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A declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que os servidores públicos são como "parasitas" do Orçamento, repercutiu mal entre parlamentares e atraiu críticas públicas até de políticos que apoiam o governo. A fala de Guedes foi feita nesta sexta-feira, 7, em palestra no Rio de Janeiro.

O deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) foi ao Twitter dizer que ele e seu partido são "favoráveis à reforma administrativa, mas o ministro Paulo Guedes não pode chamar todos os servidores públicos de 'parasitas'". "Não é por aí", advertiu o parlamentar. "Há bons e maus em todo lugar, até mesmo na equipe do Guedes. Ou ele acha que está tudo indo muito bem, obrigado?", tuitou o político.

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Outro parlamentar apoiador das pautas do governo, o senador Major Olimpio (PSL-SP) disse no Twitter que o ministro da Economia "quer matar a vaca para acabar com o carrapato" e ressaltou que "parasita é uma expressão ingrata e irresponsável para se referir àqueles que na ponta da linha prestam serviços para a população".

O senador tem os policiais militares paulistas como sua base eleitoral.

Já a oposição subiu o tom nas críticas a Guedes. Talíria Petrone (PSOL-RJ) perguntou a seus seguidores se seria adequado chamar o ministro de "verme". Correligionário de Talíria, Ivan Valente (SP) disse que Guedes "sempre foi banqueiro, símbolo maior dos que vivem da agiotagem legalizada que suga metade do Orçamento da União", em referência ao custo da dívida interna.

Após o ministro da Economia, Paulo Guedes, classificar servidores públicos como "parasitas", a pasta divulgou nota afirmando que o ministro "reconhece a qualidade do servidor público". O comunicado alega ainda que a imprensa "retirou de contexto" a declaração.

Em evento nesta sexta-feira, 7, no Rio, Guedes defendia a aprovação da reforma administrativa para fazer com que mais recursos possam ser direcionados a áreas essenciais quando começou a falar sobre o custo da folha de pagamento.

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"O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo. O cara (funcionário público) virou um parasita e o dinheiro não está chegando no povo", disse o ministro na manhã desta sexta-feira, sob aplausos da plateia.

A declaração repercutiu mal. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, disse que o sindicato estuda recorrer à Justiça contra o "assédio institucional".

No Twitter, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas compartilhou incrédulo a notícia sobre a comparação do ministro Paulo Guedes. "Não pode ser verdade...", escreveu.

Após a repercussão negativa, o Ministério da Economia decidiu divulgar uma nota dizendo que, "após reconhecer a elevada qualidade do quadro de servidores, o ministro Paulo Guedes, analisou situações específicas de Estados e municípios que têm o Orçamento comprometido com a folha de pagamento".

No comunicado oficial, Guedes se justifica dizendo que citava governos com despesas acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para gastos com pessoal. "Nessa situação extrema, não sobram recursos para gastos essenciais em áreas fundamentais como saúde, educação e saneamento", diz a nota.

"O ministro argumentou que o País não pode mais continuar com políticas antigas de reajustes sistemáticos. Isso faz com que os recursos dos pagadores de impostos sejam usados para manter a máquina pública em vez de servir à população: o principal motivo da existência do serviço público", acrescenta o comunicado.

A nota diz ainda que Guedes "defendeu uma reforma administrativa que corrija distorções sem tirar direitos constitucionais dos atuais servidores". "O ministro lamenta profundamente que sua fala tenha sido retirada de contexto pela imprensa, desviando o foco do que é realmente importante no momento: transformar o Estado brasileiro para prestar melhores serviços ao cidadão", afirma.

Polêmicas

Essa não é a primeira vez que o ministro precisa dar explicações sobre declarações polêmicas. No ano passado, ele disse em evento em Fortaleza (CE) que a mulher do presidente francês Emmanuel Macron "é feia mesmo", corroborando uma fala do presidente Jair Bolsonaro nesse sentido. Após o episódio, o Ministério divulgou nota dizendo se tratar de uma "brincadeira" e pediu desculpas.

No início deste ano, Guedes disse no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que "o grande inimigo do meio ambiente é a pobreza". A declaração também foi mal recebida.

O governo brasileiro está quebrado porque gasta 90% da sua receita com o funcionalismo público, classificado como "parasita" pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que considera urgente a aprovação da reforma administrativa ainda este ano, para que o dinheiro deixe de ser carimbado e chegue onde realmente faz falta.

"O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo. O cara funcionário público virou um parasita e o dinheiro não está chegando no povo", disse Guedes na manhã desta sexta-feira, 7, sendo muito aplaudido durante palestra no seminário Pacto Federativo, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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Segundo ele, os funcionários públicos querem aumento automático, enquanto "80% da população brasileira é a favor inclusive de demissão do funcionário publico, estão muito na frente da gente", completou.

Continuando a defesa da reforma administrativa, que ainda encontra resistência no Congresso Nacional, Guedes deu como exemplo os Estados Unidos, que ficam "quatro, cinco anos sem ajustar o salário do funcionalismo" e quando concedem o aumento teriam o reconhecimento público. "Aqui o cara é obrigado a dar e ainda leva xingamento", afirmou.

De acordo com Guedes, a reforma administrativa deve chegar ao Congresso na próxima semana e vai resolver o problema do dinheiro carimbado no Brasil.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 30, durante evento do Centro de Liderança Pública (CLP) que o foco do governo agora, após atacar os gastos com Previdência e com o pagamento de juros, será a reforma administrativa.

Guedes ponderou, contudo, que não consegue garantir o que é politicamente viável de ser aprovado. Ele lembrou que as instituições políticas não querem atingir direitos dos funcionários ativos. "Nossa reforma administrativa vai, mas com restrições políticas. Se não é possível politicamente aplicar a quem está hoje, coloca um filtro para os próximos", disse, completando que, se a reforma não for feita rapidamente, em um ou dois anos o servidor terá que perder a estabilidade.

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"Uma coisa é a economia, que tem que estar próxima da verdade. Agora, o que é possível fazer politicamente é outro departamento e eu confio nas instituições brasileiras desde o início", destacou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira, 29, que espera que o governo encaminhe a reforma administrativa já na próxima semana e que acredita que o projeto tem condições de ser aprovado. "Da forma como o governo pretende encaminhar, não vejo muitos obstáculos", disse o parlamentar, no encerramento de evento do Credit Suisse, em São Paulo.

Maia, que participa de bate-papo com o presidente do banco, José Olympio, disse, contudo, que não entende por que o governo ainda não mandou o projeto de reforma administrativa. Disse ainda que espera que o poder Judiciário participe dessa discussão, para evitar conflito jurídicos à frente.

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Antes de iniciar sua participação no evento, Maia foi anunciado como o "líder das reformas no Brasil" pelo presidente do conselho de administração do Credit Suisse, Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central (BC).

A proposta de reforma administrativa que será enviada pelo governo ao Congresso vai atacar a concessão dos chamados "penduricalhos" e deve acabar com o reajuste de salários retroativos, uma prática ainda comum no serviço público brasileiro. A proposta atingirá as regras dos servidores da União, dos Estados e dos municípios. Na lista dos penduricalhos que serão proibidos estão as promoções e progressões exclusivamente por tempo de serviço.

O governo vai propor ainda a vedação das aposentadorias como forma de punição. Hoje, quando algum servidor público comete uma infração disciplinar, recebe uma "aposentadoria compulsória", com vencimentos proporcionais. Com a reforma, o servidor será desligado sem remuneração. A medida é considerada moralizante pela equipe econômica.

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Penduricalhos são auxílios ou vantagens que acabam turbinando os salários dos servidores. Alguns desses penduricalhos já não existem mais no serviço público federal, mas muitos permanecem, sobretudo nos Estados e nas grandes capitais, pressionando gastos não só com servidores ativos, mas também com aposentados. Há locais no Brasil em que servidores fazem uma espécie de "rodízio" nos cargos de comissão para poderem ter um valor maior a incorporar na aposentadoria.

Pelos dados do Ministério da Economia, 11 Estados já gastam com pessoal mais que o limite de 60% da Receita Corrente Líquida (RCL) permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O governo mira, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o que considera como "excessos" de vantagens que beneficiam carreiras de servidores. A PEC também vai uniformizar férias de 30 dias para todos os servidores públicos brasileiros. Não estão incluídos na reforma juízes, procuradores e parlamentares. Eles vão ficar fora do alcance das medidas da reforma administrativa num primeiro momento. Só o Parlamento pode disciplinar mudanças para essas categorias.

Concursos

Com a proposta de reforma administrativa do governo, os concursos deixam de ser a porta de entrada definitiva para o serviço público. Quem passar em concurso só será efetivado como servidor público depois de um período trabalhando. Nessa fase, ele será avaliado para a aptidão ao cargo. O prazo para avaliação ainda está sendo definido entre dois e três anos. Nada muda na prova técnica do concurso.

Hoje, quem passa no concurso e se torna servidor efetivo faz antes um estágio probatório, no qual apenas 0,2% são desligados. Os demais 99,8% dos servidores que fazem o atual estágio probatório permanecem como servidor.

Para a área econômica, esse ponto é central na reforma administrativa e constará na PEC. O diagnóstico é que há servidores que passam na prova técnica, mas não estão aptos para o cargo.

O governo decidiu enviar a proposta de reforma em fases. Além da PEC, haverá projetos de leis e decretos. As mudanças nas carreiras e salários iniciais não devem fazer parte da PEC.

O secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, já antecipou, em entrevista recente, que a PEC será enviada em fevereiro. Ele tem dito que a expectativa do governo é que todas as normas sejam aprovadas e implementadas até 2022.

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro adiou o envio da proposta, pedindo um texto mais "suave". O presidente determinou três pontos centrais que não poderão estar no texto: quebra da estabilidade, alteração dos vencimentos ou mudança nas vagas que existem para os servidores atuais. Ou seja, não haverá proposta de demissão para os servidores que trabalham hoje. Porém, o governo vai propor a restrição da estabilidade dos novos servidores.

O governo fez estudos comparativos com os modelos adotados em países como Reino Unido, Estados Unidos, México, Canadá Portugal, Austrália e Colômbia. O governo considera que existe uma janela de oportunidade para melhorar a gestão do RH do serviço público nos próximos anos: até 2024, 21% dos servidores vão se aposentar.

"O gasto com pessoal precisará ser contido fortemente na presença do teto de gastos ou mesmo em um cenário de aprovação da chamada PEC Emergencial (proposta no Congresso para conter uma parte das despesas públicas). Daí a urgência de se avançar na agenda da reforma do Estado", diz o diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto.

A IFI publicou, no fim de 2019, a primeira parte de um estudo sobre a reforma para subsidiar os parlamentares. A segunda parte já está no forno. 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (27), que está estudando a reforma administrativa apresentada a ele pelo ministro Paulo Guedes e propôs alterações que estão sendo atendidas.

"Estudamos, propusemos algumas alterações e não é porque eu sou presidente, não, mas elas estão sendo atendidas", disse, bem-humorado. Questionado sobre os detalhes e prioridades, respondeu que não iria adiantar as informações. "Como pode mudar, não quero que vocês falem que eu recuei", afirmou.

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O presidente manteve a cautela ao falar do tema e comentou que o mais importante nesse debate é a "guerra da informação". As declarações foram dadas à imprensa após discurso para cerca de 450 empresários e autoridades indianas em um hotel em Nova Délhi, onde o presidente está em missão oficial desde sexta-feira (24).

No domingo, dia 26, Bolsonaro comentou que era preciso aproveitar o tempo para aprovar as reformas tributária e administrativa e indicou que poderia enviá-las juntas ao Congresso Nacional.

"A reforma administrativa está praticamente pronta, falta só conversar a última palavra com o Paulo Guedes. A tributária é importante também. E tem que aproveitar, né? Porque tem eleições municipais e a partir de junho", disse.

Desde sexta-feira, Bolsonaro já assinou 15 acordos comerciais, visitou o memorial do líder pacifista Mahatma Gandhi e, a convite do primeiro-ministro Narendra Modi, participou do Dia da República da Índia.

O mandatário também se reuniu em visitas de Estado com integrantes do governo indiano no fim de semana. Nesta segunda, participou do seminário pela manhã e finaliza a agenda com uma visita ao Taj Mahal, localizado a cerca de 200 quilômetros de Nova Délhi.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, 26, que é preciso aproveitar o tempo para aprovar as reformas tributária e a administrativa e indicou que pode enviá-las juntas ao Congresso Nacional. "A reforma administrativa está praticamente pronta, falta só conversar a última palavra com o Paulo Guedes. A tributária é importante também. E tem que aproveitar, né, porque tem eleições municipais e a partir de junho...", comentou o presidente após chegar ao hotel em Nova Délhi onde está hospedado com a delegação que o acompanha na missão à Índia.

Perguntado se enviaria as duas reformas juntas após o fim do recesso - no início de fevereiro -, Bolsonaro respondeu que "pode ser". "Não tem problema nenhum." O presidente também criticou a complexidade da carga tributária no País. "Fiquei 28 anos dentro da Câmara e nunca chegou uma reforma tributária até o final porque não atende o Estado, o município ou a União. Não atendendo nenhum dos três, como ninguém quer perder nada, acaba todo mundo perdendo muito e o Brasil continua nesse cipoal tributário que dificulta produzir, empregar e encarece exportar", comentou.

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Em sua fala, o presidente reafirmou a necessidade de reduzir os impostos e destacou que Estados e municípios têm autonomia e independência para alterar alguns impostos. "Não culpe só a mim".

Quando questionado sobre possíveis mudanças, ele respondeu com uma comparação automobilística. "Eu não entendo nada de economia. Contratei um Posto Ipiranga. Não vou contratar o Nelson Piquet para trabalhar comigo, botar do lado e eu dirigir o carro", afirmou em referência ao ministro Paulo Guedes.

Bolsonaro também repetiu o discurso de que é preciso defender o empregador no Brasil e promover a desburocratização. "Se não defender o empregador não tem emprego pra ninguém", afirmou. "Quem quer ser patrão? Tem que ser herói ou faltar um parafuso na cabeça dele. (Então) Tem que fazer o máximo possível para facilitar a vida de quem quer empreender", afirmou.

Bolsonaro está na Índia desde sexta-feira, onde assinou 15 acordos bilaterais, visitou o memorial do líder pacifista Mahatma Gandhi, conheceu um bazar turístico e participou como convidado de honra do primeiro-ministro Narendra Modi do Dia da República. A agenda termina nesta segunda com um encontro com empresários e uma visita ao monumento Taj Mahal.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que o governo está trabalhando com o avanço das reformas administrativa e tributária, além da aceleração do processo de privatização, e fixou: "serão apreciadas em 2020".

Em entrevista à rádio CBN, Waldery afirmou que o governo estuda uma contenção da renúncia tributária em incentivos - que soma R$ 326 bilhões em 90 itens. "Temos uma obrigação legal de estudar uma redução", afirmou. Segundo Waldery, a determinação é para que se reduza os gastos com subsídios de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2%.

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O secretário ainda insistiu que "o governo não trabalha com aumento da carga tributária". Sobre a isenção de energia para templos religiosos, uma ideia do presidente Jair Bolsonaro, disse: "toda renúncia tributária tem custo à população". E completou: "teremos que compensar em outro segmento".

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira (6) que a proposta de reforma administrativa deve ser encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional em fevereiro. Bolsonaro voltou a afirmar que o projeto não mexerá na estabilidade de servidores atuais, mas pode alterar regras sobre novos funcionários do serviço público.

"A gente não pode apresentar um projeto neste sentido (que altera regras sobre estabilidade de servidores atuais) porque muita gente vai dizer que está quebrando a estabilidade de 12 milhões de servidores. A gente não quer esse impacto negativo na sociedade, né, que seria mais um fake news, uma mentira, mas que pode ter reflexos negativos para o Brasil como um todo", disse o presidente, em frente ao Palácio da Alvorada.

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Bolsonaro voltou a afirmar que tem de balancear interesses do Ministério da Economia com os dele. "As visões minhas, de vocês, diferem de alguma coisa, entre a minha e da Economia diferem. Eles têm os números, nós temos a política, temos o social, tem o ser humano. A gente busca uma conta de chegada e trabalhar a informação", declarou.

Reforma tributária

Bolsonaro afirmou que a reforma tributária será prioridade após a administrativa. Ele disse que deseja mudar regras sobre impostos de importação. "Já pedi estudos. Vou cobrar do Tostes de novo, que é o chefe da Receita. Temos que diminuir imposto de importação", disse.

O presidente usou o imposto sobre material de pesca como exemplo a ser alterado. "Qual o país (da América do Sul) que mais importa material de pesca? Paraguai. Acho que o Paraguai não tem mar, né, eu acho. Qual o país que mais consome material de pesca? O Brasil. Por quê? Imposto de importação", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (3) que não há prazo para o envio da reforma administrativa ao Congresso Nacional. Bolsonaro disse que ainda falta um "polimento" final na proposta. A expectativa é que o texto avance em uma nova reunião com sua equipe de governo nos próximos dias. Uma das preocupações do Planalto é tratar o tema com mais sensibilidade. Bolsonaro afirmou que assunto não pode estar limitado a números porque esbarra na situação de pessoas que compõem o serviço público no país.

“Vamos discutir o assunto novamente, para dar polimento nela [na reforma], em uma reunião de ministros, acho que dia 19 agora. Queremos uma reforma administrativa que não cause nada de abrupto na sociedade. Não dá para a gente consertar calça velha com remendo de aço. Alguma coisa será remendo, outra será reforma”, disse o presidente nesta manhã.

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Segundo Bolsonaro, os ajustes finais vão unificar o que pretende a equipe econômica e o que ele quer, na condição de governante. “Acho que já amadureceu o que a equipe econômica quer. Às vezes a equipe econômica tem algum problema de entendimento conosco porque eles veem números e a gente vê número e pessoas”, disse o presidente.

“A reforma administrativa tem que ser dessa maneira. Não vai atingir 12 milhões de servidores. A reforma é daqui para a frente. Mas como essa mensagem vai chegar junto aos servidores? Temos de trabalhar primeiro a informação para depois nós chegarmos a uma decisão”, acrescentou.

Fundo Eleitoral

Perguntado sobre o Fundo Eleitoral, Bolsonaro ressaltou que se trata de uma decisão de 2017, prevista em lei. Ele afirmou ser "escravo da Constituição" e disse que, como presidente, tem que executar as leis e buscar hamonia entre os Poderes. “O valor [do Fundo Eleitoral] tem de estar de acordo com a legislação, e assim o fez o TSE. Não vi ninguém ser contra o Fundão em 2017. A imprensa inclusive apoiou dizendo que ia acabar com a interferência da iniciativa privada [nas eleições]”, disse.

Na quinta-feira (2), ele já havia se comprometido a cumprir o previsto na Constituição, em especial no Artigo 85, que enumera quais atos do presidente podem ser classificados como crimes de responsabilidade, ao atentar contra a Carta Magna. Entre eles estão os atos contra a Lei Orçamentária e contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação.

Bolsonaro disse que, como presidente, tem poder limitado e não pode fazer o que bem entender. “Tenho balizas. Fiz juramento de respeitar a Constituição. Sou apenas executor da Constituição e das leis”, concluiu.

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou como um erro o atraso por parte do governo do encaminhamento da reforma administrativa do Executivo. O presidente Jair Bolsonaro adiou para o ano que vem o envio da proposta ao Congresso.

Para Maia, a economia vai continuar crescendo pouco se o estado brasileiro não for reorganizado.

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“Um erro que não se justifica, do meu ponto de vista, porque todos nós sabemos que o estado é fundamental, que o estado tem um papel regulador e de redução de desigualdades no Brasil. Esse estado que vivemos hoje concentra riqueza na mão de todos. A reforma administrativa para os novos servidores vem mudar essa equação”, criticou Maia.

Ele minimizou o crescimento da economia, cujos dados foram divulgados nesta terça-feira (3) pelo IBGE. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,6% no 3º trimestre, na comparação com o 2º trimestre, puxado pelo consumo das famílias e pelo investimento privado.

“Acho que a economia está crescendo, lentamente, e vai ser lento enquanto não tirar o peso do custo do estado de cima da sociedade, enquanto o a gente não aprovar a reforma tributária, administrativa, enquanto não tiver um marco legal para saneamento, para a lei de concessões, uma nova lei de recuperação judicial para garantir o direito dos credores e investimentos”, destacou o presidente.

Saneamento Básico

Rodrigo Maia afirmou que a prioridade da Casa neste momento é a votação do novo marco legal do saneamento do País. O texto está pronto para ser votado pelo Plenário. Maia destacou que é importante manter o diálogo para que a proposta tenha votos suficientes para ser aprovada.

“A minha prioridade é o saneamento, temos que ter conforto para aprovar um projeto que vai ao encontro do sonho de 100 milhões de brasileiros que não têm rede de esgoto hoje. Estou construindo acordo, para saber a situação em cada bancada, há maioria tranquila”, disse.

Segunda instância

Em relação à proposta de emenda à Constituição que prevê a prisão após o julgamento em segunda instância, Maia informou que a comissão especial será instalada nesta quarta-feira (4) e que cabe ao relator (a ser escolhido) o prazo de tramitação da proposta no colegiado.

Ele reafirmou que é importante que o Congresso aprove um texto que tenha segurança jurídica para não vir a ser derrubado pelo Supremo Tribunal Federal no futuro,  por vício de inconstitucionalidade.

“Se for para jogar para galera e aprovar qualquer coisa, e depois o Supremo vai derrubar, a gente pode fazer cena. E vai continuar esse ciclo de insegurança. Acho que o papel do Congresso é ter coragem é falar às pessoas o que, do nosso ponto de vista, é o melhor encaminhamento para resolver de forma definitiva”, afirmou o presidente.

*Da Agência Senado Notícias 

O projeto de reforma administrativa da administração pública federal só será encaminhado ao Congresso Nacional no ano que vem, informou nessa terça-feira (26) o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, em coletiva de imprensa. Segundo ele, alguns pontos da proposta devem ser analisados pelo presidente Jair Bolsonaro.

"O presidente solicitou ao Ministério da Economia que aprofundasse alguns detalhes da proposta encaminhada pelo ministério à apreciação do senhor chefe do Executivo, para então deliberar sobre o envio dessa proposta ao Congresso Nacional. Nós temos como uma linha temporal enviarmos a proposta de reforma administrativa no início do ano que vem", afirmou.

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Estabilidade

De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que está alinhavando a proposta de reforma administrativa para apresentar ao presidente, os futuros servidores públicos não teriam mais estabilidade automática no cargo. A ideia seria definir um tempo para atingir a estabilidade, de acordo com cada carreira.

Além disso, outro objetivo da medida seria reduzir o número de carreiras de cerca de 300 para algo em torno de 20 e que os salários para quem entrar na carreira pública passem a ser menores do que são atualmente.

Otávio Rêgo Barros disse que a decisão de deixar a reforma administrativa para 2020 também leva em conta aspectos políticos. "Claro que na análise e no timing da elevação dessas propostas ao Congresso, dentre outros aspectos, os aspectos políticos são envolvidos".

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar do governo o envio da proposta de reforma administrativa. Segundo ele, o problema do estado brasileiro está na concentração de recursos, de impostos e de transferências.

“A gente não vai resolver o problema apenas criticando o discurso do ex-presidente Lula, propondo que alguém pode falar de AI-5, acho que a gente tem que dar soluções permanentes", disse o presidente da Câmara referindo-se à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a possibilidade de implantação de um novo AI-5 em casos de protestos de ruas contra o governo. Lula teria estimulado essas manifestações.

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"Onde está o problema do estado? Está na concentração de recursos, de impostos e transferências, na elite da sociedade brasileira, do setor público e do setor privado. Temos que ter coragem de enfrentar esse debate”, afirmou Maia.

Segundo ele, todas as reformas apresentadas buscam reduzir desigualdades e privilégios, tanto do setor público quanto do setor privado.

“É importante que o governo possa encaminhar [a reforma administrativa]. Vamos fazer o debate com calma, vamos trazer todos para esse debate, já que o objetivo de todos é recuperar a capacidade de investimento do estado brasileiro”, cobrou.

Reforma tributária

Rodrigo Maia também defendeu prioridade para a aprovação da reforma tributária. De acordo com o presidente da Câmara, a ideia é criar um sistema mais eficiente e com menos distorções. Ele também destacou que a unificação de impostos de bens e serviços tem consenso entre a maioria dos municípios e dos estados.

“Um imposto único vai garantir uma modernidade, um sistema tributário moderno e mais eficiente para tributar as famílias e as empresas”, disse o presidente.

Saneamento

Questionado sobre a possibilidade de o Executivo encaminhar ao Congresso uma nova medida provisória com um marco legal para o saneamento básico, Maia afirmou que, se fosse o presidente do Congresso, neste caso, devolveria a MP.

Isso porque, neste ano, uma MP sobre o assunto já perdeu a validade sem ser votada no Congresso. Deputados discordaram de mudanças feitas no texto original da MP 868/18 e decidiram deixar a proposta perder a validade e discutir o assunto na forma de projeto de lei

Maia lembrou que já existe um texto pronto para ser votado no Plenário sobre o tema (Projeto de Lei 3261/19).

“Se eu fosse o presidente Davi eu devolvia, porque essa [MP 868] já caducou e estamos finalizando a discussão de um projeto de lei aqui, então, não faz sentido”, criticou.

* Da Agência Câmara Notícias

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nessa sexta-feira (22) que, no final, a reforma administrativa preparada pela equipe econômica deverá ficar mesmo para 2020, conforme decisão do presidente Jair Bolsonaro.

"Como eu disse na terça-feira, realmente acreditava que a reforma seria encaminhada ao Congresso ainda nesta semana ou na próxima e que conseguiria convencer o presidente a acelerar o processo", disse Guedes. "Mas o presidente achou melhor dar um respiro para o Congresso e deixar para enviar a reforma administrativa no começo do ano que vem".

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Segundo Guedes, como o governo já conseguiu aprovar uma reforma da Previdência robusta, que deverá permitir uma economia de quase R$ 1 trilhão em dez anos, enviou o pacto federativo ao Congresso e provavelmente deverá encaminhar a reforma tributária na semana que vem, a avaliação do presidente foi de que "o ano está ganho".

Na terça-feira, o ministro afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que havia sido "mal compreendido" quando falou que a reforma administrativa não iria "tão cedo" ao Congresso, numa entrevista coletiva realizada no dia anterior em Brasília. Guedes disse que estava respondendo à pergunta de um repórter que queria saber se a reforma administrativa seria enviada "hoje (segunda-feira) ou amanhã (terça-feira)".

Mais suave

No início da semana, ao dizer que reforma "vai aparecer por aí, mas vai demorar um pouco", Bolsonaro já havia sinalizado que ela poderia ser adiada. Isso acabou por reforçar a percepção de que a declaração de Guedes na coletiva estava em linha com o pensamento do presidente.

Bolsonaro também disse que a reforma "será a mais suave possível", sugerindo que o governo poderá ceder às pressões dos servidores, "desidratando" a proposta e preservando privilégios que o projeto original do Ministério da Economia pretendia reduzir. No final de outubro, durante viagem à Ásia, Bolsonaro já havia pedido à equipe econômica para preservar a estabilidade dos atuais servidores, um dos pontos mais relevantes da proposta inicial.

Antes mesmo de ser enviada ao Congresso, a reforma administrativa está sendo "bombardeada" pela elite do funcionalismo, composta por integrantes das carreiras de Estado que reúnem mais de 200 mil funcionários da União, dos Estados e dos municípios, com o objetivo de derrubar vários pontos da proposta antecipada no início de outubro pelo Estado.

Além de garantir a estabilidade para quem já faz parte do quadro de servidores, as lideranças do funcionalismo pretendem manter também o benefício para novos contratados e são contra a redução dos salários iniciais, o congelamento das progressões de carreira e o corte temporário de até 25% na jornada e nos vencimentos, para cumprimento do limite de gastos com pessoal definido pela legislação.

'Efeito Chile'

Segundo a reportagem apurou, o presidente também estaria preocupado com o cenário político na América Latina e uma possível repetição no Brasil dos violentos protestos registrados no Chile e na Colômbia. Logo após sair da prisão, o ex-presidente Lula afirmou que o Brasil deveria "seguir o exemplo" do Chile e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já deu sinais de que o partido e seus aliados podem deflagrar manifestações contra o governo. Como o PT tem grande influência no funcionalismo, Bolsonaro entende que convém "não colocar gasolina na fogueira" agora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (19) ao jornal O Estado de S. Paulo que deverá enviar a reforma administrativa ao Congresso ainda em novembro.

"Não sei se vamos conseguir, mas queremos mandar ainda nesta semana ou na próxima", afirmou. "O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fica nos cobrando o tempo todo, 'Quando é que vocês vão enviar a reforma administrativa?, quando é que vocês vão enviar a reforma administrativa?', e a gente quer encaminhar isso o mais rápido possível."

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Sobre sua afirmação de que a reforma administrativa não seria encaminhada "tão cedo" ao Legislativo, feita durante uma entrevista coletiva realizada na segunda-feira (18) em Brasília, da qual participava também o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Guedes disse que houve "um mal-entendido".

"A gente estava falando com os jornalistas sobre a liberação de verbas do Orçamento e depois de um tempo pediu licença para sair, porque tinha de ir para outra reunião", afirmou. "Aí alguém perguntou se a gente iria tratar da reforma administrativa e o Onyx respondeu que sim. Logo em seguida, outro jornalista perguntou se a reforma administrativa seria enviada para o Congresso hoje ou amanhã e eu falei que não seria 'tão cedo'. O pessoal entendeu que isso significava que a reforma ficaria para o ano que vem, mas não foi isso que eu quis dizer. Quando eu disse que não seria enviada tão cedo ao Congresso estava me referindo a hoje ou amanhã."

Segundo o ministro, apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter declarado que a reforma administrativa será "a mais suave possível", ele acabará apoiando sua proposta. "Acho que vai apoiar. Ele sempre apoia", afirmou. "Foi assim também com o pacto federativo e a Previdência."

Na segunda-feira, Bolsonaro disse que o texto "vai aparecer aí, mas vai demorar um pouco". Como o jornal O Estado de S. Paulo noticiou, a elite do funcionalismo público, composta por carreiras do Ministério Público, Banco Central, Receita Federal, entre outras, trabalha para barrar a iniciativa do Executivo de reformar o RH do Estado.

Até 2022, fim do governo Jair Bolsonaro, cerca de 26% dos funcionários públicos vão se aposentar. Esse quadro é considerado uma janela de oportunidade para emplacar as mudanças para a equipe econômica.

Sem decisão

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse na terça-feira que a reforma administrativa pode ficar para o ano que vem. "Mas não tem nenhuma decisão tomada sobre isso."

Bezerra disse que o presidente Jair Bolsonaro pediu para avaliar "todos os pontos da reforma". "Acredito que devemos ter nos próximos dias a matéria completa, reavaliada, avaliada, para se definir a data de encaminhamento", disse.

O senador disse que "o que está pegando" e trava a reforma é que há muitos assuntos para ser deliberados no Congresso. "Está se fazendo uma avaliação de natureza mais política. O presidente está ouvindo, sobretudo, suas lideranças no Congresso Nacional sobre a oportunidade de envio da reforma administrativa ainda neste ano", declarou. / COLABORARAM MATEUS VARGAS e LIGIA FORMENTI

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira, 18, que a reforma administrativa "não sai tão cedo". Ele foi questionado por jornalistas, durante apresentação, no Palácio do Planalto, sobre se o governo vai enviar o texto com a reformulação do RH do Estado ao Congresso esta semana depois do anúncio do desbloqueio total do Orçamento.

Mais cedo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que a reforma administrativa "está no forno", mas não confirmou se a proposta será enviada ainda neste ano ao Congresso Nacional. "Para que tanta pressa?", questionou o presidente.

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A proposta altera regras sobre a estabilidade de futuros servidores e deve prever redução dos salários iniciais. Bolsonaro já prometeu mandar o texto ao Legislativo na semana retrasada e passada, mas, no domingo, 17, disse que o texto "vai aparecer aí, mas vai demorar um pouco".

Como o jornal O Estado de S. Paulo noticiou, a elite do funcionalismo público trabalha para barrar a iniciativa do Executivo.

O presidente disse ainda que "é lógico" que aguarda o melhor cenário para liberar o texto. "Tenho de mandar para lá para ter menos atrito possível. É só isso", disse.

Bolsonaro comentou sobre a reforma após cerimônia da equipe de segurança do Palácio do Planalto.

Até 2022, fim do governo Jair Bolsonaro, cerca de 26% dos funcionários públicos vão se aposentar. Esse quadro é considerado uma janela de oportunidade para emplacar a reconfiguração do RH do Estado.

O tema mais sensível é o fim da estabilidade. A avaliação dos servidores é de que a quebra de estabilidade, com a possibilidade de contratação via Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) nos primeiros dez anos, vai abrir caminho para a perseguição política dos servidores que incomodarem o governo de plantão.

Hoje, umas das formas de demissão no serviço público se dá no chamado estágio probatório, nos três primeiros anos da contratação. Para a equipe econômica, porém, as avaliações nesse período precisam ser reformuladas para filtrar apenas os "bons" servidores. Nos últimos quatro anos, apenas 0,3% dos servidores que ingressaram foram exonerados nesse período.

Pela proposta da equipe econômica, a estabilidade seria garantida para os servidores das carreiras de Estado. Os demais seriam contratados pela CLT. Mas a definição das carreiras deverá ser discutida em regulamentação da PEC, segundo sinalizou integrantes do governo para os sindicalistas.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira (18) que a proposta do governo para a reforma administrativa "está no forno", mas não confirmou se ela será enviada ainda neste ano ao Congresso Nacional. "Para que tanta pressa?", questionou o presidente.

A proposta altera regras sobre a estabilidade de futuros servidores e deve prever redução dos salários iniciais.

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Bolsonaro já prometeu mandar o texto ao Legislativo na semana retrasada e passada, mas, no domingo, disse que o texto "vai aparecer aí, mas vai demorar um pouco".

Como o jornal O Estado de S. Paulo noticiou, a elite do funcionalismo público trabalha para barrar a iniciativa do Executivo.

O presidente disse, ainda nesta segunda que "é lógico" que aguarda o melhor cenário para liberar o texto. "Tenho de mandar para lá para ter menos atrito possível. É só isso", afirmou.

Bolsonaro comentou sobre a reforma após cerimônia voltada para a equipe de segurança do Palácio do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta segunda-feira, 11, que a reforma administrativa deve ser enviada pelo governo ao Congresso na próxima semana. Havia expectativa que o texto chegasse ao Legislativo nesta terça, 12, como o próprio presidente informou na última semana.

No último dia 7, Bolsonaro disse que o texto devia ser enviado com a "menor quantidade possível de arestas". O texto deve alterar regras sobre a estabilidade de novos servidores públicos. "A política tem de estar casada. Não sou dono de uma empresa. Estou no comando de um país, que tem que ver a questão social, na economia, tem que ver um montão de coisa", disse o presidente naquela data.

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A reforma administrativa faz parte de um pacote de medidas econômicas que o Executivo pretende enviar ao Congresso. Na última semana, Bolsonaro apresentou medidas que tratam do pacto federativo. O governo deve ainda enviar um texto com mudanças na legislação trabalhista, disse na última semana o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira.

Reforma da Previdência

Bolsonaro disse nesta segunda, 11, que ainda não sabe se irá nesta terça, 12, em cerimônia no Congresso para a promulgação da PEC da reforma da Previdência.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse que o governo deverá apresentar a reforma administrativa apenas na próxima semana.

Ele afirmou ainda que o governo espera que todas as propostas enviadas, incluindo a reforma administrativa, sejam aprovadas até o fim do primeiro semestre do ano que vem. Para a PEC Emergencial, os líderes do governo vão trabalhar para a aprovação até o fim deste ano. "A PEC Emergencial pode abrir espaço para investimento já no próximo ano", completou.

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Bezerra informou que a relatoria das PECs será decidida nesta tarde, pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Questionado sobre se os senadores apresentaram resistências em relação aos projetos, o senador citou a fusão de pequenos municípios como um ponto que vem sendo "comentado". "O governo definiu que cada município tem que ter pelo menos 10% de arrecadação própria", completou.

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