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Os movimentos sociais esperam reunir nas ruas de Belo Horizonte pelo menos 30 mil manifestantes nesta quinta-feira, 11, o Dia Nacional de Luta. A concentração começa às 10 horas, na Praça Sete, no centro da capital de Minas Gerais, De lá, os manifestantes sairão em passeata em direção à Praça da Liberdade e outros locais.

O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Minas, Carlos Magno de Freitas, disse que os últimos detalhes do ato serão fechados nesta quarta-feira, 10. Freitas afirmou que haverá uma grande adesão. "Temos feito nossas caravanas a Brasília com uma série de reivindicações que não foram destravadas. Portanto, o momento é agora", disse.

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Já aderiram ao Dia Nacional de Luta estudantes, eletricitários, que prometem cruzar os braços, assim como bancários e professores da rede pública. Segundo ele, as manifestações também ocorrerão no interior, com protestos marcados em cidades-pólo do Estado, como Juiz de Fora (Zona da Mata), Uberlândia (Triângulo Mineiro) e Varginha (Sul de Minas). As reivindicações, conforme Freitas, são várias e incluem desde o fim das parcerias público-privadas (PPPs) à não votação do Projeto de Lei 4.330, que amplia a terceirização, ao transporte público de maior qualidade e à reforma política, entre outros itens.

Às vésperas de promover o Dia Nacional de Lutas, programado para quinta-feira, 11, a maioria das centrais sindicais se mostrou contrária à participação de membros do Partido dos Trabalhadores (PT) no ato. Na última sexta-feira, 05, a presidente municipal do PT em São Paulo, vereadora Juliana Cardoso, convocou a militância do partido para uma mobilização no dia 11, em defesa da reforma política e do plebiscito, propostas defendidas pela presidente Dilma Rousseff. O ato será na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), a partir das 14h. No mesmo dia, as centrais sindicais pretendem fazer uma grande concentração no mesmo local, a partir do meio dia.

O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse mais cedo que o PT tenta se aproveitar dos atos programados pelas centrais para desviar a atenção da pauta trabalhista, que não incluem a reforma política e o plebiscito. "As manifestações são por uma pauta específica e antiga. O PT pegou carona nisso para tentar enfiar uma espécie de contrabando e nós não aceitamos", disse.

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Para Paulinho, "não tem defesa da Dilma (nos atos das centrais). Até porque eu acho que as manifestações são contra ela e ela não percebeu. Isso vai acirrar os ânimos. No nosso meio, que até estava tranquilo, agora vão aparecer muitas plaquinhas de fora Dilma". Ele afirmou que, para evitar confusão, assim que terminar de falar no ato da Paulista vai "mandar o nosso povo embora".

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que a entidade já tinha deixado claro ser contra transformar as reivindicações em um ato pró-governo. "Nós não estamos apoiando Dilma. O PT tem que entender que ele é governo e os trabalhadores estão na oposição."

Questionado sobre a ideia do PT em chamar manifestações para o mesmo dia e local das centrais, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, também teceu críticas. "Essa paralisação não é dos partidos políticos, mas das centrais sindicais e dos movimentos sociais."

O secretário executivo nacional da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida, o Zé Maria, que também preside o PSTU, afirmou que as manifestações das centrais têm uma pauta de reivindicações própria, que não incluem, neste momento, a reforma política e o plebiscito. "Esse é um ato contra o governo", afirmou. "Quero ver quem vai pegar o microfone para defender a presidente Dilma no protesto", desafiou. Zé Maria, no entanto, disse que não deve haver hostilidades contra eventuais manifestações partidárias favoráveis ao governo. "Mas vai haver vaia bem grande."

Zé Maria ponderou que a participação de partidos não será mal vista. "Todos que quiserem apoiar a greve e as reivindicações são bem-vindos." De acordo com ele, seu partido, o PSTU, participará do ato.

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB), Ubiraci Oliveira, criticou o fato de o PT tentar trazer sua pauta para as manifestações. "Os partidos têm direito de ter posição, o que não pode é querer pegar carona", disse. "(Os militantes do PT) não podem querer colocar na pauta o que não é o centro da pauta de reivindicações. Considero que essa questão (da reforma política e plebiscito) é secundária."

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, disse não ver problema em o PT chamar uma manifestação para o mesmo dia. Ele ponderou que as centrais têm as suas reivindicações e o PT as dele. "A Avenida Paulista não tem dono. A diferença é que há uma pauta das centrais e outra dos partidos. Não vamos criticar nem taxar de oportunistas."

Procurada, a executiva nacional do PT, presidida pelo deputado estadual Rui Falcão, disse que ele não iria se manifestar. O PT estadual, presidido pelo deputado Edinho Silva, também preferiu não se pronunciar. A presidente do PT municipal, Juliana Cardoso, que chamou a passeata petista, não respondeu às ligações até o fechamento desta reportagem.

Defesa

Para o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, a participação de membros do PT é natural. "Assim como do PC do B e outros partidos. Qualquer sigla que estiver com as mesmas bandeiras é natural que participe." Adi reafirmou o apoio da CUT à presidente. "Claro que não apoiaremos (um suposto movimento pedindo a saída da Dilma). Somos a favor do fortalecimento da democracia, mas a CUT apoia a Dilma e o prefeito (Fernando) Haddad", reforçou.

Paulinho, porém, fez questão de ressaltar que a presidente "não tem mais nada a ver com os trabalhadores". "Não estamos falando do governo Lula, que tinha uma relação diferente. Foi o governo Dilma que nos abandonou", reforçou.

O presidente da Força ponderou que a opinião diferente da CUT não significa um racha nas centrais. "Eu acho que não, porque nossa pauta é clara, temos uma pauta comum", disse, ressaltando esperar que "nas manifestações pró-governo que alguns vão fazer, eles lembrem que têm uma pauta."

Segundo Adi, da CUT-SP, ele ainda não conversou com dirigentes do PT sobre o ato do partido no dia 11 e não sabe exatamente o que colocarão no debate, mas defendeu a bandeira da reforma política. "Esse ponto (da reforma política) foi comum entre as centrais", afirmou.

A Força Sindical divulgou na manhã desta segunda-feira (8), sua agenda preliminar das manifestações que pretende realizar na quinta-feira (11), quando as centrais sindicais, de forma conjunta, planejam o Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações. As centrais sindicais decidiram realizar o evento para defender a pauta trabalhista, que inclui o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho, entre outros pleitos históricos do movimentos.

De acordo com a Força, pelo menos sete rodovias que passam pela capital paulista terão trechos interrompidos pelos trabalhadores. Além disso, ao menos três portos - Santos-SP, Paranaguá-PR e Suape-PE -, nos quais a Força representa a maioria dos sindicatos, serão paralisados.

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Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva, cerca de 80% das exportações brasileiras passam pelos portos de São Paulo e Paraná. "Tudo que o Brasil exporta de soja, por exemplo, sai de Santos e Paranaguá." Ele afirmou que há uma estimativa da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) segundo a qual cada dia de paralisação no Porto de Santos faz com que R$ 70 milhões deixem de ser movimentados.

O sindicalista disse ainda que o congestionamento causado pela manifestação dos trabalhadores na quinta-feira deverá fechar parte da Rodovia Anchieta. "Vai ser muito pior do que os congestionamentos que já temos normalmente. Vamos andar pela Avenida Perimetral do porto até a entrada da cidade de Santos." Segundo ele, essa ação fará com que "o carrossel das empresas seja quebrado".

"Com o porto fechado, as empresas terão que mudar sua programação. Normalmente, elas calculam o seu sistema logístico imaginando o funcionamento normal das operações." Para Rodnei, mesmo com os transtornos que serão causados, a ação é importante para a luta dos trabalhadores. "O prejuízo fica com eles (empresas)."

Além da paralisação da próxima quinta-feira, os portos também estarão fechados no dia anterior. O protesto na quarta-feira (10) será contrário à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos.

Estradas

O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), conhecido como Paulinho da Força, confirmou atos em pelo menos sete rodovias na quinta-feira: Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra, Anchieta, Mogi-Bertioga, Castelo Branco e Anhanguera.

Na Fernão Dias, a manifestação deve começar na altura de Guarulhos e seguir em direção à Dutra. Haverá concentração de trabalhadores em frente ao Internacional Shopping Guarulhos. Já na Raposo Tavares, o ato se estenderá entre os quilômetros 14 e 18. Na Dutra, além de manifestações próximas à capital paulista, haverá paralisação em trechos próximos a Volta Redonda e a Resende.

Na capital paulista, Paulinho afirmou que o trânsito na cidade "ficará um inferno". Há atos previstos na Marginal do Tietê, na Radial Leste e na Avenida do Estado. No total, a Força Sindical estará à frente de pelo menos 12 pontos de paralisações na cidade. Há ainda uma grande manifestação prevista na Avenida Paulista, ao meio-dia, que reunirá representantes de todas as centrais sindicais.

Outros Estados

A Força Sindical também informou ter a confirmação de manifestações em vários Estados do País. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a BR-290, conhecida como Freeway, terá protestos desde as 7 horas. Na capital gaúcha, está prevista a concentração de trabalhadores, às 16 horas, em frente à prefeitura.

Já em Santa Catarina, a BR-101 terá atos nas proximidades de Itajaí, Laguna, Chapecó e Criciúma. Em Florianópolis, a partir das 15 horas, haverá concentração na Praça Tancredo Neves. No Paraná, a BR-277 e a BR-376 deverão ter trechos interrompidos. Em Curitiba, a Praça Rui Barbosa, no centro, terá concentração de trabalhadores às 16 horas. No Rio de Janeiro, o ponto de encontro dos manifestantes será na Cinelândia, às 15 horas.

Em Pernambuco, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão interrompidas e 55 mil funcionários do Complexo Portuário de Suape-Ipojuca não vão trabalhar durante todo o dia. No Rio Grande do Norte, os trabalhadores deverão se concentrar na Avenida Beira-Mar. Já em Manaus, os cerca de cem mil trabalhadores do Parque Industrial deverão cruzar os braços.

O Dia Nacional de Lutas que está sendo preparado pelas centrais sindicais para acontecer no próximo dia 11 começa a ganhar corpo com a confirmação de que várias categorias devem aderir ao protesto, com greves e manifestações. Haverá paralisação desde o setor de transportes até construção pesada, que deve afetar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Também se preparam para o dia categorias de serviços, como bancos, e da indústria, como metalúrgicos, petroleiros, mineradores e químicos. Boa parte dos sindicatos patronais diz desconhecer o movimento, mas já há manifestações de setores como a Indústria se posicionando contrariamente à mobilização.

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Nesta sexta-feira, as principais centrais sindicais confirmaram que a cidade de São Paulo terá diversos pontos de manifestação e que haverá uma grande concentração de trabalhadores no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, a partir do meio-dia. Segundo a Central Única dos Trabalhadores do Estado (CUT-SP), bancários, químicos e petroleiros da capital são algumas das categorias que já confirmaram presença no local. "A adesão está muito forte. Muitas categorias já definiram pela paralisação", reforça Adi Santos de Lima, presidente da CUT-SP.

O objetivo do que vem sendo chamado pelos sindicatos de 'Dia Nacional de Lutas', seria sensibilizar os governos da chamada pauta trabalhista (que inclui o fim do fator previdenciário, carga de 40 horas semanais de trabalho, reajuste para os aposentados), além de cobrar mais investimentos em áreas como saúde, educação e transporte.

O trânsito na capital paulista provavelmente será bastante afetado.

Cerca de 50 pessoas estavam concentradas na Praça do Derby no final da tarde desta sexta-feira (5), apoiando o movimento de greve dos motoristas da Oposição Rodoviária. Membros de outros sindicatos estavam presentes para apoiar a causa Central Sindical Popular (CSP), liderado por Aldo Lima.

Representantes dos sindicatos, como da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e os Correios, estão juntos com a Oposição Rodoviária da CSP. Segundo o líder dos grevistas, Aldo Lima, foi feita a reunião para obter ajuda dos sindicatos que se solidarizaram pela causa, inclusive financeiramente. “Nós representamos a população, temos total apoio porque o atual sindicato dos rodoviários não resolve nada”. 

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A pequena assembleia foi realizada de forma pacífica na Praça do Derby. Os participantes ouviram as palavras dos líderes dos sindicatos e foram embora sem bloquear nenhuma via.

Pernambuco vai sediar, pela primeira vez, a segunda edição do Congresso Regional do Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio (Sicomércio) para a Região Nordeste. O evento pretende discutir o uso da liderança como instrumento de melhoria da representatividade e da representação.

O Sicomércio começa nesta segunda-feira (1) e segue até a próxima quarta (3), no Mar Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. As inscrições podem ser realizadas no site da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e no local. 

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Os eventos do Sicomércio têm como principal finalidade garantir e melhorar o nível de capacitação contínua das entidades representativas dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo, por meio de treinamentos e palestras que tratam de temas de interesse comum aos sindicatos.

Com informações da assessoria

Os motoristas da Região Metropolitana do Recife (RMR) cruzam os braços, a partir das 0h, desta segunda-feira (1°). A decisão foi tomada na última quinta-feira (27), após uma reunião no Ministério do Trabalho entre representantes da categoria e o sindicato patronal.

De acordo com Patrício Magalhães, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, o valor de 3% de reajuste oferecido pelos patrões não foi satisfatório. Atualmente, motoristas ganham R$ 1.500,00; cobradores, R$ 690,00; e fiscais R$ 970,00.

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A categoria chegou a afirmar que apenas 30% da frota atual estará circulando pelas ruas amanhã, mas conforme uma liminar concedida pelo desembargador, Pedro Paulo da Nóbrega (vice presidente em exercício do TRT), o percentual de 80% da frota deve ser mantido nos horários de pico.

Aldo Amaral foi eleito com 250 votos dos dirigentes sindicais neste sábado (15), em um hotel no bairro de Boa Viagem. Pelos próximos quatro anos (2013/2017) o eleito continuará seu mandato como presidente da Força Sindical em Pernambuco. Aldo já estava no cargo desde 2011, quando foi indicado pela Executiva Estadual para substituir o então presidente, Marcos Sérgio, que renunciou o cargo.

Durante os próximos quatro anos, Aldo disse que vai lutar por mais espaço e direito dos trabalhadores. Afirmando que vai observar as novas vagas do setor de infraestrutura que está vindo para Pernambuco, ele quer o crescimento para a região, mas com qualidade e ganho para o trabalhador.

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Aldo Amaral comanda uma central sindical, que reúne atualmente 123 sindicatos e representa cerca de um milhão de trabalhadores em Estado. A Força Sindical será composta por 53 integrantes, sendo 15 representantes da executiva, cinco suplentes, seis representantes do conselho fiscal, além dos 27 integrantes que vão compor as nove secretarias que integram o organograma da Força Sindical em Pernambuco. 

 

Novos protestos eram esperados nesta terça-feira (4) na Turquia, após uma noite de violentos confrontos que deixaram um segundo homem morto, enquanto os sindicatos do país se preparavam para participar de protestos contra o governo em todo o país. Enquanto o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan está em visita ao Norte da África, o presidente Abdullah Gul reuniu-se com o vice-primeiro-ministro Bulent Arinc nesta terça-feira parta discutir as respostas do governo à crise. Mais tarde, Arinc pediu desculpas pelos manifestantes que ficaram feridos.

Na noite de segunda-feira, Erdorgan declarou no Marrocos que espera que a situação esteja resolvida quando ele voltar para o país, na quinta-feira. O primeiro-ministro adotou um tom desafiador, chamando os manifestantes de extremistas marginais, embora centenas de milhares de manifestantes tenham tomado as ruas, na maioria, de forma pacífica. Dois manifestantes foram mortos durante os protestos que já chegam à segunda semana. Um deles foi atropelado por um táxi em Istambul e o outro morreu em Antakya, na fronteira com a Síria, na noite de segunda-feira.

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"Nossos cidadãos usaram seu direito legítimo de reação e nós recebemos isso com respeito. Porém, eventos que tiveram início como demonstrações legítimas infelizmente tomaram uma magnitude muito diferente", declarou Arinc à televisão em Ancara, após reunir-se com Gul. Nesta terça-feira, os manifestantes prometeram manter os protestos após entrarem em confronto com a polícia na praça Taksim, centro de Istambul, nas primeira horas do dia. A Confederação dos Sindicatos dos Funcionários Públicos (KESK, na sigla em turco), que tem 240 mil membros, realiza uma greve de dois dias em solidariedade aos manifestantes e para exigir melhores condições de trabalho de garantia de renda.

Os protestos tiveram início na semana passada com um grupo pequeno e pacífico que ocupou o parque Gezi, onde Erdogan quer destruir o único espaço verde de Istambul para abrir caminho para um prédio de uso misto no formato de um quartel otomano. Quando a polícia interveio com gás lacrimogêneo e canhões de gás para remover os manifestantes do parque, as tensões se intensificaram. Na sexta-feira, mais de 1000 mil pessoas em toda a Turquia haviam saído às ruas, no que se transformou nas mais violentas manifestações contra o governo desde que Erdogan chegou ao poder, uma década atrás.

Fonte: Dow Jones Newswires.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) considera "um grande equívoco" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros em mais 0,5 ponto porcentual, tomada no mesmo dia do anúncio do crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre, e "condena com veemência o verdadeiro terrorismo que o mercado financeiro vem exercendo sobre o Banco Central para que encampe seus interesses".

"A elevação da Selic pela segunda vez consecutiva no ano é um desastre do ponto de vista econômico e social. Não existe a ameaça de descontrole inflacionário e vai frear ainda mais o ritmo do crescimento econômico, a expansão do crédito, o fortalecimento da produção e do consumo e a geração de empregos", critica, em nota, Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "O Copom mais uma vez cedeu à chantagem dos rentistas e especuladores do mercado financeiro, os únicos que ganham com essa decisão."

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Força Sindical

A Força Sindical avalia que o aumento da taxa do juro é uma escolha ruim para o emprego. Segundo o presidente do sindicato, Paulo Pereira da Silva, "a decisão acende o sinal de alerta para os trabalhadores porque, embora os índices mostrem bom nível de emprego, elevar a taxa Selic contribuirá para a redução de investimentos no setor produtivo". Na avaliação dele, com juros mais altos para os investidores financeiros, sobra menos capital para o investimento produtivo e também para programas sociais. "Aumentar os juros não é uma boa estratégia para reduzir a inflação. Para isso é preciso investir na produção", diz.

Na manhã da última quarta-feira (18), no Dia do Trabalhador, centenas de manifestantes sindicais de Alagoas saíram às ruas para comemorar o dia e protestar contra o governo e contra os patrões que autorizaram o expediente de funcionários neste feriado. A concentração aconteceu no Posto 7, no bairro da Jatiúca, em Maceió, e seguiu o percurso até o antigo Alagoinha.

A 3º jornada de Lutas em Defesa de Alagoas contou com a participação de cerca de 5 mil pessoas e teve início às 10h20. Dentre os manifestantes se encontravam representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de sindicatos filiados ao órgão, partidos políticos e movimentos em defesa do estado e sociais.

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Segundo a presidente da CUT-AL, Amélia Fernandes, além de representar uma comemoração do Dia do Trabalhador marcado por conquistas, lutas e reflexões trabalhistas, é preciso lembrar também às autoridades da triste realidade em que se encontra Alagoas, principalmente em relação à saúde, segurança pública e a falta de valorização aos servidores públicos. “Lutamos para ter melhores direitos de classe e buscar a cidadania e a valorização do trabalho”, afirmou a manifestante.

O fato de nenhum supermercado abrir no feriado, fez com que o Sindicato dos Trabalhadores em Supermercado de Alagoas (SINDSUPER-AL) comemorasse ainda mais o dia, e, além disso, chamada a atenção na caminhada, o lançamento da campanha salarial 2013 do servidor público estadual, que revindica 15% da reposição, luta em defesa da Companhia de Saneamento de Alagoas  (Casal) contra a privatização do abastecimento de água, críticas ao governador do Estado e, protesto contra o aumento do duodécimo da Assembleia Legislativa.

Além da manifestação houve vários grupos que fizeram algumas apresentações artísticas e musicais no local.

 

O deputado Luiz Alberto (PT-BA), relator da Medida Provisória que altera a lei sobre a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas (MP 597/2012), apresentou nesta quarta-feira parecer na comissão especial em que torna obrigatório que as empresas repassem aos sindicatos informações sobre a situação econômica e financeira para que a entidade possa realizar a negociação coletiva. Os sindicatos terão de tratar as informações com sigilo, sob pena de responsabilização judicial.

Ao acatar três emendas, Alberto afirmou que as empresas terão até 30 de janeiro de cada ano para apresentar o balanço do ano anterior e, até 5 de maio de cada ano, para tornar disponíveis informações fiscais e contábeis, entre outras, para as entidades sindicais. O relator da MP não levou adiante a intenção de pôr uma emenda que torna obrigatório o pagamento da participação dos trabalhadores nos lucros e resultados da empresa (PRL) quando das negociações da comissão mista. O parlamentar é autor de um projeto de lei com esse teor.

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A forma de pagamento da PRL será definida, pelo texto, por meio de uma comissão partidária que contará com representantes de trabalhadores escolhidos por eleição no sindicato. O relator exigiu em seu parecer que a isenção do imposto de renda sobre a PRL seja feita, no ano-calendário de 2014, com os mesmos porcentuais da tabela de IRPF.

A isenção da cobrança do imposto de renda para a PRL prevista na medida provisória foi mantida para os repasses de até R$ 6 mil. Para os pagamentos entre R$ 6 mil e R$ 9 mil, a tributação será de 7,5%. Para os repasses de R$ 9 mil a R$ 12 mil, a alíquota incidente seria de 15%. Aqueles que receberem de R$ 12 mil a R$ 15 mil terão de pagar 22,5% de imposto. Os valores acima de R$ 15 mil contarão com a incidência de 27,5% do imposto de renda. O texto deve ir à votação nesta quinta-feira na comissão mista e, em seguida, será apreciado pelos plenários da Câmara e do Senado.

O maior museu do mundo, o Louvre, fechou nesta quarta-feira (10) por causa de uma paralisação dos agentes da segurança em protesto contra os batedores de carteiras, cada vez mais numerosos, e que têm prejudicado a imagem turística de Paris.

O museu será reaberto na quinta-feira. Os sindicatos indicaram que haviam conseguido da diretoria da instituição o compromisso de adotar medidas contra as agressões ligadas aos batedores de carteira, segundo uma fonte sindical. Entre as medidas, a força policial deverá ser reforçada consideravelmente. A última greve no museu foi em dezembro de 2009 e durou vários dias.

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Monika Kreuzig, professora austríaca de francês em visita à capital francesa com seus alunos, se disse "muito decepcionada". Ela explicou que ficou na fila "por mais de uma hora em vão" em frente à Pirâmide de entrada do museu e infelizmente precisará partir em dois dias.

Segundo a direção do Louvre, que apresentou uma queixa junto ao Ministério Público de Paris em 2012 e pediu reforços policiais para combater as redes de batedores de carteira que atuam em suas instalações, "duzentos agentes que fazem a segurança do estabelecimento exerceram o seu direito nesta quarta-feira".

A paralisação espontânea dos funcionários foi um ato de "desespero". Enquanto monitoram as obras de arte e o público em geral, "são vítimas cada vez mais frequentes de agressões, cuspes, ameaças e insultos por parte de gangues de ladrões, muitas vezes menores de idade, que atacam os visitantes sem que ninguém intervenha", denunciou o sindicato.

A direção indicou que havia registrado "150 queixas de visitantes". "Sempre existiram batedores de carteira no Louvre e nos locais turísticos do centro de Paris, mas há um ano e meio, são cada vez mais violentos, andam em bando e seu modus operandi é errante. Nada os para", ressalta Sophie Aguirre, agente de segurança do museu e sindicalista.

Um de seus colegas citou um caso de uma "sala evacuada emergencialmente em um domingo, após um ataque a um casal praticado por batedores de carteira que voltaram na semana seguinte" para novos roubos.

Esses ladrões, segundo vários agentes, são geralmente menores de idade do leste europeu que entram gratuitamente no museu em grupos de "20 ou 30" e às vezes adultos, que mesmo quando detidos pela polícia voltam a roubar dias depois. Cerca de cem agentes da segurança se reuniram em frente ao Ministério da Cultura, onde uma delegação foi recebida.

Após este encontro, o ministério indicou que a ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, entrará em contato com o ministro do Interior, Manuel Valls, "a fim de implantar um dispositivo de segurança adaptado a esta situação inaceitável e reforços policiais no exterior dos museus".

A direção do museu indicou à AFP ter decidido tomar medidas de interdição temporária aos delinquentes que já foram identificados. O Louvre recebe 10 milhões de visitantes a cada ano. Cerca de mil agentes e 470 funcionários trabalham diariamente no local, segundo a direção.

Esta situação é um novo golpe para a imagem da capital, após as repetidas agressões a turistas chineses que provocaram a reação de Pequim e fizeram com que o Ministério do Turismo abrisse uma investigação.

Em 20 de março, um grupo de 23 chineses que acabava de chegar a Paris foi assaltado em frente a um restaurante. Seu guia foi agredido e os bandidos levaram uma mochila com os passaportes e uma grande quantidade de dinheiro do grupo.

O Palácio do Planalto está preocupado com vazamento de documentos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mostrando a "Ordem de Missão 022/82105", de 13 de março de 2013, que foi encaminhada a 15 superintendências da Abin e que traz em destaque o alvo dos agentes: "Mobilização de Portuários". O governo está convencido que a publicação de documentos sigilosos pela imprensa são fruto da guerra que está instalada na agência de inteligência desde o início da gestão Dilma e da nomeação do general José Elito Siqueira para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão que comanda a Abin.

Em uma demonstração clara da briga política instalada na Agência, a Associação dos Oficiais de Inteligência (Aofi) distribuiu nesta terça-feira nota oficial na qual destaca que "a Abin é totalmente submissa ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI/PR)" e que "nenhum ato, fato ou circunstância ocorre dentro da Abin sem que haja ordem expressa do General José Elito ou sua aprovação explícita". Em seguida, após destacar que há uma "total centralização" de decisões, esclarece que, "se houve Ordem de Missão como afirma a reportagem, essa foi produzida por ordem expressa do GSI, de acordo com as disposições do Mosaico de Segurança Institucional, criado pelo general José Elito". A Aofi defende ainda a "desmilitarização" da agência, desvinculação da Abin de um "GSI militar", pede "controle parlamentar da atividade de inteligência" e "revisão e aprovação da Política Nacional de Inteligência".

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Ainda nesta terça-feira, a assessoria do GSI distribuiu nota informando que "o documento apresentado na reportagem é de rotina, circular" e "mostra o procedimento normal de uma Inteligência de Estado". Apesar da clareza e do objetivo revelado pelo documento publicado pelo Estado, a nota diz ainda, que "a Abin não faz operações para vigiar movimentos sindicais ou sindicalistas" e que "não há, no documento, referência à montagem de qualquer operação no Porto de Suape". O documento, no entanto, traz Pernambuco, estado que abriga Suape, como um destino da missão.

A nota acentua que a Abin "não utiliza métodos investigativos próprios de atividade policial em seus procedimentos institucionais". Mas o documento obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo e publicado na edição desta terça-feira, mostra que a "missão" da Abin segundo a "ordem" é identificar ações grevistas como reação à Medida Provisória 595, que altera o funcionamento dos portos e monitorar portuários e sindicalistas contrários à MP. O alvo central do monitoramento, ainda de acordo com o documento, são sindicalistas ligados à Força Sindical. A central sindical se uniu às críticas feitas pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), contra a MP dos Portos. Campos é possível candidato à Presidência em 2014.

O GSI e a Associação de Oficiais da Inteligência já travaram pelos menos três embates desde o início do governo Dilma. Um no segundo mês da administração Dilma, quando integrantes da Aofi conseguiram marcar reunião e entregar um documento à assessoria direta da presidente pedindo que a Abin não tenha nem subordinação militar, nem subordinação policial, além da reestruturação do órgão. Depois, em novembro, a associação publicou nota em seu site criticando o foco da agência para analisar prioritariamente movimentos sociais, classificando esta decisão como "nefasta". Para eles, é "nefasto aceitar que seja correto o acompanhamento pela inteligência de Estado desses movimentos". Servidores do órgão consultados na época pela reportagem classificaram esta prática como "atrasada" e lembraram que ela era corriqueira em tempos do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI).

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, apresentou nesta terça-feira requerimento à Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados convocando as gerências do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para explicar o monitoramento dos sindicatos no Brasil. O documento, de acordo com a Força SIndical, foi assinado por diversos deputados.

Documentos confirmam que o GSI mobilizou a Abin para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória (MP) 595, conhecida como MP dos Portos. Em nota, Paulinho classificou a ação do governo como "repressiva" e disse que ela "não vai calar o movimento sindical". Ele afirmou ainda que a ação do governo teve como objetivo aparelhar a Abin para "espionar, intimidar e controlar os trabalhadores e suas lideranças".

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A nota não faz menção direta à presidente Dilma Rousseff, mas faz uma citação de forma velada a ela. Segundo a Força, "é inaceitável que um governo, que tem entre seus membros pessoas que foram perseguidas durante o regime militar, utilize métodos de repressão para intimidar os legítimos representantes da classe trabalhadora".

Conforme o comunicado, a central sindical pretende formalizar na Organização Internacional do Trabalho (OIT) uma reclamação contra a administração federal brasileira pelo não cumprimento da Convenção 87, da qual o Brasil é signatário. De acordo com a entidade, a norma prevê os princípios da liberdade sindical, consagrando-a nas formas individual e coletiva.

Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu nesta terça-feira que o Poder Executivo federal explique a investigação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a sindicatos e portuários contrários à MP dos Portos. Após cerimônia em Campinas (SP), Alckmin criticou o fato de o Gabinete GSI ter negado a operação, na semana passada, e só ter assumido o ocorrido após o jornal O Estado de S.Paulo ter revelado, na edição desta terça-feira, o documento que comprova o monitoramento dos portuários ligados à Força Sindical. "Eu não tenho detalhes, mas a gente deve esperar que o governo federal explique quais foram os objetivos, por que fez. Acho que só não se deve negar a investigação", afirmou.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB e possível candidato a presidente da República, ouviu nesta segunda-feira do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, que, no momento em que ele decidir se candidatar "as portas da Força Sindical estão abertas" para ele. A afirmação foi feita no gabinete do governador, em encontro fechado, que teve como principal tema a Medida Provisória 595, a MP dos Portos.

Campos não comentou a afirmação do líder sindical, preferindo criticar o lançamento da candidatura da presidente Dilma pelo ex-presidente Lula. "A antecipação deste debate acaba atrapalhando o andamento do País, deixando em segundo plano questões importantes para o País avançar", disse ele.

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O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, disse que a aliança com Eduardo Campos - pela mudança da MP - pode se desdobrar em uma aliança política, mas frisou que esta não foi a finalidade do encontro desta segunda-feira. "Não viemos aqui fazer política", afirmou. "Quem está fazendo campanha até agora é só a presidente Dilma". Para o deputado e líder sindical, isso é "um erro".

No encontro, Eduardo Campos criticou "a falta de diálogo do governo federal" em relação à MP dos Portos, editada em 6 de dezembro do ano passado. "Não houve debate prévio", reclamou.

Depois da reunião, em entrevista, o governador disse que a MP tem pontos positivos. "Queremos que haja concorrência nos portos brasileiros, precisamos baixar e reduzir custo da logística no Brasil, o que tem interface direta com a economia".

Paulinho garantiu que se o governo federal não atender os trabalhadores - espera-se um acordo até o dia 15 - os portuários poderão paralisar todos os portos do Brasil, com uma greve por tempo indeterminado.

Suape

O temor de Pernambuco com a MP dos Portos é a perda de autonomia da administração de Suape, considerado um porto ágil, para realizar licitações de novos terminais e escolher novas áreas a serem arrendadas pelo setor privado. Em Suape estão em processo de licitação o segundo terminal de contêineres (Tecon Suape 2, que representa um investimento de R$ 800 milhões) e o terminal de graneis sólidos, que complementa o projeto da Ferrovia Transnordestina. Suape tem em carteira R$ 26 bilhões para investimentos previstos na área industrial do complexo portuário.

 

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), inicia nesta semana uma maratona para se aproximar do movimento sindical. A distância entre o partido que ele preside e as centrais sindicais é considerada pelas lideranças socialistas como principal deficiência para consolidar o nome do governador como figura nacional - e também como um possível candidato na corrida presidencial.

Nesta segunda-feira, em Recife, o governador deve receber a direção nacional da Força Sindical, segunda maior central do País. Oficialmente, a pauta prevê uma conversa sobre a batalha que está sendo travada entre o governo Dilma Rousseff (PT) e os trabalhadores do setor portuário, representados principalmente pela Força. Mais do que discutir portos, porém, o encontro é uma tentativa de início de uma relação política.

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No final do mês, Campos deve desembarcar em São Paulo para novo encontro com a Força. Durante um encontro nacional de dirigentes da central, vai apresentar suas ideias sobre os rumos do Brasil. "Se o PSB tem um calcanhar de Aquiles, com certeza é o movimento sindical. Essa sempre foi nossa dificuldade", diz o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. "Isso precisa ser superado."

A proximidade maior do PSB é com a Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), quarta maior do País, com 624 sindicatos e 694 mil associados (é quatro vezes menor que a Central Única dos Trabalhadores, a CUT, próxima ao PT, com 2172 sindicatos e 2,7 milhões de filiados).

O encontro com Campos interessa ao presidente da Força, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP). Isolado pelo Planalto, ele tem dado sinais de que pretende afastar o PDT da base governista. Paralelamente, também participa da gestação de um novo partido, o Solidariedade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff seguiu o conselho de seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, e iniciou um processo de reaproximação com as centrais sindicais. A agenda presidencial evidencia a nova estratégia: após dois anos sem muito espaço para reuniões com sindicalistas, Dilma tem tido agora uma série de encontros do gênero.

Só na semana passada, recebeu dois presidente de centrais sindicais - Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT). No dia 12 ela deve participar da inauguração da nova sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, filiado à UGT e representante de um setor com cerca de 400 mil trabalhadores. A data foi acertada diretamente entre o Planalto e os organizadores.

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Paralelamente, o Planalto está reunindo ministros de diferentes áreas para analisar as principais reivindicações dos trabalhadores e verificar quais podem ser atendidas a curto prazo. De acordo com alguns líderes sindicais, o governo corre para fazer o anúncio de alguma "boa novidade" até o Dia do Trabalho, comemorado em 1.º de maio.

Filiado ao DEM, o presidente da UGT, Ricardo Patah, sempre integrou o coro dos que criticavam o distanciamento entre Dilma e as centrais. Na quinta-feira passada (28), porém, ao deixar o Planalto, a opinião dele já era outra. Saiu "encantando" com as atenções que ele e seus acompanhantes, entre os quais quatro deputados ligados à central, receberam da presidente.

Além de tentar se reaproximar dos sindicalistas, Dilma mudou a atitude com outros setores também. Passou a receber mais empresários, além de ter estreitado relações com o MST, outro histórico aliado do PT, ao visitar neste ano um assentamento rural ligado à organização. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil tem hoje pouco mais de 10 mil sindicatos e 7,5 milhões de filiados, mas é um universo muito menor, de 2,6 mil entidades, que interessa às centrais sindicais. Estes são os sindicatos "independentes", isto é, que não são ligados a nenhuma das 12 centrais brasileiras. Os dados pertencem a levantamento do Ministério do Trabalho obtido pela reportagem, que serão divulgados nesta semana.

É com base nessas informações que o governo divide com as centrais o dinheiro arrecadado com a cobrança do imposto sindical, que representa um dia de trabalho de todos os 46 milhões de trabalhadores com carteira assinada do País. Para obter uma parte do bolo, que no ano passado superou R$ 2 bilhões, uma central precisa ter, no mínimo, 7% de representatividade.

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Apesar de existirem oficialmente 12 centrais no Brasil, apenas 5 recebem recursos provenientes do imposto sindical: CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central. Por isso a briga por sindicatos é tão frenética.

"Há uma quantidade ainda muito grande de sindicatos independentes, e eles serão alvos da CUT a partir de agora. Queremos aumentar muito nossa base", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. A central é a maior do País - com 2,1 mil sindicatos e 2,7 milhões de associados, ou 35,6% do total. Assim, abocanha a maior parte do imposto. Ainda assim, a CUT é a única contrária ao repasse.

O Planalto quer fechar o cerco a sindicatos de fachada. Nos últimos anos, em busca de uma fatia maior do imposto sindical, as centrais buscaram todo tipo de entidade - até mesmo aquelas fantasmas. O governo aumentou o rigor sobre o registro sindical nesta semana, com medidas como reconhecimento em cartório de atas de fundação de entidades, e a exigência de assembleias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Representantes das principais centrais sindicais do País - Força Sindical, CUT, CGTB, CTB, NCST e UGT - irão se reunir na tarde desta quarta-feira (23) para organizar a Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília. O encontro será realizado na sede da CUT, no centro da capital paulista.

De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, o principal assunto da conversa será a organização de uma manifestação a Brasília para cobrar a adoção de uma pauta que inclua as reivindicações trabalhistas. "Ela (presidente Dilma Rousseff) não cumpriu as nossas demandas, que eram o fim do fator previdenciário e uma política salarial para os aposentados, entre outras", explicou.

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Paulinho disse ainda que a crise econômica que ameaça chegar ao Brasil será debatida. "A crise econômica está se aprofundando. Vamos bater forte nesse caso. Achamos que o governo ainda tem condições de baixar juros. Os juros do spread estão muito altos", opinou.

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