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O presidente Jair Bolsonaro enviará nesta quarta-feira (18) um pedido de reconhecimento do estado de calamidade pública ao Congresso para enfrentar a epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, informa o próprio governo.

Com a medida, que deve durar até o último dia deste ano, o governo estará livre de cumprir as metas fiscais e não precisará pensar em contingenciamento de despesas. Porém, o teto de gastos e a regra de ouro (que proíbe o governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes) estarão mantidas.

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"Em virtude do monitoramento permanente da pandemia Covid-19, da necessidade de elevação dos gastos públicos para proteger a saúde e os empregos dos brasileiros e da perspectiva de queda de arrecadação, o Governo Federal solicitará ao Congresso Nacional o reconhecimento de Estado de Calamidade Pública. A medida terá efeito até 31 de dezembro de 2020", diz em nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação da Presidência.

Apesar de considerar a pandemia mundial uma "histeria", através de nota, o presidente informou que tomará medidas sobre limitações das fronteiras brasileiras para o tráfego de pessoas - o transporte de mercadorias será mantido integralmente.

A medida deve entrar na pauta dos congressistas em caráter de urgência. Os presidentes das duas casas, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), já informaram que apoiarão o pedido, que precisará receber aprovação nas duas Casas.

A mudança de postura da Presidência vem após duras críticas de Maia e de diversos representantes dos Poderes constituídos sobre a falta de ação de Bolsonaro para atuar na prevenção da epidemia - bem como sobre a aparição pública do mandatário, no último domingo (15), em meio a uma manifestação a favor do seu governo.

Durante uma viagem a Miami (EUA), há cerca de duas semanas, 13 membros da comitiva presidencial deram positivo para o coronavírus. Bolsonaro fez um primeiro teste, o qual teria dado negativo, segundo informações divulgadas por ele. No entanto, nesta terça-feira (17), ele foi submetido a um segundo teste para confirmar se contraiu ou não a doença.

Pelas redes sociais, o presidente afirmou que não contraiu o vírus. "Informo que meu 2º teste para Covid-19 deu negativo. Boa noite a todos", escreveu no Twitter sem, novamente, apresentar documentação.

Até o momento, o Brasil tem 291 casos confirmados da doença e uma morte confirmada - com outras suspeitas em análise.

- Panelaço: Diversas cidades brasileiras registraram, na noite desta terça-feira, os protestos conhecidos como "panelaços". Entre aquelas que registraram os atos, estão São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Distrito Federal. O movimento espontâneo contou ainda com gritos de "Fora, Bolsonaro".

Na noite desta quarta-feira, entretanto, já está marcada mais uma "manifestação" do tipo em várias capitais brasileiras.

Da Ansa

A prefeitura do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública, por causa da chuva que atinge o município desde a noite de segunda-feira (8). Com o decreto, passa a ser possível fazer contratação de serviços emergenciais de resposta à enchente sem licitação.

Caso o governo federal aceite o decreto de calamidade, o documento também facilita a transferência de recursos da União para a prefeitura fazer essas ações emergenciais.

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O decreto permite ainda desapropriações e o uso de propriedade particular, no caso de iminente perigo, pela Defesa Civil e outros órgãos municipais.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, justificou a medida não apenas por causa da situação emergencial provocada pelo temporal, que provocou enchentes e deslizamentos e matou dez pessoas, mas também porque o município passa por “grave crise econômica”.

A cidade segue em estágio de crise (o mais grave de três níveis da Defesa Civil) há quase 60 horas, desde as 20h55 de segunda-feira (8). Ainda há vários pontos de alagamento, vias bloqueadas e riscos de deslizamentos. Apesar disso, segundo o sistema Alerta Rio, da prefeitura, não deve chover hoje na capital fluminense.

O governador de Roraima, Antonio Denarium,  assinou decreto de calamidade pública na saúde, a ser publicado hoje (25) no Diário Oficial do estado, segundo a assessoria de imprensa do governo.

A decisão foi motivada pelo agravamento dos conflitos na fronteira com a Venezuela, o que elevou o número de atendimentos no Hospital Geral de Roraima (HGR), principal unidade da rede e a única a realizar procedimentos de alta complexidade.

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Por meio de nota, o governo de Roraima informou que, nas últimas 36 horas, 18 pacientes venezuelanos em estado grave foram atendidos no hospital. Destes, 13 precisaram passar por procedimento cirúrgico, sobrecarregando as unidades de terapia intensiva, o setor de trauma e a ocupação de leitos.

“Já estávamos com situação crítica no setor da saúde em Roraima. A partir dos conflitos na Venezuela, esse problema se agravou”, disse o governador.

Com a publicação do decreto, o governo espera ter mais facilidade em compras emergenciais de medicamentos e de materiais médico-hospitalares. O estado analisa ainda a possibilidade de contratação de leitos hospitalares privados para deixar como retaguarda, caso haja necessidade.
“Entendemos que a capacidade de atendimento da saúde ficou sobrecarregada. Não sabemos o que pode acontecer de agora em diante e estamos nos prevenindo para não deixar ninguém desassistido”, disse Denarium.

Apoio federal

Além da instituição de calamidade pública na saúde, o governador busca apoio do governo federal para enfrentar a situação.

O estado informou já ter entrado em contato com o Ministério da Saúde, Ministério da Defesa, a Casa Civil e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Uma das opções estudadas, segundo o governador, é levar, diretamente de Brasília, material médico-hospitalar – pelo menos até que as compras sejam normalizadas.

O Exército encaminhou, até o momento, sete ambulâncias ao estado. Ao todo, 12 veículos estão disponíveis e cinco estão de sobreaviso, preparados para fazer o transporte de pacientes. A equipe de médicos e enfermeiros no HGR e no hospital de Pacaraima, segundo a assessoria de imprensa do governo de Roraima, também foi reforçada.

Fronteira

Outra preocupação do governo de Roraima é o provável crescimento do número de imigrantes entrando no Brasil via Roraima, após a reabertura da fronteira.

“Precisamos lembrar que a fronteira está fechada há alguns dias e o fluxo de venezuelanos entrando em Roraima era de aproximadamente 500 por dia. Com a abertura da fronteira nos próximos dias, deve haver um aumento substancial desse número e isso, consequentemente, vai aumentar a demanda por saúde no estado”, finalizou o governador.

A Prefeitura de Mairiporã, na Grande São Paulo, anunciou nesta terça-feira (16) que a cidade está em estado de calamidade pública na saúde por conta da febre amarela. Segundo a prefeitura, são 11 casos confirmados de doença e 6 mortes na cidade.

"O decreto vem para regulamentar uma situação de excepcionalidade que o município vive. É uma doença que não era presente, não era comum dentro da municipalidade. Os níveis de óbito vêm em uma crescente e temos casos ainda em investigação. A totalidade são 50 notificações em investigação e o decreto vem para poder regulamentar as ações extemporâneas que nós realizamos”, de acordo com a secretária de saúde da cidade, Grazielle Bertolini.

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Ainda na terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou todo o estado de São Paulo como área de risco para febre amarela. 

 

Por Beatriz Gouvêa

Os governadores dos estados do Nordeste, Norte e Centro Oeste do país divulgaram uma carta, nesta terça-feira (20), para detalhar o andamento das articulações entre eles e o Governo Federal. No texto, os Chefes dos Executivos expõem a insatisfação da falta de entendimento com a gestão do presidente Michel Temer (PMDB) para ações que ajudem a amenizar o impacto da crise econômica nos cofres públicos estaduais. 

No documento, os membros do Fórum criado pelos gestores das três regiões, explicam também o porquê de não ter decretado ainda “Estado de Calamidade Pública”. “Sabemos, que a verdadeira saída é a retomada do crescimento, gerando emprego e renda. E temos consciência da gravidade do impacto da Decretação de Calamidade por vários Estados brasileiros ao mesmo tempo, inclusive podendo afetar a meta principal que é estabilizar a queda na economia e na criação de um ambiente melhor para os investidores”, argumentam no texto.

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Segundo ele, entre os pleitos apresentados pelos 20 gestores está a liberação de um Auxílio Emergencial aos Estados, no valor de R$ 7 bilhões, metade, segundo eles, do impacto gerado pela queda no Fundo de Participação dos Estados (FPE) e dos recursos repassados pela União.

“O presidente Michel Temer disse que reconhecia a gravidade vivida pelos Estados, e que tinha sensibilidade, explicou a ajuda dada ao Estado do Rio de Janeiro, que Decretou Calamidade, na fase em que sediou as Olimpíadas Mundiais, e que ele havia liberado cerca de R$ 2,9 bilhões. Reafirmamos nosso apoio à ajuda dada ao Rio de Janeiro e relatamos que muitos Estados já haviam tomado esta decisão de Decretar também Calamidade, mas sabendo da gravidade para o país, apostamos na sensibilidade do Presidente”, observam no texto.

Aguardando um retorno positivo da gestão, os governadores, entretanto, foram frustrados ao encontrar com o ministro da Fazenda, Henrique Meireles. “A resposta foi que não poderia atender ao pleito dos 20 Estados destas 3 regiões. E também que não poderia liberar este valor a título de antecipação das receitas previstas com base na Lei da Repatriação, outra alternativa apresentada, por não saber o valor exato a ser recolhido. E nem mesmo como empréstimo no modelo do Programa Emergencial Financeiro - PEF, desburocratizado”, detalham.

Para solucionar os imbróglios, os governadores do Nordeste, Norte e Centro Oeste disseram ainda que aguardam uma nova reunião com Michel Temer.

Veja o documento na íntegra:

Carta dos Governadores do Nordeste, Norte e Centro Oeste do Brasil

Vivemos uma das mais graves crises brasileiras na economia, na política e chegando no social, principalmente com seca, com grande perda de grãos e outros produtos e falta de água para abastecimento humano e animal, paralisação de obras públicas e programas federais e o desemprego crescendo.

A queda da economia afeta, especialmente, os Estados que dependem mais das receitas partilhadas com a União, principalmente o Fundo de Participação dos Estados - FPE. E por isto as nossas regiões são as mais atingidas.

Em 2015 e também em 2016 os Estados adotaram medidas sérias, reduziram despesas e conseguiram economizar. Mas a queda da receita, especialmente o FPE e recursos dos Estados não liberado pela União, como os recursos previstos na Lei Kandir de 2014 provisionado para pagamento este ano (compensação do ICMS das Exportações, não cobrados pelos Estados  para incentivar mais exportação), novos incentivos da União reduzindo IPI e IRPJ e subida automática de preços de energia, comunicação, combustível etc engoliram todo este esforço.

Dos 27 Estados e Distrito Federal, 21 já chegaram a uma situação de colapso e prejudicando serviços essenciais sabidamente na segurança, saúde, dentre outros, atrasando o repasse para os outros poderes,  atrasando salários dos servidores ativos, aposentados e pensionistas. E permanecendo no rumo dos últimos meses, quem ainda não teve problema sabe que é questão de tempo.

Com base em estudos do CONFAZ - Conselho dos Secretários da Fazenda e também do Tribunal de Contas da União, demonstramos ao Governo Federal, em documento e agenda com o Presidente da República, Michel Temer, e sua equipe, que R$ 14 bilhões é a soma destes impactos em nossas receitas e pedimos ajuda ao Chefe do Executivo sob a forma de Auxílio Emergencial, além da liberação de recursos da Lei Kandir. E dissemos que, por entendimento entre os governadores, após agendas com equipe do Governo Federal,  e compreendendo a difícil situação da União, reduzimos o pleito para o valor de R$ 7 bilhões. Lembramos ainda que do esforço do povo brasileiro para o alongamento das dívidas com a União, de um total de R$ 55 bilhões, estes 20 Estados do Nordeste, Norte e Centro Oeste,  representam apenas 9% de todo o montante da dívida com a União, alguns inclusive sem dívida com a União, e os outros 7 Estados ficando com 91%. Defendemos a unidade nacional, e reconhecemos que os Estados mais desenvolvidos precisam desta solução, mas defendemos também o equilíbrio e justiça federativa, e pedimos a compensação, reforçando a situação emergencial para suprir serviços essenciais à população, no valor de R$ 7 bilhões.

Destacamos neste processo o importante apoio das bancadas do Nordeste, Norte e Centro Oeste, principalmente na Câmara e no Senado, onde já apresentaram emendas para assegurar o Auxílio Emergencial aos Estados, no valor de R$ 7 bilhões,  ao Projeto de Lei Complementar 257/2015 que trata do alongamento das dívidas dos Estados e da PEC 241, que trata do teto dos gastos públicos, e muitos têm comparecido às nossas agendas e manifestando apoio ao Pleito.

O presidente Michel Temer disse que reconhecia a gravidade vivida pelos Estados, e que tinha sensibilidade, explicou a ajuda dada ao Estado do Rio de Janeiro, que Decretou Calamidade, na fase em que sediou as Olimpíadas Mundiais,  e que ele havia liberado cerca de R$ 2,9 bilhões. Reafirmamos nosso apoio à ajuda dada ao Rio de Janeiro e relatamos que muitos Estados já haviam tomado esta decisão de Decretar também Calamidade mas, sabendo da gravidade para o país, apostamos  na sensibilidade do Presidente.

Ele Disse ainda que em 15 dias após aquele dia 16/08/16, apresentaria uma solução. Nesta última semana pedimos a agenda para uma resposta e fomos recebidos a pedido do Presidente da República pelo Ministro Henrique Meireles da Fazenda, e sua equipe. E a resposta foi que não poderia atender ao pleito dos 20 Estados destas 3 regiões. E também que não poderia liberar este valor a título de antecipação das receitas previstas com base na Lei da Repatriação, outra alternativa apresentada, por não saber o valor exato a ser recolhido. E nem mesmo como empréstimo no modelo do Programa Emergencial Financeiro - PEF, desburocratizado.

Diante disto, comunicamos ao Ministro Meireles e equipe,  que muitos Estados já estavam preparando o texto e providências legais para, no caminho do Rio de Janeiro, Decretarem Calamidade, e tomamos a decisão de ninguém publicar o Decreto e de insistir em sermos recebidos pelo Presidente Michel Temer, e seguir buscando um entendimento.

Sabemos, que a verdadeira saída é a retomada do crescimento, gerando emprego e renda. E temos consciência da gravidade do impacto da Decretação de Calamidade por vários Estados brasileiros ao mesmo tempo, inclusive podendo afetar a meta principal que é estabilizar a queda na economia e na criação de um ambiente melhor para os investidores.

No início da noite da última terça feira, em contato com a coordenação do Fórum dos Governadores, membro da equipe do Presidente Michel Temer informou que ele tinha dificuldades de agenda esta semana mas que buscaria organizar um novo momento para nos receber.Somos 20 governadores do Brasil, com 60 Senadores e Senadoras, metade da composição da Câmara dos Deputados, representando cerca da metade da população do Brasil que, diante desta situação, tomamos também a decisão de fazer este comunicado ao Povo Brasileiro.

Brasília, 18 de setembro de 2016.

Fórum dos  Governadores do Nordeste, Norte e Centro Oeste

Presidente da Assembleia Legislativa e do PMDB-RJ, o deputado Jorge Picciani afirmou neste sábado, 18, que a decretação de calamidade pública nas finanças do Estado facilitará a ajuda federal ao Rio de Janeiro e abrirá caminho para o governador Francisco Dornelles "restabelecer prioridades". Segundo Picciani, o governo do Estado destinará recursos para pagamento de servidores, segurança, saúde e educação. Na próxima semana, o governo federal deverá editar medidas provisórias para garantir cerca de R$ 3 bilhões ao Rio de Janeiro.

Picciani disse que "medidas duras" citadas na noite de sexta-feira, 17, por Dornelles se referem ao corte de 30% dos gastos do Estado e extinção de cinco secretarias, medidas anunciadas pelo governo há dez dias. Entre as iniciativas, está a reavaliação de todos os programas sociais e a suspensão temporária do programa de superação da pobreza, Renda Melhor. O deputado negou que a "racionalização de todos os serviços públicos essenciais" mencionada no decreto signifique redução dos gastos com saúde e educação para dar prioridade à Olimpíada. "Não existe essa hipótese", respondeu.

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"Esse decreto dá tranquilidade ao governo federal para ajudar mais o Rio de Janeiro e dá instrumentos para o governador restabelecer as prioridades do Estado: salário (do funcionalismo) em dia, restabelecer a segurança da população, garantir o funcionamento das escolas e recursos para a saúde. A saúde precisa de R$ 200 milhões por mês, mas atualmente tem entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões. Dornelles agora assumiu o caixa do Estado", diz Picciani.

O presidente da Assembleia cobrou das secretarias e outras instituições públicas do Estado a redução dos gastos, com revisão de contratos e demissões de cargos comissionados. "Medidas duras são os cortes nas despesas, que serão muito significativos. São medidas difíceis, mas têm que ser tomadas, cada secretaria tem o dever de cortar cargos de confiança, de rever contratos. O governador assumiu o compromisso de que isso será realizado e a Assembleia vai acompanhar", afirmou Picciani. Segundo o deputado, Dornelles disse na sexta-feira ter formado uma comissão para rever os cem maiores contratos do Estado.

Principal interessado nos Jogos de 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) silencia diante da declaração de calamidade pública no estado do Rio de Janeiro. Questionado desde sexta-feira pela reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a entidade com sede em Lausanne fez questão de não dar uma resposta direta sobre o que pensa sobre a situação e nem qual a posição de seu presidente, Thomas Bach, que acaba de terminar uma viagem pelo Brasil.

Na prática, a manobra do estado do Rio permitirá um acesso mais rápido a recursos federais, algo que soa bem para os interesses do COI. Bach havia chegado a um acordo para antecipar transferências de recursos aos organizadores do Rio e, assim, resgatar o evento. Mas havia colocado uma condição de que esse dinheiro teria de ser acompanhado por recursos federais para as áreas estratégicas como abastecimento de energia.

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A questão do financiamento foi algo debatido desde o primeiro contato telefônico entre Bach e o presidente interino, Michel Temer, há um mês.

Oficialmente, porém, o COI evita dar sua posição sobre a situação. "O prefeito (Eduardo Paes) já disse que isso não terá efeitos sobre os Jogos", disse a direção de Comunicação do COI. A reportagem então perguntou o que a entidade pensava sobre o assunto, e não Paes. Uma vez mais, o COI evitou dar uma resposta direta.

Ao invés de fazer sua própria declaração, a entidade preferiu citar os comentários do Comitê Rio-2016, presidida por Carlos Arthur Nuzman e, oficialmente, uma entidade independente do COI. "O Rio-2016 confirmou: isso não tem impacto na preparação e operação dos Jogos, já que o Comitê Organizador não depende de dinheiro público", disse o COI, sem explicitar qual seria sua própria posição.

Questionados desde sexta-feira e em diversas oportunidades se o presidente do COI, Thomas Bach, sabia da manobra que seria realizada entre o governo do estado do Rio e o presidente interino Michel Temer, a entidade simplesmente não respondeu.

Se nem a Rio-2016 e nem o COI recebem recursos diretos do estado, a realização do evento depende diretamente das obras de infraestrutura bancadas com dinheiro público.

Há duas semanas, Craig Reedie, vice-presidente do COI, admitiu à reportagem que as obras no metrô eram "fundamentais". "O que eu quero saber é se o transporte vai funcionar ou não", disse. Segundo ele, os brasileiros teriam dados essas garantias nas reuniões mantidas em Lausanne no início do mês.

Pressionados pelas diferentes federações esportivas, o COI adotou uma estratégia para blindar o Rio de Janeiro de críticas. Nos bastidores, porém, vem atuando de uma forma pouco comum para resgatar os Jogos. Pagamentos que seriam transferidos de Lausanne para o Rio apenas em agosto foram antecipados. Bach também deslocou novos funcionários ao Brasil e serviços foram cortados.

O governo do Estado do Rio de Janeiro decretou, a 49 dias dos Jogos Olímpicos, estado de calamidade pública nesta sexta-feira, 17, no Diário Oficial Estadual. O texto assinado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), aponta para a crise econômica que afeta o Estado e a queda na arrecadação, citando o ICMS e os royalties do petróleo, como fatores do decreto.

De acordo com o governo, "a referida crise vem impedindo o Estado do Rio de Janeiro de honrar com os seus compromissos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016", que começarão em menos de 50 dias. O governo também argumenta que a crise econômica "vem acarretando severas dificuldades na prestação dos serviços públicos, na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão ambiental".

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Pelo artigo 2º do decreto, as autoridades competentes ficam autorizadas a "adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais" para a realização das Olimpíadas do Rio.

Diante das fortes chuvas que não param de cair no estado do Acre, o governo federal decretou estado de calamidade pública sumária nas cidades de Rio Branco e Brasiléia. Com isso, a Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, assumiu o controle sobre o atendimento de apoio nas cidades atingidas.

Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Integração, Gilberto Occhi, está no Acre para verificar os problemas que assolam a região já que, desde ontem, a situação evoluiu - e muito - para pior. Segundo informações do Ministério, o Rio Acre hoje está 18,9 metros acima da normalidade e atingiu o maior nível dos últimos 45 anos. Mais de 85 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas, pelo menos 32 áreas rurais estão com a produção comprometida, há três pontes interditadas e isso está provocando o desabastecimento de água potável em vários locais.

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A Defesa Civil está levando kits com colchões e cestas de alimento e água potável para atender os desabrigados. O governo federal também enviará kits de socorro para cidades do Amazonas que também estão enfrentando problemas com as chuvas.

O governo federal reconheceu estado de calamidade pública nos municípios de Bituruna e União da Vitória, no Paraná, além de Guaramirim e Rio Negrinho, em Santa Catarina. São localidades afetadas recentemente por chuvas intensas e inundações. A decisão está presente em portarias da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão do Ministério da Integração Nacional, publicadas na edição desta quarta-feira, 25, do Diário Oficial da União.

Conforme o Ministério da Integração Nacional, calamidade pública representa uma situação anormal, decretada por motivo de desastre que, em razão da magnitude dos danos, requer auxílio direto e imediato do Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação.

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Também foi reconhecida situação de emergência em outros 36 municípios catarinenses afetados pelas chuvas (Araquari, Balneário Barra do Sul, Bela Vista do Toldo, Benedito Novo, Calmon, Campo Alegre, Canoinhas, Corupá, Dona Emma, Doutor Pedrinho, Irineópolis, Itaiópolis, Jaraguá do Sul, José Boiteux, Laurentino, Lebon Régis, Mafra, Major Vieira, Matos Costa, Monte Castelo, Papanduva, Porto União, Presidente Getúlio, Rio das Antas, Rio do Campo, Rio do Oeste, Rio dos Cedros, Salete, Santa Terezinha, São Bento do Sul, São João do Itaperiú, Taió, Timbó, Timbó Grande, Três Barras e Vitor Meireles).

De acordo com o Ministério da Integração Nacional, situação de emergência é uma situação anormal, decretada em razão de desastre que, embora não excedendo a capacidade inicial de resposta do município ou do Estado atingido, requer auxílio complementar do Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação.

O governo federal reconheceu estado de calamidade pública nos municípios de Bituruna e União da Vitória, no Paraná, além de Guaramirim e Rio Negrinho, em Santa Catarina. São localidades afetadas recentemente por chuvas intensas e inundações. A decisão está presente em portarias da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão do Ministério da Integração Nacional, publicadas na edição desta quarta-feira (25), do Diário Oficial da União.

Conforme o Ministério da Integração Nacional, calamidade pública representa uma situação anormal, decretada por motivo de desastre que, em razão da magnitude dos danos, requer auxílio direto e imediato do Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação.

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Também foi reconhecida situação de emergência em outros 36 municípios catarinenses afetados pelas chuvas (Araquari, Balneário Barra do Sul, Bela Vista do Toldo, Benedito Novo, Calmon, Campo Alegre, Canoinhas, Corupá, Dona Emma, Doutor Pedrinho, Irineópolis, Itaiópolis, Jaraguá do Sul, José Boiteux, Laurentino, Lebon Régis, Mafra, Major Vieira, Matos Costa, Monte Castelo, Papanduva, Porto União, Presidente Getúlio, Rio das Antas, Rio do Campo, Rio do Oeste, Rio dos Cedros, Salete, Santa Terezinha, São Bento do Sul, São João do Itaperiú, Taió, Timbó, Timbó Grande, Três Barras e Vitor Meireles).

De acordo com o Ministério da Integração Nacional, situação de emergência é uma situação anormal, decretada em razão de desastre que, embora não excedendo a capacidade inicial de resposta do município ou do Estado atingido, requer auxílio complementar do Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação.

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), decretará nesta segunda-feira (16) calamidade pública na cidade. As fortes chuvas que caíram no município, desde a última sexta-feira, causaram grandes estragos e deixaram centenas de pessoas desabrigadas. Nesse domingo, o clima era de tristeza na capital potiguar. Ainda não há um número preciso de famílias desabrigadas, mas a estimativa é que mais de 100 estejam nessa situação. Elas estão sendo levadas para uma escola no bairro de Mãe Luíza e de Santos Reis, zona Leste, e para o ginásio Nélio Dias, na zona Norte.

A estimativa inicial é que nas últimas 72 horas choveu mais de 300 milímetros em Natal.

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Uma grande campanha de doação de lençol e donativos está sendo feita. A situação mais crítica está nos bairros de Mãe Luíza e Areia Preta, zona Leste da capital.

A estimativa da Prefeitura é que 65 casas já foram desocupadas e dois prédios, evacuados. Os edifícios estão localizados em área nobre da cidade e têm como residentes integrantes da classe média alta. Em nota a Prefeitura de Natal esclareceu que a desocupação das casas e dos dois prédios foi solicitação do Corpo de Bombeiros. "Diante da situação, equipes da prefeitura estão trabalhando no local no atendimento das famílias que tiveram que ser evacuadas. Por precaução, a orientação da Defesa Civil do município e do Corpo de Bombeiros foi pela evacuação de dois edifícios na praia de Areia Preta que ficam ao lado da escadaria que rompeu, cujo terreno cedeu, carregando uma grande quantidade de material para a avenida Silvio Pedroza", diz um dos trechos da nota oficial da Prefeitura.

A situação foi agravada ainda mais devido às lagoas de captação; quatro delas não suportaram o grande volume de água e transbordaram, inundando 30 casas nas zonas Sul e Oeste de Natal.

Neste domingo, o prefeito Carlos Eduardo manteve novas reuniões com os secretários e visitou os locais atingidos pelas chuvas ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Eduardo Alves. O deputado já telefonou para o ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira Coelho, e pediu a presença urgente de técnicos da Defesa Civil nacional em Natal.

As chuvas também atingiram as obras de mobilidade, que ainda não foram concluídas na cidade. O túnel na Rua Raimundo Chaves, no bairro de Candelária, na zona Sul, ficou alagado. A obra estava prevista para ter a liberação de tráfego neste final de semana.

Copa - Mesmo com as fortes chuvas, a seleção dos Estados Unidos, que enfrentará nesta segunda-feira o time de Gana, em Natal, manteve o treino de reconhecimento no Arena das Dunas. Os norte-americanos chegaram ao estádio com um forte esquema de segurança.

Já os jogadores de Gana farão o treino no final da tarde deste domingo no Arena das Dunas.

Com as grandes chuvas, o evento Fifa Fan Fest, que ocorre na praia do Forte, em Natal, foi cancelado hoje pelo terceiro dia consecutivo.

O governo federal reconheceu situação de calamidade pública em Porto Velho, capital de Rondônia, por causa das inundações. A cidade vem enfrentando problemas devido ao transbordamento do Rio Madeira. A presidente Dilma Rousseff esteve em Porto Velho no último sábado (15) e sobrevoou as áreas atingidas pelas cheias dos rios da região. Ela também foi a Rio Branco, capital do Acre, que também enfrenta problemas por causa das intensas chuvas.

A decisão pelo reconhecimento da situação de emergência na capital de Rondônia foi formalizada com a publicação da portaria nº 86 da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil no Diário Oficial da União desta segunda-feira (17). Dilma, inclusive, voltou hoje a falar sobre a cheia do Rio Madeira, em postagens no microblog Twitter. A presidente lembrou que esteve em Rondônia e no Acre, prestando solidariedade aos desabrigados das chuvas e afirmou que os moradores vão continuar recebendo assistência do governo para as tarefas de reconstrução das localidade atingidas pelas chuvas. Segundo ela, neste momento, a prioridade é resgatar e apoiar os desabrigados. "Parceiros não podem faltar na hora difícil", disse.

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Conforme o Ministério da Integração Nacional, a calamidade pública representa uma situação anormal, decretada em razão de desastre, que em razão da magnitude dos danos, requer auxílio direto e imediato do Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação.

Outras portarias da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicadas também nesta segunda-feira autorizam o empenho e a transferência de recursos para municípios do Espírito Santo: Brejetuba (R$ 1,3 milhão), Laranja da Terra (R$ 6,6 milhões), Vila Valério (R$ 650 mil) e São Gabriel da Palha (R$ 1,168 milhão). Essas transferências deverão ser utilizadas na execução de danos causados por inundações. Ao município gaúcho de David Canabarro, atingido por granizo, será repassado o valor de R$ 34,8 mil para ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais.

Dez municípios catarinenses decretaram estado de calamidade pública em consequência das chuvas que atingiram o Estado na semana passada. Outros 51 decretaram situação de emergência. Ao todo, 91 cidades foram atingidas pelos alagamentos e enxurradas, afetando 978.070. Deste total, 162.237 ficaram desalojadas e outras 15.357 ficaram desabrigadas. Três pessoas morreram e 170 ficaram feridas, segundo dados da Defesa Civil estadual.

Entre as várias rodovias federais que ficaram interditadas devido às quedas de barreiras ou alagamentos, apenas a Rodovia BR-280 apresentava bloqueios nesta terça-feira. Em Corupá, nos kms 93 a 94, o trânsito permanece interditado devido a queda de barreira. A rodovia liga Jaraguá do Sul a São Bento Sul.

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