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Nesta sexta-feira (10), a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) realizou revista no Presídio de Igarassu, Região Metropolitana do Recife. Durante a ação foram encontrados seis quilos de maconha, 154g de cocaína, 50g de crack, cachaça artesanal, celulares, equipamento eletrônico, facas artesanais e industrializadas.

A revista foi coordenada pelo Superintendente de Segurança Penitenciária e contou com a participação de agentes penitenciários, Grupo de Operações de Segurança da Seres (GOS). Além disso, a polícia militar apoiou a ação com policiais do Batalhão de Polícia de Choque, Companhia Independente de Policiamento com Cães e do efetivo do Batalhão de Guardas. Foram apreendidos os seguintes materiais:

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6 k 050 g de maconha;

154 g de cocaína;

50 gramas de crack;

1.200 litros de cachaça artesanal;

3 k e 500 g de fermento biológico para fabricação de cachaça artesanal;

42 carregadores de celular;

12 baterias de celular;

03 pendrives;

38 celulares;

02 facas industrializadas;

03 facas artesanais;

01 chunço;

01 PSP Soni (equipamento eletrônico)


*Com informações da assessoria de imprensa

O Presídio de Igarassu, localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR), passou por uma revista nesta sexta-feira (20). Em nota divulgada durante a noite, a Secretaria de Executiva de Ressocialização (Seres) informou que foram encontrados 197 celulares na unidade prisional.

A ação foi coordenada pelo Superintendente de Segurança Penitenciária e contou com a participação dos agentes penitenciários, Grupo de Operações de Segurança da Seres (GOS), Companhia Independente de Operações Especiais-CIOE e do efetivo do Batalhão de Guardas da Policia Militar.

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Vinte detentos, que estavam na cela onde a droga foi encontrada, foram conduzidos à delegacia.

Confira os itens encontrados na revista:

197 celulares

110 carregadores

50 fones de ouvido

51 baterias

26 Chips

02 cartões de memória

16 Pendrive

06 facões industrializados

20 facas industrializadas

18 chunchos

1.210 litros de gengibirra

06 usinas de cachaça

Aproximadamente 3k411gramas de maconha

32 gramas de ácido bórico

Com informações da assessoria

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Quando se fala em presídio, é comum encontrar pessoas que associam o ambiente ao título de “escola do crime”. Tal afirmação não é infundada. No Brasil, a realidade carcerária é precária. As unidades prisionais operam com a capacidade excedida, onde a violência é presente e presos de diferentes níveis de periculosidade convivem no mesmo espaço. O Coronel Benício Caetano, gerente executivo do Presídio de Igarassu, cidade localizada na Região Metropolitana do Recife, ilustra a dificuldade de administrar a quantidade de presos. “Como é que você, em um lugar com 3.120 presos para 426 vagas, consegue separar presos condenados de provisórios?”, comenta o gestor.

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Com todas as adversidades, os presídios trabalham com medidas de ressocialização que visam reeducar os detentos, modificando a visão social e oferecendo novas oportunidades de vida para pessoas que, em muitos casos, não tiveram muitas chances. A educação aparece como principal alternativa para diminuir o tempo de reclusão e traz a liberdade para os presidiários. Esta, a liberdade da educação, é a única que tem a capacidade de trazer um novo destino, uma nova vida. E, nesse contexto, se encaixa um presidiário da unidade de Igarassu que, mesmo atrás das grades, conseguiu ser aprovado em dois vestibulares.

Nosso personagem, que quis ser identificado apenas como Alma - conforme as iniciais de seu nome -, deu entrada no Presídio em novembro de 2009. Hoje, após estudar na Escola Dom Helder Camara, localizada dentro da unidade prisional, foi aprovado em 1° lugar no curso de gestão de recursos humanos na Universidade Norte do Paraná (Unopar), através do Programa Universidade Para Todos (ProUni), e em 5º lugar em agronomia na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). “Queria algum curso na área de computação, mas, com a minha nota de corte, escolhi agronomia. É uma área que eu gostaria de trabalhar quando sair daqui, provavelmente quando for morar no interior com a minha família”, explica sobre a sua escolha.

Alma tem 39 anos e há 23 não estudava. Concluiu o Ensino Médio com 17 anos, em escola pública, e fez curso técnico de desenho arquitetônico, com o que nunca trabalhou. Antes de ser preso, trabalhou como estoquista e auxiliar administrativo em uma escola particular de Olinda, no Grande Recife, onde permaneceu até ser detido. O motivo da prisão também foi ocultado pelo detento.

Na cadeia há quatro anos e com uma pena de 10 anos e onze meses, Alma conseguiu remissão, que é a diminuição da pena, trabalhando no presídio. “Na escola não tem curso de ensino médio, então eu só assistia como ouvinte. Apesar de trabalhar desde que entrei, só ganhei remissão a partir de três anos e nove meses, que foi quando consegui ser concessionário, que é o trabalhador oficial no presídio”, explica. No sistema carcerário, três dias de trabalho diminuem um dia da pena; já na escola, 12 horas de aula diminuem um dia do regime. “Mês que vem eu completo o regime fechado, podendo progredir para o semiaberto. Como me matriculei para segunda entrada, poderei cursar o curso de agronomia. Pretendo tentar de novo no ano que vem para algum curso na área de computação”, comenta.

O resultado do vestibular serviu de estímulo para sua filha, de 15 anos. Atualmente no segundo ano do ensino médio, a menina foi diagnosticada com depressão após o afastamento do pai. A aprovação de Alma a fez continuar a estudar após quase desistir da escola. “Quando ela viu que eu, mesmo sem estudar há 23 anos e preso, consegui passar, aquilo a animou muito”, comenta Alma.

Na cadeia, o detento trabalha na área administrativa, como digitador da direção, e também é chaveiro. “Na prisão, cada pavilhão tem um preso que é representante dos demais, eu sou o representante da enfermaria, que é a minha cela. O chaveiro é simplesmente um representante, como toda classe tem”, explica.

Um fato interessante foi o reeducando ter escolhido o curso de gestão de recursos humanos. Caso consig a atuar nessa área, ele terá a responsabilidade de escolher candidatos em uma seleção de emprego, por exemplo. Quando questionado sobre se contrataria alguém que fosse ex-detento, Alma foi categórico: “Com certeza, eu conheço o presídio de dentro. Geralmente se faz uma visão muito distorcida da realidade. Tem muito bandido na cadeia, realmente tem, de todo tipo possível de imaginar, mas tem muita gente que foi presa por um acaso do destino, às vezes por uma injustiça. Conheço muita gente honesta, muita gente de valor. Eu com certeza contrataria”.

Ensino que liberta

Pernambuco é o estado com maior número de detentos matriculados em escolas no sistema penitenciário. Em um levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, entre os anos de 2008 e 2012, 19% dos presos estudavam. Atualmente, 28% dos reeducandos frequentam as aulas, contra 10% da média nacional. “Dos instrumentos de reintegração social, o estudo é um dos caminhos mais rápidos. E a escola está muito bem harmonizada com o sistema prisional. Nós temos escolas em praticamente todas as unidades de Pernambuco”, comenta o Coronel Benício.

No Presídio de Igarassu, há 21 turmas lotadas, contabilizando um total de 820 alunos. Nem todos os detentos interessados conseguem estudar por falta de espaço e condições da unidade. A construção de mais salas não é viável pela estrutura do prédio, e a escola conta com bancas precárias e falta de material. “Recentemente, alguns computadores foram doados para a instituição, mas ainda é pouco”, comenta a diretora da Escola Dom Helder Camara.

O coronel ainda ressalta que a unidade prisional traz a humanização para alguns presos: “Apesar de todas as mazelas, muitos encontram a liberdade no presídio. Me dizem, ‘coronel, eu aprendi o que é a liberdade, o que é viver, aqui dentro, porque lá fora ninguém me ensinou’. Às vezes falha a escola, falha a família, falha a igreja, todos os mecanismos de convivência social, e o detento só encontra o caminho dentro da cadeia”. Sobre o fato de Alma ter passado nos vestibulares, col. Benício se sente muito satisfeito. “Aqui ele conseguiu voltar a cabeça para fazer o bem”, completa.

A aprovação de Alma é um exemplo de que a educação pode ajudar no processo de ressocialização dos presidiários. No ano passado, o LeiaJá mostrou a realidade dos detentos que buscavam ingressar na educação superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Veja também o Enem dos presídios.

Na tarde dessa quinta-feira (29), a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (Seres) inaugurou uma fábrica de papéis e papelão dentro do presídio de Igarassu. Serão 21 presos contemplados com um emprego, onde receberão remuneração de 01 (um) salário mínimo, sendo recolhidos 25% como pecúlio em caderneta de Poupança.

A nova unidade de produção está instalada, numa área de 300 m², para sua implantação a ONDUNORTE, também construiu um Galpão anexo ao Setor de Laborterapia para abrigar os produtores de Artesanato daquela Unidade Prisional.

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De acordo com a Empresa - Cia de Papéis e Papelão Ondulado do Norte (Ondunorte) - a expectativa é que até dezembro o número de vagas duplique. Os trabalhadores atuarão na área de fabricação de papel e seus derivados e além do salário, terão remissão de pena de 01 dia para cada três dias trabalhados.

Atualmente, Pernambuco possui mais de 3,6 mil presos trabalhando em diversas atividades.

Com informações de assessoria

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Superação, determinação e força de vontade. Essas palavras resumem bem a vida do reeducando Henryton Klysthenes Ribeiro Bezerra, 24 anos, que cumpre pena por assalto, há aproximadamente seis meses, no Presídio de Igarassu, Região Metropolitana do Recife. Na segunda-feira (14), ele recebeu uma das melhores notícias de sua vida: foi aprovado em sétimo lugar, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com a nota 698,36, no curso de licenciatura em matemática oferecido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

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Natural de Timbaúba, Zona da Mata Norte de Pernambuco, Henryton levava a vida comum de qualquer outro jovem na sua idade. Estudava, trabalhava e, nas horas vagas, jogava bola com os amigos. Até que más influências o fizeram tomar um rumo diferente. No dia 6 de junho de 2012, com dois colegas, resolveu assaltar a agência dos Correios de Aliança, município vizinho. Os comparsas conseguiram fugir, mas ele acabou sendo preso em flagrante.

“Eu assaltei mais por aventura mesmo. Tanto é, que nem com arma nós estávamos. Mas, depois que tudo passou e fui preso, a ficha caiu e eu me perguntei o porquê de ter feito aquilo. Porém, ao mesmo tempo, eu reflito sobre como eu estaria hoje, se não estivesse aqui, no presídio. Eu não estava andando com boas companhias”, declarou.

O reeducando também chamou atenção para o que aprendeu durante os últimos meses que tem passado no presídio. “O lado bom disso tudo que estou passando, é que eu aprendi a resgatar valores morais. Abri mais os olhos para o que estava perto de mim e eu não enxergava, como os amigos de verdade, que é a família. A perda me ensinou e muito. Além disso, no presídio, eu resgatei meu gosto pelos estudos, já que, após concluir o ensino médio, em 2004, eu desandei”, disse.

Henry, assim como é chamado, sempre foi um garoto que gostou de estudar. Desde os 2 anos de idade que descobriu seu amor pelo mundo dos cálculos. “Meus pais foram grandes incentivadores. Eu aprendi a contar números desde cedo. À medida que eu crescia, o interesse pela matemática só aumentava. Tanto, que meus colegas de classe entendiam a disciplina mais comigo do que com o próprio professor”, lembrou.

Na época, Henry tomou a facilidade na disciplina como um gancho para dar aulas de reforço. No começo, era apenas por diversão. Depois que a procura pelos seus ensinamentos cresceu, ele resolveu montar uma sala exclusivamente para dar aulas de matemática a turmas que estavam se preparando para o vestibular. “Para ensinar de forma descontraída, já que matemática não é uma disciplina bem quista pela maioria dos estudantes, eu preparava músicas, brincadeiras e jogos para passar bizús e ensinar fórmulas. Foi assim que descobri que amo ensinar e que é isso que quero para minha vida. Não é à toa que escolhi licenciatura em matemática”.

Ele fez a prova pelo programa Enem Prisional, instituído no Estado há dois anos. O exame é o mesmo aplicado para os candidatos tradicionais. Por estar no regime fechado, sua matrícula será feita por meio de procuração judicial. Segundo o diretor do Presídio de Igarassu, Carlos Cordeiro, ele não deixará de estudar. “Faremos a matrícula e ele vai estudar. Como já cumpriu parte da pena, deverá entrar no regime aberto em abril e ficará livre para os estudos”, explicou. “Depois da repercussão que a história que Henry teve na mídia, muitos detentos o tomaram como exemplo de estímulo para se dedicar aos estudos”, completou o diretor.

Segundo Cordeiro, 102 detentos se inscreveram no programa, maior número de inscritos em relação aos demais presídios do Estado. Além do Enem Prisional, o Presídio de Igarassu conta com o Mova Brasil, que é um projeto que tem como objetivo alfabetizar os presidiários; Travessia, que é um supletivo do ensino fundamental e médio, e o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Para o reeducando, mesmo com todos esses projetos, falta estrutura dentro dos presídios para aplicá-los. “Acho que o poder público deveria investir mais em educação. Colocar mais professores, mais livros e mais salas de aula. Pois, de um lugar onde geralmente não se esperam boas notícias, pode, sim, sair uma história de exemplo e superação”, ressaltou.

Para o futuro, o jovem detento sonha alto. “Após graduar em matemática, pretendo ingressar num mestrado. Também almejo ser professor universitário e para isso, tentarei concurso público. Já num futuro mais adiante, posso até fazer doutorado fora do País. Quem sabe? Com os meus estudos, quero servir de exemplo para a sociedade”.

Em relação ao preconceito que pode sofrer por ser ex-presidiário ele diz estar preparado. “Eu sei que posso sofrer preconceito quando sair daqui, mas queria que as pessoas me notassem pelas minhas conquistas e não pelos meus erros. Eu cometi um crime, mas não me considero um criminoso. Todo mundo erra e tem direito à ressocialização”, enfatizou.

Durante entrevista ao Portal LeiaJá, Henry e seu companheiro de quarto e de estudos, Davi Airam, 36 anos, deixaram uma mensagem de incentivo para os demais colegas que pretendem alcançar o mesmo objetivo e, para isso, reforçaram o valor dos estudos como fator de transformação de vida. Confira o vídeo:

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Assim como Henryton Klysthenes, Davi, que por conta de meio décimo, está na lista dos remanejados no curso de ciências biológicas da UFRPE, teve o nome citado, entre os demais detentos, na carta de elogio do diretor Carlos Cordeiro. Veja anexo abaixo:

O reeducando Henryton Klysthenes Ribeiro Bezerra, que cumpre pena no Presídio de Igarassu, no Grande Recife, é um exemplo de superação e determinação. Ele é o primeiro detento do Sistema Penitenciário de Pernambuco a conseguir vaga na universidade por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU).

Henryton obteve a sétima colocação no curso de Licenciatura em Matemática oferecido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). No ano passado, 247 reeducandos de seis unidades prisionais pernambucanas realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

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Segundo o Diretor do Presídio de Igarassu, Carlos Cordeiro, "o reeducando deve ganhar a liberdade assim que começarem as aulas na Rural. O setor jurídico vai estudar a possibilidade do réu cumprir a pena em regime aberto", diz.

Henryton fez a prova através do Enem Prisional, instituído no estado há dois anos. Por estar em regime fechado, sua matrícula será feita por meio de procuração judicial.  Henryton Klysthenes já havia concluído o ensino médio, mas em julho, assaltou uma agência dos Correios, onde trabalhava, em Aliança, na Mata Norte.

Nesta sexta-feira (28), às 16h, o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido celebrará uma missa de Natal no Presídio Agente Marcelo Francisco de Araújo. A unidade prisional faz parte do Complexo Penitenciário Aníbal Bruno, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife.

As celebrações nos presídios são realizadas há mais de 15 anos e organizadas pelos agentes da Pastoral Carcerária Arquidiocesana. O Arcebispo falou que é importante incluir socialmente os encarcerados e que é isso que a religião católica prega, a caridade para com todos, independente das suas condições.

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De acordo com o coordenador arquidiocesano da Pastoral Carcerária, diácono Arnaldo Martins, outras missas de natal também estão sendo realizadas em outras unidades prisionais. Entre elas: Presídio de Igarassu, em Itapissuma; penitenciárias Agro-Industrial São João (PAISJ) e Professor Barreto Campelo, em Itamaracá; e na Colônia Penal Feminina.

Um homem suspeito de envolvimento numa troca de tiros, que resultou em uma vítima fatal, foi detido nesta terça-feira (19). Robson Lopes dos Santos, conhecido por “Robinho”, foi detido dentro da própria casa, na área central de Goiana, Mata Norte de Pernambuco. A prisão foi efetuada por policiais da Equipe Malhas da Lei do município em conjunto com agentes da Equipe de Repressão aos Homicídios da região.

O crime ocorreu na mesma cidade, no dia 5 de março deste ano. José Ariel Ferreira da Silva morreu durante uma troca de tiros entre quadrilhas rivais. O delegado Herbert Arantes Martins, que investigou o caso, informou que além da vítima fatal, outras duas pessoas saíram feridas da ocorrência.

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A polícia realiza diligências para tentar capturar os outros envolvidos que já estão com medidas cautelares expedidas. O suspeito foi ouvido na delegacia de Goiana e encaminhado ao Presídio de Igarassu, onde permanecerá à disposição da justiça.

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