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O Hospital de Campanha do Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, está em processo de desmobilização pela nova gestão municipal, e todos os pacientes já foram transferidos para outras unidades de saúde.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), serão abertos 343 novos leitos para o tratamento da Covid-19, sendo 193 na rede pública e 150 na rede privada, que serão contratados a partir de chamamento já publicado no Diário Oficial.

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“Até o momento, já foram abertos 80 leitos no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla e 20 no Hospital Municipal Souza Aguiar”, informou a secretaria. Os equipamentos instalados e os profissionais que atendiam no Riocentro serão remanejados para outras unidades municipais e federais.

De acordo com a Secretaria de Saúde, especialistas são contrários ao atendimento de alta complexidade em hospitais temporários e há leitos na cidade inativos por falta de pessoal.

“Por todo o ano de 2020, a maioria dos especialistas em saúde recomendou não abrir hospitais de campanha temporários para alta complexidade. A cidade do Rio de Janeiro tem atualmente 2.200 leitos desativados por falta de profissionais em unidades já existentes das redes municipal e federal”.

A secretaria disse que irá “atender as recomendações técnicas” e investir em leitos nos hospitais de referência, o que, segundo estima, vai reduzir os custos.

“A estimativa é que sejam economizados R$ 250 mil por dia com a abertura dos mesmos leitos no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla. A diária no Hospital de Campanha do Riocentro custa em torno de R$ 12.500, bem acima da média até mesmo de hospitais particulares”.

Histórico

O Hospital de Campanha do Riocentro foi aberto pela prefeitura do Rio de Janeiro no dia 1º de maio de 2020, momento em que a cidade via o crescimento acelerado de casos da Covid-19, com 20 leitos de UTI e 80 de enfermaria. Durante a operação, o local chegou a ter 400 leitos de enfermaria e 100 de UTI.

Ainda em julho, foram desmobilizados 200 leitos do Hospital de Campanha do Riocentro. 

A secretaria não informou quantos pacientes foram atendidos no local desde a inauguração.

Por 5 a 2, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta-feira, 25, que o caso do atentado do Riocentro não deve ser reaberto. Dessa forma, o entendimento dos ministros foi o de que os militares envolvidos no episódio - um dos mais emblemáticos da ditadura militar - não podem mais ser julgados pela Justiça nem eventualmente responsabilizados pelos crimes cometidos.

O julgamento foi iniciado em agosto deste ano, quando o relator, ministro Rogério Schietti, votou a favor de os militares envolvidos no atentado serem processados pela Justiça. A avaliação de Schietti era a de que o caso envolve possível crime contra a humanidade, e portanto, é imprescritível.

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A discussão foi retomada nesta quarta-feira com o voto do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que havia pedido vista (mais tempo para análise) e interrompido a análise do tema há dois meses. Fonseca divergiu do relator, apontando que não é possível considerar que o episódio se enquadra como crime contra a humanidade.

"Em observância aos princípios constitucionais penais, não é possível tipificar uma conduta praticada no Brasil como crime contra a humanidade, sem prévia lei que o defina, nem é possível retirar a eficácia das normas que disciplinam a prescrição, sob pena de se violar o princípio da ilegalidade e o da irretroatividade, tão caros ao direito penal", afirmou Fonseca.

"Não é possível, a meu ver, utilizar a tipificação de crime contra a humanidade trazida no Estatuto de Roma, na presente hipótese, sob pena de ofensa aos princípios constitucionais da legalidade e da irretroatividade", frisou o ministro.

Acompanharam o entendimento de Reynaldo Fonseca os ministros Laurita Vaz, Jorge Mussi, Antonio Saldanha Palheiro e Joel Ilan Paciornik. Em sentido contrário, pela reabertura do caso e o julgamento dos militares, se posicionaram Schietti e Sebastião Reis Júnior.

Anistia

A discussão veio à tona 40 anos depois de o então presidente João Figueiredo sancionar - em 28 de agosto de 1979 - a Lei da Anistia, que resultou no perdão dos crimes políticos cometidos no País entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979.

O caso conhecido como Riocentro, que resultou na explosão de duas bombas de fabricação artesanal, ocorreu depois da promulgação da lei - na noite de 30 de abril de 1981, durante um show de música popular brasileira em um centro de convenções para comemorar o Dia do Trabalho.

Uma das bombas explodiu antes da hora planejada, ferindo gravemente o capitão Wilson Luís Machado e matando o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que carregava o artefato no colo. Os militares pertenciam ao Departamento de Operações Internas-Centro de Operações para a Defesa Interna (DOI-Codi). Uma segunda bomba caiu numa estação de fornecimento de energia elétrica, mas o show não foi interrompido.

Relatório

Segundo relatório da Comissão Nacional da Verdade, pela forma como foi elaborado e pelo público de cerca de 20 mil pessoas presente ao evento, o caso do Riocentro foi planejado para ser, "possivelmente, o maior atentado terrorista da história do Brasil", com a finalidade de paralisar o processo de abertura democrática e "forjar um ato terrorista, que seria atribuído à esquerda armada". O grupo concluiu que autoridades militares não só sabiam previamente do atentado do Riocentro, como tomaram medidas para abafar o episódio.

O ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou nesta quarta-feira, 28, para que os militares envolvidos no atentado do Riocentro sejam processados pela Justiça. A avaliação de Schietti é de que o caso envolve possível crime contra a humanidade, portanto, imprescritível.

O julgamento, no entanto, foi suspenso após o ministro Reynaldo Soares da Fonseca pedir vista (mais tempo de análise). Por ora, não há previsão de quando o processo será retomado no STJ. Um dos mais emblemáticos da Ditadura Militar, o caso Riocentro é analisado pela Terceira Seção do Superior Tribunal, num recurso do Ministério Público Federal (MPF), que recorreu de decisão da segunda instância que entendeu que os crimes estariam prescritos. Com isso, a ação penal que tramitava na primeira instância foi trancada.

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Em longo voto, Schietti destacou o entendimento da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre crimes contra a humanidade, observando que o Brasil estaria atrelado a ele por ser signatário de tratados. O ministro do STJ lembrou também que o atentado ocorreu em 1981, dois anos após a sanção da Lei da Anistia, que resultou no perdão dos crimes políticos cometidos no País entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979.

"Não estamos deixando de aplicar Lei da Anistia. Ela é de 79; ela aplica-se a fatos anteriores. Todo aquele questionamento, debates que se sucederam, nesse caso não parecem ter o mesmo relevo", disse. O caso conhecido como Riocentro consistiu na explosão de duas bombas de fabricação artesanal na noite de 30 de abril de 1981, durante um show de música popular brasileira num centro de convenções, para comemorar o Dia do Trabalho.

Segundo o relatório da Comissão Nacional da Verdade, pela forma como foi elaborado e pelo público de cerca de 20 mil espectadores presente ao evento, o caso foi planejado para ser, "possivelmente, o maior atentado terrorista da história do Brasil", com a finalidade de paralisar o processo de abertura democrática e "forjar um ato terrorista, que seria atribuído à esquerda armada".

No voto, Schietti afirmou também que, por meio da leitura de trechos da denúncia ofertada na primeira instância, da decisão que a recebeu e do relatório da Comissão Nacional da Verdade, é possível observar que o ocorrido fez parte de uma "série de ataques orquestrados" de agentes do Estado contra "a dita ameaça comunista personificada pelos opositores do regime". Ele lembrou ainda que foram registrados atentados também contra jornalistas e entidades e demais casos que revelariam um "grupo organizado para a prática de atos contra a população civil", disse.

Resultado

O plano dos militares na noite do dia 30 de abril de 1981 não saiu como esperado. Uma das bombas explodiu antes da hora, feriu gravemente o capitão Wilson Luís Machado e matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que carregava o artefato no colo. Machado e Rosário pertenciam ao Departamento de Operações Internas-Centro de Operações para a Defesa Interna (DOI-Codi). Uma segunda bomba caiu numa estação de fornecimento de energia elétrica, mas o show não foi interrompido.

Representante do MPF na Corte, o subprocurador-geral da República afirmou que o caso foi algo "estarrecedor", e foi necessário, na visão dele, que o processo voltasse a tramitar. "Mais grave que a impunidade por não haver leis é a impunidade havendo leis. Há leis que punem esses atos. Eles estão acobertados pelo manto da imprescritibilidade", disse.

Já o advogado que falou em nomes de processados destacou que a Justiça já teria reconhecido a extinção da punibilidade dos fatos relacionados ao Riocentro. "É uma iniciativa de escantear decisão sobre extinção de punibilidade. Não se reabre decisão nesse sentido", afirmou.

Como mostrou reportagem do Estadão nesta segunda-feira, a expectativa já era de que o relator defenderia a tese de que os crimes não são imprescritíveis - que os militares podem ser julgados. Por outro lado, também já era esperado que o julgamento poderia ser interrompido por um pedido de vista.

Um dos casos mais emblemáticos da ditadura militar, considerado um dos marcos da derrocada do regime, volta aos tribunais nesta semana. A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa nesta quarta-feira um recurso do Ministério Público Federal para decidir se o atentado do Riocentro se enquadra como crime contra a humanidade. Na prática, se o colegiado decidir que os crimes são imprescritíveis, os militares envolvidos no episódio poderão ser julgados e até condenados pela Justiça brasileira.

A discussão vai ser reaberta exatamente 40 anos depois de o então presidente João Figueiredo sancionar - em 28 de agosto de 1979 - a Lei da Anistia, que resultou no perdão dos crimes políticos cometidos no País entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979. O caso conhecido como Riocentro, que resultou na explosão de duas bombas de fabricação artesanal, ocorreu depois da promulgação da lei - na noite de 30 de abril de 1981, durante um show de música popular brasileira em um centro de convenções para comemorar o Dia do Trabalho.

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"É um caso muito importante porque não se enquadra na discussão dos efeitos da Lei de Anistia, que é de 1979. A discussão se refere à temática da prescrição e da caracterização de crime contra a humanidade", diz Pedro Dallari, professor de direito internacional da USP e ex-coordenador da Comissão Nacional da Verdade, grupo criado para esclarecer as violações aos direitos humanos cometidas durante a ditadura.

Uma das bombas explodiu antes da hora planejada, ferindo gravemente o capitão Wilson Luís Machado e matando o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que carregava o artefato no colo. Os militares pertenciam ao Departamento de Operações Internas-Centro de Operações para a Defesa Interna (DOI-Codi). Uma segunda bomba caiu numa estação de fornecimento de energia elétrica, mas o show não foi interrompido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O incêndio no centro de convenções Riocentro, na zona oeste carioca, está controlado, segundo a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). As chamas atingiram somente um dos quatro pavilhões, o de número três.

Inicialmente, apenas o quartel mais próximo, o da Barra da Tijuca, atuou para conter as chamas. Em seguida, no entanto, outros três foram convocados. O incêndio foi informado ao CBMERJ por volta das 21h. Não foram encontrados feridos e a causa é desconhecida.

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O Miss Brasil BE Emotion 2018 fechou as atrações que irão se apresentar no próximo sábado (26), no Rio de Janeiro. A cantora Fernanda Abreu foi confirmada para cantar momentos antes da beleza feminina ser anunciada para os brasileiros. Além de Fernanda, que vem trabalhando o álbum "Amor Geral", subirá ao palco do Riocentro o grupo carioca Dream Team do Passinho. O evento volta ao Rio após 11 anos.

As candidatas ao posto da mulher mais linda do Brasil estão desde o último dia 16 hospedadas em um resort, no município de Mangaratiba, litoral do Rio. Elas estão seguindo uma série de compromissos, incluindo ensaios e gravações, para mostrar no final de semana toda disciplina adquirida por meio dos profissionais do concurso. O evento será transmitido pela Band a partir das 22h30.

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O general reformado Wilson Luiz Chaves Machado, de 66 anos, compareceu à sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV) na manhã desta quinta-feira, 31, mas, por orientação de seu advogado, Rodrigo Roca, optou por não responder às perguntas. Ele prestaria depoimento sobre o atentado à bomba no Riocentro (30 de abril de 1981), que o feriu e matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário.

Machado, que era capitão na época, disse que prestou três depoimentos para a Justiça Militar e dois para o Ministério Público Federal e não faria novas declarações. "Inclusive já fui julgado pelo Superior Tribunal Militar. Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos. A história está lá (nos cinco depoimentos)." Ele acrescentou que esteve lotado no Destacamento de Operações de Informações (DOI)do Rio de agosto de 1980 a abril de 1981.

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Houve uma discussão entre o advogado e o coordenador da CNV, Pedro Dallari, que, na presença de jornalistas, perguntou se Machado responderia às 13 perguntas elaboradas pela comissão. "Você (Pedro) deu sua palavra de homem e não cumpriu comigo", disse Roca.

Antes, Roca afirmara que nenhum de seus clientes "declarará mais nada sobre o período de exceção". "Tenho certeza que ele (Roca) voltará a nos ajudar", disse Dallari à imprensa.

O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, membro da CNV, afirmou não haver motivo para recusa de Machado em depor porque ele não responderia a nenhum processo criminal pelo teor do que viesse a falar.

Na saída, o coronel não respondeu às perguntas da imprensa. Questionado se o Puma que explodiu no Riocentro era dele, se foi ele quem saiu ferido quando a bomba explodiu e que 20 mil pessoas poderiam ter morrido, o militar apenas riu.

À tarde, o juiz Nelson Silva Machado Guimarães, que durante a ditadura militar brasileira esteve lotado na 2o Auditoria da Justiça Militar Federal de São Paulo, comparecerá à Comissão. O depoimento estava marcado para terça-feira passada, 29, mas foi reagendado porque a CNV rejeitou seu pedido para depor por escrito. Ele, então, compareceu na data marcada, mas os membros da comissão disseram não estar preparados para interrogá-lo e remarcaram a audiência.

A defesa de quatro dos seis ex-agentes da ditadura militar denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento no atentado do Riocentro, ocorrido em 30 de abril de 1981, impetrou pedido de habeas corpus na segunda instância para bloquear a ação penal aberta na semana passada pela juíza da 6ª Vara Criminal Federal, Ana Paula Vieira de Carvalho.

O advogado dos acusados, Rodrigo Roca, rejeitou a tese dos procuradores, aceita pela juíza, de que os réus cometeram crimes contra a Humanidade, que não são prescritos, segundo princípio geral do Direito Internacional. "O fundamento do habeas corpus é a prescrição dos crimes narrados na denúncia.

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O direito internacional se aplica quando há uma lacuna na lei de um país, o que não é o caso. A lei brasileira é clara: o prazo máximo da Justiça (para condenação por um crime) é de vinte anos. Os fatos aconteceram em 1981. Essa conta está errada", sustenta o advogado, que defende os militares reformados Wilson Machado, Nilton Cerqueira, Divany Carvalho Barros e Edson Sá Rocha.

Machado e Cerqueira são acusados de tentativa de homicídio, associação criminosa armada e transporte de explosivo. Sá Rocha é acusado de associação criminosa armada e Divany Barros, de fraude processual. O advogado também defende os cinco militares denunciados ontem pelo Ministério Público Federal por homicídio e ocultação de cadáver do deputado Rubens Paiva, morto em janeiro de 1971 nas dependências do Destacamento de Operações de Informações (DOI).

Se a Justiça Federal aceitar a denúncia do Ministério Público, Roca também impetrará pedido de habeas corpus. Neste caso, além da prescrição dos crimes, vai recorrer à Lei de Anistia, de 1979, que perdoou os crimes cometidos durante da ditadura militar. Rodrigo Roca criticou os procuradores do Grupo de Trabalho Justiça de Transição, responsáveis pelas denúncias. "É uma causa natimorta, quixotesca. É uma campanha insana contra pessoas que eles julgam que tenham envolvimento. Isso traz prejuízos (aos acusados) e eles (procuradores) não se importam. Eles acabam se valendo da mesma covardia que reprovam", afirmou Roca.

A denúncia do caso Rubens Paiva está, por enquanto, em segredo de Justiça, na 4ª Vara Criminal Federal, por ter sido vinculada à medida cautelar que permitiu apreensão de documentos na casa do coronel Paulo Malhães, agente da ditadura que admitiu ser responsável pelo sumiço do corpo do deputado Rubens Paiva e morreu no dia 24 de abril, em circunstâncias ainda não esclarecidas pela Polícia Civil. "Vou brigar para a Justiça manter o sigilo para evitar mais exposição gratuita dos acusados", disse o advogado.

Depois de denunciarem à Justiça, na semana passada, seis envolvidos na explosão da bomba do Riocentro, em 1981, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro disseram nesta segunda-feira, 17, que as investigações continuam e que poderão oferecer o benefício da delação premiada (chamada por eles de contribuição premiada) para pessoas que ofereçam novas informações sobre o caso. Os procuradores estão em busca da identidade de três militares: dois deles tinham planos de continuar a praticar atentados semelhantes ao do Riocentro, com o objetivo de deter processo de abertura, e o terceiro, de codinome Dr. Luiz, teria ameaçado a família do sargento Guilherme do Rosário, que carregava a bomba e morreu no atentado.

Os procuradores sustentam que não houve prescrição dos crimes, por se tratarem de "ações de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático" e que outros crimes, como fraude processual e favorecimento pessoal, também são imprescritíveis. No caso dos denunciados idosos, como o general reformado Newton Cruz, chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI), de 89 anos, o procurador Antonio Cabral disse que foi pedido que o processo seja agilizado, inclusive para que o depoimento à Justiça seja prestado o mais rápido possível.

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Além de Newton Cruz, foram denunciados pelos crimes de homicídio doloso duplamente qualificado o general reformado Nilton Cerqueira, na época comandante da Polícia Militar do Rio, o ex-delegado Claudio Guerra e o capitão Wilson Machado, que estava com o sargento Rosário no Puma onde a bomba explodiu, no estacionamento do Riocentro. O MPF pediu penas de 36 anos para Guerra, Cerqueira e Machado e de 36 anos e seis meses para Cruz. O general reformado Edson Sá Rocha foi denunciado por associação criminosa armada, com pedido de pena de 2 anos e seis meses. O major reformado Divany Carvalho Barros é acusado de fraude processual, com pena de um ano. Divany confessou aos procuradores ter ido ao local do acidente, depois da explosão, para recolher provas. Sá Rocha recusou-se a falar, mas é acusado de ter tramado um atentado no Riocentro um ano antes, em ação que acabou abortada por ordens superiores.

Três procuradores federais do grupo Justiça de Transição denunciaram seis envolvidos na explosão de uma bomba no estacionamento do Riocentro, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, na noite de 30 de abril de 1981. O atentado foi durante um show pelo Dia do Trabalho, que reunia cerca de 20 mil pessoas, a maioria jovens. As provas foram reunidas em 38 volumes de documentos e 36 horas de gravações de depoimentos em áudio e vídeo, de acordo com o jornal O Globo.

Entre os seis denunciados pelos procuradores Antonio Cabral, Andrey Mendonça e Marlon Weichert, surgem os nomes de quatro suspeitos que nunca haviam aparecido. Foram apontados os generais reformados Nilton Cerqueira, então comandante da Polícia Militar do Rio, e Edson Sá Rocha, que era chefe da Seção de Operações do Destacamento de Operações de Informações (DOI).

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Também aparecem na lista de denunciados o ex-delegado capixaba Cláudio Antônio Guerra, que trabalhava no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), e o major reformado Divany Carvalho Barros, que pertencia ao DOI do 1º Exército (DOI-1). Em depoimento, Barros assumiu que foi ao estacionamento destruir provas que incriminassem os militares.

O general reformado, Newton Cruz, que era chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI), já tinha sido indiciado no inquérito de reabertura do caso, em 1999. Outro nome que reaparece é o do então capitão Wilson Luiz Chaves Machado, dono do carro onde a bomba explodiu e parceiro do sargento Guilherme Pereira do Rosário, único morto no atentado. Hoje coronel reformado, Machado já tinha sido denunciado outras quatro vezes, mas as provas foram desqualificadas pelo Superior Tribunal Militar (STM).

De acordo com a denúncia, o grupo agia em duas frentes: planejamento e operacional. Todos são acusados de tentativa de homicídio doloso, explosão, transporte de explosivos, formação de quadrilha, favorecimento pessoal e fraude processual. Passados 33 anos do atentado, os procuradores alegam que o crime é imprescritível porque foi praticado contra o País.

Além disso, não estariam cobertos pela Lei de Anistia, válida de 1961 a 1979. Além dos seis, outros nove nomes foram identificados, mas todos já falecidos. O atentado provocou a morte imediata do sargento Rosário, lotado no DOI-1 e que carregava a bomba.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga o assassinato do coronel reformado do Exército Júlio Miguel Molinas Dias, de 78 anos. O militar, morto a tiros na noite de quinta-feira passada, em Porto Alegre, era comandante do Destacamento de Operações e Investigações do 1º Exército (DOI-RJ), ao qual estavam vinculados os dois militares responsáveis pela tentativa de atentado ao Riocentro, em 1981. No dia 30 de abril daquele ano a explosão inesperada de uma bomba dentro de um automóvel matou um sargento e feriu gravemente um capitão.

Embora tenha algumas evidências de sequestro e tentativa de assalto praticados contra o coronel por criminosos comuns, a polícia não descarta outras hipóteses, como a de um assassinato sob encomenda.

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Uma das linhas de investigação aponta para a possibilidade de Dias ter sido abordado por homens armados quando saía da casa de uma filha, no bairro Petrópolis, e forçado a levar um bandido como carona de seu automóvel Citroën até sua casa, no bairro Chácara das Pedras, sendo seguido por pelo menos outro homem em um Gol vermelho. Ao chegar ao endereço, o militar teria reagido, na tentativa de evitar que os assaltantes entrassem em sua residência, e disparado um tiro da pistola que sempre portava contra o carona. Os dois entraram em luta e o bandido puxou o coronel para fora do carro. Em seguida o motorista do Gol chegou ao local e disparou diversos tiros, acertando ao menos três, no tórax, no rosto e num braço.

O coronel reformado morreu no local, enquanto a dupla fugiu no Gol, levando apenas a arma do militar. A polícia localizou o automóvel que teria sido usado pelos assaltantes e está analisando impressões digitais para tentar identificá-los. Por ter ocorrido em bairros onde há registros de assaltos semelhantes, o crime pode ter sido uma tentativa de roubo seguida de assassinato. Mas a hipótese da execução não está descartada porque houve um elevado número de disparos, prática rara em crimes comuns, e porque a carteira da vítima não foi levada.

Discreto tanto na carreira militar como na aposentadoria, Dias só aparece em relatos que o citam como o chefe do DOI-RJ à época do caso Riocentro e que não afirmam, no entanto, que ele tenha planejado ou autorizado o atentado. O presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, consultou arquivos da entidade e de outros grupos ligados à defesa dos direitos humanos e não encontrou registros de atividades do coronel em aparelhos de repressão aos opositores do regime militar. O ativista considera improvável que o assassinato tenha alguma relação com os anos de chumbo.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, será suportada por uma ampla infraestrestrutura de TI e conectividade fornecida pela Oi. Entre os recursos disponíveis estão terminais de autoatendimento espalhados pela cidade, painéis de transmissão em tempo real para os locais que recebem a programação do evento e monitoramento reforçado da rede e do portal multimídia.

De acordo com o diretor de operação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Wilton Mota, a experiência para desenvolver e implementar esse projeto servirá como laboratório para os grandes eventos que o Brasil vai sediar nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O Serpro é a empresa de tecnologia da informação do governo federal, responsável pela consultoria da tecnologia empregada na Rio+20.

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“Esse evento vem sendo pensado desde a infraestrutura básica até a segurança da informação, que precisa ser maior pela presença de diversos chefes de Estado e de governo. Então, é como se estivéssemos dando o primeiro passo para os próximos grandes eventos e esse é o maior ganho de toda a mobilização, que conta com a integração entre vários órgãos, como o Ministério da Defesa, das Relações Exteriores, da Polícia Federal e Receita Federal”.

Mota enfatizou que a Rio+20 contará com conexão entre o Riocentro, onde os chefes de Estado e de governo se reunirão, e cerca de 2,5 mil computadores, entre desktops e notebooks para uso das delegações internacionais, membros das Nações Unidas e do governo brasileiro.



A estrutura montada também prevê acesso sem fio à internet aos participantes da conferência, estimados em 50 mil participantes.

Para evitar incidentes graves, estão em funcionamento duas salas de comando para gerenciamento de risco. "Estamos monitorando 24 horas por dia e prontos para minimizar os impactos decorrentes de falhas, desastres ou indisponibilidades significativas".



Foram investidos na implementação do projeto R$ 3 milhões, sendo parte com verbas federais somadas a um repasse do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), informou Mota.

*Com informações da Agência Brasil

As operadoras de telefonia móvel vão reforçar suas redes no Rio de Janeiro, para evitar problemas como ausência de sinal durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para o próximo mês, na cidade. A informação foi divulgada pelo secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez.

“As informações que nós temos é que todas as operadoras estão reforçando seus sinais nos principais pontos da Rio+20, seja no Riocentro, no aeroporto, nos trajetos, no Parque do Flamengo, Píer Mauá e na zona hoteleira”, informou Alvarez. O secretário executivo disse esperar que pelo menos parte da estrutura de reforço que será montada para a Rio+20 permaneça na cidade, para beneficiar os cariocas depois do término do evento, que ocorrerá de 20 a 22 de junho.

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Durante evento sobre redes de comunicação sem fio nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, Alvarez comentou as recentes críticas das principais operadoras de telefonia em relação ao leilão para implantação de tecnologia 4G no Brasil, previsto para o início do próximo mês. De acordo com ele, essas questões são apenas pontuais e não deverão atrasar a licitação. “O que existe é o questionamento de alguns itens do edital. Essas últimas críticas se referem a detalhes, como o primeiro lance ou o ritmo da expansão. Ninguém mais entrou [com recurso] contra o conjunto que possa inviabilizar o leilão. Acredito que está garantido o sucesso do leilão 4G”, disse.

Alvarez também ressaltou que o Brasil não abre mão da política de conteúdo nacional no setor de telecomunicações. “Acho que é uma política pública muito consciente e clara: o mercado é um patrimônio nacional. Estamos propondo que as empresas que aqui já investiram continuem investindo, mas que não apenas produzam aqui, que também tragam um pouco da sua inteligência para cá. Acho que é uma política defensável nos marcos da OMC [Organização Mundial do Comércio], de um País soberano.”

*Com informações da Agência Brasil

Artesãos de 60 municípios do estado do Rio terão a oportunidade de mostrar seus trabalhos na 51ª edição da Feira da Providência, no Riocentro, zona oeste da cidade. Na feira, que começa nesta quarta-feira (30) e vai até domingo (4),o Governo do Estado montará um estande para exibir as peças de 600 profissionais do setor.

Para a superintendente do Banco da Providência e responsável pelo evento, Clarice Linhares, a Feira é um incentivo para a venda dos produtos dos artesãos. “Como as vendas são muito grandes, eles realmente investem nessa oportunidade porque justamente no fim do ano surge a chance de maiores vendas”.

Durante os cinco dias da feira, além das regiões do estado que apresentarão seus produtos artesanais, representantes de mais 14 estados e de 39 países estarão presentes em mais de 300 estandes. Para a subsecretária estadual de Comércio e Serviços, Dulce Ângela Procópio, a oportunidade de divulgação dos trabalhos dos artesãos une as tradições com as oportunidades de negócio.

”A finalidade é desenvolver as duas partes. A parte do empreendedorismo dos artesãos, ligada ao próprio desempenho do seu trabalho. Isso também ajuda a recuperar a história do estado do Rio, projetando para o futuro”, disse Ângela.

De acordo com Clarice Linhares, a expectativa é que o número de visitantes ultrapasse 300 mil pessoas. Ela acrescentou que os recursos obtidos com a realização da feira são destinados aos projetos do Banco da Providência, que atendem a 11 mil pessoas apenas na capital fluminense.

A 51ª Feira da Providência tem o objetivo de aproximar culturas de estados e países por meio da venda e exposição de itens e de apresentações culturais que envolvem gastronomia, moda, música e objetos. O evento funcionará das 12h às 23h nos pavilhões 2 e 3 do Riocentro. A entrada custa R$ 12.

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