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As fortes chuvas na madrugada desta quarta-feira (13) em Salvador na Bahia fizeram com que a barragem do Rio Ipitanga transbordou e invadiu a casa de moradores na região do bairro de São Cristóvão.

O bairro que fica em uma parte mais baixa da cidade foi o mais afetado pela água que acabou transbordando das barragens de Ipitanga I e II. Os moradores encontraram dificuldade para se locomover e alguns carros chegaram a boiar mediante ao alto volume de água.

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"Está tudo muito alagado, eu passei na rua com a água na cintura. A água entrou em minha casa ainda de madrugada, umas 4h foi quando começou a encher. A gente já acordou com a água dentro de casa. Sempre que chove é isso, acontece direto. A água enche tudo e as pessoas não têm para onde ir. Vamos para onde? Temos que ficar e esperar a água baixar", disse um morador em entrevista ao G1. 

Em nota, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa) informou que a barragem não tem a função de conter fluxo do rio nas cheias. As barragens abastece parte de Salvador. Ainda nesta quarta sirenes que fazem parte do o Plano Municipal de Redução de Desastres de Salvador foram acionadas no bairro de Calabetão apontando risco iminente de desabamento de deslizamento devido as fortes chuvas. 

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A Barragem de Ipanema, em Águas Belas, Agreste de Pernambuco, apresenta risco de rompimento, informou a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Estado (Seinfra). As famílias de comunidades ribeirinhas estão sendo retiradas de suas casas. 

O reservatório está transbordando devido às fortes chuvas que ocorrem na região. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), no mês de março foi registrado o acumulado de 254,5 mm no município, o que significa 340% acima do esperado para o período.

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Além de Águas Belas, podem ser afetadas com o possível rompimento as cidades alagoanas de Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema e Barbalha. Na sexta-feira (3), técnicos da Secretaria Executiva de Recursos Hídricos estiveram no local e comunicaram a situação aos órgãos competentes - inclusive de Alagoas. A equipe de engenharia da Defesa Civil monitora a situação 24 horas por dia.

A Prefeitura de Águas Belas alertou a Prefeitura de Itaíba para que tome providências com relação aos ribeirinhos do outro lado do Rio Ipanema. A gestão municipal pediu que a população não vá até a barragem nem à margem do rio.

Um termo de referência foi estabelecido para restauração da barragem. O Estado aguarda o nível da água baixar para iniciar a recuperação da estrutura.

A Barragem de Ipanema corre risco de romper. Localizado no município de Águas Belas, no Agreste Pernambucano, o reservatório de 1.120.000 metros cúbicos já transbordou devido às fortes chuvas registradas na região, informou a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos (Seinfra). Três cidades alagoanas podem ser afetadas caso medidas emergenciais não sejam tomadas.

Com 340% acima do que é esperado no período de chuva, comunidades ribeirinhas precisaram ser retiradas do local nessa sexta-feira (3), após a visita de técnicos da Secretaria Executiva de Recursos Hídricos, que acionaram a Defesa Civil. Os impactos do rompimento pode chegar até as cidades de Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema e Barbalha, no estado vizinho de Alagoas.

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A Seinfra garante que a barragem é monitorada sob a coordenação de engenheiros. As condições estruturais foram repassadas para a Prefeitura de Águas Belas, à Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) e Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh/AL).

A Defesa Civil de Águas Belas disponibilizou os contatos 199 e o 3181-2490 para atender população em qualquer horário.

A mineradora Vale anunciou, nesta qionta-feira (13), que o processo de descaracterização da Barragem Doutor, da Mina Timbopeba, demandará a evacuação de casas na comunidade de Antônio Pereira, a 40 quilômetros de Ouro Preto (MG). O número exato de moradores não foi divulgado. Eles serão encaminhados para hotéis da região e, posteriormente, para moradias temporárias, que serão alugadas pela mineradora.

De acordo com a mineradora, o plano de descaracterização da barragem será iniciado em março e a realocação será temporária. "Importante ressaltar que se trata de uma remoção preventiva programada. A Barragem Doutor está em nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (Paebm), que não exige evacuação da população à jusante, e não recebe rejeitos desde março de 2019. Não há qualquer situação que exija a elevação de nível de emergência", informou a Vale em nota.

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Segundo classificação da Agência Nacional de Mineração (ANM), a Barragem Doutor foi construída por alteamento a montante. É o mesmo método associado às duas tragédias recentes da mineração. Em novembro de 2015, o rompimento de uma estrutura da Samarco matou 19 pessoas e casou destruição na Bacia do Rio Doce. Já em janeiro do ano passado, foi uma barragem da Vale que se rompeu em Brumadinho (MG) e desde então 259 corpos já foram resgatados e 11 pessoas ainda estão desaparecidas.

Após essa segunda tragédia, foi sancionada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a Lei Estadual 23.291/2019. Ela instituiu a Política Estadual de Segurança de Barragens, estabelecendo prazos para que o empreendedor responsável por barragem alteada a montante promova a descaracterização. Em âmbito nacional, a ANM editou uma resolução com determinação similar.

De acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), 43 estruturas foram enquadradas no dispositivo da lei estadual, das quais 16 são da Vale. Para descaracterizar todas elas, a Vale anunciou investimentos de R$ 7,1 bilhões. Em dezembro do ano passado, a mineradora anunciou a conclusão da primeira descaracterização, envolvendo a Barragem 8B, na Minas de Águas Claras, em Nova Lima (MG).

Evacuações

A remoção das famílias na comunidade de Antônio Pereira é mais um capítulo das evacuações realizadas após a tragédia de Brumadinho. No mês passado, a Vale estimava que cerca de 450 famílias (link: 4) estão fora de suas casas em Minas Gerais. A mineradora deve assegurar a elas, além da hospedagem, alimentação, transporte e itens de necessidade básica.

A situação decorre do pente-fino nas barragens realizado após a tragédia de Brumadinho, envolvendo desde vistorias da ANM até ações judiciais movidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para pedir a paralisação das atividades em determinadas minas. Como resultado, dezenas de barragens foram consideradas inseguras e ficaram impedidas de operar. Em alguns casos, foram determinadas evacuações de comunidades pela Justiça ou pela ANM.

Segundo as normas vigentes, quando a situação da barragem exige a elevação do nível de emergência para 2 ou 3, é obrigatória a retirada de famílias da zona de autossalvamento, isto é, da área que seria alagada em menos de 30 minutos caso ocorra um rompimento. A Vale possui atualmente quatro barragens no nível 3, o alerta máximo que significa risco iminente de ruptura.

Nova Lima

No nível 2, estão outras quatro estruturas da Vale, inclusive a Barragem Capitão do Mato, no município de Nova Lima, que teve sua situação alterada nesta semana. A mineradora informou na terça-feira (11) a sua elevação para nível 2. "Em decorrência do volume de chuvas, superior à média histórica registrada na região, alguns instrumentos da estrutura apontaram alterações temporárias no nível de água, já tendo, neste momento, retornado aos níveis normais. A barragem permanecerá preventivamente em nível 2 até a conclusão da análise técnica do histórico e das condições atuais da estrutura", informou a mineradora.

Apesar da elevação do nível, não houve novas evacuações. Segundo a Vale, os moradores já haviam sido realocados. A zona de autossalvamento é similar à da Barragem Vargem Grande, que está em descomissionamento. A estrutura chegou a atingir o nível 2, mas em junho do ano passado foi rebaixada para nível 1.

Em Nova Lima, em 28 de janeiro foi anunciado que quatro famílias precisaram ser retiradas de suas casas. Os imóveis estão situados em Macacos, comunidade com uma área ameaçada pela barragem B3/B4, uma das estruturas da Vale que se encontra em nível 3.

"A medida, de caráter preventivo, leva em conta o Termo de Compromisso firmado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para revisão dos estudos de dam break de todas as barragens em Minas Gerais", informou a Vale. Segundo a mineradora, resultados preliminares do estudo da B3/B4 sugeriram que a área alagada, em um cenário extremo de rompimento, é maior do que se estimava anteriormente. Assim, a evacuação realizada no ano passado não havia incluído essas quatro famílias.

 

A Barragem I da Mina Córrego do Feijão da Vale, em Brumadinho, apresentava risco de rompimento 20 vezes maior do que o limite aceitável, diz laudo de peritos criminais federais da Polícia Federal em Minas Gerais. A entidade representativa divulgou relatório de engenharia legal de junho de 2019 neste sábado, data em que o tsunami de lama completou um ano, no qual acusa laudos de estabilidade contratados pela empresa de conterem "informações inverídicas". Documentos mostram que a Vale sabia da possibilidade da morte de 214 pessoas em caso de rompimento sem aviso prévio. O crime ambiental deixou 259 mortos e 11 desaparecidos.

O laudo é subscrito pelos peritos da PF Alan de Oliveira Lopes, Bruno Salgado Lima, Gustavo Costa Guimarães, Leonardo Mesquita de Souza, Sídney de Oliveira Barbosa e Thalles Evangelista Fernandes de Souza, designados pelo chefe do setor Wenderson do Carmo Maia, que atuam na Superintendência da PF em Minas.

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No laudo técnico de engenharia legal, de 12 de junho de 2019 e divulgado no sábado, os peritos acusavam o laudo de estabilidade emitido pela empresa Potamos em relatório de Cálculo de Risco Monetizado de possuir informações inverídicas.

"Foram feitas estimativas de probabilidade sem alusão a qualquer fonte técnica de referência, comprometendo a confiabilidade nas conclusões do estudo probabilístico", diz a nota assinada pelo presidente da associação, Marcos Camargo.

A probabilidade de rompimento prevista pelo relatório era 20 vezes maior que o aceitável e exigia melhoria nas condições estruturais da barragem, afirmam os peritos federais. Caso isso não fosse possível, uma alternativa viável seria "alertar e retirar os funcionários das instalações industriais e administrativas e das pessoas residentes na zona suscetível de ser atingida pela onda de rejeitos".

"Esperamos que, após mais uma tragédia, lições possam ser apreendidas para que possamos ter desenvolvimento necessário para o país crescer com proteção e respeito à vida das pessoas e à preservação do meio ambiente", conclui a nota.

Segundo os peritos, a "Barragem I da mina do Córrego do Feijão, estrutura de contenção de rejeitos, componente do complexo industrial minerário Paraopeba em Brumadinho/MG, de responsabilidade da mineradora VALE S.A., operou durante quatro décadas (1976-2016) sujeita a uma série de fontes de incertezas, em especial aquelas relativas aos parâmetros geotécnicos, ao longo de sua vida útil, antes do seu rompimento em 25/01/2019".

"Essas fontes de incertezas são originárias tanto das variações naturais das propriedades minerais do material escavado na mina, quanto das modificações ocorridas nos processos e equipamentos relativos à extração e beneficiamento do minério, bem como da evolução da forma como o rejeito de minério foi disposto, resultando em um depósito heterogêneo e estratificado após sucessivos alteamentos pelo método de montante", afirmam.

Os peritos detalham que "no caso da impossibilidade de reduzir, com segurança, a probabilidade anual de falha, por meio da implementação tempestiva de melhorias nas condições estruturais da Barragem I, uma solução alternativa seria a de implementar medidas urgentes e capazes para reduzir a elevada estimativa de perda de vidas humanas".

"Isso implicaria, necessariamente, no alerta e na retirada dos funcionários das instalações industriais e administrativas e das pessoas residentes na zona suscetível de ser atingida pela onda de inundação dos rejeitos (dam break), localizada a jusante da Barragem I, previamente delimitada no Plano de Ação Emergencial de Barragem de Mineração (PAEBM)", afirmam.

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou 16 ex-funcionários da Vale e da Tüv Süd por homicídio duplamente qualificado e crimes ambientais decorrentes do rompimento da Barragem I, dentre eles o ex-presidente da empresa, Fabio Schvartsman. As duas empresas também foram denunciadas pelos crimes ambientais.

"A Vale promoveu ditadura corporativa na medida em que impôs à sociedade e ao poder público suas decisões, com as informações que detinham mas que ocultavam", declarou o promotor de Justiça William Garcia Pinto Coelho, do Ministério Público de Minas, em coletiva de imprensa para anunciar o oferecimento da denúncia na terça, 21.

Ele afirmou que a empresa possuía uma lista sigilosa e interna de dez barragens em "situação inaceitável de segurança".

Com a palavra, a Vale

"A Vale considera fundamental que haja uma conclusão pericial, técnica e científica sobre as causas do rompimento da barragem B1 antes que sejam apontadas responsabilidades. Em dezembro de 2019, a companhia divulgou publicamente o relatório final do Painel de Especialistas, com as suas conclusões a respeito das causas técnicas do rompimento da barragem B1, da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Constituído em 8 de fevereiro, duas semanas após o rompimento, o Painel de quatro especialistas foi presidido pelo Dr. Peter K. Robertson, referência mundial em estudos de liquefação, trabalhou durante cerca de 10 meses na apuração, de acordo com as suas experiências e opiniões profissionais, das causas técnicas do ocorrido. O rompimento, de acordo com a investigação, ocorreu de forma abrupta e sem sinais prévios aparentes, que pudessem ser detectados pelos instrumentos de monitoramento geotécnico usualmente empregados pela indústria da Mineração mundial.

Além disso, como anunciado em 27 de janeiro de 2019, o Conselho de Administração da companhia constituiu, separadamente, um Comitê Extraordinário Independente de Assessoramento (CIAEA), dedicado à investigação das causas e eventuais responsabilidades pelo rompimento da barragem, que também receberá os estudos técnicos em questão.

A Vale coopera ativamente com as investigações conduzidas pela Força-Tarefa, pelos comitês internos independentes e pelas comissões parlamentares, apresentando todos os documentos e informações solicitados. A companhia reforça, ainda, que continua focada na reparação dos danos e no apoio aos atingidos pelo rompimento."

A Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo extrajudicial com a Vale para garantir o ressarcimento de R$ 13,8 milhões aos cofres públicos. O valor é referente aos gastos que a União teve durante o rompimento de barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, que completa um ano no sábado, 25.

A quantia envolve o total de despesas que nove órgãos (ministérios do Desenvolvimento Regional; da Justiça e Segurança Pública; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; de Minas e Energia; da Defesa; da Saúde; da Cidadania; Comando do Exército; e Secretaria de Governo) e quatro autarquias (ICMBio, Ibama, ANA e ANM) tiveram em decorrência do desastre que matou 270 pessoas.

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De acordo com a AGU, são custos extraordinários que não teriam existido se não fosse o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, administrada pela Vale. Entre elas estão despesas com combustíveis de carros e aeronaves, com materiais de resgate de pessoas e bens, com materiais para análise de metais e com diárias de servidores mobilizados para o local da tragédia.

Os R$ 13,8 milhões foram pagos integralmente na última sexta-feira, 17. O acordo evitou o desgaste e custos de uma ação judicial, mas não significa uma quitação geral. A AGU afirma que caso sejam verificado mais gastos extraordinários, fará novas cobranças. Também não estão na conta os benefícios que o INSS paga a familiares das vítimas, que serão cobrados pela AGU em uma futura ação judicial.

Um ano após o rompimento da barragem de rejeito de minério de ferro da Vale, em Brumadinho (MG), o Rio Paraopeba, atingido pela onda de lama, ainda não se recuperou. Com a "morte" decretada depois de ter recebido a enxurrada de rejeitos, o rio não foi capaz de depurar os contaminantes ao longo do ano. A água continua imprópria e sem condições de uso em toda a sua extensão abaixo de Brumadinho e a expectativa é que o problema ainda leve muitos anos para se resolver.

Essas são as principais conclusões de uma análise feita por pesquisadores da Fundação SOS Mata Atlântica, que refez, entre os dias 8 e 17 deste mês, a mesma expedição que tinha sido feita no ano passado, uma semana após a tragédia.

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Na ocasião, uma parte do trabalho foi acompanhada pelo jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem testemunhou o tempo todo uma imagem marrom-avermelhada, densa, que em nada se parecia com um rio que pudesse suportar alguma vida.

A equipe do SOS Mata Atlântica voltou a presenciar cenário muito parecido, principalmente no Baixo Paraopeba. Os pesquisadores percorreram cerca de 2 mil quilômetros por estradas, passando por 21 cidades, para analisar a qualidade em 23 pontos dos 356 quilômetros do rio. "De certa forma, a qualidade da água do rio piorou. Houve deslocamento das concentrações de metais pesados para o Baixo Paraopeba, na altura de Pompéu, Juatuba e no reservatório de Retiro Baixo. Os rejeitos estão ficando ali. Vimos uma curva inversa de comprometimento", afirma Malu Ribeiro, coordenadora do projeto.

Segundo ela, alguns pontos, que logo após a tragédia estavam ruins, este ano apareceram como péssimos. E poucos tiveram melhora. Conforme o relatório, em 11 pontos, a presença de rejeitos e contaminantes não permite a presença de vida aquática. Nos 23 analisados, nenhum apresentou qualidade da água boa ou ótima. Estão em desconformidade com a legislação para consumo.

"O ecossistema da bacia foi alterado. Aves, mergulhões, por exemplo, a gente não viu. Em alguns pontos, o oxigênio na água estava em nível adequado à vida aquática, mas a vida não voltou porque os metais pesados estão muito intensos", diz Malu.

Outro indicador medido foi o número de colônias de bactérias que têm capacidade de decompor matéria orgânica. "Elas foram encontradas em nível bem baixo. Sua presença indica a saúde do rio. O que indica que, mesmo com a volta do oxigênio, a vida não voltou", explica.

A análise detectou a presença de ferro, manganês e cobre em níveis muito acima dos limites máximos fixados na legislação. Para o cobre, a concentração foi 44 vezes superior; para o manganês, 14 vezes superior. Para o ferro, que não deveria existir num rio de classe 2, como é o Paraopeba, a concentração encontrada chegou a 15 vezes a estabelecida pela legislação.

Obras

A Vale tem feito uma série de obras em Brumadinho para tentar remediar o problema. Foi criada uma estação de tratamento no encontro do Córrego Ferro-Carvão com o Paraopeba - justamente por onde a lama atingiu o rio - e estão sendo feitas dragagens para a retirada do rejeito do leito.

Um dos pontos avaliados pela SOS foi este local. Segundo Malu, ali a turbidez diminuiu, chegando ao limite legal, mas os níveis de metais pesados, não. Houve leve melhora no indicador total, passando de péssimo, no ano passado, para ruim agora.

Por meio de nota, a Vale disse que, após o desastre, ao longo do ano, analisou 40 mil amostras e afirmou que "os resultados obtidos até o momento não apontam efeitos tóxicos nas amostras" por causa da presença de rejeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Vale afirma que vai analisar o "inteiro teor" da denúncia do Ministério Público de Minas Gerais a respeito da tragédia de Brumadinho (MG) antes de se pronunciar formalmente a respeito. A mineradora afirma ainda que vai continuar contribuindo "totalmente" com as autoridades.

"A Vale reitera sua profunda solidariedade com os familiares das vítimas e demais afetados pela tragédia e sua confiança no completo esclarecimento das causas da ruptura", afirma a empresa em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na tarde desta terça-feira, 21.

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16 pessoas foram indiciadas pelo MPMG no âmbito do rompimento da barragem, entre elas o ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, que é acusado de homicídio duplamente qualificado. Dos indiciados, 11 são executivos da Vale, e outros 5 da TÜV SÜD, empresa de auditoria independente.

A Polícia Civil informou neste sábado (28) que identificou mais duas vítimas do rompimento da barragem da Vale na região de Brumadinho, em Minas Gerais. O total de mortos na tragédia subiu para 259. Outras 11 pessoas continuam desaparecidas em decorrência do colapso da barragem da mina do Córrego do Feijão, em 25 de janeiro deste ano.

Os dois corpos identificados foram de João Tomaz de Oliveira, de 46 anos, e Noel Borges de Oliveira, de 50 anos. Técnicos do Laboratório do Instituto de Criminalística chegaram à identidade das vítimas por meio de exames de DNA.

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Há cerca de duas semanas, especialistas contratados pela Vale para relatar as causas do acidente disseram que o projeto e a construção da estrutura tiveram contribuições para seu rompimento. "Especificamente, o projeto resultou em uma barragem íngreme, com falta de drenagem suficiente, gerando altos níveis de água, os quais causaram altas tensões de cisalhamento dentro da barragem", dizia um trecho do relatório divulgado pela mineradora.

A Vale pagou um total de R$ 2 bilhões em indenizações individuais e trabalhistas decorrentes da tragédia com a Barragem I, da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A mineradora informa que já celebrou mais de 4.000 acordos, indenizando integralmente as pessoas. O rompimento da estrutura, em 25 de janeiro, deixou 257 mortos e 13 desaparecidos.

A companhia afirma em comunicado que continua trabalhando para reparar integralmente os danos causados pelo rompimento da B1, com iniciativas para restabelecer social e ambientalmente os municípios impactados, priorizando o diálogo próximo com as comunidades e Poder Público.

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No último dia 28, a Vale assinou a prorrogação por dez meses do auxílio emergencial para as pessoas atingidas pelo rompimento da barragem. O acordo foi homologado pela 6ª Vara da Fazenda Pública, e contou com a participação do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Ministério Público Federal, Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, Advocacia Geral da União, Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais, Defensoria Pública Federal e Estado de Minas Gerais.

Os valores foram mantidos, com um salário mínimo por adulto vitimado pelo rompimento, meio salário mínimo por adolescente e um quarto por criança. O benefício continuará sendo pago integralmente para um número de pessoas estimado pela Vale entre 10 mil e 15 mil.

A Vale repassou ainda R$ 382 milhões a órgãos públicos. O montante inclui repasses à Prefeitura de Brumadinho e outros dez municípios mineradores de Minas Gerais que tiveram a arrecadação prejudicada pela interrupção das atividades e valores para compra de veículos e equipamentos e capacitação profissional da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e a Defesa Civil de Minas Gerais.

Em comunicado à imprensa, a Vale apresenta um projeto de requalificação urbana chamado território-parque, que inclui ações de melhoria da infraestrutura (reforma, pavimentação e urbanização de ruas, casas e estruturas), reativação econômica e desenvolvimento do turismo local, além de cuidado com a memória das vítimas do rompimento da Barragem I. Segundo a mineradora, o projeto atende a reivindicações da comunidade para Córrego do Feijão.

Um painel de especialistas contratados pela Vale concluiu que a barragem de Brumadinho se rompeu quando os rejeitos sofreram súbita e rápida perda de resistência, processo conhecido como "liquefação estática". Investigações policiais já apontavam a liquefação como principal hipótese para explicar o colapso que aconteceu em janeiro e deixou 257 mortos e 13 desaparecidos. Segundo o grupo de experts, problemas na construção da estrutura também contribuíram para o rompimento.

Para os especialistas, o rompimento ocorreu por deformações da estrutura da barragem. Eles apontaram ainda redução de resistência em determinadas áreas da estrutura por causa da infiltração das chuvas fortes que haviam caído na região nos dias anteriores à tragédia. "A barragem era essencialmente muito íngreme e úmida, e o material retido pela barragem era fofo, saturado, e muito pesado e de comportamento muito frágil", destacou o PhD em Geotécnica pela Universidade British Columbia (Canadá) Peter Robertson, que liderou o grupo contratado pela Vale, em vídeo sobre o relatório.

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O relatório feito por quatro especialistas, de 88 páginas, foi contratado pela área jurídica da Vale em fevereiro para relatar as causas técnicas do rompimento. A Vale ressaltou que o painel de especialistas não avaliou responsabilidades da empresa nem de envolvidos na tragédia.

As conclusões dos especialistas, destacou a mineradora, são exclusivas dos integrantes do painel. Além disso, o Conselho de Administração montou um comitê para investigar, em paralelo, as causas do acidente, cujo relatório ainda será divulgado.

Tipo de construção piorou cenário

Ainda conforme os especialistas, o projeto e a construção da estrutura tiveram contribuições para seu rompimento. "Especificamente, o projeto resultou em uma barragem íngreme, com falta de drenagem suficiente, gerando altos níveis de água, os quais causaram altas tensões de cisalhamento dentro da barragem", diz trecho do relatório.

A barragem foi construída usando o método de construção a montante a partir de 1976, tendo realizado dez alteamentos, o último em 2013. A Vale comprou a mina ao adquirir a Ferteco, em 2001. O último lançamento de rejeitos das atividades de mineração foi feito em julho de 2016. Para os especialistas do painel, a barragem não continha drenagem interna suficiente e, portanto, alto nível de água no talude a jusante. "Isso fez com que uma parte significativa dos rejeitos permanecesse saturada, o que é um pré-requisito para a liquefação estática não drenada."

Eles apontaram que nenhum sistema de drenagem com maior capacidade foi instalado ao longo da construção dos dez alteamentos posteriores. Adicionalmente, houve mudança na configuração do projeto a partir do terceiro alteamento, tornando a estrutura mais íngreme e empurrando as partes superiores para cima dos rejeitos mais fracos.

O excesso de carga ao longo da barragem gerou um fenômeno conhecido como creep, que é quando um material sob carga constante acaba sofrendo uma deformação. Isso favoreceu à instabilidade no local, na medida que o aspecto cimentado dos rejeitos tornou os materiais depositados na barragem quebradiços e com pouca resistência, indicou o painel.

Em fevereiro, o governo de Minas sancionou uma lei com a previsão de proibir a instação de barragens por meio do método a montante. As empresas que já possuíam essas estruturas em funcionamento deveriam apresentar um plano ao governo para substituir ou desativar as barragens. No mesmo mês, a Agência Nacional de Mineração (ANM) baixou medida com teor similar, a construção ou alteamento de barragens com essas características.

Mineradora tinha ciência do excesso de água

O geotécnico Peter Robertson, afirmou que a Vale tinha ciência do excesso do volume de água, um dos fatores que contribuiu para o acidente. "Eles sabiam do alto nível de água na estrutura e estavam tomando medidas para resolver isso. A empresa também estava adotando outras soluções para aumentar a estabilidade da barragem."

Outro motivo de surpresa na análise, segundo Robertson, foi o alto teor de ferro nos rejeitos, o que tornou o material mais pesado. Além disso, os estudos indicaram a presença de cimentação nos rejeitos, os tornando os materiais mais frágeis e menos resistentes.

Outro fator considerado foi a técnica de construção e ampliação da barragem. O trecho inicial da barragem, construída a partir de 1976, continha características técnicas que impediam a drenagem pelo seu pé. Com isso, a combinação de rejeitos pesados e, ao mesmo tempo, frágeis, a falta de drenagem de água adequada e a características técnicas do projeto criaram as condições de instabilidade da barragem, deixando o local suscetível a pequenos eventos sucessivos que poderiam funcionar como gatilho para o colapso. As análises de tensão indicaram que partes significativas da barragem estavam sob carregamentos muito elevados.

Sobre o fato de os rejeitos estarem com alto teor de ferro e com cimentação, Robertson isentou a Vale de culpa. "Como o rejeito estava enterrado, não havia como a Vale saber desta característica. Hoje, sabemos mais sobre a barragem do que a Vale conhecia na época", disse Robertson.

Especialista evita aponta responsabilidade de empresa brasileira

Ao ser questionado se o relatório isentava ou mostrava que a Vale havia sido negligente na gestão da barragem, Robertson disse que o estudo não visou apurar as responsabilidades pelo acidente.

Ao afirmar que o excesso de chuvas e o efeito creep dispararam o gatilho para o rompimento da barragem, o especialista descartou a hipótese de que a perfuração de sondagem no dia do acidente teria provocado o colapso da estrutura. Outra hipótese desconsiderada foi o incidente na instalação do décimo quinto dreno horizontal profundo (DHP), uma semana antes do rompimento no local.

Robertson afirmou que terá reunião nesta sexta-feira, 13, com a Vale para apresentar as conclusões do relatório do painel, composto pelo professor e outros três especialistas. O relatório também será enviado às autoridades envolvidas na investigação do acidente. O valor pago para a realização do estudo por parte dos especialistas não foi revelado.

Um painel de especialistas contratado pela mineradora Vale informou que a barragem I da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, rompeu quando os rejeitos sofreram uma súbita e rápida perda de resistência, fenômeno conhecido como "liquefação estática", conforme relatório sobre as causas do rompimento divulgado na manhã desta quinta-feira (12).

De acordo com os especialistas, o rompimento ocorreu devido a deformações da estrutura da barragem. Eles apontaram ainda uma redução de resistência em determinadas áreas da estrutura devido à infiltração das chuvas fortes que haviam caído na região nos dias anteriores à tragédia.

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"A barragem era essencialmente muito íngreme e muito úmida, e o material retido pela barragem era fofo, saturado, e muito pesado e de comportamento muito frágil", destacou Peter Robertson, que liderou o painel de especialistas contratado pela mineradora, em vídeo sobre as conclusões do relatório.

A Barragem I da mina do Córrego do Feijão se rompeu no dia 25 de janeiro. O acidente matou mais de 250 pessoas.

O relatório dos especialistas, composto por 88 páginas, foi contratado pela área jurídica da Vale em fevereiro para relatar as causas técnicas que causaram o rompimento da barragem. O painel é formado por quatro especialistas, liderados por Robertson.

A Vale ressaltou que o painel de especialistas não avaliou responsabilidades da empresa nem de pessoas envolvidas no acidente. As conclusões dos especialistas, destacou a mineradora, são exclusivas dos integrantes do painel.

Além disso, o Conselho de Administração montou um comitê para investigar, em paralelo, as causas do acidente, cujo relatório ainda será divulgado.

A Vale acordou a prorrogação por 10 meses do pagamento de auxílio emergencial para as pessoas atingidas pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG), ocorrido em janeiro. A companhia esteve em audiência na 6ª Vara da Fazenda Pública, juntamente com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Ministério Público Federal, Defensoria Pública de Minas Gerais, Defensoria Pública Federal e representantes do governo mineiro.

Os valores foram mantidos, com um salário mínimo por adulto vitimado pelo rompimento, meio salário mínimo por adolescente e um quarto por criança. O benefício continuará sendo pago integralmente para um número de pessoas estimado pela Vale entre 10 mil e 15 mil. Elas residiam, na data do rompimento, nas comunidades de Córrego do Feijão, Parque da Cachoeira, Alberto Flores, Cantagalo, Pires e nas margens do Córrego Ferro-Carvão, além das pessoas que participam atualmente dos programa de apoio da mineradora.

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As demais pessoas que não se encaixam nesses critérios, um total estimado entre 93 mil e 98 mil beneficiários, vão receber 50% do auxílio emergencial por mais 10 meses a partir de 25 de janeiro de 2020. Os valores deste auxílio serão descontados de eventual indenização coletiva futura.

Um laudo da Polícia Federal elaborado por peritos criminais apontou que a empresa TÜV SÜD não poderia ter emitido em setembro de 2018 a Declaração de Condição de Estabilidade para a Barragem I da Mina Córrego do Feijão, da Vale em Brumadinho. As normas técnicas, as boas práticas de engenharia e os critérios internacionais tornavam inaceitáveis os valores de probabilidade anual de falha, segundo a análise dos peritos. Os dados coletados naquele período já indicavam a insuficiência para a garantia da segurança da estrutura.

A barragem se rompeu quatro meses após a consultoria atestar a sua estabilidade, deixando 254 mortos e 16 desaparecidos, além de um vasto dano ambiental. O laudo integra o inquérito da Polícia Federal que investiga as circunstâncias do rompimento e as responsabilidades pela destruição ambiental e pelas mortes. O delegado Luiz Augusto Pessoa Nogueira encaminhou para a perícia 11 perguntas técnicas sobre o caso. As respostas contidas no laudo auxiliam a PF a entender aspectos técnicos de engenharia do caso.

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Os especialistas começam o trabalho ponderando que a barragem, que operou entre 1976 e 2016, sempre esteve sujeita a uma série de fontes de "incertezas", como as modificações realizadas em sua estrutura e a evolução da forma como o minério foi disposto no local. Desde abril de 2001, a estrutura era administrada pela Vale.

Os peritos dizem que, como consequência de uma não emissão da referida Declaração de Condição de Estabilidade, os órgãos competentes poderiam ter sido informados sobre o acionamento do Plano de Emergência para Barragens de Mineração. Ainda que não fosse possível evitar a ruptura, seria suficiente para "reduzir, principalmente, a perda de uma quantidade tão expressiva de vidas humanas, além de reduzir danos materiais e financeiros", descreveram os peritos.

Diante do que chamaram de uma margem de segurança inaceitável, os analistas da PF também relataram não terem constatado uma ação efetiva dos responsáveis da Vale. O laudo diz que estudos anteriores da companhia e da consultoria já apontavam para o risco de morte de 214 pessoas em caso de rompimento.

Outros três laudos tratam dos impactos ambientais da tragédia, analisando aspectos da vegetação terrestre afetada pelo lama da barragem, dos danos causados à fauna terrestre e aquática do local e da poluição ambiental gerada pelos rejeitos de minério de ferro que atingiram a região. Além disso, um outro documento trata dos procedimentos de licenciamento ambiental da Barragem I. Os laudos registram a devastação de vegetação, natural ou plantada, perda de hábitat, a mortandade de animais, os danos à fauna em diversos níveis da cadeia alimentar e no meio ambiente, entre outros.

Estabilidade

A TÜV SÜD disse que não comentaria os laudos, mas reiterou que "continua oferecendo sua total cooperação às autoridades envolvidas na apuração dos fatos".

A Vale disse que o fator de segurança da Barragem B1 foi calculado e atestado por auditoria internacional, após uma série de estudos técnicos sobre a estrutura. "Ainda sobre as condições de estabilidade da barragem, em outubro de 2018, menos de 4 meses antes da ruptura, os maiores especialistas em geotecnia do mundo realizaram uma inspeção de campo na estrutura e, tal qual o corpo técnico da Vale, identificaram comportamento e características de uma estrutura em condição drenada, reconhecida expressamente como bem cuidada e em processo de melhoria." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No dia em que as buscas completam 300 dias, os bombeiros de Minas Gerais encontraram na manhã desta quarta-feira (20), o corpo de uma vítima do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O Corpo de Bombeiros informou que, pelo estado de decomposição do corpo, não é possível por enquanto determinar o sexto ou a provável idade da vítima localizada.

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"Como o corpo que foi localizado está praticamente completo, é provável que o número de desaparecidos, que atualmente está em 16, possa ser reduzido após a identificação da vítima pelas equipes da Polícia Civil", afirmou o Corpo de Bombeiros.

A tragédia na barragem da mina do Córrego do Feijão ocorreu no dia 25 de janeiro e deixou até o momento 254 mortos e 16 desaparecidos.

O corpo encontrado nesta quarta foi localizado na área de busca denominada BH1 (Barreira Hidráulica), a cinco quilômetros de distância da barragem que se rompeu. Atualmente, 101 bombeiros trabalham no resgate, com o auxílio de dois cães, um drone e 176 maquinários.

No dia 5, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara sobre o desastre em Brumadinho aprovou relatório com pedido de indiciamento da Vale e da empresa alemã Tüv Süd por crime socioambiental e corrupção empresarial.

O texto do deputado Rogério Correia (PT-MG) pede também o indiciamento por homicídio doloso e lesão corporal dolosa de 22 diretores da Vale, engenheiros e terceirizados, entre eles o ex-presidente da mineradora, Fabio Schvartsman.

A CPI fez ainda a denúncia de que há outras 20 barragens com risco de rompimento, todas em Minas.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira, 13, a identificação de mais uma vítima do rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, tragédia ocorrida em 25 de janeiro deste ano. A identificação é feita pela Polícia Civil.

A vítima é Miraceibel Rosa, de 38 anos, funcionário terceirizado da Vale. O material enviado para identificação foi localizado no último dia 01. Agora, o total de vítimas confirmadas é de 253. Outras 17 pessoas continuam desaparecidas.

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A identificação, segundo a Polícia Civil, ocorreu por DNA. As buscas na área atingida pela lama que desceu após o rompimento da barragem entraram nesta quarta em seu 293° dia. Os bombeiros continuam atuando na área com efetivo de 91 integrantes da corporação.

A Vale foi condenada a pagar R$ 8,1 milhões de indenização por danos morais a cinco pessoas de uma mesma família pela morte de parentes que estavam hospedados na pousada destruída pela lama da barragem que rompeu em Brumadinho (MG), em janeiro. A informação é do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJ-MG).

A decisão, em primeira instância, é do juiz Rodrigo Heleno Chaves da 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Brumadinho, e foi dada na segunda-feira (11). A ação foi proposta por Liliana de Lourdes Zelante Ribeiro da Silva, Fernanda Maria Ribeiro da Silva, Mariana de Souza Dias Soares, Renato de Souza Dias e Daniel de Souza Dias.

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Liliana pediu indenização pela morte do filho Adriano Ribeiro da Silva, dos netos Camila Taliberti Ribeiro da Silva e Luiz Taliberti Ribeiro da Silva, e do bisneto concebido Lorenzo - a mãe, Fernanda Damian de Almeida, estava grávida de 19 semanas.

Fernanda Maria Ribeiro acionou a justiça pela morte do irmão Adriano e dos sobrinhos Luiz e Camila, além do sobrinho-neto Lorenzo. Já Mariana, Renato e Daniel reclamam reparação pela perda do tio Adriano, os primos Camila e Luiz e Lorenzo.

A decisão do juiz prevê o pagamento de R$ 5,4 milhões para Liliana e R$ 2 milhões para Fernanda. Já Mariana, Renato e Daniel devem receber R$ 250 mil, cada.

Segundo o TJ-MG, o juiz afirma na sentença que a Vale "'não nega a sua responsabilidade sobre os fatos' e, portanto, a responsabilidade da empresa pela reparação dos danos causados aos autores é fato incontroverso". "É incontestável o abalo moral por uma mãe que tem o filho e seus dois netos mortos em razão da tragédia de que ora se trata, causada pela ré."

Para estabelecer os valores, o juiz explicou que no "arbitramento do dano moral, deve o julgador procurar um valor que ao mesmo tempo sirva de reprimenda ao causador do dano e não se caracterize como locupletamento da vítima". A mineradora pode recorrer.

Em nota, a Vale disse que "ainda não foi intimada da decisão". "A empresa é sensível à situação das famílias e dará encaminhamento ao caso, respeitando a privacidade dos envolvidos", diz o comunicado.

Em setembro, a empresa já havia sido condenada, também em primeira instância, a pagar R$ 11,875 milhões em ação movida pela família Taliberti pelas mortes de Luiz Taliberti e Camila Taliberti. O pedido inicial era de indenização de R$ 40 milhões. A família mora em São Paulo.

Quatro anos após o rompimento da barragem da Samarco, ocorrido em Mariana (MG), produtores rurais que trabalhavam com gado leiteiro na região atingida não se sentem acolhidos pelo processo de reparação de danos. Eles reclamam, principalmente, do atraso nas indenizações e também da falta de uma solução para as suas propriedades. Todo este processo é conduzido pela Fundação Renova. A entidade foi criada conforme acordo firmado em março de 2016 entre a mineradora, suas acionistas Vale e BHP Billiton, o governo federal e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Os 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos que se espalharam pelo meio ambiente causaram perdas para além dos limites das comunidades de Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira, municípios que estão sendo reconstruídos para abrigarem cerca de 400 famílias que perderam suas casas. "Centenas de fazendas foram invadidas pela lama. Animais morreram. Foram destruídas estruturas como cercas, mata-burros, currais e casas", lamenta Marino D'Angelo. No seu terreno, a lama levou a vida de cabras, porcos, galinhas. Sua área de pasto não foi atingida, mas bois morreram atolados quando tentaram se aproximar do rio para beber água.

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A produção leiteira é a principal atividade agropecuária nas fazendas que ficam no trecho mais atingido, que vai de Mariana até a Usina de Candonga, no município de Santa Cruz do Escalvado. Atualmente membro da comissão de atingidos da tragédia, Marino é ex-presidente da Associação dos Produtores de Leite de Águas Claras e Região (Aplacar). Através da entidade, o produto dos associados é distribuído em diversos distritos das cidades de Mariana e Barra Longa. Graças à Aplacar, eles conseguiam um preço mais competitivo do leite, o que beneficiava a todos, sobretudo os pequenos produtores.

Após a tragédia, todo o leite extraído foi perdido, já que não era possível escoá-lo com as estradas obstruídas. Os terrenos de aproximadamente metade dos associados foram invadidos pela lama. Com a queda na produção, a sustentabilidade da entidade foi prejudicada. Para Marino, mesmo os associados que não tiveram o terreno invadido pela lama também devem ser reconhecidos como atingidos, pois o impacto na Aplacar afetou a todos.

"Toda a estrutura que montamos foi comprada em conjunto graças à associação. Nós chegamos a vender 10 mil litros por dia e um único ponto de coleta, o que é raro. Agora as pessoas perderam a capacidade de produção. Muitos já desistiram da atividade. E alguns dos maiores produtores estão deixando a Aplacar porque ela deixou de ser atraente. Acham melhor vender leite sozinhos. Sempre que sai um produtor, todos perdem", explica. Marino foi presidente da Aplacar durante 12 anos. Após a tragédia, teve que deixar a função porque ficou inadimplente e a entidade precisou ser desvinculada de seu CPF para receber recursos destinados a um projeto selecionado em edital da Fundação Banco do Brasil.

"Foi como se eu tivesse perdido um filho, porque eu me dediquei muito à associação. E graças a ela, cheguei a produzir em torno de 800 litros de leite por dia. Tinha mês que minha receita era R$ 23 mil bruto. Agora tem mês que eu fecho no negativo. Eu precisava produzir no mínimo 400 litros por dia pra não fechar no vermelho e manter a estrutura que eu tinha. Mas não consigo. E o maior bem que nós temos aqui na roça é a palavra. Eu nunca fiquei inadimplente na vida. É a primeira vez. Precisei vender minhas coisas. Eu tinha um gado bom e vendi novilhas para segurar meu nome, mas chegou um ponto que a renda não é mais suficiente", lamenta o produtor.

Wilson dos Santos, de 78 anos, também era membro da Aplacar. Mais da metade da sua propriedade foi tomada pela lama. A casa onde morava não caiu, mas está interditada porque a estrutura foi afetada e as paredes estão rachando. Sobreviveram em sua propriedade cerca de 30 cabeças de gado, que foram levadas para uma fazenda da Fundação Renova, onde estão reunidos animais de diversos atingidos. Sua filha, Sônia dos Santos, afirma que as vacas emagreceram.

"Meu pai vivia do leite e agora só conta com o auxílio emergencial mensal que é uma mixaria. Além disso, ele também plantava de tudo. Não faltava nada pra gente. Arroz, feijão, mandioca. Agora ele não mexe com mais nada", lamenta. O auxílio mensal emergencial garantido pela Fundação Renova correspondente a um salário mínimo, acrescido de 20% para cada dependente, além do valor de uma cesta básica. Ele é pago aos atingidos que perderam sua renda profissional, mas não se confunde com a indenização que envolve uma outra negociação.

Aos 32 anos, Sônia já vivia no centro de Mariana quando ocorreu a tragédia. No entanto, ela entende que deveria ter sido reconhecida pela Fundação Renova como atingida. "Eu não tive direito a receber nenhum auxílio. E lá também era minha casa, onde eu cresci. Todo fim de semana estava lá. E tudo que meu pai plantava ele dava pros filhos. Era tudo do bom e do melhor e eu levava o que eu precisava. Não comparava quase alimento nenhum em mercado. Agora preciso tirar do bolso".

O terreno de Wilson, segundo sua filha, não é passível de recuperação e ele foi incluído no programa de reassentamento familiar, que pressupõe a aquisição de outra propriedade. "Nós já achamos um terreno compatível com o que tínhamos. Lá cabe as criações do meu pai, dá para ter a horta que ele tinha. Mas o processo não avança", lamenta Sônia. Ela afirma que a Fundação Renova quer comprar uma propriedade com 50% do tamanho original, já metade do terreno pertenceria a uma tia, que também requereu indenização. "Mas quem produzia na terra era meu pai e ele não vai conseguir retomar a produção em metade da área que possuía", pondera.

Reparação

O processo de reparação das propriedades rurais conduzido pela Fundação Renova envolve, inicialmente, a elaboração um Plano de Adequação Socioeconômica e Ambiental das Propriedades Rurais (Pasea) para cada terreno. Ele elenca medidas a serem adotadas na propriedade. Marino, no entanto, afirma que não aderiu ao Pasea porque não concordou com condições que foram exigidas. "A primeira coisa que tem que prevalecer é a confiança. Essa relação não foi construída. A impressão é de que estamos sempre sendo enrolados", avalia Marino.

De acordo com Gabriel Kruschewsky, engenheiro florestal da Fundação Renova, 168 das 235 propriedades que a entidade mapeou como atingidas já aderiram ao Pasea na íntegra. Ações já estariam em curso desde 2017, com previsão para serem concluídas em 2021. Também é garantida assistência técnica até 2023. Entretanto, segundo Kruschewsky, há produtores que exploravam área de proteção ambiental contra o programa.

"A adesão é voluntária. E para receber o Pasea como um todo, os produtores precisam aceitar a adequação ambiental. Cerca de 40 produtores não aceitam as ações de adequação ambiental e, assim, deixam de receber uma série de medidas propostas no Pasea. Nessas propriedades, serão feitas apenas ações reparatórias. Ou seja, recuperação da área que foi atingida pela lama e reconstrução de estruturas atingidas. Isso será feito. É nossa obrigação. Mas as melhorias que poderiam ter a partir do Pasea, deixam de receber", disse o engenheiro florestal.

Kruschewsky conta que o trabalho com os produtores de leite se dá em três eixos. O primeiro é a recuperação das pastagens, que inclui as áreas atingidas pela lama e também outras que já estavam degradadas em decorrência de um manejo inadequado no processo de produção. "Outro eixo é a infraestrutura, melhorando currais, fornecendo tanque de leite. Um produtor que fazia a ordenha na mão pode passar a fazer a ordenha mecânica. São melhorias que podem ocorrer se o Pasea indicar que elas são importantes para a retomada da produção. E o terceiro eixo é o melhoramento genético do rebanho, a partir de técnicas de inseminação artificial. Então a expectativa é de que não apenas recupere, mas aumente a produção leiteira na bacia", acrescenta Kruschewsky.

Unidades demonstrativas

Nesse processo de reparação, estão sendo criadas unidades demonstrativas em algumas propriedades. Elas funcionarão como modelo de reparação, a serem apresentados a outros atingidos. Para Marino, o que está sendo feito nestas propriedades é uma exceção. "Às vezes, parece que são espaços preparados pela Fundação Renova para propaganda. Divulgam um trabalho que não existe na maior parte das propriedades".

Mesmo quem aderiu aos programas da Fundação Renova tem ciência de que há resistências de outros produtores. "Muitas pessoas plantam próximo às nascentes e às margens do rio porque são áreas mais férteis. O plano da Fundação Renova prevê a preservação e recomposição florestal dessas áreas. Aqui fizeram cercamento das nascentes. No meu caso, já era algo nos meus planos, então houve um encontro de ideias. Mas ficou condicionado a um trabalho para melhorar a fertilidade de outras áreas", disse José Maurício Pereira da Silva, dono de uma fazenda de 126 hectares no município de Rio Doce.

Atingidos que precisaram deixar suas casas, como Marino e Wilson, foram realocados em imóveis alugados pela Fundação Renova e não sabem dizer até quando viverão nessa situação. De acordo com Marino, a destruição da propriedade é apenas um dos problemas causados pela lama. "Ela leva também a simplicidade do povo. As pessoas começam a julgar umas às outras. Aqui a gente tirava leite de manhã e de tarde ia fazer outras coisas. Agora tem um monte problemas para resolver e reuniões que não terminam. Até hoje não recebi uma proposta de indenização. Meu modo de vida foi destruído. Precisei arrendar terras para continuar trabalhando e só depois de um ano consegui ser reembolsado".

O produtor conta que depois da tragédia passou a tomar antidepressivos e remédio para controle de pressão.

"A Fundação Renova diz que o rejeito não é tóxico. Mas a gente fica inseguro porque tem estudos independentes que dizem que tem contaminação por metais. A pesca e consumo do peixe estão proibidos. Será que é confiável produzir alimento nessa terra, será que a vaca pode comer capim dessa terra, beber água do rio? Então é uma incerteza muito grande. Você respira e não sabe se o oxigênio te faz bem ou mal, porque está misturado com a poeira da lama que secou".

*Léo Rodrigues e Tania Rego viajaram a convite da Fundação Renova

Relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM) divulgado nesta terça-feira, 5, afirma que a Vale omitiu informações sobre a barragem que rompeu em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, em 25 de janeiro deste ano. Até o momento foram confirmadas 252 mortes na tragédia. Outras 18 pessoas seguem desaparecidas.

O relatório, de 194 páginas, mostra, segundo a agência, evidências que podem ter levado ao rompimento da barragem e aponta "detalhadamente as inconsistências do que foi oficialmente relatado à agência via sistema, o que os técnicos da própria Vale colocaram em documentos de vistoria de campo e, posteriormente, no sistema da empresa".

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Segundo a portaria 70.389/17, que trata de segurança de barragens de mineração, "os empreendedores são obrigados a reportar quinzenalmente à ANM a situação de suas barragens, informando itens como conservação dos taludes, situação das estruturas extravasoras, níveis de percolação no interior do maciço, etc. Estes reportes são feitos via SIGBM (Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração)", aponta a agência.

As discrepâncias no caso de Brumadinho, ainda segundo a ANM, começaram a ser detectadas logo depois do rompimento da barragem. "Algumas informações importantes que constavam no sistema interno e nas fichas de inspeção em campo da Vale não eram as mesmas inseridas no SIGBM, o que impediu que o sistema alertasse os técnicos de situação com potencial comprometimento da segurança da estrutura", diz a ANM.

"Quando são detectadas situações de comprometimento da segurança da barragem, imediatamente o empreendedor deve dar início às inspeções especiais para o monitoramento e controle das anomalias. De imediato, a ANM envia técnicos para o local onde podem ser feitas exigências, notificações e até interditar a estrutura a fim de aumentar o nível de segurança. Barragens em Mato Grosso, Amapá, Pará e Amazonas são exemplos de sucesso nestes casos", explica o diretor da agência, Eduardo Leão.

Uma das inconsistências apontadas pelos técnicos foi em relação aos drenos horizontais profundos, os DHPs, que controlam o nível de água na barragem. "Consta de relatórios internos da Vale que, durante a instalação de um dos DHPs, foi detectada a presença de sólidos, o que é considerado anormal. Foi percebida a saída de material sólido da água injetada para fazer os furos do dreno, assim a Vale interrompeu a instalação do dreno e "vedou" o furo. O fato nunca foi reportado à ANM", aponta a agência.

Em outro DHP, conforma a agência, houve problema de percolação, que é quando a água passa por dentro do maciço da barragem e o atravessa, chegando ao talude de jusante. "A percolação da água pelo maciço é esperada, porém, deve ocorrer conforme o projeto, seja pelo dreno de fundo, tapete drenante, DHPs, ou outras estruturas construídas para este fim."

No caso deste segundo DHP, a agência diz que "na ficha de inspeção em campo o técnico da Vale marcou o problema de percolação como nível 6, que significa umidade ou surgência nas áreas de jusante, paramentos, taludes ou ombreiras sem implantação das medidas corretivas necessárias". "Já no SIGBM da ANM, foi reportado primeiramente nível 0 (quando a percolação está totalmente controlada) e 15 dias depois nível 3, que significa que a umidade está monitorada e controlada. Porém, de acordo com a análise dos técnicos da ANM que compararam fotos dos relatórios internos, pelas características do que o técnico da Vale descreve, a pontuação que deveria ter sido marcada 10 (surgência nas áreas de jusante com carreamento de material ou com vazão crescente ou infiltração do material contido, com potencial de comprometimento da segurança da estrutura)."

Caso a Vale tivesse marcado nível 10, "automaticamente a barragem subiria de categoria de risco e seria prioridade de inspeção. Além disso, exigiria que a mineradora fizesse inspeção diária, com envio de reporte à ANM todos os dias. A mineradora nunca reportou nada sobre a falha", relata a agência.

Outro lado

Sobre as informações divulgadas pela agência, a Vale divulgou nota, informando que "vai analisar a íntegra do relatório da Agência Nacional de Mineração e, no momento, não tem como comentar as decisões técnicas tomadas pela equipe de geotécnicos à época". "A empresa tinha uma equipe de geotécnicos composta por profissionais altamente experientes e de reconhecida capacitação para tratar de questões referentes à manutenção da barragem B1."

O texto diz ainda que "todas as informações disponíveis sobre o histórico do estado de conservação da barragem foram fornecidas às autoridades que apuram o caso". "A Vale reforça que aguardará a conclusão pericial, técnica e científica sobre as causas da ruptura da barragem. Como maior interessada na apuração dos fatos, a empresa continuará colaborando plenamente com as investigações, assim como prestando total apoio aos atingidos."

Pelo menos 15 pessoas morreram após uma barragem em uma pequena mina de ouro siberiana desabar e a água inundar os dormitórios de dois trabalhadores. O Ministério de Emergências disse que sete corpos ainda não foram identificados. O órgão regional da saúde disse que 16 pessoas ficaram feridas.

A barragem não havia sido registrada ou aprovada para uso pela Rostechnadzor, a agência russa de supervisão tecnológica e ecológica, afirmou a agência de notícias Interfax. O colapso ocorreu em um período de fortes chuvas por volta das 6h de sábado do horário local, perto da vila de Shchetinkino, na região de Krasnoyarsk, cerca de 3.400 quilômetros a leste de Moscou.

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O presidente do governo regional de Krasnoyarsk, Yuri Lapshin, disse que a "a estrutura hidrotécnica foi construída de maneira improvisada". O Comitê de Investigação do país disse que abriu uma investigação criminal sobre possíveis violações dos regulamentos de segurança no local de trabalho. Fonte: Associated Press.

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