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O porta-voz do governo de Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, confirmou nesta segunda, 18, que o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, será exonerado do cargo. Em seu lugar, assumirá o general Floriano Peixoto de forma definitiva. Ele era o secretário-executivo da pasta.

Bebianno é o protagonista da maior crise nos primeiros meses do novo governo, suspeito de irregularidades em campanhas do PSL e envolvido em rusgas com um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ). Em nota lida pelo porta-voz, Bolsonaro desejou "sucesso na nova caminhada" e agradeceu Bebianno por sua "dedicação à frente da pasta".

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Questionado sobre o motivo da demissão, Rêgo Barros afirmou apenas que a exoneração do agora ex-ministro foi "decisão de foro íntimo do presidente". O porta-voz também negou que Bolsonaro tenha deixado a exoneração assinada desde a última sexta-feira, 15. "O presidente assinou o documento nesta segunda", disse.

Ainda sobre a demora da demissão em ser oficializada - ela já era dada como certa desde sexta-feira -, Rêgo Barros afirmou que o presidente "demandou o tempo necessário para tomar sua decisão considerando vários atores".

O próprio ministro também já havia dito que tinha recebido sinalizações de que sua dispensa sairia no Diário Oficial desta segunda, mas isso não aconteceu. Nesta segunda, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que a situação seria resolvida ainda hoje.

Bebianno vem sendo acusado de supostas irregularidades nas campanhas eleitorais do PSL ocorridas na época em que ele presidia o partido, que também tem o presidente Bolsonaro como filiado. A crise cresceu quando o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, chamou Bebianno de mentiroso, declaração que foi reforçada pelo próprio presidente.

Depois de muitos rumores e um vai-e-vem, na noite desta segunda-feira (18), o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, confirmou a exoneração do ministro da Secretaria Geral, Gustavo Bebianno. Sem quase nenhuma explicação, o porta-voz disse que o motivo é de “foro íntimo” do presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

Quem assume o cargo com a demissão de Bebianno é o general da reserva Floriano Peixoto. “O presidente agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada“, disse Rêgo Barros. 

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A polêmica envolvendo o nome do ministro iniciou após denúncias envolvendo supostas irregularidades em sua gestão à frente do caixa eleitoral do PSL. Há pouco mais de uma semana, o jornal "Folha de S.Paulo" informou que o PSL, quando Bebianno presidia o partido, repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco. De acordo com o jornal, o repasse foi feito quatro dias antes do pleito, e ela recebeu 274 votos. Ele nega as acusações e avisou que vai comprovar que não mentiu. 

Bebianno, considerado um dos homens de confiança do militar, foi um dos coordenadores da campanha presidencial de Bolsonaro, no ano passado. Fora do governo, Bebianno deve voltar a advogar. Ele é o primeiro ministro a deixar o governo. 

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou nesta segunda-feira que considera "inadequada" a demora do presidente Jair Bolsonaro em tomar uma decisão a respeito da demissão ou não de Gustavo Bebianno do cargo de secretário-geral da Presidência da República.

"É inadequado que o presidente deixe essa situação se estender por tanto tempo. Decidiu demitir, demite, pra gerar um pouco mais de estabilidade para o País", disse a jornalistas, após participar de almoço da bancada paulista do partido com a Fiesp. "Porque (se tomar a decisão de forma rápida) não fica essa situação desconfortável para todas as partes e de insegurança para o País", disse.

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Janaina evitou afirmar se é a favor ou não da demissão, argumentando que essa não é uma decisão que cabe a ela. No entanto, quis ressaltar, "para ser justa", que Bebianno, enquanto presidente do partido, não tem controle de como o dinheiro do partido é distribuído na ponta final, em referência ao caso de candidatas laranjas.

"Do ponto de vista de uma ilicitude, eu não vejo uma responsabilidade dele. A responsabilidade da assinatura todo gestor tem. Pelo que venho à tona não tem ilicitude, então não justifica muito (a demissão)", disse. "Eu atribuo esse episódio mais a uma questão pessoal do Bebianno com o presidente".

Para ela, parece haver um desgaste na relação dos dois. "Aparentemente não há mais confiança. Ele não está saindo ou vai sair por um caso de ilicitude, mas por perda de confiança", afirmou. A deputada disse também que não acredita que haja um movimento de migração da família Bolsonaro para um novo partido que está sendo criado com a sigla UDN (União Democrática Nacional). "Eu estive com o Eduardo (Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de São Paulo) e ele me disse que não existe isso", afirmou. "Se há, eu não estou sabendo", acrescentou. Para Janaina, o ideal seria que o Brasil permitisse a candidatura avulsa, sem necessidade de vinculação partidária.

A crise política que envolve o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, continua gerando tópicos que estão entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil na manhã desta segunda-feira (18).

A hashtag #EuVoteiNoBolsonaro é o assunto mais comentado do momento, um esforço de eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para impor uma agenda positiva em meio à crise. A hashtag ainda é uma resposta à oposição que, segundo apoiadores do presidente, tenta colar em Bolsonaro eventuais desvios morais de integrantes do governo.

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Os usuários do Twitter ainda repercutem a ausência da esperada exoneração de Bebianno na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União e, na expectativa de que ela aconteça ainda hoje, comentam a eventual de substituição do ministro pelo general Floriano Peixoto Vieira Neto.

Com sua situação no governo Bolsonaro ainda indefinida, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, está recluso na manhã desta segunda-feira (18). A esperada exoneração ainda não foi publicada em edição extra no Diário Oficial da União. Enquanto isso, ele segue no hotel em que mora em Brasília.

No domingo, o ministro almoçou em um restaurante de gastronomia portuguesa em Brasília, na companhia da família e do suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o empresário Paulo Marinho. Na saída, Bebianno falou ao jornal O Estado de S. Paulo que precisava "ficar quieto, acalmar a cabeça". À noite, preferiu não sair. Pediu o jantar no quarto do hotel.

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Em sua agenda oficial desta segunda, não há compromissos oficiais marcados. Reservadamente, Bebianno tem deixado clara sua mágoa com a atitude do filho do presidente Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, que o chamou de mentiroso. Em conversas, o ministro tem dito que o ciúme exacerbado que Carlos tem do pai foi colocado acima do projeto de melhorar o País.

Nesta segunda-feira (18), o cientista político Adriano Oliveira aborda no seu podcast a crise criada pelas divergências entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

O analista aponta os possíveis problemas pelos quais o presidente pode passar caso não cumpra o que foi sugerido na semana passada: desde a falta de apoio da opinião pública, até questionamentos sobre o preparo para exercer o cargo. Ele também discorre sobre possíveis reações que Bebianno pode ter. A expectativa era que a exoneração saísse hoje no Diário Oficial, entretanto, isso não aconteceu.

O programa Descomplicando a política, além da exibição na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.

Confira mais uma análise a seguir:

Era um homem abatido. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, deixou no começo da tarde deste domingo, 17, o hotel em que reside e se isolou desde o início da crise política para almoçar. Ele passou uma hora e meia com amigos próximos numa mesa do Tejo, restaurante de comida portuguesa na Asa Sul, no Plano Piloto.

Na saída, Bebianno relatou ao jornal O Estado de S. Paulo que ainda tenta "equalizar" todo o processo que deverá resultar na sua exoneração do cargo. Cortês, tirou selfie com um eleitor e disse que não era hora de comentar o assunto.

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Quais os próximos passos do senhor?

O tempo é o senhor da razão. Vou falar depois. Por ora, vou ficar quieto, acalmar minha cabeça. Quem sofre uma injustiça dessas não fica com a cabeça boa. Antes dos meus interesses, pode parecer clichê, mas não é, estavam os interesses do País. Trabalhei, fiz o que fiz por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro.

O senhor trabalhou nos últimos dois anos para eleger o presidente...

Não sou perfeito, mas (abaixa a cabeça)...

O senhor fez alguma coisa que tenha levado o presidente a optar pela sua saída?

Absolutamente nada. Zero.

Há uma injustiça?

100%. O presidente sabe.

Sabe?

Sabe, não é maluco.

Qual a posição do senhor em relação ao vereador Carlos Bolsonaro? Ele passou dos limites?

Vou falar depois que sair. Na hora certinha eu falo. Estou equalizando a minha cabeça.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A edição regular do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 18, já está no ar e não traz a exoneração de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, como era esperado. No DOU desta segunda-feira, 18, Bebianno ainda é formalmente ministro. O documento oficializa atos assinados por ele na última sexta-feira, 15, dentre os quais uma portaria sobre atribuições de assessores especiais da pasta.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo antecipou no sábado, 16, o presidente Jair Bolsonaro já estava com o ato de demissão do ministro assinado. O próprio ministro também já havia dito que tinha recebido sinalizações de que sua dispensa sairia no Diário Oficial de hoje. No entanto, o ato não veio publicado ainda, mas pode sair em edição extra ao longo do dia.

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A não formalização da demissão, pelo menos por ora, indica que o governo ainda está tratando do assunto. No fim de semana, o presidente Bolsonaro e auxiliares, como o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tiveram reuniões para encontrar uma forma "honrosa" de demitir Bebianno, o que também poderia ter sido feito ainda no fim de semana em edição extra do Diário Oficial, se o governo quisesse.

Nos últimos dias, políticos e militares tentaram interceder a favor de Bebianno, mas o presidente estava irredutível e, segundo apurou o Estado, deverá nomear um militar para o lugar do ministro. O general Floriano Peixoto deve ficar à frente da Secretaria, ao menos interinamente - ele é o secretário executivo da pasta. Com isso, Peixoto seria o oitavo militar a ocupar o primeiro escalão do governo, o que tornaria a Casa Civil a única pasta palaciana sob a liderança de um civil.

Bebianno vem sendo acusado de supostas irregularidades nas campanhas eleitorais do PSL ocorridas na época em que ele presidia o partido, que também tem o presidente Bolsonaro como filiado. A crise cresceu quando o vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, chamou Bebianno de mentiroso, declaração que foi reforçada pelo próprio presidente.

O presidente Jair Bolsonaro convidou o general da reserva Floriano Peixoto a assumir interinamente o ministério ocupado por Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), que deve ser exonerado nesta segunda-feira (18), após entrar na mira do seu filho, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC). Se executado, o plano vai reforçar a presença dos militares no Planalto. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será o único civil entre os quatro ministros que despacham no palácio.

No sábado à tarde, Bolsonaro chamou ao Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, Floriano Peixoto e o também general Maynard Santa Rosa, que atuam na equipe de Bebianno. Na ocasião, explicou a eles seus motivos para afastar o ministro e os convidou a permanecer. Assim como Peixoto, Santa Rosa também aceitou ficar na Secretaria de Assuntos Estratégicos, cargo subordinado à Secretaria-Geral. A opção por Peixoto foi revelada pelo Estado no domingo.

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Peixoto assumirá interinamente porque um setor do governo vê na saída de Bebianno uma oportunidade para Bolsonaro reduzir o número de ministérios, hoje em 22. Sua promessa de campanha era ter apenas 15. A Secretaria-Geral tem entre suas atribuições modernizar a administração do governo e tocar os grandes projetos.

A escolha de Floriano Peixoto conta com o apoio de Onyx Lorenzoni, que trabalha para que ele seja efetivado no ministério. Com isso, ele evitaria dividir o comando do núcleo político com alguém do PSL. Por outro lado, Onyx viraria uma vidraça fácil. Ele já foi alvejado no início do governo por suspeitas de caixa 2 e não conta com a simpatia de Carlos Bolsonaro.

Interlocutores do presidente relataram que Bebianno perdeu as chances de continuar no cargo após chegar a Bolsonaro a informação de que ele deixou vazou mensagens de áudio com ordens que recebeu de Bolsonaro. A estratégia tinha o objetivo de desconstruir a versão de Carlos Bolsonaro de que o ministro e o pai não se falaram enquanto ele estava internado no hospital Albert Einstein.

Por ter afirmado ao jornal O Globo que havia conversado três vezes com Bolsonaro, Carlos o chamou de mentiroso. Antes disso, o nome de Bebianno foi citado em esquema de desvio de dinheiro do Fundo Partidário do PSL, o que ele nega.

O ato de exoneração do ministro foi assinado por Bolsonaro ainda no fim de semana e deve ser publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira. O objetivo foi ganhar tempo para construir uma saída política para o caso e evitar que Bebianno "saia atirando" contra desafetos.

'Chumbo'

O Planalto foi avisado de que está sendo preparado "chumbo grosso" contra Carlos Bolsonaro, a quem Bebianno só se refere com adjetivos que desqualificam sua capacidade intelectual. Em conversas, o ministro diz que o "ciúme exacerbado" que Carlos tem do pai foi posto acima do País.

O empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), passou as últimas horas em Brasília ao lado de Bebianno e resumiu: "O melhor seria que cada filho se ocupasse de suas funções parlamentares em vez de ficar o dia inteiro na internet".

O episódio ajudou os militares a advertirem Bolsonaro sobre os problemas que os filhos podem causar para o governo. O Planalto está paralisado desde sua volta a Brasília. Os militares, que não estão acostumados com troca de farpas por redes sociais, evitavam o tema família com o presidente. "Não dá mais para prosseguir isso", desabafou um deles, justificando que a crise atrapalha a governabilidade e cria situações insustentáveis. "É muita confusão. Nunca imaginei que seria assim", observou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, disse neste sábado, 16, que "quando acabar" sua participação no governo, "se sentir vontade", vai "dar satisfações". A frase foi dita em resposta ao ser questionado sobre seu desafeto, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

O ministro, que deve ser demitido nesta segunda-feira, 18, passou o dia num hotel de Brasília. Bebianno não recebeu visitas ao longo do dia, mas, em conversas com pessoas próximas, deixou claras a frustração e a mágoa com Carlos Bolsonaro. O ministro desabafou que considerou uma covardia o fato de Jair Bolsonaro não ter tido coragem para demiti-lo e considerou inaceitável assumir um cargo em Itaipu, apesar do salário três vezes maior - pouco mais de R$ 1 milhão por ano. A amigos disse que não veio para o governo para ganhar dinheiro e que será leal até o último minuto em que permanecer ministro.

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Nas conversas, Bebianno tem avisado que não cai sozinho, pois tanto a ala política, quanto a ala militar do governo, estão decididas a afastar Carlos da Presidência. Nos últimos dias o vereador tem sido mais comedidos nas redes sociais, compartilhando mensagens institucionais do governo e assuntos do Rio, como a venda da bebida em blocos de carnaval.

O ministro soube de parte das informações sobre sua demissão pela imprensa, na noite de sexta, o que o deixou chateado. Na madrugada deste sábado, publicou nas redes sociais um texto sobre lealdade e amizade. A jornalistas, afirmou que compartilhou porque "teve vontade" e que foi algo "conceitual".

Também na fala à imprensa questionou o tratamento "diferenciado" em relação ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. No início do mês, Álvaro Antônio também foi alvo de suspeitas sobre o uso de candidaturas laranjas em Minas Gerais em 2018. Na época, o ministro do Turismo era presidente do Diretório Estadual. Ele foi mantido no cargo.

"Minha consciência está tranquila. Trata-se de bom senso, trata-se da lei, trata-se do estatuto do partido. Tanto é assim que, no caso do Marcelo Álvaro Antônio, por que eu não sou culpado, então?", questionou, pois, segundo ele, os dois casos são semelhantes e só em um o culpam. Álvaro Antônio era presidente do PSL em Minas, no ano passado. No caso de Pernambuco, o presidente do diretório era o hoje deputado Luciano Bivar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro já assinou a demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. A dispensa do auxiliar deverá ser publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira, dia 18. A informação foi confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo com dois interlocutores de Bolsonaro.

Nos últimos dias, políticos e militares tentaram interceder a favor de Bebianno, mas o presidente está irredutível e, segundo apurou o Estado, planeja nomear um general para o lugar do ministro. Se isso ocorrer, será o nono militar a ocupar o primeiro escalão. O mais cotado para o cargo é o general Floriano Peixoto, secretário-executivo da pasta, que esteve neste sábado (16) com o presidente.

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Em conversas reservadas, Bolsonaro avaliou que o chefe da Secretaria-Geral quebrou a relação de confiança com ele ao "vazar" áudios de diálogos entre os dois. O ministro nega o vazamento.

Preocupados com a alta temperatura da crise, auxiliares do presidente observam, por sua vez, que Bebianno ainda pode criar muitos problemas para o governo, se a demissão não for revertida, porque seria o que se chama no jargão político de "homem bomba". Um desses interlocutores, que conversou recentemente com Bolsonaro, disse ao Estado, porém, que a situação é insustentável e a decisão do rompimento, "irreversível".

Segundo esse auxiliar, que falou sob a condição de anonimato, a decisão de Bolsonaro não se deve à interferência do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ). O filho de Bolsonaro chamou Bebianno de "mentiroso" logo após o ministro ter concedido entrevista ao jornal O Globo, na terça-feira, dizendo que não estava isolado no Palácio do Planalto depois da denúncia, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, de que teria patrocinado candidaturas laranjas do PSL em 2018, para desviar recursos do Fundo Eleitoral. À época, Bebianno presidia o PSL.

Na tentativa de mostrar que não havia crise, o ministro afirmou a O Globo que, no dia anterior, falara três vezes com o presidente, então internado no Hospital Albert Einstein, recuperando-se de cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal. Carlos Bolsonaro desmentiu essas conversas no Twitter e o presidente endossou a atitude do filho, horas depois, em entrevista à TV Record.

Mais tarde, no entanto, Bolsonaro também mandou Bebianno cancelar viagem para o Pará, com outros ministros, porque não gostou de saber que ele havia convidado um veículo de comunicação para acompanhar a comitiva. A partir daí, o chefe da Secretaria Geral da Presidência teria mostrado a amigos arquivos de áudio com a voz de Bolsonaro ordenando que ele suspendesse a viagem, além de outras conversas.

Ao tomar conhecimento dessa atitude, o presidente - que havia resolvido manter Bebianno no cargo - ficou furioso e decidiu dispensá-lo. Na sexta-feira, 15, em conversa ríspida com o ministro, chegou a oferecer a ele uma diretoria na Itaipu Binacional, mas Bebianno recusou. "Não estou no governo por causa de cargos. Sou uma pessoa leal", afirmou o chefe da Secretaria-Geral.

Após desavenças com o presidente Jair Bolsonaro e a eminente saída do governo, o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, publicou um texto sobre "lealdade" nas redes sociais na madrugada deste sábado (16). "Quando perdemos por ser leal, mantemos viva a honra. Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade", diz um trecho.

O texto, atribuído ao escritor brasileiro Edgard Abbehusen, também diz que "a lealdade é um gesto bonito das boas amizades" e "só consegue ser amigo, quem aprende a ser leal".

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Bebianno compartilhou o texto no Instagram. Na rede social, ele possui uma foto ao lado de Bolsonaro como imagem de perfil. O ministro é conhecido por ter sido um dos primeiros a atuar pela pré-candidatura de Bolsonaro à Presidência e foi seu braço-direito na campanha.

No ano passado, assumiu interinamente a presidência do PSL para ajudar Bolsonaro. Agora, é acusado de ter participação no uso de candidaturas laranjas no PSL em Pernambuco. Ele nega.

Na sexta, depois de dois dias na "geladeira", o ministro foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas sua permanência no cargo ainda é incerta e a expectativa é de que ele deixe o cargo até segunda-feira. A reunião foi descrita como "ríspida". Bolsonaro acusa Bebianno de atuar por interesses próprios e contra o governo.

Na sexta, horas antes do encontro com o presidente, Bebianno se reuniu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Santos Cruz (Secretaria de Governo), quando foi avisado de que seria mantido no cargo. Bolsonaro havia cedido às pressões de civis e militares de dentro e fora do governo.

A reviravolta ocorreu, segundo revelou a TV Record, quando o presidente tomou ciência de que Bebianno teria vazado áudios de duas conversas entre eles pelo WhatsApp com orientações de trabalho. O jornal O Estado de S. Paulo confirmou a versão com um auxiliar do ministro. Seria o troco no vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, por ele ter publicado no Twitter mensagem de voz com o presidente negando uma afirmação do ministro.

O ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, saiu no início da tarde deste sábado (16), do Palácio da Alvorada, depois de reunião com o presidente Jair Bolsonaro, que durou cerca de uma hora. Ao deixar o local, o ministro apenas acenou aos jornalistas, sem dar nenhuma declaração. Onyx foi escalado para encontrar uma solução para a polêmica em torno de uma eventual exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

Depois de dois dias na "geladeira", Bebianno foi recebido nessa sexta-feira (15) por Bolsonaro, mas sua permanência no cargo é incerta. Interlocutores do governo não descartam que Bebianno seja demitido até segunda-feira. A reunião entre os dois foi descrita como tensa.

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Ciente de que Bebianno está com "ódio" de Bolsonaro, nas palavras de um ministro, Onyx Lorenzoni foi escalado para tentar construir no fim de semana uma saída honrosa para o colega. Como compensação, a Bebianno foi oferecido um cargo na máquina federal fora do Palácio do Planalto. A lei o proíbe de assumir uma estatal.

O núcleo militar do governo e deputados do PSL não descartam que ele deixe o governo "atirando", razão pela qual a demissão está sendo costurada. O ministro presidiu o PSL durante a eleição e coordenou a campanha de Bolsonaro. Período em que era frequentador assíduo da casa do presidente.

Ao desabafar nesta sexta-feira com integrantes do governo, Bebianno afirmou que "não se dá um tiro na nuca do seu próprio soldado". "É preciso ter o mínimo de consideração com quem esteve ao lado dele o tempo todo", disse Bebianno, segundo o portal de notícias G1.

Nessa madrugada, o ainda ministro da Secretaria-Geral da Presidência publicou um texto sobre "lealdade" nas redes sociais. "Quando perdemos por ser leal, mantemos viva a honra. Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade", diz um trecho. O texto, atribuído ao escritor brasileiro Edgard Abbehusen, também diz que "a lealdade é um gesto bonito das boas amizades" e "só consegue ser amigo, quem aprende a ser leal".

Depois de dois dias na "geladeira", o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi recebido ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, mas sua permanência no cargo ainda é incerta. Interlocutores do governo não descartam que Bebianno seja demitido do cargo até segunda-feira. A reunião foi descrita como "ríspida". Porém, nas palavras de um amigo do ministro, "foi um encontro necessário".

Pessoas próximas a Bebianno afirmaram que caso a demissão se confirme o ministro sairá "atirando". Ele era presidente do PSL durante a campanha presidencial e coordenou a candidatura de Bolsonaro.

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Como compensação à saída do governo, a Bebianno foi oferecido um cargo na máquina federal fora do Palácio do Planalto. Ao desabafar ontem com integrantes do governo, o ministro disse que "não se dá um tiro na nuca do seu próprio soldado".

"É preciso ter o mínimo de consideração com quem esteve ao lado dele o tempo todo", afirmou Bebianno, segundo o site G1.

Antes da reunião com Bolsonaro, ele chegou a ser comunicado ontem pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo) de que permaneceria no cargo. Não houve, no entanto, qualquer manifestação oficial sobre o assunto.

No encontro estavam alguns dos principais defensores de Bebianno nos últimos dias: o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, Onyx e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

Integrantes do governo e do Legislativo argumentavam que a saída de Bebianno neste momento poderia atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, prioridade de Bolsonaro no momento. Colegas de partido de Bebianno também defendem a permanência dele no cargo com o argumento de que ele é fiel ao presidente e bom interlocutor.

Outro motivo que reuniu militares e civis em defesa de Bebianno é o receio de que um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, ganhasse mais poder e influência dentro do governo.

Após reuniões com ministros e auxiliares, o presidente concordou ontem com a avaliação da necessidade de afastar o seu filho de questões do governo. Carlos foi o pivô da crise ao acusar Bebianno de mentir sobre conversas que teria tido com Bolsonaro, na terça-feira passada. A publicação foi compartilhada por Bolsonaro.

Na ocasião, Bebianno tentava afastar os rumores de indisposição com o presidente por causa das acusações de que teria participação em um suposto esquema de candidatos laranjas do PSL, quando ele presidia a sigla.

Antes da reunião desta sexta, durante evento na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, Mourão disse que Bolsonaro vai "botar ordem nos filhos". "Essas questões são internas. Os filhos são um problema de cada família. Tenho certeza que o presidente, em momento aprazado e correto, vai botar ordem na rapaziada dele", declarou o vice.

No Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro retomou nesta sexta os trabalhos na Câmara Municipal do Rio. A Casa só voltou hoje do recesso. No plenário, tirou foto de um requerimento de outro vereador para homenagear Mourão e compartilhou as imagens nas redes sociais. Pelas redes, ele já escreveu que a morte do pai interessaria a pessoas que estão muito perto dele. O que foi entendido no Planalto como recado a Mourão.

Carlos manteve silêncio sobre o assunto nesta sexta, assim como Bebianno e os ministros. Alguns dos aliados do filho do presidente, por outro lado, não pouparam Bebianno de críticas.

Agenda

Desde ontem, a avaliação de aliados de Bebianno era de que após o desgaste provocado pelos ataques de Carlos seria difícil que os dois permanecessem juntos no governo, o que faria com que o presidente tivesse que escolher entre um deles. Apesar do cargo de vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos possui aliados no Planalto e influência nas decisões. Bolsonaro chegou de surpresa ao Palácio do Planalto no meio da tarde, apenas poucos minutos depois de Bebianno deixar o prédio. O desencontro, segundo aliados de Bebianno, não teria sido proposital. De acordo com eles, o ministro não sabia que o presidente estava a caminho quando saiu.

Diante do clima de incerteza em torno da permanência no cargo, Bolsonaro chegou a cogitar fazer um pronunciamento público sobre o assunto, mas desistiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de passar cerca de três horas no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro deixou o local e retornou ao Palácio da Alvorada, sem ter conversado com o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno.

Bolsonaro foi no início da tarde, de surpresa, para o Planalto, já que a ida dele não estava prevista na agenda oficial. Como está em fase de recuperação, a expectativa inicial era de que o presidente só voltasse a despachar no Planalto na próxima semana.

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Quando Bolsonaro chegou ao Palácio, o ministro Bebianno tinha deixado o prédio cerca de 15 minutos antes. Bebianno não tem agenda oficial nesta sexta-feira. Seu único compromisso no Planalto foi a reunião com os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Alberto Santos Cruz.

Pivô de uma crise no governo, aberta por uma briga sua com o secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, retomou nesta sexta-feira (15) seus trabalhos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A Casa só voltou nesta sexta do recesso parlamentar.

Carlos foi ao plenário para acompanhar as primeiras votações do ano. Compartilhou em suas redes sociais a foto de um requerimento de outro vereador para homenagear o vice-presidente, Hamilton Mourão, na Câmara Municipal. Carlos apoiou a proposta. "Assinando pedido de colega para oferecer a Medalha Pedro Ernesto para o general Mourão", escreveu.

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Mourão tem demarcado diferenças em relação ao presidente Bolsonaro, em entrevistas diárias. Carlos já insinuou no Twitter que o vice gostaria de substituir seu pai na Presidência.

A homenagem foi proposta pelo vereador Jimmy Pereira, do PRTB, partido de Mourão. Carlos não quis falar com a imprensa ao chegar à Câmara.

Após a notícia de que o ministro da secretaria-geral, Gustavo Bebianno, permanecerá no cargo, o presidente Jair Bolsonaro deixou o Palácio do Alvorada e chegou de surpresa ao Palácio do Planalto. A vinda não estava prevista na agenda oficial. Como o presidente ainda está em fase de recuperação, a expectativa era que ele só retornaria ao Planalto a partir da próxima semana.

Por pouco, Bolsonaro não cruzou com Bebianno, que deixou o prédio cerca de 15 minutos antes da chegada do presidente. O ministro não tem agenda oficial nesta sexta-feira. Seu único compromisso no Planalto foi a reunião com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo), que o comunicaram que ele permanecerá no cargo.

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Bolsonaro, por sua vez, passou a manhã reunido com ministros e assessores no Alvorada para costurar o fim da crise que envolve seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, e Bebianno. Ele também se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A próxima reunião prevista seria com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, às 16h. O encontro também aconteceria na residência oficial da Presidência, segundo a última agenda divulgada pela assessoria de imprensa.

Segundo fontes, o presidente Jair Bolsonaro concordou hoje com a avaliação de auxiliares próximos da necessidade de afastar Carlos de questões do governo. Ele ainda não se encontrou pessoalmente com Bebianno desde que recebeu alta e voltou a Brasília, na quarta-feira, 13.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi comunicado nesta sexta-feira (15), durante reunião a portas fechadas no Palácio do Planalto, que permanecerá no cargo. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, também participaram da reunião. A informação é do jornal O Globo que disse ter confirmou o comunicado através de fontes do Palácio.

Bebianno recebeu apoio de ministros palacianos, militares do governo e parlamentares, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Embora Bebianno seja alvo de uma crise - que foi amplificada pelo filho do presidente, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC) - foi considerado que houve um envolvimento familiar do governo grave que atuou para segurar ele no cargo.

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência recebeu apoio dos colegas do Palácio e foi aconselhado, nesta sexta-feira (15), a se recolher nos próximos dias e evitar declarações à imprensa. Ainda de acordo com O Globo, o grupo, que atuou para contornar a confusão, avalia que a apresentação do texto da reforma da Previdência vai ajudar a tirar os holofotes da crise.

Gustavo Bebianno enfrenta um processo de desgastes, provocado por denúncias envolvendo irregularidades na sua gestão à frente do caixa eleitoral do Partido Social Liberal (PSL).

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) está abusando da desorganização desde seu início, há um mês e meio. "Início de governo é desordenado. O atual está abusando", escreveu o tucano em sua conta no Twitter.

Segundo FHC, a interferência da família do presidente Bolsonaro no governo é um fator de desestabilização que afeta o País como um todo. Para o ex-presidente, "familiares" estão pondo "lenha na fogueira" ao invés de se ocuparem em debelar as dificuldades. "Problemas sempre há, de sobra. O presidente, a família, os amigos e aliados que os atenuem, sem soprar nas brasas", tuitou o tucano.

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A publicação de FHC surge no contexto de uma crise que envolve o presidente Jair Bolsonaro, um dos seus filhos, o vereador carioca Carlos Bolsonaro, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Pelo Twitter, Carlos desmentiu declarações do ministro e ainda publicou um áudio do pai - compartilhado depois pelo próprio presidente - no qual o chefe do Executivo dispensa um diálogo com Bebianno.

As atitudes dos Bolsonaro têm gerado instabilidade no governo e críticas de parlamentares, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que julgam o imbróglio como prejudicial a andamento da reforma da Previdência, que deve ser levada ao Congresso na próxima semana.

Em seu tuíte, Fernando Henrique também alertou para a possibilidade da crise se espalhar para além do núcleo do governo. "O fogo depois atinge a todos, afeta o país. É tudo a evitar", concluiu o ex-presidente.

Preocupados com as crises geradas pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro que interferem no dia a dia do governo, ministros se uniram nesta quinta-feira, 14, em defesa da permanência de Gustavo Bebianno à frente da Secretaria-Geral da Presidência. O núcleo militar resistia a conversar com o presidente sobre o tema família, mas, após a última polêmica protagonizada pelo vereador Carlos Bolsonaro, o ministro Santos Cruz, da Secretaria de Governo, foi indicado para a tarefa. A intenção é que o ministro, general da reserva e um dos mais próximos do núcleo familiar do presidente, o alerte sobre os riscos para a governabilidade.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também entrou no circuito dando declarações públicas em defesa do ministro. "A impressão que dá é que o presidente está usando o filho para pedir para o Bebianno sair. E ele é presidente da República, não é? Não é mais um deputado, ele não é presidente da associação dos militares", disse Maia à GloboNews.

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Bebianno ajudou na eleição de Maia para o comando da Casa, contrariando o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), que preferia um nome do PSL. "Ele é um ótimo interlocutor, mas quem escolhe ministro é o presidente", afirmou o presidente da Câmara. A preocupação é de que o ambiente conturbado do Executivo contamine o Legislativo e atrapalhe a tramitação da proposta de reforma da Previdência, que deverá ser enviada na próxima semana ao Congresso (mais informações no caderno de Economia). Menos enfático, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que Bebianno não tinha "obrigação" de acompanhar "tantas candidaturas" no País.

A operação segurou Bebianno no cargo pelo menos até o fim da noite de quinta. Apesar disso, o presidente mantém o ministro na geladeira e não o recebeu, como estava previsto. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, chegou a preparar um encontro entre os dois, o que não ocorreu. Em entrevista à revista Crusoé, Bebianno reclamou que está "sendo jogado aos leões de maneira injusta" e avaliou que Bolsonaro tem receio de que o caso envolvendo suspeitas de candidaturas laranjas do PSL possa "respingar" nele.

Bombeiro

A relação entre Onyx e Bebianno é conflituosa, mas ele estaria atuando como bombeiro porque também já ficou sob fogo cruzado quando vieram à tona suspeita de que usara caixa 2. O cinturão de apoio uniu vários nomes do governo que temem ser o próximo alvo dos tuítes de Carlos ou de seus irmãos, Flávio e Eduardo, todos respaldados pelo pai.

Foi pela rede social que veio o ataque mais duro a Bebianno. Carlos o chamou de mentiroso e divulgou pelo microblog mensagem de áudio enviada por Bolsonaro ao ministro como prova. Ele ficou contrariado por seu desafeto ter afirmado ao jornal O Globo que falara três vezes com Bolsonaro, enquanto o presidente ainda estava internado.

A quebra do sigilo da mensagem do presidente foi considerada "inadmissível" no Planalto porque está ligada à violação da segurança das comunicações do presidente da República. Os interlocutores do presidente vão tentar mostrar a ele que existe uma liturgia do cargo e que ela precisa ser respeitada.

Na mesma quarta-feira, o próprio presidente disse à TV Record que Bebianno mentiu ao O Globo. A entrevista foi gravada antes de Carlos disparar sua ira pelo Twitter. No Planalto, não há dúvidas de que Carlos apenas aproveitou a oportunidade para atacar o ministro mais uma vez, a quem acusa de atuar para prejudicar o governo.

Na entrevista à Record, o presidente colocou mais lenha na fogueira da crise, ao afirmar que pediu à Polícia Federal investigação sobre suspeitas de desvio de dinheiro na campanha eleitoral de candidatos do PSL e avisou que, caso Bebianno estivesse envolvido, poderia voltar "às origens". O ministro presidia o partido na época.

Mais do que proteger Bebianno, interlocutores do presidente estão convencidos de que "é preciso estancar" essa ação dos filhos de Bolsonaro. Destacam que misturar família e governo nunca deu bons resultados e citam o envolvimento dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em vários escândalos.

Do núcleo militar, além de Santos Cruz, o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, estão agindo para conter a crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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