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Holanda e a Dinamarca prometeram neste domingo (20) enviar caças americanos F-16 para Kiev, anunciou o primeiro-ministro holandês durante uma visita do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a uma base da força aérea holandesa em Eindhoven, no sul do país.

"A Holanda e a Dinamarca estão comprometidas em enviar F-16 para a Ucrânia, uma vez que as condições de envio sejam atendidas", disse Mark Rutte em uma declaração conjunta com Zelensky.

Os Estados Unidos já haviam autorizado esses dois países da Otan na sexta-feira a transferir esses caças de fabricação americana para o Exército ucraniano.

Zelensky, que descreveu a oficialização do embarque como "histórica", especificou que os aviões são necessários para "proteger ao [seu] povo do terror russo".

Segundo um correspondente da AFP presente na base de Eindhoven, o presidente ucraniano examinou os F-16, cuja data de entrega ainda é desconhecida.

Uma coalizão de 11 países da Otan começou a treinar pilotos ucranianos em agosto. Segundo as previsões, eles estarão prontos para pilotar essas aeronaves de combate no início de 2024.

Depois de visitar a Suécia no sábado, o líder ucraniano pousou por volta das 12h na Holanda (7h em Brasília), disse uma porta-voz do governo holandês.

As autoridades ucranianas solicitam a entrega de caças ocidentais para combater as forças de Moscou desde o início da invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.

A visita de Zelensky à Holanda aconteceu um dia depois que um bombardeio russo matou pelo menos sete pessoas e feriu mais de 140 na cidade de Chernigov, no norte da Ucrânia.

O Exército ucraniano respondeu com uma série de ataques de drones, sem causar vítimas mortais, contra Moscou e as regiões russas de Kursk (oeste) e Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia.

O tráfego aéreo nos aeroportos internacionais de Vnukovo e Domodedovo foi "temporariamente restringido" durante a noite, informou a agência russa de transportes Rosaviatsia, citada pela agência de notícias Ria Novosti.

O governador da região de Kursk, Roman Starovot, afirmou que um drone "caiu no telhado da estação e causou um incêndio" que foi "extinto às 03h46 (21h46 da noite anterior em Brasília)".

"Cinco pessoas ficaram levemente feridas pelos estilhaços de vidro" e três delas foram hospitalizadas, disse o governador.

Mais ao sul, na região de Rostov, a defesa antiaérea russa interceptou "dois drones" que não causaram mortes nem danos, anunciou o governador regional, Vasily Golubev.

Os ataques ucranianos com drones aumentaram significativamente nos últimos meses, depois que Kiev lançou uma contraofensiva em junho.

A Ucrânia conquistou algumas "vitórias" na semana passada, mas, no geral, a contraofensiva está avançando pouco.

Um "estrondo" supersônico foi ouvido em Washington no domingo (4), quando dois caças tentaram interceptar um avião de pequeno porte que não respondia e que depois caiu na Virgínia, informaram as autoridades.

Moradores da capital dos Estados Unidos e arredores relataram nas redes sociais que ouviram um estrondo que sacudiu janelas e paredes a quilômetros de distância.

Dois caças F-16 foram mobilizados devido à falta de resposta de um jato particular "Cessna 560 Citation V sobre Washington e o norte da Virgínia", descreveu o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) em comunicado.

Os dois caças decolaram de uma base no estado de Maryland, disse um funcionário do Pentágono à AFP, para alcançar o avião que caiu em uma área montanhosa no sudoeste da Virgínia.

O presidente Joe Biden, que estava na região, foi informado do incidente, afirmou um funcionário da Casa Branca à imprensa, sem especificar se medidas de precaução foram tomadas.

De acordo com dados públicos, o avião estava registrado em nome da empresa Encore Motors of Melbourne, na Flórida.

Seu proprietário, John Rumpel, disse ao Washington Post que toda a família estava a bordo, incluindo sua filha, o neto e a babá. "Não sabemos nada sobre o acidente", explicou.

A aeronave saiu do estado do Tennessee (leste) e seguia para Long Island, no estado de Nova York (nordeste), segundo a Aviação Civil dos Estados Unidos (FAA).

O site de rastreamento de voos Flightradar24 indicou, no entanto, que o jato deu meia-volta após sobrevoar Long Island, rumo ao sul, o que o fez passar sobre Washington e Virgínia.

Os investigadores devem chegar ao local do acidente nesta segunda-feira (5), informou o Washington Post.

Os caças "foram autorizados a viajar em velocidades supersônicas e um estrondo supersônico foi ouvido pelos moradores da região", disse o NORAD. Os aviões também lançaram sinalizadores para chamar a atenção do piloto, mas não conseguiram contatá-lo.

O exército não derrubou o avião, de acordo com vários veículos de comunicação americanos.

A Polônia planeja enviar caças Mig-29 de fabricação soviética à Ucrânia, tornando-se o primeiro país da Otan a fornecer aviões de guerra ao país. O anúncio foi feito ontem pelo presidente polonês, Andrzej Duda, e os quatro primeiros caças devem chegar nos próximos dias.

Até agora, os governos ocidentais haviam rejeitado enviar caças à Ucrânia, como vinha insistindo o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, por temer a escalada das tensões entre Otan e Rússia.

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"Inicialmente, vamos entregar, nos próximos dias, quatro aeronaves totalmente operacionais para a Ucrânia. Outros dispositivos estão em manutenção e serão entregues depois", afirmou Duda. Ele especificou que a Polônia tem cerca de 15 caças MiG, herdados na década de 90 da Alemanha Oriental.

Com o aumento gradual da sofisticação e da letalidade das armas enviadas à Ucrânia, a discussão sobre caças de combate deixou de ser tabu entre os governos ocidentais. Se por um lado o americano Joe Biden recusou a ideia, por outro, na Europa, França, Reino Unido e Suécia se mostraram abertos a ela. A Rússia respondeu com ameaças de retaliação política e militar.

Fabricação soviética

O MiG-29 é um caça utilizado em combate aéreo, criado no início da década de 70 na então União Soviética. Ele se mantém operacional até os dias de hoje na Força Aérea russa, assim como em países para onde foi exportado. Mas, em razão de seu elevado custo de manutenção, a Rússia e países aliados, como a Hungria, tentam se livrar de seus caças.

O armamento padrão do MiG-29 é constituído de um canhão interno com 150 munições, além de seis estações para armamentos sob as asas, para mísseis de curto alcance. O caça também é capaz de realizar ataques utilizando bombas e foguetes não guiados. Apesar disso, o MiG-29 não foi tão bem sucedido em combates reais, como na Guerra do Golfo e na guerra entre Eritreia e Etiópia, em 1999.

Os caças que a Polônia entregará à Ucrânia serão substituídos por aeronaves sul-coreanas FA-50 adquiridas recentemente e, posteriormente, por F-35s americanos.

Ao longo de 12 meses, os países ocidentais não só aumentaram as promessas de ajuda militar, com as dezenas de tanques que despacharam à Ucrânia, como também enviaram centenas de veículos blindados, sistemas de defesa aéreos, drones, armas de longo alcance e muito mais.

Receber caças, na visão de Kiev, seria o próximo passo. A relutância do Ocidente, segundo analistas, se explica pelas dificuldades técnicas e principalmente pela escalada que o conflito pode ganhar. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS; COM RENATA TRANCHES)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, pediu ontem aos líderes da União Europeia mais equipamentos militares, incluindo aviões de guerra, para acabar o quanto antes com a guerra causada pela invasão russa, iniciada há quase um ano.

"Precisamos de canhões de artilharia, munição, tanques, mísseis de longo alcance e caças a jato", disse Zelenski, em reunião do Conselho Europeu. Ele também anunciou que discutiria o envio de aeronaves em encontros bilaterais com líderes europeus.

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Mais cedo, em discurso ao Parlamento Europeu, Zelenski disse que a Ucrânia estava se defendendo "da força mais antieuropeia do mundo moderno". "Nós, ucranianos no campo de batalha, estamos defendendo vocês", afirmou.

A Bélgica é a terceira escala de Zelenski na Europa Ocidental, depois de ele se encontrar com líderes no Reino Unido e na França. O governo britânico não concordou em enviar caças à Ucrânia, mas o primeiro-ministro, Rishi Sunak, disse que "nada está fora de questão".

Nenhum país enviou caças à Ucrânia até agora: a Polônia e a Eslováquia ofereceram MiGs de décadas, mas as transferências ficaram travadas por discussões. Zelenski participa hoje de outra reunião do Conselho Europeu para negociar a continuação da ajuda da UE à Ucrânia. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia após conceder, por decreto, graça (perdão) ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão por ameaças à Corte e ao regime democrático, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não se manifestou sobre o caso na manhã desta sexta-feira, 22, ao participar de uma cerimônia militar da na base aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio.

Sem discursar nem dar entrevistas, Bolsonaro ficou ao lado do governador Cláudio Castro (PL), do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior e ministros de Estado, durante o batismo operacional dos aviões Gripen, integrados à Força Aérea Brasileira, no Dia da Aviação de Caça.

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Bolsonaro é alvo de questionamentos de parlamentares e juristas após o STF condenar Silveira por incitar agressões a ministros e atentar contra a democracia. O deputado, que é aliado do presidente da República, defendeu, em vídeos, o fechamento da Corte. Foram dez votos pela condenação e um pela absolvição.

Silveira elegeu-se em 2018, após ganhar projeção ao participar, na campanha eleitoral, de ato em que, ao lado de outros políticos, quebrou uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco (PSOL). Marielle e o motorista Anderson Gomes tinham sido mortos a tiros em março do mesmo ano, em crime ainda não totalmente esclarecido.

Na manhã desta sexta, a Rede Sustentabilidade protocolou ação no STF pedindo que a Corte torne nulo o ato de Bolsonaro. O partido reconhece que o presidente da República tem o direito constitucional de conceder perdão a um condenado pela Justiça, mas esse direito, sustenta, não pode ser desvirtuado para fins pessoais.

Na noite de quinta, 21, Bolsonaro participou da live semanal e voltou a desafiar o Supremo: "Este é um decreto que vai ser cumprido", afirmou.

A cerimônia nesta sexta-feira, na base aérea de Santa Cruz, contou com voos de demonstração das aeronaves F-39 Gripen, F-5 Tiger e A-29 Super Tucano. O presidente desembarcou no Rio por volta das 9h30. Ele deve embarcar da capital fluminense para Porto Seguro, na Bahia.

A China exibiu nesta terça-feira (28) os novos equipamentos de sua Força Aérea, como drones de vigilância e de ataque e um avião de guerra eletrônico, em um momento de tensão crescente com Estados Unidos e Taiwan.

O gigante asiático exibiu as armas durante a principal feira de equipamentos aéreos do país, a "AirShow China", na cidade costeira de Zhuhai (sul).

O governo chinês adotou como prazo limite o ano de 2035 para concluir a modernização de seu exército, ainda atrasado em comparação com os Estados Unidos em termos de tecnologia e investimento.

Mas os analistas advertem que o país asiático está reduzindo rapidamente a diferença.

Um relatório recente dos serviço de inteligência americano alertou para a crescente influência da China, considerada a maior ameaça para os Estados Unidos.

Entre as principais novidades apresentadas estão o drone WZ-7, de 14 metros de comprimento, concebido para o reconhecimento de fronteiras e patrulha marítima.

A China também apresentou o avião J-16D, um caça destinado à "guerra eletrônica", capaz de bloquear ou destruir as emissões de rádio e os sistemas de comunicação do adversário.

De acordo com especialistas citados pela imprensa chinesa, este avião pode atacar instalações de radar ou sistemas aéreos de alerta e controle (Awacs, na sigla em inglês).

Tanto o drone como o caça, que já estão sendo utilizados, "terão um papel importante no Estreito de Taiwan e no Mar da China Meridional", afirmou o analista militar Song Zhongping à AFP.

- Objetivo: exportar -

Além disso, as autoridades também apresentaram nesta terça-feira um drone polivalente de reconhecimento e de ataque CH-6. Com 15 metros de comprimento e envergadura de mais de 20 metros, será testado em 2023.

Os criadores afirmam que poderá voar a grande altitude (10.000 metros) e com grande velocidade (entre 500 e 700 km/h) durante 20 horas. Além disso, o drone poderá incorporar radares, sistemas de reconhecimento, mísseis e bombas ar-terra.

Diante dos países ocidentais, que hesitam em vender seus drones mais avançados a outras nações - exceto os aliados mais próximos -, a China se posiciona como um "fornecedor alternativo" com preços relativamente acessíveis, destacou à AFP Klevin Wong, da agência britânica Janes, especializada em defesa.

Vários exércitos utilizam drones chineses, como os da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.

- "Avanço importante" -

O caça J-16D demonstra "a melhora global" das capacidades de combate da China, destaca James Char, especialista da Universidade Tecnológica Nanyang, de Singapura.

"Podemos falar de avanço importante, pois isto dá ao exército chinês uma vantagem em termos de guerra eletrônica aérea, contra alvos que têm importantes capacidades de defesa aérea", disse Char.

Mesmo assim, muitos especialistas insistem que a China continua atrasada em relação aos Estados Unidos, especialmente na área dos motores para seus aviões militares e no número de satélites de comunicação necessários para realizar suas operações.

Ainda assim, o país tem um sistema de defesa aérea e marítima confiável para contra-atacar uma eventual ofensiva americana, disse Justin Bronk, analista do britânico Royal United Services Institute.

"Perto de suas bases, os chineses levam vantagem sobre os americanos, que estão longe das suas. A China chegou a um ponto em que representa um sério desafio para os Estados Unidos neste nível", disse.

Na feira de Zhuhai também estão presentes os principais nomes do setor aéreo civil, tanto a nível nacional como internacional, incluindo Boeing e Airbus.

O evento, bienal, deveria ter acontecido no fim de 2020, mas foi adiado devido à pandemia.

Nesta semana, completam-se 35 anos desde que o longa-metragem “Top Gun – Ases Indomáveis” (1986) chegou aos cinemas. A obra foi dirigida por Tony Scott (1944 – 2012) e protagonizada por Tom Cruise,  então com 24 anos. A repercussão na época foi grande e o filme é considerado um dos marcos na história do cinema quando se trata dos anos 80, principalmente no que se diz respeito a histórias de ação, com galãs no papel do personagem principal, que em meio aos desafios e aventuras, ainda vivem um romance na trama.

De acordo com o crítico de cinema, Efrem Pedroza, o maior motivo que levou o filme a se tornar um marco do cinema em Hollywood e no mundo foi o fato de conseguir capturar a atenção maciça do público masculino, ao falar sobre  velocidade e caças. “[Foi] algo relativamente inédito para um filme de ação”. Pedroza ressalta dizendo que houve outro motivo para a popularização de “Top Gun”, principalmente com o público feminino: o romance entre Maverick (Cruise) e Charlie (Kelly McGillis), já que esse período do cinema era recheado de filmes de ação com personagens "brucutus".

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Quando se trata de longas-metragens marcantes, em grande parte é possível associar trilhas sonoras memoráveis. O crítico de cinema comenta que “Take My Breath Away” sempre será lembrada como a música de “Top Gun”. “Terri Nunn, da banda ‘Berlin’, carregava potência e doçura em sua voz. A canção em si é quase um diálogo que expõe romances e intrigas do casal protagonista e virou praticamente um hino entre o público”. Pedroza complementa dizendo que nos anos 80 e 90, as músicas que compunham os filmes, de modo geral, eram marcantes por carregarem em seu conteúdo quase que um resumo do que viria a ser o filme.

Segundo o especialista, “Top Gun” surpreende pela qualidade técnica na ação e na montagem. “Todo dinamismo e ação envolvendo pilotos e máquinas transmitem emoção”. Pedroza conta que a continuação da saga, “Top Gun: Maverick”, está com estreia programada para 22 de novembro deste ano e promete trazer mais cenas memoráveis de ação.

Vale lembrar que a Marinha norte-americana proibiu Tom Cruise de pilotar um jato de combate F-18, fazendo com que pilotos reais assumissem essa responsabilidade. “Portanto, preparem-se para mais um filme que transportará o público direto ao cockpit [cabine de pilotagem] de um caça, como no primeiro filme”. Por conta desses fatores, “Top Gun” deixou um legado para a história do cinema. “Um bom entretenimento com potencial publicitário e uma dose de nostalgia que é sempre bem-vinda. Por isso tornou-se um clássico popular”, afirma Pedroza.

Filmes recomendados para fãs de Top Gun

Como sugestão de outras obras que trazem traços semelhantes a “Top Gun”, o crítico de cinema recomenda o filme “Prova de Fogo” (1995), que narra a história do ‘Esquadrão 99’ e é estrelado por Lawrence Fishburne e o primeiro grupo de caças americanos composto por pilotos negros.  Além disto, Pedroza ressalta que o filme contém perseguição e muita ação em plena Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), e que a crítica social é a base do longa.

Como segunda e última recomendação, Pedroza sugere o filme “As Aventuras de Rocketeer" (1991), estrelado por Bill Campbell e Jennifer Connelly, que aborda uma história sobre um jovem piloto, que ao encontrar um jato propulsor se transforma em Rocketeer, um herói mascarado com um foguete nas costas. A trama se desenrola quando surgem nazistas com a intenção de utilizar o equipamento como arma. “Esse filme é diversão garantida”, finaliza.

 

 

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta segunda, 22, ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, mais um relatório sobre as mensagens da força-tarefa da Lava Jato apreendidas no âmbito da Operação Spoofing - investigação que mirou hackers de autoridades.

Boa parte dos diálogos que constam no 12º parecer elaborado pela perícia contratada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins são referentes à denúncia dos caças suecos.

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A acusação atribui a Lula, seu filho Luís Cláudio e o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, suposto envolvimento em 'negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627', durante o governo Dilma Rousseff.

A denúncia foi apresentada no âmbito da Operação Zelotes em 2016, pelos supostos crimes de crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação penal segue com o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, em Brasília.

Parte das mensagens ainda tratam de delações premiadas fechadas no âmbito da Lava Jato, citando por exemplo, o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda/Governo Lula e Casa Civil/Governo Dilma). Palocci prestou depoimento na ação dos caças suecos.

No relatório enviado a Lewandowski, a defesa de Lula também destaca um diálogo em que o ex-chefe da força-tarefa no Paraná, Deltan Dallagnol, afirma que o juiz Luiz Antônio Bonat, sucessor de Sérgio Moro na 13ª Federal de Curitiba, 'sugeriu' questões relacionadas a pedidos de bloqueios de bens.

Os EUA conduziram seu primeiro exercício em massa com o novo caça F-35A, lançando 52 deles de sua base em Utah, segundo informou a unidade 388ª Ala de Caça da força aérea. A força aérea americana, porém, defendeu a tese de que foi uma coincidência o fato de o número de aeronaves apresentadas ser o mesmo dos alvos citados pelo presidente do país, Donald Trump, em sua ameaça de ataque ao Irã - ele disse que tinha mapeado 52 pontos iranianos, incluindo de seu patrimônio cultural.

"Assim como o momento, o número é uma coincidência. Esse é o máximo (de aviões) que podemos colocar no ar", disse o porta-voz da força aérea de Hill, Micah Garbarino, segundo o jornal britânico The Guardian. Ele explicou que o exercício vinha sendo planejado há meses.

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O último F-35A Lightning foi entregue em dezembro, quatro anos após o lançamento do primeiro modelo. Os novos jatos elevaram a 78 o número de aeronaves da força ativa das Alas 388 e 419.

De acordo com o Guardian, dos três esquadrões ativos, um está em operação no Oriente Médio - e dois deles estacionados em Utah, que participaram do exercício em massa conhecido na força aérea pelo termo "caminhada de elefante".

A base conduziu os voos de testes por mais de dez minutos na manhã de segunda-feira, como anunciou a Ala 388.

O exercício representa a conquista da capacidade total de combate do F-35, considerado o programa militar mais caro já desenvolvido, marcado por controvérsias, questões técnicas e excedentes de custos.

O F-35A é uma versão convencional de decolagem e pouso do avião. O plano dos EUA é desenvolver mais de 2,6 mil aviões entre agora e 2037.

Os mais poderosos caças que a Força Aérea já operou estão à venda. Os 11 supersônicos Mirage 2000 C/B, capazes de voar a 2.336 km por hora, formaram a elite da aviação brasileira de combate entre 2005 e 2013 e estão sendo oferecidos no mercado internacional pela Comissão Aeronáutica, em Washington. Preço bom, de oportunidade: o lote completo sai por US$ 508.631,12. Novas, e conforme a configuração, poderiam custar até US$ 45 milhões cada.

Os aviões estão sendo mantidos em duas bases da FAB - em Brasília e Anápolis. A oferta cobre um pacote completo: motores e sistemas eletrônicos de bordo foram preservados. Peças e componentes não estão incluídos. A Força informa que os caças negociados não têm condições de voo. A unidade mais barata está cotada a US$ 7.327,61. A mais cara, a US$ 62.635,12. A proposta vencedora será anunciada no dia 6. O comprador terá cinco dias para o pagamento e mais dois meses para retirar os aviões.

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O Comando da Aeronáutica identifica qualquer dos nove países que ainda usam o Mirage 2000 em todo o mundo como clientes potenciais, interessados em uma espécie de desmanche, para usar partes na manutenção dos próprios jatos. Todavia, nada impede que um eventual colecionador faça sua oferta. Segundo um veterano do Esquadrão Jaguar, o 1.º Grupo de Defesa Aérea, de Anápolis, há dezenas de promotores de shows aéreos, na Europa e nos Estados Unidos, que se interessariam.

Qualquer que seja a natureza da transação, ela terá de passar pelo governo da França, país onde os caças foram fabricados pelo grupo Dassault Aviation, e onde foram comprados, já usados, pelo governo federal, em 2005, por cerca de US$ 200 milhões. A aquisição abrangia ainda a conversão dos supersônicos para os requisitos da FAB, dois tipos de mísseis, bombas, apoio logístico, treinamento, peças e partes sobressalentes. O acordo foi ajustado diretamente entre os então presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva.

Os Mirage 2000 fizeram bonito durante os oito anos em que foram operados pelo Esquadrão Jaguar. Eram vistos como equipamento de treinamento e transição para o espetacular jato Rafale C, também francês, cotado como favorito na escolha do novo modelo de múltiplo emprego da aviação militar do Brasil. Acabou dando o sueco Gripen NG, mais barato, inovador, e com ampla transferência de tecnologia, cláusula principal do interesse do Alto-Comando.

Ficha técnica

Entretanto, os F-2000 formaram duas gerações de pilotos de alto rendimento. A turbina Snecma M53 permitia instalar até 6,3 toneladas de bombas, mísseis e foguetes sob a asa do jato de 14,3 metros de comprimento e 9,13 m de envergadura, armado com um canhão Defa de 30 mm. A grande altitude, no limite de 17 km, na velocidade plena, podia cobrir a distância de Brasília a São Paulo em menos de meia hora. Desativados à meia-noite de 31 de dezembro de 2013, foram substituídos temporariamente pelos F-5M, modernizados pela Embraer Defesa. Os novos Gripen, 36 deles, começam a chegar em 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos petistas Antonio Palocci afirmou em depoimento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu "diretamente" em pedido de propina relacionado à compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff. Lula é réu na ação por lavagem de dinheiro, tráfico de influência e associação criminosa. Em depoimento no dia 26 de junho passado, Palocci menciona um suposto acerto envolvendo, inclusive, autoridades francesas.

Não é a primeira vez que Palocci acusa seu ex-líder. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, ele atribuiu ao ex-presidente suposto "pacto de sangue" de R$ 300 milhões com a empreiteira Odebrecht. Palocci fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal em Curitiba.

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Nesta ação referente à compra dos caças, Lula, seu filho Luís Cláudio e o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni respondem pela acusação de participarem de "negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627", durante o governo Dilma.

O depoimento de Palocci foi marcado para 20 de novembro pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal. Ao marcar a audiência, o magistrado relata que Palocci prestou depoimento no qual mencionou que tinha conhecimento de fatos em investigação neste processo, especialmente "a atuação direta do ex-presidente Lula, como dos caças". Para ele, é preciso ouvir Palocci e o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que também deve depor em novembro.

Para o magistrado, ao ser ouvido em setembro de 2017, Jobim não mencionou que tenha havido alguma reunião entre ele, Lula e o ex-presidente da França Nicolas Sarkozi, "não tendo dito nada sobre assinatura de documento ou protocolo referente ao caça Mirage francês no dia seguinte à reunião, cujo documento teria ficado de posse de Nicolas Sarkozi, como afirmara o ex-ministro Palocci ao Ministério Público Federal".

No entanto, o juiz ponderou que as declarações "sucintas e diretas" de Palocci "precisam ser contrastadas em Juízo com as demais provas". "Essas declarações de Antonio Palocci estão em manifesta contradição com o depoimento da referida testemunha Nelson Jobim", observou o magistrado.

Para ele, se Palocci mantiver sua versão, Jobim deve ser "reperguntado" sobre a reunião que teria "durado noite adentro", "e se de fato o representante da França saiu com uma espécie de contrato ou protocolo de compromisso da compra dos caças franceses Mirage, um dos objetos deste processo criminal, e ainda se houve alguma menção ou negociação de propina nessa reunião".

A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-presidente Lula, que não se manifestou.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, remarcou para o dia 21 de junho o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação em que ele é réu com seu filho Luís Cláudio Lula da Silva, acusados de participar de um esquema para favorecer a empresa Saab na venda de 36 caças ao Brasil.

O depoimento estava previsto para ocorrer no dia 20 de fevereiro, mas acabou suspenso pelo desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que acatou pedido da defesa para que se aguardasse a oitiva de testemunhas que moram fora do país, no prazo máximo de quatro meses.

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Vallisney Oliveira, responsável pelo caso na primeira instância, resolveu agora marcar os depoimentos de Lula, de seu filho e dos empresários Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni Marcondes Machado, também réus, para a manhã do dia seguinte ao encerramento do prazo estipulado pelo TRF1.

Na ação penal, Lula e seu filho foram investigados na Operação Zelotes, da Polícia Federal, e foram denunciados pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sob a acusação de integrarem um esquema que vendia promessa de interferência no governo federal para beneficiar empresas.

De acordo com a denúncia, Lula, seu filho e os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni participaram de negociações irregulares no contrato de compra dos caças suecos Gripen e na prorrogação de incentivos fiscais para montadoras de veículos em uma medida provisória. Segundo o MPF, Luís Cláudio recebeu R$ 2,5 milhões da empresa dos consultores.

A defesa do ex-presidente sustenta que Lula e seu filho não participaram ou tiveram conhecimento dos atos de compra dos caças suecos. Segundo os advogados, a investigação tramitou no Ministério Público de forma oculta e sem acesso à defesa.

Convocado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-mandatário Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento hoje (12) à Polícia Federal e alegou que a compra de caças suecos foi decidida durante o seu governo (1995-2002).

Em videoconferência, FHC disse que a negociação não foi concluída para não "onerar" o próximo presidente, mas que a escolha já tinha sido feita. O depoimento acontece como parte do processo em que Lula é acusado de ter feito tráfico de influência na compra de caças para a Força Aérea Brasileira e na edição de uma medida provisória que instituía benefícios fiscais para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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A medida provisória foi editada por FHC em 1999 e prorrogada pelo petista. Além disso, durante seu mandato, o tucano fez o programa FX sobre os caças. Logo depois, Lula rebatizou o projeto de FX2. "No meu período de governo já havia uma demanda da força área que renovássemos a frota. No final de um longo processo, eu me lembro que a Aeronáutica era favorável pelos caças suecos.

Como já estávamos se aproximando do fim do meu mandato, não quis fazer uma compra, que seria paga pelo governo seguinte", disse o ex-presidente, durante o depoimento.

Segundo FHC, a Força Aérea escolheu os caças de modelo Gripen sueco porque eles poderiam transferir tecnologia para o Brasil, que em longo prazo poderia produzir as aeronaves.

Na mesma audiência, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que ficou à frente da pasta durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, também prestou depoimento.

Cardozo falou sobre a suposta influência de Lula sobre Dilma no caso dos caças suecos. De acordo com o ex-ministro, ela nunca cedeu a algum tipo de situação que não fosse estritamente republicana".

"A presidente Dilma tinha uma característica de não permitir opiniões de gerenciamento político, inclusive regia muito mal quando alguém tentava dizer alguma coisa do ponto de vista político. Razão pela qual em várias vezes diziam que ela não tinha habilidade política", afirmou. 

Novos indícios levantados pela Operação Zelotes levaram o Ministério Público Federal em Brasília a desarquivar inquérito civil instaurado no ano passado para apurar suspeitas de irregularidades na compra dos caças suecos Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB). Há suspeitas de corrupção e superfaturamento no negócio, iniciado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fechado na gestão de Dilma Rousseff.

Conforme a Procuradoria da República no Distrito Federal, a medida se deve à descoberta, no âmbito da Zelotes, de novos indícios de que o contrato internacional firmado com a empresa sueca Saab pode ter resultado de possível influência indevida do lobista Mauro Marcondes Machado e a mulher dele, Cristina Mautoni. Uma das descobertas foi a de que Marcondes intermediou interesses da fabricante dos caças no governo brasileiro. A suspeita é de que houve possível suborno de agentes e ex-agentes públicos federais.

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O casal está preso desde outubro de 2015 e atualmente responde a uma ação penal proposta pela força-tarefa da Zelotes por suspeita de pagar propina a agentes públicos em troca da edição de medias provisórias que beneficiaram o setor automotivo.

No despacho, o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes diz que a decisão de reabrir a investigação levou em consideração "a superveniência de novos indícios que colocam em dúvida a idoneidade da contratação da empresa Saab".

Além disso, o procurador determinou que tanto o Ministério da Defesa quando a Saab sejam oficiadas para que forneçam informações atualizadas sobre o caso. Outra providência foi a solicitação de todos os dados obtidos na Zelotes que possam interessar na instrução do inquérito civil, medida que já recebeu o aval dos integrantes da força-tarefa.

O caso será investigado pelo Núcleo de Combate à Corrupção do MPF em Brasília. Se confirmadas irregularidades, a apuração pode resultar tanto numa ação civil contra eventuais envolvidos quanto numa denúncia criminal.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou em novembro e-mails revelando que o casal atuou no lobby dos caças e tentou acionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do assunto.

Em depoimento à Polícia Federal, em janeiro, no âmbito da Zelotes, Lula foi questionado se pagamentos feitos pela Marcondes & Mautoni à LFT Marketing Esportivo tinham relação com os caças. Lula considerou a hipótese um "absurdo".

A LFT pertence a Luís Claudio Lula da Silva, filho mais novo do petista, e recebeu R$ 2,5 milhões da Marcondes entre 2014 e 2015. Ele alega que prestou serviços de consultoria em sua área de atuação, o esporte.

O arquivamento do inquérito ocorreu em agosto, diante da falta de "elementos que justificassem a continuidade da investigação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Federal confirmou que o escritório Marcondes & Mautoni, investigado por suposto envolvimento em compras de medidas provisórias para o setor automotivo, também fez lobby em favor da empresa sueca Saab, que venceu a bilionária licitação para compra dos 36 novos caças da Força Aérea Brasileira.

Os procuradores disseram que o caso será investigado. Ainda não se sabe, contudo, se permanecerá sob o âmbito da Operação Zelotes ou se haverá um desmembramento para outra ação.

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No domingo, 29, o jornal O Estado de S. Paulo revelou um conjunto de mensagens eletrônicas em que um executivo da Saab solicita uma reunião com o ex-presidente Lula em 2012, antes do fim do processo de licitação. A reportagem também mostrou que Marcondes levou o CEO da Saab para um encontro com o então ministro de Indústria e Comércio, Miguel Jorge. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da França, François Hollande, afirmou hoje que seis caças franceses atacaram e destruíram um centro de treinamento do Estado Islâmico no leste da Síria, em uma operação que durou cinco horas.

Esta foi a primeira ofensiva liderada pelo país europeu contra o grupo extremista na Síria. Até então, os ataques estavam concentrados no Iraque.

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"O acampamento foi completamente destruído e temos certeza que não há civis entre as vítimas", disse Hollande ao chegar à sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, na véspera da Assembleia Geral da ONU.

O presidente francês ainda afirmou que outros ataques estão por vir, e que as ofensivas têm a finalidade de "proteger o território francês de ações terroristas, agindo em legítima defesa". Fonte: Associated Press.

O acordo de financiamento por meio do qual o Brasil comprará jatos Gripen da Suécia foi assinado, informou o Ministério da Defesa brasileiro no fim da terça-feira. O documento está relacionado ao contrato de US$ 4,5 bilhões que o Brasil concedeu à sueca Saab, em 2013, para o fornecimento de 36 jatos de combate à Aeronáutica.

A entrega das aeronaves deve começar em 2019. O acordo, assinado por representantes do Tesouro brasileiro e da Agência de Crédito para a Exportação Sueca, cobrirá 100% do contrato comercial, com uma taxa de juros de 2,19% e sem a necessidade de entrada, disse o Ministério da Defesa em comunicado. O pagamento de fato do financiamento ocorrerá apenas após o recebimento da última aeronave, previsto para 2024.

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O acordo de financiamento foi totalmente garantido pelo Conselho de Garantia de Crédito à Exportação Sueco, agência do governo que segura companhias exportadoras suecas contra o risco de calote. A Saab pretende fazer o registro contábil da encomenda da Aeronáutica brasileira antes do fim de 2015.

Às 7h40 (de Brasília), a ação da Saab avançava 0,54% na Bolsa de Estocolmo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma última reunião na manhã desta quarta-feira, 29, no Ministério da Defesa selou, com o banco de fomento sueco SEK, os termos para assinatura do contrato de financiamento da compra dos 36 caças Gripen entre Brasil e Suécia. Pelo acordo, a direção do SEK aceitou a redução da taxas de juros de 2,54% ao ano para 2,19% ao ano para o financiamento de 100% do projeto, que é da ordem de 39 bilhões de coroas suecas, algo em torno de US$ 5 bilhões. A economia estimada com a redução dos juros pode chegar a R$ 600 milhões (reais).

"Chegamos a um denominador comum, bom para todos. Agora, o projeto vai seguir o seu ritmo normal", disse à reportagem o ministro da Defesa, Jaques Wagner, que esteve no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira para comunicar à presidente Dilma Rousseff o resultado das conversas com os suecos. "A presidente ficou satisfeita com a negociação bem sucedida", prosseguiu o ministro, ao lembrar que a concordância dos suecos em reduzir a taxa de juros contribuiu para que o negócio chegasse "a bom termo".

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Após comunicar à presidente de que o acordo fechado com os suecos será assinado nos próximos dias, aguardando apenas a sua formalização, Jaques Wagner embarcou, ao lado dos três comandantes militares para Ladário, em Mato Grosso do Sul, para acompanhar a realização da 9ª Operação Ágata.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também foi informado dos novos termos do contrato de financiamento e concordou com a proposta de 2,19% de juros ao ano. O contrato deveria ter sido assinado até 24 de junho, mas Levy, bateu o pé e rejeitou os juros previstos na primeira versão porque embutiam taxas que estavam em vigor há sete meses.

Quando o contrato foi assinado, em outubro do ano passado, as taxas eram de 2,54%. Em maio deste ano tinham caído para 1,54%, mas em junho já tinham subido para 1,95% ao ano. Levy queria que as taxas fossem renegociadas, pelo menos, para 1,98% ao ano porque, agora, já tinham repassado os 2% de novo. Inicialmente, os suecos não concordaram com a redução, mas cederam mediante acréscimo de uma taxa de administração de 0,35%, a ser cobrada depois do 11º ano de vigência do contrato, que é de 25 anos. Tentaram, ainda, reduzi-la para 0,17% e por fim, concordaram em excluí-la.

O governo brasileiro não classifica o valor obtido de taxas de juros de 2,19% uma vitória, mas sim, um acordo possível e bom para ambas as partes. A intenção do ministro Levy é usar a redução dos juros com a Suécia como precedente para negociar outros acordos internacionais que estão sendo firmados por outras pastas. As últimas negociações levaram mais de um mês.

As duas partes têm pressa na assinatura do contrato de financiamento para que seja possível cumprir o cronograma de embarque, ainda em agosto, dos 100 engenheiros da Embraer e oficiais da Força Aérea que se mudarão para a Suécia para trabalhar no desenvolvimento do projeto de construção do Gripen NG. Pelo contrato, o banco sueco de fomento financiará 100% do projeto, com oito anos de carência e 15 anos para pagamento. Todas as 36 aeronaves serão entregues antes de o financiamento começar a ser pago. Os primeiros aviões devem chegar em 2019.

A insistência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em tentar reduzir as taxas de juros fixadas pelo contrato de compra dos 36 caças Gripen da Suécia, pode atrapalhar o fechamento do negócio. Na semana passada, Levy se reuniu com o ministro da indústria sueco e pediu uma revisão dos termos do contrato assinado em outubro do ano passado. Mas os suecos não estão dispostos a rever os juros, porque não existe esta cláusula no contrato. Além disso, eles já aceitaram um pedido do governo brasileiro de redução de R$ 1 bilhão para R$ 200 milhões do desembolso da primeira parcela, em função do forte ajuste fiscal que está em curso no País.

Segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, isso não vai atrapalhar a ratificação do contrato de financiamento, que tem de ser feito até 24 de junho.

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Até agora, foi assinado um pré-contrato, em outubro de 2014, e um dos seus itens prevê que, em até oito meses, tem de ser ratificado o financiamento com o banco de fomento sueco SEK. Caso isso não ocorra, todo o processo de negociação perde efeito e todos os termos do acordo da compra dos aviões terão de ser reavaliados. Outro problema é que, no caso de adiamento, de acordo com técnicos da Força Aérea e da empresa fabricante do caça, "a transferência de tecnologia é afetada de forma irreversível".

Wagner tentou minimizar a polêmica, assegurando que "não há nenhuma ameaça à decisão". Segundo ele, "o contrato comercial está assinado e só estamos em uma última negociação, o famoso 'puxa estica' do valor dos juros que estão cobrados". O ministro disse que a decisão política já foi tomada pela presidente Dilma Rousseff, que tem conversado sobre isso com ela e todos só estão procurando "uma vantagem a mais, um custo um pouquinho menor".

"O contrato foi feito com seguro para as duas partes. Se subir eles bancam, se baixar a gente banca. É óbvio que quando ele foi discutido os juros estavam em um patamar e agora estão em outro. Essa é a discussão. Não tem um número mágico pra dizer eu quero xis de juros. O que se está tentando é um ganho a mais no contrato de financiamento. A decisão nossa é de manter esse contrato e iniciar a transferência de tecnologia", disse Wagner. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira, 21, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que o ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff não vai interromper o programa FX-2, que prevê a compra de 36 caças suecos Gripen para o Brasil.

"Não vejo possibilidade de descontinuidade, porque ele é importantíssimo para a Suécia, é importantíssimo para nós. É público. O mundo inteiro sabe que nós estamos num processo de ajuste fiscal e de dificuldade. Então, não vejo possibilidade de descontinuidade", afirmou.

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A fala ocorreu após questionamento da senadora Ana Amélia (PP-RS), que pretendia saber quais eram os novos passos após a decisão, ocorrida no governo passado, de comprar os caças suecos, entre eles o processo de compra. A senadora estava preocupada com o tempo para a concretização do acordo.

Wagner explicou que o contrato foi assinado, sendo que nele há uma previsão de financiamento a ser bancado inteiramente pelo governo sueco. O ministro disse que o contrato está sob análise da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e que o Tesouro Nacional também está acompanhando. Ele destacou que, após essa avaliação, o contrato será enviado ao Senado, responsável por referendar esse tipo de documento.

O presidente da Comissão, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que dará um tratamento rápido ao documento assim que chegar ao Senado. "Aqui, temos a tradição de trabalhar celeremente. Chegando a matéria aqui, na semana seguinte, ela estará pautada, mesmo porque é um assunto que já conhecemos bastante bem", afirmou.

O ministro disse que aguarda a concretização dessa etapa para "pacificar essa questão". Isso porque, destacou, sem o cumprimento de todo o trâmite, ocorrerá um desembolso menor do programa no primeiro ano.

"Então, é evidente que aquilo que estava previsto para este ano não terá o desembolso", afirmou Wagner. "Mas tem de ser assinado, até porque, se a gente não assinar, não se concretiza isso. Como foi algo que foi decisão da própria presidente da República, não tenho dúvida de que será assinado. Mas concordo com a senhora senadora (Ana Amélia) que temos de apressar", completou.

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