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Crítico dos defensores de alimentos orgânicos, o jornalista Nicholas Vital lançou na última terça (18) um livro no mínimo polêmico. "Agradeça aos agrotóxicos por estar vivo", da editora Record, levanta a discussão sobre o potencial de produção de alimentos sem produtos químicos, que segundo o autor, não seria capaz de abastecer nem mesmo a cidade de São Paulo.

O livro dispara contra o que chama de 'indústria dos orgânicos', afirmando que a mesma utiliza o medo para ganhar o mercado. “Se não existisse um vilão, os consumidores não topariam pagar até 300% a mais por esses alimentos, que no fim das contas são idênticos”, diz Vital.

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Segundo o Nicholas Vital, por serem cultivados sem qualquer tipo de tratamento químico, os alimentos orgânicos estão sujeitos à ação de microorganismos que podem causar intoxicações nos humanos. Ele cita o exemplo ocorrido na Alemanha, em 2011, quando um surto da bactéria E. coli em brotos de feijão orgânicos causaram mais de 2 mil casos de intoxicação e pelo menos 30 mortes. No entanto, na época, as pesquisas apontaram que a contaminação foi ocasionada por falhas de higiene na cadeia produtiva alimentar.

Vital diz que esses produtos, por não terem "tratamento químico", estão sujeitos à ação de microorganismos que podem causar intoxicações nos humanos. “Esqueça o noticiário e responda rápido: você conhece, ou ao menos já ouviu falar, de alguém que tenha ido a um hospital por ingestão de resíduos de agrotóxicos em alimentos convencionais? Mesmo que seja um primo do irmão do amigo do vizinho? Aposto que não”, dispara o autor.

Contraponto - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem sido o orgão governamental que mais critica o uso de agrotóxicos na agricultura. Em 2014, a Fiocruz foi contrária a mudança na legislação que permitiu a introdução de novos produtos, muitos deles, proibidos em outros países. A Fundação divulgou uma carta aberta, na qual alertava para os riscos e reforçava como estudos científicos têm comprovado os danos provocados pelos agrotóxicos à saúde das populações, afetando sobretudo segmentos sociais de grande vulnerabilidade, como moradores e trabalhadores de áreas rurais, populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas.

O governo prepara uma medida provisória para afrouxar as regras de registro de agrotóxicos no País. O texto, redigido pelo Ministério da Agricultura com a colaboração do setor produtivo, cria uma brecha para o uso de defensivos que hoje seriam classificados como cancerígenos, teratogênicos (com risco de má-formação nos fetos) ou com capacidade de provocar mutações celulares. Atualmente, qualquer produto que preencha alguma dessas características é proibido de ser lançado no Brasil.

A mudança seria possível graças à inclusão da expressão "nas condições recomendadas para uso" no texto da lei atual, de número 7.802, de 1989. Essa incorporação, prevista na MP, permitiria liberar produtos considerados nocivos à saúde em testes de laboratório, desde que algumas condições fossem atendidas para reduzir os riscos desses efeitos. Entre essas condições estão o uso de equipamentos de proteção individual durante a aplicação do agrotóxico ou de pulverizadores protegidos com cabines com pressão negativa.

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"O Brasil segue a filosofia do perigo. O ideal é que passássemos a adotar o gerenciamento de risco", afirmou o diretor da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Fabricio Rosa. Para ele, o novo texto proporcionaria um avanço no setor. "O risco de toxicidade não é equivalente ao do que ocorre no laboratório", defende.

A diretora executiva do Sindicato Nacional da Indústria de Produto para Defesa Vegetal (Sindiveg), Sílvia Fagnani, tem avaliação semelhante. Ela afirma que as regras atuais são excessivamente rígidas. "O fogo, por si só, é perigoso. Mas a fogueira, onde o risco está controlado, pode ajudar a aquecer quem está próximo. A avaliação de risco segue a mesma filosofia", comparou. Ela argumenta que resultados de testes em laboratórios, feitos com animais, não podem ser usados como parâmetro de risco para o que ocorre com seres humanos, no campo.

Segurança

Embora recebida com entusiasmo pelo agronegócio, a proposta enfrenta resistências dentro do próprio governo. Em nota técnica, integrantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram contrários à mudança. "A edição da MP poderá gerar insegurança na população quanto à exposição de pessoas e recursos naturais a substâncias preocupantes e, também, quanto à contaminação de produtos agrícolas", informa o texto.

Em documento de três páginas, a instituição argumenta que a avaliação de riscos de agrotóxicos é um tema relevante, mas que sua aplicação requer uma estrutura ainda não disponível no País. "Neste momento é uma medida prematura, precipitada e que, na prática, poderá não vir a ser atendida, especialmente em se tratando das fases mais avançadas de avaliação, que envolvam a realização de estudos de maior complexidade", diz a nota.

O Ibama observa que os resultados de testes de avaliação de risco feitos em outros países não podem ser simplesmente considerados como aplicáveis no Brasil. Os riscos do produto, acrescenta a instituição, têm de ser avaliados nas espécies locais e sob condições encontradas no País. O texto lembra ainda que a simples recomendação de uso do produto não garante, por si, a redução de riscos. Para isso é preciso que sejam cumpridas à risca. Algo que não há como ser garantido, sobretudo diante das deficiências na fiscalização.

Entre as críticas de integrantes do Ibama à medida provisória que deve alterar o registro de agrotóxicos está a previsão de supressão de uma regra que prevê que somente podem ser registrados no Brasil produtos que tenham ação tóxica comprovadamente igual ou menor do que os existentes atualmente.

Analistas da área de saúde ouvidos pela reportagem têm avaliação semelhante. Eles argumentam que a regra atual serve como incentivo para que a indústria redobre seus esforços em lançar produtos mais seguros tanto para saúde quanto para o meio ambiente.

Ibama e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) integram, com o Ministério da Agricultura, o Comitê Técnico de Assessoramento, encarregado de avaliar os critérios para o uso de agrotóxicos no País. Cabe à Anvisa analisar se o produto é seguro à saúde. O Ibama, por sua vez, procura mensurar o impacto do uso do agrotóxico no meio ambiente.

"Não são apenas critérios econômicos que devem ser avaliados. Há outros pontos importantes, como segurança, que têm de ser levados em consideração", afirma um analista de saúde.

A redação do texto foi apresentada no comitê há menos de três meses. Nem Anvisa nem Ibama participaram da elaboração do documento. Procurada, a Anvisa não se manifestou. A diretora executiva do Sindiveg, Sílvia Fagnani, disse que o sindicato participou das discussões para a preparação do texto. O Ministério da Agricultura afirmou apenas que a MP está em avaliação. O Ministério da Saúde disse desconhecer o tema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estudo feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta laranja e abacaxi como alimentos com maior risco de provocar intoxicação aguda em razão da presença de agrotóxicos. De 744 amostras analisadas da laranja, 12,1% apresentaram uma concentração de resíduos de agrotóxicos acima dos limites considerados seguros.

No caso do abacaxi, das 240 amostras, 5% foram classificadas como de risco agudo para intoxicação - problemas de saúde causados até 24 horas depois da ingestão. O trabalho foi feito com 25 classes de alimentos mais consumidos no País, como arroz, milho, trigo, abobrinha e beterraba. Ao todo, foram avaliadas 12.051 amostras coletadas entre 2013 e 2015 em 27 Estados e no Distrito Federal.

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Os resultados integram o Programa de Análises de Agrotóxicos em Alimentos (Para), criado há 15 anos para avaliar os níveis de resíduos agrotóxicos nos alimentos de origem vegetal no País. Este ano, no entanto, a metodologia foi alterada.

A classificação dos resultados passou a separar as irregularidades identificadas nas análises em duas classes. Uma delas analisa o risco de intoxicação aguda, a partir de critérios usados por organismos internacionais. Esta é a primeira vez que a metodologia é usada. Outro critério avalia o uso de agrotóxicos não autorizados para uma determinada cultura. "Isso não implica automaticamente um risco de intoxicação aguda", afirmou o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

Até a edição passada do Para, eram considerados de forma conjunta o uso de resíduos acima do limite permitido ou não autorizados para uma determinada cultura.

Barbosa afirma que os resultados encontrados na edição lançada nesta sexta indicam que, de forma geral, o risco de intoxicação aguda pelo uso de agrotóxico é baixo no Brasil. "O que vimos é que apenas em 1% das amostras havia o risco de intoxicação aguda, provocada pelo consumo do produto nas primeiras 24 horas", disse. A maior parcela de problemas, completou, foi causada pelo uso de agrotóxicos sem registro para determinada cultura. O equivalente a 16,7% das amostras.

O presidente da Anvisa afirma que, para determinadas culturas, produtores sentem-se desestimulados a solicitar o registro de determinados agrotóxicos. Isso ocorre principalmente em culturas de baixo retorno econômico. "Esse é um problema enfrentado em todo o mundo. Mecanismos para solucionar esse impasse estão em estudo", disse. Para driblar essa falta de registro, produtores acabam usando agrotóxicos aprovados para outras culturas. "Isso não significa, por si só, que haja um risco para saúde", disse.

Barbosa argumentou que todos os agrotóxicos em uso no País já passaram por análises prévias para comprovar que estão livres de riscos de provocar problemas congênitos ou doenças para o consumidor. "Mesmo os produtos já aprovados passam por reavaliações."

O presidente da Anvisa afirmou ainda que os resultados encontrados com laranja e abacaxi devem ser interpretados com cuidado.

Isso porque as amostras, avaliadas em quatro laboratórios, são feitas a partir da análise da polpa e casca triturada dessas frutas. "Boa parte dos agrotóxicos permanece nas cascas. E tanto da laranja quando do abacaxi, não são comestíveis", completou.

A Anvisa pretende analisar os riscos também do risco cumulativo do uso do produto. "Mas, por enquanto, essa metodologia está em desenvolvimento. A expectativa é de que os primeiros resultados desse tipo de análise, em outros países, sejam concluídos em 2017."

A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) informou, na tarde desta quinta-feira (7), que após fiscalização no distrito de Borracha, na Zona Rural de Vicência, Mata Norte de Pernambuco, técnicos do órgão apreenderam cerca de uma tonelada de agrotóxicos irregulares.

A equipe realizou a apreensão em uma fazenda de plantio de banana e realizava a pulverização de maneira clandestina com um helicóptero. No momento da chegada dos técnicos da Agência, a aeronave estava em voo e quando o piloto percebeu a presença dos fiscais, fugiu do local sem antes pousar.

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Os profissionais realizaram o esclarecimento ao proprietário da fazenda acerca dos riscos e exigências feitas para que seja possível utilizar esse tipo de produto. De acordo com a Agência, o perigo do uso de agrotóxicos pode afetar o meio ambiente e a população circunvizinha. Além disso, sobre pilotar uma aeronave, havia também o risco de acidentes visto que não havia comprovação da capacidade técnica do piloto.

A Agência ainda explica que os produtos apreendidos não possuíam receituário agronômico e nem nota fiscal por isso foram recolhidos. A Adagro esclarece também que, somente em 2016, esta é a segunda visita realizada à propriedade pelo mesmo motivo. 

 

Nesta terça (21), a manhã das crianças que moram no bairro da Marambaia, em Belém, foi diferente. Elas tiveram aulas ao ar livre com objetivo incentivá-las a discutir sobre os impactos negativos causados pelo uso de agrotóxicos no meio ambiente, para os agricultores, na saúde e também aos consumidores. O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) promoveu um circuito da alimentação saudável, na praça Dom Alberto Ramos.

A ação ocorreu por meio das Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor e da Educação, representadas pelas promotoras Joana Coutinho e Maria da Graça Cunha, respectivamente. Durante o período de 14 a 20 de outubro os Centros de Apoio Operacional Cível e Constitucional do MPPA, junto com parceiros, realizaram diversas atividades voltadas à ercepção quanto ao uso de agrotóxicos.

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A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Divisão de Vigilância Sanitária do Município de Belém (Devisa), Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Delegacia do Consumidor (Decon), Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Conseans), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e Conselho Regional de Nutricionistas (CRN), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Secretarias Municipais de Saúde (Sesma), Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa), Polícia Civil, Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (Fmae), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), , Divinutri, Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Universidade Rural da Amazônia (Ufra) e Universidade da Amazônia da Amazônia (Unama) tomaram parte nas comemorações do Dia Mundial da Alimentação Saudável.

 

O circuito, voltado para o público em geral, também esteve presente em escolas estaduais, como Hilda Vieira, Leonor Nogueira, Temistocles de Araújo e escola municipal Palmira Lins de Carvalho, que receberam informações e orientações sobre alimentação, nutrição e segurança alimentar. “Nos traz muita satisfação e destaca positivamente o trabalho voltado para a busca de uma alimentação mais saudável, quando vemos a ampla participação de crianças, a exemplo do circuito, aprendendo como cultivar suas próprias hortaliças nos quintais de suas casas”, disse Graça Cunha, em entrevista ao MPPA.

O Ministério Público do Estado do Pará deu início, nesta terça-feira (13), à "Semana Nacional de Mobilização de Combate aos Impactos Causados pelos Agrotóxicos", com o apoio do fórum estadual. Até a próxima sexta-feira (16) profissionais da área da saúde, pesquisadores, estudantes, professores universitários e interessados sobre o assunto participarão do encontro na sede do Ministério. As informações são da Agência Pará de Notícias.

A semana terá como tema central o não uso de agrotóxicos. Haverá mesas de debates referentes às políticas públicas voltadas para o controle, fiscalização, atuação na defesa do consumidor, além da apresentação do Manual de Vigilância em Saúde das Populações Expostas ao Agrotóxico. Durante o evento também será realizado o lançamento do “Dossiê Abrasco”, que tem como intuito auxiliar a população e informar sobre os males causados pela utilização de agrotóxicos.

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Alguns dados do Ministério da Saúde mostram o aumento do consumo de agrotóxicos entre os anos de 2005 a 2011 de cinco para onze quilos de hectare. O Fórum Estadual de Combate aos Impactos Causados pelos Agrotóxicos foi instituído em 2014 com o objetivo de gerar discussões a respeito do uso de agrotóxicos  e desenvolver ações concretas e de proteção à saúde da sociedade e do meio ambiente. No Brasil, cerca de 20% a 25% das intoxicações por agrotóxicos notificadas são relacionadas a crianças e jovens gerando um alerta para a saúde.

Recentemente, Belém do Pará sediou o IX Congresso Brasileiro de Agroecologia no Hangar, trazendo grandes discussões, manifestações e apresentações de projetos a respeito do não uso de agrotóxicos, assim como outros temas direcionados ao meio ambiente.

O uso de agrotóxicos pelo agronegócio brasileiro mais do que dobrou entre 2000 e 2012. Na média do País, foram comercializados 6,9 quilos por hectare (kg/ha) plantado em 2012, alta de 11% ante o ano anterior, segundo a 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2015, divulgada nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O tema foi alvo de recente polêmica. Em abril, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou documento no qual afirma que o Brasil se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com consumo médio mensal de 5,2 quilos de veneno agrícola por habitante - uma medição diferente da apresentada pelo IBGE, a partir de dados do Ibama, que avalia o uso por hectare.

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O Inca recomendou a "redução progressiva e sustentada" do emprego de agrotóxicos nas plantações, diante de evidências de que a exposição de pesticidas está ligada a casos de câncer.

A pesquisa do IBGE mostra ainda que os produtos classificados como perigosos são os mais vendidos no País (64,1%). Eles são o terceiro na classificação de risco ao meio ambiente, que inclui também altamente perigosos, muito perigosos e pouco perigosos, segundo ordem decrescente de dados à natureza e ao solo. Os muito perigosos são o segundo mais consumido (27,7%).

O agrotóxico mais empregado pelos produtores foi o glifosato, um herbicida apontado por pesquisadores como nocivo à saúde. Entre os inseticidas, o mais usado foi o acefato, que passou a ter regras mais restritas de uso determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2013. A alteração do uso do agrotóxico ocorreu após consulta pública por causa de suspeita de carcinogenicidade, toxicidade reprodutiva para seres humanos e efeitos neurotóxicos.

Já o fungicida mais popular foi o carbendazim, utilizado, por exemplo, nas culturas de algodão, citros, feijão, maçã e soja.

Na avaliação por localidade, a região Sudeste apresentou a maior comercialização dos venenos agrícolas por unidade de área (8,8 kg/ha), seguida pela Centro-Oeste (6,6 kg/ha).

Entre as unidades da federação, os maiores valores foram detectados em São Paulo (10,5 kg/ha), Goiás (7,9 kg/ha) e Minas Gerais (6,8 kg/ha). Os menores números foram verificados no Amazonas e Ceará, com menos de 0,5 kg/ha.

Uma megaoperação da Polícia Civil com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu 23 pessoas nesta sexta-feira (5) nas cidades paulistas de Franca, Ribeirão Preto, Campinas, Cristais Paulista e Sertãozinho sob a acusação de falsificar agrotóxicos. Outras 8 pessoas são procuradas, incluindo um empresário de Minas Gerais.

Mais de 200 policiais participam da ação que já confiscou bens, entre eles 50 veículos, que somam mais de R$ 20 milhões. Os envolvidos moravam em residências de classe alta e um deles fugiu com a chegada da polícia, em uma chácara no município de Cristais Paulista, mas foi localizado pouco depois escondido dentro de um poço com mais de 10 metros de profundidade.

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A operação intitulada "Lavoura Limpa" também fechou laboratórios clandestinos e apreendeu rótulos, embalagens, máquinas e materiais diversos usados para falsificar produtos agrícolas de marcas famosas. A mercadoria era comercializada em sete Estados do País, principalmente São Paulo e Minas Gerais. O trabalho da polícia ainda prosseguia no início da noite, já que a meta é cumprir mais de cem ordens judiciais contra a quadrilha.

De acordo com o delegado Leopoldo Novaes, de Franca, foram perto de cinco meses de investigação para descobrir todo o esquema, desde a produção no eixo SP/MG até a distribuição também para outras partes do País.

Entre os presos consta o dono de uma revendedora de veículos usados, onde foram apreendidos todos os dez carros que estavam à venda. Eles se somaram a lanchas, jet skis, caminhonetes, caminhões e outros veículos.

Em Ribeirão Preto a polícia apreendeu três pessoas, entre elas, pai e filho. Eles têm uma gráfica na Vila Carvalho, local onde estariam sendo falsificados rótulos. Em outro ponto da cidade foi fechada uma fábrica de embalagens e o dono também acabou na cadeia. Em Campinas um homem também foi preso e seria um dos líderes do esquema. A cidade abrigaria a empresa usada para movimentar a mercadoria falsificada.

Drone

Durante a ação até um drone foi usado pela polícia para invadir imóveis e localizar laboratórios em Franca. O avião comandado por controle remoto mostrava imagens para facilitar a operação policial.

Segundo o delegado Leopoldo Novaes, a quadrilha movimentava grande quantidade de dinheiro, que era investido em carros de luxo e imóveis. Dos integrantes presos até agora, 21 são homens e três, mulheres.

A abobrinha foi o alimento no qual foram encontrados mais resíduos de agrotóxicos, segundo pesquisa divulgada nessa sexta (14) no relatório final do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre as amostras de abobrinha, alface, feijão, fubá de milho, tomate e uva, 25% apresentaram irregularidades.

As amostras foram coletadas em 2012 em supermercados e feiras, em todos os estados brasileiros. O levantamento mostra que 1,9% dos alimentos tem uma quantidade de agrotóxico acima do limite, e em 23% foram encontrados resíduos de produtos não autorizados para a cultura do alimento.

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Entre as 229 amostras de abobrinha, 48% foram consideradas insatisfatórias, 45% por terem ingredientes ativos não autorizados. Segundo a gerente-geral de toxicologia da Anvisa, Ana Maria Vekic, isso pode acontecer porque existem poucos produtos registrados para o cultivo da abobrinha.

Das 240 amostras de alface 45% foram reprovadas, o feijão, das 245, teve 7,3% insatisfatórias, o fubá de milho, das 208 amostras apresentou 2,9% insatisfatórias; no caso do tomate, das 246 amostras, 16% e a uva, das 229, teve 29% com irregularidades.

Apesar dos resultados, a superintendente de toxicologia da Anvisa, Sílvia Cazenave, assegura que os benefícios de consumir alimentos in natura superam os riscos da ingestão de resíduos de agrotóxicos. “A melhor recomendação é que as pessoas devem variar muito o tipo e de alimento que consomem”, recomendou Sílvia.

O objetivo da Anvisa é rastrear o alimento e chegar até o produtor para orientá-lo a usar os agrotóxicos da forma adequada.

Levantamento feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que 25% de amostras de abobrinha, alface, feijão, fubá de milho, tomate e uva apresentavam irregularidades relacionadas ao uso de agrotóxicos em 2012. O estudo, divulgado nesta sexta-feira (14), revela que, de um total de 1.397 amostras, 347 foram consideradas insatisfatórias. Dois problemas foram identificados: o uso de substâncias proibidas para determinada cultura ou alto grau de resíduos de agrotóxicos no alimento. Não foram encontrados indícios de usos de substâncias agrotóxicas proibidas no País.

"Mas é preciso investigar mais, dar continuidade às análises e expandir cada vez mais o número de culturas para verificar se tais produtos não estão presentes no País", afirmou a superintendente de toxicologia da Anvisa, Sílvia Cazenave.

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A cultura com maior índice de irregularidades foi a abobrinha. Foram consideradas insatisfatórias 48% das 229 amostras analisadas em todo o País. Em seguida, vem a alface, com índice de 45% de reprovação. As análises integram o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), criado em 2001 pela Anvisa. O trabalho é feito de forma conjunta com Estados e municípios. Para o monitoramento, são escolhidos alimentos que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são os mais consumidos pelo brasileiro. Também é levada em consideração o perfil do uso de agrotóxicos nestes alimentos. A lista é alterada a cada três anos.

Esta é a segunda etapa da análise do PARA de 2012. Na primeira fase, divulgada em 2013, foram analisadas outras culturas: abacaxi, arroz, cenoura e pepino. Para essas culturas, o porcentual de amostras insatisfatórias havia ficado em 29%. "Não há como dizer se a situação no País melhorou, está igual ou piorou", resumiu Sílvia. Ela afirma que, para fazer tal comparação, seria necessário observar um grupo de culturas durante um período determinado, ao longo dos anos. "Vamos chegar a isso", disse.

Em 2012, o pimentão, uma das culturas que se destacaram ao longo dos últimos anos pelo alto índice de irregularidades, ficou de fora. A decisão de retirar o produto da análise, de acordo com a gerente geral de toxicologia da Anvisa, Ana Maria Vekic, foi tomada em razão de dois fatores: necessidade de se variar os produtos analisados e de concentrar um olhar mais cuidadoso para produtos que brasileiro consome com mais frequência. De acordo com a equipe da Anvisa, o pimentão, comparativamente, é menos consumido do que as culturas analisadas em 2012.

"Os consumidores não estão correndo risco em consumir produtos da lista", garantiu Sílvia. Ela, no entanto, emendou dizendo que o ideal é procurar variar ao máximo o tipo de alimento consumido. Ana contou ser raros os casos de intoxicações agudas pelo consumo de alimentos com resíduos de agrotóxicos. "Os problemas são verificados a longo prazo. Podem trazer problemas neurológicos, aumentar o risco de câncer", disse. Isso acontece porque diversos agrotóxicos aplicados nos alimentos agrícolas e no solo penetram nas folhas e polpas. A lavagem dos alimentos em água corrente e a retirada de cascas e folhas externas podem contribuir para redução dos resíduos de agrotóxicos, ainda que sejam incapazes de eliminar aqueles contidos em suas partes internas.

Ana explica que, quando o agrotóxico é registrado no País, é indicado para quais culturas ele pode ser adotado. Muitas vezes, um produto indicado para lavouras de feijão, por exemplo, pode ser proibido para o cultivo de tomates. Assim como, em anos anteriores, foi identificado um porcentual significativo de lavouras tratadas com agrotóxicos que não foram registrados para este fim. "Isso pode levar, indiretamente, a um consumo maior de agrotóxicos do que o desejado", disse Ana. "Passamos a perder o controle do que está sendo consumido e isso, claro, não é algo a ser desejado."

A superintendente da Anvisa chama a atenção também para o risco a que trabalhadores das culturas estão submetidos. "Daí a necessidade de formação de produtores rurais. Eles são as principais vítimas do uso indevido de agrotóxicos", completou.

A partir dos resultados, a Anvisa deve desencadear uma série de medidas. Laudos dos resultados do PARA serão encaminhados para supermercados e locais onde amostras foram retiradas para a análise. Um mapeamento das culturas mais críticas para o emprego irregular dos agrotóxicos será realizado.

O resultado do monitoramento do último Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para)(2011/2012) revelou que 36% das amostras de 2011 e 29% das amostras de 2012 têm irregularidades na presença de agrotóxicos.  Na avaliação da agência é preciso investir na formação dos produtores rurais e no acompanhamento do uso do produto.

Existem dois tipos de irregularidades avaliadas, uma quando a amostra contém agrotóxico acima do limite máximo de resíduo permitido e outra quando a amostra apresenta resíduos de agrotóxicos não autorizados para o alimento pesquisado. O levantamento revelou ainda que dois agrotóxicos nunca registrados no Brasil, o azaconazol e o tebufempirade, foram encontrados nas amostras de alimentos, o que pode significar que estes alimentos entraram no país contrabandeados.

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Em 2011 o pimentão foi o produto analisado que teve o maior número de amostras com irregularidades. Das 213 amostras analisadas, 84% tiveram uso de agrotóxico não autorizado no Brasil, 0,9% tinham índices acima do permitido e 4,7% tinham as duas irregularidades. Em seguida vieram cenoura, com 67% de amostras irregulares; pepino, com 44%, e a alface, com 42%. Em 2012, o morango apareceu com 59% de irregularidades nas amostras e novamente o pepino, com 42%.

A agência explica que alguns agrotóxicos aplicados nos alimentos agrícolas e no solo têm a capacidade de penetrar em folhas e polpas. Por isso, a lavagem dos alimentos em água corrente e a retirada de cascas e folhas externas, apesar de contribuem para a redução dos resíduos de agrotóxicos, são incapazes de eliminar aqueles contidos em suas partes internas.

O atual relatório traz o resultado de 3.293 amostras de treze alimentos monitorados, incluindo arroz, feijão, morango, pimentão, tomate, dentre outros. A escolha dos alimentos foi baseada nos dados de consumo levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade dos alimentos nos supermercados e no perfil de uso de agrotóxicos nos alimentos.

Para a Anvisa, o aspecto positivo do Para é a capacidade dos órgãos locais em identificar a origem do alimento e permitir que medidas corretivas sejam adotadas vem aumentado. Em 2012, 36% das amostras puderam ser rastreadas até o produtor e 50% até o distribuidor do alimento.

A Anvisa coordena o Para em conjunto com as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios participantes, que fizeram os procedimentos de coleta dos alimentos nos supermercados e de envio aos laboratórios para análise. Assim, é possível verificar se os produtos comercializados estão de acordo com o estabelecido pela agência.

Brasil registra um acumulo de mais de 32 mil toneladas de embalagens plásticas utilizadas para armazenar produtos agrotóxicos (defensivo agrícolas). O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV) encaminhou 174 tonedas de embalagens vazias de defensivo agrícolas de Pernambuco, para o Sistema Campo Limpo. A quantidade é 2% maior comparada com o ano de 2012, com 171 toneladas.

No Brasil, em 2012 o país acumulou 28.652 toneladas de embalagens vazias, comparado com 32.041 toneladas de janeiro a setembro de 2013, registra 12% de diferença em um ano. Os materiais serão entregues ao Sistema Campo Limpo, uma entidade sem fins lucrativos criada pela indústria fabricante de agrotóxicos para realizar a gestão pós-consumo das embalagens vazias.

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Nesta segunda-feira (9) no município de Pombos, Mata Sul Pernambucana, técnicos da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco, em conjunto com a Polícia Militar e o Ministério Público, realizaram a prisão em flagrante do comerciante Salomão, da Abudos e Construções.

O proprietário vinha comercializando inadequadamente agrotóxicos há algum tempo. O mesmo já havia sido advertido para que parasse o comércio clandestino. Salomão não tinha autorização para vender esse tipo de produto, mas ele não só comercializava, como também fracionava em garrafas pet o produto.

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Na ocasião foram apreendidos 20 baldes de 20 litros de veneno e o comerciante ainda responderá por crime contra a saúde do consumidor e contra o meio ambiente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério da Agricultura vão investigar os processos de licenciamento de seis agrotóxicos, por suspeita de irregularidades.

A medida ocorre em meio a denúncias de fraude na análise de pedidos, feitas pelo ex- gerente- geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles. De acordo com Meirelles, os processos de registro teriam sido enviados para Ministério da Agricultura sem que a devida avaliação toxicológica tivesse sido realizada. Documentos necessários teriam sido forjados.

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A proposta da abertura de auditorias foi feita por Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa, durante reunião nesta quarta-feira com o ministério e Ibama. "Não podemos gerar insegurança no mercado. Trabalhamos sinergicamente, se um tem problemas, todos têm", afirmou o diretor da Anvisa, antes da reunião.

Uma auditoria será feita pela agência, mas com enfoque mais amplo: serão analisados todos os pedidos de licença depositados a partir de 2008 - cerca de 120. A Polícia Federal também deverá realizar uma investigação.

O ministério e o Ibama integram, juntamente com a Anvisa, uma comissão que analisa os pedidos de registro de defensivos agrícolas no País. A Anvisa avalia o a segurança sanitária; o Ibama, o impacto ambiental e o MAPA, as implicações para o setor agrícola dos novos produtos.

Meirelles fez as denúncias de suspeita de irregularidades há três meses. Processos teriam desaparecido e sua assinatura teria sido falsificada em alguns documentos. A suspeita recaía sobre processos de seis produtos. Nenhum deles está no mercado.

Entre os produtos cujo processo está sob suspeita está um fabricado pela Ouro Fino - a mesma empresa que, em 2011, cedeu um jatinho para o então ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB). Fato que acabou acelerando sua queda.

Na semana passada, Meirelles, que estava há 12 anos à frente da gerência, foi exonerado. Perplexo com sua demissão, ele publicou uma carta em rede social. No documento, ele afirmava ter cumprido a hierarquia da casa e que agiu pensando na preservação da equipe e da instituição. "Estranhei a reação", afirmou Barbano. "Todos que ocupam cargo de segurança podem ser exonerados a qualquer tempo", completou.

Para justificar a saída de Meirelles, em nota a Anvisa disse considerar que a identificação do problema ocorreu de forma tardia e que as falhas poderiam também ter sido evitada. Funcionários da Anvisa, no entanto, consideram que a exoneração de Meirelles estaria relacionada com o fato de as denúncias terem chegado no Ministério Público.

Em outubro - um mês depois da formalização das denúncias feitas pelo ex-gerente - o MP solicitando informações sobre o caso. Também teria contribuído o fato de Meirelles ter encaminhado, também em outubro, uma carta aos recursos humanos pedindo a exoneração do ex-gerente apontado como responsável pelas liberações suspeitas Ricardo Augusto Veloso.

Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou que os produtores rurais têm usado agrotóxicos não autorizados no plantio de determinados alimentos. Em 2010, a Vigilâncias Sanitária avaliou 2.488 amostras de alimentos, sendo que 28% apresentaram resultado insatisfatório para a presença de resíduos dos produtos. Deste total, 605 (24,3%) amostras estavam contaminadas com agrotóxicos não autorizados.

Quando o uso de um agrotóxico é autorizado no país, os órgãos responsáveis por essa liberação, indicam para que tipo de plantação ele é adequado e em que quantidade pode ser aplicado. Em 42 amostras (1,7%), o nível de agrotóxico estava acima do permitido. Em 37% dos lotes avaliados, não foram detectados resíduos de agrotóxicos. 

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“Os resultados insatisfatórios devido à utilização de agrotóxicos não autorizados resultam de dois tipos de irregularidades, seja porque foi aplicado um agrotóxico não autorizado para aquela cultura, mas cujo [produto] está registrado no Brasil e com uso permitido para outras culturas, ou seja, porque foi aplicado um agrotóxico banido do Brasil ou que nunca teve registro no país, logo, sem uso permitido em nenhuma cultura”, conclui o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para).

O pimentão lidera a lista dos alimentos com grande número de amostras contaminadas por agrotóxico. Em quase 92% das amostras foram identificados problemas. Em seguida, aparecem o morango e o pepino, com 63% e 57% das amostras com avaliação ruim.Em uma amostra de pimentão, foram encontrados sete tipos diferentes de agrotóxicos irregulares. A batata foi o único alimento sem nenhum caso de contaminação nas 145 amostras analisadas.

A agência reguladora constatou também que, das 684 amostras consideradas insatisfatórias, 208 (30%) tinham resíduos de produtos que estão sendo revistos pela Vigilância Sanitária ou serão banidos do país, como é o caso do endossulfan e do metamidófos, que serão proibidos no Brasil nos próximos dois anos.

Em 2010, foram avaliados resíduos de agrotóxicos em 18 tipos de alimentos em 25 estados e no Distrito Federal. São Paulo não participou do programa.

A lista com os dez alimentos com mais amostras contaminadas com resíduos de agrotóxicos é a seguinte:

1) pimentão
2) morango
3) pepino
4) cenoura
5) alface
6) abacaxi
7) beterraba
8) couve
9) mamão
10) tomate

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