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Dezenas de dragas - embarcação usada no garimpo - foram destruídas pela Polícia Federal (PF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em uma operação para combater a extração ilegal de ouro no leito do rio Madeira, em Porto Velho.

Ao todo, 144 balsas usadas por garimpeiros da região foram inutilizadas. A prática é permitida por lei em caso de crime ambiental, para evitar novas infrações. O trabalho envolveu 60 policiais federais e quatro servidores do Ibama e se estendeu por segunda e terça-feira na operação batizada de Metal Líquido.

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A PF estima que cada draga emite quatro toneladas de poluentes, com a queima de combustíveis, e meio quilo de mercúrio por semana.

O mercúrio é usado no garimpo pela capacidade de aderir ao ouro, o que facilita a separação do metal precioso. Depois dessa seleção, o metal é aquecido até evaporar. A maior parte vai para a atmosfera e, com as chuvas, chega aos rios. Por ser um metal altamente tóxico, pode comprometer a saúde de animais e humanos.

"Conseguimos atingir o objetivo de minimizar a atividade de mineração nos rios do Estado, que só causa prejuízos à população", afirma a delegada Larissa Magalhães Nascimento, superintendente regional da Polícia Federal em Rondônia.

A PF informou que estudos feitos pela equipe de perícia técnica da corporação demonstraram a contaminação de ribeirinhos e comunidades indígenas que vivem ou consomem água e peixes provenientes de regiões com alta densidade de dragas de garimpo de ouro. Os índices encontrados, segundo a Polícia Federal, foram três vezes superiores ao limite indicado pela Organização Mundial da Saúde.

Dezenas de dragas - embarcação usada no garimpo - foram destruídas pela Polícia Federal (PF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em uma operação para combater a extração ilegal de ouro no leito do rio Madeira, em Porto Velho.

Ao todo, 144 balsas usadas por garimpeiros da região foram inutilizadas. A prática é permitida por lei em caso de crime ambiental, para evitar novas infrações.

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O trabalho envolveu 60 policiais federais e quatro servidores do Ibama e se estendeu pela segunda (9) e pela terça-feira (10) na operação batizada de Metal Líquido.

A PF estima que cada draga emite quatro toneladas de poluentes, com a queima de combustíveis, e meio quilo de mercúrio por semana.

O mercúrio é usado no garimpo pela capacidade de aderir ao ouro, o que facilita a separação do metal precioso.

Depois dessa seleção, o metal é aquecido até evaporar. A maior parte vai para a atmosfera e, com as chuvas, chega aos rios. Por ser um metal altamente tóxico, pode comprometer a saúde de animais e humanos.

"Conseguimos atingir o objetivo de minimizar a atividade de mineração nos rios do Estado, que só causa prejuízos à população", afirma a delegada Larissa Magalhães Nascimento, superintendente regional da Polícia Federal em Rondônia.

A PF informou que estudos feitos pela equipe de perícia técnica da corporação demonstraram a contaminação de ribeirinhos e comunidades indígenas que vivem ou consomem água e peixes provenientes de regiões com alta densidade de dragas de garimpo de ouro.

Os índices encontrados, segundo a Polícia Federal, foram três vezes superiores ao limite indicado pela Organização Mundial da Saúde.

O garimpo ilegal está contaminando com altos índices de mercúrio as águas do Rio da Madeira, um dos principais da Amazônia, e coloca em risco a saúde da população que vive às margens do curso d'água. A conclusão está em um estudo inédito realizado pelo Setor Técnico Científico da Polícia Federal, que coletou amostras de água, sedimentos, fauna e flora, além de fios de cabelo de ribeirinhos.

Os resultados apontam que o teor de mercúrio encontrado na água supera de 16 a 95 vezes, dependendo da amostra, os limites estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Em duas amostras de sedimentos colhidos pela perícia, foram identificados valores máximos de 47 a 120 vezes acima dos limites.

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Já no corpo de cada um dos seis ribeirinhos que tiveram fios de cabelo coletados foram confirmadas concentrações de mercúrio acima dos limites considerados admissíveis pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma das amostras apontou volume três vezes superior ao máximo indicado.

Extremamente nocivo à saúde, o mercúrio é utilizado no processo de separação do ouro de outros sedimentos que são sugados do fundo do rio com o uso de dragas.

A inalação do gás emitido pelo mercúrio ou o consumo de água e peixes contaminados com o produto pode causar distúrbios graves, como problemas neurológicos e insuficiência renal.

A coleta das amostras foi realizada pelos agentes da Polícia Federal durante a Operação Uiara, que destruiu 131 dragas de garimpo ilegal entre os dias 27 e 29 de novembro.

Ao Estadão, o superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada, disse que os dados confirmam a gravidade das atividades clandestinas. "Os resultados desse primeiro laudo nos determinam a continuidade em 2022 das operações no Madeira e a sua extensão a outros locais de garimpo ilegal no Amazonas, como os Rios Jutaí, Japurá e afluentes."

A Polícia Federal ainda realiza estudos técnicos de outras amostras que foram colhidas na região de Humaitá (AM) e de Porto Velho (RO), cidades que também são cortadas pelo Rio Madeira.

"Não temos o hábito de anunciar alvos de operação, mas como nosso objetivo é evitar danos ambientais, didaticamente estamos informando que vamos atuar e destruir todas as dragas de garimpo que pudermos", diz Almada. "Para quem opera na ilegalidade, a saída é fazer com que operem com prejuízo até que se convençam da inviabilidade de suas operações. Vamos aprofundar as investigações sobre o financiamento e destino do ouro ilegal."

NOVAS DESTRUIÇÕES

Agentes da PF e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) voltaram a fazer incursões no Rio Madeira, neste dia 15, em busca de balsas de garimpo.

A Operação Uiara 2 contou com a participação de 35 policiais federais do Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia, além de quatro fiscais do Ibama. Foram destruídas 34 dragas. A ação representa a continuidade dos trabalhos na área, que foram iniciados no fim do mês passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As ações federais de repreensão ao garimpo ilegal ao longo do Rio Madeira, no Estado do Amazonas, tiveram início na madrugada de sábado (27). Ao menos 31 balsas já foram apreendidas pela Operação Uiara, que reúne agentes da Polícia Federal, do Ibama, da Marinha e da Aeronáutica. Parte dos equipamentos está sendo queimada pelos agentes. Durante as abordagens, uma pessoa foi presa e conduzida para a superintendência do Amazonas. Ela estava com uma quantidade de ouro.

A apreensão ocorreu nas águas do Madeira que cortam o município de Nova Olinda do Norte. Aglomeradas há mais de uma semana na região de Autazes, município que fica a 230 quilômetros de barco de Manaus, em viagem pelos Rios Amazonas e Madeira, mais de 300 balsas se dispersaram ontem, após informações de que haveria, de fato, uma operação federal de grande porte. O deslocamento dessas balsas, porém, é lento.

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Na tentativa de escapar da fiscalização, é comum a situação em que o garimpeiro recolhe a balsa para uma margem, retira o maquinário que puder e abandona a balsa. Em outros casos, tenta esconder o equipamento em pequenos afluentes do rio. Relatos de garimpeiros apontavam que estava sendo extraída "1 grama de ouro por hora" no Rio Madeira, o que atraiu muitas balsas para a região. A lavra clandestina de ouro ao longo desses afluentes é um problema histórico e conhecido de todo o setor público. Essa mesma atividade criminosa se espalha há décadas por outros rios do Amazonas, como o Tapajós, na região de Itaituba. O que chamou atenção no caso atual, porém, foi a aglomeração de balsas numa mesma região, nas proximidades dos municípios de Autazes. Para retirar o ouro do fundo do rio, essas balsas utilizam longas mangueiras. Elas sugam a terra e tudo o que encontram no fundo.

A operação dos órgãos federais reúne agentes de Paraná, Brasília, Amazonas, Paraíba e Pará. A debandada dos garimpeiros pode dificultar o trabalho de capturar todas as balsas. Por outro lado, facilita o trabalho de abordagem policial. Havia grande tensão sobre a forma como os garimpeiros seriam abordados. O nome Uiara, escolhido para a operação, tem origem na língua tupi e significa "mãe da água". Não há data definida para a mobilização acabar.

MENSAGENS

Por meio de trocas de mensagens, os garimpeiros já comentavam sobre a mobilização de repreensão desde a quarta-feira. Ainda assim, permaneceram por mais três dias atracados em fileiras. Na sexta-feira, porém, desmobilizaram e se espalharam pela calha principal do Rio Madeira. Durante a semana, alguns garimpeiros chegaram a trocar mensagens sobre suposta mobilização para revidar às ações de fiscalização, mas recuaram diante da informação de que as autoridades estariam mobilizando forte aparato policial.

A repreensão policial envolve equipes que entraram pelo rio, por meio de helicópteros e pelas estradas da região. Os garimpeiros, que se deslocaram para a região de Humaitá, na divisa de Amazonas e Rondônia, têm trocado alertas sobre a mobilização. "Nova Olinda até Autazes, não tem lugar nem no chão nem na terra.

Só eles que tá dando. Estão de helicóptero e o caralho... de voadeira. Tão até pelo fundo, eu acho", afirma um garimpeiro, em mensagem obtida pela reportagem.

As autoridades federais não haviam dado detalhes sobre seus planos na região, mas o que se articulava vinha sendo chamado internamente, pelos membros do governo, de uma "operação de guerra", com bloqueio de passagens pelo Rio Madeira e por estradas que chegam à região onde estavam as embarcações. Ao Estadão, o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva, que atuou por dez anos à frente da PF na região amazônica, disse que a melhor estratégia para impedir o avanço das centenas de balsas de garimpo ilegal seria o corte de suprimentos usados pelos equipamentos.

Saraiva afirmou que chegou a viver situações parecidas em apreensões de balsas e que a medida mais efetiva, nestes casos, é acabar com a logística. "Quando você acaba com o combustível, com a chegada de peças de reposição, você paralisa a atividade. Tem de deixar passar só água e alimento, para ninguém morrer de fome. Fora isso, não pode entrar nada", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio a uma crise de energia sem precedentes no País e em busca de fontes alternativas para evitar um racionamento, o governo brasileiro vai gastar R$ 60 milhões para reformar e doar uma usina térmica para a Bolívia. O Ministério de Minas e Energia está nas tratativas finais para viabilizar a negociação.

A usina térmica Rio Madeira pertence à Eletronorte, uma das empresas do grupo Eletrobras. Inaugurada em 1989, ela foi uma das responsáveis por abastecer os estados de Rondônia e Acre por 20 anos. Com potência de 90 megawatts, o empreendimento fica em Porto Velho (RO) e é capaz de fornecer energia para uma cidade de 700 mil habitantes.

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Segundo uma fonte, a usina precisa passar por uma "recauchutagem geral" para entrar novamente em operação. Antes de doá-la, a Eletronorte vai converter a usina para gás natural, combustível abundante na Bolívia.

Essa reforma, com o transporte e montagem na Bolívia, custará R$ 60 milhões. O dinheiro já foi transferido pelo governo para a Eletronorte, responsável pela reforma. Uma usina térmica nova, com capacidade de 100 MW, custa hoje em torno de R$ 100 milhões.

A transação está prestes a ser concluída pela estatal e depende apenas de um sinal verde do Ministério de Minas e Energia. A doação da usina faz parte dos compromissos bilaterais assumidos entre os dois países.

A térmica Rio Madeira foi desativada em outubro de 2009, quando o Estado de Rondônia foi conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e passou a ser abastecido por hidrelétricas, que produzem energia mais barata.

Em janeiro de 2014, a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) constatou que a usina, embora desligada, tinha condições de operar parcialmente. Seu prazo de concessão acabava apenas em 2018. No entanto, "devido ao alto custo de operação, esta dificilmente seria despachada".

Por essa razão, a Aneel declarou os bens da usina como "inservíveis à concessão de serviço público". Em 2010, cada megawatt-hora (MWh) produzido pela usina custava R$ 846,98. Atualmente, a térmica mais cara em operação no Brasil é a de Xavantes, também a movida a óleo diesel, com custo de operação de R$ 1.167 por MWh.

A conclusão da Aneel deu aval para a continuidade das negociações, que agora estão em fase final. Segundo uma fonte da Eletrobras a par do assunto, trata-se de uma "térmica de qualidade ruim", por isso o Brasil não faria questão de ficar com a planta.

Por meio de nota, o Ministério de Minas e Energia informou que o acordo teve como objetivo "promover a cooperação energética com a Bolívia". O ministério disse que a transferência de R$ 60 milhões foi autorizada por meio da Medida Provisória 625/2013.

O ministério informou ainda que os trâmites necessários para operacionalizar o acordo deveriam ser informados pela Eletronorte. Já a empresa declarou que o governo deveria se pronunciar sobre o assunto, já que se trata de uma negociação internacional.

O pedido de doação da termelétrica foi feito diretamente pelo presidente boliviano, Evo Morales, em uma reunião bilateral com Dilma Rousseff - a primeira entre os dois - durante a primeira Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos (Celac), na Venezuela, em dezembro de 2011.

No encontro, Evo explicou à presidente os problemas de energia e os apagões constantes enfrentados por seu país e pediu ajuda. Apesar de ser um dos maiores produtores de gás do mundo, a Bolívia não tem os equipamentos para transformá-lo em energia elétrica.

Dilma prometeu ceder então à Bolívia a termelétrica Rio Madeira, que estava sem uso no Brasil, mas que precisava ser reformada. O contrato seria de empréstimo por 10 anos, renováveis. Na prática, no entanto, o empréstimo se transformaria em uma doação, já que o custo de devolver a usina para o Brasil dificilmente compensaria.

A política de boa vizinhança, no entanto, tem por trás não apenas também necessidade de garantir a boa vontade dos bolivianos. Maior fornecedor de gás ao Brasil, o governo da Bolívia já aumentou duas vezes o preço do metro cúbico enviado ao País, mas garante o abastecimento de outros usinas brasileiras.

Além disso, o Brasil quer viabilizar a construção de uma hidrelétrica binacional, na divisa entre os dois países. Trata-se de um projeto antigo e discutido há anos pelos dois governos, sem ter nenhuma decisão prática até hoje.

O governo ainda terá que elaborar um memorando de entendimento para fazer a cessão formal à Bolívia, o que só deve acontecer quando a usina estiver pronta para ser enviada aos bolivianos. O ato também é enxergado como uma forma de melhorar a imagem do Brasil em La Paz, abalada desde a fuga do senador Roger Pinto Molina da embaixada brasileira, ajudado pelo diplomata Eduardo Sabóia.

A Bolívia continua sofrendo com apagões, especialmente no interior do país, para onde deve ser enviada a termelétrica do Rio Madeira.

A cota do Rio Madeira atingiu 25,44 m nesta terça-feira (1º), no município de Humaitá, sul do Amazonas, dois metros acima do nível registrado na cheia histórica de 1997. É o nível mais alto já atingido pelo rio desde que passou a ser monitorado. Apenas nesse município, o número de desabrigados chegou a 20,7 mil. A cidade está isolada desde fevereiro. Os governos estadual e federal reconheceram o estado de calamidade pública decretado pela prefeitura. Os flagelados são atendidos em trinta abrigos montados em escolas ou improvisados. O início do ano escolar foi adiado e 15 mil alunos estão sem aulas.

Outros municípios amazonenses da calha do Madeira estão em estado de emergência. Há desabrigados em Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte, que tiveram a situação de emergência reconhecida pelo Estado. A rodovia Transamazônica está alagada num trecho de trinta quilômetros entre Humaitá e Apuí. As ligações com Porto Velho e Lábrea também são precárias. Guajará, Ipixuna, Canutama e Boca do Acre tiveram decretado estado de emergência. De acordo com a Defesa Civil, o número de pessoas afetadas pela cheia dos rios chega a 66,7 mil no Amazonas. Os municípios recebem ajuda do governo.

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Em Rondônia, as águas do Rio Madeira mantinham-se na marca de 19,67 m nesta terça-feira em Porto Velho. Na capital, o serviço de balsas funciona precariamente em razão da forte correnteza. As cidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Extrema, Mutum e Cacoal também foram atingidas pelas águas do Madeira e de seus afluentes. Mais de 20 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. O tráfego em algumas das principais rodovias do Estado, como a BR-364 e a BR-319, está interrompido. Nas regiões alagadas, surgem surtos de doenças. Foram diagnosticados casos de leptospirose, febre tifoide e há dois casos suspeitos de cólera em Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho.

A Justiça Federal de Rondônia anunciou, na quinta-feira (27), que mantém a condenação das empresas Santo Antônio Energia (SAE), Usina de Santo Antônio e Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pela usina de Jirau, em Ação Civil Pública por danos à população na enchente do Rio Madeira. O juiz federal Herculano Nacif, que no último dia 10 deu liminar contra as empresas, agora concedeu prazo de cinco dias para as hidrelétricas se manifestarem no processo.

Trabalhando no prédio do tribunal federal de Porto Velho, que também está alagado, o juiz determinou que as empresas protejam o patrimônio histórico e a BR-364, que foram afetados pelas águas dos reservatórios, abrindo caminhos alternativos para evitar mais danos às comunidades. A ação do Ministério Público Federal pede ainda novos estudos de impacto ambiental (EIA/Rima) nas barragens e avaliação da vazão do rio, além de levantamento dos prejuízos de flora e fauna.

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Ontem, às 15h, o nível das águas da enchente recorde na bacia do Rio Madeira chegava a 19,66 metros em Porto Velho. Na pior enchente registrada no Madeira, em 1997, o rio atingira 17,52 metros. Desta vez, avançou à montante, ou seja, antes das barragens, provocando interrupção da BR-364, principalmente na altura de Jaci Paraná, principal ligação rodoviária com o vizinho Estado do Acre. À jusante, ou seja, abaixo de Porto Velho, que tem uma dezena de bairros submersos, vilas inteiras foram inundadas, como São Carlos, no Baixo Madeira, a duas horas de barco da Capital.

A cidade de Porto Velho, que sofre com a cheia desde janeiro, está sob estado de calamidade pública e a Defesa Civil calcula em aproximadamente 4 mil o número de pessoas que tiveram de sair de casa por causa da enchente. Os prejuízos, segundo fontes do governo local, já alcançam os R$ 400 milhões, com impacto no comércio. O porto da cidade também opera no limite de sua capacidade.

Contestação

Em nota, a Santo Antônio Energia disse estar preparada para contestar todos os pontos da ação na Justiça, já que todos os estudos utilizados para elaboração do EIA/Rima foram analisados, avaliados e aprovados pelos órgãos licenciadores. "Todos os empreendimentos hidrelétricos do País seguem rigorosamente as normas estabelecidas pelos órgãos licenciadores e fiscalizadores do setor elétrico que estão altamente capacitados para tal avaliação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As águas do inverno amazônico, que provoca cheia histórica no Rio Madeira, atingiram na manhã deste sábado a marca recorde de 19,42 metros em Porto Velho, segundo aferição da Agência Nacional de Águas (ANA). O recorde histórico havia sido registrado em 1997, quando ficou 17,52m acima do nível normal.

Uma dezena de bairros da capital de Rondônia tem ruas alagadas e vilas ribeirinhas inteiras foram engolidas pelo Rio, desalojando cerca de 4 mil pessoas na região. Segundo a Defesa Civil do Estado, mais de 12 mil pessoas foram afetadas pelas cheias em Rondônia. Outras cidades bastante afetadas são Guajará-Mirim e Nova Mamoré.

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E o quadro ainda deve se agravar nas próximas duas semanas. A previsão de ampliação da crise no Madeira é de relatório do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), de Porto Velho, finalizado na manhã de sexta-feira (dia 21). "Chuvas volumosas são esperadas, principalmente em Rondônia, em Mato Grosso e nas áreas a leste dos Andes peruanos e bolivianos, pelo menos até o próximo dia 23", diz estudo do Centro Gestor e Operacional do Sipam, que subsidia as ações da Defesa Civil.

O governo federal reconheceu estado de calamidade pública em Porto Velho e a Previdência Social vai antecipar benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a moradores da capital, que tem sofrido prejuízos com a cheia histórica. Com informações da Agência Brasil.

O governo federal reconheceu situação de calamidade pública em Porto Velho, capital de Rondônia, por causa das inundações. A cidade vem enfrentando problemas devido ao transbordamento do Rio Madeira. A presidente Dilma Rousseff esteve em Porto Velho no último sábado (15) e sobrevoou as áreas atingidas pelas cheias dos rios da região. Ela também foi a Rio Branco, capital do Acre, que também enfrenta problemas por causa das intensas chuvas.

A decisão pelo reconhecimento da situação de emergência na capital de Rondônia foi formalizada com a publicação da portaria nº 86 da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil no Diário Oficial da União desta segunda-feira (17). Dilma, inclusive, voltou hoje a falar sobre a cheia do Rio Madeira, em postagens no microblog Twitter. A presidente lembrou que esteve em Rondônia e no Acre, prestando solidariedade aos desabrigados das chuvas e afirmou que os moradores vão continuar recebendo assistência do governo para as tarefas de reconstrução das localidade atingidas pelas chuvas. Segundo ela, neste momento, a prioridade é resgatar e apoiar os desabrigados. "Parceiros não podem faltar na hora difícil", disse.

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Conforme o Ministério da Integração Nacional, a calamidade pública representa uma situação anormal, decretada em razão de desastre, que em razão da magnitude dos danos, requer auxílio direto e imediato do Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação.

Outras portarias da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicadas também nesta segunda-feira autorizam o empenho e a transferência de recursos para municípios do Espírito Santo: Brejetuba (R$ 1,3 milhão), Laranja da Terra (R$ 6,6 milhões), Vila Valério (R$ 650 mil) e São Gabriel da Palha (R$ 1,168 milhão). Essas transferências deverão ser utilizadas na execução de danos causados por inundações. Ao município gaúcho de David Canabarro, atingido por granizo, será repassado o valor de R$ 34,8 mil para ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais.

A presidente Dilma Rousseff anunciou, neste sábado (15), a liberação do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para as vítimas da cheia do rio Madeira, na região Norte. Dilma sobrevoou regiões alagadas de Rondônia e depois seguiu para o Acre.

O saque poderá ser realizado a partir da próxima quarta-feira (19). Em Porto Velho, a presidente anunciou também a prorrogação por mais três meses do seguro-defeso pago aos pescadores durante o período de reprodução de peixes. "As pessoas que estão em situação de calamidade devido aos desastres naturais podem sacar o seu FGTS", anunciou. "O seguro-defeso cai como uma luva para os ribeirinhos", disse.

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Rondônia e Acre sofrem com o aumento do volume de águas do Madeira. O rio atingiu hoje 19,12 metros acima do nível ideal, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). A Defesa Civil de Rondônia calcula em 2.478 o número de famílias desabrigadas em Porto Velho.

De acordo com Dilma, que citou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) como fonte, a cheia ocorre por causa de chuvas na Bolívia. "Houve, de dezembro a fevereiro, um fenômeno em cima da Bolívia, entre a parte sul e norte, ocorrendo uma imensa concentração de chuvas. Temos dados de 30 anos e nunca houve nenhuma situação como essa em termos de precipitação pluviométrica num só lugar", disse.

Dilma negou que o aumento das águas tenha sido causado pelos reservatórios das usinas de Jirau e Santo Antônio, hidrelétricas em construção no Rio Madeira. "É um absurdo atribuir às duas hidrelétricas do Rio Madeira a quantidade de água que veio", afirmou.

A importância do rio para o escoamento da produção de soja do Centro-Oeste foi destacada pela presidente. "O Madeira é um problema hoje, mas é uma solução total para o Brasil. É por esse rio que sai a maior safra de grãos desse País. É por esse rio que a gente sabe que tem o melhor transporte, melhor que estada e ferrovia", disse.

Crise política - Questionada se a vista aérea do Madeira mostrava um rio menos turbulento que a base aliada no Congresso, onde o PMDB se rebelou conta o governo, a presidente riu e afirmou que os problemas dela eram menores do que o das pessoas atingidas pela cheia.

"Os meus problemas são um passo muito pequeno (em comparação à cheia), porque é a gente (aqui) diante da natureza e da força dela. E mesmo assim a gente teima, teima e tem de enfrentar", comentou.

A presidente Dilma Rousseff irá, neste sábado (15), sobrevoar as áreas atingidas pelas cheias do rio Madeira, em Porto Velho, que deixou dezenas de milhares de desabrigados e a população de Rondônia ilhada, com problemas de abastecimento de comida e combustíveis.

A viagem está sendo realizada quase três meses depois de o governo de Rondônia ter decretado alerta no Estado por causa das fortes chuvas e mais de três semanas depois de a região ter ficado completamente alagada e isolada por causa do agravamento da situação.

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Quando as enchentes atingiram Governador Valadares, em Minas Gerais, Estado de origem de seu principal adversário nas eleições de outubro, Aécio Neves, que possui o segundo colégio eleitoral do País, Dilma não esperou. No dia 27 de dezembro, interrompeu seu descanso de fim de ano em Aratu, na Bahia, para vistoriar as áreas atingidas. No mesmo dia, 27 de dezembro, segundo o governador de Rondônia, Confúcio Moura, foi decretado alerta no Estado e há mais de um mês a situação ficou "crítica".

No entanto, somente na quarta-feira, dia 12 de março, a presidente recebeu o governador de Rondônia, em Brasília. Confúcio disse que não se queixou a Dilma pelo fato de ela não ter visitado a região que enfrenta a sua maior enchente da história e que já acumula, segundo ele, prejuízos "impagáveis" e "irrecuperáveis", apesar de não existirem mortes em decorrência da tragédia provocada pelas cheias.

Mais Viagens - Na semana que vem, a presidente Dilma viajará a pelo menos três Estados. Na segunda-feira, às 20h, Dilma estará em Foz do Iguaçu, onde participará do encontro das Câmaras da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios da Fecomércio, no Parque Imperatriz. Na quarta-feira, Dilma vai ao Ceará, visitar Fortaleza e Sobral. Em Fortaleza, pela manhã, entrega máquinas para 141 municípios. À tarde, estará em Sobral, para participar de ações do Água para Todos.

Na quinta-feira, dia 20, a presidente viajará para Belém, onde, às 11 horas, anuncia investimentos do PAC Mobilidade Urbana e às 14 horas estará em Marabá para lançar o edital do pedral do Lourenço, além de entregar máquinas para prefeitos da região.

Embora não tenha comprometido o cronograma, as diversas greves no canteiro de obras deixarão uma conta salgada a ser paga pela Santo Antônio Energia, concessionária da hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (RO). O Consórcio Construtor Santo Antônio (CCSA), contratado para o projeto, cobra da concessionária uma compensação financeira referente ao aumento dos custos da obra em função das greves e paralisações dos trabalhadores da usina ocorridas entre 2009 e 2012.

Oficialmente, as duas partes não divulgam a cifra reclamada. Porém, o valor provisionado pela Santo Antônio Energia para essa discussão mostra que o montante não é pequeno. Segundo consta no demonstrativo financeiro da Cemig do segundo trimestre de 2013, a concessionária provisionou R$ 627,692 milhões para fazer frente ao pleito da CCSA. A estatal mineira detém 10% de participação no projeto e, por isso, reporta informações da usina em seu balanço.

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A hidrelétrica Santo Antônio, assim como o outro empreendimento do Rio Madeira, a hidrelétrica Jirau, foi alvo de sucessivos protestos dos trabalhadores. Greves no canteiro de obras das usinas foram registradas em 2010, 2011 e 2012. A situação, no entanto, foi mais grave em Jirau, que teve parte dos seus alojamentos depredados e incendiados pelos funcionários da própria obra, descontentes com as condições de trabalho no local. Isso levou à suspensão das obras por longo tempo.

Ainda que a usina Santo Antônio não tenha registrado atos de vandalismo no mesmo grau, a CCSA alega que essas ocorrências lhe causaram prejuízos. Para acabar com as greves, o consórcio elevou o valor dos benefícios concedido aos trabalhadores. Argumenta ainda que as paralisações geraram custos não previstos inicialmente. As construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez compõem a CCSA. As duas também são acionistas do empreendimento: a Odebrecht detém 18,6% da Santo Antônio Energia e a Andrade Gutierrez, 12,4%.

Procuradas, a Santo Antônio Energia e a CCSA informaram que não se pronunciariam. Porém, a diretora de Gestão de Novos Negócios e de Participações de Furnas, Olga Simbalista, reconheceu a existência do pleito e disse que a concessionária contratou especialistas para verificar se a demanda tem ou não consistência. A estatal é a maior acionista da hidrelétrica, com participação de 39%.

“Existem pareceres de escritórios mostrando que isso aconteceu (aumento dos custos) e o impacto disso no custo do empreendimento”, disse a executiva ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

Segundo consta no balanço da Cemig, a Santo Antônio Energia e o CCSA estão em negociação para chegar a “um acordo com relação ao montante justo de ressarcimento” e definir “a forma e o prazo de liquidação do pleito”. Apesar da compensação financeira exigida pelo consórcio construtor, a concessionária conseguiu cumprir a meta de antecipar a entrada em operação do empreendimento. As duas primeiras turbinas de Santo Antônio começaram a gerar comercialmente em março de 2012, com nove meses de antecedência ao previsto no contrato de concessão, que era dezembro do ano passado.

O balanço da Cemig mostra que, ao final do primeiro semestre de 2013, a Santo Antônio Energia tinha um excesso de passivo sobre os ativos circulantes de R$ 175,50 milhões. Isso se deve ao vencimento, em 30 de setembro de 2013, da quinta e da sexta parcelas das debêntures emitidas pela concessionária e por causa de pagamentos a fornecedores e provisões socioambientais. Para a diretora de Furnas, tal situação não é preocupante neste momento. “A usina ainda está em fase de implementação. Empreendimentos do porte de Santo Antônio são alavancados em 70%”, justificou Olga.

Pouco caixa

De fato, Santo Antônio tem, atualmente, 16 turbinas em operação do total de 50 máquinas, após a adição de seis novas unidades geradoras com o anúncio do projeto de expansão nesta semana. Isso significa que o projeto ainda está na fase de altos investimentos e baixa geração de caixa, tanto que a companhia teve prejuízo de R$ 25,92 milhões em 2012. No fim do ano passado, o excesso de passivos era de R$ 366,52 milhões, o que foi resolvido com uma emissão de debêntures de R$ 420 milhões em janeiro deste ano.

De acordo com a Cemig, para que o excesso de passivo seja eliminado, a concessionária necessita de um aporte de R$ 300 milhões nos próximos meses. Olga confirmou que a companhia precisa dessa capitalização e disse que a Santo Antônio Energia negocia um novo empréstimo de R$ 1,9 bilhão junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fazer frente a todos os seus compromissos. Desse montante, em torno de R$ 1 bilhão será destinado ao plano de expansão do empreendimento, cujo investimento é estimado em R$ 1,5 bilhão.

As obras da usina Santo Antônio serão concluídas em novembro de 2016 com a expansão da capacidade instalada. Quando estiver totalmente operacional, a hidrelétrica terá potência de 3,568 mil MW. O investimento total é de R$ 17,5 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três pessoas estão desaparecidas após um naufrágio no Rio Madeira, no município de Humaitá, no Amazonas. O acidente aconteceu por volta das 5 horas de ontem, quando um comboio se chocou com duas balsas e um tronco de árvore.

A Marinha e o Corpo de Bombeiros foram acionados para resgatar as vítimas. Quatro pessoas foram socorridas com vida. As buscas pelos desaparecidos serão retomadas nesta manhã. A causa do acidente será investigada.

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