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O impasse a respeito da exigência do comprovante de vacinação para os tenistas participantes do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, ganhou um novo capítulo. Na noite de domingo (24), um e-mail da WTA para as jogadoras acabou vazando para o jornal americano New York Times, que diz que as atletas que não estiverem vacinadas poderão chegar ao país e jogar o torneio, em janeiro de 2022, mas estarão sujeitas a uma rígida quarentena.

Apesar da postura dos governos da Austrália e do estado de Victoria, onde está Melbourne, de abrir as portas para tenistas não vacinados comparecerem ao Grand Slam, muitos jogadores já indicaram que não participariam se fossem forçados a passar por uma preparação semelhante à que aconteceu no evento deste ano. Os jogadores não vacinados também estariam em grande desvantagem em termos de preparação se comparados com seus rivais vacinados, que não enfrentarão restrições.

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A organização do torneio também prevê que os jogos do qualifying voltem a ser disputados no Melbourne Park em 2022. Este ano, essas partidas da fase prévia aconteceram no exterior, transferidas para Doha (Catar) e Dubai (Emirados Árabes Unidos). Os tenistas que passaram pelas três rodadas do quali no Oriente Médio, ainda nas primeiras semanas de janeiro, viajavam então para a Austrália e cumpriam os 14 dias de quarentena antes de atuarem pelo primeiro Grand Slam da temporada.

"Sentimos a necessidade de entrar em contato com todas vocês para esclarecer informações falsas e enganosas que foram recentemente divulgadas por outras partes sobre as condições que as jogadoras serão forçadas a suportar no Australian Open do próximo ano", disse o comunicado da WTA. "Como a taxa de vacinação no estado de Victoria atingirá 80% no final da semana e 90% no próximo mês, foi confirmado que as condições para os jogadores vão melhorar significativamente".

As condições oferecidas para as tenistas vacinadas são: podem chegar à Austrália a qualquer momento a partir de 1.º de dezembro; precisam apresentar exame negativo 72 horas antes de embarcar; não precisarão de quarentena ou ficar na bolha; e terão completa liberdade de movimento, sem restrições.

Já para tenistas não vacinados, as condições são: podem chegar à Austrália a partir de 1.º de dezembro, mas ficam sujeitas a duas semanas de quarentena rígida; precisam apresentar exame negativo 72 horas antes de embarcar; terão um hotel obrigatório para ficar durante os 14 dias de quarentena após a chegada ao país; e estarão sujeitas a exames regulares.

Em resposta aos acontecimentos, um porta-voz do governo central da Austrália emitiu um comunicado oficial. "Como disse o primeiro ministro, a partir de 1.º de novembro de 2021, começaremos a receber de volta com segurança australianos totalmente vacinados, residentes permanentes e suas famílias, sem quarentena em Nova Gales do Sul. Os participantes do Aberto da Austrália podem estar sujeitos a nenhuma quarentena ou a medidas de quarentena reduzidas, dependendo de seu status de vacinação, de acordo com os requisitos do estado e território".

O tenista brasileiro Bruno Soares está se preparando para a última série de torneios da temporada. Depois de fazer os ajustes finais em Belo Horizonte, ele viajou nesta quinta-feira (21) para a Rússia, onde dará o seu pontapé na parte final de 2021, esperando conseguir resultados que garantam a classificação para o ATP Finals, que será em Turim, na Itália.

"Começo a minha viagem. O calendário será o ATP 250 de São Petersburgo (Rússia), o Masters 1000 de Paris (França) e o ATP 250 de Estocolmo (Suécia), se for necessário. Eu e o Jamie (Murray) estamos focados na classificação para o ATP Finals e esse vai ser o nosso tiro final para estar lá. Estou muito motivado, ainda mais que essa parte final da temporada é de torneios indoor, que nós gostamos muito de jogar", disse o atual número 14 do mundo.

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Finalistas do US Open no último mês, Bruno Soares e o escocês Jamie Murray somaram pontos importantes e estão na oitava posição da corrida para o ATP Finals, entrando na briga pela quarta participação da dupla no torneio.

Ao todo, Bruno Soares já disputou a competição que reúne as oito melhores duplas da temporada em seis oportunidades: 2013, 2014, 2016, 2017, 2019 e 2020.

Na carreira, sempre em duplas, o brasileiro tem 34 títulos no circuito profissional, 33 vice-campeonatos e chegou ao segundo posto no ranking mundial individual de duplas da ATP em 2016. Encerrou as temporadas 2016 e 2020 como a dupla número 1 do mundo.

O Aberto da Austrália poderá voltar aos velhos tempos em 2022. O primeiro Grand Slam da temporada, acostumado a contar com muitas baixas nas primeiras décadas da era profissional do tênis, poderá perder até metade do Top 100 tanto do ranking masculino quanto do feminino por conta da exigência de vacinação completa contra a covid-19.

O desfalque maior deve ser o sérvio Novak Djokovic, recordista de troféus em Melbourne, com nove títulos. O atual número 1 do mundo já avisou que não vai revelar se tomou a vacina. No início da pandemia, o tenista adotou posturas negacionistas e já demonstrou desconfianças quanto à vacinas de forma geral.

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O tenista da Sérvia deve puxar a fila das baixas no primeiro grande torneio de 2022. Mas não será exceção. De acordo com o jornal australiano The Sydney Morning Herald, cerca de 35% dos tenistas masculinos ainda não se vacinaram ou completaram a imunização (no caso de duas doses), segundo números atualizados da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). No caso das mulheres, essa cifra sobe para 40%, de acordo com a WTA.

Levando em consideração que parte destes tenistas está no Top 100 de cada ranking e que alguns não competirão devido a lesões, quase metade da elite do tênis deve ficar fora do primeiro Grand Slam da temporada. Entre os lesionados que provavelmente não estarão em Melbourne estão medalhões como o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, ambos em processo de recuperação física.

Ao contrário de outras entidades esportivas, como a NBA, a ATP e a WTA não exigiram vacinação dos seus atletas, algo controverso mesmo entre os tenistas. Alguns, como o escocês Andy Murray, já cobraram estas organizações para estabelecerem as doses contra a covid-19 como pré-requisito obrigatório no circuito.

Apesar desta postura da ATP e da WTA, os tenistas não vacinados não poderá competir na Austrália pode decisões governamentais. Na terça-feira, Daniel Andrews, governador do estado de Victoria, onde se localiza Melbourne, reiterou que atletas não vacinados não poderão disputar o torneio.

"(Para o vírus) Não importa qual o seu ranking de tênis ou quantos Grand Slams você venceu. Isso é completamente irrelevante. Você precisa estar vacinado para se manter e manter os outros seguros", disse o político, dando uma alfinetada em Djokovic, atual campeão do Aberto da Austrália.

A mensagem foi reforçada nesta quarta pelo ministro da imigração do país, Alex Hawke. "Você precisará ter duas doses da vacina para visitar a Austrália. Isso tem aplicação universal, não apenas para tenistas", declarou. "Eu não tenho uma mensagem especial para Novak (Djokovic). Tenho uma mensagem para todos que desejem visitar a Austrália. Será preciso ter duas doses da vacinas", reforçou.

O estado de Victoria está em "lockdown" há cerca de três meses e recentemente incluiu atletas profissionais na lista de obrigatoriedade para a vacina. Um dos países que mais se protegeu desde o início da pandemia, a Austrália fechou suas fronteiras para não residentes, embora as autoridades tenham emitido vistos para atletas e equipes esportivas para grandes eventos, incluindo o último Aberto da Austrália, em fevereiro deste ano. Na época, a vacinação ainda era inicial e pouco ágil em todos os países.

Com início marcado para 17 de janeiro, o Aberto da Austrália poderá voltar aos velhos tempos se boa parte do Top 100 não acelerar o processo de vacinação. Até a década de 80, eram poucos os tenistas da Europa e das Américas que se aventuravam a atravessar o mundo para competir em Melbourne.

O sueco Bjorn Borg, tido como um dos maiores da história, disputou apenas uma vez a competição australiana, por exemplo. Se tivesse competido em mais edições, possivelmente teria ampliado seu currículo de títulos para além dos 11 Grand Slams com os quais se aposentou, em 1983.

Para os brasileiros, disputar o Aberto da Austrália era ainda mais difícil e caro. Maria Esther Bueno, lenda brasileira, não conquistou nenhum título lá. Seu melhor resultado foi a final de 1965.

Beatriz Haddad Maia alcançou sua maior meta para a reta final da atual temporada. Nesta segunda-feira (18), a tenista número 1 do Brasil voltou a figurar no Top 100 do ranking da WTA, o que não acontecia desde setembro de 2019. Na ocasião, já cumpria suspensão por doping. A punição chegou a derrubar a atleta para a 1339ª e última posição da lista.

Ela subiu 21 colocações e aparece agora no 94º posto. E, como ainda tem mais torneios pela frente, Bia deve encerrar 2021 e posição à frente, podendo até retornar ao Top 80. Sua melhor colocação é a 58ª, obtida em 2017, temporada em que conquistou seus melhores resultados até agora.

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A tenista se destacou na atualização do ranking pela grande semana que fez no WTA 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos. Ela conquistou a maior vitória de uma brasileira na era aberta do tênis, iniciada em 1968, ao superar a checa Karolina Pliskova na terceira rodada. Pliskova era a número três do mundo, cabeça de chave número 1 e atual vice-campeã de Wimbledon.

O retorno ao Top 100 confirma a ascensão da tenista, que chegou a ficar afastada das quadras por 13 meses, sendo 10 por suspensão e mais três em razão da pandemia de covid-19. Ao retornar aos torneios, descobriu um tumor benigno no dedo médio da mão esquerda, com a qual joga, e precisou se afastar por mais três meses do circuito.

Bia faz a seu segunda melhor temporada da carreira. Ela soma 5 títulos em 2021, de nível ITF, logo abaixo da WTA, com aproveitamento de cerca de 80% em geral. É uma das jogadoras que mais venceu jogos dentro do Top 250, somando 66 vitórias no ano, seu recorde para uma temporada só.

Além de Bia, Luisa Stefani também subiu no ranking, mesmo estando afastada das quadras por conta de lesão. A especialista em duplas subiu para o 11º lugar nas duplas, a exatamente um ponto de entrar no prestigiado Top 10. Trata-se da melhor posição da brasileira, que se recupera de um rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho direito. Ela só deve voltar ao circuito no segundo trimestre de 2022.

FEDERER EM QUEDA - Afastado por conta de nova cirurgia no joelho direito, Roger Federer deixou o Top 10 pela primeira vez em cinco anos na atualização desta segunda-feira. O suíço caiu duas posições, para o 11º posto, e deve perder mais posições, principalmente após o fim das mudanças implementadas no ranking, em razão da pandemia.

Federer poderá até se afastar do Top 30, o que o deixaria longe da condição de cabeça de chave num Grand Slam. O suíço ainda não sabe quando retornará ao circuito. Neste ano, ele disputou apenas 13 jogos, sem alcançar nenhuma final. Seu último jogo foi as quartas de final de Wimbledon.

A brusca queda no ranking deve acontecer também porque o tenista de 40 anos praticamente não em 2020. Entrou em quadra apenas no Aberto da Austrália. Em seguida, passou por duas cirurgias no joelho direito.

Federer entrou no Top 10 pela primeira vez na carreira em maio de 2002. E só havia deixado esta restrita lista duas vezes, antes desta segunda-feira: entre julho e outubro de 2002 e entre novembro de 2016 e janeiro de 2017, quando também precisou se afastar do circuito para cirurgia.

As quatro primeiras posições do ranking não sofreram alterações, com o sérvio Novak Djokovic liderando, seguido pelo russo Daniil Medvedev, pelo grego Stéfanos Tsitsipas e pelo alemão Alexander Zverev. O espanhol Rafael Nadal, mesmo afastado também por lesão, subiu para o quinto posto, desbancando o russo Andrey Rublev para o sexto posto.

O italiano Matteo Berrettini e o austríaco Dominic Thiem vêm logo em seguida. Em nono está o norueguês Casper Ruud, que ganhou uma posição. O polonês Hubert Hurkacz fecha o Top 10. Campeão de Indian Wells, no domingo, o britânico Cameron Norrie subiu 10 posições e aparece em 16º. O melhor brasileiro do ranking é Thiago Monteiro, que manteve a 92ª colocação.

Ilustre presença na Laver Cup em Boston, o suíço Roger Federer surpreendeu a quase todos ao aparecer no ginásio TD Garden no final de semana para acompanhar o evento de perto. Ainda se recuperando de uma terceira cirurgia no joelho, ele mesmo admitiu que não havia planejado ir aos Estados Unidos para ver o torneio de perto, que se encerrou no domingo.

"Eu não tinha certeza se poderia vir. Finalmente pensamos que seria muito bom e especial poder fazer isso sem ninguém saber. Todos estão muito felizes em me ver aqui. Eles me desejaram tudo de bom e não querem nem ver as muletas, só querem ver coisas boas e aproveitar este fim de semana", afirmou o tenista de 40 anos.

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"Neste torneio vi um nível incrível de tênis, alguns jogos ótimos e isso é maravilhoso para esta competição", complementou Federer, que mostrou um misto de otimismo e cautela ao analisar a sua recuperação.

O suíço revelou ter ficado insatisfeito com seu desempenho físico neste ano e por isso resolveu operar de novo. "Tomamos uma decisão muito difícil porque eu tinha feito algumas cirurgias no joelho no ano passado, mas estava realmente infeliz com a forma como as coisas aconteceram em Wimbledon, onde estava longe do meu melhor nível físico", disse Federer.

Veio então a nova cirurgia e a recuperação que está em curso, para tentar retomar a carreira em 2022. "Agora é ir passo a passo, primeiro tenho que andar corretamente, depois correr, dar passos laterais, e trabalhar a agilidade. Depois vou começar a treinar em uma quadra de tênis, mas vai demorar alguns meses até isso, só então veremos como as coisas estão indo para o próximo ano", disse.

"Tenho que tomar meu tempo, não quero criar atalhos nem nada do tipo. Quero ter certeza de que posso fazer tudo que quero e que não há pressa. Na verdade, estou em um lugar muito bom, o pior dessa lesão já passou", finalizou o otimista Federer.

A quarta edição da Laver Cup, neste final de semana, não contará com a presença do suíço Roger Federer, que ficará de fora pela primeira vez desde a criação da competição. Um dos idealizadores do evento e responsável por sua organização, o tenista de 40 anos não viajará para Boston, nos Estados Unidos, mas garante que acompanhará de casa, na cidade da Basileia, na Suíça, e sentirá falta de competir.

"Vou sentir falta porque me diverti muito em Genebra, Praga e Chicago, mas já entrei em contato com Thomas Enqvist, técnico da Europa, e com certeza vou ligar para Bjorn e John (McEnroe) para me certificar que está tudo bem", contou o tenista em entrevista ao canal de TV Eurosport.

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"Estarei em contato com o time e assistirei a muitos jogos. Serão longos dias de tênis na frente da TV, estou muito animado que é hora da Laver Cup novamente", acrescentou Federer, que aponta favoritismo para o time europeu, mesmo sem poder contar com o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic.

Contudo, o suíço vê com bons olhos o grande momento da nova geração. "Acho que o Time Europa será novamente o favorito. Ter (Alexander) Sascha Zverev como campeão olímpico e Daniil Medvedev como campeão do US Open na equipe vai ser muito bom para nós, especialmente para os jogos de simples", comentou Federer.

"É incrível como a Europa se tornou forte ao longo dos anos, mas desta vez nada de Rafa (Nadal), nada de Novak (Djokovic) e nada de mim na equipe. Então acho que vão precisar de um novo líder ou Bjorn Borg obviamente vai apenas assumir o papel de super capitão. Eu realmente espero que o Time Europa vença novamente", complementou.

Mesmo com o favoritismo europeu, Federer acredita que o embate será apertado e que as partidas de duplas podem surpreender. "Para ser honesto, acho que tudo é possível duplas em quadra coberta, vai ser muito parelho. Em simples temos uma ligeira vantagem, mas eles têm muitos jogadores jovens no Time Mundo, então também têm suas chances", finalizou o suíço.

A tenista brasileira Beatriz Haddad Maia continua subindo no ranking e nesta semana ganhou mais duas colocações na lista da WTA. A canhota de 25 anos grudou na faixa das 120 melhores do mundo, aparecendo na atualização divulgada nesta segunda-feira no 122º lugar.

Nesta semana, Bia Haddad Maia disputa o WTA 125 de Columbus, nos Estados Unidos, e tenta continuar a sua escalada no ranking. A brasileira chegou a acumular 13 vitórias seguidas até parar na semi do W60 de Caldas da Rainha, em Portugal, e agora tenta somar mais pontos, podendo até chegar ao Top 100. Contudo, para voltar a figurar entre as 100 melhores do mundo, faixa que não ocupa desde setembro de 2019, precisa do título no torneio americano.

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Campeã de Roland Garros, a checa Barbora Krejcikova enfim conseguiu entrar no Top 5 da WTA. A tenista de 25 anos debuta entre as cinco melhores do mundo nesta segunda-feira, aproveitando as quedas da japonesa Naomi Osaka e da americana Sofia Kenin para ganhar duas colocações e assumir a quinta posição.

Osaka seguiu na contramão de Krejcikova e saiu do Top 5 com as três posições perdidas, caindo da quinta para a oitava posição. Kenin teve uma queda bem mais leve, de apenas um lugar, e agora é a número 7 do mundo.

A polonesa Iga Swiatek, que faturou o Grand Slam francês no ano passado, foi outra beneficiada pelas quedas das rivais e herdou dois lugares no ranking da WTA. A tenista de apenas 20 anos ganhou duas colocações e aparece nesta segunda-feira no sexto posto, o mais alto da carreira até então.

Também sofreu queda a romena Simona Halep, que perdeu três posições nesta semana e agora é a número 14 do mundo. A suíça Belinda Bencic (11.ª), a grega Maria Sakkari (12.ª) e a russa Anastasia Pavlyuchenkova (13.ª) herdaram estas três colocações e cada uma melhorou um posto na WTA. Aiderabça segue com a australiana Ashleigh Barty.

Campeãs no último final de semana, Clara Tauson e Jasmine Paolini subiram bem no ranking e alcançaram as suas melhores colocações. A jovem dinamarquesa de apenas 18 anos ganhou 18 posições e agora é a 52.ª do mundo, enquanto que a italiana de 25 disparou 23 lugares e foi para o 64.º posto.

MASCULINO - A semana começou positiva para os dois brasileiros mais bem colocados no ranking da ATP. Tanto Thiago Monteiro quanto Thiago Wild ganharam dois lugares - o cearense agora é o 90.º do mundo e o paranaense subiu para o 128.º lugar. Contudo, os três seguintes na lista não tiveram a mesma sorte e amargaram quedas.

Terceiro melhor do país, o paulista Felipe Meligeni Alves desceu quatro colocações e foi para a 198.ª. O mineiro João Menezes teve queda mais acentuada e perdeu sete lugares, indo para o 230.º posto. Mas o pior dos três foi o gaúcho Orlando Luz, que perdeu 11 posições e agora é o 289.º do mundo.

Com a disputa de Copa Davis neste final de semana, não houve competições da ATP. Assim, a liderança segue com o sérvio Novak Djokovic, seguido pelo russo Daniil Medvedev.

Em recuperação de uma lesão crônica no pé esquerdo - que o tirou de torneios importantes do ano como Wimbledon, Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e US Open -, o tenista espanhol Rafael Nadal já está de olho na próxima temporada. Nesta quarta-feira, o agora número 6 do ranking da ATP, que não jogará mais em 2021, comentou sobre seu tratamento e garantiu que quer reagir rapidamente a esta situação que não estava em seus planos.

"O que estava previsto era jogar Wimbledon, os Jogos Olímpicos e o US Open. Não estava nos planos estar machucado nesta altura! Estou lesionado há uns dias. Mas os desafios são feitos para não serem seguidos à letra. Há que se adaptar e aceitar as coisas como surgem. Já vivi coisas fantásticas, maiores do que alguma vez sonhei e outras mais complicadas, mas encontrei sempre forma de sair por cima. As coisas agora são mais complicadas porque o relógio não para, mas sou positivo e dou valor à sorte que tenho", admitiu o espanhol em uma entrevista coletiva na Academia Rafa Nadal, em Maiorca.

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Nadal não esconde, no entanto, que ainda não se sente completamente bem, até porque ainda caminha de muletas, como compartilhou nas redes sociais na semana passada.

"Vou ficando melhor, mas estou bem. Um pouco dolorido no pé. Esta fase é um pouco complicada a nível pessoal e profissional, mas tenho a vontade de melhorar e encarar um processo que vai ser difícil e doloroso. Tenho de dar tudo para voltar a lutar pelo que quero. Estou determinado", garantiu.

"Estive em Barcelona com a minha equipe e também com os médicos para receber um tratamento no pé. Com isso, terei alguns dias de descanso e ficarei algumas semanas fora das quadras. Estou de volta em casa agora e em processo de recuperação. Muito obrigado a todos pelo apoio", completou o tenista espanhol.

Depois de preocupar os brasileiros com sua lesão durante o US Open, Grand Slam disputado em Nova York, a brasileira Luisa Stefani voltou a atualizar os fãs sobre o seu estado de saúde. A tenista utilizou as redes sociais na noite de terça-feira para mostrar que conseguiu andar sem muletas sobre uma esteira ergométrica.

Esse foi o primeiro passo da recuperação da atleta depois da lesão que aconteceu durante a semifinal do US Open, na última sexta-feira. Além disso, Luisa Stefani também informou que vai passar por cirurgia para reconstruir o ligamento cruzado anterior do joelho direito, que se rompeu durante um ponto do tie-break do primeiro set.

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A brasileira está passando por esse processo todo na Flórida, onde mora, e sua recuperação depois da cirurgia pode demorar entre seis e oito meses.

"Meu corpo está recuperando aos poucos, cada dia menos inchaço no joelho, menos dor para movimentar. Passo grande parte do dia fazendo exercícios de reabilitação, fortalecimento, mobilidade, gelo, elevando a perna, enfim, tentando fortalecer o máximo possível para a cirurgia. Vou precisar de tratamento cirúrgico daqui uma semana e meia, duas semanas. Os médicos me pediram um tempinho a mais para deixar baixar o inchaço e deixar o corpo recuperar um pouco sozinho. Mas estou progredindo super bem, hoje consegui andar até sem a muleta, fiquei super feliz", explicou a tenista no vídeo publicado em seu Instagram.

"Grande parte do processo é mental, é confiar que a perna aguenta. Tô indo passinho por passinho. Agradeço muito todas as mensagens, recomendações e sugestões que muita gente tem me mandado. Desculpa não ter respondido uma por uma ainda. Mas aos poucos vou respondendo e mandando notícias para vocês. Ainda definindo os detalhes e os próximos passos, da cirurgia e do pós cirúrgico, mas tudo encaminhado e indo dentro dos conformes. Brigadão, um beijo e é isso aí", comemorou.

Há cerca de 45 dias, Luisa Stefani conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 ao lado de Laura Pigossi. Atualmente, a tenista brasileira é a 13.ª colocada do ranking mundial nas duplas femininas.

A tenista Bia Haddad segue acumulando troféus na temporada. Neste domingo, a brasileira somou sua quinta conquista no ano ao superar a britânica Francesca Jones, por 2 sets a 0 (6/4 e 6/3), na decisão do ITF 60 de Montreux, na Suíça. A 17ª taça da carreira foi dedicada à compatriota Luisa Stefani, que sempre a apoiou nos momentos difíceis e agora se recupera do rompimento dos ligamentos do joelho direito sofrido na semifinal do US Open.

"Essa é para você, Luisa. Sei que não era esse título que você queria para essa semana, mas nunca sabemos o dia do amanhã. Estamos sujeitos a qualquer coisa a qualquer momento. A vida é uma caixinha de surpresas e às vezes vamos do céu ao inferno em menos de um minuto", postou Haddad. "Não tem coisa pior do que parar. Parar, voltar. Parar e voltar. Parar pela 6ª vez e voltar. Foi assim que eu fiz, e se não tivesse passado por isso, não estaria com esse troféu na mão. E você vai tirar de letra esse jogo duro."

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Bia revelou um papo com Luisa, no qual a amiga a fez refletir na carreira lembrando que ela estava saudável e tinha a oportunidade de fazer o melhor em quadra. Stefani deu palavras de apoio e agora também vive o outro lado após a lesão no joelho sofrida na inédita semifinal de US Open, na sexta-feira. Rompeu os ligamentos e ainda aguarda para saber se necessitará de cirurgia.

Bia Haddad está soberana em decisões em 2021. São cinco na temporada e triunfo em todas. Ao bater Francesca Jones na decisão deste domingo, ela somou a décima vitória seguida, pois já vinha de conquista no W60 de Collogne-Bellerive, na Suíça, há uma semana.

Bia foi muito superior na final de Montreux. Quando o placar marcava 2 a 2 no primeiro set, ela quebrou o saque da britânica e bastou confirmar os serviços para fechar a parcial em 6/4. No segundo, foi ainda mais arrasadora e abriu 5 a 1. Perdeu dois games seguidos, mas não desperdiçou nova chance de match point e garantiu a conquista com 6/3.

Com o resultado em Montreux, a brasileira deve ganhar 44 posições no ranking feminino, subindo da 174ª posição para a 130ª no ranking que será divulgado nesta segunda-feira. Ela tem meta pessoal de voltar ao Top 100.

O choro de dor de Luisa Stefani deitada na quadra enquanto o ponto seguia, revelava que algo grave estava por vir. A tenista brasileira deixou a quadra nas semifinais do US Open de cadeira de rodas a caminho de um hospital dos Estados Unidos. Após exames, ela fez um vídeo para revelar o que todos temiam: sofreu rompimento de ligamento do joelho direito. A paulista iniciou tratamento e apenas nos próximos dias saberá quais procedimentos deverão ser tomados.

Ao lado da canadense Gabriela Dabrovski, Luisa Stefani fazia história no US Open, ao recolocar o tênis feminino brasileiro em uma semifinal de Grand Slam após 39 anos. Claudia Monteiro foi vice-campeã em Roland Garros nas duplas mistas, em 1982. A paulista sonhava repetir o feito de Maria Esther Bueno, campeã de duplas em 1968, também no US Open.

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"Oi galera, estou aqui para falar que já estou no quatro, dia foi longo, foi difícil e obviamente com uma surpresa não muito agradável. Queria passar aqui para avisar que os resultados dos testes saíram e realmente eu tive um rompimento de ligamento do joelho", informou Stefani em suas redes sociais.

"Bom, os próximos passos eu realmente ainda não sei, estou conversando com os médicos, com minha equipe, para fazer mais decisões, saber como meu corpo vai reagir e quais serão os próximos passos, mas por enquanto só para avisar que estou bem e que a gente vai passar por cima disso tudo", seguiu, ainda sem saber se terá de ser submetida à cirurgia. "Queria agradecer todo o apoio e carinho, as mensagens, a preocupação. Não fiquem preocupados, vai tudo dar certo, é só uma surpresa inoportuna e já, já a gente passa por cima de tudo isso."

Número 17° no ranking de duplas, ela ganhará mais quatro posições após a bela campanha no US Open. Mas o sonho do inédito título foi adiado e ela não escondeu todo o seu descontentamento com o "imprevisto". Espera que apenas com tratamento consiga voltar às quadras e promete retornar com tudo para, enfim, ganhar um título de Grand Slam.

"Estou bastante chateada pois vinha em um embalo muito especial e no melhor momento da minha carreira. Enfim, um imprevisto e surpresa que eu nunca podia esperar ou me preparar, mas o sonho do Grand Slam continua, só vai ter que esperar um pouco mais", afirmou, confiante. "Os médicos pediram alguns dias para ver como meu corpo vai reagir e decidir os próximos passos do tratamento."

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Nesta sexta-feira (10), o maior tenista masculino da história do Brasil completa 45 anos. Gustavo Kuerten nasceu em 10 de setembro de 1976 e se tornou referência no esporte brasileiro e mundial.

Gustavo Kuerten iniciou a trajetória no tênis aos seis anos, por incentivo do seu falecido pai (Aldo Kuerten) - que era tenista amador e juiz de cadeira. Aos 14 anos de idade, Guga conheceu Larri Passos, Larri se tornou o treinador de Gustavo e o acompanhou durante 15 anos da sua carreira.

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Em 1996, Gustavo Kuerten entrou de vez no cenário profissional do tênis e ajudou o time brasileiro a derrotar a Áustria na Copa Davis (Competição Mundial de Tênis). No ano seguinte, em 1997, Guga se tornou o melhor tênis brasileiro após vencer um torneio em simples do Grand Slam de Roland-Garros.

Apesar da despontada em sua carreira, o ano seguinte (1998) foi o pior de sua carreira como atleta. Ao vencer o torneio em 1997, Guga não estava nem nos 50 melhores jogadores do mundo, isso fez com que ele tivesse dificuldades para se adaptar ao novo patamar alcançado.

Em 1999, Guga chegou às fases finais das competições Masters de Indian Wells, Master de Hamburgo, Roland-Garros, Wimbledon, Máster de Cincinnati e US Open. Além disso, o brasileiro conquistou o título de Masters de Monte Carlo e de Masters de Roma. Nessa altura, Guga se tornava top 5 do mundo.

No início dos anos 2000 foram as principais jornadas da carreira de Guga. Em 2000, o brasileiro conquistou cinco títulos no total, mas o principal foi o bicampeonato do Grand Slam de Roland-Garros. Além disso, Guga alcançou, pela primeira vez, a liderança da Corrida dos Campeões (ranking de tenistas por meio de pontos).

No ano seguinte (2001), Guga se consolidou de vez na história do tênis. O brasileiro conquistou o tricampeonato do Grand Slam. Porém, no final do ano, o tenista teve problemas físicos e levou ele a fazer a primeira, de duas, cirurgias no quadril direito. A lesão o obrigou a se afastar do tênis por períodos longos.

Após a primeira lesão, Guga se viu limitado fisicamente e não conseguiu retornar ao auge de sua carreira como nos anos anteriores. Em 2004 pelo Roland-Garros, Guga venceu o então n° 1 do mundo Roger Federer, por 3 sets a 0. O brasileiro considera essa vitória como uma das mais marcantes de sua carreira, Roger Federer só voltaria a ser batido em 2013.

Em 2008, Guga anunciou a aposentadoria do tênis. O anúncio de sua aposentadoria teve repercussão mundial e o brasileiro decidiu parar após Roland-Garros daquele ano. O principal fator para a decisão do atleta foi as lesões que abreviaram sua carreira.

Após a aposentadoria, Guga recebeu diversas honrarias e homenagens. Entre elas estão o Troféu Philippe Chatrier, a maior honraria do tênis mundial; e o Hall da Fama do tênis. Além disso, o tenista foi tema da escola de samba Grande Rio, no carnaval de 2011.

O momento extraordinário de Luisa Stefani, com o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio e três finais consecutivas no circuito, foi interrompido por uma fatalidade nesta sexta-feira. Jogando ao lado da canadense Gabriela Dabrowski, a brasileira se machucou no tie-break do primeiro set e a dupla teve de abandonar a semifinal do US Open. Com isso, a parceria americana formada por Coco Gauff e Catherine McNally avançou à final.

No tie-break do primeiro set, Stefani foi tentar um voleio e se machucou. Ainda não há informações sobre a gravidade e o local da lesão, mas a brasileira pareceu ter sofrido uma torção no tornozelo direito. Ela e a canadense venciam por 2 a 0 no tie-break depois de empatarem em 6 a 6 em games.

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Stefani ficou deitada na quadra por alguns minutos e recebeu um atendimento médico rápido. Sem conseguir apoiar o pé no chão, ela deixou a quadra em cadeira de rodas. No vestiário, foi avaliada rapidamente e confirmou-se que a brasileira não tinha condições de jogo. Dabrowski deu o aviso e a árbitra encerrou o duelo, declarando vitória das americanas. A paulistana passará por exames que determinarão a gravidade do problema.

Com o apoio do público, Coco Gauff, de 17 anos, e Catherine McNally, de 19, vão enfrentar na final a dupla formada pela australiana Samantha Stosur e a chinesa Shuai Zhang. Elas deixaram a quadra meio sem jeito depois de vencerem de uma maneira que não queriam.

"Estar na final significa muito, mas eu não gosto de ganhar um jogo assim. A Luísa é muito legal e eu não consigo nem ver a cena de novo. É muito duro. Sei que elas trabalharam tanto quanto a gente para estar nessa final e só desejo o melhor para ela. Como atleta, ver uma lesão assim é algo que parte o coração. E acho que todos devemos apoiá-la. Espero que no ano que vem ela esteja bem melhor", disse Gauff.

A lesão de Stefani é de se lamentar especialmente pelo momento que vivia a brasileira. Ela foi bronze nos Jogos de Tóquio com Laura Pigossi e, ao lado de Dabrowski, disputou três torneios preparatórios para o US Open e chegou à final em todos eles, com um título em Montreal, no Canadá, e vice-campeonatos em San Jose e Cincinnati, ambos nos Estados Unidos.

De qualquer maneira, Stefani fez história ao se tornar a primeira brasileira em uma semifinal de Grand Slam em 53 anos. Desde 1968 que uma tenista do Brasil não ia tão longe em um Grand Slam. Naquele ano, Maria Esther Bueno ficou com o título de duplas do US Open ao lado da australiana Margaret Court. Maior vencedora do tênis brasileiro, Esther conquistou sete títulos de Grand Slam em simples, 11 em duplas e mais um nas duplas mistas. Sua última conquista foi também a única na Era Aberta do tênis.

Bruno Soares ficou com o vice do US Open nas duplas masculinas. Nesta sexta-feira, o brasileiro e o seu parceiro Jamie Murray tiveram um bom início, mas foram superados pelo americano Rajeev Ram e pelo britânico Joe Salisbury de virada, por 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 6/2 e 6/2, após 1h44 de jogo.

Com uma atuação contundente no segundo e terceiro sets da decisão, nos quais foram impecáveis, Rajeev Ram e Joe Salisbury conquistaram o torneio americano pela primeira vez e ergueram o segundo troféu de Grand Slam na carreira.

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Soares buscava o quinto título do Grand Slam Americano, já que ostenta dois troféus nas duplas mistas e outros dois nas duplas masculinas. O brasileiro foi campeão do US Open nas duplas masculinas jogando ao lado de outro parceiro, Mate Pavic, em 2020, e também em 2016, com Murray. Naquele ano, também ganharam o Aberto da Austrália.

Soares teve uma trajetória notável no torneio em que parece se sentir sempre muito confortável até chegar à final com Murray juntos depois de cinco anos. Ele afirmou depois da semifinal que planejava não jogar mais neste ano depois de ter ficado um tempo parado se recuperando da cirurgia para a retirada do apêndice que o tirou dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Os planos mudaram e Soares atuou em Nova York ao lado de Murray para "curtir o momento". Na competição, teve a companhia do filho Noah, de seis anos, que acompanhou o pai em seu primeiro torneio. O filho deu sorte e a ida à decisão acabou sendo uma surpresa até para o tenista mineiro de 39 anos, número 11 do mundo, superando a frustração de não ter disputado a Olimpíada de Tóquio.

Ao lado de Noah na entrega do troféu de vice, Soares afirmou que não vinha jogando seu melhor tênis e disse que deixa Nova York com o sentimento de orgulho, "sem lamentações e arrependimentos".

Mesmo com o brasileiro fora do ritmo de jogo ideal, os dois fizeram ótimas exibições nos Estados Unidos, mas não foram capazes de superar Rajeev Ram e Joe Salisbury, que jogaram um tênis de altíssimo nível, especialmente no segundo e terceiro sets, em que foram quase perfeitos e encontraram a sintonia fina.

O primeiro set foi definido no detalhe. Ram e Salisbury começaram um pouco abaixo, salvaram duas quebras no primeiro game, mas depois Soares e Murray conseguiram duas quebras consecutivas na reta final, no sétimo e no nono games.

O americano e o britânico voltaram melhores na segunda parcial e foram dominantes. Agressivos, abriram 4/0 de cara com duas quebras seguidas e administraram a larga vantagem até vencer a parcial.

No último e decisivo set, Ram e Salisbury mantiveram o nível, repetindo o cenário da parcial anterior. Eles obtiveram uma quebra no primeiro game e encurralaram o brasileiro e o britânico, que não encontraram uma alternativa para reverter a desvantagem. Tiveram o saque quebrado mais uma vez e viram os cabeças de chave número 4 confirmar a virada e ficar com o título em Nova York.

Luisa Stefani fez história nesta quarta-feira. A tenista paulista se tornou a primeira brasileira em uma semifinal de Grand Slam em 53 anos ao avançar no US Open. Ela e a parceira canadense Gabriela Dabrowski derrotaram as checas cabeças de chave 15, Marie Bouzkova e Lucie Hradecka, por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6, e 6/1, após 1h58min de duração

Desde 1968 que uma tenista do Brasil não ia tão longe em um Grand Slam. Naquele ano, Maria Esther Bueno ficou com o título de duplas do US Open ao lado da australiana Margaret Court. Maior vencedora do tênis brasileiro, Esther conquistou sete títulos de Grand Slam em simples, 11 em duplas e mais um nas duplas mistas. Sua última conquista foi também a única na Era Aberta do tênis.

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Para chegar à final, Stefani e Dabrowski, cabeças de chave número 5, ainda não sabem quem vão enfrentar. Elas terão pela frente as vencedoras do duelo entre as cabeças de chave número 1, a belga Elise Mertens, líder do ranking da WTA, e a taiwanesa Su Hsieh, campeãs de Wimbledon, e a dupla americana formada por Coco Gauff e Catherine McNally.

O momento de Stefani e Dabrowski no circuito é excelente. A parceira disputou três torneios preparatórios para o US Open e chegou à final em todos eles, com um título em Montreal, no Canadá, e vice-campeonatos em San Jose e Cincinnati, ambos nos Estados Unidos.

Nesta quarta, as duas mais uma vez não encontraram facilidade para ir às semifinais. A brasileira e a canadense salvaram dois break points no terceiro game, conseguiram uma quebra no oitavo, levaram o troco no nono, mas bateram o saque das checas de novo no décimo e último para vencer o primeiro set.

O equilíbrio foi visto também no segundo set, no qual detalhes fizeram a diferença. A dupla da brasileira com a canadense errou no quinto game e a falha foi crucial para o revés na parcial. Elas tiveram o saque quebrado e depois não tiveram chances para reagir.

Contudo, no set decisivo, Stefani e Dabrowski cresceram e foram dominantes, conseguindo duas quebras e cedendo só um game a Bouzkova e Hradecka.

Bia Haddad segue fazendo bonito na temporada. A tenista brasileira disputou sua quarta final em 2021 e ergueu o troféu em todas. Para manter os 100% em decisões, teve de lutar muito para superar a turca Ipek Oz, de virada, no W60 de Collonge-Bellerive, na Suíça, por 2 a 1, parciais de 5/7, 6/1 e 6/4.

Bia Haddad precisou de 2 horas e 47 minutos para se sagrar campeã na Suíça. Mesmo convidada para o torneio, Ipek Oz fez uma campanha impressionante na competição e abriu a final com vitória por 7/5 no primeiro set.

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A brasileira voltou mais concentrada para o segundo set e, com quebras no serviço da rival e um jogo potente no ataque, igualou o resultado com excelente 6/1. A boa parcial a deixou confiante para o set decisivo.

O jogo foi para o terceiro set e Bia Haddad estava com o astral renovado para ganhar seu maior torneio de simples da carreira. Concentrada, conseguiu a virada na decisão ao quebrar o saque da turca e fechar com 6/4. As outras três conquistas haviam sido em torneios W25, em Córdoba, Villa María e Montemor-o-Novo.

"Estou muito feliz, foi uma semana especial, com jogos muitos duros, altos e baixos", disse Bia. "A semana do US Open foi muito dura para mim. A derrota pesou, mas conversei com a minha equipe e resolvemos vir para cá. Não tivemos muito tempo de adaptação no saibro e a maior diferença foi não ter criado muita expectativa. Consegui ficar firme e positiva e estou muito feliz com o resultado e pronta para o próximo."

Havia muitas dúvidas sobre a participação de Serena Williams no US Open e agora se confirmou o pior cenário. A um mês de festejar seu aniversário de 40 anos, a tenista americana anunciou nesta quarta-feira (25) que não vai competir em Nova York, ainda devido à lesão que a obrigou a desistir de Wimbledon na primeira rodada. Trata-se apenas da quarta vez desde 1998 que a seis vezes campeã do Grand Slam nos Estados Unidos não disputa o seu torneio favorito.

"Depois de muito cuidado e de seguir o conselho dos meus médicos e equipe médica, decidi desistir do US Open para permitir que o meu corpo se recupere completamente de uma lesão na coxa. Nova York é uma das cidades mais entusiasmantes no mundo e um dos meus lugares favoritos para jogar. Vou ter saudades dos fãs, mas vou apoiar todos. Nos vemos em breve", escreveu Serena Williams em suas redes sociais.

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Com sua desistência do US Open, que começará nesta segunda-feira e irá até 12 de setembro, a tenista americana desperdiça mais uma oportunidade de igualar o recorde da australiana Margaret Court, que possui 24 títulos de torneios de Grand Slam.

Campeã em 1999, 2002, 2008, 2012, 2013 e 2014, Serena Williams é mais um nome de peso que não vai disputar o US Open. Antes dela, três grandes candidatos ao título da chave masculina anunciaram que não vão jogar em Nova York. São os casos do suíço Roger Federer, do espanhol Rafael Nadal e do austríaco Dominic Thiem - este o atual campeão.

A australiana Ashleigh Barty conquistou neste domingo o título do WTA 1000 de Cincinnati, disputado em quadras rápidas nos Estados Unidos. A atual número 1 do mundo precisou apenas de 1 hora e 12 minutos para fazer 2 sets a 0 - com parciais de 6/3 e 6/1 - na suíça Jil Teichmann, sensação do torneio e 76.ª colocada do ranking da WTA, e levantar um troféu pela quinta vez na temporada.

Mais uma vez o aproveitamento no serviço foi um dos fatores determinantes para a vitória de Barty. A australiana conseguiu colocar 93% do primeiro saque em quadra e venceu 70% destes pontos. A líder do ranking da WTA também teve uma grande performance nas devoluções, ganhando 33 dos 63 pontos no jogo.

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Aos 25 anos, Barty chega ao 13.º título da carreira. Só em 2021, também foi campeã de Wimbledon, no WTA 1000 de Miami (Estados Unidos) e nos WTA 500 de Melbourne (Austrália) e Stuttgart (Alemanha). A número 1 do mundo também foi finalista no saibro de Madri, na Espanha, onde foi superada pela belarussa Aryna Sabalenka, e já acumula 40 vitórias e apenas sete derrotas na temporada.

Barty já acumula 89 semanas como número 1 do mundo, sendo 82 consecutivas. Ela tem mais de dois mil pontos de vantagem para a segunda colocada, a japonesa Naomi Osaka, e vai aumentar essa diferença. O título de Cincinnati rende 900 pontos para uma jogadora que não defende nada. Com isso irá para a 10.285 no total. Já Osaka foi finalista no ano passado e defendia 585 pontos. Como caiu nas oitavas, fez apenas 105 e ficará com 6.666, sendo até ultrapassada por Sabalenka, que será a nova número 2.

Sem perder sets na semana, Barty passou por três campeãs de Grand Slam durante o torneio. Ela derrotou a belarussa Victoria Azarenka nas oitavas, a checa Barbora Krejcikova nas quartas e a alemã Angelique Kerber na semifinal. Com grande desempenho no saque, sequer enfrentou break points nos primeiros sets desses três jogos, algo que se repetiu na final deste domingo.

Já a vice-campeã Teichmann encerra uma excelente semana. A suíça de 24 anos eliminou Osaka, a compatriota Belinda Bencic e a checa Karolina Pliskova. Com os 585 pontos da final, vai saltar para o 45.º lugar do ranking, ficando apenas quatro posições abaixo da melhor marca da carreira. Na atual temporada, já havia sido semifinalista em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Convidado da organização, o britânico Andy Murray, ex-número 1 do mundo, passou pela estreia no Masters 1000 de Cincinnati, nos Estados Unidos, e na quarta-feira caiu na segunda rodada para o polonês Hubert Hurkacz. Questionado sobre os feitos do sérvio Novak Djokovic, que pode terminar pela sétima vez uma temporada como o líder do ranking, foi só elogios ao atual primeiro colocado da lista da ATP.

"O que ele fez é algo incrível e impressionante. Além disso, nos outros anos ele terminou em segundo ou terceiro lugar e ganhando Grand Slams. Ganhar um torneio já é difícil, mas para ser número 1 você tem que ganhar cinco ou seis torneios consecutivos e isso é extremamente complexo", afirmou Murray, que tem três títulos de Grand Slam e liderou o ranking por 41 semanas.

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"Não há muito o que dizer sobre ele e também sobre os demais do Big 3. É incrível porque eles dominaram o esporte por amor ao jogo", complementou o escocês, que também falou sobre as apostas para o futuro e colocou o russo Daniil Medvedev como principal candidato a ser o próximo número 1 do mundo.

Murray também analisou a condição das quadras de Cincinnati, com o mesmo piso rápido que será usado no US Open, Grand Slam em Nova York que começará no próximo dia 30. "As quadras e as bolas estão bastante rápidas. Obviamente o fato de jogar à noite desacelera um pouco, mas acho que é uma pequena vantagem para mim", comentou o atual número 105 do mundo.

Luisa Stefani vive a melhor fase de sua carreira. Após o bronze inédito nos Jogos Olímpicos de Tóquio e o vice em San Jose, a tenista brasileira conquistou o maior título de sua carreira neste domingo ao faturar o WTA 1000 de Montreal. Ela e a parceira canadense Gabriela Dabrowski venceram a eslovena Andreja Klepac e a croata Darija Jurak por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/4, após pouco mais de 1 hora de partida, e se vingaram das adversárias para as quais haviam perdido na decisão na Califórnia há uma semana.

Com a vitória no Canadá, a maior de sua carreira, Stefani, de 22 anos, chegou ao seu terceiro título em dez finais. Ela tinha duas conquistas, ambas com a americana Hayley Carte, em torneios WTA 250, em Tashkent, no Uzbequistão, em 2019 e Lexington, nos Estados Unidos, em agosto de 2020.

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Pelo título em Montreal, a brasileira subirá três posições no ranking e saltará do 22º para o 19º lugar, tornando-se a primeira tenista do País a entrar no top 20 desde que o ranking da WTA foi criado, em 1975.

A tenista paulistana disputou o terceiro torneio com Dabrowski e em todos alcançou a final, um deles no ano passado em Ostrava, na República Tcheca, e o outro na semana passada, no WTA 500 de San Jose, na Califórnia.

Luisa Stefani e Gabriela Dabrowski viajam neste domingo para os Estados Unidos, onde disputam mais um WTA 1000, o de Cincinnati. O torneio começa na segunda-feira e é o último preparatório para o US Open, Grand Slam que tem início no dia 30 deste mês.

Na chave de simples, o título do WTA 1000 de Montreal ficou com a italiana Camila Giorgi, que derrubou o favoritismo da checa Karolina Pliskova, ex-número 1 do mundo, ao vencer em sets diretos, por 6/3 e 7/5, em 1h40 de jogo. Foi a maior conquista da carreira da tenista da Itália de 29 anos, que dará um grande salto no ranking mundial e subirá para o 34º posto.

MASTERS 1000 DE TORONTO - Na final do Masters 1000 de Toronto, Daniil Medvedev confirmou o favoritismo e derrotou o americano Reilly Opelka por 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 6/3, para ficar com o título após 1h27 de jogo de confronto.

O russo, atual número 2 do mundo e agora mais perto do líder do ranking, Novak Djokovic, foi mais consistente e soube lidar bem com os saques potentes do gigante de mais de 2 metros que foram fundamentais para que ele chegasse à principal decisão de sua carreira.

Medvedev conquistou neste domingo o 12º troféu da carreira e o terceiro da temporada, depois de ter vencido em Marselha e Mallorca. O título em Toronto foi o quarto de Masters 1000. Antes, havia sido campeão em Cincinnati e Xangai em 2019 e Paris no ano passado.

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