL não aceita doações de empresas. Em 2012, quando o partido ainda recebia doações de empresas, Freixo diz ter recebido colaboração "de 600 pessoas e apenas três empresas".

Entre os principais doadores de Freixo estão os atores Vladimir Brichta e Mateus Solano, com R$ 4 mil cada um. O escritor e teólogo Frei Betto e a atriz Eliane Giardini doaram R$ 1 mil. Caetano Veloso colaborou com R$ 100, segundo prestação de contas enviada ao TSE.

Conexões

Sócio do grupo Hypermarcas, Marcelo Henrique Limírio Gonçalves, que doou R$ 200 mil à campanha de Pedro Paulo, é um dos donos do Hotel Nacional (São Conrado, zona sul), que, em obra, aguarda aprovação da Secretaria Municipal de Urbanismo para a construção de novas torres (13 andares cada). A secretaria informou que analisa o pedido.

Roberto Kreimer, doador de R$ 100 mil, é dono da Kreimer Engenharia, construtora do AquaRio, aquário na zona portuária erguido em terreno cedido pela prefeitura e que será aberto ao público em novembro.

Também doaram a Pedro Paulo a empresária Gabriela Lobato (R$ 50 mil), da BR Marinas, que administra a Marina da Glória, uma concessão da prefeitura, e Azis Chidid Neto (R$ 113 mil), do grupo Assim Saúde, que atente os servidores municipais.

"Fiz a referida doação espontaneamente, por entender que a candidatura de Pedro Paulo representa a continuidade de uma gestão em que acredito", disse Gabriela Lobato por meio da assessoria de imprensa. "A liberdade para apoiar candidaturas em eleições é um dos pontos basilares de um estado democrático de direito. A única premissa é o respeito às regras de norteiam as eleições."

Também por meio de sua assessoria, Kreimer disse apenas que "a doação foi feita dentro da lei, com transparência" e que "os valores estão declarados e são públicos".

Pedro Paulo recebeu R$ 150 mil do ex-secretário estadual de Saúde Sergio Côrtes, que mora nos Estados Unidos. O candidato do prefeito Eduardo Paes (PMDB) também recebeu colaborações de 57 servidores municipais, no valor de R$ 5 mil cada, somando R$ 285 mil. Pedro Paulo diz não ter "preconceito" no recebimento de doações, "desde que sejam feitas dentro da ética e da lei". O fato de alguns empresários terem ligações com a prefeitura não é impeditivo das doações, afirma.

"A lei não impede doações de pessoas vinculadas a empresas com qualquer ligação com governos. Estou captando sem qualquer preconceito em relação a A, B ou C", disse o peemedebistas. Sobre os servidores, Pedro Paulo diz que eles "abraçaram a causa" de sua campanha. "Eles me conhecem como gestor e me veem como alguém que vai tratá-los com respeito e sem demagogia."

Além da arrecadação 13 vezes e meia maior que a de Freixo, Pedro Paulo tem quase 20 vezes mais tempo de TV. São 3,5 minutos para o candidato do PMDB, que disputa em coligação de 15 partidos, e 11 segundos para o deputado do PSOL, coligado apenas com o PCB. O Datafolha aponta Freixo com 10% e Pedro Paulo com 9%. No Ibope, os dois têm 9%. O líder é Marcelo Crivella (PRB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux arquivou o inquérito por lesão corporal contra o candidato do PMDB à prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo, aberto a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) em fevereiro deste ano.

A investigação teve início depois que se tornou pública denúncia de agressão feita pela ex-mulher do candidato, Alexandra Marcondes, em 2010. No fim do ano passado, quando o caso foi divulgado, Alexandra mudou a versão de que Pedro Paulo a atacou e disse que o ex-marido apenas se defendeu de ataques dela. Alexandra disse ter agredido Pedro Paulo ao descobrir que tinha sido traída.

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Neste segundo dia de campanha, Pedro Paulo, afilhado político do prefeito Eduardo Paes, comemorou a decisão de Fux. O ministro atendeu a pedido da própria procuradoria, que aceitou a sustentação da defesa de que as lesões corporais encontradas em Alexandra, em perícia do Instituto Médico Legal (IML), eram decorrentes de atitude defensiva de Pedro Paulo.

"Recebo com enorme satisfação a decisão do Supremo Tribunal Federal. Ninguém mais do que eu gostaria que a história fosse esclarecida e a justiça fosse feita", afirmou Pedro Paulo em nota divulgada na manhã desta quarta-feira, 17. Pedro Paulo disse ter sido vítima de "acusações levianas e irresponsáveis". "Apesar dos pré-julgamentos injustos a que fui submetido, sempre tive confiança de que a minha inocência seria provada", disse o candidato. Ele lamentou que a família tenha sofrido, durante dez meses, "exposição excessiva". A denúncia de agressão feita por Alexandra causou grande desgaste na pré-candidatura de Pedro Paulo, no fim do ano passado, mas Paes e o PMDB-RJ insistiram no nome do deputado, ex-secretário de Coordenação de Governo do município. Pedro Paulo concorre à prefeitura em coligação formada por 15 partidos.

Depois de recusar o primeiro convite, a deputada estadual Cidinha Campos (PDT) aceitou nesta segunda-feira, 25, ser candidata a vice-prefeita na chapa do deputado federal Pedro Paulo (PMDB), apoiado pelo prefeito Eduardo Paes. A expectativa dos aliados de Pedro Paulo é que a presença de Cidinha diminua a rejeição do eleitorado feminino. No fim do ano passado, a candidatura de Pedro Paulo sofreu um abalo quando vieram a público duas denúncias de agressão feitas pela ex-mulher do candidato, Alexandra Marcondes.

Pedro Paulo responde a um processo por lesão corporal no Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal recomendou o arquivamento do caso, por falta de provas, mas a Procuradoria Geral da República (PGR) manteve a investigação. Pedro Paulo tem dito que é o maior interessado em esclarecer os episódios.

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Na convenção do PMDB, semana passada, Pedro Paulo, ex-secretário de Coordenação de Governo do município, foi apresentado por Paes como um "super marido, super filho, super irmão, super amigo, super ser humano".

Nas primeiras sondagens do PDT, tanto Cidinha quanto a deputada Marta Rocha recusaram a ideia de serem vice de Pedro Paulo. A opção dos pedetistas passou a ser o deputado e ex-jogador de futebol Bebeto. Embora tenham dito que a escolha cabia exclusivamente ao PDT, os peemedebistas comemoram a presença de uma mulher na chapa. O PDT aprovou o nome de Cidinha em convenção municipal realizada na noite desta segunda-feira.

Aos 73 anos, Cidinha está no sétimo mandato, dois deles como deputada federal. Radialista por mais de 20 anos, foi levada para a política pelo líder trabalhista Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro. O estilo combativo, com discursos contundentes e denúncias de casos de corrupção e de ações do crime organizado, tornou-se a marca registrada da parlamentar. Foi secretária de Proteção e Defesa do Consumidor na gestão do peemedebista Sérgio Cabral.

Antes de decidir sobre o arquivamento da investigação contra o deputado federal e pré-candidato à prefeitura do Rio pelo PMDB, Pedro Paulo Carvalho, por agressão à ex-mulher, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que seja ouvido o perito que assinou o primeiro laudo do caso.

Fux atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diante da recomendação da Polícia Federal para que o inquérito seja arquivado. Janot disse que não tinha como opinar sobre o assunto sem ouvir o que o perito Francisco Mourão tem a dizer. O ministro também designou um juiz convocado pelo STF para colher o depoimento do profissional.

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Mourão é responsável pelo primeiro atendimento à Alexandra Marcondes, ex-mulher de Pedro Paulo, ocorrido horas depois da alegada agressão. No inquérito, a Polícia Federal colheu apenas o depoimento do perito Roger Ancilotti, contratado pelo deputado. Janot classificou a diligência como um "equívoco".

O relatório da Polícia Federal, assinado pelo delegado Luciano Soares Leiro, de Brasília, apontou que o parecer do perito contratado por Pedro Paulo põe em dúvida o trabalho feito por Mourão e que, por isso, não havia como afirmar que o deputado havia de fato agredido a ex-mulher. O delegado também considera o depoimento de Alexandra inconclusivo.

O deputado e pré-candidato é investigado por lesão corporal. O registro da agressão, feito junto à Polícia Civil em 2010, aponta que Pedro Paulo deu socos no rosto e corpo da ex-mulher. No documento, ela disse que o ex-marido "a jogou na parede e depois no chão, agarrando-a pelo pescoço e sacudindo-a".

Após a grande repercussão nacional e internacional dada ao estupro de uma adolescente de 16 anos, no Rio de Janeiro esta semana, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, resolveu aderir à campanha do Facebook "Eu luto pelo fim da cultura do estupro" nesta sexta-feira (27).

Ao acrescer o selo da campanha a foto de perfil, o gestor foi de imediato alvo de centenas de comentários criticando a sua postura e mais cerca de 1.500 compartilhamentos da publicação(até o momento da publicação da matéria). Os seguidores do prefeito na rede social questionam o fato de Paes estar apadrinhando para o próximo pleito à Prefeito do Rio, o pré-candidato Pedro Paulo (PMDB), que já reconheceu ter agredido a ex-mulher, Alexandra Marcondes Teixeira em duas ocasiões (nos anos de 2008 e 2010). 

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Uma seguidora dispara: “Não tô te entendo. Primeiro, fala que "as brigas são um problema do Pedro Paulo" (o famoso "em briga de marido e mulher, não se mete a colher") e agora quer pagar de empático com as mulheres vítimas do estupro? Luta" seletiva? Vai pagar de bom moço em outro lugar, vai?.” 

Já outra avalia a postura do prefeito em afirmar “lutar pelo fim da cultura do estupro” com a de ser aliado de um político que praticou violência doméstica. “Mantendo o Pedro Paulo como aliado e candidato à prefeitura ? Situações incompatíveis!!!”. Houve os que ao invés de comentar, preferiram usar o emoticon de vômito. 

Caso Pedro Paulo - Em 2015, quando confessou ter agredido a ex-mulher, secretário-executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo ao comentar o caso ainda jogou para a plateia: "Quem nunca teve uma briga dentro de casa? Quem não tem um momento de descontrole?". Já o prefeito do Rio chegou a declarar que este era um caso da vida pessoal de seu braço direito.

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