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O Governo da Austrália pediu à Justiça o adiamento da audiência sobre a entrada do tenista antivacina Novak Djokovic no país, mas obteve uma resposta negativa do juiz Anthony Kelly. O objetivo era atrasar a audiência, marcada para segunda-feira, em dois dias. Caso o pedido fosse aceito, o sérvio perderia o prazo para confirmar a participação no Aberto de tênis australiano.

Documentos publicados neste domingo pelo Tribunal de Melbourne confirmaram a sessão para a data prevista anteriormente. A tentativa de adiamento veio após os advogados do tenista apresentarem documentos que provariam que ele testou positivo para covid-19 no dia 16 de dezembro, situação que, segundo a defesa, daria permissão para entrar na Austrália sem a vacinação em dia.

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Djokovic chegou ao país na última quarta-feira, mas acabou barrado no aeroporto ao apresentar um atestado de isenção de vacina, que não foi reconhecido como válido pelas autoridades. Ele chegou a receber um atestado do governo estadual de Victoria e da organização do Aberto da Austrália, após fornecer informações de exames feitos com painéis médicos independentes. Assim, conseguiu a aprovação do visto, mais tarde revogada pelas autoridades federais.

O Governo australiano controla a entrada de estrangeiros exigindo a comprovação de vacinação contra covid, mas aceita receber pessoas não vacinadas quando comprovada a isenção médica. As exceções incluem pessoas que não tomaram o imunizante para não piorar um quadro clínico grave causado por outra doença ou aquelas que apresentaram reação grave na primeira dose. Já o argumento da contaminação recente tem gerado debate e será avaliado pela Justiça.

Novak Djokovic está confinado em um hotel especial da imigração australiana, reservado a refugiados, esperando pela audiência. Caso não consiga reverter o cancelamento do visto, pode ficar proibido de entrar no país por até três anos.

O tenista número 1 do mundo, o sérvio Novak Djokovic, está livre para deixar o hotel na cidade de Melbourne, onde está detido desde quarta-feira (5) após o cancelamento de seu visto, para voltar sempre que quiser ao seu país de origem, disse nesta quinta-feira (6) a Ministra do Interior da Austrália, Karen Andrews.

Djokovic, que chegou a Melbourne na quarta-feira à noite com uma suposta isenção médica que lhe permitiu defender seu título do Aberto da Austrália sem ser vacinado, está detido em um hotel administrado pelas autoridades de imigração, aguardando que a Justiça australiana trate na segunda-feira um recurso contra sua deportação.

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"O Sr. Djokovic não está prisioneiro na Austrália porque ele está livre para partir a qualquer momento que decidir fazê-lo e a Força de Fronteira certamente irá facilitar isso", disse Andrews em uma entrevista à emissora pública australiana ABC.

O comentário foi feito depois que o Ministério das Relações Exteriores sérvio apresentou um protesto formal na quinta-feira ao embaixador australiano na Sérvia, Daniel Emery, pelo "tratamento indecente" que o tenista está recebendo em Melbourne.

De acordo com um comunicado do governo, a Sérvia espera que Emery faça um esforço pessoal para que Djokovic obtenha acomodação adequada para um atleta de sua categoria enquanto aguarda a decisão do tribunal.

A Ministra do Interior australiana também defendeu a decisão das autoridades de imigração que concederam ao sérvio de 34 anos um visto e posteriormente o revogaram, uma vez que foi determinado quando ele chegou ao país que ele não tinha provas suficientes para demonstrar que atende aos requisitos impostos na Austrália pela pandemia covid-19.

"É responsabilidade da pessoa garantir que tenha toda a documentação necessária para entrar na Austrália", disse Andrews. A disputa em torno das isenções médicas concedidas pela Federação de Tênis da Austrália e pelo governo regional de Victoria motivou o Executivo de Canberra a investigar autorizações semelhantes concedidas a pelo menos duas outras pessoas que participam do torneio em Melbourne, que será realizado entre 17 e 30 de janeiro.

A vacina é obrigatória para entrar na Austrália, mas há isenções temporárias para pessoas que têm "uma condição médica séria", que não podem ser vacinadas porque contraíram a covid-19 nos seis meses anteriores ou tiveram uma reação adversa ao medicamento, entre outros motivos.

Acabaram as dúvidas que duravam há mais de um mês. O tenista sérvio Novak Djokovic recebeu uma "permissão de isenção" do governo da Austrália e já está a caminho de Melbourne para disputar o Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, que começará no próximo dia 17, apesar de não estar vacinado contra a Covid-19 - um requisito obrigatório para os passageiros que chegam ao país da Oceania.

Nas redes sociais, o número 1 do mundo anunciou nesta terça-feira que recebeu autorização do Comitê Médico independente para fazer a viagem à Austrália sem receber a vacina contra o novo coronavírus que causou a pandemia.

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"Feliz ano novo! Desejo a todos saúde, amor e felicidade em todos os momentos e que sintam amor e respeito por todas as pessoas neste planeta maravilhoso. Passei um ótimo tempo ao lado de minha família e meus entes queridos durante as férias e hoje (terça-feira) estou indo para a Austrália com uma permissão especial", escreveu o sérvio em sua conta no Instagram.

Esta decisão significa que o tenista de Belgrado conseguiu convencer as autoridades de saúde australianas de que tem uma razão válida para não ser vacinado contra a covid-19, uma vez que a "permissão de isenção" só é atribuída após análise da situação por parte de uma equipe de médicos independente, sem o conhecimento da identidade do requerente.

O cenário já tinha sido apresentado como possível pelo diretor do Aberto da Austrália, Craig Tiley, que em várias entrevistas a meios de comunicação social australianos adiantou que haveria "um número reduzido de jogadores, treinadores e elementos do staff" a fazer parte do torneio nesta condição.

Nove vezes campeão do Aberto da Austrália e à procura do título que lhe permita se tornar o recordista em torneios de Grand Slam - está empatado com o suíço Roger Federer e com o espanhol Rafael Nadal, todos com 20 cada -, Djokovic adiou até o último instante a comunicação em relação à participação em Melbourne. O sérvio, que no passado revelou por diversas vezes ser contra a vacinação, já tinha tomado, em novembro, a decisão de não se pronunciar mais sobre as suas decisões relacionadas com esta medida de prevenção.

Ele contraiu a doença em junho de 2020, quando realizou um torneio de exibição em Belgrado, e jamais testou novamente positivo em qualquer torneio disputado ao longo da temporada 2021.

A ATP Cup, torneio de equipes que serve de preparação para o Aberto da Austrália, começou neste sábado com a Sérvia, sem o número 1 do mundo, Novak Djokovic, virando sobre a Noruega após três jogos, e com a Polônia mostrando força em seus confrontos diante da Grécia.

Djokovic não foi para a competição de equipes em Sydney por causa dos protocolos contra a Covid-19 impostos pelos australianos. O tenista omite se está vacinado e ainda não confirmou sua presença no primeiro Grand Slam da temporada.

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Sem o número 1, o país viu Dusan Lajovic ser derrotado por Casper Ruud, enquanto

Filip Krajinovic se recuperou diante de Viktor Durasovic, na Ken Rosewall Arena, no segundo duelo. A Sérvia fez 2 a 1 com as duplas.

A Noruega iniciou com tudo. Ruud foi o primeiro a entrar em quadra. Ganhou por 6/3 e 7/5 aproveitando quatro dos sete breakpoints que teve no confronto. Depois foi a vez de Durasovic tentar abrir 2 a 0 no confronto. Mas Krajinovic é quem dominou totalmente a partida, com saque forte e muita pressão. Foram 11 chances de quebra criadas pelo sérvio, que fez 6/2 e 7/5.

De volta no compromisso de duplas, ao lado de Nikola Kajcic, Krajinovic voltou a superar Durasovic, que atuou ao lado de Ruud. Os sérvios fizeram 2 a 0 com 7/6 (7/3) e 6/3.

O equilíbrio entre sérvios e noruegueses passou longe no embate entre Polônia e Grécia, que não contou com Stepanos Tsitsipas na Sydney Super Dome. Com dores no cotovelo direito, o número 4 do mundo optou por não jogar diante de Hubert Hurcakz, que acabou não tendo problemas diante de Aristotelis Thanos, fazendo 6/1 e 6/2. Logo depois, foi a vez do polonês Kamil Majchrzak superar Michail Pervolarakis, por 6/1 e 6/4 e fechar o dia com 2 a 0.

O tenista espanhol Rafael Nadal deu boas notícias para seus fãs de todo o mundo nesta sexta-feira (31). O ex-número 1 do mundo, atual sexto colocado do ranking, desembarcou na Austrália, já iniciou os seus treinamentos e confirmou que disputará um ATP 250 em Melbourne na semana que vem. O torneio servirá como preparação para o Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, na mesma cidade, que começará em 17 de janeiro.

No último dia 20, Nadal anunciou que havia testado positivo para a Covid-19, o que colocava em dúvida seu início de temporada. O jogador de 35 anos participou de duas exibições em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, contra o britânico Andy Murray e o canadense Denis Shapovalov. A volta do espanhol aos treinos aconteceu na última quarta-feira e ele voou para a Austrália na quinta.

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Antes das exibições disputadas no Oriente Médio há duas semanas, Nadal estava sem atuar desde 5 de agosto, quando participou do ATP 500 de Washington, nos Estados Unidos. Na ocasião, o espanhol já sofria com uma lesão no pé esquerdo, que o deixou afastado das competições do circuito profissional pelo restante da temporada.

A presença de Nadal na Austrália também anima a organização do primeiro Grand Slam do ano. Desde o início da semana, o diretor do torneio, Craig Tiley, estava otimista de que o espanhol poderia se recuperar a tempo para disputar a competição. O Aberto da Austrália já não conta com o suíço Roger Federer e as irmãs americanas Venus e Serena Williams, enquanto que a participação do sérvio Novak Djokovic, atual número 1 do mundo, é colocada em risco por conta de seu status indefinido de vacinação contra a Covid-19.

"Tenho conseguido mostrar um nível competitivo contra bons jogadores mesmo sem estar em perfeitas condições. Há coisas a melhorar, mas olhando com maior perspectiva, foi um torneio positivo", disse Nadal em entrevista coletiva no último dia 18, ainda em Abu Dabi, antes mesmo do diagnóstico para a Covid-19. "O objetivo principal é ser saudável o suficiente para fazer as coisas que preciso fazer e almejar os objetivos que sempre tive".

Na ocasião, o espanhol ainda não tinha certeza se teria condições de jogar na Austrália. "Não posso garantir 100% de que estarei na Austrália. Tenho tempo para tomar uma decisão. Nesse ponto da minha carreira, preciso ver como o corpo responde e pensar dia a dia, estudando bem cada movimento".

Novak Djokovic, número 1 do mundo, não vai disputar a ATP Cup, dos dias 1º a 9 de janeiro, em Sydney, e ainda não tem presença confirmada no Aberto da Austrália. A informação é do jornal sérvio Blic.

Aos 34 anos, Djokovic foi nomeado para compor a equipe da Sérvia na competição, embora não tenha confirmado se já foi vacinado para covid-19, citando privacidade. A vacinação é uma das normas obrigatórias impostas pelos organizadores da competição.

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A Sérvia está no Grupo A, juntamente com Noruega, Chile e Espanha na ATP Cup, que vai ser disputada antes do Aberto da Austrália, previsto para ter início no próximo dia 17.

O chefe do Aberto da Austrália, Craig Tiley, disse na quarta-feira que ainda não tem certeza se Djokovic jogará no Melbourne Park Major. Tiley disse que todos os jogadores e funcionários da equipe australiana serão vacinados ou terão uma isenção médica concedida por um painel independente de especialistas.

Esses requisitos impediram Djokovic de confirmar sua presença no torneio, quando poderá ter a oportunidade de conquistar o 21º título de Grand Slam e a décima taça do Aberto da Austrália.

O atleta Sérgio Agüero anunciou sua aposentadoria do futebol. O atacante havia sido contratado para ser a principal referência do Barcelona, mas um problema no seu coração não o deixou mais jogar em alto nível. Kun Agüero vivia um dos principais desafios de sua carreira ao assinar com o Barça, mas teve sua trajetória interrompida precocemente. Com isso, o LeiaJá listou exemplos de alguns outros atletas que se aposentaram no auge:

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Nico Rosberg foi piloto da F1 durante dez temporadas. O alemão foi um sucesso nas corridas e defendeu as cores da Williams e Mercedes, sendo companheiro de Lewis Hamilton. O sonho de Nico era ser campeão mundial da F1.

O feito foi alcançado em 2016, quando foi campeão na última corrida, em Abu Dhabi. Após isso, Nico Rosberg anunciou sua aposentadoria e saiu do esporte no auge da sua carreira. Em seu site oficial, Nico disse: "Meu sonho é claro. Queria ser um campeão mundial de F1. Eu consegui e vou encerrar minha carreira na F1", disse Rosberg.

Daiane foi durante sua carreira uma atleta muito idolatrada pelos fãs. A brasileira trouxe diversos resultados para o esporte brasileiro e muitas medalhas de ouro enquanto dançava no tablado.

Porém, aos 29 anos, após as Olimpíadas de Londres em 2012, Daiane anunciou sua aposentadoria por conta de uma série de lesões que a atormentavam.

Um dos principais atacantes da história do futebol brasileiro também parou muito cedo. Tostão foi o camisa 9 da seleção campeã do mundo em 1970, no México.

Além disso, Tostão é um dos maiores ídolos do Cruzeiro e trouxe muita alegria para os torcedores. Porém, com apenas 27 anos, Tostão teve um problema de visão e parou de jogar para não agravar o problema.

O seis vezes campeão em Roland Garros teve uma carreira muito precoce. Além dos títulos em Roland Garros, Borg conquistou o título de Wimbledon cinco vezes.

Borg anunciou sua aposentadoria com apenas 26 anos. Mas mesmo assim, é considerado um dos melhores tenistas da história e ficou com aquela sensação de que poderia ganhar muito mais.

Um dos maiores jogadores da história do basquete teve uma carreira curta no esporte. Com apenas 32 anos, Magic anunciou sua aposentadoria após anunciar que havia contraído o vírus HIV.

Magic apresentou um dos discursos mais emocionantes da história do esporte em sua despedida. Apesar da aposentadoria, o jogador ainda atuou nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992

O espanhol Rafael Nadal testou positivo para a Covid-19. O tenista anunciou o diagnóstico nesta segunda-feira (20) em um post na sua conta oficial do Twitter, onde contou que fez o exame PCR ao retornar para casa, na Espanha, após um torneio de exibição em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. No país do Oriente Médio, ele havia realizado testes que mostraram resultados negativos para a doença.

"Tanto no Kuwait como em Abu Dabi fizemos testes a cada dois dias e todos deram negativo. O último que fiz foi na sexta-feira e recebi o resultado no sábado. Estou passando por momentos desagradáveis, mas confio em melhorar pouco a pouco. Agora estou em casa confinado e já informei as pessoas que estiveram em contato comigo", escreveu Nadal.

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O certo é que a sua participação no Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada 2022, a partir de 17 de janeiro, em Melbourne, fica sob risco. "Como consequência da situação, tenho de ter total flexibilidade com o meu calendário e vou analisar as minhas opções dependendo da minha evolução. Vou manter todos vocês informados sobre qualquer decisão dos meus próximos torneios", finalizou.

Nadal, atual número 6 do mundo, tinha como intenção jogar o ATP 250 de Melbourne, na primeira semana de janeiro, como forma de se preparar para o Aberto da Austrália. No entanto, agora tudo vai depender da forma como vai lidar com a doença.

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A tenista Shuai Peng surpreendeu neste domingo (19) ao afirmar que não fez acusações de abuso sexual contra Zhang Gaoli, ex-vice-primeiro-ministro chinês. A primeira declaração pública da atleta, em vídeo, sobre o polêmico assunto, foi publicada pelo jornal Lianhe Zaobao, de Cingapura.

"Primeiramente, preciso enfatizar um ponto que é extremamente importante: nunca disse ou escrevi que alguém me agrediu sexualmente. Devo enfatizar claramente esse ponto", declarou Peng, em vídeo publicado pelo maior jornal de língua chinesa de Cingapura.

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A especialista em duplas, de 35 anos, disse que seu post feito na rede social chinesa Weibo, equivalente ao Facebook, tratou de um "assunto privado". Sem entrar em detalhes sobre suas declarações, ela disse que "muitas pessoas não compreenderam" o que ela escreveu na rede social.

Peng também afirmou que segue morando em sua casa, em Pequim, sem qualquer tipo de fiscalização ou supervisão do governo chinês. A tenista, ex-número 1 do mundo, causou surpresa no dia 2 de novembro ao fazer um post na rede social mais famosa da China, fortemente controlada pelo Partido Comunista Chinês, afirmando que havia sido abusada sexualmente por Zhang Gaoli, um dos políticos mais poderosos do país.

ENTENDA O CASO - Poucos minutos depois da publicação, todos os seus posts foram derrubados e o termo "tênis" foi censurado da plataforma, assim como os nomes da tenista ou de Zhang. A agressão, de acordo com a publicação da tenista, teria ocorrido em 2018, segundo Peng. Ela teria sido coagida pelo político, casado, a fazer sexo. Ela conta que resistiu e chorou antes de acabar cedendo. Nos três anos seguintes, ambos viveram um caso extraconjugal descrito como "desagradável" pela jogadora de 35 anos. Na publicação, a tenista disse que não poderia apresentar evidências que sustentassem sua afirmação pois a relação de ambos era muito restrita.

Peng e Zhang começaram a se relacionar em 2011, quando se conheceram em Tianjin. Segundo a tenista, eles tiveram uma única relação, consensual, no decorrer daquele ano. Ela dá a entender também que houve uma segunda relação pouco antes dele ser promovido e se ver obrigado a cortar relações com a atleta.

Após a denúncia, Peng desapareceu das redes sociais e a Associação do Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês) não conseguiu entrar em contato com ela. Foram três semanas de silêncio até que a canais de comunicação estatais da China começaram a publicar fotos e até vídeos dela em casa. As publicações não convenceram a WTA e demais entidades.

Nem mesmo a entrevista, por videoconferência, feita pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, tranquilizou a comunidade do tênis. Na conversa, Bach não tratou da denúncia de abuso sexual. Numa segunda conversa por vídeo com o COI, a situação se repetiu. E a WTA seguiu pedindo "provas verificáveis" de que a tenista estava bem, ganhando o apoio da ONU e da União Europeia. Como consequência mais prática, a WTA suspendeu todos os torneios do circuito feminino na China até que o caso fosse resolvido.

Peng se tornou uma referência do esporte na China depois de conquistar, em parceria com a taiwanesa Hsieh Su-wei, os torneios de duplas de Wimbledon, em 2013, e de Roland Garros, no ano seguinte. Após a vitória em Paris, as duas permaneceram 20 semanas na liderança do ranking mundial de duplas. No mesmo ano, Peng também conseguiu o melhor resultado em um Grand Slam de simples ao alcançar as semifinais do US Open.

Em sua carreira, ela conquistou 23 torneios de nível WTA em duplas e dois em simples, com uma premiação de quase US$ 10 milhões. Atualmente, Peng é a tenista número 191 no ranking de duplas e não disputa um torneio WTA desde o Torneio do Catar, em fevereiro de 2020, pouco antes da pandemia interromper as competições durante quase cinco meses.

A chave feminina do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, em janeiro, na cidade de Melbourne, perdeu mais uma jogadora importante para a edição de 2022. Uma semana após o anúncio de que a americana Serena Williams não disputará a competição, foi confirmada também a ausência da checa Karolina Pliskova, ex-número 1 do mundo e atual quarta colocada do ranking da WTA, por conta de uma lesão na mão direita.

A tenista da República Checa, de 29 anos, fez uma boa temporada no circuito profissional ao marcar 37 vitórias e disputar finais na grama de Wimbledon, no saibro de Roma e no piso duro de Montreal. Pliskova, entretanto, não conquista um título desde janeiro de 2020, em Brisbane. Fora do Aberto da Austrália e de todos os torneios preparatórios, também adia o sonho de conquistar seu primeiro Grand Slam.

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"Infelizmente, eu machuquei a minha mão direita durante um treino ontem (quarta-feira) e não poderei jogar em Adelaide, Sydney e no Australian Open. Fico triste por não poder começar a minha temporada na Austrália e vou sentir muita falta dos fãs", disse Pliskova, por meio de um comunicado oficial divulgado pela organização do torneio.

A melhor campanha de Pliskova em Melbourne foi a semifinal de 2019, sendo que ela também chegou outras duas vezes às quartas de final - em 2017 e 2018. Nos últimos dois anos, parou na terceira rodada.

A vaga da checa na chave principal ficou com a francesa Fiona Ferro, 104.ª do ranking. Ela já seria indicada pela Federação Francesa de Tênis (FFT, na sigla em francês) por acordo de reciprocidade com a Tennis Australia. Com isso, os dirigentes franceses poderão convidar outra jogadora. Já a chinesa Qiang Wang, 105.ª colocada na lista da WTA, passa a ser a primeira na lista de espera em caso de novas desistências.

Nesta segunda-feira (13), a Nike anunciou que adquiriu  a empresa de tênis virtual conhecida como RTFKT, justamente para expandir sua base de negócios no metaverso. Vale lembrar que no mês de novembro, a empresa de roupas esportivas foi uma das primeiras a entrar no novo mundo virtual, após o anúncio do Facebook sobre as possibilidades do metaverso como meio de comércio e entretenimento.

Em comunicado oficial, o CEO da Nike, John Donahoe informou: “Esta aquisição é mais um passo que acelera a transformação digital da Nike e nos permite servir atletas e criadores na interseção de esporte, criatividade, jogos e cultura”. Segundo os dados divulgados pela Brand Finance, o patrimônio da empresa está avaliado em mais de 30 bilhões de dólares, e pode aumentar mais ainda agora neste momento de expansão comercial.

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O metaverso está sendo debatido atualmente e também é considerado o próximo passo em relação ao mundo virtual. Dentro dele, será possível interagir com outras pessoas por meio de avatares e toda a construção será criada a partir da realidade virtual, realidade aumentada, redes sociais e criptomoedas. No geral, se trata de uma espécie de internet 3D, para imergir de forma mais intensiva.

 

 

Novak Djokovic deixou a Copa Davis, no fim de semana, sem troféu. Mas tem motivos para celebrar nesta segunda-feira. O tenista sérvio alcançou a 350ª semana na liderança do ranking mundial, após encerrar sua temporada. Sua meta agora será superar o recorde geral, entre homens e mulheres.

No momento, esta marca pertence à alemã Steffi Graf, que ocupou a liderança do ranking feminino por 377 semanas, antes de se aposentar, em 1999. Para tanto, o sérvio terá que manter a sua posição por mais meio ano, até junho de 2022.

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A missão não será das mais fáceis porque Djokovic tem pontos importantes a serem defendidos no ranking até lá. Ele é o atual campeão do Aberto da Austrália e de Roland Garros, que serão disputados neste intervalo. Se não defender os dois títulos, possivelmente perderá a ponta para o russo Daniil Medvedev.

O problema para o sérvio já começa em janeiro, quando será disputado o primeiro Grand Slam da temporada. Geralmente favorito em Melbourne, Djokovic poderá ficar fora do Aberto da Austrália por motivos sem qualquer relação com a sua forma física e técnica. Ele corre o risco de ser impedido de jogar por não revelar se tomou as vacinas contra a Covid-19. Autoridades australianas impuseram a regra de que visitantes estrangeiros só poderão entrar no país se apresentaram o comprovante de vacinação.

O tenista sérvio ocupa a liderança do ranking de forma consecutiva desde fevereiro de 2020. Neste ano, foram 55 vitórias e apenas sete derrotas. Ele foi campeão também de Wimbledon e finalista do US Open, quando teve a oportunidade de "fechar o Grand Slam", mas foi batido por Medvedev na decisão. Na Olimpíada de Tóquio, ele terminou em quarto lugar, sem medalha.

TOP 10 - A lista dos melhores tenistas do mundo foi dominada por europeus neste ano. E, no encerramento da temporada 2021, a situação não foi diferente. Somente tenistas do continente vão terminar o ano dentro do chamado Top 10. Depois de Djokovic e Medvedev, vêm na sequência o alemão Alexander Zverev, o grego Stefanos Tsitsipas e o russo Andrey Rublev, compondo o Top 5.

Os demais são o espanhol Rafael Nadal (6º), o italiano Matteo Berrettini (7º), o norueguês Casper Ruud (8º), o polonês Hubert Hurkacz (9º) e o italiano Jannik Sinner (10º).

O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou nesta quinta-feira (2) que fez nova videoconferência com a tenista chinesa Shuai Peng, no dia anterior, e revelou que marcou um encontro pessoal entre a atleta e o presidente da entidade, Thomas Bach, em janeiro de 2022, na Suíça.

"Compartilhamos a mesma preocupação que muitas outras pessoas e organizações sobre o tema do bem-estar e a segurança de Shuai Peng, mas nós optamos por uma abordagem muito humana e centrada na pessoa", afirmou a entidade olímpica em um comunicado, sem divulgar gravações de áudio ou imagens da conversa com a tenista. "Oferecemos um apoio muito grande, seguimos em contato regular com ela e marcamos um encontro presencial para janeiro."

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A ex-número 1 do mundo nas duplas estava desaparecida desde o começo de novembro, poucos dias depois de acusar o ex-vice-primeiro-ministro da China, Zhang Gaoli, de 75 anos, de forçá-la a fazer sexo. A principal suspeita foi a de que a tenista poderia estar sofrendo represálias ou intimidações por conta da denúncia realizada.

Há cerca de duas semanas, Thomas Bach, conseguiu o primeiro contato de um interlocutor estrangeiros com Peng, falando com a atleta pela primeira vez por videoconferência. Desta vez uma equipe da entidade conduziu a segunda videoconferência de meia hora, na qual a tenista "parecia em segurança e bem, levando em consideração a situação difícil em que se encontra".

Como em seus comunicados anteriores sobre o caso, o COI não faz referência às acusações de agressões sexuais que Peng apresentou no início de novembro contra um ex-dirigente do governo chinês. Não pediu esclarecimentos sobre o tema nem garantias sobre as liberdades de movimentos da atleta.

A postura, vista por muitos como uma maneira de manter a relação com a China, que será a sede em Pequim dos Jogos Olímpicos de Inverno dentro de dois meses (4-22 fevereiro de 2022). "Existem diferentes formas de garantir seu bem-estar e segurança. Adotamos uma abordagem muito humana e centrada na pessoa para lidar com a situação", justificou o COI, defendendo o contato direto com o regime chinês. "Como trata-se de uma participante de três Jogos, o COI aborda suas preocupações diretamente com as organizações esportivas chinesas".

"Recorremos à 'diplomacia discreta' que, dadas as circunstâncias e a experiência de governos e outras organizações, é considerada o meio mais promissor de reagir de maneira eficaz neste tipo de caso humanitários", acrescentou a entidade.

No último mês de outubro o Rio de Janeiro foi a cidade sede que recebeu a Copa do Mundo de Tênis de Praia. Além do evento mundial ter sido inédito no Brasil, a equipe canarinho venceu os italianos e se sagrou tetracampeã. Não é de hoje que o tênis de praia tem chamado a atenção dos brasileiros, e por conta disso, o LeiaJá reuniu informações sobre esta modalidade esportiva, para que você conheça mais sobre ela. 

Origens

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O início da história da modalidade esportiva conhecida como beach tennis, ou tênis de praia remonta à década de 1980, nas praias de Ravenna, na Itália. O que começou apenas como uma brincadeira, passou a se tornar uma atividade esportiva oficial e assim, em 1996 foi criada a Federação Internacional de Tênis de Praia (IFBT).  Vale lembrar que esta é a instituição máxima do esporte, e, portanto, responsável pela organização e administração de eventos de menor expressão, como os campeonatos regionais, até as competições de maior expressão, como a Copa do Mundo de Tênis de Praia.

A chegada ao Brasil

O tênis de praia chegou ao Brasil somente em 2008, primeiramente nas praias do Rio de Janeiro, mas não demorou muito tempo para a modalidade esportiva se espalhar por todo o Brasil. Assim, para profissionalizar o tênis de praia, foi criado a Confederação Brasileira de Tênis de Praia (CBBT), que rege os campeonatos regionais em todo o território brasileiro. Ainda que o tênis de praia seja relativamente novo, em comparação com outros esportes, o Brasil já pode ser considerado uma das grandes potências na modalidade. Segundo a IFBT, o país já é a segunda maior força do mundo no tênis de praia e perde apenas para a Itália, local considerado o berço da modalidade.

Tendência entre brasileiros

Com o tempo, a prática levou o Brasil a se profissionalizar e estar entre os melhores. O resultado disso é visto por meio dos títulos que o país conquistou, como a Copa das Nações na Aruba em 2010, os Mundiais na Sérvia em 2016, e os Pan-Americanos de 2014, 2015, 2016 e 2017. Vale lembrar que o campeonato mais relevante é a Copa do Mundo de Tênis de Praia, realizada pela primeira vez em 2012, e de lá para cá, o Brasil conquistou quatro títulos. De acordo com a IFBT, o Brasil já possui mais de 400 mil atletas amadores, número que equivale a 33% de todos os praticantes do mundo.

As regras são claras

O tênis de praia é basicamente uma junção de três esportes diferentes (vôlei de praia, tênis e frescobol), mas possui regras exclusivas durante uma partida, como a rede, que precisa estar a uma altura de 1,7 metros do chão. Já em termos de pontuação, o tênis de praia segue a mesma lógica do tênis, uma vez que os pontos seguem uma escala de 15, 30, 40 e game, ou seja, o primeiro que atingir os quatro pontos, vence um período.

Dentre outras regras que precisam ser seguidas está a linha do saque. O jogador que arremessa a bola para o outro lado pode estar em qualquer local, desde que seja atrás da linha que inicia a pequena área.

 

 

No embalo do título conquistado no Masters 1000 de Paris, no fim de semana, Novak Djokovic prevê uma trajetória longa no tênis, mesmo longe das raquetes. O sérvio revelou que pretende seguir a carreira de treinador após se aposentar como tenista. Mas evitou projetar quando isso acontecerá.

"Procuro passar para as novas gerações tudo o que tenho aprendido. O conhecimento pode ser uma maldição se você não o usar. Não faz sentido se você não o utiliza e por isso não gostaria de ir para o túmulo sem ter transmitido tudo o que sei, o que aprendi com a minha experiência", comentou o número 1 do mundo em entrevista ao site Tennis Majors.

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O tenista pretende se envolver cada vez mais com o projeto de criar a Novak Tennis Center. "Eu me vejo exercendo vários papéis no futuro e estou contente por também poder desenvolver-me como treinador. Quero que outras pessoas conheçam os meus métodos de trabalho, a minha filosofia, a minha abordagem, que possam aprender comigo e com a minha carreira."

Djokovic vem dominando cada vez mais os recordes do circuito. No domingo, ao vencer o Masters de Paris, se tornou o recordista de títulos neste nível de torneio, com 37 troféus. Ao mesmo tempo, confirmou que terminará o ano como número 1 do mundo pela sétima vez, outro recorde, superando o americano Pete Sampras, que havia finalizando seis temporadas na liderança.

Com a confiança em alta, o sérvio vai disputar o ATP Finals a partir de domingo, em Turim, na Itália. O torneio, que encerra a temporada da ATP, reúne os oito melhores tenistas e as oito melhores duplas do ano. Na sequência, Djokovic finalizará o seu ano na Copa Davis, entre os 25 deste mês e 5 de dezembro, na tentativa de liderar a Sérvia rumo ao título.

Novak Djokovic reservou o final de semana para fazer história e bater recordes. Após se consagrar como o tenista com mais temporadas em primeiro lugar no ranking mundial, ao passar das semifinais do Masters 1000 de Paris durante o sábado, o sérvio disputou a grande final neste domingo e venceu o russo Daniil Medvedev, com parciais de 4/6, 6/3 e 6/3, para se isolar como o maior vencedor de torneios da série.

Djokovic entrou em quadra com 36 títulos de Masters 1000 na carreira, mesmo número conquistado pelo espanhol Rafael Nadal. Com a vitória sobre Medvedev, ele levantou a 37ª taça, deixando o rival para trás. Além disso, foi a sétima conquista dele no torneio de Paris, agora o Masters 1000 que mais venceu, ao lado do de Miami.

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Antes de a final começar, o sérvio já tinha feito história. Isso porque se garantiu como número 1 até o fim do ano ao vencer Hubert Hurkacz na semifinal, disputada no sábado. Assim, conquistou a ponta do ranking da ATP pela sétima temporada, maior número já alcançado, superando o norte-americano Pete Sampras, que terminou seis vezes em primeiro. Djokovic já havia sido o melhor do mundo em 2011, 2012, 2014, 2015, 2018 e 2020. Agora, está isolado no quesito.

O feito deste domingo não foi concretizado com facilidade, como o tenista de 34 anos já esperava, até porque Medvedev foi seu carrasco na final do US Open. O russo deu trabalho durante o primeiro set, chegou a abrir 2 games a 0 e deixou o número 1 do mundo buscar o empatem, mas aproveitou erros do adversário e venceu por 6 a 4.

"Eu revi a final do US Open para ver o que eu fiz de errado e o que eu fiz certo", disse o sérvio após a vitória. "Considerei que era só questão de tempo até ler melhor o saque dele e começar a fazer algumas jogadas. Você não pode ir com tudo para cima dele. Você tem que encontrar uma maneira de jogar com a agressividade controlada, dar os lances certos na hora certa", completou.

Djokovic voltou melhor para o segundo set e aproveitou uma quebra no quarto game para caminhar até a vitória por 6 a 3, chegando a evitar três break-points de Medvedev. No set decisivo, ele conseguiu duas quebras importantes no serviço do russo, cometeu poucos erros e confirmou título, celebrado com um abraço emocionado nos filhos Stefan e Tara, presentes nas arquibancadas.

A divulgação do ranking mundial da WTA nesta segunda-feira foi especial para a brasileira Luisa Stefani. Mesmo sem jogar desde o fim de setembro, após ser submetida a cirurgia no joelho direito, a tenista paulistana apareceu na nona colocação da lista de duplas, figurando no top 10 pela primeira vez na carreira.

Medalha de bronze na Olimpíada de Tóquio e em evolução na temporada, Luisa Stefani subiu do 11º para o 9º, com 4580 pontos, apenas 20 atrás da chinesa Shuai Zhang, em oitavo, se tornando a primeira brasileira na história a ocupar um lugar entre as dez melhores do mundo desde que o sistema oficial do ranking foi criado, em 1975.

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"Top 10 sempre foi uma meta pra mim e é uma grande conquista alcançá-lo. Pena que não estou jogando no momento, mas mesmo assim é um grande marco na minha carreira", festejou a paulistana. "Estou comemorando as pequenas vitórias ultimamente durante minha recuperação, então vou adicionar essa na lista também. Um lembrete dos ótimos resultados e boas lembranças que tive na quadra esse ano", seguiu.

A tenista segue em recuperação da cirurgia no joelho direito, com sessões diárias de fisioterapia em Tampa, na Flórida. Ela fica nos Estados Unidos mais alguns dias, mas retornará ao Brasil antes do fim do ano para nova etapa na reabilitação.

"A recuperação até agora está progredindo super bem e dentro do cronograma que minha equipe médica passou. Não tem sido um processo fácil, é trabalho duro na fisioterapia, cansativo, dolorido, às vezes chato, e tem dias que o progresso não é tão nítido, então é importante manter o otimismo principalmente nesses dias duros", disse. "Por outro lado, cada melhora, exercício novo, e passinho dado é uma grande vitória."

O ranking de duplas agora tem a romena Elise Mertens em primeiro, com 7640 pontos, seguida por Katerina Siniakova e por Barbora Krejcikova. Ex-líder, Su-Wei Hsieh caiu para o quarto lugar.

No ranking de duplas masculino, o brasileiro Bruno Soares e o inglês Jamie Murray seguem na oitava colocação após o título do ATP 250 de São Petersburgo, no domingo, com 2915 pontos, o que garantiria vaga no ATP World Finals de Turim, no meio do mês.

SOBERANOS NO SIMPLES - Os ranking femininos e masculinos de simples seguem sem mexidas. A australiana Ashleigh Barty se manteve no topo, com 7701 pontos, com Aryna Sabalenka em segundo e Barbora Krejcikova agora fechando o pódio.

No masculino, mesmo sem atuar desde a final do US Open, o sérvio Novak Djokovic se mantém sem sombra. Soma 8370 pontos e caminha para fechar o sétimo ano seguido no topo. O russo Daniil Medvedev vem a seguir, com 6470, acompanhado pelo grego Stepanos Tsitsipas. O campeão do US Open, o alemão Alexander Zverev, é o quarto e Andrey Rublev fecha o top 5.

A biografia "Federer, o Homem que Mudou o Esporte", escrita pelo americano Christopher Clarey e publicada no Brasil pela editora Intrínseca, foi lançada em 16 línguas quase ao mesmo tempo em diferentes cantos do planeta nas últimas semanas. E a rotina do jornalista do The New York Times tem sido dar entrevistas sobre o livro protagonizado pelo tenista suíço Roger Federer enquanto segue com seu trabalho no grande jornal americano.

Mesmo assim, ele conseguiu reservar uma hora para conversar com a reportagem do Estadão, por vídeo, de Nova York, sobre seu primeiro livro. O experiente repórter aponta suas impressões sobre a vida e carreira do suíço, mostra a importância de sua trajetória, dá um palpite sobre sua futura aposentadoria e diz quem considera ser o melhor de todos os tempos. Confira abaixo os principais trechos da entrevista.

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Quando Federer vai se aposentar?

Não acredito que ele voltará ao circuito (após nova cirurgia no joelho). É um palpite. Acredito que ele vai perceber, durante seu processo de reabilitação, que o tempo mudou. Os caras novos chegaram. Ele tem muita coisa para fazer na vida dele. Aos 40 anos, vai conquistar mais o quê no circuito? Ele pode até voltar, mas será um retorno lento e difícil. Não acho que conseguirá vencer mais torneios de Grand Slam. E acho que não será feliz se não tiver chances de vencer estes torneios.

A genialidade de Federer é mais difícil de explicar do que a de Nadal ou Djokovic?

Essa é uma ótima pergunta... Não acho que seja difícil explicar. Todo mundo que segue tênis pode vê-la. Mesmo quem é de fora do mundo do tênis consegue ver. É como ver Messi num vídeo: ‘Veja aquele drible, uau’. O tênis de Roger é muito fácil de admirar, é quase uma dança. Novak e Rafa são diferentes. É mais sobre sensação. Acho que a genialidade de Novak é a mais difícil de ser explicada.

Federer é tão legal quanto parece? Ou tem muito marketing ali?

Acho ele é uma mistura dos seus lados suíço e sul-africano, com seu pai e sua mãe. Ele tem esse lado mais espontâneo, mais agregador. E também tem esse lado que calcula, pensa antes de fazer. Acho que ele precisa planejar as coisas para poder ser espontâneo e se sentir renovado o tempo todo... Se eu tivesse descoberto algum escândalo durante a pesquisa, teria colocado no livro, claro. Minha intenção não era esconder os esqueletos no armário. Roger é o tipo de cara que não gosta de conflito, nem nos negócios e nem na vida pessoal. Ele gosta de manter as coisas suaves. Mas, com certeza, tem um lado controlador e um olho forte em tudo o que faz.

As lesões dele ou pandemia fizeram você antecipar a publicação do livro?

Eu sabia que ele está chegando perto do fim. Pensei que seria uma boa esperar pela aposentadoria dele para poder finalizar o livro. E decidi pensando que muita gente estava interessada em escrever sobre ele, mesmo ele já sendo alvo de alguns livros. Percebi que tinha uma grande oportunidade por causa do acesso extraordinário que tive a ele, Nadal e Djokovic. Então, tinha esta janela de oportunidade e interesse de editores dos EUA e da Inglaterra para lançar a obra agora. Ao mesmo tempo, sei que sua obra já está completa como artista do tênis. Não vejo ele conquistando coisas maiores agora.

O que mais te surpreendeu nas mais de 20 entrevistas que fez com ele?

O cara não é blasé. A maioria dos atletas é meio "já vi isso, já fiz isso". Ele não é assim, de jeito nenhum. Parece um garoto, com esse nível de entusiasmo e energia. Muitos atletas já estariam cansados de tudo isso com a idade dele. Mas ele tem uma alegria genuína por estar perto das pessoas, gritando por ele, como se fosse uma estrela do rock. Além disso, me surpreendia o jeito como respondia a cada pergunta sobre sua vida. Ele dizia não ser um cara que ficava "ticando" itens numa lista. Ele sempre diz que gosta de viver o presente.

O que ele mudou de fato no tênis?

Inicialmente, ele preservou coisas, como o backhand de uma mão só. Manteve isso relevante e influenciou tenistas como Shapovalov, Tsitsipas e toda uma geração. Acho que, se não fosse Roger, eles não jogariam assim. Ele definiu um padrão de como atletas modernos devem lidar com o esporte e suas responsabilidades. Ele mostrou a toda a nova geração que há um outro jeito de lidar com a carreira. E você pode lidar com classe, com humanidade. O tenista pode se envolver com a política da ATP, com os seus patrocinadores, com a imprensa e com a família. E ainda pode ser um grande tenista. E também tem a questão da longevidade. Ele mostrou que um tenista pode ter uma carreira longa, viável, se você não exagera, não joga demais, e encontra um caminho para se manter saudável e relaxado. Tenistas, como Ivan Lendl e Martina Navratilova levaram o tênis para um outro nível e tornaram suas equipes bem profissionais. Mas Roger entendeu muito bem as demandas físicas do esporte atual, desenvolvendo materiais e buscando novas soluções. E ele fez isso de forma muito inteligente.

Federer sem Nadal e Djokovic seria um Schumacher dominante na F-1, pouco popular e até odiado por vencer sempre?

Eu concordo com você 100%. O motivo que o tornou tão querido do público é porque ele se tornou vulnerável desde cedo. Nadal o venceu em Miami em 2004, logo quando começava a dominar o jogo. Acho isso fundamental para entender por que ele se tornou tão popular e de forma global. Claro que a beleza do seu jogo ajudou também. É preciso ver todos os aspectos: sua vulnerabilidade, seu belo jogo, seu plano para seguir saudável por tanto tempo e seguir nas quadras para que as pessoas possam estabelecer conexões. No tênis, você vê o rosto do jogador o tempo todo, a câmera se aproxima. É diferente do futebol. No tênis, são horas com o rosto do Federer na sua TV. Você acaba criando uma conexão com os tenistas.

Quais foram os erros cometidos por ele na carreira?

Acho que ele poderia ter mudado para uma raquete com cabeça maior antes. Ele foi um pouco teimoso. Isso teria o ajudado a enfrentar o Nadal em melhores condições no saibro. Em termos de treinadores, ele poderia ter tomado decisões diferentes ao longo da carreira. De forma geral, ele se saiu muito bem enquanto esteve sozinho. Acho que ele foi muito esperto neste aspecto e também na gestão de sua carreira, sem depender de ninguém. Com certeza, no começo isso deve ter lhe custado algum dinheiro, tempo e algumas preocupações. Mas ele aprendeu bastante com isso.

Federer é maior do que os seus 20 títulos de Grand Slam?

Sim. Não acredito que a grandiosidade de um tenista possa ser medida apenas pelos títulos de Grand Slam. Deve ser também sobre o número de troféus de nível ATP, e ele já superou os 100. Ele tem incrível consistência, recorde de semifinais seguidas em Grand Slam. E também tem o número de jogos que ele abandonou na carreira: zero. Ninguém que jogou tanto, até esta idade, pode ostentar este feito. Se este livro foi publicado em 16 línguas diferentes, não foi por minha causa, mas por causa dele. Com Roger, as pessoas têm uma conexão no nível mais humano. Não se trata apenas de imagem, mas do trabalho que ele entregou. As entrevistas que ele deu, as atividades com patrocinadores, conexões com os fãs, o quanto se entrega dentro de quadra. Toda a carreira dele e todo o seu esforço o tornam maior do que os seus resultados.

Na sua opinião, quais foram os 20 Grand Slam mais difíceis: os de Federer, Nadal ou os de Djokovic?

Houve dificuldades para os três em cada trajetória até o 20º. No caso de Federer, entre 2017 e 2018, foi impressionante. Mas eu diria que os mais difíceis foram os de Djokovic. Porque sinto que todos já estavam estabelecidos quando ele venceu os 20. E ele venceu todos os rivais. E as chances de ele se tornar um campeão eram a mais improváveis por causa de onde ele veio.

Quem é o maior de todos os tempos?

Eu não acredito em definir um melhor da história. Eu penso que o tênis mudou tanto, tiveram tantos grandes lá trás, como Bill Tilden, Ken Rosewall, Rod Laver, que deixaram de competir em diversos Grand Slams. Caras como o Bjorn Borg jogou o Aberto da Austrália apenas uma vez. Em termos de tênis puro, eu diria que o maior de todos é Djokovic, por suas habilidades em todas as superfícies, vitórias nos Masters 1000. Ele venceu os quatro Grand Slams ao menos duas vezes cada. E lidera o retrospecto contra Federer, sendo 3 vezes em Wimbledon, e Nadal, sendo duas vezes em Roland Garros. Quando falamos de grandiosidade de forma geral, eu diria que é preciso levar em consideração outras coisas além dos resultados, como o que o tenista trouxe para o jogo, a conexão que criou com os fãs, o prazer que ele dá ao público quando vê suas partidas, o jeito como ele se comporta e a imagem que dá ao tênis. Então, diria que Roger é o melhor neste aspecto, no pacote todo."

Afirmar que uma biografia humaniza seu protagonista pode parecer um clichê. Mas, quando se trata de livros sobre tenistas, a tarefa se tornou uma virtude nos últimos anos. Com frequência, obras do tipo se assemelham a entediantes almanaques, com descrições de jogos e listas intermináveis de resultados. É exatamente o oposto disso que se pode encontrar em "Federer, o Homem que Mudou o Esporte", escrito pelo jornalista americano Christopher Clarey e publicado no Brasil pela editora Intrínseca.

O experiente repórter do jornal The New York Times traz um relato completo sobre a vida e personalidade do tenista suíço, construídas a partir de mais de 80 entrevistas. Somente com Federer foram "23 ou 24" ao longo de 20 anos, segundo afirmou o autor ao Estadão. Na prática, o leitor tem acesso a informações e observações colhidas por Clarey durante duas décadas. Ele estava lá na estreia do jovem suíço em um torneio de Grand Slam, em Roland Garros, em 1999, e também viu de perto o 20º troféu conquistado por Federer na série dos torneios mais importantes do mundo, no Aberto da Austrália, há três anos.

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Ao longo de 420 páginas, o americano faz o que nenhum outro biógrafo de Federer fez ao destrinchar sua personalidade, sua técnica (sem jamais ser enfadonho), suas conquistas ao mesmo tempo em que revela suas fraquezas. Isso só foi possível ao amplo acesso que teve ao próprio tenista, a ex-treinadores do suíço, ex-jogadores, como Andy Roddick e Marat Safin, e aos grandes rivais Rafael Nadal e Novak Djokovic.

"Federer, o Homem que Mudou o Esporte" revela um gênio vulnerável. Alguém que virou lenda e obteve recordes incríveis no circuito, porém sofreu duras derrotas e vem assistindo aos rivais superarem suas marcas gradualmente nos últimos anos. "Ele foi um grande campeão, mas também um grande perdedor. Perdeu muito. As maiores partidas em que esteve foram derrotas, com exceção da vitória sobre Nadal na final do Aberto da Austrália de 2017. E isso é algo muito extraordinário para um cara com essa imagem e reputação", disse Clarey ao Estadão.

Para o biógrafo, as derrotas para o espanhol e para Djokovic contribuíram para sua imagem de tenista falível, o que ajudou em sua popularidade. "O motivo que o tornou tão querido do público é porque ele se tornou vulnerável desde cedo. Ele perdeu para o Nadal em Miami pela primeira vez em 2004. Foi muito cedo, ele estava começando a dominar o circuito", lembrou o americano. Arrisco uma hipótese: teria Federer se tornado um Michael Schumacher, infalível e pouco popular, se não houvesse seus dois maiores rivais? "Concordo totalmente com essa ideia", respondeu o americano.

Clarey argumenta que a personalidade expansiva do suíço, sua sensibilidade (e fama de chorão) e a conexão com os fãs foram elementos importantes para ele se tornar um fenômeno global. O status de celebridade, não planejado pelo tenista, foi uma construção coletiva, de acordo com a nova biografia.

O experiente jornalista, com 15 Olimpíadas no currículo, aponta diversos fatores que permitiram ao suíço se tornar tão genial dentro e fora das quadras. O apoio da família e o fato de nascer e passar a vida toda na Suíça, perto dos grandes torneios do circuito, foram complementados por pessoas determinantes em sua trajetória, como o australiano Peter Carter, seu primeiro técnico. "Se não fosse Peter, Roger poderia ter se tornado jogador de futebol", diz Clarey.

Federer ajudou a "mudar o jogo", como diz o título da biografia em português, não apenas com sua técnica acima da média. Na obra, o americano mostra como também foram fundamentais a escolha do preparador físico Pierre Paganini, o namoro e futuro casamento com a ex-tenista Mirka, os demais treinadores e a decisão de assumir ele mesmo a gestão da sua carreira, algo inédito até então no circuito.

O suíço ainda desbravou novos territórios ao passar longe das controvérsias e dos escândalos ao longo de 20 anos de carreira. Para Clarey, o tenista tem o que chamou de "inteligência social e emocional" acima da média. "Ele vê o problema antes de acontecer. E encontra um jeito de resolver antes de se tornar um grande problema. Não é por acaso que ele atravessou 20 anos sem qualquer escândalo. É porque é muito inteligente e tem empatia."

A imagem limpa aproximou o suíço de grandes patrocinadores. Federer está perto de se tornar o primeiro tenista da história a acumular patrimônio de US$ 1 bilhão em sua carreira. E, para o biógrafo, essa habilidade de lidar com apoiadores, imprensa e fãs é o que torna o suíço o maior da história no "pacote completo".

A opinião contrasta com avaliação de outros especialistas, que apontam ora Nadal ora Djokovic como os maiores da história. Os três detêm, empatados, o recorde de títulos de Grand Slam - 20 -, que é a maior referência para definir o maior de todos. No entanto, o sérvio vem superando outras marcas importantes nos últimos anos, esquentando ainda mais a discussão.

"Quando falamos de grandiosidade de forma geral, eu diria que é preciso levar em consideração outras coisas além dos resultados, como o que o tenista trouxe para o jogo, a conexão que criou com os fãs, o prazer que ele dá ao público quando vê suas partidas, o jeito como ele se comporta e a imagem que dá ao tênis. Então, diria que Roger é o melhor neste aspecto, no pacote todo."

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, afirmou nesta quarta-feira (27) (pelo horário local) que tenistas não vacinados contra a Covid-19 poderão disputar o Aberto da Austrália, em janeiro, em Melbourne. De acordo com o líder político, os atletas precisarão se submeter à quarentena exigida pelo estado de Victoria, onde será realizado o primeiro Grand Slam da temporada.

"Todas as regras devem ser aplicadas a todos. Independente se você é um campeão de Grand Slam, primeiro-ministro ou um empresário em viagem de trabalho ou um estudante. Mesmas regras. Os estados vão definir suas regras de quarentena, como já estão fazendo", declarou Morrison à imprensa australiana.

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As declarações do primeiro-ministro contradizem integrantes do próprio governo. Na semana passada, o ministro da imigração, Alex Hawke, afirmou que tenistas que não completaram a vacinação contra a Covid-19 não poderão entrar no país. Um dia antes, o governador do estado de Victoria, Daniel Andrews, afirmara que atletas sem a vacina não poderão disputar o Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada.

As declarações de Hawke e Andrews atingiram em cheio o sérvio Novak Djokovic, que adotou posturas negacionistas desde o início da pandemia. Ele já se disse contra vacinas em geral e afirmou que não pretende afirmar publicamente se tomou o imunizante contra a covid-19. Com esta restrição, o Aberto da Austrália não teria o número 1 do mundo e quase metade do Top 100 do ranking, tanto do masculino quanto do feminino.

Nesta quarta, as declarações do primeiro-ministro australiano trouxeram alívio para os tenistas e confirmaram o que o jornal The New York Times publicou no começo da semana. O veículo teve acesso a um e-mail da WTA enviada para todas as jogadoras. O documento diz que as atletas que não estiverem vacinadas poderão chegar ao país e jogar o torneio, mas estarão sujeitas a uma rígida quarentena.

Com esta decisão, os tenistas serão divididos em dois grupos em Melbourne. Aqueles com vacinação completa poderão circular livremente pelo torneio e pela cidade. Os demais terão que ficar em hotel específico, dentro de "bolhas" na competição, possivelmente sem a mesma liberdade para circulação e treinos, o que poderá gerar críticas e reclamações à organização do Grand Slam.

Djokovic não declarou se pretende competir em Melbourne mesmo com as restrições impostas pelo governo estadual. Recordista de títulos na Austrália, com nove troféus, ele poderá se tornar o maior vencedor de Grand Slams se vencer em solo australiano pela 10ª vez, alcançando o 21º título deste nível, superando o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, ambos com 20 troféus.

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