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Uma ferramenta robô desenvolvida por partidos da oposição observou que apenas 22% dos deputados costumam votar contra as propostas defendidas pelo governo Lula na Câmara. Só 112 dos 513 parlamentares seguem como opositores ferrenhos e ainda fiéis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O levantamento indicou que um em cada cinco deputados votam majoritariamente contra o atual governo. O estudo acompanhou 27.953 votos feitos do início do ano até o dia 10 de outubro. 

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O partido mais fiel a Bolsonaro é o Novo, que conta com apenas três representantes e possui um índice de alinhamento nas votações de 90,5%. O Republicanos elegeu 41 nomes, mas apenas três deputados são fiéis ao ex-presidente. O próprio partido da família Bolsonaro, o PL, reúne 81 fiéis, mas precisam lidar com nove apoiadores da situação e 10 independentes.

Entre os dois lados aparecem 34 parlamentares independentes, correspondente a 6% da Câmara. Com maior quórum nas votações, 391 deputados (74%) costumam seguir os alinhamentos do governo Lula. O partido mais fiel ao atual presidente é o PCdoB, com índice de 99,2%, seguido pelo PT do presidente Lula, com 99%.

Transitou em julgado a decisão que condenou o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, a pagar indenização coletiva a jornalistas por danos morais em R$ 50 mil.

A decisão foi promulgada pela 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. O valor da multa será revertido ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos de São Paulo.

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A ação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo alegou que Bolsonaro atacava sistematicamente a categoria de forma agressiva em seus pronunciamentos e na rede social.

O sindicato registrou 175 agressões de Bolsonaro contra a imprensa em 2020. A fonte é o relatório “Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil, da Federação Nacional dos Jornalistas.

O relatório apresenta exemplos, como os ataques homofóbicos, xingamentos, agressões às mulheres jornalistas durante entrevistas e até a ameaça de dar socos em um profissional.

Tentamos contato com a assessoria do ex-presidente Bolsonaro, mas não conseguimos contato até o fechamento dessa reportagem.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) sugeriu, nessa quarta-feira (18), que a Polícia Federal (PF) analise as doações, via Pix, recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido de investigação partiu dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fábio Contarato (PT-ES) e Jorge Kajuru (PSB-GO) e da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Eles atribuem ao ex-presidente crime contra a economia popular e estelionato.

A PGR negou abrir novo inquérito para apurar as doações, por considerar que os parlamentares não poderiam ter entrado com o pedido direto no Supremo Tribunal Federal (STF), mas sugeriu o encaminhamento à PF. A decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes.

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Segundo a PGR, o setor de Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores da Polícia Federal, que cuida de investigações sobre autoridades, deve analisar se há conexão entre as doações e a investigação das milícias digitais. Bolsonaro é um dos investigados no caso.

"Mostra-se relevante o encaminhamento da representação à Polícia Federal para apurar se as informações prestadas nesta representação efetivamente possuem conexão com o objeto destes autos. Em especial se as transações atípicas, noticiadas pelo Coaf à mencionada CPMI, foram realizadas por doadores envolvidos na organização criminosa investigada nestes autos", diz um trecho do parecer da Procuradoria.

O subprocurador Carlos Frederico Santos, que assina o documento, fez críticas duras aos parlamentares. Ele afirmou que os políticos têm acionado o STF com "intenções midiáticas" e que as representações devem ser feitas ao Ministério Público. "É inadmissível a intervenção parlamentar nestes autos", escreveu.

As doações a Bolsonaro alcançaram a marca de R$ 17 milhões, em 769 mil transferências no primeiro semestre de 2023. A campanha começou para ajudar o ex-presidente a pagar multas impostas em condenações judiciais.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, por unanimidade, a primeira de três ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O processo, apresentado pelo PDT, questiona live realizada em 18 de agosto de 2022 pelo então presidente nas dependências do Palácio do Planalto.

Para o relator, ministro Benedito Gonçalves, não houve abuso de poder político porque não foi comprovado que a live tenha sido realizada no Planalto e, no cenário, estava "ausente qualquer bem simbólico da presidência da República". Ele foi seguido pelos demais ministros.

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O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que não houve neste caso, por parte de Bolsonaro, "tentativa de utilização de um poder extra, em demonstrar que era um presidente da República, utilizando o cargo, o poder do cargo, para influenciar no pleito".

A Corte analisa hoje três ações que tratam da mesma temática. O ex-presidente foi acusado pelo PDT e pela coligação que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de usar as dependências dos palácios do Planalto e do Alvorada para pedir votos para si e aliados.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira (17) o julgamento de três ações nas quais o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de abuso de poder político durante a campanha eleitoral de 2022.

A análise do caso começou na semana passada, mas foi interrompida após a manifestação da defesa de Bolsonaro e do Ministério Público Eleitoral (MPE), que defendeu o arquivamento das ações contra o ex-presidente.

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Em caso de condenação, Bolsonaro pode ficar inelegível por oito anos pela segunda vez. Contudo, o prazo de oito anos continua valendo em função da primeira condenação e não será contado duas vezes.

Em junho, Bolsonaro foi condenado pela corte eleitoral à inelegibilidade por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Bolsonaro protagonizou uma reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, onde atacou o sistema eletrônico de votação. O general Braga Netto foi absolvido no julgamento por não ter participado do encontro, mas também é alvo do novo julgamento.

Processos

No primeiro processo, o PDT alega que o então presidente fez uma transmissão ao vivo pelas redes sociais (live) no dia 21 de setembro de 2022, dentro da biblioteca do Palácio da Alvorada, para apresentar propostas eleitorais e pedir votos a candidatos apoiados por ele.

O segundo processo trata de outra transmissão realizada em 18 de agosto do ano passado. Segundo o PDT, Bolsonaro pediu votos para sua candidatura e para aliados políticos que também disputavam as eleições, chegando a mostrar os "santinhos" das campanhas.

Na terceira ação, as coligações do PT e do PSOL questionaram a realização de uma reunião de Bolsonaro com governadores e cantores sertanejos, entre os dias 3 e 6 de outubro, para anunciar apoio político para a disputa do segundo turno.

Defesa

No primeiro dia de julgamento, o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, representante de Bolsonaro, questionou a legalidade do julgamento conjunto das três ações e afirmou que a medida prejudica a defesa.

Sobre a realização das lives, o advogado afirmou que não foi usada a estrutura estatal. Segundo o defensor, as transmissões foram feitas por meio das redes privadas de Bolsonaro.

“Essa reunião ocorreu na parte externa do palácio. Nas imagens, não aparece nenhum símbolo da República, não há simbolismo nenhum. Não aparece bandeira, brasão. Não houve ganhos eleitorais”, afirmou.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, agendou o julgamento de mais ações que pedem a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desta vez, os processos são relacionados à conduta de Bolsonaro nas comemorações do 7 de Setembro do ano passado em Brasília e no Rio de Janeiro. Moraes reservou as sessões dos dias 24, 25 e 31 de outubro para o julgamento.

A análise foi marcada para poucos dias antes do fim do mandato do relator, o corregedor Benedito Gonçalves. Ele deixa o cargo em 9 de novembro e será sucedido pelo ministro Raul Araújo, que costuma ser mais favorável a Bolsonaro.

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Uma das ações que questionam a conduta de Bolsonaro no 7 de Setembro de 2022 foi ajuizada pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil) e outra pelo PT. Ambas acusam o então presidente de desvio de finalidade ao usar a máquina pública para impulsionar atos de campanha nas comemorações do Bicentenário da Independência.

Na semana passada, o TSE iniciou o julgamento de três ações que também pedem a inelegibilidade do ex-presidente por usar as dependências do Palácio do Planalto e do Alvorada para supostos atos ilegais de campanha. O julgamento será retomado amanhã, 17. Bolsonaro já foi declarado inelegível pela Corte em junho e as condenações não são cumulativas. Em seguida, a Corte eleitoral julga ações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prestaram homenagens nesta segunda-feira, 16, a policiais da Rota que participaram da Operação Escudo. A ação contra o crime organizado no litoral paulista foi deflagrada após o assassinato do soldado Patrick Reis, em 27 de julho, no Guarujá, e resultou na morte de 28 civis.

Elogiada pelas autoridades no evento, ela também foi alvo de críticas após suspeitas de execuções e prisões arbitrárias. Ao menos 11 relatos do tipo foram reunidos pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).

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No evento desta segunda-feira, 16, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, negou qualquer irregularidade. O secretário, que é oficial da reserva da PM de São Paulo, disse que todas as ações na Baixada Santista foram realizadas "dentro dos limites da lei".

"Esses policiais aqui, muito deles voluntários, desceram para o litoral para combater o crime organizado. Infelizmente, 28 criminosos resistiram a prisão e foram neutralizados em operações legítimas", afirmou Derrite.

O governador do Estado, Tarcísio de Freitas, disse que ouve apelos da população por "Rota na rua" e que os paulistas acreditam na "excelência" do trabalho das forças de segurança pública. O governador e o comandante da PM, Cássio Araújo de Freitas, lembraram o soldado Reis em seus discursos. A viúva do militar esteve presente na tribuna.

Bolsonaro cumprimentou os policiais, acenou e tirou fotos com dezenas de apoiadores no evento, mas não quis discursar e nem falar com a imprensa. Em alguns momentos, distanciou-se de Tarcísio no pátio do 1° Batalhão e concentrou as atenções do público.

A cerimônia comemorou o 53° aniversário da Rota. Houve entrega de medalhas a dezenas de integrantes e também contou com a presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tenta o apoio de Bolsonaro e Tarcísio na disputa pela reeleição à capital paulista no ano que vem.

A Procuradoria-Geral Eleitoral defendeu junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste domingo, 15, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ficar inelegível novamente, agora por promover a candidatura durante a celebração oficial do Bicentenário da Independência, no ano passado. O Ministério Público apontou que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e conduta vedada a agente público em campanha eleitoral, em três processos sobre os atos de 7 de setembro de 2022, em Brasília e no Rio.

Bolsonaro está inelegível até 2030, por decisão do TSE, desde junho. Por 5 votos a 2, os ministros da Corte Eleitoral enquadraram o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas.

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Nos processos sobre o 7 de setembro, Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa, são acusados por abusos de poder político e econômico, por usarem cerimônia oficial para fazer campanha eleitoral, e conduta vedada a agente público, por se favorecerem de verbas públicas, pessoal e material da União nos eventos.

No documento, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, afirma que "a prova dos autos revela uma intencional hibridação dos eventos oficiais, custeados e organizados pelo governo federal, com os atos de campanha do candidato à reeleição".

"Observa-se uma apropriação de segmentos da estrutura administrativa do Estado com desvirtuamento de atos oficiais comemorativos de data de singular relevância simbólica no calendário cívico", afirmou Gonet Branco. "A interferência desses atos sobre a lisura do pleito é inequívoca, com favorecimento da candidatura dos investigados, em detrimento dos seus concorrentes."

Segundo o vice-procurador-geral, Bolsonaro poderia, "sem dúvida", estar nas festividades. O que o ex-presidente não poderia fazer, afirmou, era transformar os atos em campanha eleitoral, "com exploração de investimentos de recursos do erário, de pessoal e de bens públicos".

Gonet Branco apontou que, na manhã de 7 de setembro do ano passado, no Palácio do Planalto, Bolsonaro concedeu uma entrevista convocando a população para o ato. Em seguida, o então presidente passou a "exaltar" a gestão, a economia do País e outros temas considerados eleitorais.

"O fato é que, tanto em Brasília como no Rio de Janeiro, houve estratégia de fusão dos eventos oficiais de desfiles militares e de ritos institucionais com os atos de campanha do primeiro investigado (Bolsonaro), realizados na vizinhança imediata e em que foram proferidos discursos de inegável conteúdo eleitoral", pontuou Gonet Branco.

A quais ações Bolsonaro responde no TSE

O ex-presidente está sendo julgado em outras ações no TSE que questionam transmissões ao vivo e entrevistas concedidas por ele no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada durante a campanha de 2022. Este julgamento começou na terça-feira, 10.

Além desses processos, Bolsonaro e Braga Netto respondem a três Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) e uma Representação Especial (RepEsp) por irregularidades nas comemorações do Bicentenário da Independência. Neste domingo, Gonet Branco apresentou as alegações finais do Ministério Público - última fase antes do julgamento do processo - para uma Representação Especial e duas Aijes sobre o 7 de setembro.

O vice-procurador-geral eleitoral afirmou, no documento, que "não há prova da participação" de Braga Neto "nem da sua anuência a eles". Por isso, na avaliação do Ministério Público Eleitoral, o militar "não pode sofrer a pena da inelegibilidade pelo abuso de poder político". O julgamento desses três processos sobre o 7 de setembro ainda não tem data marcada.

Os procedimentos sobre o Bicentenário da Independência foram movidos pela coligação Brasil da Esperança, da então candidata à Presidência, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), e pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Segundo o TSE, as ações têm diferenças, mas todas tratam do mesmo evento, em setembro do ano passado.

No processo, a defesa de Bolsonaro afirmou que "houve separação bem demarcada entre o que era evento institucional e o que era campanha do candidato". Os advogados do ex-presidente registraram ainda que o então candidato à reeleição não fez discurso nas cerimônias oficiais.

No ano passado, três dias depois da comemoração do Bicentenário, o ministro Benedito Gonçalves, do TSE, proibiu Bolsonaro de usar imagens do 7 de setembro em suas propagandas no horário eleitoral. A determinação do TSE atendeu a um pedido feito pela coligação do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que alegou que Bolsonaro se aproveitou das comemorações do 7 de Setembro, pagas principalmente com dinheiro público, para fazer campanha. O ministro considerou, na ocasião, que o uso do evento feria a isonomia que deve ser concedida aos candidatos em disputa eleitoral.

O governo de Santa Catarina, comandado por Jorginho Mello (PL), elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um comunicado para a imprensa divulgado nesta sexta-feira, 13. A Secretaria-Geral de Governo (SGG) enviou uma mensagem no WhatsApp, que chamava Bolsonaro de "nosso querido". O ex-presidente foi ao Estado após fortes chuvas atingirem o Vale do Itajaí.

"Bom dia, pessoal. O nosso querido ex-presidente Bolsonaro vai desembarcar no aeroclube Quero Quero, de Blumenau, hoje, às 10h30", dizia a mensagem da secretaria. A imagem com o texto foi compartilhada pelo jornalista Carlos Tonet na rede social X (antigo Twitter).

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Em nota, o governo de Santa Catarina informou ao Estadão que "a mensagem, de conotação meramente informativa, foi enviada de uma linha telefônica particular". "Ainda que fosse considerada como publicidade oficial, o ato com o adjetivo ‘querido’ não denota caráter eleitoral", afirmou a gestão catarinense.

Bolsonaro desembarcou em Blumenau sob gritos de "mito". Em seguida, sobrevoou áreas atingidas pela chuva no Vale do Itajaí com o aliado, Jorginho Mello. O Estado registrou duas mortes e milhares de desabrigados. O governador chegou a determinar o fechamento das barragens de Ituporanga e de José Boiteux devido ao grande volume das chuvas.

O ex-presidente foi ao Vale do Itajaí dois dias após ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobrevoarem a região. Na quarta-feira, 11, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, assinaram um Pacto pela Governança da Água com o governo de Santa Catarina para melhorar a gestão de recursos hídricos.

Nesta quinta-feira, 12, o governo do Estado informou que a Defesa Civil já registrou 139 municípios com ocorrências relacionadas às fortes chuvas e 111 cidades decretaram situação de emergência.

Bolsonaro diz que não pode ajudar regiões afetadas: ‘Sou ex’

Em entrevista ao SBT, de Santa Catarina, Bolsonaro foi questionado se poderia ajudar na crise. "Eu sou ex. Inclusive, me tiraram o direito de me candidatar. Uma coisa absurda, ‘tá' certo? Eu faço o possível, nos contatos que eu tenho, mas eu não posso falar nada neste momento, não", disse o ex-presidente, em referência à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível.

Bolsonaro contou que estava em uma festa em Chapecó e que Jorginho Mello havia lhe convidado para ver as áreas atingidas. O ex-presidente foi informado pela emissora de TV que o governo havia dito que rios de Santa Catarina precisavam de dragagem. "A relatoria do Orçamento do ano que vem será do nosso partido (PL). É o que que posso falar", afirmou.

Em 2021, quando estava na Presidência, Bolsonaro foi criticado por andar de jet ski em uma praia de Santa Catarina, às vésperas do Réveillon, durante uma crise semelhante na Bahia. Na ocasião, cidades baianas enfrentavam enchentes que haviam causado 24 mortes e deixado 77 mil pessoas desabrigadas.

Em dezembro daquele ano, o presidente decidiu manter as férias e publicou uma fala irônica do então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em uma rede social. "Eu acho que se o presidente descobrir a cura do câncer, ele vai ser criticado porque descobriu a cura do câncer", disse Marinho.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve o arquivamento de uma queixa-crime da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A petista pedia que Bolsonaro fosse investigado por publicar no Twitter, em agosto de 2019, um vídeo em que compara a ex-presidente a uma "cafetina" e os membros da Comissão Nacional da Verdade a "prostitutas".

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"Comparo a Comissão da Verdade, essa que está aí, como aquela cafetina, que ao querer escrever a sua biografia, escolheu sete prostitutas. E o relatório final das prostitutas era de que a cafetina deveria ser canonizada. Essa é a comissão da verdade de Dilma Rousseff", diz Bolsonaro no vídeo, gravado em 2014, quando ainda era deputado federal.

Dilma alegou que o ex-presidente ofendeu sua honra e que a declaração deveria ser enquadrada como crime de injúria.

O processo ficou suspenso enquanto Bolsonaro ocupou a presidência, como é de praxe, e foi retomado na primeira instância após o fim do mandato. O presidente tem imunidade temporária em ações penais por episódios que não tenham relação direta com o cargo.

A primeira derrota da ex-presidente ocorreu em abril, quando o tribunal rejeitou a queixa-crime, por considerar que o discurso não passou de um ‘embate político’ e que Bolsonaro expressou ‘indignação’, mas não teve a intenção de ofender a honra. Dilma recorreu, mas o pedido foi novamente negado nesta semana. Ela também terá que custear os honorários do advogado de Bolsonaro.

A juíza Giselle Rocha Raposo, presidente da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, argumentou que não há ‘elementos mínimos’ para investigar Bolsonaro. "A rejeição da queixa-crime é medida que se impõe", escreveu.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou das decisões que condenaram alguns de seus apoiadores pelos atos golpistas de 8 de janeiro, afirmou esperar que eles estejam livres rapidamente, e disse que se continuasse como presidente da República essas prisões não teriam acontecido. As declarações foram dadas nesta quinta-feira (12), em ato em defesa da vida em Chapecó, Santa Catarina.

Bolsonaro começou a falar do tema ao tratar do caso de uma apoiadora que o recebeu no local usando tornozeleira eletrônica, medida restritiva alternativa à prisão aplicada à maioria dos investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

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"Me cortou o coração quando uma senhora de 40 e poucos anos me mostrou o seu tornozelo. Uma tornozeleira eletrônica. Algo que realmente nos choca. Pela violência, pela maldade como trataram essas pessoas", afirmou.

O ex-presidente disse que "alguns erraram ao invadir prédios públicos", mas completou que "as penas estão longe do que foi apresentado" contra eles.

"Nós devemos, se queremos viver democracia, respeitar a lei, respeitar o devido processo legal, individualizar a conduta de cada um e não no atacado. Ao querer fazer Justiça cometer uma grande injustiça com nosso país", afirmou.

Ex-presidente diz que se estivesse no cargo ainda não deixaria que isso acontecesse

O ex-presidente ainda disse que, se estivesse no cargo "isso não teria acontecido". Em razão da separação dos Poderes no Brasil, porém, o julgamento e a condenação dos réus cabe ao Judiciário e não ao Executivo.

"(Queria) dizer a vocês que se eu continuasse na Presidência podem ter certeza que isso tudo não teria acontecido". afirmou Bolsonaro, completando que espera que "isso seja desfeito brevemente e que essas pessoas estejam livres da tornozeleira, bem como as que foram condenadas até 17 anos de cadeia fiquem livres dessa pena também".

No evento, que também contou com a presença do governador Jorginho Mello, Bolsonaro prestou solidariedade à população de Santa Catarina que enfrenta a tragédia das chuvas, assim como a Israel, em razão dos ataques terroristas do Hamas.

Julgamentos começaram em setembro e prosseguem no STF

O STF começou em setembro a julgar os primeiros réus dos ataques do dia 8 de janeiro. Os primeiros três condenados foram Matheus Lima de Carvalho Lázaro, Aécio Lúcio Costa Pereira e Thiago de Assis Mathar. Os dois primeiros pegaram 17 anos de prisão, enquanto o último foi sentenciado a 14 anos. Esses casos foram decididos no plenário físico da Corte. Entre os crimes a eles imputados estão associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com o uso de substância inflamável, e deterioração de patrimônio tombado.

Além deles, outros três acusados foram condenados em julgamento no plenário virtual, a penas que variam de 12 a 17 anos de prisão. Outros dois julgamentos, com maioria pela condenação, foram suspensos e enviados ao plenário físico, após destaque apresentado pelo ministro André Mendonça. Atualmente, mais seis casos estão sendo analisados pela Corte.

A maioria dos denunciados por participação no 8 de janeiro podem fechar acordo de não persecução com Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a PGR, 1.125 denunciados têm direito ao acordo. Para isso, precisam confessar os crimes e se comprometer com o pagamento de multas, além de prestar serviços à comunidade, deixar de usar redes sociais e ainda participar de um curso sobre democracia. Com isso, seus processos ficariam suspensos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, recusou na quarta-feira (11), os recursos da defesa do ex-presidente da República Jair Bolsonaro contra aplicação de multa de R$ 20 mil pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda eleitoral irregular antecipada nas eleições de 2022. A aplicação da multa se deu após julgamento do TSE que concluiu que Bolsonaro usou indevidamente o cargo e a estrutura administrativa da Presidência da República para fazer campanha na reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio do Alvorada, em julho de 2022, e inflamar seus apoiadores contra a Justiça Eleitoral.

No encontro, o então presidente repetiu sua tese nunca comprovada de que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraudes e atacou o STF e o TSE.

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O discurso aos diplomatas foi transmitido ao vivo nas redes sociais e na TV Brasil.

Nos recursos, tanto a defesa de Bolsonaro quanto o Partido Liberal (PL) alegaram que o caso não deveria ter sido analisado pela Justiça Eleitoral, uma vez que o discurso foi proferido no exercício regular da liberdade de expressão e das prerrogativas do então chefe de Estado.

Em resposta, Toffoli afirmou que as declarações de Bolsonaro foram compreendidas no âmbito do Direito Eleitoral e analisadas com base nas normas que tratam da propaganda eleitoral.

"Todavia, consoante asseverado no acórdão recorrido, a divulgação de fatos sabidamente inverídicos e descontextualizados, mediante discurso transmitido pelo então Presidente da República, em 18/7/2022, para diplomatas reunidos no país, consubstanciou conduta relevante no âmbito do Direito Eleitoral, apta a atrair a competência daquela Justiça Especializada, bem como as aplicação de sanções decorrentes do malferimento aos bens jurídicos tutelados durante o processo eleitoral", afirmou Toffoli.

O TSE declarou no final de junho que Bolsonaro ficará inelegível até 2030.

A Corte formou um placar de 5 votos a 2 para enquadrar o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas.

O mesmo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível em junho deste ano volta a julgar o ex-presidente, nesta terça-feira (10), em três ações de investigação judicial eleitoral por abuso do poder político durante a campanha de 2022. O general Walter Braga Netto (PL), vice na chapa, também é réu nessas ações.

Duas foram propostas pelo PDT e são assinadas pelo advogado Walber Agra, que foi à tribuna do TSE defender a inelegibilidade de Bolsonaro. Essas ações são sobre as lives feitas pelo ex-presidente nos dias 18 de agosto e 21 de setembro de 2022, com o argumento de que teria usado as estruturas do poder público para pedir votos para ele mesmo e para apoiadores.

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A live de agosto, por exemplo, foi feita dentro do Palácio do Planalto. No final dela, Bolsonaro pediu voto para correligionários e chegou a mostrar os santinhos deles. O PDT conseguiu uma liminar do TSE para que a live de setembro fosse retirada do ar.

A terceira ação que vai a julgamento nesta terça é de autoria da Coligação Brasil Esperança e foi, na época, feita pelo então advogado e hoje ministro do STF Cristiano Zanin. O objeto dela são encontros que Bolsonaro fez nos dias 3, 4 e 6 de outubro de 2022 com governadores e artistas no Palácio do Alvorada para demonstrar apoio e pedir votos.

Bolsonaro recebeu os governadores de Goiás, Roraima, Acre, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso no Palácio do Alvorada, para demonstrar apoio à sua candidatura.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta nesta terça-feira, 10, mais um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Estão na pauta três ações sobre o uso da estrutura da Presidência da República na campanha de 2022. Elas serão julgadas em conjunto.

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Bolsonaro já foi condenado em junho pelo TSE. O ex-presidente teve os direitos políticos suspensos, o que na prática significa que ele estará fora das eleições nos próximos oito anos.

Uma nova condenação não afetará concretamente o destino político de Bolsonaro. Se for sentenciado novamente à inelegibilidade, será pelo mesmo período, ou seja, as punições não são somadas.

Entenda em cinco pontos o julgamento:

Ações

As ações questionam transmissões ao vivo e entrevistas concedidas por Bolsonaro no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada durante a campanha de 2022.

Os processos são movidos pela Coligação Brasil da Esperança, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo PDT e pela Federação PSOL-Rede. Os partidos defendem que Bolsonaro seja condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Veja os eventos questionados:

- Live do dia 18 de agosto de 2022: Bolsonaro pediu votos para si e para aliados políticos, exibindo inclusive 'santinhos' de candidatos;

- Live de 21 de setembro de 2022 na biblioteca do Palácio da Alvorada: Bolsonaro anunciou transmissões diárias para divulgar candidaturas;

- Entrevistas coletivas concedidas nos dias 3 e 6 de outubro de 2022 no Palácio do Planalto: Bolsonaro anunciou apoios de governadores e de artistas.

A legislação eleitoral limita o uso da estrutura pública por quem está no cargo para evitar um desequilíbrio na disputa em favor dos candidatos que disputam a reeleição.

Defesa de Bolsonaro

A defesa de Bolsonaro e Braga Netto argumenta que o Palácio da Alvorada é o 'local de moradia' do presidente e que não há irregularidade em usá-lo para fazer as lives. Argumenta ainda que a intérprete de libras que participa das lives atuou fora do expediente.

Manifestação da PGR

O vice-procurador-geral Eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco informou ao Tribunal Superior Eleitoral que não vê irregularidades na conduta de Bolsonaro e defendeu a absolvição do ex-presidente. O parecer reconhece que os eventos organizados por Bolsonaro na sede do governo e na residência oficial 'esbarram na proibição da lei', mas conclui que não há provas de que tenham afetado o resultado da eleição.

"A legislação eleitoral visa a assegurar a igualdade das partes que disputam a confiança dos eleitores, não a conservação de prédios públicos", diz um trecho da manifestação entregue ao TSE na semana passada. "Não se mostra, menos ainda, razoável supor que o público da live tenha sido fortemente impactado pelo fato de haver uma estante às costas do Presidente da República."

Passo a passo do julgamento

- O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, relator das três ações, abre o julgamento com a leitura do relatório;

- Os advogados de acusação e defesa terão 15 minutos cada para apresentar seus argumentos;

- O vice-procurador-geral Eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco apresentará o parecer do Ministério Público Eleitoral;

- Votos (na ordem): Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e e Alexandre de Moraes.

Consequências

Se for condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos. O efeito prático hoje é pequeno, considerando que já existe uma sentença que suspendeu seus direitos políticos. A diferença é que, se conseguir reverter o resultado do primeiro julgamento, a partir do recurso que já foi protocolado por sua defesa junto ao Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente terá mais uma condenação pesando contra si. As chances de vitória no STF, no entanto, são consideradas pequenas.

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) citou os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro para justificar o esvaziamento de uma marcha contra a descriminalização do aborto em Belo Horizonte. O evento, realizado na manhã deste domingo na Praça da Liberdade, reuniu o ex-presidente, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Segundo Bolsonaro, o ato deste domingo foi esvaziado por conta do "temor" de apoiadores a o que classificou como "perseguições".

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"As perseguições são muitas, mas nós temos coragem e garra para enfrentá-las. Não podemos ceder. Eu passei por aqui no ano passado, essa praça estava completamente cheia, creio que a diminuição do número de pessoas vai pelo temor do que aconteceu no 8 de Janeiro, agora. Lá eram brasileiros, patriotas que foram se manifestar e entraram em uma arapuca, em uma armadilha", disse o ex-presidente.

Os primeiros réus do 8 de Janeiro têm sido condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a penas que chegam a 17 anos de prisão por diversos tipos de crimes, entre eles o de golpe de Estado.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver a extensão da marcha durante o discurso de Bolsonaro a apoiadores.

Desde a sexta-feira, 6, Bolsonaro, Michelle e Nikolas convocaram apoiadores em suas redes sociais para comparecer à Praça da Liberdade. O número de apoiadores foi menor a do que um ato convocado no mesmo local pelo ex-presidente no 7 de setembro do ano passado. Naquele dia, Bolsonaro não compareceu ao evento, já que estava acompanhando o Desfile da Independência em Brasília.

Bolsonaro diz que 'portas do inferno se abriram'

Durante o seu discurso na marcha, Bolsonaro disse que "as portas do inferno se abriram" desde que ele saiu da Presidência da República, citando o governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) que discutem a descriminalização do aborto e do porte de maconha para uso pessoal.

"Não sei se vocês repararam. Foi só a gente deixar a Presidência, parece que as portas do inferno se abriram atrás de nós", disse Bolsonaro.

Em Belo Horizonte desde a sexta-feira, a agenda Bolsonaro também teve um encontro com o governador Romeu Zema (Novo) e a sua participação em um evento do PL Mulher, que é presidido por Michelle Bolsonaro.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) publicou nas suas redes sociais neste sábado (7) uma foto ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está cumprindo agendas em Belo Horizonte neste final de semana. A postagem de Zema ocorre uma semana depois dele demonstrar um distanciamento, ao criticar a postura do ex-presidente durante a pandemia de Covid-19.

Na legenda da imagem, o governador indicou que a relação dos dois está apaziguada: "Com um cafezin e pão de queijo, todo mundo se entende!".

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No último dia 25, durante o evento "almoço-debate", promovido pelo Grupo Lide, cujo fundador, o ex-governador de São Paulo, João Doria, também estava presente, Zema disse que teve uma posição totalmente diferente da adotada por Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19. A fala aconteceu após o governador ser questionado pelo Estadão sobre as propostas em que discorda do ex-presidente.

"Sou de um partido diferente dele. Durante a pandemia, tive uma posição totalmente diferente da dele. Tanto é que Minas Gerais foi o Estado, excluindo Norte e Nordeste, com a menor taxa de mortalidade no Brasil. Está aí um exemplo claríssimo", disse.

Zema também afirmou que uma diferença entre ele e Bolsonaro seria a presença de parentes na administração pública, e que o seu apoio ao ex-presidente teria representado uma oposição ao PT, e não uma concordância de ideias.

"Em Minas Gerais, apesar de nós termos 320 mil funcionários públicos, eu não tenho nenhum parente. Então, também temos aí uma diferença. Família para lá, negócios e carreiras para cá. São algumas diferenças. Mas eu tenho muito mais proximidade com ele do que com quem governou Minas antes", concluiu o governador. Antes dele, Minas Gerais foi governada por Fernando Pimentel (PT).

Relação de Bolsonaro e Zema é marcada por ‘vai e vem’

A relação entre Bolsonaro e Zema é marcada por aproximações e distanciamentos. Em 2018, Zema chegou a pedir votos para Bolsonaro durante o debate eleitoral em Minas, mesmo com João Amoêdo sendo o candidato à Presidência pelo Partido Novo. Em 2022, apoiou Felipe D’Avila no primeiro turno, mas declarou apoio ao ex-presidente no segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista ao Estadão em agosto, o governador mineiro deu nota 8 ao governo Bolsonaro, mas disse que a gestão do ex-presidente pecou na comunicação, que recebeu nota 5. "Ele fez um governo bom", resumiu.

O momento de maior distanciamento entre os dois ocorreu durante a pandemia. Ao contrário de Bolsonaro, Zema tomou quatro doses da vacina contra a Covid-19 e incentivou a população do Estado a se vacinar.

No fim de agosto, Zema condecorou Bolsonaro com o título de cidadão honorário de Minas Gerais. Na solenidade, realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), apoiadores do ex-presidente fizeram um coro pedindo para que o governador mineiro deixasse o Novo e se filiasse ao PL. O governador não reagiu à situação e continuou o seu discurso.

Desde o início do ano, o mineiro entrou no radar do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que está de olho nas eleições municipais do ano que vem. Em junho, por meio da sua assessoria, o governador negou que estaria negociando com a sigla de Bolsonaro e descartou uma saída do Novo, que tem o governador mineiro como o único chefe de Executivo estadual. Zema também é cotado para assumir o posto de representante da direita nas eleições de 2026, já que o ex-presidente está inelegível por 8 anos, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) leu uma nota oficial de repúdio aos ataques do grupo insurgente Hamas contra Israel, que já deixou ao menos 268 pessoas mortas na manhã deste sábado (7). Bolsonaro participa de um evento do PL Mulher em Belo Horizonte e destacou que o Hamas parabenizou a vitória eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro do ano passado.

Nesta manhã, insurgentes palestinos da Faixa de Gaza realizaram um ataque sem precedentes no sul de Israel, disparando milhares de projéteis e deixando pelo menos 70 mortos. O governo israelense declarou que está "em guerra", e respondeu contra-atacando alvos em Gaza. Segundo autoridades palestinas, o número de vítimas na região chegou a 198

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"Pelo respeito e admiração ao povo de Israel, repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luiz Inácio Lula da Silva quando o TSE anunciou o vencedor das eleições de 2022. Fundado em 1948, por deliberação da ONU de 1947, em sessão presidida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, Israel é um país irmão com profundos laços culturais e religiosos com o nosso povo", disse o ex-presidente.

No dia seguinte à eleição de Lula, o Hamas publicou uma pequena nota assinada por Busin Naim, membro da alta cúpula do grupo, que chamou o petista de "lutador pela liberdade". Naim também declarou que a vitória do presidente foi significativa para "todos os povos oprimidos em todo o mundo’, particularmente para o povo palestino, pois ele [Lula] é conhecido pelo seu apoio forte e contínuo aos palestinos em todos os fóruns internacionais". Lula não deu respostas oficiais ao comunicado. A nota do Hamas pode ser lida neste link.

Bolsonaro também disse que, para que uma paz possa ser estabelecida na região de Israel e da Faixa de Gaza, as lideranças palestinas devem deixar de lado a violência armada e reconhecer o direito de Israel como estado soberano. Tanto a Palestina como o estado israelense não se reconhecem como nações independentes e vivem uma tensão politica e religiosa que já dura oito décadas, com um vasto histórico de conflitos e ataques bélicos perpetrados por ambos.

"Lamentamos as mortes de civis e militares israelenses, bem como condenamos o sequestro de mulheres e crianças pelos terroristas do Hamas para dentro da Faixa de Gaza. Para que a paz reine na região, lideranças palestinas precisam abandonar o terrorismo e reconhecer o direito de Israel a existir. Somente assim, um acordo entre as partes poderá existir. Shalom, Jair Bolsonaro", completou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com recurso, na noite desta sexta-feira (6), para tentar reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o deixou inelegível por espalhar informações falsas e atacar o sistema de votação.

Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada em julho de 2022. O placar foi de 5 a 2.

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A defesa do ex-presidente questiona a inclusão da minuta golpista apreendida na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no rol de provas do processo. Os advogados afirmam que o documento apócrifo é posterior ao encontro com os diplomatas e não tem relação com a ação.

O recurso passará primeiro por uma análise do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, que vai verificar se preenche os requisitos básicos, e então deve seguir para julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

O Tribunal Superior Eleitoral já rejeitou um primeiro recurso do ex-presidente. O julgamento ocorreu no plenário virtual e foi unânime. O ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, afirmou que a defesa de Bolsonaro tenta ‘minimizar a gravidade da conduta’.

"A responsabilidade pessoal do embargante (Bolsonaro) foi fixada com base nos atos que comprovadamente praticou ao se valer das prerrogativas de Presidente da República e de bens e serviços públicos, em grave violação a deveres funcionais, com o objetivo de esgarçar a confiabilidade do sistema de votação e da própria instituição que tem a atribuição constitucional de organizar eleições", votou o ministro.

Declarado inelegível pelo TSE, Bolsonaro fica impedido de participar das eleições de 2024, 2026 e 2028, mas ainda terá chance de participar do pleito de 2030, segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo Estadão. Isso porque o prazo da inelegibilidade tende a ser contado a partir da última eleição disputada, ou seja, 2 de outubro de 2022. Como o primeiro turno da eleição de 2030 está previsto para 6 de outubro, Bolsonaro já teria cumprido a punição. Um eventual registro de candidatura, no entanto, depende do aval da Justiça Eleitoral.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 6, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é "de esquerda" e faz julgamentos "muito políticos". A declaração ocorre dias antes de novas ações sobre o ex-presidente serem julgadas pela Corte.

Bolsonaro é acusado de irregularidades por ter feito lives no Palácio da Alvorada, prédios públicos, durante a campanha presidencial do ano passado. Os processos são movidos pela Coligação Brasil da Esperança, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pelo PDT, partido do então candidato Ciro Gomes. O julgamento está marcado para próxima terça-feira, 10.

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Em Belo Horizonte, onde tem compromissos neste final de semana, Bolsonaro questionou a análise do Tribunal. "Não sei o que vai acontecer. O TSE é um julgamento muito político, de esquerda, que tem acontecido lá. Isso é ruim para a democracia", afirmou a jornalistas.

O presidente do TSE é o ministro Alexandre de Moraes, responsável por inquéritos que tem Bolsonaro ou aliados dele como alvos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro é acusado de abuso de poder político durante a eleição presidencial de 2022, por ter usado as dependências do Alvorada para gravação de lives. O vice na chapa, general Walter Braga Netto (PL), também responde às ações.

Na entrevista, o ex-presidente disse que gravava os vídeos lá, porque "era a sua casa". Ele mencionou ainda que Lula também realiza esse tipo de programação no Palácio, em referência ao "Conversa com o Presidente".

"Querem me processar por fazer live no Alvorada. Foi a minha casa quando eu era presidente. O atual mandatário faz live lá. Com uma diferença enorme, né? Ele fala para os passarinhos. Eu falo para multidões", disse Bolsonaro na capital mineira.

Em junho, durante uma live, foi possível escutar o canto de pássaros na transmissão e Lula aproveitou para criticar o adversário. "Olha o passarinho cantando que coisa bonita. Onde você vê isso numa gravação do meu adversário, nas lives dele? Lá é só ódio. Aqui é tranquilidade e passividade", disse o presidente na ocasião.

Recomendações do TCU sobre Lula

Sobre as lives semanais do Lula, área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) sugeriu que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República seja advertida por causa da divulgação nas redes sociais de órgãos oficiais do governo. O alerta motivou o cancelamento da transmissão no último dia 20.

Em agosto, o Estadão mostrou que o governo do petista montou uma estrutura com oito funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para levar ao ar as lives. Apesar da contratação de nomes de peso como o ex-jornalista da Globo Marcos Uchôa e de novos comissionados (cargos sem concurso público), a iniciativa não trouxe resultados positivos em termos de audiência.

Bolsonaro se tornou inelegível em junho

No dia 30 de junho, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, pelo placar de 5 a 2, após ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, por causa de uma reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas.

Além das lives, o TSE julgará na próxima terça-feira se o ex-presidente cometeu irregularidades ao convocar coletivas de imprensa no Alvorada, onde governadores declararam apoio à sua reeleição.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um áudio para explicar aos apoiadores a declaração do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, sobre o PL apoiar uma eventual indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A escolha do nome para a cadeira na Corte será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gravação do ex-chefe do Executivo foi divulgada após repercussão negativa da fala do dirigente no partido. A informação é da coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo.

"A indicação é do presidente da República, mas a aprovação é outra história. E, segundo ele, foram além do que ele respondeu e falaram que o PL votaria favorável. Dos senadores que eu obtive resposta, de jeito algum votariam em Flávio Dino numa possível sabatina no Senado. Não só pelo passado lá de trás, fazendo aqui um pleonasmo, mas também como o presente no Ministério da Justiça, pelo que ele mais faz que é perseguir opositores políticos e sabotar as investigações do 8 de janeiro", afirma Bolsonaro no áudio.

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Na semana passada, Valdemar Costa Neto afirmou que o PL não deveria votar contra uma possível indicação de Dino ao STF. "Se for um cidadão preparado, que é o caso, devemos votar a favor", afirmou em entrevista à CNN Brasil.

Para conquistar a cadeira na Suprema Corte, o candidato deve ser indicado pelo presidente da República. Em seguida, é submetido a uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Os integrantes do colegiado aprovam um parecer, que, depois, é submetido ao plenário da Casa.

A declaração de Valdemar foi rebatida por parlamentares do PL. O filho "01" do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que Dino não teria seu apoio caso fosse indicado para a Corte. "Minha posição pessoal é que jamais votaria a favor de uma pessoa arrogante, prepotente, que defende aborto, não combate o tráfico de drogas e armas, debocha do Senado e usa 'sua' polícia para perseguir políticos até do governo que integra, quem dirá opositores. Não passaria!", publicou Flávio em uma rede social.

Dino é um dos cotados para ocupar a vaga deixada na Corte pela ministra Rosa Weber. Na lista de Lula, também estão entre os possíveis indicados o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. O petista deve escolher o nome até o final de outubro.

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