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Após dias de fortes chuvas em Gramado, cidade da Serra Gaúcha, um prédio desabou na madrugada desta quinta-feira (23). O edifício estava localizado na Ladeira das Azaleias, em Três Pinheiros, uma área considerada sob risco desde a última semana, após a região ser acometida por rachaduras, em decorrência do volume da água pluvial. A Prefeitura Municipal de Gramado (PMG) havia evacuado todos os moradores da localidade no último domingo (19) e não houve registro de feridos no incidente. A área do desabamento, entre outras isoladas na cidade, seguem sob risco de colapso. 

Os residentes começaram a desocupar suas casas na quarta-feira (15), após notificação municipal. Diversos bairros de Gramado, no momento, apresentam rachaduras e risco de instabilidade no solo. Vias também foram bloqueadas pelo perigo de deslizamentos de terra e quedas de árvore. O Residencial Ana Carolina, que caiu nesta quinta-feira (23) dentro do próprio terreno, fica em cima de um morro e já era considerado condenado. Por causa da instabilidade do solo, segundo a Prefeitura, não foi possível fazer a implosão da edificação sem provocar outros riscos. 

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Segundo a Prefeitura de Gramado, 31 pessoas estão em um abrigo montado no ginásio da Escola Senador Salgado Filho e o restante em casas de familiares e conhecidos. A gestão ressaltou que "a instabilidade do solo segue, e o episódio do colapso é apenas uma das situações de risco". Portanto, o local onde estava o prédio e o bairro Três Pinheiros seguem isolados. 

Nos próximos dias, um relatório será elaborado para direcionar a tomada de decisão do município. Próxima da alta temporada, a cidade, que tem o turismo como maior setor produtivo, pode não conseguir comportar em segurança os turistas gaúchos, nacionais e internacionais que chegam ao município anualmente para o Natal. O residencial fica na encosta do Vale do Quilombo, a cerca de 10 minutos do centro da cidade, e é cercado por pousadas e hotéis de luxo. 

Rachaduras no solo após o desabamento. Foto: Reprodução/PMG

Uma denúncia em vídeo, realizada por parte da equipe de enfermagem do Hospital Getúlio Vargas (HGV), um dos maiores do Recife, tem ganhado repercussão nas redes sociais e sindicais da categoria de saúde. Nas imagens, é possível ver diversas rachaduras, infiltrações e a presença de mofo em diferentes salvas de atendimento da unidade de saúde, especialmente no setor cirúrgico. Uma das áreas chegou a ser coberta por tapumes que, segundo os denunciantes, têm o objetivo de maquiar a situação. 

O vídeo é narrado pelo enfermeiro Fábio Luciano Araújo, do HGV. Outros funcionários participam, mas não falam para a câmera. Nesta sexta-feira (14), o Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (Seepe), através da presidente Ludmila Outtes, denunciou à imprensa a situação da instituição. A coordenadora aponta que, desde 2018, a estrutura passou a apresentar maiores sinais de deterioração.  

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Transcrição da denúncia: 

“Estamos aqui paramentados porque estamos no bloco cirúrgico do Hospital Getúlio Vargas, que é referência em Pernambuco. Mostramos a parte estrutural e notamos que, nos últimos dois meses, aqui em Pernambuco, especificamente em Recife e Paulista, caíram três prédios, deixando o saldo de 20 mortes. Tá aqui a situação, as rachaduras. Isso é precaução para que não aconteça uma catástrofe, para que vidas não sejam perdidas. Está aqui outra parede no bloco cirúrgico, com rachaduras, no Hospital Getúlio Vargas. Colocaram tapumes numa área porque daqui em diante não podemos passar, para não mostrarmos à opinião pública, mas há várias salas com rachaduras maiores do que essas vistas. Isso aqui é uma sala de cirurgia onde ficam dezenas de funcionários, mas principalmente pacientes. Está tudo rachado e com mofo. Essa é a realidade da saúde pública no estado de Pernambuco. Parede com rejunte somente para colar, e isso na entrada do bloco cirúrgico do hospital.” 

Em nota, a Secretaria de Saúde (SES) de Pernambuco informou que a estrutura apresentada nas imagens recentes está “escorada” desde 2017 e que a situação é monitorada há mais de 14 anos. A pasta também afirmou ter informes sobre o assunto e que a governadora Raquel Lyra (PSDB) esteve em Brasília recentemente, em busca de investimentos para uma reforma nas unidades de emergência do estado, incluindo o HGV. Por fim, a SES demonstrou ter controle da situação e fazer o monitoramento do risco, mas sem menções a possíveis desabamentos ou maiores perigos, apesar dos relatos. Confira na íntegra: 

“Em relação às recentes notícias veiculadas sobre a estrutura do Bloco G3 do Hospital Getúlio Vargas (HGV), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) esclarece que a edificação encontra-se escorada desde junho de 2017, não sendo este um fato novo, está ciente da situação e tem trabalhado para viabilizar a realização da obra de recuperação estrutural da unidade. Inclusive, a Governadora do Estado esteve em Brasília em busca de investimentos para a realização de reformas estruturais das unidades de emergências do Estado. 

A estrutura é monitorada há mais de 14 anos, resultando na geração de inúmeros relatórios e notas técnicas que compõem um extenso acervo de informações para acompanhamento da situação e adoção de medidas visando manter a segurança do prédio. 

Desde 2019, a Secretaria de Saúde, em conjunto com a Casa Militar, realiza vistorias regulares para analisar tecnicamente a situação da edificação. Como resultado dessas vistorias, relatórios detalhados são elaborados e disponibilizados ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), garantindo a transparência e o compartilhamento das informações obtidas. 

De posse das informações técnicas, a atual gestão da SES-PE reforça que já possui um projeto de recuperação estrutural, contendo todos os dados necessários para corrigir o problema em questão. Esse projeto está em conformidade com as normas e diretrizes técnicas aplicáveis, e busca assegurar a segurança e a estabilidade do edifício. 

Reiteramos, por fim, o compromisso desta Secretaria em garantir a segurança dos usuários do Hospital Getúlio Vargas, assim como de seus profissionais, e também na adoção de todas as medidas necessárias relativas ao problema.” 

 

Após constatar evolução em rachaduras em cinco blocos de um conjunto residencial no Pinheiro, um dos quatro bairros de Maceió que apresenta fissuras e afundamento desde o ano passado, a Defesa Civil da capital alagoana analisa a possibilidade de demolição dos imóveis. O problema afeta mais de 40 mil pessoas.

"O engenheiro que avaliou as condições dos prédios não descartou a possibilidade de demolição. Mas foi informado que as medidas a serem adotadas serão discutidas pelo órgão municipal e demais órgãos necessários para, então, serem implantadas", informou a gestão municipal, em nota.

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Segundo a prefeitura, uma vistoria realizada pela Defesa Civil na manhã de terça-feira (29) constatou evolução nas rachaduras em cinco blocos do Conjunto Jardim Acácia, que estão isolados desde junho.

"A Defesa Civil de Maceió informa que há avanço nas feições (rachaduras) em alguns pontos dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro, uma vez que o solo continua em movimento", complementa a nota.

Presidente do SOS Pinheiro, associação que reúne moradores afetados pelo problema, o administrador de empresas Geraldo Vasconcelos, de 55 anos, diz que o conjunto foi um dos primeiros a apresentar as rachaduras e que os cinco blocos já foram evacuados.

"A ideia de demolição é muito incipiente, é a primeira vez que falam sobre isso. Tem um engenheiro ligado ao movimento que não identifica a necessidade de demolição", disse. "Poderia ser feito um processo de escoramento."

O conjunto, segundo ele, é formado por 24 prédios e tanto quem já deixou o bairro quanto quem continua morando no local está abalado com a situação.

"O fator emocional é sempre muito forte. As pessoas têm suas raízes sociais no bairro e há muita expectativa sobre o que vai acontecer, mas está tudo parado", afirmou Vasconcelos. "Não sabemos como serão as ações."

Rachaduras

Em fevereiro de 2018, após fortes chuvas, rachaduras começaram a aparecer em dezenas de imóveis do bairro do Pinheiro. Em 3 de março, foi registrado abalo sísmico no local. Em maio deste ano, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou relatório informando que a extração de sal-gema - matéria-prima usada na fabricação de soda cáustica e PVC - feita pela Braskem foi a principal causa para o surgimento de rachaduras não só no Pinheiro, mas em outros dois bairros: Bebedouro e Mutange.

Em nota, de julho de 2019, a Braskem informou que o documento elaborado pelo CPRM apresenta "inconsistências técnicas relevantes e a falta de uma solução definitiva que garanta a segurança aos moradores dos bairros afetados".

Em setembro, também em nota, a empresa disse que "instituições de estudo geológico e especialistas do Brasil e do exterior" apontam "inconsistências de metodologias usadas na elaboração do Relatório Síntese da CPRM".

Já nesta quarta-feira (30), a Braskem informou seguir "empenhada em contribuir com as autoridades na identificação das causas e das soluções e tem cooperado com a adoção das medidas emergenciais necessárias definidas em Termo de Cooperação com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Município de Maceió e CREA-AL (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura)".

A empresa ainda disse reafirmar "seu comprometimento e sua atuação responsável com as pessoas de Alagoas, onde atua há mais de 40 anos".

Auxílio-moradia

Atualmente, segundo a gestão municipal, 2.108 famílias afetadas pelo problema recebem auxílio-moradia. Moradores do Mutange, bairro que apresenta a situação mais grave, devem ser realocados para unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida assim que a transferência for autorizada pelo governo federal.

Em setembro, a prefeitura de Maceió incluiu o bairro do Bom Parto no decreto de calamidade pública declarado após registros de rachaduras e afundamentoS. Segundo moradores, ao menos 300 imóveis apresentavam o problema.

Uma inspeção mundial urgente a todas as aeronaves Boeing 737 NG feita a pedido da agência reguladora americana encontrou rachaduras em 36 aeronaves, inclusive em 11 aviões da Gol Linhas Aéreas.

A Agência de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) recomendou uma inspeção mundial urgente nos modelos Boeing 737 NG. A inspeção detectou rachaduras na estrutura primária que ajuda a fixar a asa na fuselagem em onze aviões da companhia Gol, que suspendeu os voos e declarou que as aeronaves ficarão em terra até que a manutenção seja realizada.

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"A companhia retirou de operação as aeronaves nas quais foram encontrados indícios da necessidade de substituição de um componente especifico, cujas características se apresentaram fora dos padrões estabelecidos pelo fabricante, reportando essas ocorrências à FAA e à Boeing, de forma coordenada com a Agência Nacional de Aviação Civil [Anac]. Essas aeronaves permanecerão inoperantes até o cumprimento da manutenção", afirmou a Gol.

Nos Estados unidos, a companhia Southwest Airlines encontrou 2 aeronaves danificadas e tomou medidas similares.

"A Boeing lamenta o impacto que essa questão terá tanto na Gol, quanto nos nossos demais clientes ao redor do mundo", declarou a montadora norte-americana.

"Nós estamos trabalhando em parceria com os nossos clientes para lidar com os resultados das inspeções, para fazer a manutenção e planos de substituição, assim como fornecer todo o suporte técnico necessário para retornar as aeronaves a operação de maneira segura assim que possível".

O modelo Boeing 737 NG

O modelo "Next Generation" da Boeing é um dos mais antigos e populares modelos da montadora norte-americana, com centenas de jatos operando em todo o mundo.

As inspeções recomendadas pela FAA inspecionaram 686 aeronaves que, juntas, já realizaram mais de 35.000 voos. Falhas foram encontradas em 5% dos aviões, que apresentaram rachaduras estruturais em um componente que ajuda a manter a asa e tem papel relevante na sustentação do peso da aeronave.

"Essa condição poderia ter impactos adversos na estrutura integral e resultar na perda de controle da aeronave", declarou a agência reguladora.

A Boeing segue implicada nos problemas envolvendo o seu modelo mais recente, o 737 Max, cujas falhas no sistema de controle de voo levaram a três acidentes, sendo dois fatais, somente no ano passado. O modelo 737 MAX é o sucessor do 737 "Next Generation". Companhias aéreas ao redor do mundo deixaram de operar suas aeronaves modelo 737 Max.

Da Sputnik Brasil

A extração de sal-gema - matéria-prima utilizada na fabricação de soda cáustica e PVC - feita pela Braskem foi a principal causa para o surgimento de rachaduras no bairro do Pinheiro, em Maceió, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 8 pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

O problema, que ficou mais evidente a partir de 3 de março de 2018, quando foi registrado um abalo sísmico no local, afeta ainda os bairros de Bebedouro e Mutange. Neste, é ainda mais grave, segundo o assessor de Hidrologia e Gestão Territorial do CPRM, Thales Queiroz Sampaio, responsável pela apresentação do laudo em audiência pública ocorrida em Maceió nesta manhã.

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Ele informou que foram detectadas evidências de desabamento parcial em profundidade na área em duas das 35 minas de exploração de sal-gema. "Infelizmente, há ausência de dados em 27 delas", disse Sampaio.

O relatório concluiu que a extração de sal-gema provocou a reativação de estruturas geológicas antigas, com o consequente afundamento do terreno e trinca no solo e edificações em parte dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro. "Os danos na superfície foram agravados pelos efeitos erosivos provocados pelo aumento da infiltração da água das chuvas", destaca Sampaio.

Ela diz que o processo erosivo é acelerado pela existência de áreas de alagamento e a falta de uma rede de drenagem pluvial e de saneamento básico adequados. O resultado do laudo provocou gritos de "fora Braskem" no auditório, ocupado por políticos, autoridades, imprensa e moradores dos bairros afetados.

Depois do resultado, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB) informou que acionará a Procuradoria Geral do Município para ingressar com ações judiciais contra a Braskem para ressarcir o município e os moradores dos bairros afetados.

Já o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, informou que vai ratificar o pedido de bloqueio de R$ 6,7 bilhões da Braskem, feito na Justiça no início de abril. Feito em parceria com a Defensoria Pública do Estado, o pedido tinha como finalidade garantir reparos por danos morais e materiais aos moradores nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange - que tiveram decreto de calamidade pública reconhecido pela prefeitura de Maceió. Na época, a Justiça de Alagoas acatou em parte a ação, bloqueando R$ 100 milhões da petroquímica.

A 5 km da audiência, alguns moradores do Pinheiro acompanharam a audiência por um telão montado na praça central do bairro. O professor Eduardo Jorge Ramos de Araújo, de 46 anos, preferiu assistir à audiência em casa. "(O resultado) foi o que já esperávamos", lamentou. "Agora, queremos saber como fica a situação dos moradores que continuam no bairro."

Para os técnicos do CPRM, a situação é preocupante por causa das chuvas de inverno. Sampaio recomendou que os moradores deixem o bairro e informou que, na próxima semana, técnicos do governo federal devem chegar a Maceió para discutir soluções para os moradores.

Ministério Público pede suspensão das atividades de mineração

 

O Ministério Público do Estado de Alagoas e a Defensoria Pública do Estado enviaram um ofício nesta quarta-feira, 8, ao governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), pedindo a suspensão da eficácia da licença ambiental de operação, concedida pelo Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA) à Braskem.

O pedido é relativo aos poços 32, 33, 34 e 35 de extração da sal-gema ainda em funcionamento e de outros que estejam em atividade na área lagunar, nos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro - afetados pelas fissuras.

Outro lado

A Braskem tomou conhecimento hoje de relatório apresentado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) sobre o fenômeno geológico ocorrido em Maceió. O Ministério Público Estadual (MPE) e a Defensoria Pública de Alagoas acusam as operações da empresa de estarem entre os potenciais motivos para o aparecimento de rachaduras e crateras em residências em Maceió.

Segundo a empresa, o relatório indica que haveria uma "desestabilização das cavidades provenientes da extração de sal-gema criando uma situação dinâmica com reativação das estruturas geológicas preexistentes, subsidência e deformações em parte dos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro e uma instabilidade do bairro Pinheiro agravada pelos efeitos erosivos provocados pelo aumento de infiltração da água da chuva em plano de fraturas preexistentes em solo extremamente erodível, acelerados pela falta de uma rede de drenagem pluvial efetiva e de saneamento básico adequado dentre outros".

A Braskem afirma que está colaborando com as autoridades na identificação das causas, com apoio de especialistas independentes, e comprometida na implementação das soluções.

A companhia analisará os resultados apresentados bem como as medidas cabíveis a respeito do assunto.

O MP e a defensoria, em ação judicial, pedem o bloqueio de R$ 6,7 bilhões da empresa, para potenciais indenizações à população afetada pelo fenômeno geológico ocorrido nos arredores da área de extração de sal-gema, em Maceió.

Em maio de 2013, os moradores do Residencial Eldorado, no Arruda, zona norte do Recife, acordaram com rachaduras na estrutura do prédio e a possibilidade de desabamento. Nesta quinta-feira (11), quase quatro anos depois, acontece o julgamento sobre o caso às 14h, no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE). Cerca de R$ 23 milhões devem ser pagos às 224 famílias que ficaram desabrigadas na época. 

O caso começou com as falhas na estrutura do prédio, percebidas pelos moradores na manhã do dia 24 de maio de 2013. Acionadas as autoridades, o bloco foi imediatamente evacuado, como forma de precaução. Antes do ocorrido, a última vistoria realizada nos 16 blocos do conjunto havia sido em 2007. O residencial, que contava com 16 blocos e 224 apartamentos, teve que ser desocupado no prazo de 15 dias - e os moradores, que não possuíam auxílio moradia, de uma hora para a outra precisaram arcar com a busca por uma nova casa contra sua vontade. 

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O Ministério Público, que responsabilizou a Caixa pela falha na estrutura, entrou com uma ação judicial em favor dos moradores.

 

Quase metade dos imóveis destinados ao público mais carente do Minha Casa Minha Vida, construídos entre 2011 e 2014, apresentam algum problema ou incompatibilidade em relação ao projeto. Fiscalização do Ministério da Transparência identificou falhas em 48,9% dos imóveis da faixa 1 do programa de habitação, que contempla famílias que ganham até R$ 1,8 mil. De um total de 688 empreendimentos, foram identificadas falhas de execução em 336, que concentram quase 93 mil unidades.

Os principais problemas são trincas e fissuras (30,8%), infiltração (29%), vazamentos (17,6%) e cobertura (12,3%). Os problemas não são excludentes, ou seja, um mesmo imóvel pode ter mais de uma determinada situação. A grande maioria dos problemas identificados está relacionada com falhas ou deficiências dos ambientes por causa da incidência de água.

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Subsídio

Na faixa 1 do MCMV, a União praticamente dá a casa para a família - os subsídios alcançam mais de 90% do valor do imóvel. O Ministério da Transparência - antiga CGU - selecionou uma amostra de 203 empreendimentos da faixa 1 do programa (com total de 54.657 unidades habitacionais), em 20 Estados, com investimentos de R$ 2,2 bilhões.

Essa amostra permitiu fazer uma análise do total de 688 empreendimentos (189.763 unidades habitacionais), quase a metade do total de conjuntos habitacionais do programa, com 95% de nível de confiança. Ao todo, a União desembolsou R$ 8,3 bilhões. na construção desses empreendimentos.

A auditoria também identificou que quatro de cada dez empreendimentos não seguiram totalmente as especificações dos projetos (264 de 688). Os principais problemas dos condomínios estão relacionados à pavimentação e à falta de "equipamentos comunitários", como escolas, postos de saúde e calçadas inapropriadas. Há também falhas na rede de drenagem e na rede de esgotamento sanitário.

Os beneficiários reclamam principalmente de alagamento em períodos de chuva e de mau funcionamento da iluminação externa. Mesmo assim, a maioria entrevistada declarou estar satisfeita com o imóvel e o empreendimento.

Perigo

Dos 195 empreendimentos fiscalizados in loco pela auditoria, em 20 foram encontradas falhas classificadas como graves, que comprometem as condições de uso e segurança do imóvel ou da infraestrutura do empreendimento. É o caso de condomínios de Aparecida de Goiânia (GO), Águas Lindas de Goiás (GO), Teresina (PI), Lages (SC), Porto Seguro (BA), Juiz de Fora (MG), Palmas (TO), Rio Banco (AC), Ourinhos (SP), São Bento do Sul (SC), Tangará da Serra (MT), Caeté (MG), Luiz Correia (PI), Igarapé (MG) e União dos Palmares (AL).

Pela gravidade, os problemas foram comunicados à Caixa e ao Ministério das Cidades e continuam sendo monitorados pela controladoria do ministério. Mesmo assim, segundo o ministério, as falhas continuam em 13 dos 20 condomínios.

Em nota, o Ministério das Cidades disse que o órgão de controle deu prazo de 180 dias para que as recomendações relativas à resolução de falhas construtivas fossem implementadas. "As resoluções vêm sendo tratadas entre o ministério e a Caixa", diz o texto.

O banco, por sua vez, afirmou, também em nota, que o programa está em constante aprimoramento e que já está tratando as medidas citadas no relatório. No caso das falhas nas obras, segundo a Caixa, a construtora fica impedida de efetuar novas operações habitacionais com o banco até que o problema seja sanado.

A Caixa também cita o Programa de Olho na Qualidade, por meio do qual o beneficiário pode acionar o banco quando houver problemas no imóvel. Automaticamente, a instituição cobra providências dos responsáveis diretos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Interdição imediata do Hospital das Clínicas (HC). Esta é a exigência dos profissionais da unidade de saúde ligados ao Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco (Sintufepe). Nesta terça-feira (17), integrantes dos profissionais se reuniram em assembleia, no térreo do Hospital, para distribuir o dossiê denominado “Crônica de uma Morte Anunciada”. 

“Aguardamos providências. Até agora, a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) não se manifestou quanto ao dossiê, que encaminhamos nesta segunda. A reitoria da UFPE também não se posicionou”, afirmou o diretor do Sintufepe, Everaldo Araújo. O sindicalista mostrou ao LeiaJá algumas falhas estruturais no interior do HC.

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Numa sala de laboratório, rachaduras são visíveis nas paredes do espaço. Segundo Everaldo, as infiltrações são constantes no prédio do Hospital das Clínicas. Nesta terça (17), antes da assembleia, uma placa do teto caiu por conta do acúmulo de água e em vários pontos é perceptível ver o desnível no concreto. 

Animais peçonhentos, como cobras e ratos, costumam ser encontrados em enfermarias e salas de atendimento ao público, segundo relatos dos profissionais da unidade. Em determinado corredor do HC, era possível ver uma quantidade relevante de lixo acumulado no chão, além do mau cheiro em determinados ambientes de trabalho. 

Os trabalhadores encaminharam o dossiê para diversos órgãos, como Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Regional de Medicina e para a direção do HC e reitoria da UFPE. Até o momento, segundo Everaldo Araújo, não há protestos em rua previstos pelo movimento. 

A sede da Câmara Municipal de Vereadores de Vitória de Santo Antão foi interditado, nesta quarta (5). Após queda de reboco na parte interna, além do surgimento de várias rachaduras, o antigo casarão foi vistoriado pelo engenheiro civil Altino Andrade; o laudo confirmou o risco de desmoronamento. A sessão ordinária que aconteceria nesta quinta (6) foi suspensa. 

De acordo com o presidente da Câmara, o vereador Edmo Neves (PMN), a pauta administrativa da casa segue em funcionamento, no anexo do prédio (que acabou de passar por reformas estruturais). “O plenário é que vai ser transferido para o auditório do Instituto Histórico da cidade. O projeto para as obras de reparo no casarão já está em andamento”, informou. 

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Praças em frente à Câmara estão passando por reformas, segundo Neves. A intervenção de máquinas no solo pode ter impulsionado os problemas estruturais no casarão, localizado no bairro do Livramento. Questionado sobre um prazo para início das obras emergenciais na sede, o presidente da Câmara dos Vereadores afirmou que “imediatamente devem iniciar as obras de sustentação. No máximo, após fazer todo o procedimento de licitação, as obras devem começar em março”. 

Apesar da prefeitura do Recife ter dito que haveriam vários caminhões disponíveis para as famílias que vão desocupar o Residencial Eldorado, apenas uma programou a mudança para a manhã desta sexta-feira (31). Não há agendamento prévio dos moradores que queiram levar os pertences para outro local no período da tarde. A medida está sendo realizada pela Defesa Civil depois da decisão de todos terem que desocupar o residencial nesta quinta (30).

A família de Vanice Carneiro, do bloco F3, foi a primeira a deixar o Eldorado.“Já alugamos um apartamento em um bairro próximo daqui por R$ 1.200, o mais barato que conseguimos e os móveis estão indo pra lá nessa mudança. É difícil, mas é melhor prevenir do que depois acontecer um acidente com nós mesmos. Ainda estou abalada, afinal de contas isso desestabiliza qualquer pessoa”, lamenta a moradora.

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Assistentes sociais e psicólogos realizam o cadastramento do pessoal que precise de um caminhão para se mudar até o próximo dia 14. “A procura ainda é pequena porque muitas pessoas ainda não têm para onde ir. Segundo os moradores, o aluguel das casas aqui na área está caro depois do ocorrido. O maior problema é esse. Até agora, 20 famílias estão cadastradas das 192 no total”, relata Janaína Pedrosa, assistente social da Defesa Civil.

A equipe do órgão estará no salão de festas do residencial das 9h até as 16h30, todos os dias, fazendo o agendamento. Neste sábado (1°), três famílias devem sair dos apartamentos, de acordo com o agendamento prévio. O laudo final deve sair no dia 10 de junho.

Os prédios dos blocos A1 e A2 do Conjunto Residencial Eldorado, localizado na Rua da Regeneração, no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, devem ser demolidos nos próximos dias. A informação foi confirma pelo secretário-executivo de Defesa Civil do Recife (Sedec), coronel Adalberto Freitas, nesta sexta-feira (24).

De acordo com o secretário, os prédios estão em total colapso e há risco iminente de desmoronamento. Por esse motivo, as 16 famílias do bloco A2 não puderam entrar nos imóveis para retirar nem mesmo itens pessoais.

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Através de nota, a Secretaria-Executiva de Defesa Civil informou que interditou os blocos A1 e A2 devido o risco iminente de desabamento do imóvel.

“As famílias dos 32 apartamentos, sendo 16 em cada bloco, foram encaminhadas para a casa de parentes, tendo sido necessária a desocupação imediata do bloco A1. Já os moradores do bloco A2 puderam retirar os pertences essenciais enquanto a área foi isolada. 

A medida tomada pela Defesa Civil se baseou nas estruturas comprometidas e rachaduras que foram observadas no bloco A1, além do histórico do residencial, que consta com uma vistoria laboratorial realizada pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), em 2008, mostrando o grau de risco do edifício classificado como muito alto. 

Durante a tarde de hoje, os analistas da Defesa Civil vão dar continuidade às vistorias nos demais blocos do Conjunto Residencial Eldorado que, ao todo, possui 14 blocos”.

Com informações da assessoria

 

Os moradores do bloco A1, do Residencial Eldorado, localizado no bairro do Arruda, na Zona Norte do Recife, foram acordados com pânico e desespero nesta sexta-feira (24). Por volta das 7h30 algumas pessoas ouviram estalos e, por isso, acionaram a Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir). Técnicos do órgão realizaram vistoria no edifício e identificaram várias rachaduras.

“A estrutura do prédio está bastante danificada e possivelmente isso tenha acontecido porque ao longo dos anos muitas paredes dos apartamentos foram retiradas. Há risco de desabamento, pois a estrutura está toda comprometida”, explicou Elaine Holanda, gestora de analise e risco tecnológico. Devido ao risco, o bloco A2 foi desocupado por prevenção.

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De acordo com a gestora, o conjunto residencial foi construído em 1990 e possui 14 blocos, com 16 apartamentos. Os prédios são do tipo caixão. Os moradores tiveram que ser retirados dos imóveis com urgência e não conseguiram retirar, nem mesmo, itens pessoais e documentos. “A prioridade é retirar as famílias destes dois blocos e depois agendar vistoria nos outros”, afirmou Holanda.

As pessoas saíram apenas com a roupa do corpo. A vendedora Vânia Bastos, de 45 anos, conta que estava tomando banho quando ouvi o barulho e muitos vizinhos gritando desesperados. “Eu não posso nem entrar na minha própria casa para retirar as coisas que tem lá dentro. Moro há 12 anos aqui e eu estou muito triste. Nunca pensei que ia passar por isso”, desabafou a moradora que agora vai precisar ir para a casa da mãe.

Franklin Reis da Silva, 37, mora com a esposa e a filha, 11, há 14 anos no conjunto residência. Segundo ele, os moradores nunca foram informados de vistoria no local. “É uma coisa que deixa a gente extremamente abalado e de mãos atadas. Na hora que aconteceu o fato eu estava no trabalho e minha esposa me ligou desesperada. Agora eu vou para casa de parentes só com a roupa do corpo”, contou. 

Conforme Holanda, foi feita uma vistoria nos prédios caixão do Recife, em 2007, e o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP) encaminhou o relatório aos moradores desses prédios para que eles fizessem as manutenções recomendadas. “Talvez os procedimentos não tenham sido feito e isso pode ter ocasionado as rachaduras”. 

Coordenadores da Defesa Civil estão no entorno dos prédios cadastrando os moradores. Três viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Pernambuco (CBMPE) também estão no local. Somente os moradores do bloco A2 poderão entrar nos apartamentos para retirar seus pertences. 

Com informações de Pollyanne Brito

 

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Um prédio que apresentou rachaduras na estrutura precisou ser evacuado na manhã desta sexta-feira (24). O edifício fica localizado na Rua da Regeneração, no bairro do Arruda, Zona Norte da Recife.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Pernambuco (CBMPE), homens da corporação estão no local para isolar a área. Os moradores estão sendo retirados de seus apartamentos.

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Mais informações em instantes

Após a ordem de desocupação dos 32 apartamentos do edifício Emílio Santos, situado em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, por causa do risco de desabamento, alguns moradores ainda permanecem nos blocos. A Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secom) compareceu ao local, na tarde desta terça-feira (21), para notificar os moradores que resistem à saída. 

“Por causa da permanência deles, a regional vai fazer o processo administrativo para encaminhar a Secretaria e Procuradoria do Município pedindo a desocupação desses imóveis”, explicou a Chefe da 6ª Gerencia regional da Secom, Luciana Amorim. Segundo ela, desde 2008 já havia um laudo que foi entregue apontando um risco no local, pedindo a recuperação desses prédios. 

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“As reformas que os moradores fizeram por conta própria só serviram como paliativos. É muito mais fácil mascarar a situação do que de fato encarar uma recuperação”, enfatizou Luciana Amorim.  Na última quinta-feira (16), a primeira recomendação foi feita depois de uma vistoria que determinou a desocupação do bloco C do edifício que apresenta grandes rachaduras internas e externas. Já os moradores dos outros dois blocos tiveram 15 dias para sair.

A aposentada e moradora do bloco B, Maria Garoto Sampaio, de 58 anos, desmente a afirmação do síndico que relatou que os moradores não estavam querendo sair do local. “Ninguém resistiu, isso é balela dele. A nossa demora, tanto minha quanto as dos outros moradores é porque fomos pegos de surpresa e tivemos pouco tempo para encontrar outro lugar para morar”, explicou. 

 

Dona Maria ainda está procurando um imóvel e pretende sair de do edifico o mais rápido possível. “Eu não vou duvidar o que os agentes estão dizendo, até porque eles não vão dizer algo que não está acontecendo, só que é muito difícil ver um imóvel que é seu e assumir a perda”, desabafou.  Os moradores dos prédios-caixão ainda têm 10 dias para desocupar as suas casas. 

Um incêndio atingiu um apartamento no bairro do Ipsep e comprometeu um quarto do imóvel destruindo todos os móveis do local. A residência fica localizada no Conjunto Residencial Chico City, na avenida Jean Emile Favre, 126.

O Corpo de Bombeiros (CB) registrou o ocorrido às 2h49. De acordo com o CB, ninguém ficou ferido e o imóvel precisou ser interditado por apresentar rachaduras. A Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) foi chamada pelos bombeiros para avaliar a estrutura da residência.

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