Tópicos | Curió

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou um pedido de absolvição de um homem condenado por furtar um curió de alto valor comercial. Segundo a Justiça, o animal era mantido em viveiro nos fundos do terreno de uma empresa no sul do Estado.

As informações foram divulgadas pelo site do Tribunal nesta segunda-feira, 3. A decisão foi unânime.

##RECOMENDA##

A defesa alegou que o crime ocorreu por "estado de necessidade" - furto famélico. O advogado argumentou que o juízo de 1º grau "demonstrou desconhecimento da realidade social de milhares de brasileiros que vivem em condição de miséria".

"A magistrada infelizmente nunca passou fome", lamentou o advogado.

No Tribunal, o desembargador Alexandre d'Ivanenko, relator da apelação, rechaçou a argumentação. Na avaliação do magistrado, o réu não subtraiu o passarinho para "consumo imediato".

"Ainda que o acusado leve vida modesta, não é possível comprovar, ao menos com os elementos presentes no caderno processual, que (…) estivesse em estado de extrema miserabilidade ou, ainda, que estivesse (…) sofrendo de insegurança alimentar. Não bastasse isso, há que se ressaltar que a res furtiva era um pássaro curió, ou seja, bem avaliado em R$ 600 (…) e que não se destina ao consumo humano - fato esse que, por si só, já afasta a tese defensiva", anotou.

O desembargador destacou que o homem foi flagrado pela Polícia Militar com a ave dentro de uma caixa. De acordo com o Tribunal, o furto ocorreu na noite de 12 de novembro de 2018, cinco dias após o réu deixar o presídio local, onde cumpria pena.

A 4ª Câmara Criminal deu parcial provimento ao recurso e modificou a pena: um ano de prisão em regime inicial aberto mais cinco dias-multa foi substituída por prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período.

Por interpretar que o furto ocorreu em sua forma simples, o órgão julgador fixou a pena em seis meses de reclusão mais cinco dias-multa, substituída por restritiva de direitos que estipula limitação de final de semana.

É polêmico. Falar de criação de pássaros em ambientes domésticos costuma ser um tema que divide opiniões. Vez por outra, o assunto coloca frente a frente criadores apaixonados e quem defende a liberdade para os animais. Por isso, quando um torneio reúne diversos donos de passarinhos de várias espécies, é natural esperar que parte do público fique imediatamente contrário. Em meio ao debate, o presidente do Clube de Criadores de Pássaros Nativos de Pernambuco (CCPN) ressalta o trato com os animais.

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

"Na verdade esses pássaros levam uma qualidade de vida muito boa. Têm espaços grandes, comida especial, tomam banho de sol e a água é trocada com cuidado. Todos são limpos, então é uma qualidade de vida para o animal até melhor do que seria na natureza", conta Joaquim Torres, 46, que é técnico de informática e organiza os eventos da CCPN.

Neste domingo (22), ocorreu a segunda etapa do Campeonato Pernambucano do chamado 'canto fibra' para os criadores de azulão, bicudo, canário da terra, curió e trinca-ferro, espécies da região. "A ideia é uma brincadeira saudável para incentivar a criação em ambiente doméstico. É mostrar a seleção genética, entrando com espécies nativas, todos da nossa região. Os pássaros são legalizados pelo Ibama, têm suas anilhas e registro. E o espaço é liberado pelo CPRH. Fazemos uma solicitação, avisando detalhes dos eventos", disse.

No caso, cabe à Agência Estadual de Meio Ambiente o controle e fiscalização de criadores e torneios do tipo. Algo que deixa os criadores mais tranquilos para participar. "A gestão sobre essa atividade é com o CPRH. Todos os pássaros tem anilhas e estão registrados em uma lista do Sispass, que é o sistema de passeriformes. Para participar de um torneio como esse é necessário apresentar todos esses ítens. O clube realizador precisa ter um veterinário responsável justamente para verificar as boas condiões da ave em cada disputa", afirma o arquiteto, com especialização em gestão ambiental, Bruno Câmara.

O criador lembra que tudo é pensado de forma a deixar o animal o mais confortável possível. Para que não apenas os donos se divirtam. "A disputa entre os pássaros é natural. Eles delimitam território através do canto. Não fazemos mais do que trazer isso para o ambiente doméstico, o que eles fazem na natureza. É algo bem natural", garantiu.

Preservação e legalidade

O outro grande ponto que destacam os criadores está no intuito de trazer pessoas que mantêm animais ilegais escondidos para dentro das normas. Joaquim conta que para estar regularizado, é preciso cumprir normas impostas pela agência e reforça que, para algumas espécies, o papel de preservação é incentivada pelos órgãos responsáveis.

"Muita gente tem pássaros em casa e, sabendo que não tem autorização, sequer sai com eles. Esse tipo de evento também serve para que as pessoas entendam a importância que tem, o dono irregular, levar os animais ao CPRH e poder cumprir com as normas. Em alguns países, é o próprio governo que pede aos criadores para terem os exemplares para garantir a preservação de uma espécie nativa. Então, a criação, responsável, também tem o seu papel", destacou.

O atleta Thiago Benedito, conhecido como Curió, alcançou o índice técnico geral do Campeonato Pernambucano Caixa de Atletismo Sub-23, realizado neste final de semana, no Complexo Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Porém, ele não chegou ao seu recorde de 60,61 metros, no lançamento de martelo.  

O pernambucano é o atual líder no ranking brasileiro da modalidade. "Passei três meses no camping da CBAt, em Uberlândia, em uma rotina intensa de treinamentos e estou voltando a competir agora, a autoestima vai melhorar", disse. O próximo desafio do atleta será no Campeonato Brasileiro Caixa, que ocorrerá durante os dias 6 e 7 de setembro, em São Paulo. 

##RECOMENDA##

Kerolayne Camila foi o destaque feminino da competição. No lançamento do martelo a atleta da Associação de Apoio a Pessoa Portadora de Deficiência (AAPPD) estabeleceu um novo recorde pessoal ao atingir a marca de 56,49 metros.

“Apesar de ter tido inflamação leve nos dois joelhos e ter passado por tratamento não deixei de treinar, esse resultado foi fruto de uma reestruturação, por isso é tão importante para mim", afirmou.  Após o Brasileiro Caixa, a atleta busca se classificar País no Sul-Americano de Atletismo Sub-23. O torneio continental será realizado entre 3 e 5 de outubro, em Montevidéu, no Uruguai.

Desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª. Região suspenderam uma ação penal que tramitava na Justiça contra o coronel da reserva Sebastião Rodrigues Curió. Ele era acusado de envolvimento com crimes durante a ditadura militar. Por 2 votos a 1, a 4ª. Turma do TRF confirmou decisão liminar que já havia determinado a suspensão do processo.

A decisão do TRF é uma derrota para o Ministério Público Federal. Apesar da Lei de Anistia, que perdoou crimes cometidos por ex-agentes da ditadura, o MPF propôs ações contra militares. A assessoria de comunicação do Ministério Público informou que procuradores avaliam a possibilidade de recorrer para instância superior da Justiça.

##RECOMENDA##

O procurador regional da República Paulo Queiroz pediu nesta segunda-feira (17) que o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília, rejeite um recurso apresentado pela defesa do coronel da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, o Major Curió, para trancar uma ação penal na qual ele é acusado do sequestro de cinco militantes da Guerrilha do Araguaia que ainda estão desaparecidos. Desde o dia 23 de novembro, o processo contra Curió está suspenso por decisão da Justiça Federal em Marabá, no Pará.

Além de se declarar inocente dos crimes, Curió alega uma série de fatos para barrar o processo. Em primeiro ligar, caso já prescreveu, por ter se passado mãos de 30 anos do suposto sequestro. Em segundo, trata-se de um crime político, além do que eventuais punições estão prescritas pela decisão do Supremo Tribunal Federal ao analisar a Lei da Anistia. Por último, uma lei de 1995 já reconheceu a morte legal das pessoas tidas como sequestradas.

##RECOMENDA##

O Ministério Público Federal pede a derrubada da liminar que trancou a investigação. Para o procurador regional da República, não se pode falar em prescrição porque o sequestro ocorrido no caso da guerrilha é um "crime permanente". "De acordo com a denúncia, o sequestro ainda subsiste, quer porque não existe prova da efetiva morte da vítimas, quer porque não foram localizados restos mortais, quer porque a seu paradeiro é desconhecido", opinou.

Paulo Queiroz lembra ainda que a lei de 1995, a de Mortos e Desaparecidos Políticos, reconheceu a morte de diversas pessoas vítimas de sequestro durante a ditadura militar. Mas, ressaltou, apenas para fins civis e não penais. O integrante do Ministério Público disse que, por conta do caráter permanente dos crimes imputados a Curió, não incide a Lei da Anistia.

O procurador regional destacou que, se a ação prosseguir, o país dará cumprimento a uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o Brasil pelo desaparecimento de pessoas que participaram da Guerrilha do Araguaia. "Com efeito, a decisão proferida por aquele Tribunal Internacional impôs ao Brasil o dever de investigar e sancionar as graves violações aos direitos humanos referentes ao período da ditadura militar brasileira; determinar o paradeiro das vítimas desaparecidas e, se for o caso, identificar e entregar os restos mortais a seus sucessores", afirmou Queiroz, na manifestação de 18 páginas.

Ainda não foi desta vez que o pernambucano Wagner Domingos, o Montanha, conseguiu a classificação para uma Olimpíada. Nesta quinta-feira (28), em sua última chance para conquistar o índice necessário, o 31º Troféu Brasil de Atletismo, o atleta até ficou com ouro no lançamento de martelo, mas permaneceu abaixo da marca exigida pela Confederação Brasileira da modalidade (CBAt). A competição, que é mais importante desse esporte no país, foi realizada no Estádio Ícaro de Castro Melo, Ibirapuera, em São Paulo.

Montanha ficou com o primeiro lugar depois de marcar 69,44m. Para ter alcançado o índice para os Jogos de Londres, Wagner precisava de um lançamento de 76,08m. O máximo alcançado pelo atleta, até o momento, foi 72,48m, em abril. Allan Wolski, do Pinheiros-SP (63,42m); e Luis Felipe dos Reis, do Aablu-SC (60,42m) completaram o pódio.

##RECOMENDA##

Outro pernambucano que esteve na final do lançamento de martelo do Troféu Brasil de Atletismo. O jovem Thiago Benedito, o Curió, de 20 anos, conquistou a sétima colocação. O atleta do Sport conseguiu a marca de 55,26 metros, o melhor resultado de um pernambucano que treina em seu próprio estado. Com o lançamento, ele garantiu os primeiros pontos do Leão na história da competição (o sétimo colocado soma dois pontos na disputa por equipes).

Os pernambucanos começaram bem a 31ª edição do Trófeu Brasil de Atletismo. No primeiro dia de competição, nesta quarta-feira (27), dois deles já garantiram vaga no lançamento de martelo. A disputa é realizada no Estádio Ícaro de Castro Melo, Ibirapuera, São Paulo.

Com a marca de 51,53 metros, Thiago Benedito da Silva, o Curió, atleta do Sport, garantiu vaga na final. Essa foi a primeira vez que o lançador de 20 anos disputou a competição. Ele conquistou a marca em sua última chance na etapa classificatória.

##RECOMENDA##

A história foi um pouco diferente para Wagner Domingos, o Montanha. Número 1 do ranking brasileiro na modalidade, o atleta conseguiu a classificação para a final na sua primeira tentativa. O lançador do BM&Bovespa conseguiu 67,94m. O pernambucano ainda persegue o índice para os Jogos de Londres. Para conseguir, precisa de uma marca de 76,08m. O seu melhor aproveitamento foi 72,78m, obtido em abril deste ano, na Croácia, e que é o recorde brasileiro.

A decisão será realizada nesta quinta-feira (28). O horário da disputa está previsto para às 15h15, novamente no Ibirapuera.

Salto Triplo

Keila Costa também já está garantida para as finais do Troféu Brasil. Ela fez apenas o salto para conseguir a vaga, marcando 14,13m, ficando com o primeiro lugar do classificatório. Se conseguir o título, a saltadora pernambucana chegará ao sexto ouro da competição, uma vez que foi a melhor em 2004/2005/2007/2010 e 2011.

Fabiane fica com a prata

Outra pernambucana que se destacou no primeiro dia de provas foi Fabiane Cristine. Ela ficou com a prata na prova dos 10.000 m. o ouro ficou com a atleta Cruz Nonata, do Piauí.

O pernambucano Thiago Benedito, conhecido como Curió, conquistou a medalha de prata no último final de semana, na disputa do campeonato de lançamentos da Federação Paulista de Atletismo (FPA). A competição foi realizada no Complexo do Ibirapuera, em São Paulo-SP.

O atleta do Sport conseguiu a marca de 57,54m no lançamento de martelo. A competição foi a estreia do pernambucano na categoria sub-23, que difere o peso do objeto em relação ao juvenil, antigo grupo que Curió disputava. Agora, ao invés de seis, o martelo pesa sete quilos.

##RECOMENDA##

O treinador do Sport, Daniel Gonçalves, aprovou o novo resultado de seu comandado. “Foi bom e a tendência é melhorar. Nosso principal objetivo deste ano é finalizar a temporada entre os três melhores do país nesta categoria”, pontuou Gonçalves que, neste final de semana, também foi eleito o melhor técnico de 2011 pela FPA.

A Justiça do Distrito Federal condenou o militar da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, de 77 anos, por porte ilegal de arma. Por decisão do juiz Cesar Laboissiere Loyola, o mais conhecido agente do regime militar terá de repassar cestas básicas para instituições de caridade. A sentença tem caráter simbólico. É a primeira vez que Curió perde uma batalha nos tribunais. Ele ainda poderá recorrer.

Em março do ano passado, procuradores e policiais federais estiveram na residência de Curió, em Brasília, em busca de documentos do período em que ele atuou na repressão à guerrilha do Araguaia, de 1972 a 1975. A operação não encontrou papéis relevantes sobre as ações das Forças Armadas, mas apreendeu uma antiga pistola. Um processo foi aberto porque ele não possuía permissão para ter arma em casa.

##RECOMENDA##

Na semana passada, Curió saiu vitorioso numa queda de braço com um grupo de sete procuradores que pediram à Justiça Federal sua prisão por suposto sequestro qualificado dos guerrilheiros Hélio Navarro de Magalhães, o Edinho, Maria Célia Corrêa, a Rosinha, Antônio de Pádua Costa, o Piauí, Daniel Calado, o Doca, e Telma Regina Corrêa, a Lia, presos na região do Araguaia ao longo de 1974.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, manifestou hoje apoio irrestrito à Comissão da Verdade, criada para investigar atos de violação aos direitos humanos durante a ditadura militar. "Vamos tratar da Comissão da Verdade com todos os aspectos que estão ali englobados e investigar tudo o que aconteceu. Todos terão que cooperar para que se conheça a verdade, e nós vamos dar força à comissão, com toda a integralidade que ela tem", afirmou o ministro, durante visita ao Rio de Janeiro para participar da cerimônia de entrega da Medalha Mérito Desportivo Militar, homenageando atletas civis e militares que se destacaram em competições esportivas.

O ministro não quis comentar sobre a decisão do Ministério Público Federal, aplaudida pela ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), em denunciar o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas em 1974, na Guerrilha do Araguaia: "O Ministério Público é um órgão autônomo. Não vou me pronunciar sobre se ele está certo ou errado, isso aí é a Justiça que vai se pronunciar".

##RECOMENDA##

Perguntado sobre o mal-estar causado no governo com as recentes críticas feitas por militares da reserva, que chegaram a questionar em um manifesto a autoridade do ministro da Defesa, Amorim tentou relativizar o incidente. "Acho que ninguém pode aumentar as proporções, mas claro que é uma coisa importante, os comandantes têm conversado a respeito, e as coisas têm se encaminhado de uma maneira adequada", afirmou o ministro.

Ele contestou, no entanto, declarações como as dadas pelo ex-analista do Centro de Informações do Exército (CIEx) e líder do manifesto, o general da reserva Marco Antonio Felício, quando afirmou que a comissão "será a comissão do revanchismo e da inverdade" em entrevista ao Estado. "Vamos eliminar mitos como esse de que a Comissão da Verdade é revanchismo. Não é revanchismo, é a busca da verdade", disse Amorim. Ele afirmou ainda que a comissão incorpora também a Lei da Anistia, e fez referência indireta à preocupação dos militares quanto à imparcialidade dos membros que deverão compor a comissão. "A verdade é a verdade, e não existe verdade de um lado ou de outro. Existe verdade", enfatizou o ministro.

A alta comissária adjunta das Nações Unidas para Direitos Humanos, Kyung-wha Kang, deixou claro, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que, na visão da ONU, a Lei de Anistia não blinda crimes relacionados com o desaparecimento de pessoas e devem ser investigados. A entidade apoia, portanto, a iniciativa do Ministério Público Federal de denunciar o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura.

"Nossa visão é de que leis de anistia não cobre o desaparecimento", disse a número 2 da ONU para Direitos Humanos. "A avaliação é que não há anistia sobre um crime que continua no tempo e, portanto, ele pode e deve ser investigado", explicou. A avaliação dos juristas na ONU é de que, assim como um sequestro sem uma conclusão, o desaparecimento de uma pessoa não pode ser um crime que tenha prescrição.

##RECOMENDA##

Como o Estadão revelou no último de domingo, o Ministério Público denunciou Curió na Justiça Federal em Marabá pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas na Guerrilha do Araguaia. O coronel comandou as tropas que atuaram na região em 1974, época dos desaparecimentos de Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Corrêa (Lia).

A notícia foi vista como um "passo positivo" por alguns dos principais nomes da ONU na construção do direito internacional nos últimos anos. Para Louis Joinet, ex-relator da entidade por 30 anos e que atuou em diversos países no esforço de criar leis para combater o desaparecimento de pessoas, a iniciativa do MPF é "um alívio".

Militares

Sobre a reação de militares brasileiros de que a iniciativa é "revanchismo", Kyung-wha Kang entende os comentários como "naturais", mas diz que a tendência em vários países é a de seguir com os processos, mesmo com resistências.

Segundo ela, a ONU tomou a decisão de agir em um caso similar ao que foi aberto no Brasil. "Na Guatemala, decidimos enviar uma comunicação a uma corte que está julgando um caso também de desaparecidos", disse.

A alta comissária adjunta não dá qualquer indicação, por enquanto, se a ONU vai agir também no caso brasileiro. Mas a cúpula da entidade já vem insistindo que o governo brasileiro precisa agir para permitir que os crimes cometidos durante a ditadura sejam investigados.

Nos últimos anos, a ONU tem adotado uma postura cada vez mais clara de que leis de anistia e pactos nacionais fechados em períodos de transição têm impedido que as vítimas sejam devidamente reparadas. Na entidade, princípios como o direito à verdade ganharam um novo status nos últimos anos. Para os especialistas da organização, não há um modelo único de lidar com o passado e cada sociedade deve encontrar sua forma. O que a ONU insiste, porém, é que o silêncio é a única opção que não pode ser considerada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) apela para que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) para abrir um processo contra o coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura. Para a ONU, a ação é um "primeiro passo crucial para lutar contra a impunidade que permeia o período do regime militar no Brasil".

Em comunicado emitido nesta manhã, em Genebra, a ONU diz ter "esperança que o judiciário brasileiro irá assegurar os direitos fundamentais das vítimas à verdade e à justiça ao permitir que um processo criminal vá adiante".

##RECOMENDA##

Segundo a ONU, a iniciativa dos promotores é um "elemento a muito esperado em direção à responsabilização pelas centenas de pessoas que desapareceram durante os 20 anos da ditadura e que continuam desaparecidas". O comunicado foi emitido pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

Curió foi denunciado pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas na Guerrilha do Araguaia, vítimas que até hoje não apareceram - vivas ou mortas. O coronel comandou as tropas que atuaram na região em 1974, época dos desaparecimentos de Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Corrêa (Lia).

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje, no Recife, não ter nenhum temor quanto a uma inquietação nas Forças Armadas diante da ação criminal que o Ministério Público Federal anunciou que iria ajuizar, no Pará, contra o coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, acusado de sequestrar militantes políticos durante a guerrilha do Araguaia (1972-1975).

"Não tenho dúvida nenhuma de que na democracia brasileira e no estado de direito questões que se colocam muitas vezes em relação à ditadura militar são absorvidas dentro da institucionalidade e da legalidade posta", afirmou o ministro em entrevista, no Palácio do Campo das Princesas, depois da assinatura de adesão do governo de Pernambuco ao programa do governo federal "Crack, é possível vencer".

##RECOMENDA##

Ao seu ver, a sociedade brasileira "marcha tranquila na busca do seu resgate histórico, na busca da sua verdade" e está "perfeitamente preparada para que se possa ter uma atuação neste sentido". A ação contra Curió foi justificada pelos procuradores a partir do fato de que cinco vítimas dos sequestros e tortura continuam desaparecidas até hoje, o que caracteriza crime permanente, que continua ocorrendo até o aparecimento dos corpos. Dessa forma de acordo com os procuradores, a ação não fere a Lei da Anistia, que impede o julgamento e condenação por crimes cometidos na época da ditadura militar e que anistiou os crimes cometidos até agosto de 1979.

De acordo com a militante dos direitos humanos e fundadora do movimento "Tortura, nunca mais", Amparo Araújo, existem hoje cerca de 500 pessoas desaparecidas no Brasil, vítimas da ditadura militar, cujos algozes, em tese, poderiam vir a ser acionados criminalmente na justiça, a exemplo do coronel da reserva.

"O Brasil marcha firme na sua perspectiva democrática", disse Cardozo. Ele destacou que a Comissão da Verdade, recentemente aprovada no Congresso Nacional, não tem caráter punitivo, "mas tem a missão de levantar os fatos e colocar para a história brasileira os resultados daquele período sombrio que vivemos".

O Ministério Público Federal vai denunciar na Justiça Federal em Marabá o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas na Guerrilha do Araguaia. Curió comandou as tropas que atuaram na região em 1974, época dos desaparecimentos de Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Corrêa (Lia).

Em entrevista concedida em Brasília, quatro procuradores da República envolvidos na investigação sustentaram que mesmo após 38 anos da guerrilha é possível responsabilizar Curió pelo sumiço dos militantes. De acordo com eles, o que ocorreu no caso foi um sequestro, crime que tem caráter permanente já que as vítimas continuam desaparecidas.

##RECOMENDA##

Por causa desse caráter permanente, segundo os procuradores, é possível denunciar Curió mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter reconhecido em 2010 a validade ampla, geral e irrestrita da Lei de Anistia. Promulgada em 1979, a lei anistiou pessoas punidas por ações contra a ditadura e, conforme a interpretação estabelecida na época, agentes do Estado acusados de violações a direitos humanos. A tese é polêmica e deverá chegar ao STF.

Os procuradores também afirmam que a lei anistiou os crimes praticados até 15 de agosto de 1979. No entanto, segundo eles, o crime de sequestro ainda persiste e, portanto, não a lei não beneficiou Curió. "O fato concreto e suficiente é que após a privação da liberdade das vítimas, ainda não se sabe o paradeiro de tais pessoas e tampouco foram encontrados seus restos mortais", argumentam os procuradores.

"Por se tratar de crimes permanentes, cuja consumação encontra-se em curso, algo precisava ser feito", afirmou o procurador Tiago Modesto Rabelo, um dos autores da denúncia. Os procuradores também citaram decisões recentes do STF que autorizaram a extradição de militares argentinos acusados do mesmo crime durante a ditadura naquele país.

A denúncia é baseada principalmente em provas testemunhais, como relatos de que as vítimas teriam sido capturadas, levadas para a base militar, colocadas em helicópteros e nunca mais vistas. Também foram descritos maus tratos que teriam sido praticados nas bases militares comandadas por Curió.

O atleta do Sport Thiago Benedito, mais conhecido Curió, conquistou a medalha de prata no Sul-Americano juvenil de atletismo, que foi realizada no último final de semana, em Medelín, na Colômbia. Com a marca de 61,60m, Curió ficou em segundo no arremesso de martelo, atrás apenas do favorito Jonatan Gras, da Argentina, que conseguiu a marca de 67,36m.

Outro pernambucano na compeitção, Jonathas Felipe, ficou em 8º lugar no salto em distância, com 7.08m. O vencedor foi o também brasileiro Douglas Cândido com 7.57m

##RECOMENDA##

Ao final da competição, o Brasil foi o primeiro na tabela geral de do torneio, somando no total 232 pontos e 50 medalhas conquistadas, sendo 23 de ouro, 16 de prata e 11 de bronze. O evento ainda teve a participação de 269 atletas, divididos entre Argentinos, Bolivianos, Brasileiros, Chilenos, Equatorianos, Guianeses , Panamenhos, Paraguaios, Peruanos, Surinameses, Uruguaios, Venezuelanos e Colômbianos.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando