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Um dias após a derrota do Palácio do Planalto na disputa para a presidência da Câmara, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, afirmou nesta segunda-feira, 2, que serão retomadas as indicações do segundo escalão do governo federal. Responsável pela articulação do Palácio com o Congresso, Vargas ressaltou, entretanto, que não haverá "retaliação" por parte do governo aos partidos da base aliada que deixaram de apoiar ou "traíram" o candidato do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP).

"Vamos deixar uma coisa muito clara. A formação de um bloco de uma candidatura da Câmara vai gerar retaliação? Vocês acham que o a gente age assim? Vocês acham crível que um governo faça esse tipo de retaliação? Isso não existe. Obvio que não", ressaltou Pepe Vargas após deixar sessão solene de abertura das atividades do ano legislativo no Congresso.

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Segundo ele, durante o processo de disputa pela presidência do Senado e da Câmara, ambas vencidas pelo PMDB, o Palácio do Planalto "congelou" as indicações para não interferir na briga.

"O governo não estabeleceu uma estratégia nesta eleição. Houve duas candidaturas do PT e do PMDB e o governo não usou a estrutura 'interna' a favor de um candidato nem de outro. Congelou todo o processo de montagem do segundo escalãou. Se o governo quisesse utilizar a sua estrutura, poderia ter usado na montagem do segundo escalão a favor de um ou de outro, não fez isso. Tratou com total lisura", afirmou.

Embora negue a participação do governo principalmente na corrida pela presidência da Câmara, a interferência do Palácio do Planalto foi lembrada no discurso de posse de Eduardo Cunha após o resultado da eleição. "Acho que fica uma lição de que não se pode construir a harmonia entre os poderes com a tentativa de interferir um poder no outro. Então, foi ruim, foi errado, mas agora temos de passar uma borracha nisso e tocarmos a vida do país", afirmou Cunha.

Pepe Varga se esquivou de analisar a estratégia adotada pelo PT "do tudo ou nada" que culminou com a derrota de Arlindo Chinaglia e levou a legenda a não ocupar nenhum espaço na Mesa Diretora da Câmara. "Foi uma estratégia das duas candidatura que tinha como consequência isso. Acho melhor perguntar para o Arlindo, a estratégia foi estabelecida pela coordenação da campanha dele, o governo não participou".

No dia em que a presidente Dilma Rousseff vetou um reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o ministro da Secretaria de Relações Institucionais Pepe Vargas (PT) afirmou que o governo deve enviar ao Congresso nos próximos dias uma Medida Provisória propondo uma correção menor, de 4,5%. "O espaço fiscal que temos hoje é de (um reajuste de) 4,5%", afirmou Vargas hoje, durante café da manhã com jornalistas setoristas do Palácio do Planalto.

A atualização das faixas do Imposto de Renda se transformou num impasse desde que Dilma anunciou, no último Dia do Trabalho, que encaminharia ao Legislativo uma proposta de reajuste de 4,5%. Uma briga em torno de uma emenda do senador Aécio Neves (PSDB-MG) impediu que a MP fosse aprovada e ela perdeu a validade. No apagar das luzes de 2014, uma manobra da oposição conseguiu inserir em outra Medida Provisória uma correção de 6,5%, derrotando o governo e forçando o veto de Dilma. Na ocasião, o próprio PT da Câmara, insatisfeito com a pouca interlocução com o Planalto, se rebelou e votou pela aprovação do reajuste maior.

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CPMF

Pepe Vargas, responsável pela articulação do Palácio do Planalto com o Congresso, também disse que a recriação da CPMF - uma contribuição para o financiamento da saúde - não deve ser encampada pelo governo. "Esse debate não está posto no governo até o presente momento", disse. Segundo ele, o pacote de aumento de impostos anunciado na segunda-feira, 19, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é o que está no radar do governo atualmente sobre questões tributárias.

Os senadores petistas Humberto Costa (PE), José Pimentel (CE) e Walter Pinheiro (BA) procuraram na manhã desta quarta-feira, 14, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, no Palácio do Planalto, para apresentar ao novo articulador político sugestão de nomes para serem designados para a liderança do governo no Senado. O ministro Pepe Vargas, no entanto, descartou esta possibilidade, informando que decisão sobre lideranças de governo não é uma discussão de bancada.

Pepe disse que a decisão sobre o nome é uma prerrogativa da presidente da República. Por isso mesmo, explicou o ministro aos parlamentares, ele não iria levar à presidente Dilma nenhum tipo de indicação para lideranças do governo porque não cabe este tipo de indicação, já que esta é uma escolha do Palácio do Planalto.

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No Congresso, houve quem comentasse que este gesto demonstra o jeito difícil da presidente Dilma administrar, preferindo decidir sem ouvir quem conhece, o que considerada uma temeridade. O cargo de líder do governo no Senado vinha sendo ocupado desde 2012 pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que se licenciou do Senado para comandar o Ministério de Minas e Energia no segundo mandato de Dilma. O PMDB tenta manter o cargo e o PT, partido de Dilma, cogitou reivindicar o posto.

Humberto Costa, atual líder do PT no Senado, disse que o partido desejaria ter o cargo por entender que vai ser um momento de enfrentamento do governo em 2015. Mas, após o encontro, disse que é preciso se chegar a um entendimento com o PMDB. "O governo que vai decidir qual é o perfil", afirmou.

Um dos citados pelos colegas de Senado para assumir o cargo, Walter Pinheiro descartou ter interesse pela liderança. "Não acho que devo ser líder do governo no Senado, não é o que se encaixa no perfil de atuação política que quero desempenhar este ano", disse. Nos bastidores, o PT já admite que o posto deve ficar mesmo com o PMDB para impedir divergências com o principal aliado do governo no Congresso.

Queixas

Senadores do PT também pediram ao ministro que o governo honre compromissos acertados com o Poder Legislativo. Os parlamentares reclamaram que, durante o primeiro mandato da presidente, acertos políticos realizados com a própria SRI e com a Casa Civil em votações no Congresso não eram avalizados pela presidente.

Um dos exemplos de maiores críticas dos senadores ocorreu na discussão sobre o projeto de lei que muda as regras para a criação dos municípios. Em duas ocasiões, Dilma vetou as iniciativas após uma intensa negociação de operadores políticos do governo com o Congresso. "É importante definir claramente um processo de negociação", afirmou Humberto Costa (PE).

Em meio à insatisfação dos partidos aliados na composição do governo Dilma Rousseff, o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, mandou um recado à base no Congresso. Ele avisou que as nomeações do Executivo seguirão três pressupostos. De acordo com Pepe Vargas, o governo quer que as indicações tenham competência e capacidade de gestão, além de histórico de probidade do indicado. O ministro defendeu que haja na nova composição o "equilíbrio" entre os partidos da coalizão. "Esses são critérios que o governo vai observar nas indicações", afirmou.

Questionado sobre a eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, Pepe Vargas disse que o governo não vai interferir nos assuntos administrativos do Legislativo por "respeitar" a independência entre os poderes. "O governo vai dialogar com todos os partidos e expressar sua posição nas matérias", reforçou. Segundo ele, as questões práticas da pauta legislativa será tratada a cada momento.

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O petista afirmou que o ideal seria os partidos que compõem a coalizão formassem um bloco unitário na Câmara. Sobre a insatisfação da base aliada em relação à distribuição dos cargos do segundo escalão, Pepe Vargas considera que as manifestações "são normais". "Não conheço nenhum governo na face da Terra que não tenha se constituído e eventualmente não possa haver uma queixa. Isso tá dentro da normalidade", comentou.

O ministro reiterou que o governo não vê necessidade de uma nova CPI Mista da Petrobras. Para ele, o País já tem "Ministério Público, Controladoria-Geral da União, Justiça e Polícia Federal" atuantes e investigando as denúncias. "Hoje essas instituições funcionam", emendou. Ele não comentou a ameaça do PMDB da Câmara de assinar o pedido de instalação de uma nova CPI no Congresso.

O ministro de Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT-RS), anunciou nesta quinta-feira, 13, que deixará a pasta até o final do mês para se dedicar à reeleição à Câmara dos Deputados.

Em entrevista coletiva após encontro com representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Pepe disse que já conversou com a presidente Dilma e acertou a sua saída até o próximo dia 28. O ministro, contudo, evitou comentar sobre seu sucessor na pasta. "Sou ministro e agradeço a oportunidade. Mas Dilma que anunciará. Não cabe a mim fazer esse anúncio", disse.

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Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Vargas disse que a data certa de sua saída deve ser entre os dias 24 e 28 de fevereiro após a presidente retornar de uma viagem internacional. Segundo ele, na ocasião também deve ser anunciada a saída de outros ministros que disputarão a próxima eleição de outubro.

Como informou o blog do Marcelo de Moraes, o petista Miguel Rossetto, que ocupou o Ministério no governo Lula, deve assumir a pasta no lugar de Vargas. Rossetto é o atual presidente da Petrobras Biocombustível e tem bom trânsito com o setor do agronegócio e também com os representantes da agricultura familiar.

A opção pelo seu nome ajuda também o governo a sinalizar para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) justamente no momento em que eles fazem manifestações públicas criticando a política de reforma agrária.

No documento elaborado pelos líderes do MST entregue à Dilma nesta manhã, o grupo ressalta "a necessidade urgente de fazer mudanças nas políticas agrárias" do governo. "O governo foi incapaz de resolver esse grave problema social e político. A média de famílias assentadas por desapropriações foi de apenas 13 mil por ano, a menor média após os governos da ditadura militar. É necessário assentar, imediatamente, todas as famílias acampadas", diz trecho do primeiro item da carta.

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) fará nesta quinta-feira (5), na companhia do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT), um anúncio a partir das 15h. A assessoria de imprensa do gestor estadual não adiantou o assunto do encontro que será realizado na sede provisória do Governo do Estado, no Centro de Convenções em Olinda.

Só nestes últimos três meses, essa é a terceira vez que Vargas vem ao Estado. Ele esteve em Pernambuco, no dia 28 de junho, para entregar retroescavadeiras e motoniveladoras e, depois, retornou, em 02 de agosto, para lançar, também ao lado de Campos, o Plano Safra Semiárido.

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Já Eduardo Campos, visto como presidenciável em 2014, apesar de cumprir mais uma agenda ao lado de um ministro petista deverá romper a aliança com a presidente Dilma Rousseff (PT), até o final de dezembro. A expectativa da ruptura é esperada por correligionários socialistas, como já anunciou o líder do PSB na Câmara Federal, Beto Albuquerque.

Em passagem pelo Recife na manhã desta sexta-feira (28) para entrega de 98 maquinários a 85 municípios pernambucanos, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, comentou as manifestações realizadas em várias cidades brasileiras. Além da análise sobre os protestos, o representante do governo Federal criticou a gestão do País entre 98 e 2002, época governada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardozo (PSDB-FHC).

Vargas reconheceu a importância dos partidos políticos e avaliou os atos públicos ocorridos em diversas cidades brasileiras. “Nesse momento a gente respeita as manifestações e repudia a violência, mas é importante a ações partidárias. Eu acho que nesse novo momento que a gente vive a população cada vez mais vai cobrar isso (união partidária)”, argumentou.

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Ainda sobre os protestos, Pepe Vargas disse que era preciso separar os ativistas dos vândalos e reconheceu a importância da democracia. “Temos que ouvir a voz das ruas. Separar quem faz arruaça e ouvir os demais. O mais importante é que essas manifestações acontecessem num País democrático. É um aprendizado para a democracia e espero que fique para valer”, desejou.

O ministro relembrou a época que foi prefeito da cidade de Caxias do Sul por duas vezes e alfinetou a gestão do tucano e ex-presidente FHC. “Agora nós estamos passando a maior crise desde 1999 sem a crise afetar o desenvolvimento social, mas entre 1998 e 2002 (momento governado por Fernando Henrique), época que fui prefeito, o País quebrou duas vezes e a taxa de desemprego ficou lá em cima”, criticou.

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Durante cerimônia de entrega de 33 retroescavadeiras e 65 motoniveladoras para 85 municípios pernambucanos, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, informou que a presidente Dilma Rousseff (PT) voltará a Pernambuco ainda neste ano. A solenidade de entrega dos equipamentos foi realizada na sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no bairro dos Aflitos, no Recife e contou com  a presença de representantes do governo Estadual, deputados, prefeito e senadores.

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No discurso, Vargas informou que a petista deverá lançar uma nova ação voltada para as regiões que sofrem com a seca. “A presidente estará aqui dentro de alguns dias divulgando o Plano Safra Semiárido”, divulgou o ministro, mas não informou a data exata.

O representante do governo Federal aproveitou a agenda em Pernambuco, Estado onde possivelmente Dilma terá o governador Eduardo Campos (PSB) como concorrente nas próximas eleições, para enaltecer a gestão petista. “Nunca se teve tanto investimento hídrico na região”. Ele lamentou a seca vivida no Nordeste, mas frisou as ações da presidente e analisou que a situação não é tão trágica como cantava Luiz Gonzaga em suas músicas, ou Graciliano Ramos em seus textos. “Isso se deve a um conjunto de políticas públicas dos governos federal, estadual e municipal”, reconheceu.

Pepe Vargas frisou a ‘prioridade’ dada pelo governo Federal na Região Nordeste e mandou discretamente um recado para os demais partidos em prol de uma parceria com a chefe do executivo nacional. “O povo quer prefeitos, governadores e a presidente todos trabalhando juntos e Dilma também quer isso, independente de partidos”, soltou. 

Ausência – Várias autoridades políticas compareceram ao evento como o senador Humberto Costa (PT), e os deputados federais Pedro Eugênio (PT), Fernando Ferro (PT) e Luciana Santos (PCdoB). Porém, o governador Eduardo Campos, mesmo tendo confirmando presença através de sua agenda pública, não apareceu na solenidade. Para representar o governador esteve presente o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Aldo Santos. 

 

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, será o convidado do próximo café da manhã da Bancada do Nordeste. O encontro será no dia 26 de junho, às 8h, no restaurante do décimo andar do anexo IV da Câmara dos Deputados.

Segundo o coordenador da Bancada, o deputado federal de Pernambuco, Pedro Eugênio (PT), ministro e parlamentares irão discutir o Plano Safra da Agricultura Familiar e o Plano Safra do Semiárido.

Este último é um novo instrumento focado na área climaticamente mais vulnerável do Nordeste por causa da estiagem. O colegiado incluirá na roda de discussões novas regras quanto ao pagamento das dívidas dos agricultores atingidos pela seca.

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O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse nessa sexta que o resultado da votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados sinaliza que seria difícil derrubar um possível veto da presidente Dilma Rousseff ao texto.

Pepe Vargas participou de reunião no Palácio do Planalto com Dilma, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que apresentaram uma pauta de reivindicações.

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"A votação (na Câmara) mostra que é extremamente difícil derrubar um veto, mostra que não é bem assim que se derruba veto. Governo vai analisar, presidenta ainda não definiu isso (se vai vetar), porque nem sequer recebemos o texto definitivo da Câmara dos Deputados. O governo vai se manifestar no momento adequado, qual vai ser o seu comportamento frente ao texto", disse Pepe Vargas.

Para derrubar um possível veto da presidente, é preciso maioria absoluta tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, ou seja, o aval de 257 deputados e 41 senadores. Conforme informou o jornal "O Estado de S.Paulo" nesta sexta-feira, a presidente analisa vetar parcialmente o Código Florestal aprovado na Câmara para impedir que produtores rurais deixem de recuperar parte da área desmatada, sobretudo às margens de rios. O texto do relator Paulo Piau (PMDB-MG) foi aprovado por 274 votos a 184 na Câmara dos Deputados.

Pepe Vargas voltou a afirmar que a versão do texto aprovada no Senado Federal tinha mais equilíbrio entre produção e preservação dos ativos florestais. "Não que o texto do Senado fosse ideal, mas era mais equilibrado. A presidenta sempre reitera isso. Nós achamos que nesse processo é importante preservar a questão ambiental, mas preservar a produção, principalmente das pequenas propriedades, não podemos tratar da mesma forma uma propriedade que tem 10 mil hectares e uma propriedade que tem 5 hectares. Esse equilíbrio, numa primeira leitura, não foi dado nesse texto (no do Senado) do Código Florestal".

Questionado se o governo e a presidente não poderiam sair desmoralizados, às vésperas da conferência Rio+20, o ministro respondeu: "Tenho certeza que o Brasil vai chegar bem na Rio+20, e o governo vai chegar muito bem, inclusive no tema do código ambiental, até porque a sociedade brasileira não tem dúvida da posição que o nosso governo adotou. Ficou clara a posição do governo."

Contag

Representantes da Contag entregaram à presidente Dilma o documento "Agenda por um desenvolvimento rural e sustentável" com reivindicações que incluíam reforma agrária, orçamento da política agrícola e desenvolvimento da agricultura familiar, políticas de saúde para as populações do campo e o fim da violência no campo.

"A presidenta disse que vai estudar o caso (veto do código). Nós achamos que muitos pontos que nós defendíamos que estavam no texto do Senado se perderam. Como por exemplo, a especificidade da agricultura familiar", disse o presidente da Contag, Alberto Broch.

O novo ministro do Desenvolvimento Agrário, deputado federal Pepe Vargas (PT-RS), afirmou que pretende conciliar a "nova diretriz" do Incra, que busca dar mais qualidade aos assentamentos, com maior agilidade no processo. "Queremos manter a qualidade dos assentamentos e acelerar os processos. É obrigação de qualquer administrador público dar agilidade aos processos e a gestão pública tem de ser sempre aprimorada", disse o novo ministro ontem, em entrevista à rádio Estadão ESPN.

A ida do deputado para o ministério foi anunciada na sexta-feira, pela presidente Dilma Rousseff, após a demissão do também petista Afonso Florence. O ex-ministro vinha sofrendo ataques dos movimentos sociais por causa da queda no número de assentamentos. Na semana passada reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, em 2011, o programa de reforma agrária do governo Dilma assentou 22.021 famílias - o mais baixo índice registrado nos últimos 16 anos.

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O novo ministro procurou minimizar o baixo número de assentamentos. "Temos de ver que 2011 foi um ano de transição no Incra, com a posse do novo presidente. Em ano de transição sempre pode haver um processo que acaba sendo mais moroso", justificou.

"Por outro lado, o Incra vem trabalhando com uma nova diretriz, que eu acredito que seja correta, que é assentar com qualidade. No ano passado houve maior liberação de recursos para os assentamentos, justamente para dar mais qualidade aos assentados. O processo é mais moroso até que a terra tenha condições para ser produtiva, pois o assentado tem de ter estrada, acesso à água, energia elétrica e uma casa para morar", disse Vargas.

Ainda assim, o novo titular da pasta disse que buscará dar mais agilidade ao programa. "Havendo condições orçamentárias, condições operacionais e de melhoria na gestão para ampliar metas, nós assim faremos."

Diálogo

Em meio ao descontentamento que os números causaram entre as lideranças de movimentos sociais ligados à questão agrária, Vargas disse que buscará o diálogo com os grupos. "Não vamos criminalizar os movimentos sociais, mas também queremos um diálogo dentro de um Estado democrático de direito. Vamos tratar esses movimentos com respeito, mas dentro da lei", ponderou.

De acordo com o ministro, a presidente Dilma pediu a continuidade do projeto de inclusão produtiva no campo e o aprimoramento de programas que garantem renda para os produtores familiares.

"Vamos atuar para criar, cada vez mais, programas que elevem a renda e garantam a permanência dessas pessoas na terra. A presidenta deseja que a gente apoie quem trabalha na terra e que inclua socialmente aqueles que queiram trabalhar na terra", falou o ministro. A data da posse de Vargas ainda não foi definida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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