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Na última sexta-feira (20), o LeiaJá publicou uma reportagem relatando a situação de brasileiros que estão “presos” em Cabo Verde, na África, devido ao cancelamento de seus voos pela empresa aérea. Em nota enviada à nossa reportagem nesta terça (24), a Cabo Verde Airlines justificou que todos os voos comerciais foram proibidos pelo governo local e que a responsabilidade pela volta dos turistas seria agora do governo brasileiro.

“A Cabo Verde Airlines suspendeu a sua operação a partir de 18 de março de 2020 e por um período de 30 dias, na sequência da decisão do Governo de Cabo Verde de proibir voos comerciais de Portugal, outros países europeus com Covid-19 e dos EUA, Brasil, Senegal e Nigéria”, diz a nota.

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Uma questão deixou dúvidas, já que um trecho da determinação do governo “excetua desta decisão voos de carga e de cidadãos em regresso de férias ou em serviço em Cabo Verde aos países de origem”. No entanto, segundo a Cabo Verde Airlines, estão autorizados apenas vôos de repatriamento “que têm de ser determinados pelas entidades governamentais dos próprios países”.

A Cabo Verde Airlines afirma ainda que “já expressou a sua disponibilidade para operar voos de repatriamentos” e “tem estado em contato com a Embaixada do Brasil em Cabo Verde, recomendando o contato com o Governo de Cabo Verde para que estes voos de repatriamento sejam possíveis”.

Ainda segundo a empresa, “ainda não foram estipulados voos de repatriamento para o Brasil”.

Confira a nota enviada pela companhia, na íntegra:

"Ao abrigo da Lei 13.188/2015 sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social, e respondendo à notícia publicada pelo jornalista Renato Feitosa, a Cabo Verde Airlines vem esclarecer o seguinte:

A Cabo Verde Airlines suspendeu a sua operação a partir de 18 de março de 2020 e por um período de 30 dias, na sequência da decisão do Governo de Cabo Verde de proibir voos comerciais de Portugal, outros países europeus com Covid-19 e dos EUA, Brasil, Senegal e Nigéria.

O Governo de Cabo Verde excetua desta decisão voos de carga e de cidadãos em regresso de férias ou em serviço em Cabo Verde aos países de origem.

A Cabo Verde Airlines lamenta a situação do grupo de 80 cidadãos brasileiros no Sal à espera de um voo de repatriamento.

Dada a proibição de voos comerciais de/para Cabo Verde de/para os países mencionados, os voos de repatriamento são da responsabilidade dos governos dos respetivos cidadãos, que poderão requerer estes voos de repatriamento a companhias aéreas terceiras.

A Cabo Verde Airlines já expressou a sua disponibilidade para operar voos de repatriamentos de forma a apoiar cidadãos no regresso aos seus países de origem.

A Cabo Verde Airlines não omitiu informação do jornalista Renato Feitosa, fornecendo-lhe inclusivamente o link para a decisão do Governo de Cabo Verde de banir conexões de voo com o país.

A Cabo Verde Airlines lamenta o tratamento dado pelo jornalista às respostas dadas às pelo VP para Sales & Marketing da CVA, Raul Andrade, e reforça, mais uma vez, a sua vontade de ajudar cidadãos estrangeiros a voltar aos seus países de origem.

A Cabo Verde Airlines lamenta que o jornalista não tenhareferido, conforme referido pelo VP para Sales & Marketing da CVA, Raul Andrade, em resposta às questões do jornalista, que a companhia aérea tem estado em contacto com a Embaixada do Brasil em Cabo Verde, recomendando o contacto com o Governo de Cabo Verde para que estes voos de repatriamento sejam possíveis.

A Cabo Verde Airlines lamenta que o jornalista não tenha referido, conforme referido pelo VP para Sales & Marketing da CVA, Raul Andrade, em resposta às questões do jornalista, que a companhia aérea mostrou disponibilidade para realizar voos humanitários, de repatriamento e de carga e outros voos especiais."

Já está na conta do Tesouro Nacional o valor de US$ 19.419.496,73 (cerca de R$ 77,4 milhões) - que havia sido depositado pelo ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos na Suíça. A comunicação do repatriamento foi feita pela Coordenação de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça à procuradora regional da República, Maria Luiza Carvalho, que atuou no caso e que exerce a função de coordenadora do Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria Regional da República da 3ª Região (NCC-PRR3). Os recursos serão aplicados de acordo com a Lei de Lavagem de Dinheiro.

Rocha Mattos foi acusado de ser o mentor de uma organização criminosa que negociava decisões judiciais, desmantelada na Operação Anaconda. Deflagrada em 2003, Anaconda resultou em várias ações penais propostas pelo Ministério Público Federal (MPF). A Justiça Federal de São Paulo reconheceu que o ex-juiz participou de quadrilha voltada à prevaricação, corrupção, fraude processual, tráfico de influência, peculato e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes. Em 2012, transitou em julgado, ou seja, sem possibilidade de recurso, a condenação de Rocha Mattos por corrupção passiva. Ele perdeu a toga.

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Em abril de 2015, a Justiça Federal condenou Rocha Mattos a 17 anos, cinco meses e dez dias de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O Ministério Público Federal descobriu movimentações que totalizaram US$ 19,4 milhões em uma conta no banco suíço BNP Paribas, vinculada a Rocha Mattos e a sua ex-mulher Norma Regina Emílio Cunha. As remessas de dinheiro foram feitas sem conhecimento do Fisco nem autorização. Diante da falta de comprovação sobre a origem dos recursos, o juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, autor da sentença de condenação de Rocha Mattos e de Norma, destacou existirem provas suficientes de que "os réus cometeram a lavagem de ativos ao enviarem as quantias para o exterior".

Paralelamente à ação judicial no Brasil, as autoridades suíças, com base nas informações enviadas pelo MPF sobre os processos penais, concluíram que o dinheiro depositado na Suíça pelo ex-juiz era proveniente essencialmente de atos de corrupção no Brasil, o que levou ao confisco daquela quantia.

Um acordo negociado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério da Justiça com as autoridades suíças permitiu o repatriamento do dinheiro. A negociação com a Suíça foi feita pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça e pela Secretaria de Cooperação Internacional (SCI) da PGR.

Para o repatriamento, as autoridades suíças consideraram o pedido de cooperação formulado pelo Brasil, a cooperação prestada pelo Brasil àquele país para a instrução de procedimento de lavagem de dinheiro lá instaurado contra o ex-juiz, o trânsito em julgado de condenação de Rocha Mattos por corrupção passiva e o reconhecimento de que o ex-juiz e sua ex-mulher participaram de quadrilha "voltada à prática de incontáveis crimes contra a administração pública brasileira".

Onze pássaros que foram resgatados em Pernambuco irão retornar ao habitat de origem. O repatriamento, como é denominada a ação, será realizado na manhã desta quarta-feira (30).

Entre as aves apreendidas estão seis coleirinhos, um pintassilgo, um tico-tico-rei, uma araponga (também conhecido popularmente como ferreiro) e dois pixoxós, espécie ameaçada de extinção, principalmente, por causa da captura para engaiolamento, devido ao seu belo canto.

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Os animais serão encaminhados na noite desta terça-feira (29) para o Aeroporto Internacional dos Guararapes. Em caixas de transporte de animais silvestres seguem para São Paulo, onde serão recebidos pela Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre do Departamento de Parques e áreas verdes (Depave).

De acordo com o chefe do setor de fiscalização de fauna da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Gleydson Castelo Branco, “essas espécies não são naturais de Pernambuco e só chegaram ao estado através do tráfico de animais”.

O analista ambiental lembrou que comercializar animais silvestres sem a devida autorização é crime ambiental. “Quem for flagrado com este animal, além da apreensão do bicho, poderá sofrer multa de R$ 500, se o animal não for ameaçado de extinção, ou de  R$ 5 mil, se constar na lista de espécies ameaçados de extinção”, alertou. A pessoa também pode ser multada na esfera penal e pegar detenção de seis meses a um ano.

Com informações da assessoria

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A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) apresentou, nesta sexta-feira (24), o repatriamento do camaronês Ondobo Happy Wilfredm, de 31 anos, encontrado clandestinamente em um navio graneleiro que descarregaria carga no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Não é a primeira vez que o estrangeiro viaja para um país ilegalmente, tendo sido repatriado já três vezes pelo Brasil e duas vezes pela Argentina.

O camaronês havia sido encontrado no navio MV Bulk Patagonia, de bandeira panamenha, desde o dia 26 de junho deste ano, mas só foi repatriado pelos policiais federais na terça-feira (21). Segundo a PF-PE, Ondobo havia subido na embarcação no dia 19 de junho através das cordas que prendiam o navio no Porto de Duala, na República dos Camarões. Quando o clandestino foi encontrado, o navio navegava próximo ao Porto de San Lorenzo. A legislação orienta que o estrangeiro deve ser deixado no porto mais próximo, mas ele teve seu desembarque negado na Argentina, Argélia e na Espanha. 

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Durante a espera pelas formalizações legais para a repatriação, o clandestino permaneceu sob fiscalização na cabine do navio, sendo entregue em seguida às autoridades de imigração federal no dia 6 de outubro. Todas as despesas com alimentação e hospedagem foram arcadas pela empresa responsável pelo navio.

Em seu depoimento, Ondobo informou que tinha o intuito de desembarcar em portos europeus para tentar melhores condições de vida e conseguir trabalho. De acordo com a PF-PE, o camaronês disse ainda que vive fugindo do seu país por ter matado um cachorro no país e por ser homossexual, sofrendo bastante perseguição. Ele foi escoltado por policiais militares e tem previsão de chegada ao Aeroporto de Duala, em Camarões, às 21h desta sexta-feira (24).

Com informações da assessoria

O Brasil conseguiu recuperar, desde 2008, cerca de R$ 40 milhões em ativos ilegais que estavam no exterior, em paraísos fiscais. A maior parte desse montante provém de desvios de recursos públicos e de lavagem de dinheiro.

O balanço foi apresentado nesta quinta-feira, 25, pelo Secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, durante a cerimônia de lançamento do livro "Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro: 10 Anos de Organização do Estado Brasileiro Contra o Crime Organizado, no Ministério da Justiça.

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De acordo com Abrão, há ainda outros R$ 300 milhões bloqueados no exterior aguardando os trâmites legais para serem repatriados. Os recursos se concentram, sobretudo, na Suíça, mas também estão nos Estados Unidos, Ilhas Jersey e América Central, segundo Abrão.

O repatriamento, mesmo que digital, de espécies da flora nativa levadas ao exterior nos últimos 300 anos permitirá a cientistas estudar vegetais praticamente desaparecidos das matas. As amostras integram os acervos de instituições científicas de renome global, como o Museu Nacional de História Natural, de Paris, e o Kew Gardens, de Londres. Elas foram para a Europa na bagagem de integrantes de missões estrangeiras que percorreram o Brasil entre os séculos 17 e 20.

O cálculo de integrantes do programa Plantas do Brasil: Resgate Histórico e Herbário Virtual para Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira - Reflora é que, só nas coleções dos herbários dos museus parisienses e londrinos, há cerca de 540 mil amostras de exemplares da flora brasileira, cientificamente chamadas de exsicatas.

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Criado em 2010 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o programa prevê investimentos de R$ 21 milhões. O dinheiro virá de agências de fomento federais e estaduais, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e de empresas privadas, como a mineradora Vale e a Natura.

As informações dos acervos europeus serão incorporadas, em até três anos, ao herbário virtual do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que tem perto de 44 mil registros de espécies. As primeiras já poderão ser consultadas a partir do meio deste ano.

Segundo o diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, trazer as imagens ao Brasil, além de enriquecer e dinamizar o herbário do Jardim Botânico, estimulará a pesquisa, já que os estudiosos hoje não têm acesso a imagens de plantas que quase não são encontradas mais no País. "Outra ideia é conhecer como era nossa biodiversidade antes da perda de vegetação de áreas degradadas", disse Beirão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil identificou e conseguiu bloquear nos últimos anos R$ 500 milhões que organizações criminosas enviaram para paraísos fiscais, mas só repatriou R$ 2 milhões - 0,4% do total. A revelação é do delegado Roberto Troncon, superintendente da Polícia Federal em São Paulo. "Para repatriar, o caminho é longo", afirmou.

"Por meio de uma investigação de lavagem de ativos, você pode pedir aos países o bloqueio administrativo, mas para repatriar precisa de uma sentença condenatória irrecorrível, o que leva anos", disse Troncon.

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Ele falou sobre as dificuldades do País em recuperar ativos desviados ao comentar o Projeto de Lei 3.443, que endurece o combate à lavagem de capitais - recurso geralmente adotado por grupos que lesam o Tesouro em licitações dirigidas e peculato.

O policial que dirige a maior e mais importante unidade da PF alerta para o que chama de "economias subterrâneas". "O combate à lavagem também deve passar pelo cerco às economias subterrâneas. Elas criam distorções e concorrência desleal entre o criminoso e quem atual legalmente no mercado. A criminalização da lavagem de ativos não visa somente a punir uma ação posterior do crime anterior, mas também evitar o surgimento de uma economia subterrânea."

Avanços - O projeto passou na Câmara e seguiu para revisão do Senado. Provoca debates tensos, críticas e elogios. Troncon vê avanços no texto. Por exemplo, não recrimina o fato de a pena máxima para quem lava dinheiro ilícito ter caído de 18 anos, como propôs o Senado, para 10 anos, como decidiu a Câmara.

"Uma pena mais grave poderia ter esse objetivo de dissuadir as pessoas que porventura tivessem intenção de praticar o crime, mas, examinando o conjunto do ordenamento jurídico, não é desarrazoável uma pena de dez anos", avalia Troncon. "Dizer que uma pena máxima de dez anos é leve não é verdade. Não acho que essa é questão central dessa lei. Uma pena de dez anos permite ao juiz poder avaliar melhor o efeito do crime."

A Associação Nacional dos Delegados da PF reprovou a redução da pena máxima a quem oculta patrimônio de origem criminosa. "É uma tendência do direito penal moderno a elasticidade para tratar essas questões complexas", pondera Troncon. "A polícia gostaria de ver uma pena mais grave com o objetivo não só de manter por mais tempo essas pessoas atrás das grades, mas também de dissuadir os criminosos. Mas nós compreendemos que deve haver uma harmonia entre os bens jurídicos tutelados e as penas."

"No conjunto final desse projeto, ele representa um grande avanço para a legislação penal brasileira", defende Troncon. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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