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O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, disse esperar uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país para "continuar o diálogo" sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. A declaração ocorreu após ter se encontrado com o assessor da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, em Kiev, capital do país.

Em publicação nas redes sociais, Zelensky disse que teria enfatizado a Amorim que a única forma de impedir os ataques da Rússia contra a Ucrânia seria por meio de um plano de paz "formulado" pelo próprio país comandado por ele. Além disso, o presidente ucraniano também disse que foi discutida a possibilidade de realizar a "Cúpula Ucrânia-América Latina".

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"Espero continuar o diálogo com o Presidente Lula e dar-lhe as boas-vindas à Ucrânia", finalizou Zelensky.

Amorim se reuniu na quarta-feira, 10, em Kiev, com o presidente da Ucrânia e com o vice-chanceler ucraniano, Andrei Melnik. A ida de Amorim a Kiev passou a ser cobrada depois que ele viajou a Moscou e se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, em abril.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta quarta-feira (26), que enviará o assessor especial da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim para um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Amorim foi à Rússia no início do mês e se reuniu com o presidente Vladimir Putin, dias antes de o chanceler russo, Serguei Lavrov, vir ao Brasil e ser recebido pelo próprio Lula.

Na primeira visita à Europa em seu terceiro mandato, o chefe do Executivo brasileiro acabou ajustando o tom de posicionamentos que havia assumido sobre o confronto, provocando reação negativa da União Europeia e dos Estados Unidos.

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Em viagem a China e Emirados Árabes Unidos, Lula declarou que Rússia e Ucrânia eram responsáveis pela guerra, e que americanos e europeus não vinham colaborando para o fim do conflito, pelo contrário. Cumprindo agenda em Madri e Lisboa, desde o dia 22, o mandatário brasileiro mudou de posição. Reconheceu a "agressão à integridade territorial" à Ucrânia e insistiu que o Brasil é neutro em relação ao conflito, mas que age para buscar a paz. "Estamos negociando para chegar aos dois (Rússia e Ucrânia) e tentar parar a guerra. Só eu falo em paz e procuro um grupo de pessoas dispostas a parar a guerra", afirmou o presidente nesta quarta.

Na última sexta-feira, em Lisboa, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, recebeu representantes da sociedade ucraniana e anunciou que Lula havia ordenado a visita de Amorim.

Lula e o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, assinaram hoje três memorandos resultantes das conversas e negociações ocorridas na visita do governo brasileiro ao país. A cerimônia ocorreu no Palácio de Moncloa, sede do governo espanhol.

Acordos

Lula e o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, assinaram nesta quarta três memorandos resultantes das conversas e negociações ocorridas na visita do governo brasileiro ao país. A cerimônia ocorreu no Palácio de Moncloa, sede do governo espanhol.

Um dos acordos foi firmados entre o Ministério de Universidades do Reino da Espanha e o Ministério da Educação da República Federativa do Brasil e trata de cooperação no ensino superior universitário.

Foi assinado também um Memorando de Entendimento sobre cooperação entre o Ministério do Trabalho e Economia Social do Reino da Espanha e o Ministério do Trabalho e Emprego da República Federativa do Brasil.

Além disso, foi assinada ainda Carta de Intenções na Área de Ciência, Tecnologia e Inovação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil, o Ministério da Ciência e Inovação do Reino da Espanha, a financiadora de estudos e projetos; e o Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial do Reino da Espanha.

Os detalhes dos acordos serão divulgados ao longo da semana. Lula encerra ainda nesta quarta a visita à Espanha após encontro com o rei Felipe VI.

Uma delegação do Brasil encabeçada pelo ex-chanceler Celso Amorim, hoje assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, viajou à Venezuela e se encontrou, nesta quarta-feira, 8, com o presidente do país vizinho, Nicolás Maduro, na capital Caracas. Como apurou o Broadcast Político, o encontro faz parte da retomada de relações que foram "danificadas" pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O encontro foi compartilhado por Maduro nas redes sociais. Ao postar foto com Amorim, ele disse que foi um "grato encontro" com a delegação brasileira. "Estamos comprometidos com a renovação de nossos acordos de união e solidariedade que garantem o crescimento e o bem-estar da Venezuela e do Brasil", declarou Maduro na mensagem, em espanhol.

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À reportagem, um interlocutor do governo afirmou que o encontro "está no quadro da retomada das relações danificadas pelo governo anterior". "O Brasil está reabrindo sua embaixada e consulado em Caracas", disse.

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A Venezuela vive uma ditadura comandada por Maduro, o que virou motivo de críticas de Bolsonaro a Lula durante a corrida presidencial de 2022. Na terça-feira, 7, o Brasil apresentou à Organização das Nações Unidas (ONU) nova posição e preocupações com o governo ditatorial da Nicarágua. Ao repudiar a decisão de autoridades do país da América Central de retirada de nacionalidade de opositores ao regime de Daniel Ortega, o governo brasileiro colocou-se à disposição para acolher as pessoas afetadas pela medida.

A declaração brasileira ocorreu após o governo brasileiro ter se recusado a assinar um manifesto de 55 países contra a ditadura de Ortega na Nicarágua e a favor da população nicaraguense. O silêncio gerou incômodo na comunidade internacional e na segunda-feira, 6, repercutiu no Brasil. A nação da América Central vem adotando a retirada de nacionalidade de críticos ao regime de Ortega para reprimir opositores.

O deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), que ficou conhecido por quebrar ao meio uma placa em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), decidiu emendar a placa e colocar parte dela em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) como uma espécie de troféu. 

Na época do acontecimento, o aliado de Bolsonaro falou que a ação feita em conjunto com o então candidato a deputado federal Daniel Silveira (PSL) foi uma “represália” aos grupos de esquerda que colocaram a placa na Praça Floriano, nome oficial da Cinelândia, onde fica a Câmara dos Vereadores, de forma ilegal por cima da placa da praça.

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Ao jornal O Globo, o parlamentar confessou que teve a iniciativa polêmica. Segundo ele, o fragmento da falsa placa é o símbolo da restauração da ordem no Rio de Janeiro. “Há alguns dias me manifestei no plenário da Alerj quanto à desordem protagonizada por alguns deputados da esquerda que pretendem transformar os corredores do Legislativo em local de doutrinação ideológica. Minha manifestação é na privacidade do meu gabinete sem afrontar absolutamente ninguém”, contou.  

Amorim foi eleito deputado com o maior número de votos no Rio de Janeiro. Ele teve 140 mil votos. O PSL elegeu 13 deputados para a Assembleia Legislativa.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco, Jaime Amorim, que afirmou em tom de uma leve ameaça que a revolta contra a prisão de Lula um dia vai “explodir”, garantiu que o ex-presidente vai ser candidato na eleição deste ano independente de continuar ou não enclausurado. 

Jaime reforçou que a candidatura do líder petista vai acontecer no próximo dia 15 de agosto. “Lula vai ser candidato. Essa já é uma decisão política do Partido dos Trabalhadores e uma decisão política dos movimentos sociais. Eleição sem Lula é fraude, é golpe. Nós vamos registrar a candidatura de Lula independente se estiver preso, ele vai ser o nosso candidato.  Não existe outra opção, só o Lula”, ressaltou durante entrevista ao LeiaJá

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O dirigente falou, assim como demais defensores, que Lula é um “preso político” e que é necessário fazer essa denúncia internacionalmente. Ele também ressaltou a necessidade de que o povo lute para “libertá-lo”. “A prisão de Lula foi uma decisão política das elites até porque não existe efetivamente nada que comprove que ele cometeu qualquer irregularidade. Então, o golpe foi construindo uma decisão de prender Lula e a prisão de Lula não é nada mais do que impedir que ele possa participar do processo eleitoral”, argumentou.

Jaime Amorim falou que todos os que conduziram o golpe farão de tudo para que Lula não se eleja. “Porque o golpe foi construindo uma alternativa política e um projeto econômico vinculado aos interesses internacionais, que é esse que Temer está desenvolvendo. Portanto, se Lula ganha as eleições praticamente o golpe perde toda a sua importância”. 

“Nós precisamos consolidar a democracia no Brasil. Não existe a possibilidade da construção da democracia verdadeira com o golpe parlamentar e midiático como estamos sofrendo hoje. Pode ter certeza: quem está nas ruas neste momento defendendo Lula está acima de tudo defendendo um projeto de nação soberana, livre e independente”, concluiu. 

 

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco, Jaime Amorim, em entrevista concedida ao LeiaJá, afirmou que a tensão após a prisão de Lula aumenta a cada dia. “Com certeza a cada dia que vai passando existe mais tensão, mais espírito de militância vai surgindo e a revolta do povo crescendo. Uma hora essa revolta vai explodir nas avenidas das grandes cidades deste país”, avisou. 

Jaime ressaltou que a “resistência” está apenas começando. “Porque a cada dia a gente vê o sentimento do povo. Não é apenas por causa de Lula, mas pelas perdas que estamos sofrendo do ponto de vista trabalhista, econômico e social. Nós não podemos perder tudo o que foi construído. Então, eu acho que a luta continua cada vez mais forte e vamos radicalizando para garantir que a nossa voz seja ouvida”.

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O dirigente do MST-PE garantiu que a militância continuará nas ruas com a certeza de que um dia Lula vai ser livre e irá disputar as eleições. “Acho que nós conseguimos unificar a nível nacional que a palavra de ordem é Lula Livre. O Brasil inteiro está unificado nessa mesma questão fazendo com que Lula escute a voz do povo nas ruas em sua defesa e o carinho do povo brasileiro por ele, mas ao mesmo tempo no entendimento de que uma campanha eleitoral sem Lula é golpe e o Brasil não aguenta mais golpe”, salientou. 

“É um momento importante do país. Quem está nas ruas entende a importância da gente construir uma pátria soberana e livre. Lula é parte desse processo. Infelizmente, neste país muita gente deu a vida para construir a independência da República e pela democracia vale a pena o nosso esforço, vale a pena o sacrifício do povo brasileiro”, salientou. 

O ministro da Defesa, Celso Amorim, defendeu nesta terça-feira a compra de 36 caças suecos Gripen NG pelo governo brasileiro no valor de US$ 5,4 bilhões. O valor ficou quase US$ 1 milhão acima do previsto inicialmente durante a negociação com o grupo sueco de armamento e aeronáutica Saab. Segundo Amorim, o aumento ocorreu pela atualização tecnológica dos aviões entre o período de licitação e a conclusão do contrato, com base em índices industriais suecos. "Não houve aumento de preço para se compensar eventual perdas (durante a concorrência)", disse.

O ministro faz a defesa da aquisição dos equipamentos na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, onde participa de audiência pública. "O plano inicial era de 108 aeronaves, mas o que entrou agora são 36. Creio que 108 seria ideal", disse. A compra dos caças foi acertada com o grupo sueco Saab após anos de debate sobre a necessidade dos aviões de combate. O ministro disse que os equipamentos são parte de um plano nacional de defesa em construção pelas Forças Armadas. "O Brasil não pode ter o maior litoral atlântico do mundo, com 17 mil km, sem capacidade para dissuadir qualquer ameaça de fronteira", afirmou.

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Amorim defendeu, ainda, um "choque de orçamento" nos recursos para a política de defesa do País. Ele comparou o aporte brasileiro em defesa com o dos outros integrantes do grupo de economias emergentes BRICS - formado também por Rússia, Índia, China e África do Sul. "O Brasil gasta hoje 1,5% do PIB em defesa. A média dos países dos BRICS é 2,5%. A minha meta no médio prazo é atingir 2% do PIB porque o Brasil é um país que tem de se defender. A nossa intenção é dar um choque de orçamento", disse. "Não tenho ilusões, como todo ano tem sido, sobre as dificuldades da execução do orçamento de Defesa do País."

O ministro reconheceu que havia uma "inclinação" do governo brasileiro pelos caças franceses Raphale, mas que a possibilidade de deter parte da propriedade intelectual dos Gripen da Saab foi decisiva. Segundo ele, outros países têm demonstrado interesse em adquirir o caça sueco-brasileiro. "Há outros países interessados em adquirir o Gripen sueco do Brasil", disse. "O avião está em fase finalíssima de conclusão, o que nos dá possibilidade de ter a propriedade intelectual do equipamento", indicou.

O PSOL quer que os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, expliquem na Câmara determinações da portaria 186/2014, que aprovou a publicação "Garantia da Lei e da Ordem", disciplinando a atuação das Forças Armadas em manifestações populares, e sobre o projeto de lei, com regime de urgência, que deve ser enviado em breve ao Congresso, que possibilita o endurecimento de penas aos participantes das manifestações populares.

Na busca dessa convocação, o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), protocolou nesta terça-feira (11) requerimento que deve ser votado nesta quarta-feira (12) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, para que sejam chamados Amorim e Cardozo. O PSOL avalia que tanto o projeto como a portaria têm por objetivo constranger a população a não se manifestar. "Tratam-se de tentativas de criminalizar os movimentos sociais", diz Ivan Valente.

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Em palestra para militares durante cerimônia pelo centenário da Escola de Guerra Naval, no Rio, o ministro da Defesa, Celso Amorim, associou nesta segunda-feira, 24, o episódio de espionagem do governo brasileiro pelos Estados Unidos à competição por recursos naturais.

"Não é à toa que a Petrobras e o nosso Ministério das Minas e Energia foram alvo de espionagem digital", disse o ministro.

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No discurso, Amorim destacou o programa de submarinos da Marinha, a criação do Centro de Defesa Cibernética do Exército e a recente aquisição de novas aeronaves de combate da Força Aérea, classificados por ele como "marcos históricos da modernização da Defesa no Brasil".

Após a palestra, o ministro não quis comentar a recente revisão do Manual da Garantia da Lei e da Ordem, documento que define normas para o engajamento das Forças Armadas no papel de polícia. Na primeira versão, publicada em dezembro, o manual apresentava movimentos sociais como "força oponente" a ser enfrentada. "O manual foi revisto, não tenho nada a dizer, está autoexplicado", disse Amorim.

O ministro lembrou os esforços capitaneados por Brasil e Alemanha com o objetivo de estabelecer um quadro normativo global que proteja a privacidade dos cidadãos e a segurança dos Estados. "Mas também é preciso ter presente o nexo que associa a competição por recursos naturais às intrusões eletrônicas em nossa soberania."

Em setembro de 2013, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff criticou a espionagem americana, que definiu como "violação de direitos humanos". As revelações fizeram Dilma cancelar a visita de Estado que faria aos EUA.

O evento pelo centenário da Escola de Guerra Naval prossegue nesta terça, 25, o Rio. Está prevista para as 11 horas cerimônia militar presidida pelo comandante da Marinha.

A Embraer afirmou nesta quarta-feira, 18, que está à disposição do governo brasileiro no apoio à execução das contrapartidas previstas na proposta escolhida para o fornecimento de novos caças à Força Aérea Brasileira (FAB). "Tendo em vista o anúncio do Ministério da Defesa referente à aquisição de novos caças para a Força Aérea Brasileira, a Embraer informa que tem acordos de cooperação assinados com os três finalistas do processo de seleção e está à disposição do governo brasileiro no apoio à execução das contrapartidas industriais e tecnológicas previstas na proposta escolhida", declarou a companhia, por meio de nota.

O Ministério da Defesa anunciou nesta quarta-feira que os caças Gripen, da sueca Saab, foram selecionados na concorrência FX-2, da qual também participavam o F/A-18E/F Super Hornet, da Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault. Durante o anúncio, o ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou que um dos fatores que levaram o Brasil a escolher o caça sueco foi o fato da propriedade intelectual sobre os equipamentos se tornar brasileira após o desenvolvimento da aeronave em parceria com a Embraer.

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"Isso não ocorre normalmente. Muitas vezes, se transfere a tecnologia, mas as patentes continuam no país de origem", afirmou. O governo brasileiro vai adquirir 36 caças Gripen, num investimento que deve chegar a US$ 4,5 bilhões. Apesar do anúncio do vencedor da concorrência, o governo estipulou um prazo de 10 a 12 meses para assinatura do contrato.

O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito, disse nesta quarta-feira, 18, que os primeiros caças suecos Gripen que serão desenvolvidos pela Saab em parceria com a Embraer, de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), devem estar voando em até 48 meses após a assinatura do contrato.

O governo anunciou nesta quarta-feira a compra de 36 aviões desse modelo, mas estipulou um prazo entre dez e 12 meses para assinatura do contrato. "No primeiro lote de entrega, podem chegar seis aviões e, a partir daí, será rápido, com até 12 aeronaves por ano", completou. Até lá, destacou, continuarão operando aparelhos modernizados que estão em uso pela Força Aérea Brasileira (FAB).

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O ministro da Defesa, Celso Amorim, confirmou nesta quarta-feira (18), que o governo escolheu o caça sueco Gripen para o projeto FX-2. Com isso, o Brasil irá adquirir 36 aeronaves de combate da Saab, que irá transferir a tecnologia dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). O objetivo é criar condições para que ao menos parte dos equipamentos sejam produzidos nacionalmente. "Nós iniciamos agora uma fase de negociação do contrato. A escolha foi objeto de estudos e ponderações muito cuidadosas e levou em conta performance, transferência efetiva de tecnologia e custos não só de aquisição, como de manutenção. A escolha se baseou nesses três fatores", afirmou o ministro. Além da sueca Saab, também estavam na disputa os caças Rafale, da francesa Dassault, e as aeronaves Super Hornet F-18, da norte-americana Boeing.

Apesar de Amorim ter destacado que o contrato para a compra dos caças ainda será negociado, um documento da Aeronáutica lido na tarde desta quarta-feira em apresentação no ministério afirma que os investimentos no programa FX-2 são da ordem de US$ 4,5 bilhões, com um cronograma de desembolso que se estenderá até 2023. Segundo Amorim, a expectativa é de que a negociação leve entre 10 e 12 meses. "Então não terá impacto no orçamento do próximo ano", completou.

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Segundo o comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro Juniti Saito, a transferência de tecnologia será feita por meio de um processo de desenvolvimento conjunto entre a Saab e a Embraer. "Mas temos várias outras indústrias que se ofereceram para contribuir ao desenvolvimento do caça. Ao fim do desenvolvimento, teremos acesso a toda a tecnologia do avião", completou.

As novas aeronaves irão substituir os caças franceses Mirage, que se "aposentam" no dia 31 de dezembro deste ano. Na Força Aérea, o Gripen sempre foi considerado favorito porque, apesar de ter muitos componentes norte-americanos, é um projeto a ser desenvolvido em parceria conjunta com o Brasil. Na semana passada, segundo informações obtidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a presidente Dilma Rousseff teria mandado recado para o presidente francês François Hollande de que não desejava tratar deste assunto durante sua visita ao Brasil porque estaria insatisfeita com problemas na parceria para compra de equipamentos da Marinha. Da mesma forma, a presidente Dilma está muito insatisfeita com os Estados Unidos por causa da espionagem sobre ela e empresas do seu governo. Este fato praticamente enterrou a parceria com os norte-americanos.

O governo brasileiro começa a discutir nesta quinta-feira, 12, com a Argentina um projeto de defesa na área cibernética. Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, a guerra cibernética é a maior ameaça do século 21, e a América do Sul tem que estar preparada para enfrentá-la. "A guerra cibernética é a guerra do futuro. Tomara que não venha a acontecer, mas se acontecer, temos que estar preparados", disse Amorim aos jornalistas brasileiros em Buenos Aires, onde desembarcou nesta quinta para reunir-se à noite com a presidente Cristina Kirchner e o ministro de Defesa argentino, Agustín Rossi.

Este será o primeiro encontro bilateral para tratar sobre o assunto depois do episódio de espionagem por parte dos Estados Unidos em vários países da região, inclusive o Brasil. Amorim está acompanhado pelo diretor do Centro de Defesa Cibernética, general José Carlos dos Santos, para discutir a possibilidade de cooperação na área. "Se há espionagem, há perigo de sabotagem e temos que estar preparados para nos defender", afirmou o ministro. Celso Amorim considerou que a área de cibernética é, talvez, a mais importante para a defesa neste século porque, "cada vez mais será difícil usar armas convencionais, e praticamente impossível o uso de outras armas de destruição de massas - salvo casos isolados". Segundo ele, a cibernética pode ser uma arma de destruição em massa.

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Por isso, Amorim destacou a importância de uma cooperação entre o Brasil e os países da América do Sul, começando pela Argentina. "Esta é uma das mensagens que estou trazendo: que estamos dispostos a cooperar. Agora, como essa cooperação será feita, isso é o que temos que discutir", afirmou. Ele ressaltou que a tendência é de ter ações coordenadas no âmbito do Mercosul e da Unasul na área de defesa, inclusive no desenvolvimento de uma doutrina que abranja toda a América do Sul. "O que pudermos fazer com os países da região, será feito", disse.

Ele ressaltou que as questões de defesa cibernética estão vinculadas aos recursos naturais e a região como um todo é muito rica em energia, petróleo, água doce e alimentos. "Alguém me dizia hoje que o Brasil e a Argentina respondem por 40% do mercado da soja mundial, e as reservas de água doce dos aquíferos. Nós nunca seremos capazes de defender estes recursos se não fizermos uma adequada defesa cibernética", afirmou.

Sobre a informação de que a Petrobras, dona da maior parte do pré-sal, gigantesca reserva de petróleo e gás, teria sido um dos alvos de espionagem, o ministro disse que a defesa da costa brasileira é uma das maiores preocupações do governo brasileiro. "A presidenta (Dilma Rousseff) recomendou interesse redobrado nas questões de defesa e projetos estratégicos", reconheceu. Amorim disse que está aguardando avaliação sobre as vulnerabilidades para ver qual será a estratégia para resolver o problema. A principal solução, segundo ele, é o desenvolvimento de software nacional. "Não adianta achar que vamos proteger nossas vulnerabilidades comprando software de outros países", opinou.

Entre outros assuntos que serão discutidos com a Argentina, destaca-se o projeto do país de desenvolver um avião treinador básico com fabricação final argentina e participação do Brasil. Ele reiterou ainda que a os argentinos mantém disposição para adquirir seis aviões cargueiros KC-390 e 12 blindados sobre rodas, o Guarani. Na sexta, Amorim também vai visitar um cargueiro argentino que tem intenção de vender algum tipo de embarcação para o Brasil.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira, 27, que o grupo de países que formam o acrônimo Brics (Brasil, Rússia, China e África do Sul) "é um contraponto muito importante" à ordem econômica internacional, que é marcada em várias ocasiões pelos pontos de vista das economias avançadas. "Temos de construir a multipolaridade", afirmou. "Os Brics hoje tem um peso real no FMI (Fundo Monetário Internacional)", disse Amorim, acrescentando que não é fácil que o Fundo adote uma determinada posição se esses cinco países estiverem contra ela.

Amorim não concorda com a recente avaliação de Jim O'Neill, criador do então acrônimo Bric, quando era executivo do Goldman Sachs, segundo a qual o único país do grupo que está bem, do ponto de vista econômico, é a China. Segundo o ministro, o Brasil está dando bom encaminhamento ao aprofundamento das relações econômicas entre essas nações. Ele também destacou que o gigante asiático tem boas oportunidades de relacionamento comercial com seus parceiros na medida em que aprofundar o tratamento de temas relevantes, como as questões ambientais.

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Na área da Defesa, o ministro destacou que a integração entre os Brics não é uma tarefa fácil e que é mais viável que ela ocorra no curto prazo através de acordos bilaterais. Embora ele não tenha manifestado o que há por trás da dificuldade sobre esse tema, há questões geopolíticas importantes envolvendo a China e a Índia.

O ministro também fez uma defesa da Unasul e do Mercosul, pois, segundo ele, permitiram que os países da região consolidem o processo de paz, afastando cada vez mais eventuais disputas bélicas e viabilizaram a integração econômica. Amorim também destacou que "não teme" a formação da Aliança do Pacífico, bloco comercial que reúne México, Colômbia, Peru e Chile, pois pode representar boas oportunidades econômicas para o Brasil, dado que o país já tem acesso ao oceano por via rodoviária.

Amorim falou em conferência na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. O ministro se recusou a responder perguntas sobre o deslocamento do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz à cidade brasileira de Corumbá (MS). Nesta terça-feira, o Ministério da Defesa divulgou uma nota sobre a atuação dos fuzileiros navais na viagem do político.

A operação diplomático-militar que conduziu a fuga da Bolívia do senador de oposição Roger Pinto foi comunicada aos escalões superiores das Forças Armadas e do Ministério da Defesa no Brasil. O ministro Celso Amorim, porém, comunicou ao Palácio do Planalto que também foi surpreendido pela ação, a exemplo de Antonio Patriota, demitido ontem do Ministério das Relações Exteriores.

Apesar de o ministro da Defesa não ter sido informado do que estava acontecendo e, por tradição os militares nas embaixadas serem subordinados aos diplomatas, por doutrina, eles costumam informar aos seus superiores hierárquicos da cadeia de comando o que sabem e o que veem e entendem que deva ser reportado. E assim foi feito. Os dois fuzileiros navais, que foram destacados para a operação de transporte do senador para a fronteira, assim como os adidos militares que trabalham na embaixada em La Paz, informaram aos seus superiores hierárquicos no Brasil da movimentação em curso. A informação chegou ao comando das Forças, segundo apurou o Estado. Mas os adidos foram orientados a não tomar nenhuma iniciativa.

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Questionado pelo Estado, o Comando da Marinha não respondeu se foi informado da operação em curso. Limitou-se a "esclarecer" que "os referidos militares integram o Destacamento de Segurança da Embaixada (DstSEB) do Brasil em La Paz." Explicou ainda que os destacamento têm "a finalidade de prover a segurança pessoal dos chefes de missões, dos funcionários diplomáticos e administrativos, da residência oficial e da chancelaria das embaixadas brasileiras". Por fim, acrescentou que "nesse contexto, cabe ressaltar que a participação dos militares da MB limitou-se, exclusivamente, ao provimento da segurança individual de um Diplomata brasileiro, durante o seu deslocamento rodoviário".

O chefe do Estado-Maior da Defesa, general José Carlos de Nardi, por sua vez, disse que não foi informado pelo adido de Defesa da embaixada na Bolívia, hierarquicamente a ele subordinado, de que seria realizada a operação de transferência do senador. Mesmo com a negativa do Ministério da Defesa, a notícia de que havia uma preparação chegou aos respectivos comandos das forças.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, manifestou hoje apoio irrestrito à Comissão da Verdade, criada para investigar atos de violação aos direitos humanos durante a ditadura militar. "Vamos tratar da Comissão da Verdade com todos os aspectos que estão ali englobados e investigar tudo o que aconteceu. Todos terão que cooperar para que se conheça a verdade, e nós vamos dar força à comissão, com toda a integralidade que ela tem", afirmou o ministro, durante visita ao Rio de Janeiro para participar da cerimônia de entrega da Medalha Mérito Desportivo Militar, homenageando atletas civis e militares que se destacaram em competições esportivas.

O ministro não quis comentar sobre a decisão do Ministério Público Federal, aplaudida pela ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), em denunciar o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas em 1974, na Guerrilha do Araguaia: "O Ministério Público é um órgão autônomo. Não vou me pronunciar sobre se ele está certo ou errado, isso aí é a Justiça que vai se pronunciar".

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Perguntado sobre o mal-estar causado no governo com as recentes críticas feitas por militares da reserva, que chegaram a questionar em um manifesto a autoridade do ministro da Defesa, Amorim tentou relativizar o incidente. "Acho que ninguém pode aumentar as proporções, mas claro que é uma coisa importante, os comandantes têm conversado a respeito, e as coisas têm se encaminhado de uma maneira adequada", afirmou o ministro.

Ele contestou, no entanto, declarações como as dadas pelo ex-analista do Centro de Informações do Exército (CIEx) e líder do manifesto, o general da reserva Marco Antonio Felício, quando afirmou que a comissão "será a comissão do revanchismo e da inverdade" em entrevista ao Estado. "Vamos eliminar mitos como esse de que a Comissão da Verdade é revanchismo. Não é revanchismo, é a busca da verdade", disse Amorim. Ele afirmou ainda que a comissão incorpora também a Lei da Anistia, e fez referência indireta à preocupação dos militares quanto à imparcialidade dos membros que deverão compor a comissão. "A verdade é a verdade, e não existe verdade de um lado ou de outro. Existe verdade", enfatizou o ministro.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, cobrou hoje de militares da reserva respeito à autoridade civil. Em entrevista pela manhã no Senado, ele considerou que os comunicados dos Clubes Militares contra debates no governo sobre o regime militar desrespeitam a legislação. "Não estou preocupado com questões de afronta. O importante é o respeito à autoridade civil. Isso é parte da democracia", afirmou. "Da mesma maneira que respeitamos o profissionalismo dos militares, respeitamos muito a lei."

No mês passado, os clubes que reúnem oficiais da reserva das três forças escreveram comunicado conjunto com críticas à presidente Dilma Rousseff, por não reprimir as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Política para as Mulheres) que deram declarações sobre crimes políticos ocorridos durante o regime militar (1964-1985).

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Após encontro com Dilma, Celso Amorim anunciou que os oficiais da reserva estariam sujeitos aos regulamentos disciplinares das Forças Armadas, conforme divulgou o jornal O Estado de S. Paulo. Foi o suficiente para o ministro ser bombardeado nos blogs e sites mantidos pelo pessoal da reserva. Um manifesto dos oficiais da reserva posterior questionou a autoridade de Celso Amorim em interferir nos clubes militares, que seriam entidades de caráter privado. O manifesto começou com 98 assinaturas. Até hoje, mais de 500 oficiais já tinham aderido.

Na entrevista de hoje, Amorim disse acreditar no "profissionalismo" das Forças Armadas. "O governo da presidenta Dilma tem dado demonstrações disso bem efetivas, recriando condições de trabalho que estavam precárias", afirmou. Ele sugeriu que os comunicados do pessoal da reserva também afrontam o Congresso ao criticar a instalação da Comissão da Verdade, que está sendo montada, a partir de uma lei aprovada pelos parlamentares, para analisar violações de direitos humanos cometidas de 1946 a 1988.

Celso Amorim afirmou que há muita "especulação infundada" no debate sobre a análise dos crimes da ditadura. "A Comissão da Verdade é lei. Temos que respeitá-la", disse. Ele esteve no Senado para esclarecer, numa comissão mista, as circunstâncias do incêndio que destruiu boa parte da base da Marinha na Antártida. O comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, que também esteve no Senado, não deu entrevista.

O ministro ressaltou que a polêmica sobre um possível caráter persecutório da comissão, que poderia ter capacidade de julgar e aplicar penas a envolvidos em crimes, acabou ainda no processo de aprovação da lei. "A lei será aplicada na integralidade na observância da Lei da Anistia", completou, referindo-se à lei 6.683, de 1979, que anistiou quem cometeu crime político. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou pedido da Ordem dos Advogados do Brasil para suspender a lei. "Não há porque essa inquietação por questões não colocadas", afirmou Amorim. "Isso foi pactuado", completou. "O governo respeitará o que foi pactuado."

De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, a criação da Comissão da Verdade representa "um momento de reencontro da sociedade consigo mesma". Segundo ele, os cidadãos brasileiros "têm de estar aptos a saber a verdade sobre sua história". Para o ministro, a chegada deste momento, de criação da Comissão, "demonstra grande maturidade e que a sociedade está capaz de olhar para sua história".

As declarações foram dadas logo após o encerramento da cerimônia no Palácio do Planalto na qual a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei de acesso a informações públicas e a lei que cria a Comissão da Verdade. Questionado sobre se apresentaria sugestões de nomes para a Comissão, o ministro da Defesa disse que não encaminhará propostas.

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"A presidente conhece bem (o assunto), ela sabe quem deve indicar. Se ela me pedir uma sugestão e me ocorrer um nome, eu darei, mas isso não aconteceu", explicou. A Comissão da Verdade foi criada para investigar, em dois anos, violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. A Comissão será formada por sete membros, nomeados pela Presidência da República.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse hoje que acredita que o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade será votado no Congresso em setembro. Ele ressaltou que chegou a hora de "virar a página" sobre o tema. A proposta foi enviada em 2010 e tramita desde então na Câmara. A expectativa do Ministério da Defesa é a de que seja aprovado sem alteração o texto enviado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu acho que será em setembro, é importante e nós temos de virar essa página", afirmou, após participar do 6º Seminário Livro Branco de Defesa Nacional, promovido na capital paulista.

Mais cedo, no mesmo evento, o assessor especial do Ministério da Defesa, o ex-deputado federal José Genoino havia afirmado que a expectativa é mesmo de que o projeto seja apreciado e votado em setembro. Disse também que o Ministério da Defesa já havia discutido o assunto com o PSDB, DEM, PPS e PV, além dos partidos da base aliada.

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O ministro destacou que o projeto é "adequado" e "satisfatório" tanto do ponto de vista das Forças Armadas como de boa parte daqueles que militam em favor dos Direitos Humanos. "No governo federal, existe acordo e é importante que o projeto enviado seja aprovado", afirmou. "Tenho falado com lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado e tenho encontrado uma boa receptividade", acrescentou. Em sua proposta original, o projeto possibilita o esclarecimento de casos de violação de Direitos Humanos durante a ditadura militar.

O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta segunda que o Brasil não pode ser confundido com um país "desarmado e indefeso" e destacou que vai se empenhar para obter os recursos indispensáveis para o fortalecimento das Forças Armadas. O discurso foi feito durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto, que contou com a presença de ministros e comandantes das Forças Armadas.

"Cabe a mim empenhar e obter os recursos indispensáveis e equipamento adequado das Forças Armadas, conto para tanto com a compreensão dos colegas da área financeira", discursou Amorim, ressaltando que "de maneira serena", cabe a ele "mais ouvir do que falar". O ministro observou que, embora seja um País que vive em "paz" com os vizinhos, o Brasil não pode abrir mão da vigilância. "Somos detentores de riquezas, cabe ao Estado resguardar nossas extensas fronteiras. Além da defesa da população, devemos proteger nossos recursos naturais", disse Amorim.

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Amorim sucede a Nelson Jobim, que pediu demissão na última quinta-feira após a repercussão negativa de declarações à revista "Piauí". Jobim não compareceu à cerimônia no Planalto. "Há um descompasso entre a crescente influência internacional e a nossa capacidade de respaldá-la no plano da Defesa", disse. "Devemos reforçar a cooperação com países da região, pretendo atribuir ênfase e relacionamento de defesa com países africanos, juntamente com o Itamaraty, continuaremos a dar nossa contribuição", afirmou Amorim.

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