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Os muçulmanos da Bósnia recordaram neste sábado (11) o genocídio de Srebrenica, que completa 25 anos, o maior massacre em território europeu desde a Segunda Guerra Mundial, em uma cerimônia reduzida devido à pandemia de coronavírus.

"Tenho uma filha de dois anos, como eu tinha na época. É difícil quando você vê alguém chamando o pai e você não tem o seu", afirmou, chorando, Sehad Hasanovic, 27 anos.

Seu pai, Semso, "fugiu para a floresta e nunca retornou. Só encontramos alguns ossos", conta. Assim como o irmão Sefik e sei pai Sevko, Semso foi assassinado quando as tropas sérvias da Bósnia, comandadas por Ratko Mladic, entraram no território de Srebrenica e executaram sistematicamente os homens e adolescentes muçulmanos.

"Os maridos das minhas quatro irmãs foram assassinados. Meu irmão também foi morto, assim como seu filho. Minha sogra também perdeu outro filho e o marido", recorda Ifeta Hasanovic, 48 anos, cujo marido Hasib foi uma das nove vítimas cujos restos mortais foram identificados em julho do ano passado.

Neste sábado, os nove foram enterrados no cemitério do Monumento do Genocídio, em Potocari, cidade próxima de Srebrenica onde ficava durante a guerra étnica da Bósnia (1992-95) a base da Força de Proteção da ONU (UNPROFOR).

Em 11 de julho de 1995, cinco meses antes do fim da guerra, as forças sérvias da Bósnia assumiram o controle de Srebrenica, uma "zona segura" declarada pelas Nações Unidas, protegida por 400 capacetes azuis holandeses, e em poucos dias massacraram mais de 8.000 homens e adolescentes bósnios (muçulmanos).

Na época o líder político sérvio-bósnio era Radovan Karadzic (falecido em 2006) e o comandante militar Ratko Mladic. A justiça internacional condenou ambos à prisão perpétua, sobretudo pelo massacre de Srebrenica e o cerco a Sarajevo.

Até hoje foram encontradas e identificadas quase 6.900 vítimas do massacre em mais de 80 valas comuns. Muitos foram enterrados no cemitério do Monumento do Genocídio.

- A luta contra a "negação"-

A matança de Srebrenica é o único episódio da guerra bósnia (100.000 mortos) classificado como genocídio pela justiça internacional. Mas os líderes políticos sérvio-bósnios minimizam o evento.

O membro sérvio da presidência colegiada da Bósnia, Milorad Dodik, rejeita o termo "genocídio" e fala de "mito".

"Insistiremos sem descanso na verdade, justiça e necessidade de julgar todos aqueles que cometeram este crime", afirmou na véspera o integrante bósnio (muçulmano) da presidência, Sefik Dzaferovic.

"Lutaremos contra aqueles que negam o genocídio e glorificam seus autores", completou.

O prefeito sérvio de Srebrenica, Mladen Grijicic, afirmou que "todos os dias há novas provas que negam a apresentação atual de tudo o que aconteceu".

Diante da impossibilidade de um evento com muitas pessoas em apenas um dia, os organizadores convidaram a população a visitar o centro memorial ao longo de julho.

Várias exposições foram organizadas, incluindo os quadros do artista bósnio Safet Zec dedicados ao massacre.

Outra obra, com o nome "Por quê vocês não estão aqui?", da artista americana de origem bósnia Aida Sehovic, consiste em mais de 8.000 xícaras de café (uma para cada vítima do massacre) colocadas no gramado do centro memorial.

"Ainda não respondemos a pergunta 'por quê vocês não estão aqui?'. Como isto aconteceu no coração da Europa, na zona protegida da ONU, a morte de tantas pessoas de maneira tão terrível? Sem mencionar o fato de que alguns continuam negando o genocídio", declarou a artista à AFP.

Espada supostamente da era medieval é encontrada presa a uma pedra no fundo do rio Vrbas, na Bósnia.

O achado trouxe à memória a antiga lenda britânica sobre a espada Excalibur. De acordo com o folclore britânico, a espada seria um símbolo do poder soberano da Inglaterra, ao passo que somente o lendário Rei Artur poderia a remover da pedra.

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Embora a lenda inglesa esteja cheia de fantasia, na Bósnia foi encontrada uma espada com características semelhantes à Excalibur no fundo do rio Vrbas, próximo à cidade de Banja Luka.

Segundo publicou o tabloide The Sun, a espada foi descoberta por arqueólogos que trabalhavam nas ruínas de um castelo na cidade de Zvecaj.

A espada estava no rio a cerca de 10 metros de profundidade, o que exigiu cuidado especial dos arqueólogos.

"A espada estava cravada em uma pedra dura, necessitando de cuidado especial para sua retirada", disse ao tabloide Ivana Pandzic, arqueóloga do Museu da República Sérvia, na Bósnia.

Segundo o prefeito da cidade, a espada poderia ter cerca de 800 anos.

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Da Sputnik Brasil

A capital da Bósnia, Sarajevo, está realizando neste domingo, 8, sua primeira parada do orgulho LGBT. Centenas de manifestantes marcham e o evento contará com forte esquema de segurança. Sarajevo é a última capital nos Balcãs a realizar um evento de orgulho LGBT.

"Planejamos a marcha há muito tempo, há necessidade dela há muito tempo e achamos que este é o momento certo para organizá-la", disse Ena Bavcic, um dos organizadores. O evento ocorre logo após a primeira marcha LGBT da Macedônia do Norte, realizada em junho.

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"As pessoas LGBT na Bósnia estão muito mais ocultas quando comparadas a outros países da região e temem mais sair em público", disse Bavcic sobre o desfile, a ser realizado sob o lema "Ima Izac" ou "Eu quero sair". "A marcha ajudará as pessoas a perceber que existimos, que estamos aqui, que somos humanos", acrescentou.

A marcha foi apoiada por diplomatas e ativistas da União Europeia e Eric Nelson, embaixador dos Estados Unidos na Bósnia, disse que ele e seu parceiro participariam do desfile em apoio a todas as pessoas LGBT e suas famílias. Cartazes com insultos contra gays foram colocados nas paredes perto da Embaixada na sexta-feira, 06.

O evento ocorre em meio à um forte esquema de segurança, que inclui cães farejadores e barreiras metálicas. Mais de mil policiais foram enviados ao local do evento nas primeiras horas de domingo para fazer a proteção do público LGBT. As unidades anti-atiradores serão colocadas nos telhados dos edifícios ao longo da rota principal no centro da cidade.

LGBTfobia na Bósnia

A proteção ocorre após alguns grupos muçulmanos conservadores tentarem impedir o evento e organizarem contra-manifestações, que ocorrem a pouco mais de um quilômetro do local da marcha. Eles descreveram a marcha do orgulho como um "pecado' 'e "humilhação" para Sarajevo.

Embora os opositores do desfile LGBT tenham convocado protestos supostamente pacíficos, as autoridades estão receosas com o fato de grupos ou jovens marginalizados se envolverem em violência em um país onde o sentimento anti-gay é difundido publicamente.

A homossexualidade não é ilegal na Bósnia, mas festivais queer realizados em 2008 e 2014 em Sarajevo foram atacados por radicais e islâmicos, e a comunidade LGBTI está em grande parte oculta desde então. Não há bares ou lugares gays onde pessoas LGBT possam se encontrar abertamente.

A cidade de Sarajevo declarou neste sábado como cidadão honorário o cantor Bruce Dickinson, vocalista do grupo Iron Maiden, para agradecer pelo apoio que deu à capital da Bósnia durante a guerra dos anos 1990.

Na época em uma turnê mundial para promover o álbum solo "Balls To Picasso", Dickinson fez um show em dezembro de 1994 na Sarajevo sitiada, onde chegou em um comboio humanitário escoltado por forças da ONU.

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Em 14 de dezembro de 1994, a sala BKC, uma antiga mesquita ficou lotada para um momento raro de normalidade na cidade, que estava isolada do mundo.

"Foi necessária muita coragem e humanidade para vir em 1994 a uma Sarajevo devastada e cercada, para dizer 'não', e defender o fim da pior guerra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou Igor Gavric, presidente do Conselho Municipal, em uma cerimônia na prefeitura.

"Em um mundo no qual a maioria das coisas dura cerca de cinco minutos nas redes sociais é incrível que, quase 25 anos depois do show que fizemos em Sarajevo, isto signifique tanto para as pessoas a ponto de me darem este prêmio simbólico", declarou Bruce Dickinson, muito aplaudido.

Mais de 11.000 pessoas morreram no cerco a Sarajevo, que durou 44 meses.

Os habitantes da cidade redescobriram o show graças ao documentário de 2016 "Scream for me, Sarajevo!", uma frase que Dickinson falou para o público durante a apresentação.

Em 1994 lhe atribuíram a barraca 21 no campo de deslocados de Jezevac, onde devia esperar o fim do conflito na Bósnia. Mas quase 25 anos depois, Suhra Mustafic continua vivendo ali.

Nem ela, nem seus quatro filhos voltaram ao seu povoado no leste da Bósnia. Quando começou o conflito bósnio (1992-1995), fugiram de Skelani, perto do rio Drina, que separa Bósnia e Sérvia.

Seu marido morreu alguns meses depois em Srebrenica, combatendo as forças sérvias da Bósnia de Ratko Mladic, que na quarta-feira conhecerá o veredito de seu julgamento no Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPIY).

Com 54 anos, doente e quase cega, Suhra é uma das 400 pessoas nesse campo "provisório", entre uma floresta de pinheiros e a escória de uma mina de carvão. O campo se tornou um bairro depauperado da periferia de Tuzla (nordeste).

A maioria de seus residentes procede da região de Srebrenica, que em julho de 1995 foi cenário do massacre de 8.000 homens e adolescentes bósnios pelas forças sérvias da Bósnia.

As barracas, de 35 m2, não foram planejadas para durar muito tempo. Suhra, com a cabeça coberta por um véu azul, levanta o tapete para mostrar o chão podre. Ao redor dela, alguns móveis velhos também se decompõem.

Mas esta camponesa nunca pensou em voltar a Skelani, 140 quilômetros a sudeste. "Nunca! Mesmo que me oferecessem uma casa de cinco andares no meu povoado, ou cinco casas. Não voltaria. Lá não há ninguém com quem eu possa dividir o meu dia a dia. Minha família foi aniquilada. As dos vizinhos também", assegura.

- "Prisioneiros de seus traumas" -

Skelani se encontra na República Sérvia, a entidade dos sérvios da Bósnia, e Jezevac, na entidade croato-muçulmana. Esta divisão da Bósnia se consagrou por meio dos Acordos de Paz de Dayton que silenciaram as armas após um conflito que deixou 100.000 mortos e 2,2 milhões de deslocados.

Segundo Branka Antic Stauber, diretora da associação A Força da Mulher, em Tuzla, as mulheres, muitas vezes viúvas, não abandonaram os centros coletivos porque se veem "prisioneiras de seus traumas, já que nunca conseguiram sair do ponto morto no qual chegaram".

"A desocupação é o assassino silencioso dessa gente. O fato de que nós nos acostumamos a uma relação de dependência dando a eles durante anos o que precisavam serviu apenas para afundá-los na inatividade. Isso apagou sua necessidade de trabalhar e suas ambições", explica essa médica.

- "Refugiados de nascimento" -

Hadzira Ibrahimovic vive nesses centros desde os 13 anos. Neles criou sua família. Seus três filhos, de 18, 11 e cinco anos, são "refugiados de nascimento", diz esta mulher de 38 anos, originária da região de Srebrenica, que sobrevive como pode.

"Vamos recolher a escória do carvão e revendemos. Não podemos voltar. A casa foi destruída, não resta ninguém no povoado, não há escola...".

Entre os refugiados, as viúvas recebem uma pensão mensal de 360 marcos (184 euros ou 216 dólares), com a qual também mantêm os seus parentes. "Nesses centros coletivos estão começando a nascer a terceira geração de filhos. Constatamos uma transmissão do trauma aos filhos e netos", acrescenta Branka Antic Stauber.

Psicólogos e assistentes sociais de sua associação visitam o centro duas vezes por semana. Recebe apoio da Alemanha e Holanda, mas não das autoridades nem das associações de vítimas.

"Os políticos vêm nos ver antes das eleições. As mulheres das associações de mães de Srebrenica nunca vieram!", diz com desolação Suhra Mustafic.

Nos 156 centros coletivos que existem por todo o país vivem quase 9.000 bósnios. A ministra de Refugiados, Semiha Borovac, recentemente fixou como objetivo fechá-los "antes de 2020". Mas isso implica a construção de casas sociais.

O Zrinjski Mostar enfrentou o FK Sloga Doboj, pela Copa da Bósnia e Herzegovina de futebol, e o duelo ficou marcado por um lance um tanto quanto inusitado. O lateral-direito Marin Galic, de 22 anos, do Mostar, levou um chute entre as pernas e acabou sofrendo uma grave lesão nas suas partes íntimas, tendo que retirar um testiculo no hospital da região.

No momento da jogada, o atleta chegou a cair no chão de dor, o árbitro observou a cena, mas não percebeu a gravidade da lesão e mandou o jogo seguir. De acordo com informações de veículos locais, Galic foi retirado de campo e encaminhado para um hospital para fazer uma operação de remoção do testículo. O momento exato da lesão foi capturado por uma câmera que registrava lances da partida. 

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Confira o vídeo da lesão:

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A busca por um lugar seguro e por uma vida tranquila é um sonho para diversos refugiados pelo mundo. A procura por exemplos que alcançaram êxito na vida após fugir da guerra que afligia seus países é uma fonte de inspiração e o esporte pode ser figura importante nessa caminhada. Observando a situação atual de diversos refugiados sírios que buscam por abrigo em outros países, o zagueiro do Liverpool e de seleção croata, Dejan Lovren, realizou em parceria com a equipe inglesa um documentário de 22 minutos onde conta sua difícil história até alcançar o êxito pessoal no meio do futebol.

Bósnio, da cidade de Kraljeva Sutjeska, ele relata a difícil infância que teve para fugir do conflito dos Bálcãs, que afligiu o país na década de 90. Naquela época, um conflito entre sérvios, croatas e bósnios tinha como um dos objetivos a limpeza étnica. O hoje croata relembra a sensação de ter sentido a dificuldade de lutar pela vida enquanto procurava por uma casa.

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“Quando vejo o que está acontecendo hoje aos refugiados, lembro-me da minha experiência, minha família, as pessoas queridas. Eu entendo que as pessoas querem se proteger, mas existem aqueles que não têm casa, e não é culpa deles. Eles estão lutando por suas vidas, para salvar seus filhos. Eles querem um lugar seguro para eles, para o seu futuro. Eu vivi na minha pele tudo isso, eu sei o que está acontecendo com essas famílias. A procura de uma chance, de uma oportunidade”, inicia o defensor do time de Anfield no documentário.

Apesar de na época ser a capital Sarajevo, que ganhou mais destaque na mídia por conta dos confrontos, Lovren relata que nas regiões menores algumas das atrocidades da guerra puderam ser sentidas com muito mais dor. “Em pequenas aldeias as coisas mais terríveis foram acontecendo. As pessoas foram brutalmente assassinadas. O irmão de meu tio foi morto com uma faca na frente de outras pessoas. É como se a guerra tivesse acontecido ontem. É uma questão muito sensível, por isso, as pessoas tentam não falar sobre isso. É muito triste. Antes de fazer este filme, minha mãe me disse: ‘Não diga nada.’ E eu disse que precisava falar sobre o fato, e ela começou a chorar. Ela se lembra de tudo sobre esse período”, conta.

O zagueiro recorda que a sua vida simplesmente mudou repentinamente. A vizinhança que antes era calma e tranquila mudou e tudo passou a ser um pesadelo até que familiares simplesmente decidiram fugir para a Alemanha: “Nós nunca tivemos quaisquer problemas, nós nos dávamos bem com todos os vizinhos, que eram muçulmanos, sérvios, falávamos com todos. E então veio a guerra. Eu gostaria de explicar por que, mas ninguém sabe. Apenas aconteceu. Tudo mudou em uma noite, as mesmas pessoas mudaram. Lembro-me do som das sirenes. Eu estava tão assustado que achava que eram bombas. Lembro-me de minha mãe me levando para o porão, e não sei quanto tempo nós permanecemos sentados lá, nós não iríamos sair enquanto as sirenes não parassem de tocar. Mais tarde, minha mãe, meu tio e sua esposa entramos no carro e dirigimos para a Alemanha. Deixamos tudo: a casa, a pequena mercearia que tínhamos. Eles pegaram uma mala e simplesmente disseram: ‘Vamos para a Alemanha’”.

Foram 17 horas de viagem no carro até chegar na cidade de Munique. Para entrar no país, a família de Lovren não teve dificuldades já que tinham os documentos adequados. Lá foram sete anos, mas não muito tranqüilos, já que as autoridades alemãs constantemente os ameaçavam de expulsar do país. Até que um dia, chegou o ultimato e novamente o zagueiro teve que deixar tudo para trás no país onde já começava a construir a carreira no futebol. Porém, ainda assim, guarda boas lembranças daquela época. “As autoridades disseram que, após a guerra, deveríamos voltar. A cada seis meses, meus pais tinham que arrumar suas malas. Foi muito difícil não ter um futuro na Alemanha. Um dia eles vieram e nos disseram: ‘Você tem dois meses para ir embora.’ Para mim, foi muito complicado porque meus amigos estavam todos na Alemanha, minha vida, na verdade, tinha começado lá. Eu tinha tudo, eu estava feliz, eu estava jogando em uma equipe pequena, com meu pai como meu gerente, era simplesmente perfeito. Minha mãe disse que a Alemanha foi a nossa segunda casa, e é verdade. Alemanha nos abriu os braços. Eu não sei em que país poderia ter feito isso com refugiados da Bósnia na época”, recorda com afeto.

Foi então que encontraram um local tranquilo para se estabelecerem, na Cróacia, há 50km da capital Zagreb. Porém, sem dinheiro, a família de Lovren ainda se via em dificuldades financeiras, o que o fez de fato almejar um futuro melhor para todos e entender a importância de se valorizar o que tem. “Minha mãe trabalhava em Walmart por 350 euros por mês. Meu pai era um pintor de casa. Tivemos problemas econômicos. Eu me lembro quando meu pai vendeu meus patins de gelo. Um dia eu perguntei: ‘Onde estão os patins mãe?’. Eu gostava de usá-los no inverno. E minha mãe, chorando, me disse: ‘Seu pai, os vendeu. Não temos dinheiro esta semana’. Os sapatos foram vendidos por cerca de 40 euros. Era uma coisa difícil para meus pais. Esperava que para a próxima geração tudo se torna-se mais fácil, para minha filha e meu filho, esquecer aquilo e seguir em frente. Eu não sei se eles vão entender a minha vida, a minha situação, o que eu passei, um dia, porque eles vivem em um mundo totalmente diferente. Quando a minha filha me pede um brinquedo, às vezes eu digo a ela: ‘Eu não tenho dinheiro.’ É difícil entender por que isso acontece, mas eu faço isso para fazê-la entender que nada vem fácil”, finaliza.

O vídeo completo (com áudio em inglês) pode ser assistido no site oficial do Liverpool.

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O presidente da Bósnia anunciou nesta terça-feira que o país vai entrar com um pedido para fazer parte da União Europeia (UE) em meados de fevereiro.

Dragan Covic disse que o pedido formal será entregue no dia 15 do próximo mês, e então, a Bósnia tentará cumprir as duas últimas condições para o requerimento: o país tem de criar um mecanismo efetivo de coordenação para lidar com o bloco e ajustar o acordo comercial com a UE.

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A Bósnia pretende receber a aprovação dentro de um ano. Fonte: Associated Press.

Pedras, garrafas e outros objetos foram atirados contra o primeiro-ministro da Sérvia, Aleksandar Vucic, durante uma cerimônia em homenagem aos 8 mil bósnios muçulmanos que morreram em Srebrenica há vinte anos. Segundo uma assessora, o primeiro-ministro foi atingido no rosto por uma pedra.

A assessora Suzana Vasiljevic afirmou que estava com o premiê quando um grupo destruiu as grades e foi da direção dele. O rosto de Vucic foi atingido e seus óculos quebraram, disse.

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Dezenas de milhares participaram da celebração que marca os 20 anos do pior massacre na Europa desde o Holocausto: o assassinato de 8 mil muçulmanos da cidade de Srebrenica, do leste da Bósnia.

Vucic, que já adotou uma postura ultranacionalista, participou para representar seu país num aparente gesto de reconciliação. Algumas pessoas, porém, carregaram cartazes com as palavras dele na guerra: "para cada sérvio morto, mataremos 100 bósnios".

O primeiro-ministro sérvio e seus seguranças foram forçados a fugir da multidão, com os guardas tentando protegê-lo com malas, guarda-chuvas e os próprios braços. Vucic retornou à Sérvia na sequência.

O ministro de Relações Exteriores da Sérvia, Ivica Dacic, disse que o incidente foi um ataque ao país. "Ao decidir se curvar às vítimas, o primeiro-ministro sérvio se comportou como um estadista", declarou em um comunicado. "Isso é mais uma consequência negativa de politizar este assunto que trouxe novas divisões em vez de reconciliação", completou.

O prefeito bósnio muçulmano de Srebrenica, Camil Durakovic, disse que estava "profundamente desapontado". Ele pediu desculpas a Vucic pelo ocorrido. Fonte: Associated Press.

O Papa Francisco exortou muçulmanos, ortodoxos e católicos da Bósnia a deixar a "barbárie" da guerra para trás e trabalhar conjuntamente para um futuro pacífico, encorajando a reconciliação no país. Em sua visita de um dia a Sarajevo, Francisco recebeu uma recepção calorosa de milhares de bósnios que o aplaudiam durante seu percurso de carro pela cidade de maioria muçulmana. Outras 65 mil pessoas, a maioria católicos, lotaram o mesmo estádio onde o Papa João Paulo II presidiu uma emocionante missa de reconciliação pós-guerra, em 1997.

"Guerra nunca mais", disse Francisco em sua homilia, denunciando aqueles que incitam a guerra para vender armas ou para fomentar deliberadamente tensões entre os povos de

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culturas diferentes. Ele pediu aos bósnios para não apenas pregar a paz, mas fazê-la a cada dia por meio de suas "ações, atitudes e atos de bondade, de fraternidade, de diálogo, de misericórdia".

Quase todos os passos da visita de Francisco a Sarajevo foram projetados para mostrar harmonia inter-religiosa e interétnica em uma cidade que já foi conhecida como a "Jerusalém da Europa" para a coexistência pacífica de cristãos, muçulmanos e judeus. A cidade, porém, tornou-se sinônimo de inimizade religiosa durante o conflito de 1992-1995 que deixou 100 mil mortos e desalojou metade da população.

"Todos nós precisamos de paz e de uma mensagem do papa", disse Alma Mehmedic, um muçulmano que esperou para ver Francisco fora do palácio presidencial. "Eu vim para dar amor e receber amor."

Apesar da aparência exterior de harmonia, as feridas ainda persistem duas décadas depois dos acordos de paz mediados pelos EUA colocarem fim à guerra no país. Cristãos ortodoxos sérvios da Bósnia querem um estado separatista; bósnios muçulmanos querem um país unificado; croatas católicos querem sua própria região autônoma.

Mladen Ivanic, membro sérvio da presidência bósnia de três membros, congratulou o pontífice dizendo que a Bósnia-Herzegovina é um país de contrastes onde "cada palavra ecoa muito mais forte que em qualquer outro lugar". "Nós acreditamos que os tempos de desentendimentos, intolerância e divisão estão para trás para sempre, que nós aprendemos nossa lição com o passado e que novos tempos estão pela frente, tempos de razão, reconciliação e cooperação", disse.

Fonte: Associated Press

Um homem armado invadiu uma delegacia no nordeste da Bósnia gritando "Allahu akbar" (Alá é o maior) nesta segunda-feira, matando um policial e ferindo outros dois, segundo autoridades.

O homem acabou morto durante o ataque, ocorrido na cidade de Zvornik, segundo uma porta-voz da polícia. Zvornik é uma cidade na parte servo-bósnia do país e está localizada na fronteira com a Sérvia. Durante a guerra de 1992 a 1995, quase todos os muçulmanos dessa cidade foram expulsos ou mortos, como parte da campanha militar sérvia. Apenas alguns milhares deles retornaram à região, depois da guerra.

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O ministro da Segurança, Dragan Mektic, disse que o homem invadiu a delegacia com um rifle automático e acabou morto na troca de tiros com a polícia, ainda dentro do local.

O imã da mesquita de Zvornik, Mustafa Muharemovic, condenou o ataque. O presidente regional, Milorad Dodik, disse acreditar que o agressor foi instruído por alguém, ainda que tenha agido sozinho. Fonte: Associated Press.

Para a família Salaka, convencer a administração local de que seu filho, nascido em Sarajevo, é de nacionalidade bósnia, representou um longo combate, em um país etnicamente dividido onde, paradoxalmente, os bósnios não existem oficialmente.

Faruk, filho de Elvira e Kemal Salaka, nasceu em abril de 2014, mas só pôde se inscrever no registro civil como bósnio após nove meses de uma guerra burocrática; agora acaba de se tornar o primeiro cidadão bósnio desta ex-república iugoslava desde o fim da guera (1992-1995).

Efetivamente, nos termos da Constituição imposta pelo acordo de paz de Dayton (Estados Unidos), que encerrou o conflito, milhões de habitantes da Bósnia têm várias possibilidades de nacionalidade. Existem os bosníacos ("Bosnjak", muçulmanos), os sérvios (cristãos ortodoxos) e os croatas (católicos), as três principais comunidades do país. Mas até agora não era possível se identificar apenas com o Estado, ou seja, ser simplesmente bósnio.

Os que rejeitam se submeter a uma das três comunidades são considerados "os outros", uma categoria que existe oficialmente. Mas isso significa que não podem se beneficiar dos direitos políticos reservados a bósnios, sérvios e croatas.

Poucos dias após o nascimento de seu filho, Kemal Salaka, economista de 39 anos, tentou registrá-lo como bósnio em seu registro. "Nada mais lógico para alguém nascido na Bósnia, mas onde a Bósnia começa a lógica termina", afirmou à AFP.

Quando disseram que não era possível, Salaka entrou em contato com um advogado. "O processo administrativo terminou há duas semanas. Meu filho foi registrado como o primeiro bósnio da Bósnia", contou o pai, orgulhoso.

Membros recém-eleitos da presidência tripartite da Bósnia prometeram acabar com o impasse político que dura anos e revitalizar as reformas que podem aproximar o país da inclusão na União Europeia.

A presidência foi a primeira instituição a ser formada na Bósnia após as eleições no último mês e os representantes dos três grupos do país (bósnios, croatas e sérvios) se comprometeram, durante a cerimônia de inauguração, a realizarem mais "acordos e cooperação" a fim de encerrar os conflitos políticos que resultaram em estagnação econômica, desemprego e fuga de cérebros.

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"Nos próximos quatro anos, eu espero que a presidência seja um motor forte levando este país em frente no caminho da reforma para alcançar a nossa meta mais importante: se tornar um membro da união de nações europeias livres e democráticas", afirmou Bakir Izetbegovic, o membro bósnio da a presidência e o único que foi reeleito.

O novo membro sérvio da presidência, Mladen Ivanic, por sua vez, disse que "as pessoas na Bósnia-Herzegovina estão exaustas de brigas e confrontos, presas em um círculo vicioso de crise econômica e enorme desemprego. Eles estão deprimidos com a falta de ideias sobre como essa situação pode mudar". Ele acrescentou que é interesse de todos na Bósnia cooperar tanto com os EUA quanto com a Rússia.

Tanto os EUA quanto a União Europeia são favoráveis a entrada da Bósnia no bloco econômico e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Rússia, que tem laços estreitos com os sérvios, se opõe a participação do país na Otan e tem tido uma postura reservada sobre o futuro da Bósnia na UE. Fonte: Associated Press.

Equipes de resgate retiraram 29 mineradores de uma mina de carvão nesta sexta-feira (5) na Bósnia, depois que ela ter desmoronado na quinta-feira (4) na região central do país. Bombeiros interromperam os esforços de resgate por acreditarem que cinco homens que ainda estão numa área profunda da mina estejam mortos.

As vítimas passaram a noite presas a mais de 500 metros abaixo da superfície. De acordo com os médicos, 26 mineiros foram levados para um hospital, seis deles gravemente feridos, mas nenhum corre risco de vida.

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O gerente da mina, Esad Civic, disse que os trabalhos de resgate foram interrompidos depois que os 29 mineiros foram retirados. Familiares dos que foram deixados para trás choraram quando as autoridades fecharam a entrada da mina. Amir Arnaut, membro da equipe de resgate, disse que eles fizeram todo o possível para salvá-los. "Nós não conseguíamos alcançar aquele grupo de pessoas", lamentou. Um inspetor de mineração, Nuraga Duranovic, disse que as mortes não podem ser confirmadas oficialmente até que os corpos sejam encontrados.

O líder da organização sindical da mina, Mehmed Oruc, disse que dois túneis desmoronaram na quinta-feira à noite, após uma explosão de gás provocada por um pequeno terremoto perto da cidade de Zenica. Ele disse que 22 outros mineradores conseguiram sair do buraco na quinta-feira, sendo que dois se feriram.

Foi o terceiro acidente na mina de Zenica neste ano. Em duas explosões de gás anteriores, 16 mineradores ficaram feridos. A mais recente foi a menos de quatro semanas. O local foi cenário de uma das maiores tragédias em mineração na história da Bósnia, quando 39 trabalhadores morreram em uma explosão de gás em 1982.

Familiares e líderes da organização sindical acusaram a gerência de responder de forma insuficiente ao último colapso, especialmente por dizer, inicialmente, que apenas oito trabalhadores estavam presos. Eles afirmaram que as autoridades só trouxeram máquinas de resgate sete horas depois da explosão. O gerente admitiu que a mina está longe do padrão de segurança aceito mundialmente. Fonte: Associated Press.

Milhares de pessoas assistiram nesta quarta-feira à inauguração de uma estátua do Papa João Paulo II em Sarajevo, três dias após a sua canonização, para agradecê-lo por suas incansáveis orações pela paz na Bósnia durante o conflito dos anos 1990.

"Durante seu pontificado, João Paulo II rezou em 263 ocasiões pela paz na Bósnia. Sua estátua na praça da catedral de Sarajevo é uma mensagem eterna pela paz neste país", declarou durante a cerimônia o arcebispo de Sarajevo, o cardeal Vinko Puljic.

A estátua do santo padre, de três metros de altura, foi instalada no local onde Karol Wojtyla saudou os habitantes da capital da Bósnia, atualmente cidade de maioria muçulmana, durante sua visita em 1997.

"João Paulo II havia compreendido nosso sofrimento e, apesar de nossas diferenças, abraçava o homem que sofria", acrescentou Puljic.

Para o membro muçulmano da presidência colegial da Bósnia, Bakir Izetbegovic, "as mensagens do Papa eram uma esperada mensagem de esperança na Bósnia" durante a guerra entre sérvios (cristãos ortodoxos), croatas (cristãos católicos) e muçulmanos que deixou 100.000 mortos no país.

O atacante Sergio Agüero foi o principal responsável pela vitória da Argentina sobre a Bósnia na noite da última segunda-feira. Ele marcou os dois gols do triunfo por 2 a 0, em amistoso realizado em St. Louis, nos Estados Unidos. Após o confronto, o jogador do Manchester City foi bastante elogiado pelo técnico da seleção, Alejandro Sabella.

"Ele é um dos melhores jogadores do mundo, em um dos melhores clubes", afirmou o treinador, que ainda previu evolução na seleção com o retorno de Messi, que não atuou por conta de uma lesão que o tirará do futebol até o fim do ano. "Quando o Messi jogar, tudo será mais fácil para nós."

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Agüero havia começado no banco o amistoso da última sexta contra o Equador - empate por 0 a 0 -, como parte da estratégia de Sabella de rodar bastante o elenco. Além dele, o meia Di María também foi um dos destaques da Argentina diante dos bósnios, que tiveram o atacante Dzeko, companheiro de Agüero no City, como principal nome.

O show do atacante argentino começou aos 39 minutos. Palacio recebeu boa enfiada, tentou driblar o goleiro, mas perdeu a bola, que sobrou para Agüero marcar. Já no segundo tempo, aos 20 minutos, ele aproveitou lançamento perfeito de Maxi Rodríguez e encheu o pé para selar a vitória com o um belo gol.

Argentina e Bósnia já garantiram vaga para a Copa do Mundo do ano que vem, que acontecerá no Brasil. Os argentinos fizeram grande campanha e terminaram na ponta das Eliminatórias Sul-Americanas, enquanto os bósnios foram os líderes do Grupo G nas Eliminatórias Europeias e se classificaram para seu primeiro Mundial.

Cerca de 45 pessoas ficaram feridas após um acidente envolvendo dois trens nesta sexta-feira (1°) em Sarajevo, Bósnia. Nenhuma das vítimas corre risco de vida, segundo o porta-voz da polícia, Irfan Nefic.

Um trem colidiu com outro em um movimentado cruzamento da capital da Bósnia-Herzegovina. Testemunhas disseram que a colisão foi tão forte que os passageiros não conseguiram se segurar. Os peritos ainda estão investigando o que teria causado o acidente.

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O presidente sérvio, Tomislav Nikolic, pediu perdão pelo massacre de Srebrenica (leste da Bósnia), cometido pelas forças sérvias em julho de 1995 e considerado um genocídio pela justiça internacional, segundo trechos de uma entrevista que será exibida em 7 de maio pela televisão pública bósnia (BHT).

"Me ajoelho e peço que perdoem a Sérvia pelo crime cometido em Srebrenica", declarou Nikolic.

Os trechos da entrevista foram divulgados no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=9c-iF9Li8tY). Uma fonte da presidência sérvia confirmou à AFP as declarações de Nikolic.

Nikolic, um nacionalista populista que passou a adotar recentemente um discurso pró-europeu, provocou grande consternação em junho do ano passado na Bósnia e nos países ocidentais ao declarar que não havia acontecido um genocídio em Srebrenica.

Nos trechos da entrevista é possível observar Nikolic a ponto de pronunciar a palavra "genocídio", quando pede desculpas antes de mudar de ideia e falar "crime".

Em 11 de julho de 1995, meses antes do fim da guerra civil na Bósnia de 1992-95, as tropas sérvias da Bósnia assumiram o controle de Srebrenica, uma área muçulmana que em 1993 havia sido proclamada "zona protegida" pela ONU.

Em poucos dias foram assassinados quase 8.000 homens e adolescentes, em um massacre considerado genocídio pela justiça internacional.

Duas irmãs bósnias que haviam perdido o contato há quase 72 anos se reencontraram pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial graças à rede social Facebook, noticiou um jornal local este sábado (5).

Hedija Talic, de 82 anos, e sua irmã, Tanija Delic, de 88, voltaram a se ver pela primeira vez desde 1941, reportou o jornal Nezavisne Novine em seu site na internet.

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Talic, que tinha 11 anos na época, se perdeu quando sua família fugiu de seu povoado, no noroeste da Bósnia, no começo da Segunda Guerra Mundial.

A menina, cujos pais morreram durante a guerra, foi acolhida por um orfanato local. Sua irmã tinha emigrado para os Estados Unidos.

"Depois da guerra, algumas pessoas diziam que a minha família tinha morrido, outros diziam que estava nos Estados Unidos. Tinha perdido qualquer esperança de voltar a vê-la", declarou a octogenária ao jornal.

Mais tarde, ela se radicou na região de Tuzla (noroeste), enquanto a irmã vivia em um povoado no noroeste da Bósnia, a 200 km.

As duas irmãs se reencontraram graças ao filho de Hedija, que fez contato através do Facebook com a filha de sua tia, sem saber que pertenciam à mesma família.

"Depois de tantos anos, ainda lembramos dos nossos pais, do nosso irmão e da nossa infância, inclusive dos fatos mais insignificantes", contaram as duas irmãs.

Hadija e Tanija disseram que tentarão encontrar o irmão, que provavelmente mora nos Estados Unidos.

Um dos líderes das forças servo-bósnias durante a Guerra da Bósnia, Radovan Karadzic, disse para o tribunal das Nações Unidas em Haia que deveria ser congratulado em vez de punido por seu papel no conflito. "Eu deveria ser recompensado por todas as coisas boas que fiz, pois tentei de tudo para evitar a guerra e reduzir o sofrimento", disse ele nesta terça-feira para defender-se das acusações de genocídio.

Preso em 2008, Karadzic, de 67 anos, é notório por comandar o massacre de quase 8 mil muçulmanos em Srebrenica, em julho de 1995. Essa foi a pior atrocidade em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial. Soldados servo-bósnios sob o comando do general Ratko Mladic expulsaram as tropas de paz da ONU e sistematicamente mataram homem e meninos muçulmanos por dias.

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Apesar de não negar que ocorreram assassinatos, Karadzic sempre questionou o tamanho do massacre e afirma que não sabia das execuções. "Eu sou um homem tranquilo, tolerante, com grande capacidade de compreender os outros", disse ele no início de seu julgamento. As informações são da Dow Jones.

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