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As operações de resgate prosseguiam nesta terça-feira (12) no Marrocos, mais de 72 horas após o terremoto devastador que deixou quase 2.900 mortos, mas as esperanças de encontrar mais sobreviventes são cada vez menores.

O epicentro do terremoto, que provocou 2.862 mortes e deixou 2.562 feridos, segundo o balanço atualizado divulgado na segunda-feira à noite, fica em uma zona montanhosa da Cordilheira Atlas, onde os deslizamentos de terra dificultam ainda mais o acesso às localidades afetadas.

A Cruz Vermelha solicitou mais de 100 milhões de dólares (493 milhões de reais) para atender as necessidades urgentes, que incluem saúde, água, saneamento e higiene.

As equipes de resgate marroquinas, apoiadas por unidades estrangeiras, tentam acelerar a busca por sobreviventes e encontrar abrigo para centenas de famílias que perderam suas casas.

Em algumas áreas isoladas, no entanto, os moradores afirmam que não receberam qualquer tipo de ajuda.

Na localidade de Imoulas, os moradores parecem perdidos entre os escombros de suas casas.

"Nos sentimos completamente abandonados, ninguém veio nos ajudar. Nossas casas desabaram e não temos para onde ir. Onde todas essas pessoas vão morar?", lamenta Khadija, residente na cidade de difícil acesso.

"O Estado não veio, não vimos ninguém. Depois do terremoto, vieram contar o número de vítimas. Desde então, não restou ninguém. Nem proteção civil, nem as forças de emergência. Ninguém está aqui conosco", reclama Mouhamed Aitlkyd em meio aos escombros.

Correspondentes da AFP observaram helicópteros, que entregaram alimentos em alguns pequenos vilarejos isolados.

- Soluções? -

O chefe de Governo marroquino, Aziz Akhannouch, presidiu na segunda-feira uma reunião que abordou a reconstrução das casas destruídas.

"As pessoas que perderam suas casas receberão indenizações (...) em breve anunciaremos uma oferta clara", declarou.

O Exército marroquino instalou hospitais de campanha para atender os feridos nas zonas isoladas, como o vilarejo de Asni, na província de Al Haouz, a pouco mais de uma hora de viagem de Marrakech.

Mais de 300 pacientes foram atendidos, afirmou à AFP o coronel Youssef Qamouss.

"Avaliamos a gravidade e os pacientes em estado grave são enviados a Marrakech. Também temos uma unidade de radiologia, um laboratório e uma farmácia", disse.

O governo do Marrocos aceitou as ofertas de quatro países para o envio de equipes de busca e resgate: Espanha, Reino Unido, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Jornalistas da AFP observaram socorristas espanhóis na segunda-feira em duas localidades ao sul de Marrakech, Talat Nyaqoub e Amizmiz.

"A grande dificuldade está nas áreas remotas e de difícil acesso, como aqui, mas os feridos são transportados de helicóptero", declarou a comandante da equipe espanhola de bombeiros, Annika Coll.

Ao comentar a possibilidade de encontrar sobreviventes, ela disse: "Na Turquia (afetada por terremoto violento em fevereiro), conseguimos encontrar uma mulher viva após seis dias e meio. Sempre há esperança".

"Também é importante encontrar os corpos, porque as famílias precisam saber e cumprir o luto", acrescentou.

O terremoto de sexta-feira à noite atingiu 7 graus de magnitude, segundo o Centro Marroquino para a Pesquisa Científica e Técnica, e 6,8 para o Centro Geológico dos Estados Unidos.

Este foi terremoto mais forte já registrado no Marrocos e o que provocou o maior número de vítimas em mais de seis décadas.

Jorge Aragão voltou aos palcos no último domingo (6) após o início de um tratamento contra câncer, descoberto em julho. Ele falou sobre o novo momento de sua vida, e ainda cantou uma música inédita, durante entrevista ao Fantástico. O sambista se emocionou e se mostrou otimista e tranquilo.

Em pleno Dia dos Pais, Jorge Aragão, acompanhado pelas filhas, falou sobre o câncer, mostrou o novo visual - após a queda dos cabelos decorrente do tratamento - e se mostrou confiante. Ele também falou sobre pisar no palco novamente após o diagnóstico. “A gritaria que eu ouvia. Aquela energia que subia. O pessoal ficou muito tempo gritando. [Eu estava] em uma cama de orações e energias boas muito fortes para mim, que me fizeram caminhar até a frente do palco. Ali, eu não aguentei", disse. "Eu estou vivo."

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O tratamento de Aragão deve durar cinco meses. Durante esse tempo, ele seguirá trabalhando, como lhe recomendaram os médicos. O artista falou como a música o conforta durante esse processo. "Cantar sempre que for possível. Não ligar para os malvados. Perdoar os pecados", cantarolou o sambista. "É assim que eu vou viver, o tempo todo", disse.

“É um sonho, a gente vive a realidade, mas daquilo que a gente sonhou um dia!”, afirma a advogada Renata Wenceslau Monteiro, sobre ser mãe da pequena Alice Catarina, de quase três anos. Depois de dois abortos, que resultaram na retirada das duas trompas, ela disse que perdeu o chão, já que não conseguiria engravidar de forma natural. Ela chegou a falar para o marido procurar outra pessoa que pudesse dar filhos a ele. 

Mas, o marido Rafael Ramos disse que queria ter filhos com ela. No entanto, o casal não tinha condições financeiras para pagar uma fertilização in vitro (FIV), única técnica que ela poderia tentar, já que o embrião é feito no laboratório e não precisa das trompas. Assim, foram pesquisar para descobrir o caminho para engravidar por meio da saúde pública. 

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“Sabíamos que o SUS [Sistema Único de Saúde] fazia o tratamento, mas a gente tinha pouquíssima informação. No último aborto, meu médico tinha me encaminhado para o hospital referência, o Pérola Byington, para poder fazer essa fertilização, mas descobrimos que não bastava a carta dele”, contou Renata. 

Renata e sua filha Alice Catarina. Reprodução assistida foi feita no SUS. Foto: Divulgação

Foi então que se informaram, entraram em grupos nas redes sociais e descobriram o caminho. “Tem que passar pelo sistema interno, que chama o sistema Cross, [a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde]. Ali começou a efetivação do nosso sonho.”

Até dar tudo certo, ela não quis contar para muitas pessoas, para não criar expectativas. 

“Mas quando eu consegui engravidar, comecei a falar para poder levar informação para as pessoas, não à toa muita gente me procura para querer saber como é o ingresso”. 

Ela resume: “Você vai na central de regulação da AMA [Atendimento Médico Ambulatorial), vão te inserir no cadastro do sistema Cross [Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde] e ali fica na fila”. 

No caso dela, o ingresso foi rápido. “Não fiquei dias na fila, fiz todo o procedimento na mesma semana, a resposta veio diretamente do hospital, recebi um e-mail para ir na consulta dia 30 de abril de 2019. Não esqueço essa data.” 

Na primeira consulta, Renata foi informada da possibilidade de ser doadora de óvulos, já que com uma idade jovem - na época tinha 24 anos - poderia ajudar outras mulheres a engravidar, como pacientes oncológicas e com idades superiores. “Nesse dia eu aceitei ser doadora. E quando o médico soube que meu fator sanguíneo é B negativo, ele disse que tinha receptora B negativo e não tinha doadora no hospital. Fiquei bem feliz em poder ajudar alguém, além de receber ajuda.”

De maio a outubro de 2019, ela fez exames e cuidou de uma infecção. Assim que terminou essa fase, estava apta a iniciar a estimulação ovariana [tratamento farmacológico para desenvolver os folículos ovarianos até torná-los maduros]. O que resultou em hiperestímulo e foram coletados 26 óvulos de Renata. Destes, 15 óvulos estavam maduros. “Fiquei com oito e doei sete, que ficaram com a receptora. Espero que ela tenha conseguido engravidar tanto quanto eu”.  

Renata esperou dois ciclos de menstruação para poder fazer a transferência embrionária e deu certo na primeira tentativa. “Fiz o primeiro ultrassom com seis semanas. Estava lá um embriãozinho no lugar dele certinho dele, com o coração já batendo”, relembra. 

A gravidez foi tranquila, diz Renata. “Tive dois sangramentos no começo, mas fora isso foi tranquila. Em 16 de julho de 2020 a Catarina nasceu, linda, perfeita, maravilhosa. Aí começou a nossa jornada na maternidade!”.  

Além de ser uma opção para casais como Renata e Rafael, a reprodução assistida pode ser o meio para pessoas que optam pela produção independente, pessoas com doenças que causaram (ou poderão causar) infertilidade, como em doenças oncológicas, para casais homoafetivos ou para casais inférteis.  

Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRH), a infertilidade conjugal acomete cerca de 15% dos casais brasileiros em idade reprodutiva, o que representa cerca de 20 milhões de indivíduos ou 10 milhões de casais. Atualmente, cerca de 10% dos ciclos de reprodução assistida são feitos por casais homoafetivos, informou a SBRH.

Cada tentativa de engravidar pelas técnicas de reprodução assistida, custa entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, explica o presidente da associação, Paulo Gallo de Sá, ginecologista e especialista em reprodução humana. “O custo do tratamento particular vai depender o tipo de tratamento de reprodução assistida e da qualidade do centro de reprodução.” 

A inseminação intrauterina (IIU) custa em média R$ 5 mil, incluindo a medicação. A técnica consiste na inseminação e introdução no interior do útero de sêmen preparado no laboratório, com objetivo de obter a gestação. Desse modo, a inseminação aproxima o(s) óvulo(s) dos espermatozoides para que a fertilização ocorra naturalmente na tuba uterina.

A fertilização in vitro (FIV) privada pode custar em média R$ 30 mil, incluindo a medicação. A FIV é um tratamento que consiste em realizar a fecundação do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial, formando embriões que serão cultivados, selecionados e transferidos para o útero.

Alguns serviços oferecem uma variante do processo, apelidada de mini-FIV, que custa em média menos da metade: R$ 14 mil, com a medicação. “São tratamentos de baixo custo, com menor dose de medicação, buscando menor número de óvulos e evitando o congelamento de embriões excedentes”, afirma o ginecologista.

Quem não tem condições financeiras de pagar esses valores pode tentar por meio da saúde pública em um dos centros de atendimento credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde 2012, uma portaria do Ministério da Saúde destina recursos financeiros aos estabelecimentos de saúde que realizam procedimentos de atenção à reprodução humana assistida, no âmbito do SUS, incluindo fertilização in vitro e/ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides. 

“O Brasil possui pouquíssimos centros de reprodução humana assistida que realizam as técnicas de alta complexidade (fertilização in vitro)”, segundo Paulo Gallo de Sá, que aprova os serviços. “Todos os dez centros são considerados de referência e atendem às condições de segurança e qualidade exigidos pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], disse.

A embriologista Vanessa Rodrigues Alves concorda com Gallo de Sá referente ao número de centros no país. “São pouquíssimos os centros de reprodução que são totalmente gratuitos. Acho que falta o suporte do governo para ficar um pouco mais barata [a FIV] mesmo no particular, ou seja, existem outras formas do governo ajudar, não só custear 100% o tratamento. Taxas mais baratas nos medicamentos e equipamentos que utilizamos na fertilização poderia popularizar um pouco mais a reprodução humana e ter um número maior de clínicas no Brasil”. 

Especialista em reprodução humana, Vanessa trabalhou por oito anos no Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Ela detalha como é a entrada no hospital. “A paciente tem que passar por um ginecologista do AMA, que vai colocá-la no sistema Cross do governo estadual, que faz essa seleção para entrar no hospital e conseguir a reprodução humana assistida. Leva algum tempo para ser chamada, mas não é uma fila de anos como antigamente”, explica. 

Para a especialista, a reprodução humana assistida vem crescendo e tem que ser mais valorizada. “Muitas pacientes sofrem de doenças que impedem de engravidar, a infertilidade é um tipo de doença reconhecida, deveria ser um tratamento obrigatório. Temos o direito de formar uma família”, opina.  

A especialista destaca ainda que o sonho de engravidar vai além da infertilidade. “Temos os casais homoafetivos de mulheres, por exemplo, que precisam do sêmen de um banco, que não é barato,  casais homoafetivos masculinos que precisam de uma barriga solidária e vão precisar de óvulos doados para poder ter uma gestação”.

Os centros de Reprodução Humana Assistida (CRHAs) estão em sete capitais do país, sendo quatro em São Paulo: Hospital Pérola ByingtonHospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - USP (na capital e em Ribeirão Preto) e Hospital São Paulo da Universidade de São Paulo (Unifesp)

Há também dois centros em Porto Alegre: Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Hospital Fêmina, um centro em Brasília, o Hospital Materno Infantil de Brasília; em Belo Horizonte, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Em Goiânia, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás e um em Natal, a Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 

Destes centros, somente em quatro o tratamento é completamente gratuito: a Maternidade Escola Januário Cicco, Hospital Pérola Byington, Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - USP e o Hospital Materno Infantil de Brasília. Nos demais, a paciente precisa arcar com as medicações a um custo médio de R$ 5 mil.

Em nota enviada à Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta acompanhamento integral para o planejamento familiar nos serviços da atenção primária, incluindo consultas, exames, entre outros procedimentos; e de reprodução assistida nos estabelecimentos de saúde habilitados em procedimentos de reprodução humana assistida.

“Ampliar o acesso das mulheres aos serviços, bem como assegurar o acompanhamento de qualidade no SUS é prioridade do Ministério da Saúde”, destacou a pasta, mas informou que não tem o número de famílias que aguardam por reprodução assistida no SUS. 

De acordo com relatório disponibilizado pela Anvisa, o SisEmbrio. Em todo o país, existem 181 Centros de Reprodução Humana Assistida (CRHAs) e somente dez oferecem tratamento pelo SUS. A maioria dos centros estão na Região Sudeste, sendo que 60 deles se concentram no estado de São Paulo. 

Os dados do SisEmbrio também mostram que, no ano passado, a taxa de fertilização de pacientes menores de 35 anos ficou em 76,68%, com 1363 gestações clínicas e em pacientes maiores de 35 anos, a taxa de fertilização foi de 79,63%, com 2023 gestações clínicas. 

O SisEmbrio inclui dados de congelamento de embriões para pesquisa, fertilizações in vitro, taxas de gestação clínica, congelamento de gametas, transferências embrionárias e informações sobre taxas e indicadores de qualidade. 

Quem está na cidade de São Paulo, como a Renata Wenceslau, deve primeiro ir a uma das 470 unidades básicas de saúde (UBSs) que são a porta de entrada para a linha de cuidado voltada à saúde da mulher na capital paulista, inclusive para o acompanhamento ao casal que possui dificuldade em engravidar.

Nas UBSs da cidade são realizados exames de clínica médica e ginecológicos para a investigação de possíveis distúrbios menstruais e infecciosos, que possam indicar a causa de infertilidade, e também o espermograma para os homens. Além disso, são feitas orientações sobre os momentos mais oportunos para uma gravidez, tanto no aspecto físico e psicológico, quanto no socioeconômico.

Após a análise dos exames, o paciente é inserido na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) para acompanhamento na rede especializada, da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo.

Segundo a SES, os agendamentos são feitos pela Atenção Primária à Saúde via Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross), obedecendo protocolo estabelecido, que é ter 37 anos, 11 meses e 30 dias de idade máxima e diagnóstico prévio de infertilidade. Assim que a paciente é atendida, são solicitados os exames necessários e é indicado o tratamento adequado.

A SES informou que não tem o número de pacientes em espera para serem atendidas nos centros de reprodução assistidas. “As filas são descentralizadas, estamos trabalhando para unificá-las”, informou a assessoria de imprensa da pasta.

Para quem está na fila a espera de uma chance de engravidar pelo SUS, Renata aconselha a não desistir. “Tudo tem um tempo certo para acontecer, pode parecer muito clichê, eu ouvi essa frase várias vezes quando eu estava tentando engravidar. Mas, vale a pena esperar,  realmente se você não tem condições de fazer um tratamento na rede particular, espere. E se você pode ser doadora, dependendo da idade, vale a pena buscar as clínicas”. 

O caminho não foi fácil, ela relembra. “Os dias na indução foram nove dias intermináveis, foi a pior parte para mim, além das dores físicas que eu sentia, tinha o medo, muito medo, quem lida com infertilidade sabe, a gente tem muito medo”. 

Passada essa luta, ela agora ela comemora a vida da filha. “Ser mãe tem o bônus e o ônus, eu não romantizo a maternidade, mas é mágico mesmo, eu amo ser mãe da Catarina.” 

Funcionários de alto escalão que participaram de negociações cruciais da conferência de biodiversidade da ONU no Canadá disseram, neste sábado (17), que estavam confiantes em chegar a um acordo para salvar a natureza.

Observadores alertaram que as negociações da COP15 destinadas a selar um "pacto de paz pela natureza" corriam o risco de desmoronar devido a divergências sobre quanto os países ricos deveriam contribuir para salvar os ecossistemas das nações em desenvolvimento.

Mas o ministro do Meio Ambiente da China, país que preside a cúpula, disse neste sábado que estava "muito confiante" de que os delegados conseguiriam adotar uma estrutura comum de ação antes do final do evento, na segunda-feira.

"Estou muito confiante de que seremos capazes de manter nossas ambições e chegar a um consenso", afirmou Huang Rinqiu a repórteres.

Seu contraparte canadense, Steven Guilbeault, concordou: "Fizemos um progresso tremendo. Não sei quantos de nós pensávamos que conseguiríamos chegar lá", declarou.

As negociações irão oficialmente até 19 de dezembro, mas podem ser estendidas se necessário.

O que está em jogo no Canadá é o futuro do planeta e se a humanidade pode reverter a destruição do habitat, a poluição e a crise climática, que ameaçam a extinção de um milhão de espécies de plantas e animais.

O acordo resultante deve ser um roteiro para os países seguirem até 2030, depois que o último plano de 10 anos assinado no Japão não conseguiu atingir nenhum de seus objetivos, algo amplamente atribuído à falta de mecanismos para monitorar sua implementação.

As mais de 20 metas em debate incluem um compromisso fundamental de proteger 30% do espaço terrestre e marítimo, algo que se compara com o compromisso do Acordo de Paris de manter o aquecimento global no teto de 1,5°C.

- Dinheiro importa -

Além disso, os ministros buscam pactuar a redução dos subsídios agrícolas que destroem o meio ambiente, obrigar as empresas a monitorar e divulgar seus impactos sobre a biodiversidade e estabelecer políticas sobre espécies invasoras.

Os representantes das comunidades indígenas, que preservam 80% da biodiversidade, querem que o direito de administração de suas terras seja consagrado no acordo final.

A questão de quanto dinheiro os países ricos enviarão aos países em desenvolvimento, que abrigam a maior parte da biodiversidade do mundo, tornou-se um grande ponto de discórdia.

Os países em desenvolvimento dizem que as nações avançadas enriqueceram com a exploração de seus recursos e que é hora de pagarem para preservar os ecossistemas.

Vários países anunciaram novos compromissos, tanto na COP quanto anteriormente. A União Europeia prometeu 7 bilhões de euros até 2027, o dobro de seu compromisso anterior.

Mas esses compromissos ainda estão muito aquém do que os observadores dizem ser necessário e do que buscam os países em desenvolvimento.

O Brasil, em nome de um grande grupo de países em desenvolvimento, pede 100 bilhões de dólares por ano, dez vezes mais do que os recursos aportados atualmente.

Mais de 3 mil cientistas publicaram uma carta aberta pedindo ação imediata para impedir a destruição dos ecossistemas.

"Devemos isso a nós mesmos e às gerações futuras, não podemos esperar mais", disseram.

A Prefeitura Municipal de Esperança, no Estado da Paraíba, anunciou a realização do concurso público que oferta 105 vagas para profissionais de nível fundamental, médio e superior. 

Há oportunidades para as funções de agente administrativo, auxiliar de serviços gerais, enfermeiro, médico ESF, motorista, merendeira, fisioterapeuta, motorista D, professor de educação básica do fundamental II, entre outros. Os salários variam de R$ 1212,00 a R$ 3.461,06, para jornada de 30 a 40 horas semanais. 

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As inscrições podem ser realizadas através do site da Facet Concursos, a banca organizadora do certame, no período de 17 de outubro a 18 de novembro. O valor da taxa de inscrição vai de R$ 75,00 a R$ 115,00.  

O processo seletivo será realizado por meio de prova objetiva para todos os cargos, com aplicação prevista para 08 de janeiro; prova prática para motorista, e uma prova de títulos para professor.  

O Concurso Público terá validade pelo prazo de 2 anos, a contar da data da publicação de sua homologação, podendo ser prorrogado.

O mês de setembro é quando inicia-se a primavera no Brasil, no dia 22, 10 dias antes da votação. Foi o que lembrou o ex-presidente Lula (PT), em vídeo nesta nesta terça-feira (13), ao estimular o voto com “muita paz e esperança”, tendo em vista a grande polarização política que vem gerando diversas confusões no País, e até morte. 

O petista que também afirmou nesta terça que pode vencer no primeiro turno, faz esse discurso para atrair os chamados "votos úteis" nesta reta final da campanha.

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“Esse mês é próprio para uma frase para a gente falar o que a gente quer falar. Os poderosos ou nossos adversários poderão tentar matar uma, duas ou três rosas, mas não conseguirão deter a chegada da primavera. Estamos no mês da primavera e logo depois dela começar, tem a eleição. As rosas estarão todas exalando o mais importante perfume que uma rosa pode produzir e vai fazer com que o povo brasileiro se dirija à urna para digitar o seu voto com muito amor, muita paz e muita leveza espiritual”, destacou. 

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Neste sábado (7), partidos e lideranças políticas se reuniram em evento de lançamento do movimento “Vamos Juntos pelo Brasil”, que marca o início da pré-candidatura de Lula à presidência do Brasil. Acometido pela Covid-19, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, cotado para compor a chapa petista como vice, discursou à distância e enalteceu a possibilidade de aliança eleitoral entre diferentes espectros políticos em “defesa da democracia”.

"Nada servirá de razão, desculpa ou pretexto para que eu deixe de apoiar e defender com toda minha convicção, a volta de Lula à presidência do Brasil. É com muito orgulho que faço isso, com imprescindível respaldo, confiança e participação de meu partido, o bravo e valoroso PSB. Números diferentes, quando somados não diminuem de valor. Pelo contrário, elevam sua grandeza. Essa lógica também aplica-se também à política”, afirmou Alckmin.

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O ex-governador ressaltou ainda que enxerga sua aliança com Lula como uma reconciliação política. “Pensemos nas disputas do passado e pensemos na união de hoje. O que é que mais importa? É aquilo que o Brasil precisa. O Brasil sobrevive hoje ao mais desastroso e cruel governo de sua história [...] Lula é hoje a esperança que resta ao Brasil. Não é a primeira, a segunda, a terceira. É a única via de esperança para o Brasil”, acrescentou Alckmin.

O evento contou a presença de personalidades como os músicos Paulo Miklos e Leci Brandão. Também comparecem políticos como Gleisi Hoffman (PCdoB), Luciana Santos (PSB) e Túlio Gadelha (PDT).

Omar Alshakal fugiu de sua Síria natal, devastada pela guerra, e viveu em acampamentos para refugiados antes de fundar sua própria associação na ilha grega de Lesbos. Quando viu o êxodo dos ucranianos, dispôs-se a ajudá-los.

"Compreendo o medo dessas pessoas, porque eu mesmo venho de uma zona de guerra", afirmou Omar, de 28 anos.

"Tento ajudar o máximo de pessoas que posso e dar a elas esperança para o futuro", explicou à AFP, tremendo de frio no posto fronteiriço de Siret, no norte da Romênia.

Alshakal contou ter passado pelas prisões sírias na adolescência, por participar de manifestações contra o governo de Bashar Al-Assad.

Em 2013, uma bomba explodiu em seu caminho, enquanto transportava feridos para o hospital. Sobreviveu e viajou para a Turquia, onde recebeu tratamento. Junto com dois amigos, decidiu, então, lançar-se a nado no mar Egeu. Esta viagem de 14 horas levou-o à Grécia, porta de entrada para a União Europeia, onde sonhava se estabelecer.

Depois de uma breve passagem pela Alemanha, fundou a associação Refugee4Refugees, em Lesbos, em 2017.

"Aprendi inglês lá, para poder me comunicar com os outros voluntários", disse ele.

- Separação -

Abalado pelas notícias da agressão russa à Ucrânia, Omar Alshakal voou para Siret, na Romênia. Desde 24 de fevereiro, mais de 130.000 refugiados já passaram por este posto fronteiriço, a maioria mulheres acompanhadas de menores.

No primeiro dia, recordou, "vi uma menina de cerca de cinco anos, que chorava e chamava pelo pai", obrigado a permanecer na Ucrânia, onde foi decretada uma mobilização geral.

Sua ONG alugou um abrigo a dois quilômetros da fronteira, capaz de acomodar entre 50 e 100 refugiados. Alimentos e produtos de higiene já estão empilhados em um anexo do estabelecimento, junto com agasalhos e cobertores.

- Uma grande família -

Formada por uma dezena de pessoas, sua pequena equipe pede reforços, pois as necessidades no terreno são enormes.

"Quero que se sintam como uma grande família, prontos para ajudar uns aos outros nestes dias sombrios", confessou, acrescentando que "estaremos juntos, na alegria e na tristeza".

Alshakal também quer ir para o outro lado da fronteira, onde poderá ser "ainda mais útil".

Viajar com o passaporte sírio não é fácil, porém. "Já na fronteira romena nos perguntaram por que estávamos lá, o que queríamos fazer", contou.

Algum dia voltará para seu país natal? Alshakal diz que sim. "Minha vida não é aqui, mas na Síria, com minha família, que não vejo há quase 12 anos", desabafou.

Seus pais, uma irmã e um irmão esperam por ele. "Mas, por enquanto, vivo um dia de cada vez. Não tenho projetos pessoais. Espero apenas que um dia ninguém mais precise de ajuda. E este é meu sonho", afirma.

O Kremlin considerou nesta segunda-feira (21) "prematura" a organização de uma reunião de cúpula entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, jogando um balde de água fria ao anúncio francês sobre o encontro para tentar desativar o risco de uma invasão russa à Ucrânia.

A presidência da França anunciou no domingo um acordo de princípio para a celebração da reunião após uma intensa gestão diplomática do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, que teve duas longas conversas telefônicas no domingo com Putin, além de diálogos com Biden e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Os países ocidentais temem que a intensificação dos combates nos últimos dias no leste da Ucrânia com separatistas pró-Rússia seja utilizada como pretexto por Moscou, que enviou 150.000 soldados para a fronteira ucraniana, para invadir o país vizinho.

"Há um entendimento sobre o fato de ter que continuar o diálogo entre ministros (das Relações Exteriores). Falar sobre planos concretos para organizar reuniões de cúpulas é prematuro", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Uma reunião é possível caso os chefes de Estado a considerem útil", acrescentou, antes de afirmar que Biden e Putin sempre têm a possibilidade de conversar "por telefone ou de outra maneira quando necessário".

Uma reunião entre os chefes da diplomacia russa e americana, Serguei Lavrov e Antony Blinken, está programada para quinta-feira.

A respeito do encontro de cúpula considerado "prematuro" por Moscou, Estados Unidos e França insistiram que só poderá acontecer se a Rússia não invadir a Ucrânia.

- Tensão -

Os confrontos prosseguiam nesta segunda-feira no leste da Ucrânia e, segundo fontes das forças de segurança da Rússia, os incidentes afetaram o território do país.

"Em 21 de fevereiro, às 9h50, um obus de tipo não identificado disparado do território da Ucrânia destruiu o posto de serviço dos guardas de fronteira na região de Rostov, a uma distância de cerca de 150 quilômetros da fronteira russo-ucraniana", relatou o FSB (serviço de inteligência), citado pelas agências russas de notícias.

O exército ucraniano negou ter atirado contra o posto de fronteira.

"Não podemos impedir que produzam informação falsa, mas sempre podemos enfatizar que não atiramos contra infraestruturas civis ou algum território na região de Rostov, ou qualquer outra coisa", declarou o porta-voz militar ucraniano Pavlo Kovalshuk.

Ao mesmo tempo, Kiev afirmou que registrou 14 bombardeios dos rebeldes pró-Rússia, que deixaram um soldado ferido.

Os separatistas informaram a morte de três civis nas últimas 24 horas, assim como a explosão de um depósito de munições na região de Novoazovsk, sobre o qual acusaram "sabotadores ucranianos".

Não foi possível confirmar as informações com fontes independentes.

As autoridades das duas "repúblicas" pró-Rússia" autoproclamadas do leste da Ucrânia ordenaram a mobilização dos homens em condições de combater e a transferência de civis para a Rússia. Moscou informou nesta segunda-feira que 61.000 pessoas deixaram a região.

"Eles nos bombardeiam, aterrorizam as crianças. Seus aviões sobrevoam a cidade (...) e vimos as coisas explodindo, pegando fogo", disse à AFP uma das pessoas que deixou a região, Liudmila Kliuiko, 56 anos, ao chegar a Taganrog, na Rússia.

O Kremlin reiterou que a "situação é extremamente tensa" na frente leste ucraniana, e expressou "preocupação".

Os separatistas pró-Rússia que lutam contra Kiev mantêm um conflito no leste do país que provocou mais de 14.000 mortes desde 2014, agravado após a anexação da Crimeia ucraniana pela Rússia.

Moscou nega ter planos para invadir a Ucrânia, mas exige garantias de que a ex-república soviética não vai aderir à Otan e o fim da expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte para suas fronteiras. As demandas foram rejeitadas pelo Ocidente.

Os países ocidentais ameaçaram impor sanções econômicas devastadoras em caso de ataque russo contra a Ucrânia.

Vladimir Putin deve coordenar nesta segunda-feira uma reunião do conselho de segurança russo, o poderoso organismo que reúne os principais comandantes do exército e dos serviços de inteligência.

A banda de rock brasileira Detonautas lançou hoje (04) o seu oitavo álbum intitulado “Esperança”, que contou com produção de Marcelo Sussekind; além das participações do cantor Frejat, na canção “Medo”; e Kid Abelha na regravação de “Amanhã é 23”. O disco está disponível em todas as plataformas de streaming de áudio. Acompanhe: https://smb.lnk.to/DetonautasEsperanca

De acordo com a banda, as gravações de “Esperança” ocorreram no início da pandemia de Covid-19, entre abril e agosto de 2020. Cada integrante do grupo gravou suas devidas partes em casa, por conta das medidas de segurança e prevenção do vírus. A mixagem de todo o material ficou a cargo de Arthur Luna.

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“Esperança” é composto por 8 faixas, acompanhe o setlist completo:

1 – Tudo Pode Acontecer

2 – Livre Para Voar

3 – Sorte de Mim

4 – Amanhã é 23

5 – A Quem Precisar de Mim

6 – Me Diz Você

7 – Medo (feat. Frejat)

8 – Caco de Vidro

Em 2021, o Detonautas lançou o álbum ' Laranja', composto por faixas que abordam temas políticos e polêmicos, entre elas “Kit gay”, “Político de estimação”, “Mala cheia”, “Roqueiro Reaça” e ‘Micheque’.

Neste ano, o grupo liderado por Tico Santa Cruz nos vocais; Fábio Brasil na bateria; Renato Rocha e Phil Machado nas guitarras; e André Agrizi no baixo, está marcado como uma das atrações do festival Lollapalooza Brazil, que ocorre de 25 a 27 de março.

Parece surreal que, depois de dois anos de uma das maiores crises que o mundo já enfrentou, ainda estejamos discutindo temas tão básicos quanto a necessidade da vacinação. Já foi exposto de diversas formas a importância de imunizar a população: os benefícios são sanitários, sociais e econômicos. Apesar de ainda haver uma parcela de pessoas que insiste em descredibilizar as vacinas, até o momento, elas se mostraram o melhor e mais eficaz controle para a pandemia e, consequentemente, a forma correta de viabilizar a tão sonhada retomada econômica plena.

Não à toa, com o avanço da vacinação pelo país e pelo mundo, as curvas de contaminação e mortes vêm caindo e se mantendo em patamares baixos. Apesar do surgimento da variante ômicron, mais transmissível, os óbitos não têm subido tanto. Podemos creditar parte desse controle às vacinas, que ajudam a evitar a piora de sintomas, além de internações e mortes. Não se pode negar o papel primordial dos imunizantes aqui. Imaginemos uma situação tão terrível quanto esta pandemia, sem vacinas. O resultado seria um saldo de mortes muito maior, devastador, além de efeitos catastróficos sobre a economia também.

É preciso ter em mente que apenas a imunização é o método eficaz e duradouro para que possamos retomar as atividades econômicas de forma normal, a níveis pré-pandêmicos. Há quem defenda a imunidade natural, adquirida por quem é infectado pelo vírus, mas esta ainda é bem menor do que a vacinal. Não há para onde correr. Se queremos nossos empreendimentos funcionando a pleno vapor novamente, precisamos defender a vacinação em massa, para todos. Já tivemos prejuízos demais para continuarmos em um debate cansativo e superado.

Também é necessário pensar nas crianças e nos adolescentes e jovens. As aulas estão retornando gradativamente, mas, quanto mais rápido essa parcela da população for imunizada, mais poderão retornar às aulas de forma normal e seguir os estudos. Os efeitos da pandemia sobre o sistema de ensino já são enormes, não se pode agravá-los. Correr com a vacinação significa também oferecer aos mais novos a possibilidade de manter os estudos com qualidade e segurança.

A verdade é só uma: sem a população toda vacinada, demoraremos a retomar a vida “normal”. Não queremos deixar máscaras, distanciamento e álcool em gel para trás? Para isso, é preciso que todos se protejam mutuamente. O que necessitamos é de um pacto coletivo, em que a consciência de cada um seja direcionada para o bem comum. Só assim venceremos.

Com a virada da folha no calendário, vem a esperança por períodos melhores. São mais 365 novos dias para conquistar sonhos e alcançar metas. Depois de quase dois anos de pandemia, o brasileiro começa a abrir os olhos para novos tempos, ao mesmo tempo que sente-se inseguro com o que vem pela frente, foi o que mostrou as pessoas que a Agência Brasil ouviu numa das estações de trem e metrô mais movimentadas de São Paulo: a Estação Brás, localizada no bairro de mesmo nome na região central da capital paulista.

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Nos dias que antecederam o Natal, a reportagem ouviu quatro brasileiros que falaram sobre as dificuldades da pandemia, e as esperanças para 2022.

O jovem Alexssandro Gonçalves, de 21 anos, trabalha há seis meses em obra, mas antes da pandemia era funcionário em um mercado e foi demitido durante a quarentena. Ele tem boas expectativas para 2022. “Espero que a pandemia acabe principalmente, vai dar tudo certo!”. Ele também espera manter o trabalho. “Quero continuar na obra, gostei, quero assim”. Um pouco tímido, ele diz que também tem muitos sonhos, mas é supersticioso.

“Ah, eu tenho muitos sonhos, mas eu não posso falar se não posso realizar, né?”, sorri, mas entrega que pretende estudar. Quanto à expectativa para 2022, ele se diz esperançoso. “Ah, vai melhorar sim, vai ser difícil, mas vai melhorar sim”. Ele conta que a se vacinou e que a família toda também está vacinada. “Espero que o mundo melhore, que a pandemia acabe!”.

Com mais experiência de vida, a autônoma Maria Rosiene Nascimento Silva, de 46 anos, afirma que pensa sempre positivo e não desanima. Apesar de ter perdido o emprego no começo da pandemia, ela se reinventou, e hoje revende as lingeries que compra no comércio do Brás para suas clientes. “Já tem um ano mais ou menos, porque a gente não pode esperar, né? E está rendendo bem, melhor que antes!”, comemora Maria Rosiene, que pretende continuar sendo autônoma.

Ela também deseja que a economia do país melhore. “Está horrível! Tudo caro, custo de vida está cada dia pior, tudo um absurdo. Porque não adianta o salário aumentar, porque depois que o salário aumenta, aí vem aumento de combustível, do gás, da energia, e o salário fica aonde?”, reflete Rosiene.

Entre os sonhos estacionados durante a pandemia, o que ela mais quer é botar o pé na estrada e ir para a terra natal, Garanhuns, em Pernambuco.  “Preciso me distrair. Antes da pandemia fui ver a minha família que está toda lá, então o que espero é poder voltar logo!”

Para 2022, ela acredita que o ano será melhor do que este que passou. “Espero melhoria, por isso tem que pensar positivo, não desanimar e seguir em frente”. Ela diz que quer muito que a vacinação avance no país. “Espero que as pessoas se conscientizem, continuem tomando as vacinas certinho, né? Para essa "peste" ir embora, para que a nossa vida continue normalmente igual antes, porque não está fácil!”.

"Nossa expectativa para 2022 é um mundo melhor com menos violência, tem que ter esperança, não é porque está essa bagunça toda que a gente pode desanimar 100%, não vamos desanimar!”

Reinventando o presente

Assim como Maria Rosiene, a pedagoga Patrícia Nogueira, de 35 anos, agora é autônoma: atualmente ela vende roupas pela internet.  Ela tinha uma empresa de acabamento gráfico que faliu durante a pandemia e se formou em pedagogia no período, mas ainda não trabalha na área.

"Foi difícil, mas hoje com as vendas eu consigo ganhar mais do que eu ganhava antes com a gráfica. Então, me tirou da minha zona de conforto, porém foi melhor do que ficar com a gráfica, então eu pretendo continuar com as vendas. Mas, se eu conseguir como pedagoga eu pretendo exercer sim”.

Quanto à pandemia, ela espera que a vacinação avance pelo mundo, mas ainda não vê um ponto final. “Sou bem esperançosa, eu sempre acho que vai melhorar, eu nunca espero pelo pior”.

Essa confiança em um ano melhor é característico do período, explica a psicóloga do Hospital Anchieta de Brasília, Stela de Lemos. “O ano-novo representa o começo de um ciclo. O encerramento de um ano é o fechamento de um período de 365 dias nos quais as pessoas se organizam em função de eventos, ritos e tradições que acreditam e dão ritmo à nossa história e estilo de vida atuais. O término de um ano fomenta reflexões e (re)planejamentos na busca pessoal, e até mesmo social, do aprimoramento dos processos e das relações”.

Mas, depois de quase dois anos de pandemia, a relação das pessoas com as expectativas podem estar até superestimadas, completa a psicóloga. “Em tempos comuns, as expectativas para o novo ano são predominantemente positivas. Em época de pandemia, não seria diferente. A expectativa continua a girar em torno do aprimoramento e da melhoria dos processos e das relações humanas. A maioria das pessoas anseiam, de modo até visceral, que esse período de calamidade publica e adoecimento físico e mental passe e que possamos voltar a prosperar. A esperança de dias melhores é reforçada no período de transição de um ano para o outro, potencializando a perseverança para seguirmos em nossas lutas”.

O pintor de parede Fabrício Ferreira, de 40 anos, segue sua luta para conseguir um emprego. Antes da pandemia ele trabalhava como autônomo. "Hoje, para me manter tento trabalhar aqui no no Brás, fazer alguma coisa, vender alguma água, às vezes venho aqui peço algum dinheiro para o pessoal para me ajudar", conta Fabrício, que está em situação de rua. Ele contou que dorme em albergues, mas não é todo dia que tem vaga.

Para o próximo ano, ele tem poucas esperanças: “A pandemia está dando sinais de que está melhorando. Mas, nem sei como vai ser esse 2022. Vai ter bastante emprego? Não sei, estou aqui, pensando, o que vou fazer, nem sei o que fazer. Mas, espero que tenha bastante trabalho. Para ele, a pandemia ainda não acaba em 2022. ”Acredito que não, está aparecendo algumas variantes, acho que ainda não tem ponto final”, lamenta Fabrício.

A crise econômica, a inflação alta e o ano eleitoral certamente influenciam no estado emocional do brasileiro, pontua a psicóloga Stela de Lemos.

“Certamente os fenômenos sociais exercem influência sobre o estado emocional da população. Grande parte do povo brasileiro não tem desfrutado de prosperidade e abundância, principalmente após o início da pandemia pelo novo coronavírus, o que traz diversas, e muitas vezes severas, consequências à saúde emocional das pessoas”.

Para a psicóloga, o momento, porém, é de vencer o medo. “Temos vivido uma época em que o amor precisou, mais do que nunca, fazer oposição ferrenha ao medo. Que neste ano-novo, sigamos juntos na luta contra a desesperança, movidos sempre pelo anseio e pela crença em dias melhores”, finaliza.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Um projeto de medicamento contra a doença de Alzheimer, a partir de uma pista ainda pouco explorada, gera tímidas esperanças de tratamento, após vinte anos de poucos avanços neste campo tão difícil.

"Esses resultados (...) são particularmente promissores e representam uma novidade a partir de vários pontos de vista", explicou à AFP Andrea Pfeifer, chefe da empresa emergente AC Immune, que está desenvolvendo, junto a uma filial da gigante farmacêutica suíça Roche, um tratamento contra a demência senil.

Os dois grupos anunciaram no final de agosto resultados preliminares favoráveis, mas continuam com os testes para determinar a eficácia do medicamento. Os resultados ainda precisam ser publicados e analisados de forma independente.

O que torna este anúncio interessante é o fato de que a molécula que está sendo usada, a semorinemab, foi pouco explorada para buscar um tratamento para o Alzheimer, um campo em que os fracassos se multiplicam há duas décadas.

Este anticorpo monoclonal parece se concentrar na destruição de placas formadas por algumas proteínas, conhecidas como beta-amiloides, no cerébro dos pacientes. Ao comprimir os neurônios, essas placas são um dos grandes fatores da doença de Alzheimer.

Até agora, essa pista forneceu poucos resultados, com exceção de um tratamento de Biogen autorizado neste ano pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, embora seu interesse terapêutico não gere unanimidade.

Nos últimos anos, os laboratórios têm explorado outras direções: o comportamento anormal de outra categoria de proteínas, as denominadas 'tau', também presentes nos neurônios.

Nos pacientes de Alzheimer, essas proteínas se agrupam e acabam provocando a morte da célula.

Esse é o aspecto que interessa a AC Immune e a Roche. Estão tentando criar um anticorpo sintético que reconheça essas proteínas para destruí-las.

Esse tratamento foi administrado por quase um ano em pacientes em estado relativamente avançado da doença.

Segundo os dois laboratórios, o declínio de suas capacidades cognitivas, avaliado com o mesmo tipo de teste, foi reduzido quase pela metade, em comparação com os que não receberam o tratamento.

É a primeira vez que se anuncia um resultado positivo para um projeto de tratamento contra a proteína tau, após uma série de fracassos, entre os eles outro projeto da Biogen neste mesmo ano.

"Eu seria muito prudente: existe claramente um lado do marketing, embora seja certo que pode haver algo aí", explica à AFP o neurobiologista Luc Buée, especialista das doenças relacionadas à proteína tau.

É apenas um ensaio clínico precoce, de fase 2, com um número limitado de pacientes. Para confirmar o impacto do tratamento, terá que passar para a próxima fase, potencialmente com milhares de pacientes.

Este especialista lembra que vários projetos que exploraram a pista dos beta-amiloides deram bons resultados na fase 2, mas depois fracassaram na etapa seguinte.

Os resultados do semorinebab são mistos. Os testes cognitivos foram substancialmente melhores nos pacientes que receberam a molécula, mas em seu comportamento do dia a dia, no que é conhecido como declínio funcional, os pacientes não apresentaram melhora.

"É promissor e francamente positivo, mas ainda não cura", explica à AFP a neurobiologista Florence Clavaguera.

Por que essas diferenças nos resultados?

Clavaguera, assim como a AC Immune, tem uma hipótese: o declínio funcional é mais difícil de tratar e poderia apresentar melhorias dentro de vários meses, à medida que o ensaio clínico prossegue.

No entanto, o semorinemab é apenas uma pista para enfrentar o Alzheimer, alertam os especialistas.

"A longo prazo, será preciso combinar os dois tratamentos, um tratamento anti-tau e um tratamento anti-beta (amiloides)", afirma Clavaguera. "Em todos os casos de Alzheimer, ambas as proteínas são patológicas."

De acordo com estudos epidemiológicos, a asfixia perinatal atinge mais de 1,1 milhão de bebês por ano no mundo. Já no Brasil, o número de recém nascidos que sofrem com falta de oxigênio próximo ao momento do parto é de aproximadamente 20 mil. Essa condição ocupa a terceira causa mais recorrente de morte de um feto ou recém-nascido. A organização PBSF – Protecting Brains & Saving Futures (Protegendo Cérebros, Salvando Futuros), liderada por profissionais da saúde, lançou o movimento “Setembro Verde Esperança”, que visa conscientizar a população sobre o número de bebês que correm o risco de viver com sequelas neurológicas.

Além da Sociedade Brasileira de Pediatria, a campanha já conta com o apoio da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e também de equipes internacionais, como as Universidades de Stanford (EUA) e Cambridge (Inglaterra). O projeto conta com o apoio parlamentar, e como forma de incentivo à campanha, entre os dias 24 e 30 de setembro, o Congresso Nacional será iluminado de verde.

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A campanha também tem como objetivo unir instituições apoiadoras no intuito de sensibilizar os setores públicos e privados para que haja políticas que ajudem a tratar o problema com a devida atenção, e assim, reduzir as chances de possíveis sequelas em bebês, como paralisia cerebral, deficiência cognitiva, cegueira ou surdez.

 

 

O filme Jurassic Park (1993) fez o ser humano sonhar com a possibilidade de ressuscitar espécies. Quase três décadas depois, desenvolve-se a biologia sintética: não para trazer dinossauros extintos de volta, mas para exterminar animais nocivos.

O filme de sucesso de Steven Spielberg se passa em uma ilha imaginária na região da Costa Rica.

E será em uma ilha que sua primeira experiência científica poderá ser desenvolvida, talvez na próxima década, afirmam especialistas e ativistas do Congresso Mundial da Natureza.

Um mesmo problema afeta 80% das ilhas do mundo: ratos. Eles infestam plantações, comem ovos de pássaros e colocam os ecossistemas locais em perigo.

Há mais de 25 anos, a organização Island Conservation se dedica à erradicação de espécies invasoras, conta à AFP Royden Saah, representante da organização no congresso de Marselha.

A atividade foi realizada com sucesso em duas das Ilhas Galápagos, North Seymour e a ilhota de Mosquera, usando drones e iscas. A tarefa é, no entanto, cara e incerta, e o uso de raticidas pode causar danos colaterais.

"Deveríamos criar um camundongo geneticamente modificado para que suas futuras gerações sejam exclusivamente masculinas (ou femininas)?", questiona a Island Conservation em sua página na Internet.

Saah coordena uma equipe de pesquisadores - GBIRd(Biocontrole Genético de Roedores Invasivos) - com instituições nos Estados Unidos, na Austrália e na Nova Zelândia.

"Ainda não temos o rato", afirma o cientista conservacionista. Mas, "se não investigarmos, não seremos capazes de conhecer o potencial desta tecnologia?", explica.

Saah destaca que apenas os países interessados poderiam eventualmente aceitar uma experiência em campo.

Há quatro anos, os mais de 1.400 membros da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) pediram à organização que criasse um grupo de trabalho sobre o assunto.

O resultado é uma Carta de Princípios sobre o uso da biologia sintética (que inclui a engenharia genética). Discutido em Marselha, o projeto da Carta reafirma o direito de qualquer Estado de proibir atividades, recorrendo ao "princípio da precaução".

- Incertezas consideráveis -

Todos os participantes dos debates no congresso de Marselha reconheceram, sem exceção, que as incertezas são consideráveis.

"Também tenho medo das aplicações potenciais da biologia sintética", declarou o chefe do grupo de trabalho, Kent Redford, ao apresentar as conclusões do grupo em Marselha.

"Existem riscos ecológicos óbvios e preocupações com as modificações genéticas de espécies silvestres", alerta a geneticista e assessora científica da ONG ProNatura, Ricarda Steinbrecher.

ProNatura e Amigos da Terra são algumas das ONGs que soaram o alarme em Marselha. Para estas instituições, a Carta de Princípios não foi suficientemente debatida.

Entre outras razões, os cientistas nem mesmo concordam com os limites exatos da biologia sintética. Um rato modificado ainda pertence à sua espécie, ou é uma nova criação?

Um dos exemplos propostos pelos cientistas a favor da experimentação é recriar o material de um chifre de rinoceronte, para que esse animal escape da extinção.

Mas "as pessoas querem o produto real. São fantasias", diz Ricarda Steinbrecher.

"Não encontrei nada que impeça uma pesquisa mais aprofundada", insiste Saah.

- Mosquitos com malária no Havaí -

O debate é intenso, mas a situação em alguns lugares é igualmente urgente.

Samuel Gon, consultor científico da Nature Conservancy no Havaí, diz que mal pode esperar. A biologia sintética "não é uma opção. Não chegará a tempo de salvar os pássaros" das ilhas, explicou à AFP.

Das mais de 50 espécies de aves de mel conhecidas no Havaí, há apenas cerca de 15, cinco delas em estado crítico de extinção.

O Havaí não tinha mosquitos, mas, entre os que apareceram, no início do século XIX, alguns carregavam malária.

As autoridades conservacionistas havaianas estão prestes a usar uma técnica conhecida para esterilizar os mosquitos, inoculando-os com uma bactéria, a Wolbachia.

- Sonhos com mamutes -

Além da urgência ecológica, alguns cientistas parecem irresistivelmente atraídos por sonhos maiores.

Há alguns meses, um grupo de pesquisadores afirmou ter alcançado a sequência completa do genoma de um mamute de um milhão de anos.

"Os desafios técnicos para conseguir a sequência confiável do genoma das espécies extintas são imensos", adverte o relatório dos especialistas da UICN.

Steinbrecher é ainda mais assertivo. "Temos que aceitar que algumas espécies foram extintas, por mais difícil que seja. O objetivo principal é preservar o que ainda temos", frisou.

Já na preparação e dado como certo para disputar a presidência da República em 2022, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que o Brasil tem jeito para melhorar e que a população deve manter a esperança. “Se a gente não acreditar que tem jeito, a gente perde a esperança e vai dizer: 'o que vai acontecer com esse país, se ninguém acredita que é possível consertar?’, disse.

O petista lembrou em entrevista ao Diário do Centro do Mundo que na primeira vez que foi eleito, ouvia das pessoas que o Brasil era ingovernável. “Eu lembro que quando ganhei as eleições em 2003, na disputa de 2002 muita gente dizia que o Brasil era ingovernável, porque o Brasil tinha uma dívida externa longa, não tinha dólar para pagar as importações e não tinha sequer reservas, a inflação estava chegando aos 12%”.

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“As pessoas diziam: 'ou Lula, você não vai conseguir governar, o Brasil não tem jeito, o Brasil está quebrado'. Olha o que aconteceu, nós governamos o Brasil e fizemos a maior política de inclusão social que esse país já conheceu em 500 anos”, completou.

Lula aponta que tudo o que fez pelo país foi possível porque os brasileiros compreenderam as necessidades.  

“Nós fizemos porque a sociedade teve a compreensão de que era necessário incluir as pessoas mais pobres no orçamento, de que era necessário fazer política de inclusão para garantir que pessoas de baixo conseguissem subir um degrau na escala social desse país. Foi isso que permitiu que o Brasil crescesse”, pontuou.

A irmã do ator Paulo Gustavo, que está internado na UTI em estado grave devido ao novo coronavírus, publicou uma oração no Instagram, na última quinta-feira (8), pedindo força e esperança para as pessoas que estão doentes.

Ju Amaral escreveu: "Oração de força e esperança aos doentes. Senhor Jesus Cristo, sempre fostes ao encontro dos enfermos com uma palavra de esperança e um gesto de amor. Ao nascer da Virgem Maria, assumistes nossa condição humana e experimentastes a nossa dor. Senhor, nossos doentes necessitam ser curados no corpo e no espírito. Pela fé, sabemos que nenhuma doença é maior do que a vida. Por isso, que todos os doentes, sustentados pelo vosso amor, não deixem que a dor lhes roube o significado da vida. Confortai-os com vosso poder, renovai-lhes o ânimo e a esperança, para que possam superar todos seus males. Abençoai também as pessoas que têm a missão de cuidar dos doentes; que tenham paciência, caridade e compaixão. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém!"

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Por fim, ela disse que amava o irmão, Paulo Gustavo.

No último fim de semana, o violoncelista Yo-Yo Ma, 65 anos, emocionou pacientes e funcionários do centro de vacinação do Berkshire Community College, em Massachusetts (EUA). Após receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19, o músico sentou em uma cadeira para ficar em observação e, depois, tocou por cerca de 15 minutos até receber aplausos do público presente.

Nascido na França, o músico de ascendência chinesa dedicou-se a postar, desde o início da pandemia, performances de Sebastian Bach (1685-1750), Beethoven (1770-1827), entre outras, com as hashtags #songsofcomfort e #songsofhope nas redes sociais.

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Em uma das publicações, Ma escreveu "Nestes tempos de ansiedade, quero continuar compartilhando a música que me conforta". Ele também realizou diversas apresentações em memórias das vítimas do coronavírus e homenageou os profissionais da saúde.

Por Emmanueli Nunes

A sonda "Esperança" dos Emirados Árabes Unidos enviou sua primeira imagem de Marte, alguns dias depois de entrar com sucesso na órbita do planeta vermelho, anunciou a agência espacial nacional neste domingo (14).

"A Missão Marte dos Emirados Árabes Unidos captou a imagem do maior vulcão do sistema solar, Olympus Mons, emergindo à luz do sol na primeira hora da manhã", disse um comunicado.

A imagem foi captada a uma altitude de 24.700 km sobre a superfície marciana na quarta-feira passada, no dia seguinte ao que a sonda se instalou na órbita de Marte, continua o comunicado.

O xeique Mohamed bin Rashid Al-Maktum, primeiro-ministro emirati e governador de Dubai, compartilhou a imagem em cor em um tuíte.

"Primeira imagem de Marte captada pela primeira sonda árabe da história", escreveu junto à foto.

Esta missão foi projetada para descobrir os segredos do clima marciano, mas Emirados também quer que sirva de inspiração para a juventude da região.

"Esperança" se tornou a primeira das três naves espaciais a chegar ao planeta vermelho, depois que China e Estados Unidos lançaram missões em julho, aproveitando um lapso durante o qual a Terra e Marte estão mais perto.

A missão emirati também tem como objetivo comemorar o 50º aniversário da unificação dos sete emirados que compõem a nação.

"Esperança" permanecerá na órbita do planeta vermelho ao menos por um ano marciano, ou seja, 687 dias terrestres, implantando três instrumentos científicos para analisar a atmosfera marciana.

Está prevista para começar a enviar mais informação para a Terra em setembro de 2021, com os dados disponíveis para cientistas de todo o mundo.

A vacina russa Sputnik V tem eficácia de 91,6% contra a covid-19 em suas manifestações sintomáticas - é o que aponta uma análise dos testes clínicos publicada nesta terça-feira (2) pela revista médica The Lancet e validada por especialistas independentes.

O fármaco russo já está sendo administrado na Rússia e em outro países, como Argentina e Argélia.

"O desenvolvimento da vacina Sputnik V foi criticado por sua precipitação, o fato de que pulou etapas e por uma ausência de transparência. Mas os resultados apresentados são claros e o princípio científico desta vacina ficou demonstrado", afirmaram dois especialistas britânicos, os professores Ian Jones e Polly Roy, em um comentário publicado com o estudo.

"Isto significa que uma vacina adicional pode se unir ao combate para reduzir a incidência da covid-19", completam os pesquisadores.

Os primeiros resultados verificados corroboram as afirmações iniciais da Rússia, recebidas com desconfiança no ano passado pela comunidade científica internacional.

A Sputnik V ficaria, assim, entre as vacinas mais eficazes, próxima dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna (quase 95% de eficácia).

Nas últimas semanas, algumas autoridades na Europa solicitaram que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) avaliasse rapidamente a vacina russa.

Os resultados publicados na revista The Lancet procedem da última fase dos testes clínicos, a 3, que reuniu quase 20.000 voluntários.

Como acontece nestes casos, os resultados foram apresentados pela equipe que elaborou a vacina e conduziu os testes, antes de serem submetidos a outros cientistas independentes.

Os dados mostram que a Sputnik V reduz em 91,6% o risco de desenvolver sintomas de covid-19.

Os participantes no teste realizado entre setembro e novembro receberam duas doses, ou um placebo, com três semanas de intervalo.

No total, 16 voluntários dos 14.900 que receberam a vacina foram diagnosticados como casos positivos de covid-19, ou seja, 0,1%, contra 62 dos 4.900 que receberam um placebo (1,3%).

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