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O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu uma calorosa recepção de seus apoiadores em Fortaleza, a capital do Ceará, nessa sexta-feira (29). Embora tenha sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro expressou sua intenção de retornar à arena política “se assim Deus permitir”, conforme relatado pelo Estadão.

Em frente a uma multidão, o ex-presidente mencionou os nomes do deputado federal André Fernandes (PL-CE), que tem a intenção de concorrer à prefeitura da capital cearense, e do deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE).

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“Agradeço a todos vocês pela oportunidade. Agradeço a Deus por me dar uma segunda chance e pela missão de liderar o Executivo por quatro anos. Se Deus quiser e isso estiver de acordo com a vontade Dele, no futuro, estaremos de volta”, declarou Bolsonaro em seu discurso.

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou à coligação Pelo Bem do Brasil e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) multas individuais de R$ 30 mil e R$ 10 mil, respectivamente, por impulsionarem propaganda negativa contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas Eleições de 2022 e pela falta do CNPJ do responsável pela publicação e da expressão “propaganda eleitoral”. A decisão unânime do Plenário ocorreu na sessão de julgamentos desta quinta-feira (28).

O relator da representação proposta pela coligação Brasil da Esperança, ministro Benedito Gonçalves, destacou que a legislação eleitoral veda o impulsionamento, pela internet, de propaganda negativa contra adversários.

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Durante o julgamento, Benedito informou que foram divulgados dez anúncios em site de busca que levavam internautas a site que continha conteúdo negativo ao adversário de Bolsonaro. Além disso, o ministro revelou que não havia, na propaganda, informações sobre o CNPJ do responsável, bem como a expressão “propaganda eleitoral”, conforme determina a legislação.

Segundo o relator, Bolsonaro e a coligação Pelo Bem do Brasil se valeram de armadilha para driblar a proibição legal e jurisdicional “em afronta à boa-fé objetiva mediante subterfúgio, procurando desviar a atenção do internauta e conduzi-lo a sítio eletrônico com vasto material de propaganda contra adversário político”.

De acordo com o ministro, esse subterfúgio ofende o artigo 57b do parágrafo 3º da Lei 9.504 de 97, que veda a utilização de impulsionamento para alterar o teor ou a repercussão de propaganda eleitoral.

Da assessoria do TSE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a enfrentar desconforto intestinal e novamente precisou ser atendido no hospital DF Star, em Brasília nesta quarta-feira, 27. Há uma semana, Bolsonaro passou pelo mesmo hospital, com problema semelhante. As duas internações ocorreram após ele receber alta em São Paulo, onde ele passou por duas cirurgias no hospital Vila Nova Star, zona sul da capital paulista.

"O Pr @jairbolsonaro apresentou novamente desconforto intestinal decorrente da facada ocorrida em 2018, foi internado no Hospital DF Star em Brasília, realizou exames no tráfego digestivo, dentre eles lavagem intestinal", afirmou Fábio Wajngarten, assessor e advogado do presidente. Ele também atualizou o estado de saúde do presidente: "Há poucos instantes teve alta, passa bem, está disposto, retornando para sua residência". Na internação do último dia 20, Bolsonaro ambém preciso realizar uma lavagem intestinal e exames.

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Bolsonaro já passou por sete cirurgias após receber uma facada durante a campanha eleitoral de 2018. As duas últimas foram realizadas no dia 12 de setembro, em São Paulo. O objetivo foi corrigir uma hérnia de hiato, para tratar um quadro de refluxo, e também realizar um desvio de septo para melhorar a respiração. Após as cirurgias, Bolsonaro se hospedou no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em janeiro deste ano, Bolsonaro foi operado nos Estados Unidos após sentir dores abdominais. Ele precisou tratar de uma aderência em uma hérnia incisional. Antes, em setembro de 2019, quando o atentado completou um ano, ele também foi operado. As outras três cirurgias aconteceram em dias posteriores ao atentado, enquanto ele estava internado na Santa Casa de Juiz de Fora e no Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo. Foram corrigidas perfurações nos intestinos.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) reagiram às recentes declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que demonstram uma tentativa de distanciamento da imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O mineiro pontuou diferenças entre ele e Bolsonaro, em evento na segunda-feira, 25, como a atuação na pandemia de covid-19 e a presença de familiares da política. Também defendeu a "união da direita" em congresso no fim de semana.

A empresários, nesta segunda, o governador justificou a campanha que fez a favor de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e de 2022, dizendo que o apoio se deu por causa do seu antipetismo, e não pela concordância com as ideias do ex-presidente.

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"Em Minas Gerais, apesar de nós termos 320 mil funcionários públicos, eu não tenho nenhum parente. Então, também temos aí uma diferença. Família para lá, negócios e carreiras para cá. São algumas diferenças. Mas eu tenho muito mais proximidade com ele (Bolsonaro) do que com quem governou Minas antes", acrescentou o governador. A gestão anterior à dele foi do PT.

A declaração foi alvo de críticas dos filhos do ex-presidente. Eles argumentaram que a ascensão política deles ocorreu pela influência do pai, mas que foram eleitos. "'Vamos unir a direita', 'Família para lá, negócios para cá'. A propósito, eu e meus irmãos fomos eleitos (e bem eleitos graças ao Jair Bolsonaro)", escreveu Eduardo, o filho "03", no X (antigo Twitter) nesta terça-feira, 26.

"Atacar a família acontece bastante quando não parecem gostar muitos dos seus e acabam usando essa baixeza digna de um malandro com cara de pastel", disse Carlos, o "02", também na rede social, nesta quarta, 27.

Carlos ainda chamou o governador de Minas de "insosso e malandro" e afirmou que ele "traz consigo uma colocação ardilosa digna de João Doria, aquele que pede desculpas a Lula depois de sempre ter usado Bolsonaro". Ele se referiu ao pedido de desculpas do ex-governador de São Paulo por falas sobre a prisão do petista.

No evento na segunda, Zema também lembrou das posturas que adotou durante a pandemia, antagônicas às de Bolsonaro. Zema tomou quatro doses de imunizante contra a covid-19 e incentivou a população de Minas a se vacinar. "Sou de um partido diferente dele (Bolsonaro). Durante a pandemia, tive uma posição totalmente diferente da dele."

Eduardo Bolsonaro também rebateu a declaração, com o compartilhamento de uma notícia do Portal R7, de março de 2021, que dizia que lojas da família de Zema ficaram abertas e funcionaram normalmente durante o período do isolamento social.

'União da direita'

No último sábado, 23, durante um congresso conservador em Belo Horizonte, Zema defendeu a união da direita e foi interrompido por uma pessoa da plateia com discurso antivacina. Fábio Wajngarten, assessor pessoal do ex-presidente, rebateu as declarações do governador nas redes sociais.

"Bolsonaro vem sendo perseguido desde janeiro de 2023. Não tem nenhuma ligação no meu celular, que está à disposição, 24/7 ligado, de ninguém pregando a união, nem oferecendo solidariedade, nem sugestão, nem nada. É tudo jogo de oportunismo político. Não passarão!", escreveu nas redes sociais.

No dia seguinte, no mesmo evento, Bolsonaro citou que "a direita sempre esteve unida". "O que nos falta é cada vez mais acertarmos o nosso norte", afirmou o ex-presidente, sem citar Zema.

No final de agosto, o governador mineiro condecorou o ex-presidente, entregando-lhe o título de cidadão honorário de Minas. Os dois dividem o mesmo segmento político, mas nos últimos dias Zema tem protagonizado declarações que sinalizam intenção de se descolar da imagem do ex-presidente. Bolsonaro é investigado em diversas frentes, como nos casos das joias desviadas do acervo da Presidência da República e da falsificação de comprovantes de vacinação, além da trama para se dar um golpe de Estado no Brasil.

Apoio ou distanciamento

Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível, a direita tem discutido quem pode ser o seu sucessor nas próximas eleições. Apesar de estar fora da disputa, o ex-presidente tem atuado ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, na costura das candidaturas de 2024.

Eles se encontraram diversas vezes com o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que rivaliza as primeiras pesquisas de intenção de voto com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O PL aposta em uma aliança na candidatura de Nunes enquanto cultiva outros nomes, como o do senador e ex-ministro Marcos Pontes.

No feriado da Independência, data cara ao bolsonarismo, Nunes disse durante um almoço que não é íntimo de Bolsonaro e que aguarda apoio à sua candidatura em 2024 "no tempo" do ex-presidente, afirmando-se como um político de centro. Questionado por um dos presentes, o prefeito disse "Eu, do lado do Bolsonaro?", frase que gerou mal-estar entre o clã bolsonarista.

Fidelidade em risco

Zema e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, são dois nomes que disputam o espólio do bolsonarismo para as eleições de 2026. A fidelidade com o ex-presidente tem sido colocada em risco porque, além da inelegibilidade, cravada pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro está no centro de investigações que têm fechado o cerco em torno dos seus apoiadores.

Entre elas, está o caso das joias sauditas. A Polícia Federal suspeita que ele seja o líder de um esquema internacional de venda de bens de alto valor recebidos em agendas oficiais. O ex-ajudante de ordens, Mauro Cesar Barbosa Cid, estava preso desde o começo de maio e foi solto no dia 9 de setembro depois de fechar um acordo de colaboração premiada.

Os termos do acordo estão sob sigilo, mas trechos já revelados mostram que Cid falou às autoridades sobre uma reunião que Bolsonaro fez com as Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de Estado. O ex-presidente tentou acessar o conteúdo da delação, sem sucesso.

O ex-presidente Jair Bolsonaro classificou como 'perseguição' a decisão da Justiça de Brasília de mantê-lo no banco dos réus por dizer que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) 'porque ela não merece'. A decisão que desagrada Bolsonaro implica na retomada da ação penal que ele responde por incitação ao crime - delito que prevê pena de detenção de 3 meses a 6.

"Defendemos desde sempre punição mais severa para quem cometa esse tipo de crime e justamente quem defende o criminoso agora vira a 'vítima'", escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter. "Fui insultado, me defendo e mais uma vez a ordem dos fatos é modificada para confirmar mais uma perseguição política conhecida por todos", queixou-se.

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A ação a qual Bolsonaro responde foi aberta em junho de 2016, quando a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal recebeu denúncia da Procuradoria-Geral da República contra ele - à época, deputado.

A acusação foi oferecida em dezembro de 2014, sob o argumento de que o então parlamentar 'instigou, com suas palavras, que um homem pode estuprar uma mulher que escolha e que ele entenda ser merecedora do estupro'.

Em 2019, quando Bolsonaro assumiu a Presidência, a tramitação ficou congelada. Após perder o foro por prerrogativa de função, o ex-presidente voltou a enfrentar o processo em razão de não ter mais a 'imunidade temporária' que gozava como chefe do Executivo.

A ação aportou na Justiça do DF em junho, após uma decisão do ministro Dias Toffoli. Em seu despacho, Toffoli anotou que a fase de instrução do processo ainda não estava finalizada e indicou que caberia a uma das varas do Tribunal de Justiça do DF seguir com a condução do caso.

Estavam pendentes o interrogatório do ex-presidente, o eventual requerimento de novas diligências e a intimação das partes do processo - a defesa de Bolsonaro e a Procuradoria-Geral da República - para apresentar alegações finais (os últimos argumentos antes do julgamento do processo). É a partir daí que o caso deve ser retomado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o PL precisa resolver alguns "problemas" para as eleições de 2024, inclusive em São Paulo. A declaração foi dada após atritos com o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), com quem tem se reaproximado.

"Se Deus quiser, vamos resolver a questão do Ceará. Temos alguns outros problemas por aí, vão pintar alguns problemas em São Paulo, a gente vai resolver isso tudo", disse Bolsonaro durante participação na CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora, na sigla em inglês) por videoconferência nesse sábado (23).

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Em São Paulo, o PL rifou o deputado Ricardo Salles (PL) da disputa para a Prefeitura no ano que vem e negocia uma aliança com Ricardo Nunes. Atraindo certa desconfiança da base bolsonarista, Nunes vive um "vaivém" com o ex-presidente.

No último dia 5, o prefeito disse em uma palestra que não tinha proximidade nem Bolsonaro nem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No dia 15, o prefeito visitou o ex-presidente no Hospital Vila Nova Star, onde Bolsonaro passou por duas cirurgias. Nunes já disse diversas vezes que espera ter o apoio dele para o projeto de reeleição.

No Ceará, também citado por Bolsonaro no evento, aliados esperam do ex-presidente uma definição sobre o candidato a prefeito de Fortaleza. O grupo político do PL discute o lançamento das pré-candidaturas do deputado André Fernandes (PL), do deputado estadual Carmelo Neto (PL) ou de algum outro nome. O ex-deputado federal Capitão Wagner (União), antigo aliado de Bolsonaro, corre paralelamente. Bolsonaro é apontado como aquele que vai bater o martelo sobre o candidato do PL na corrida.

União da direita

No evento em Belo Horizonte, Bolsonaro ainda citou que "a direita sempre esteve unida". "O que nos falta é cada vez mais acertarmos o nosso norte", disse o ex-presidente à plateia da CPAC.

Neste sábado, também na CPAC, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a união da direita. "No ano que vem, eleição municipal, temos de eleger bons vereadores e bons prefeitos aqui em Minas e em todo Brasil e a direita precisa trabalhar unida, nós temos de estar juntos", disse o governador.

Sem citar Zema, Fábio Wajngarten, assessor de Bolsonaro, criticou "esse papo de unir a direita". "Quando se olha a realidade, quem o propaga não mexe uma palha pela tal 'direita'", afirmou, no X (antigo Twitter), no sábado.

O governador de Minas é um dos pré-candidatos apontados para a disputa à Presidência em 2026, assim como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Eles são cotados para disputar o espólio de Bolsonaro, que se tornou inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria, nessa sexta-feira (22), para rejeitar o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro contra o julgamento que o deixou inelegível por oito anos.

Até o momento, os ministros Benedito Gonçalves (relator), Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e André Ramos Tavares votaram para manter a decisão tomada em junho.

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O julgamento está em curso no plenário virtual do TSE. Nessa modalidade, os ministros não se reúnem para debater o processo. Os votos são registrados em uma plataforma online.

Os advogados do ex-presidente alegaram no recurso que o TSE cerceou o direito de defesa e deixou de analisar questões levadas ao tribunal. Bolsonaro ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas as chances de vitória são consideradas remotas.

O ex-presidente foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores estrangeiros, em julho de 2022, no Palácio do Alvorada, em que atacou as urnas eletrônicas. Os ministros concluíram que ele usou o cargo e a estrutura pública para fazer campanha e incentivar ataques ao sistema eleitoral.

Declarado inelegível pelo TSE, Bolsonaro fica impedido de participar das eleições de 2024, 2026 e 2028, mas ainda terá chance de participar do pleito de 2030, segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo Estadão. Isso porque o prazo da inelegibilidade tende a ser contado a partir da última eleição disputada, ou seja, 2 de outubro de 2022. Como o primeiro turno da eleição de 2030 está previsto para 6 de outubro, Bolsonaro já teria cumprido a punição. Um eventual registro de candidatura, no entanto, depende do aval da Justiça Eleitoral.

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro liberou 84% de todo o recurso de auxílios financeiros durante o período eleitoral de 2022, quando Bolsonaro concorria à reeleição no Palácio do Planalto. Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que, entre agosto e outubro, até o final do segundo turno, a gestão Bolsonaro pagou R$ 9,77 bilhões do total de R$ 11,65 bilhões previstos no ano em empréstimos consignados do Auxílio Brasil, do Auxílio Caminhoneiro e do Auxílio Taxista, impactando 3,7 milhões de pessoas.

"O que me parece claro, lendo os relatórios, houve sim o uso desses instrumentos de maneira inadequada durante o período eleitoral", afirmou o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho. Os empréstimos consignados são empréstimos de maior facilidade de contratação em que o valor das parcelas é descontado diretamente na folha do benefício.

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No caso do Auxílio Taxista, quase oito em cada dez dos 246 mil beneficiários (78%) estavam foram do perfil. Pessoas que sequer tinham a carteira de motorista, disse Carvalho, receberam o recurso. Só desse benefício foram R$ 1,4 bilhões enviados. No somatório total, foram R$ 1,97 bilhão foi em potenciais pagamentos indevidos de todos os benefícios.

Carvalho diz que a CGU fará uma análise para apurar responsabilidades a possíveis desvios que possam ter sido cometidos e os dados serão enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ser incorporados às análises que apuram um possível uso político dos benefícios para favorecer o pleito de Bolsonaro em 2022. Haverá, também, o monitoramento de providências para a devolução dos recursos pagos indevidamente.

"Salta aos olhos você fazer um programa em que quase 80% das pessoas que recebem o auxílio não deveriam receber. No mínimo, você não se preocupou em exigir informações mínimas, como carteira de habilitação para quem vai receber", afirmou.

Bolsonaro mencionou o Auxílio Brasil para se promover em atos de campanha à Presidência. Faltando uma semana para a votação do segundo turno da eleição presidencial, Bolsonaro afirmou que com o Auxílio Brasil dá para comprar três vezes mais picanha do que com o Bolsa Família, para provocar Luiz Inácio Lula da Silva. "Muitos oferecem o paraíso e a gente sabe que não tem nada fácil. Se compararmos o valor do Bolsa Família e dividirmos pelo preço da picanha, e no nosso governo, dividirmos o Auxílio Brasil pelo preço da picanha, se compra três vezes mais picanha", afirmou Bolsonaro, sob aplausos e gritos de "mito".

"Isso não é favor meu. O dinheiro é de vocês. Essas pessoas (que recebem o Auxílio Brasil) em sua grande maioria já têm idade, problemas de saúde e praticamente não têm como sobreviver sem a ajuda do estado. E o estado tem a sua função social", disse Bolsonaro no mesmo ato.

O levantamento da CGU mostra ainda que 3 milhões de pessoas realizaram empréstimos consignados durante o período eleitoral, em 2022, no valor médio de R$ 2.567,52 com juros anuais de 51,11%. "Os juros cobrados das pessoas beneficiárias do Auxílio Brasil, ou seja, pessoas vulnerabilizadas no ponto de vista de renda foram significativamente maiores do que os juros aplicados e cobrados de pessoas que podem fazer crédito consignado", disse Carvalho. Ainda houve 46 mil famílias beneficiárias do Auxílio Brasil que não fizeram contrato de empréstimo consignado, e, mesmo assim, tiveram desconto indevido. 46 mil contratos, no valor de R$ 8,4 milhões.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tem dois votos para rejeitar o recurso do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) na ação que o tornou inelegível por oito anos devido a abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O relator e corregedor-Geral Eleitoral, o ministro Benedito Gonçalves, foi o primeiro a votar e se posicionou contra o pedido da defesa do ex-chefe do Executivo. Ele foi acompanhado pelo ministro André Ramos Tavares.

A sessão virtual foi aberta, nesta sexta-feira (22), e fica disponível para voto até a próxima quinta-feira (28). Ainda não votaram os ministros Alexandre de Moraes, Nunes Marques, Cármen Lúcia, Raul Araújo e Floriano de Azevedo Marques.

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O recurso apresentado pela defesa de Bolsonaro é uma nova cartada na tentativa de possibilitar que o ex-presidente participe de eleições após condenação no TSE. O tipo de recurso apresentado, denominado de "embargos de declaração", não tem poder para alterar o mérito da decisão, mas pode fazer com que os ministros reconheçam erros ou contradições no acórdão do julgamento.

No documento, a defesa de Bolsonaro argumenta que o ex-presidente teve o direito à ampla defesa cerceado, uma vez que as questões processuais apresentadas previamente não foram analisadas. Nesse sentido, os advogados solicitam que a Corte se manifeste sobre "o cerceamento de defesa" e do direito ao contraditório, e que anulem provas "obtidas em violação ao devido processo legal".

Como mostrou o Estadão, entre as pessoas que acompanham o andamento do processo de Bolsonaro no TSE vigora a interpretação de que somente uma "hecatombe" levaria os ministros a mudar de posição e acatar os pedidos da defesa.

O próximo passo para a defesa de Bolsonaro, depois de analisados os embargos, é recorrer do mérito da decisão de inelegibilidade. Os ministros que vão julgar o eventual recurso, entretanto, são os mesmos que há menos de três meses tiraram Bolsonaro das próximas três eleições.

Em junho de 2023, por 5 votos a 2, a Corte Eleitoral decidiu que Bolsonaro usou do cargo para espalhar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação, na tentativa de ter ganhos eleitorais, atacar o TSE e fazer "ameaças veladas". Para o Tribunal, a conduta do ex-chefe do Executivo impactou diretamente o pleito.

A reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros em julho de 2022 foi o ponto de partida do processo. Durante o encontro, o ex-chefe do Executivo repetiu a tese, sem apresentar provas, de que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraudes. "Eu sou acusado o tempo todo de querer dar o golpe, mas estou questionando antes porque temos tempo ainda de resolver esse problema", disse na época, ao apresentar um PowerPoint com desconfianças e ataques a ministros do STF.

A decisão do TSE define que o ex-presidente não pode disputar eleições por oito anos, contados a partir do primeiro turno da eleição de 2022, ou seja, dia 2 de outubro. Dessa forma, Bolsonaro fica fora as eleições municipais de 2024 e 2028 e as eleições gerais de 2026. A decisão da inelegibilidade não acarreta na perda ou na suspensão dos direitos políticos do ex-presidente como direito ao voto e de participação na organização partidária.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu o silêncio que vinha adotando em relação ao acordo de colaboração premiada feito pelo seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cesar Barbosa Cid. Por meio de uma nota divulgada pelos seus advogados nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente negou todas as suspeitas que pairam sobre ele e prometeu "medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça".

O ex-ajudante de ordens fez um acordo de colaboração premiada que foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no último dia 9, no meio do feriado prolongado do 7 de setembro. A delação colocou Mauro Cid, que estava preso desde maio, em liberdade. Os termos do acordo, ajustado com a Polícia Federal (PF), estão em segredo de Justiça, mas alguns detalhes vieram a público.

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Como mostrou o Estadão, Mauro Cid teria dito que entregou nas mãos de Bolsonaro dinheiro vivo oriundo da venda de joias que foram recebidas durante agendas oficiais da Presidência, confirmando a suspeita da PF de que o ex-presidente coordenava esse suposto esquema. Nesta quinta-feira, 21, outro trecho da delação foi revelado: Cid diz que, depois das eleições passadas, Bolsonaro se reuniu com a cúpula das Forças Armadas para avaliar a possibilidade de um golpe de estado.

Nessa última ocasião, o ex-presidente teria apresentado aos militares uma "minuta de golpe", que teria sido entregue a ele por Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência. Durante uma sessão do Senado, em março de 2021, quando acompanhava o então ministro das Relações Exteriores, Martins teria feito um gesto supremacista, gesto que lhe rendeu uma ação criminal.

Ele foi absolvido na primeira instância da Justiça Federal e o Ministério Público Federal (MPF) recorreu para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, onde o caso aguarda julgamento.

A nota divulgada pela defesa de Bolsonaro diz que o ex-presidente "jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal" - repetindo, no final desta frase, um dos jargões frequentes de Bolsonaro.

No final do texto, os advogados do ex-presidente reiteram que ainda não conseguiram ter acesso ao conteúdo da delação. Nesta terça, 19, Bolsonaro e sua esposa Michelle, que também é investigada no caso das joias sauditas, pediram ao STF para ter acesso ao conteúdo acordo de delação.

A declaração desta quinta muda o tom de Bolsonaro a respeito do seu ex-ajudante de ordens. Até o momento, o ex-presidente vinha argumentando que Cid agiu por conta própria e negou ter dado qualquer ordem para que o tenente-coronel cometesse crimes. A caminho de Abadiânia, no dia 18 de agosto, Bolsonaro disse ao Estadão que Cid "tinha autonomia" e que desejava "clarear o mais rápido possível" toda a situação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) precisou ser internado novamente em Brasília, após apresentar "desconforto intestinal". Ele realizou lavagem intestinal e exames do tráfego digestivo e recebeu alta ainda na noite desta quarta-feira, 20. A informação é de Fabio Wajngarten, advogado e assessor do ex-presidente, que atribuiu o quadro médico à facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.

O ex-presidente já passou por sete cirurgias desde então. As duas últimas foram realizadas no dia 12 de setembro no Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo. O objetivo foi corrigir uma hérnia de hiato, para tratar um quadro de refluxo, e também realizar um desvio de septo para melhorar a respiração. Após as cirurgias, Bolsonaro se hospedou no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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"O Pr Jair Bolsonaro apresentou novamente desconforto intestinal decorrente da facada ocorrida em 2018, foi internado no Hospital DF Star em Brasília, realizou exames do tráfego digestivo, dentre eles a lavagem intestinal. Há poucos instantes teve alta, retornando para sua residência", escreveu Wajngarten em uma rede social.

Segundo o aliado, o ex-presidente retornou ao otorrinolaringologista na terça-feira (19) pela manhã, ainda na capital paulista, para realizar limpeza e aspiração do nariz em razão da cirurgia mais recente no local. Ele passará por uma nova avaliação na próxima semana.

Em janeiro deste ano, Bolsonaro foi operado nos Estados Unidos após sentir dores abdominais. Ele precisou tratar de uma aderência em uma hérnia incisional. Antes, em setembro de 2019, quando o atentado completou um ano, ele também foi operado. As outras três cirurgias aconteceram em dias posteriores ao atentado, enquanto ele estava internado na Santa Casa de Juiz de Fora e no Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo. Foram corrigidas perfurações nos intestinos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar nesta sexta-feira (22) recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação que o tornou inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O tipo de recurso apresentado pelos advogados de Bolsonaro, os embargos de declaração, não tem poderes para alterar o mérito da decisão, mas pode fazer com que os ministros reconheçam erros ou contradições no acórdão do julgamento.

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Os advogados do ex-presidente pedem que os ministros se manifestem sobre "o cerceamento de defesa" e do direito ao contraditório. Outro ponto pleiteado é que anulem provas "obtidas em violação ao devido processo legal".

Entre as pessoas que acompanham o andamento do processo de Bolsonaro no TSE vigora a interpretação de que somente uma "hecatombe" levaria os ministros a mudar de posição e acatar os pedidos da defesa. A votação dos embargos será feita no plenário virtual da Corte em julgamento com duração de seis dias.

Depois de analisados os embargos, a defesa do ex-presidente ainda pode recorrer do mérito da decisão de inelegibilidade. Porém, os ministros que vão julgar o eventual recurso são os mesmos que há menos de três meses tiraram Bolsonaro das próximas duas eleições.

Em junho, Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas. O discurso foi transmitido ao vivo nas redes sociais e na TV Brasil. O placar foi de 5 a 2 para tornar o ex-presidente inelegível por 8 anos.

A avaliação do colegiado, conforme o voto do relator Benedito Gonçalves, é a de que Bolsonaro usou o cargo de presidente para espalhar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação, na tentativa de ter ganhos eleitorais, atacar o TSE e fazer 'ameaças veladas'. Para a Corte eleitoral, a conduta do ex-chefe do Executivo impactou diretamente o pleito.

Caso Bolsonaro esgote as chances de recursos no TSE, a sua defesa ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a inelegibilidade. A situação no plenário da Suprema Corte, contudo, não é mais favorável do que na Justiça Eleitoral. O ex-presidente possui apenas dois aliados fiéis no STF: os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

O Ibama reabriu o processo que multou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em R$ 10 mil por praticar pesca ilegal em área de conservação ambiental no litoral do Rio de Janeiro em 2012. A penalidade havia sido anulada pelo órgão no início de 2019, após parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) emitido dias antes da posse de Bolsonaro na Presidência. Na época, a AGU considerou que ele não teve um amplo direito de defesa durante o processo e que o prazo para aplicação da punição já havia passado. O ex-presidente classificou, nessa terça-feira (19), a revalidação da multa como "perseguição".

Em 2019, o Ibama decidiu tornar o processo nulo, ao considerar o parecer da AGU que avaliou que o prazo de prescrição da multa seria de cinco anos, tendo se encerrado, então, em 2017. Porém, em um novo parecer, a AGU entendeu que o período é 12 anos.

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A nova decisão do Ibama foi assinada, no domingo (17), por Halisson Peixoto Barreto, coordenador-geral do Centro Nacional do Processo Sancionador Ambiental (Cenpsa). Segundo ele, o órgão ambiental ainda tinha tempo para corrigir "os vícios apontados" pela AGU, já que o prazo de prescrição do crime ambiental cometido por Bolsonaro se encerra, portanto, em 2024.

"O Ibama reabriu processo relativo à apuração da infração cometida pelo autuado, tendo em vista que o prazo prescricional, quando da decisão proferida à época, não corresponde com o prazo legal aplicável. O despacho baseia-se em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que apoia a tese de que o prazo para a aplicação da multa não é de cinco, mas de 12 anos", disse o Ibama, em nota.

O Estadão procurou a assessoria do ex-presidente para perguntar sobre o pagamento da multa imposta pelo Ibama, mas não obteve retorno.

Entenda o crime ambiental cometido por Bolsonaro

No dia 25 de janeiro de 2012, quando era deputado federal pelo PP, Bolsonaro foi flagrado em um bote pescando na Estação Ecológica de Tamoios, área de conservação protegida pelo governo federal no litoral dos municípios fluminenses de Angra dos Reis e Paraty. Para se defender, afirmou que tinha um documento do Ministério da Pesca que liberava a atividade naquela região.

Nesta terça-feira, Bolsonaro criticou a nova decisão e afirmou que estava no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e não na Estação de Tamoios, quando foi autuado em 6 de março de 2012.

Porém, a data da atuação não é a que ele foi flagrado cometendo a infração. Segundo o Ibama, a demora para protocolar a multa ocorreu porque o ex-chefe do Executivo teria se recusado a apresentar seus documentos pessoais.

No momento em que foi flagrado praticando a pesca ilegal na estação de conservação, Bolsonaro foi fotografado pelo servidor do Ibama em cima do bote e portando uma vara de pescar.

Fiscal que multou Bolsonaro foi exonerado

O servidor do Ibama que multou Bolsonaro é José Olímpio Augusto Morelli que, em 28 de março de 2019, quando o mandato de Bolsonaro na Presidência completava o seu terceiro mês, foi exonerado de um cargo na Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro) do órgão. A decisão foi tomada pelo major Olivaldi Alves Borges Azevedo, que foi escolhido pelo então presidente para assumir a chefia da diretoria.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar nesta terça-feira, 19, quatro aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) investigados no caso das fraudes nos cartões de vacina da covid-19. Eles estavam presos preventivamente desde maio e agora foram colocados em liberdade provisória.

Moraes impôs medidas cautelares a todos, inclusive uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com outros investigados e de acesso a redes sociais.

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A decisão beneficia o sargento Luís Marcos dos Reis, o major da reserva Ailton Gonçalves Moraes Barros, o ex-assessor Sérgio Cordeiro e o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ) João Carlos de Sousa Brecha.

As fraudes em dados da vacinação colocaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, na mira da Polícia Federal. O ex-assessor da presidência foi preso na investigação, mas recebeu liberdade provisória após assinar um acordo de delação premiada.

Relatórios da investigação apontam que o esquema era operado em três etapas. Primeiro, os números de série de vacinas aplicadas em terceiros eram apropriados para criar cartões falsos de vacinação em nome de pessoas que não haviam sido de fato imunizadas. Em um segundo momento, os lotes eram registrados no sistema online do Ministério da Saúde. Por fim, certificados de imunização eram emitidos no aplicativo ConecteSUS e as informações excluídas do banco nacional de controle das vacinas, para apagar rastros.

O advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes é apontado pela Polícia Federal como uma espécie de intermediário de um braço do esquema junto à prefeitura de Duque de Caxias. Ele teria levantado lotes enviados ao Rio de Janeiro e cadastrado duas doses da Pfizer no nome da mulher de Mauro Cid.

O então secretário de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, teria passado as credenciais para inclusão, no sistema do Ministério da Saúde, dos dados falsos de vacinação da família de Mauro Cid e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A PF afirma que o sargento Luís Marcos dos Reis teria pedido ao sobrinho, o médico Farley Vinicius Alcântara, para preencher e carimbar um dos cartões falsos emitidos em nome da mulher de Mauro Cid.

Já Sérgio Cordeiro é suspeito de ter falsificado o certificado de vacinação para usar em viagens internacionais em que acompanhou Bolsonaro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu nesta segunda-feira (18) com advogados para definir a estratégia de defesa no caso das joias sauditas. Ele é um dos alvos de investigações da Polícia Federal (PF) que apuram um esquema de venda ilegal de objetos de valor recebidos em missões oficias por integrantes de seu governo. A reunião aconteceu pela manhã no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo.

Bolsonaro está hospedado no local desde a última sexta-feira (15) após realizar duas cirurgias no hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital. O convite para que o ex-presidente ficasse hospedado no Bandeirantes partiu do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo Fabio Wajngarten, advogado e porta-voz do ex-presidente, Bolsonaro deve deixar a cidade de São Paulo nesta terça-feira, 19, após ser examinado pela equipe médica.

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Desde o último dia 11 que a defesa de Bolsonaro tenta ter acesso ao depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid. Porém, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de acesso. O depoimento de Cid, feito no dia 31 de agosto, preocupa o ex-presidente e sua família. Um interlocutor de Bolsonaro disse, sob reserva, que ninguém no PL tem dúvidas de que mais denúncias contundentes vão aparecer, e não somente relativas ao escândalo das joias. No último sábado, 9, o tenente-coronel teve homologado seu acordo de delação premiada.

Em meio a essa e outras investigações, Bolsonaro tem mantido sua base fiel de apoiadores no mesmo patamar. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, 15, 25% dos brasileiros afirmam ser bolsonaristas raiz. Do outro lado do espectro político, 29% dos eleitores se definem como petistas convictos, o que enfatiza que a polarização política no Brasil ainda é uma realidade entre o eleitorado mesmo após quase um ano da eleição presidencial de 2018.

Desde que deixou a Presidência, há nove meses, Bolsonaro já foi intimado seis vezes para prestar depoimento à PF, teve o celular apreendido no âmbito das investigações sobre as fraudes nos cartões de vacinação e os sigilos fiscal e bancário quebrados no bojo da operação sobre a venda de joias recebidas durante viagens oficiais. Nesse mesmo período, também viu aliados próximos serem presos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou o último fim de semana hospedado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, junto com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O ex-chefe do Executivo teve alta hospitalar na tarde da última sexta-feira (15), após apresentar uma "excelente recuperação e melhora clínica". Segundo o assessor de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, o ex-presidente deve se manter na cidade até terça-feira (19), por orientação médica.

Bolsonaro ficou internado na unidade da zona sul de São Paulo, do Hospital Vila Nova Star, desde a última segunda (11), quando passou por dois procedimentos cirúrgicos: para tratar um quadro de refluxo e para melhorar a condição respiratória. Segundo Wajngarten, o ex-presidente se recupera "de forma satisfatória com evolução contínua" e segue com uma alimentação pastosa.

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Outra cirurgia que estava prevista no intestino foi descartada pela equipe médica, por causa do estado de saúde satisfatório de Bolsonaro.

A internação do ex-presidente ocorreu em meio às investigações sobre o esquema de venda ilegal de joias recebidas em missões oficias por integrantes do governo Bolsonaro. O caso segue para uma nova etapa com a homologação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço direito do ex-presidente.

Como mostrou o Estadão, a delação de Cid preocupa cada vez mais o ex-presidente e sua família. Um interlocutor de Bolsonaro disse, sob reserva, que ninguém no PL tem dúvidas de que mais denúncias contundentes vão aparecer, e não somente relativas ao escândalo das joias. O depoimento do ex-ajudante de ordens pode, inclusive, fazer Bolsonaro ser expulso do Exército e deixar de ser capitão reformado.

Nesta sexta-feira, segundo uma reportagem da revista Veja, Cid teria dito à Polícia Federal (PF) que entregou parte do dinheiro proveniente do esquema ilegal de venda de joias nas mãos de Bolsonaro. A quantia teria sido depositada na conta do pai do tenente-coronel, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid. O ex-presidente, então, teria recebido em mãos US$ 68 mil, que foi entregue de forma parcelada, com um repasse nos Estados Unidos e outro no Brasil.

As tentativas de vender as joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit composto por colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo saudita para o então presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Em meio a essa e outras investigações, Bolsonaro tem mantido sua base fiel de apoiadores no mesmo patamar. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (15), 25% dos brasileiros afirmam ser bolsonaristas raiz. Do outro lado do espectro político, 29% dos eleitores se definem como petistas convictos, o que enfatiza que a polarização política no Brasil ainda é uma realidade entre o eleitorado mesmo após quase um ano da eleição presidencial de 2018.

Desde que deixou a Presidência, há nove meses, Bolsonaro já foi intimado seis vezes para prestar depoimento à PF, teve o celular apreendido no âmbito das investigações sobre as fraudes nos cartões de vacinação e os sigilos fiscal e bancário quebrados no bojo da operação sobre a venda de joias recebidas durante viagens oficiais. Nesse mesmo período, também viu aliados próximos serem presos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "cachaceiro" na manhã deste sábado (16) e criticou o aumento do número de ministérios na gestão petista, referindo-se à criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. As declarações foram feitas nas redes sociais, acompanhadas da foto de um fundo de poço.

"Mais um ministério criado pelo desgoverno, que continua jogando no lixo tudo que o País precisa para prosperar economicamente, inchando mais ainda a máquina pública", disse o ex-presidente na manhã deste sábado. Com a abertura da nova pasta, o governo chegou a 38 ministérios (diferente dos 39 apontados por Bolsonaro em sua postagem). Esse é o maior número de ministros entre os três mandatos de Lula e só é menor do que o do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que teve 39 pastas.

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A postagem de Bolsonaro nas redes sociais acontece em meio à investigação do caso das joias. Ele e pessoas do seu entorno são suspeitos de articularem um esquema internacional de venda de joias e objetos de alto valor recebidos durante agendas oficiais e que seriam, portanto, bens da União. Seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, considerado uma peça central no caso, deixou a prisão no sábado passado, 9, depois de um acordo de delação premiada com a PF. Os termos permanecem sob sigilo, mas, de acordo com a revista Veja, ele teria confessado que entregou nas mãos de Bolsonaro dinheiro vivo oriundo da venda de joias. O ex-presidente não comentou o caso em suas redes.

Dança das cadeiras na Esplanada

O Ministério para Micro e Pequena Empresa acomodou Márcio França (PSB), retirado da pasta de Portos e Aeroportos para dar lugar ao deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), representante do Centrão. A manobra abriu uma crise com o PSB e Lula precisou prometer ao menos duas indicações para França no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Parte desse xadrez retirou a ministra Ana Moser do Ministério do Esporte, dado ao deputado André Fufuca (PP-MA), aliado do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). O nome da ex-ministra foi ignorado no anúncio da reforma ministerial.

Neste sábado, o ex-presidente também criticou o número total de ministérios do governo Lula, relembrando os cortes que ele fez quando assumiu a presidência em 2019. "Também vale ressaltar que reduzimos para 23 o número de ministérios. O cachaceiro acaba de bater o recorde criando mais um, além de outro já inventado nos últimos dias, sendo agora 39 para ‘segurar’ sua indecorosa posição."

Ao assumir a presidência, Lula recriou ministérios que haviam sido extintos na gestão bolsonarista - como Igualdade Racial, Cidades, Desenvolvimento Social, Planejamento e Gestão e Indústria e Comércio - e montou novas pastas, como o Ministério dos Povos Originários. Com as últimas mudanças, hoje o governo do PT tem 38 ministérios.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, que disse que não comentará o episódio.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve alta hospitalar na tarde desta quarta-feira, 15, após apresentar uma "excelente recuperação e melhora clínica", segundo boletim médico. O ex-chefe do Executivo estava internado na unidade da zona sul de São Paulo, do Hospital Vila Nova Star, desde segunda, 11, quando passou por dois procedimentos cirúrgicos.

Uma das cirurgias tinha como objetivo corrigir uma hérnia de hiato, para tratar um quadro de refluxo, e a segunda, um desvio de septo, para melhorar a condição respiratória. Os procedimentos, feitos na terça-feira, 12, ocorreram "de forma satisfatória", segundo médicos que acompanharam o ex-presidente.

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Outra cirurgia que estava prevista no intestino foi descartada pela equipe médica, por causa do estado de saúde satisfatório de Bolsonaro.

Na saída do hospital, o ex-presidente cumprimentou apoiadores que estavam em frente à unidade.

A previsão é que Bolsonaro se hospede no Palácio dos Bandeirantes, a convite do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que visitou o ex-presidente no hospital. "Que bom encontrá-lo bem e disposto, presidente Jair Bolsonaro. Seguimos orando pelo senhor e que Deus acompanhe a sua recuperação", escreveu Tarcísio em publicação nas redes sociais no dia 13.

A internação do ex-presidente ocorreu em meio às investigações sobre o esquema de venda ilegal de joias recebidas em missões oficias por integrantes do governo Bolsonaro. O caso segue para uma nova etapa com a homologação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço-direito do ex-presidente.

Como mostrou o Estadão, a delação de Cid preocupa cada vez mais o ex-presidente e sua família. Um interlocutor de Bolsonaro disse, sob reserva, que ninguém no PL tem dúvidas de que mais denúncias contundentes vão aparecer, e não somente relativas ao escândalo das joias. O depoimento do ex-ajudante de ordens pode, inclusive, fazer Bolsonaro ser expulso do Exército e deixar de ser capitão reformado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem previsão de ter alta hospitalar para sexta-feira (15) e depois deve se hospedar no Palácio dos Bandeirantes, a convite do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). As informações são do assessor Fabio Wajngarten.

Bolsonaro foi submetido a cirurgias para reduzir refluxo gástrico e corrigir desvio de septo nasal. O ex-presidente está internado desde segunda-feira no Hospital Vila Nova Star, na zona sul da cidade. Segundo boletim médico, os procedimentos ocorreram "de forma satisfatória".

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Nesta quarta, Bolsonaro recebeu a visita de Tarcísio. "Que bom encontrá-lo bem e disposto, presidente Jair Bolsonaro. Seguimos orando pelo senhor e que Deus acompanhe a sua recuperação", disse escreveu Tarcísio em publicação nas redes sociais.

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O ex-presidente já fez cinco cirurgias desde que levou uma facada em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial de 2018. O último procedimento ocorreu nos Estados Unidos, em janeiro deste ano. No dia 9 daquele mês, um dia após os atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes por seus apoiadores, em Brasília, ele sentiu dores abdominais e precisou tratar de uma aderência em uma hérnia incisional.

Alvo de investigações

A internação do ex-presidente ocorre em meio às investigações sobre o esquema de venda ilegal de joias recebidas em missões oficias por integrantes do governo Bolsonaro. Revelado pelo Estadão em março, o caso agora segue para uma nova etapa com a homologação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço direito do ex-presidente.

Como mostrou o Estadão, a delação de Cid preocupa cada vez mais o ex-presidente e sua família. Um interlocutor de Bolsonaro disse, sob reserva, que ninguém no PL tem dúvidas de que mais denúncias contundentes vão aparecer, e não somente relativas ao escândalo das joias. O depoimento do ex-ajudante de ordens pode, inclusive, fazer Bolsonaro ser expulso do Exército e deixar de ser capitão reformado.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se hospedar no Palácio dos Bandeirantes assim que receber alta do hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde realizou duas cirurgias nesta terça-feira, 12. O convite foi confirmado pelo governo de São Paulo. Contudo, o assessor de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, afirmou ao Estadão que a hospedagem na residência oficial do governador ainda não está definida. Mesmo a data de alta de Bolsonaro ainda não foi confirmada.

Mais cedo, Wajngarten informou que os procedimentos foram realizados com sucesso. O próprio ex-presidente publicou em suas redes uma imagem no centro cirúrgico.

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"Agradecemos as preces, as cirurgias do PR @jairbolsonaro já terminaram e transcorreram dentro da maior tranquilidade. O paciente está nesse momento na sala de recuperação e, em breve, emitiremos um boletim médico com mais informações do quadro evolutivo", afirmou Wajngarten.

Bolsonaro passou por procedimentos de correção de hérnia de hiato, o que vinha causando refluxo, soluços e tosses secas contínuas, assim como desvio de septo para melhorar a condição respiratória.

Antes dessas operações, Bolsonaro já havia feito cinco cirurgias para tratar de consequências da facada que recebeu durante a campanha eleitoral de 2018 em Juiz de Fora.

Em janeiro deste ano, ele operou nos Estados Unidos, após sentir dores abdominais, e precisou tratar de uma aderência em uma hérnia incisional. Antes, em setembro de 2019, quando atentado completou um ano, ele também se operou. As outras três cirurgias aconteceram em dias posteriores ao atentado, enquanto ele estava internado na Santa Casa de Juiz de Fora e no Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo. Foram corrigidas perfurações nos intestinos.

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