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Para questionar a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot ao cargo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) apresentou um voto em separado no qual anexou à indicação da presidente Dilma Rousseff ao chefe do Ministério Público Federal um calhamaço de 158 páginas.

Collor chegou à comissão nesta quarta-feira, 26, cinco minutos depois de Janot e sentou-se na primeira fila, em frente à cadeira do presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB). A comissão já abriu a sabatina e Janot já fez sua exposição inicial.

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A papelada inclui as cinco representações que Collor - denunciado por Janot na Operação Lava Jato - move no próprio Senado em que acusa, entre outros supostos fatos, o chefe do MP de agir com seletividade e inércia em investigações, abuso de poder e indução, autopromoção e desperdício de dinheiro público. Todas essas representações visariam, em hipótese, ao afastamento do procurador-geral do cargo.

Constam ainda outros dois pedidos de auditoria feitos por Collor para que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize duas auditorias em contratos da Procuradoria-Geral da República (PGR) sob a gestão de Janot. Esses pedidos foram aprovados em sessão relâmpago após a deflagração da Operação Politeia, no dia 14 de julho, que levou a busca e apreensão contra Collor e outros dois senadores.

A indicação do prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), para assumir a presidência da Agência de Regulação dos Serviços Delegados de Pernambuco (Arpe) foi aprovada, nesta terça-feira (11), por unanimidade pelos deputados que compõem a Comissão de Constituição Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa (Alepe). O nome do pessebista seguirá agora para o Plenário da Casa, onde passará pelo crivo dos parlamentares nesta quarta (12).

Submetido a uma sabatina durante esta manhã, Labanca foi mais afagado do que indagado sobre os planos para a Arpe.  Entre os que o questionaram, os deputados da oposição Silvio Costa Filho (PTB) e Teresa Leitão (PT) destacaram a necessidade da nomeação dos aprovados no concurso realizado para a instituição no ano passado. Segundo eles, mais de 60 pessoas aguardam ser convocadas para iniciar as atividades na Arpe. 

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“Concurso público tem que ser respeitado. Paulo Câmara já mandou fazer os primeiros estudos para que os aprovados sejam alocados. Claro que há o problema da Lei de Responsabilidade Fiscal e nós vamos avaliar todas as possibilidades para nomear os novos servidores sem causar impacto”, respondeu. “Não vou passar pela Arpe sem resolver o problema dos concursados”, acrescentou Labanca. 

Da bancada governista, o deputado Aluisio Lessa (PSB) questionou o que seria feito para que a agência funcione literalmente. “Está na hora de rediscutir o papel da Arpe que não funcionou pelos últimos anos. É preciso usar o poder de regulação com independência e atendendo as cobranças que se tem para essa causa”, observou o parlamentar. 

Sobre o item, Labanca pontuou ter sido este o motivo do convite do governador Paulo Câmara (PSB) para que ele comandasse a Arpe. “[O governador] Quer reestruturar o órgão para que ele possa atender a todas as suas responsabilidades”, argumentou. 

“Agora, quero deixar claro que não estou vindo para o governo para coordenador as relações políticas como estão dizendo por ai. Vou fazer o meu trabalho na Arpe”, acrescentou rebatendo as especulações de que o prefeito integraria o rol de porta-vozes de Paulo Câmara no que se trata a articulação política. 

Já com 71 anos e mandatos como prefeito e deputado estadual na bagagem, Ettore Labanca aproveitou o ensejo para garantir que não tem mais objetivos políticos. “Não quero passar pela Arpe para ser mais um. Não estou atrás de emprego e nem tenho mais objetivos políticos a cumprir, deixo isso para o meu filho [deputado Vinicius Labanca]”, frisou. 

Entre as prioridades para o início da gestão, que se aprovada no plenário seguirá ate agosto de 2019, o prefeito disse que pretende organizar o corpo técnico do órgão e nomear o Conselho Consultivo. 

Com a aceitação de Labanca pela CCLJ, a expectativa é de que o nome passe sem dificuldades pelo Plenário. Caso isso aconteça, Ettore Labanca pretende até a próxima segunda-feira (17) repassar o cargo de prefeito de São Lourenço para o seu vice, Gino Albanez (PSB), e tomar posse entre os dias 18 e 20. 

A proposta do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que indica o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca, para a presidência da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Pernambuco (Arpe) será analisada pela na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa (Alepe), na próxima terça-feira (11). 

Antes da análise positiva ou negativa da indicação, Labanca passará por uma sabatina na Casa Joaquim Nabuco. Os parlamentares devem indagar o socialista sobre os planos dele para com o órgão fiscalizador e saudá-lo pela escolha para presidir a Arpe pelos próximos quatro anos. 

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Com o indicativo da aprovação do seu nome, Labanca já iniciou um levantamento sobre a situação financeira da Arpe e convocou nomes para integrar a equipe gestora do órgão, como o de Carlos Porto Filho para a chefia de gabinete.  

A ida de Labanca para o governo estadual provoca a renúncia dele ao cargo Executivo em São Lourenço, agendada para o próximo dia 15. Quem assume o comando da Prefeitura da cidade é o vice-prefeito Gino Albanez (PSB). A posse na Arpe deve acontecer no dia 17. Ettore Labanca vai substituir o pedetista Roldão Joaquim, que concluiu o mandato desde março deste ano. 

A indicação do prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), para assumir a presidência da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) será avaliada pelas comissões na Assembleia Legislativa (Alepe) a partir desta quarta-feira (5). 

Antes de ir à votação em plenário, o candidato à presidente da Arpe deverá passar pelo crivo dos deputados durante uma sabatina que está prevista para a próxima terça (11). 

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O ofício com a proposta do governador Paulo Câmara (PSB) chegou à Casa Joaquim Nabuco nessa terça (4). “Não tenho dúvidas de que o Ettore Labanca é qualificado para exercer tão relevante função”, justifica o governador no texto. 

Com o indicativo da aprovação do seu nome, Labanca já iniciou um levantamento sobre a situação financeira da Arpe e convocou nomes para integrar a equipe gestora do órgão, como o de Carlos Porto Filho para a chefia de gabinete.  

A vinda de Labanca para o governo estadual provoca a renúncia dele ao cargo Executivo em São Lourenço, agendada para o próximo dia 15. Quem assume o comando da prefeitura da cidade é o vice-prefeito Gino Albanez (PSB). 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta quinta-feira (2), que pretende montar uma “equipe forte” para o comando da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe). Segundo ele, tudo indica que quem assumirá o comando desta equipe é o atual prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB). 

“Tudo indica que sim (será Ettore Labanca). Ele está conversando com a gente, mas vamos esperar”, afirmou ao participar da abertura da 16ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenarte), no Centro de Convenções. “Temos um desafio de fazer com que a Arpe cumpra cada vez mais os seus objetivos. Conversei com algumas pessoas para a montagem de uma equipe forte. É fundamental termos cada vez mais condição e uma agência que priorize a qualidade do serviço público e ajude a regular, realmente, alguns serviços”, acrescentou Câmara.

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O governador deixou claro que pretende, com a nova equipe gestora, “profissionalizar” ainda mais a Arpe. “Vamos cumprir aquilo que a gente se propôs e fortalecer a qualidade do serviço público e a Arpe faz parte deste processo. Sabemos que demoramos, mas vamos agora tirar o atraso”, reconheceu.

Apesar do indicativo confirmado, o governador pontuou que a escolha do novo presidente da Agência não é apenas dele, mas passa também pelo crivo da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). “Arpe não é um cargo que apenas o governador decide. Passa por uma sabatina da Assembleia. Tem algumas etapas. Então, a gente só vai ter essas etapas concretizadas em agosto, quando da volta do recesso, mas estamos otimistas”, explicou.

Arrumando a casa – A sinalização positiva não tem partido apenas do governador Paulo Câmara (PSB), o prefeito Ettore Labanca também tem feito algumas ações que indicam sua ida para a gestão estadual. Nessa semana, o gestor modificou o comando de algumas secretarias do município. Uma delas, inclusive, tinha como titular o vice-prefeito Gino Albanez (PSB) que vai assumir a prefeitura com a saída de Labanca. 

Em busca da confirmação no posto de superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), cargo que ocupa interinamente há um ano, o advogado Eduardo Frade Rodrigues disse durante a sabatina a que foi submetido na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que a investigação do cartel envolvendo as empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato contra a Petrobras resultará em um "caso robusto" no tribunal. "Temos consciência da importância desse caso para o consumidor brasileiro e para a história do País"

Rodrigues participou de sabatina na CAE nesta terça-feira, 2, onde disse que o caso é "prioritário" para o Cade. Ele ressaltou que, logo após o início da investigação, em 2014, procurou o Ministério Público para acessar o processo conduzido em parceria com a Polícia Federal.

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A agilidade, segundo o superintendente, foi o que levou ao acordo de leniência firmado com duas empresas do grupo Setal. As companhias colaboram com as investigações do Cade em troca de pena mais branda. "Tenho certeza que teremos um caso robusto capaz de encará-lo de forma relevante", disse.

Aprovação

Após três horas e meia de sabatina na comissão, Eduardo Rodrigues e outros três indicados de Dilma Rousseff para o Cade foram aprovados por 22 votos contra 1. A nomeação agora segue para o plenário do Senado, onde precisa de novo aval entre os 81 senadores.

Os novos integrantes do Cade são Alexandre Cordeiro de Macedo, Cristiane Alkimin Schmidt, João Paulo de Resende e Paulo Burnier da Silveira. Os senadores da CAE também aprovaram o superintendente-geral do Cade, Eduardo Frade Rodrigues, que ocupa o cargo interinamente há um ano.

O Congresso começou a discutir um anteprojeto de lei que inclui dirigentes de estatais como Petrobras, Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na lista de autoridades submetidas a sabatinas e à aprovação dos senadores. O texto foi divulgado na noite desta segunda-feira (1), horas após os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criarem uma comissão mista para tratar da Lei da Responsabilidade das Estatais.

Ao assinarem a formação do grupo, que terá quatro senadores e quatro deputados, os dois peemedebistas afirmaram que o objetivo é "qualificar" o processo de escolha dos cargos e negaram qualquer intuito de enfraquecer o Executivo. Na prática, porém, o anteprojeto amplia o poder do Senado de rejeitar indicações feitas pelo Planalto para a presidência das sociedades de economia mista de capital aberto e de empresas públicas.

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Hoje, a legislação prevê sabatina e votação secreta no plenário para indicações de diretores de agências reguladoras e de órgãos como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além de diplomatas.

O Senado também sabatina e dá aval a indicações para tribunais superiores. A mais recente foi a do advogado e jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal, questionado por mais de dez horas e aprovado pelo plenário com a menor vantagem de votos dada a um nome escolhido pela presidente Dilma Rousseff. No mesmo dia, os senadores rejeitaram o embaixador Guilherme Patriota para uma vaga na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Na solenidade de ontem, Renan criticou a falta de transparência dos órgãos federais, alguns dos quais sob crises de credibilidade, como a Petrobras, que teve ex-diretores envolvidos no esquema de corrupção desbaratado pela Operação Lava Jato, e o BNDES, alvo de questionamentos sobre a transparência de suas operações de crédito.

"Obviamente não é um projeto contra ninguém, mas a opacidade das estatais não pode continuar", disse Renan. Em declaração divulgada pela Agência Senado, o presidente da Casa completou: "Essa lei pretende dar respostas que a sociedade está pedindo que o Congresso dê nessa hora. Ela fortalecerá o Brasil e acabará com um mundo paralelo das estatais, que não têm controle público, que não têm acompanhamento do Congresso e que não dá respostas à sociedade."

O anteprojeto lista exigências para que pessoas possam ocupar a cúpula das sociedades de economia mista e de empresas públicas. Indicados para presidir a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Eletrobrás, por exemplo, teriam de comprovar experiência de ao menos um ano em cargo equivalente numa sociedade anônima de capital aberto. No caso de indicados para presidir empresas públicas, tal obrigação não existe.

Cunha afirmou que o objetivo da futura lei é reduzir as ações de corrupção nas estatais e "qualificar" as indicações políticas. "O ato de indicar quem quer que seja sempre será político", disse. "Ninguém se mete em indicações políticas, mas há critério de qualificação dessas indicações".

Tanto Cunha quanto Renan são investigados por suspeita de ligação com o esquema de desvios na Petrobrás, que envolvia cobrança de propina por parte de dirigentes apoiados por partidos como PT, PP e PMDB. Eles negam as acusações.

Conselhos

O anteprojeto da Lei da Responsabilidade das Estatais também proíbe que agentes políticos vinculados à União - como ministros de Estado e titulares de cargos até o terceiro escalão nos respectivos ministérios - possam integrar conselhos de administração dessas empresas.

Ou seja, se estivesse em vigor no governo Lula, Dilma não poderia integrar o colegiado da Petrobrás quando era ministra. Em 2006, o conselho comandado pela petista aprovou a compra da refinaria de Pasadena (EUA), com base em um parecer "incompleto", na definição da petista.

Pelo anteprojeto, os integrantes dos conselhos deveriam não só comprovar idoneidade moral e graduação em curso superior, como demonstrar no mínimo cinco anos de atuação profissional efetiva em cargo de direção de sociedade empresária de mesmo porte, ou com objeto social semelhante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comemorada pelo Palácio do Planalto, a aprovação da indicação do jurista Luiz Edson Fachin nessa terça-feira (12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado teve a menor diferença de votos de indicados pela presidente Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal (STF). Depois de 11 horas de sabatina, Fachin recebeu 20 votos a favor de seu nome e sete contra no colegiado. O governo festejou o resultado, mesmo diante das críticas de ligação com o PT e movimentos sociais dirigidas ao candidato para o STF.

A indicação do jurista, que substituirá Joaquim Barbosa, ainda terá de passar pelo plenário da Casa. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), marcou a votação secreta de Fachin para a próxima terça-feira (19), mas há senadores que querem antecipá-la para a tarde desta quarta-feira (13).

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Antes de Fachin, Dilma havia feito quatro indicações ao Supremo. A primeira delas, de Luiz Fux, conquistou a unanimidade dos 23 votos na CCJ em fevereiro de 2011. Em dezembro daquele ano, foi a vez da comissão aprovar o nome de Rosa Weber, por 19 votos favoráveis e três contrários. Em seguida, em outubro de 2012, Teori Zavascki passou na CCJ com 18 votos a favor e uma abstenção. O último dos indicados por Dilma, Roberto Barroso, foi aprovado pela comissão por 26 votos a favor e um contra em junho de 2013.

Como a votação em Fachin é secreta, não é possível saber de quem foram os votos contrários à indicação. Contudo, a votação aberta de um requerimento ontem na CCJ, que tentava aumentar o tempo das perguntas feitas pelos senadores ao indicado, pode dar uma pista de quem pode ter votado contra a indicação. Esse pedido fora derrubado por 19 votos a sete - mesmo número de parlamentares que rejeitaram o nome de Fachin.

Foram derrotados na votação do requerimento os senadores do DEM Agripino Maia (RN) e Ronaldo Caiado (GO), do PSDB Aloysio Nunes Ferreira (SP), Antonio Anastasia (MG) e Cássio Cunha Lima (PB), do PR Magno Malta (ES) e do PMDB Ricardo Ferraço (ES). Exceto o relator, o tucano Alvaro Dias (PSDB), que se mostrou a favor da indicação de Fachin, senadores de oposição, Magno Malta e Ricardo Ferraço foram, de maneira geral, os maiores críticos ao nome do jurista.

Na base aliada, posicionaram-se a favor do requerimento senadores do PT, do PMDB, do PP, do PDT, do PSB, do PSC, do PRB e do PSol. Mesmo que não fosse uma votação do mérito da indicação, o placar sinalizou que o jurista teve boa acolhida mesmo entre partidos ditos independentes ou de oposição.

Durante a sabatina, o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) fez um dos comentários mais elogiosos ao indicado. "Vossa Excelência vem aqui com um consenso da comunidade acadêmica, um consenso na comunidade jurídica e um dissenso na comunidade política. Isso me leva a acreditar que as resistências aqui são mais de ordem política do que quanto à competência de Vossa Excelência", afirmou. "Vossa Excelência é o nome ideal em um momento difícil, em um momento político de turbulência em nosso país", completou.

Um dia depois da sabatina do advogado Luiz Edson Fachin na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou que o jurista "brilhou" e mostrou suas "qualificações jurídicas" e "pessoais". Temer disse estar otimista com a aprovação no plenário do Senado Federal do nome indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar uma das cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Ele (Fachin) brilhou. Mostrou as suas qualificações jurídicas, pessoais, mostrou uma cultura geral muito grande, uma delicadeza extraordinária no trato com as questões e com as pessoas, uma humildade acentuadíssima, e isso é fundamental para quem vai para um órgão cuja função principal é a imparcialidade, ou seja, não ser parte no conflito", comentou o vice-presidente, ao chegar ao gabinete da Vice-Presidência no Palácio do Planalto.

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Na avaliação do vice-presidente, Fachin demonstrou que, indo ao Supremo Tribunal Federal, "não será parte nos conflitos, mas decidirá de acordo com a Constituição". "Estou otimista (com a aprovação do nome de Fachin pelo plenário do Senado)", disse o vice-presidente.

Polêmicas

Durante a sabatina desta terça-feira, 12, Fachin tentou se descolar das polêmicas ligadas a seu nome e do suposto vínculo com o PT. Em diversos momentos, também prestou reverências ao Congresso e ao papel do Legislativo.

Para se afastar de discussões políticas, Fachin afirmou que não teria dificuldade em julgar nenhum partido caso se torne ministro do STF.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, avaliou como positiva a aprovação do jurista Luiz Edson Fachin na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para assumir o cargo de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Para o petista, a passagem do indicado da presidente Dilma Rousseff (PT) é "uma vitória para o Brasil e para a própria Corte". A sabatina do jurista aconteceu nessa terça-feira (12) e foi a maior já registrada pela CCJ, com a duração de quase 11 horas. 

“Ganha o Brasil e a Suprema Corte com a indicação desse homem de reputação ilibada e notório saber jurídico. De forma muita altiva, firme e corajosa, ele veio aqui e esclareceu todos os pontos suscitados, respaldado por argumentos técnicos e extremamente convincentes”, afirmou Humberto. A indicação de Fachin foi aprovada por 20 votos a favor e 7 contrários.

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Humberto acredita que, se não houvesse esse “momento de irracionalidade” no cenário político atual, Luiz Edson Fachin teria sido aclamado no Senado e a sabatina não teria sido tão longa. Ele disse que a oposição fez um contorcionismo retórico e jurídico para justificar posições que são, na verdade, políticas. “O debate que se travou aqui é político porque Vossa Senhoria já demonstrou cabalmente que não cometeu nenhuma ilegalidade no exercício profissional que teve”, afirmou Humberto, durante a sessão da CCJ, sobre o fato de Fachin ter atuado como advogado enquanto era procurador-geral do Estado do Paraná. A dupla função é permitida pela legislação.

Durante a sabatina, o líder do PT fez três perguntas a Fachin. Uma sobre a redução da maioridade penal, tema discutido no Congresso Nacional; outra sobre a utilização de mecanismos de participação social no Supremo, como a realização de audiências públicas quando solicitadas pela sociedade civil organizada em temas emblemáticos para os direitos humanos; e, por último, o questionou sobre se identificava alguma implicação que pudesse prejudicar a sua isenção para julgar assuntos de interesse do Governo ou do PT no STF, lembrando que em 2010 o professor apoiou a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República, por meio de um manifesto elaborado por juristas de São Paulo, e em 1989 participou como cidadão no apoio à candidatura do ex-senador Mário Covas (PSDB).

Fachin respondeu que se vier a vestir a toga do Supremo não terá “nenhuma dificuldade, nenhum comprometimento em apreciar e julgar qualquer um dos partidos políticos que existam em nossa Federação”.

A decisão final sobre a ida do jurista ao STF será tomada em votação secreta pelo plenário do Senado. A CCJ aprovou regime de urgência para que seja apreciada a indicação, o que já a deixa pronta para ir a plenário nesta quarta-feira (13). O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB), no entanto, pautou a votação para a próxima terça-feira (19). Para ser aprovado, o jurista precisa de 41 votos favoráveis do total de 81 senadores.

Indicado para ocupar a 11ª cadeira do Supremo Tribunal Federal pela presidente Dilma Rousseff, o advogado Luiz Edson Fachin foi aprovado nessa terça-feira (12) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, por 20 votos favoráveis e sete contrários. A votação ocorreu após uma sabatina de quase 11 horas, na qual Fachin tentou se descolar das polêmicas ligadas a seu nome no último mês e do suposto vínculo com o PT. Em diversos momentos, também prestou reverências ao Congresso e ao papel do Legislativo. A palavra final será dada agora pelo plenário da Casa em votação secreta.

Para se afastar de discussões políticas, Fachin afirmou que não teria dificuldade em julgar nenhum partido caso se torne ministro do Supremo. Ele citou o ex-ministro Joaquim Barbosa, cuja aposentadoria abriu a vaga no STF, como exemplo de atuação independente na Corte. O ex-relator do processo do mensalão, que votou pela condenação de petistas envolvidos no esquema, havia declarado voto no PT em eleições presidenciais.

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"Não tenho nenhuma dificuldade, caso venha a vestir a toga do STF, em apreciar causas de qualquer partido político", afirmou. O jurista negou filiação partidária e disse nunca ter praticado "proselitismo político", mas assumiu que em alguns momentos foi chamado para tomar posição "ora como professor, ora como jurista, ora no exercício da cidadania". Fachin citou situações em que demonstrou apoio a candidatos do PV, PDT e PPS.

A imparcialidade do jurista vem sendo questionada pela oposição desde que foi revelado um vídeo no qual ele pede votos para a presidente Dilma Rousseff, em 2010.

Fachin aproveitou a sabatina para fazer acenos ao Congresso, afirmando que cabe ao Legislativo - e não ao Judiciário - definir questões polêmicas como aborto, impeachment da presidente da República e financiamento de campanha. São circunstâncias em que o Supremo "não deve atravessar a rua", afirmou. Pouco antes da votação da CCJ, o jurista disse que a delação premiada configura um indício, mas não pode ser tratada como "prova contundente" num processo criminal, sem se referir de forma específica ao caso da Lava Jato. Atualmente, 48 políticos são investigados perante o STF por suposto envolvimento no esquema, entre eles senadores com cadeira na CCJ.

Após a sabatina, Fachin disse estar "feliz e honrado por ter sido destinatário de tamanha atenção pelos senadores da CCJ". "E agora aguardo a etapa seguinte, que é a deliberação do Senado Federal", completou.

Após passar pela comissão, Fachin precisa agora ser aprovado em votação secreta no plenário do Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que a apreciação do nome do jurista pelo plenário será na terça-feira, contra o desejo do Planalto (mais informações na página ao lado). No final da sabatina, no entanto, os parlamentares aprovaram regime de urgência na esperança de que a votação ocorra ainda hoje. Renan não foi à sabatina de Fachin.

Apesar da longa duração, os aliados do governo demonstravam menos preocupação com a aprovação na CCJ, e mais com a votação da próxima semana. O medo é que o PMDB use a possibilidade de rejeição da indicação para desgastar a presidente.

Oposição

Coube aos senadores da oposição na CCJ os questionamentos mais controversos a Fachin, como acusações de que defenderia a poligamia e seria contra o direito à propriedade. Ciente disso, o jurista afirmou logo na exposição inicial "não ter fugido", como professor, de debates polêmicos, mas fez uma defesa dos valores da família e da propriedade e em temas como maioridade penal e financiamento de campanha destacou o papel do Legislativo na definição desses temas.

"Trago na minha biografia teses e visões de mundo controvertidas, posições às vezes contundentes. Fui intenso, somos sempre nós e a nossa circunstância, não me escondi atrás da palavras, sou quem sou", disse. Filho de agricultores do Rio Grande do Sul, Fachin se emocionou ao citar sua família.

O questionamento sobre o respeito à propriedade foi levantado pela ala ruralista da Casa, representada por Ronaldo Caiado (DEM-GO). Senadores da bancada evangélica abordaram temas ligados à família e aborto.

O tucano Aloysio Nunes (SP) cobrou o fato de Fachin ter exercido as funções de procurador do Estado do Paraná e de advogado simultaneamente, o que seria vedado pela Constituição local. O jurista exibiu uma autorização da OAB local. A exceção entre os opositores foi o relator da indicação de Fachin, Alvaro Dias (PSDB-PR). Ele voltou a defender a aprovação do jurista gaúcho radicado no Paraná e criticou o "oportunismo" dos correligionários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Questionado pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) sobre ser "um ponto fora da curva" em relação ao posicionamento dos ministros que julgaram o caso do mensalão, Luiz Edson Fachin, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), disse: "nem ponto, nem curva, eu sigo a lei".

A expressão de "ponto fora da curva" foi usada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, ao passar por sabatina no Senado, após indicação da presidente Dilma Rousseff. "Tenho comigo a percepção de que o STF, ao julgar como julgou, deu uma resposta a sociedade brasileira", disse Fachin sobre o caso do mensalão, acrescentando que não poderia exprimir mais opinião por não conhecer os autos do processo.

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Fachin respondeu ao questionamento durante sabatina da Comissão de Cidadania, Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, processo do qual depende sua confirmação como ministro do STF. Quanto à criminalização do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Fachin disse que não se pode ultrapassar a barreira da violência. "Em hipótese alguma, ainda que as pessoas entendam que a reivindicação é legitima", disse, em resposta a questionamento feito por Caiado.

Financiamento de campanha

Questionado sobre sua opinião sobre o financiamento privado de campanhas eleitorais, assunto que está parado há mais de um ano no STF, Fachin disse que talvez não seja uma discussão para a Suprema Corte, sugerindo que esse tema deva ser debatido no Congresso. "Em tese, há certas circunstâncias em que o Supremo não deve atravessar a rua", disse. O indicado ao STF disse ainda que não gostaria, contudo, de se comprometer com essa opinião. "Digo em tese, não quero que seja esse tema apreendido como comprometimento."

Sobre a prerrogativa de foro por função, Fachin disse que essa é uma determinação prevista na Constituição Federal, ponderando, contudo, que "o parlamento poderá hipoteticamente deliberar em sentido diverso", disse. Atualmente, determinados cargos e funções, como deputados, senadores, vereadores, presidentes e membros de Tribunais superiores têm foro específico em tribunais, como STF e Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Instalado no gabinete da Presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não visitou até o momento o jurista Luiz Edson Fachin, que participa nesta terça-feira, 12, de sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A ida à CCJ tem sido uma deferência de Renan, como presidente do Senado, nas duas últimas importantes sabatinas realizadas pelo colegiado para tribunais superiores: o desembargador Reynaldo da Fonseca para ministro do Superior Tribunal de Justiça este ano e o jurista Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal, em junho de 2013.

O peemedebista foi convidado pela presidente Dilma Rousseff para viajar na segunda-feira, 11, no mesmo avião dela para o velório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), morto no último domingo. O gesto de Dilma foi interpretado como uma tentativa de aproximação com Renan, que está em rota de colisão com o Palácio do Planalto nos últimos dias.

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Um aliado do presidente do Senado afirmou ao Broadcast Político que Renan, mesmo não tendo comparecido à comissão, está mais "dócil" com Dilma. Reservadamente, o presidente do Senado tem dito que a Casa não apoiará candidatos que tenham as "digitais do PT" e poderia trabalhar para rejeitar a indicação do indicado ao STF. Nos últimos dias e hoje na sabatina, Fachin tem rebatido as suspeitas de que seria partidário.

O advogado Luiz Edson Fachin abordou, em exposição inicial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, temas que têm sido foco de resistência à indicação de seu nome ao Supremo Tribunal Federal (STF) como questões de propriedade, família e posicionamento político. O jurista disse "não ter fugido" como professor e acadêmico de debates polêmicos, mas fez uma defesa dos valores da família e da propriedade. "Trago na minha biografia teses e visões de mundo controvertidas, posições às vezes contundentes. Fui intenso, somos sempre nós e a nossa circunstância, não me escondi atrás da palavras, sou quem sou", disse o indicado pela presidente Dilma Rousseff para assumir uma cadeira no STF.

Já no início de sua exposição inicial, Fachin disse defender a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade. A ala ruralista do Congresso levantou questionamentos desde a indicação de Fachin sobre artigo publicado pelo jurista a respeito do direito de propriedade que o aproximava do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) - ruralistas vão questioná-lo sobre isso. Fachin citou memórias da "lavoura" e emoções que "se superlativaram durante certo período" de sua vida. Ele disse ter defendido, no entanto, as situações em que há desejo de produzir na terra, dentro da lei. "Sempre fui e sou contra qualquer forma de violência", afirmou.

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Outra polêmica envolvendo seu nome se refere a temas ligados à família, em razão de o jurista, como advogado, ter defendido a extensão de direitos como pagamento de pensão alimentícia a amantes. Na exposição inicial, Fachin fez menção à sua própria família, citando profissão da esposa e das duas filhas. "Ela (minha família) faz parte de mim, de minha trajetória. As questões que envolvem o direito de família estiveram sim em meus estudos. Não fugi de controvérsias nem de debates polêmicos, guardo em mim nada obstante profundo respeito ao ambiente familiar. Quando digo que creio nos valores da família é porque os pratico", defendeu-se, antes de qualquer questionamento.

O fato de Fachin ter declarado apoio à presidente Dilma nas eleições de 2010 também deve ser levantado por senadores de oposição durante a sabatina. Durante exposição na CCJ, Fachin defendeu a liberdade de expressão na democracia e assegurou que irá exercer a função no STF, caso seja aprovado, com independência. "Renovo meu compromisso de julgar com independência, imparcialidade, retidão. Tenho como inafastável a obediência à ordem democrática, garantia dos direitos individuais, interdependência dos poderes do Estado", afirmou o advogado.

O advogado citou Norberto Bobbio e disse que a democracia pressupõe respeito às regras do jogo. "Nessas três décadas, todas as vezes que tive de tomar decisões almejei ter estatura acima de minhas eventuais convicções", disse. O advogado e professor disse compreender a diferença entre o ambiente acadêmico e o da magistratura. "O acadêmico é plural no debate, mas o julgador é um ser imparcial", afirmou.

"Creio no firme respeito às leis e às instituições, creio ser dever do juiz operar por julgamentos objetivos e impessoais. E mais importante, creio no futuro deste País. Creio num País mais justo", completou. O indicado ao STF defendeu a segurança jurídica como "imprescindível" para o desenvolvimento social e urbano.

Emoção

Fachin lembrou sua trajetória de vida e se definiu como um "sobrevivente". "Aqui vos fala um sobrevivente. Emergi desse longo processo de indicação", falou o indicado pela presidente Dilma. Com olhos marejados, se emocionou ao falar dos pais e dos tios e fez uma breve pausa no pronunciamento. "Me orgulho de ter vendido passagens em estação rodoviária, tive desafios desde muito cedo", afirmou.

"Concluo, aqui vos fala um sobrevivente, um homem simples e um professor que advoga soluções pacíficas", completou Fachin. "Mais que sobreviver às vicissitudes do destino que me trouxe aqui, quero viver dignamente para assumir e honrar esse compromisso, antes de tudo porque nele acredito", finalizou.

Após cerca de uma hora e quarenta minutos de debates sobre questões de ordem levantadas por senadores que se opõem à indicação de Luiz Fachin ao Supremo Tribunal Federal (STF), começou nesta manhã a sabatina do advogado paranaense na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Desde a indicação do nome do jurista pelo Planalto, há quase um mês, Fachin tem sido alvo de ataques por parte da oposição e de parlamentares do PMDB. O clima de sua sabatina tende a ser marcado por questionamentos sobre suas ligações com movimentos sociais, posicionamento sobre temas ligados a propriedade e a família e por pedidos de explicação sobre o trabalho como procurador do Estado do Paraná em paralelo à atividade de advogado.

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Depois da arguição pelos senadores e da votação na CCJ, o jurista paranaense precisa da maioria dos votos do plenário do Senado. A data da votação no plenário ainda não foi marcada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que já sinalizou que pode deixar a decisão final para a próxima semana.

O Planalto e o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, têm acompanhado de perto os desdobramentos da indicação de Fachin. Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, passou o dia em telefonemas para articular a aprovação do nome do advogado com senadores e integrantes do governo. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, convidou Calheiros a acompanhá-la na viagem para Santa Catarina, onde aconteceu o enterro do senador Luiz Henrique (PMDB). O gesto foi visto como uma tentativa de aproximação do governo com o presidente do Senado, em meio à dificuldade que Fachin pode enfrentar na Casa.

A sabatina é acompanhada por dois secretários do Ministério da Justiça, Flávio Caetano e Gabriel Sampaio; pelo secretário-geral da presidência do STF, Manoel Carlos de Almeida Neto; pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB); pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e outras autoridades.

Se aprovado, Fachin irá ocupar a vaga aberta pela aposentadoria de Joaquim Barbosa. O ex-ministro anunciou há um ano que iria deixar a Corte e se aposentou oficialmente no final de julho. A escolha do substituto de Joaquim Barbosa é vista no meio jurídico como uma das mais turbulentas do período recente e foi a mais demorada desde a redemocratização.

Prazo para questionamentos

Após muita discussão, a CCJ rejeitou um pedido para estender o prazo de cinco minutos para que senadores façam questionamentos ao jurista. A decisão foi por 19 votos a sete.

Ao pedir mais tempo para a sabatina, o senador Magno Malta (PR-ES) havia reclamado da demora da presidente para indicar o nome de Fachin. "Se ela (Dilma) levou nove meses para parir, por que nós temos que entregar agora o feto?", questionou. "Isso não é casa de caldo de cana, que fica pronto na hora, é o Senado Federal".

A sabatina estava prevista para começar às 10h, mas parlamentares que têm resistido ao nome de Fachin trouxeram questões de ordem antes mesmo de o jurista entrar na comissão. Além do pedido para estender as perguntas e pedir para que as perguntas fossem feitas individualmente, seguidas da resposta, e não em bloco, também foi apresentado questionamento sobre o exercício de dupla atividade por Fachin. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) levantou a questão de ordem e foi apoiado pelo líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). O pedido chegou a ser votado, mas foi rejeitado.

Senadores que têm se manifestado contrariamente à indicação de Luiz Fachin ao Supremo Tribunal Federal (STF) pediram à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que as perguntas da sabatina possam ser feitas individualmente, seguidas da resposta, e não em bloco. Os parlamentares querem também estender o prazo de cinco minutos para perguntas.

Ao pedir mais tempo para a sabatina, o senador Magno Malta (PR-ES) citou a demora levada pela presidente Dilma Rousseff para indicar o nome de Fachin. "Se ela (Dilma) levou nove meses para parir, por que nós temos que entregar agora o feto?", questionou. "Isso não é casa de caldo de cana, que fica pronto na hora, é o Senado Federal", completou o senador.

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A sabatina estava prevista para começar às 10h, mas até o momento os parlamentares que têm resistido ao nome de Fachin trazem questões de ordem antes mesmo de o jurista entrar na comissão. Além do pedido para estender as perguntas e mudar a forma como será realizada a sabatina, também foi apresentado questionamento sobre o exercício de dupla atividade por Fachin. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) levantou a questão de ordem e foi apoiado pelo líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou a demora para iniciar a sabatina. "Temos um dos juristas mais conceituados deste País e estamos vendo que isso virou um debate político e muito interesse da oposição em desgastar o governo. Queria de público pedir desculpas ao professor Fachin", disse a petista. "Não vi um comportamento desse da CCJ em outra oportunidade em que se faziam sabatinas", completou Gleisi.

Antes de Luiz Edson Fachin entrar para a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que acontece nesta manhã, o senador peemedebista Ricardo Ferraço (ES) levantou questão de ordem para questionar o fato de o jurista ter assumido cargo de procurador do Estado do Paraná concomitantemente com o exercício da advocacia. Ferraço tem sido opositor ferrenho da indicação de Fachin à vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador pediu que a presidência da CCJ segurasse a indicação de Fachin pelo não preenchimento dos requisitos constitucionais da indicação, sugerindo que Fachin, a despeito de possuir "notório saber jurídico", não possui reputação ilibada. O presidente da CCJ em exercício, José Pimentel (PT-CE), no entanto, rejeitou o pedido.

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O questionamento antes do início da sabatina é atípico na Casa. Ferraço disse que houve uma "flagrante violação praticada por anos a fio", durante o período em que o advogado exerceu a dupla atividade. "Com base nesta questão de ordem, invoco artigo 101 da Constituição para afirmar que o indicado não preenche os pré-requisitos constitucionais para que seu nome possa ser submetido à CCJ", disse Ferraço.

Plenário

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), não quis responder se o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), aceitou levar para a votação em plenário o nome de Fachin ainda nesta semana. "Essa é uma boa pergunta", disse ao chegar para a sabatina do indicado ao STF na CCJ.

Nesta segunda-feira, 11, a presidente Dilma Rousseff teria feito um último aceno para diminuir a resistência que Renan tem demonstrado em relação ao nome de Fachin. Os dois conversaram durante a viagem a Santa Catarina, onde participaram do enterro do senador Luiz Henrique da Silveira, morto no último domingo.

Após a sabatina, líderes do governo devem pedir urgência para que a votação do nome indicado para o STF aconteça nesta terça ou quarta-feira. Renan, no entanto, tem sinalizado que vai levar o tema à plenário somente na próxima semana.

Indicado para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o jurista Luiz Edson Fachin já chegou ao Senado para participar na manhã desta terça-feira, 12, de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça da Casa (CCJ). Ele chegou acompanhado pela mulher e assessores. Fachin foi abordado pela reportagem, que o questionou quanto à expectativa diante da sabatina, mas Fachin, sorridente, preferiu não se pronunciar. "Com todo prazer nos falamos depois", disse.

Fachin foi recebido por assessores da CCJ e levado para uma sala ao lado de onde ocorrerá a sabatina. A sala da CCJ só será aberta às 9 horas, mas já há uma fila de jornalistas, assessores e cidadãos em geral aguardando a abertura do local.

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A sabatina está marcada para as 10 horas e, como a sala é pequena, um outro espaço com telão foi providenciado para os interessados em acompanhar a sessão.

Luiz Edson Fachin recebeu na segunda-feira, 11, um líder de partido da base aliada - que pede para não ter o nome revelado. Entre as questões tratadas com o advogado estava um artigo publicado em 1986 sobre a reforma agrária no Brasil.

Fachin sinalizou que adotará o discurso de que o contexto social da época era um e que hoje, é outro. Também foram passadas respostas sobre legalização do aborto e maioridade penal. Sobre o primeiro item, o advogado afirmou que, "como cristão", se posicionará contra. Em relação à redução da maioridade, a tendência é ele mostrar prós e contras e ressaltar que a decisão cabe ao Congresso.

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Fachin foi orientado a dar respostas curtas, sem precisar citar a legislação ligada ao tema. Na saída da reunião, abordado pela reportagem, o jurista falou resumidamente sobre os temas polêmicos a que deverá responder na sabatina. "Vamos enfrentá-los."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Indicado para ocupar uma das cadeiras no Supremo Tribunal Federal, o jurista Luiz Edson Fachin começou uma campanha nas redes sociais para diminuir a rejeição que seu nome tem enfrentado. Nos últimos dias, além de páginas no Twitter e no Facebook, ele lançou um site e um canal no YouTube, por meio de parentes e amigos, para rebater acusações e receber manifestações de apoio. Batizado de "#FachinSim", o movimento faz uma contraposição a uma série de postagens na internet que usam a hashtag "#FachinNão" para criticá-lo.

Indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga no Supremo em 14 de abril, Fachin será sabatinado nesta terça-feira (12) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Seu nome, no entanto, deve ser levado a plenário somente na próxima semana.

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Em atrito com o governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, não tem mostrado simpatia pela escolha da petista e deve adiar a votação secreta em plenário a fim de aumentar a pressão sobre o Planalto.

Família

Dos quatro vídeos já postados no YouTube, dois deles tentam desmistificar a ideia de que o jurista tem posições contrárias à família. O tema tem sido explorado por setores mais conservadores, que veem uma defesa da poligamia em casos que Fachin atuou como advogado. "É evidente que no Direito brasileiro não há lugar para o reconhecimento da poligamia", diz o jurista numa das gravações. "Não sou a favor da poligamia. Não defendo nenhuma desestruturação da família", completa o jurista.

Pareceres

Em outro vídeo Fachin se defende da acusação de que seria ilegal ter atuado como advogado enquanto ocupava o cargo de procurador do Estado do Paraná, entre 1990 e 2006.

Na semana passada, uma verdadeira guerra de pareceres sobre o tema se instalou no Senado. A pedido do senador peemedebista Ricardo Ferraço (ES), que havia levantado a questão durante uma reunião da CCJ, um consultor técnico da Casa emitiu relatório dizendo que a dupla atividade do jurista "violava o ordenamento legal".

Outra nota técnica, desta vez encomendada pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), defendia que há amparo legal para a postura de Fachin. Um site também foi criado para que as pessoas mandem e-mails aos senadores manifestando apoio ao nome de Fachin, já que, nas últimas semanas, parlamentares têm relatado que suas caixas de e-mail lotam de mensagens pedindo para que votem contra a aprovação do nome do jurista.

Único senador tucano a apoiar publicamente o nome de Fachin, Álvaro Dias conta que nunca foi tão criticado nas redes sociais. Apesar de estar fazendo campanha pelo jurista porque Fachin, embora seja gaúcho, fez carreira no Paraná - o mesmo Estado do tucano -, ele diz não se arrepender e tem visto o momento como uma oportunidade de voltar a ter uma atuação mais de centro-esquerda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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