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O avião que caiu neste domingo (28) em Itapeva, Minas Gerais, não tinha autorização para fazer táxi aéreo. Foi o que revelou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que lamentou o acidente que matou pelo menos cinco pessoas.

“A aeronave, matrícula PS-MTG, está em situação regular na ANAC e não tinha autorização para serviço de táxi-aéreo”, comunicou a Anac.

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De acordo com o Corpo de Bombeiros, a queda do monomotor resultou na morte de cinco pessoas. Antes de cair, segundo a corporação, a aeronave teria de desintegrado no ar. Duas pessoas estão desaparecidas, entre elas uma criança. O avião caiu por volta de 10h36

Investigações

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) determinou a ida para o local de investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), localizados no Rio de Janeiro (RJ).

“Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação dos elementos da investigação, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação”, informou em nota a Força Aérea Brasileira (FAB).  

De acordo com a FAB, “a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.

Com informações da Agência Brasil

A Polícia Civil de Minas Gerais encontrou um pedaço de cabo enrolado em uma das hélices da aeronave bimotor que caiu na última sexta (5), na região de Caratinga, vitimando a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas. A investigação ainda não apurou o que motivou o acidente fatal.

Ainda na sexta (5), a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) havia confirmado que a aeronave atingiu o cabo de uma das torres de distribuição da empresa. A Cemig informou, também, que a torre está localizada fora da zona de proteção do aeroporto de Caratinga.

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O avião caiu ao lado de uma cachoeira na serra de Piedade de Caratinga, que fica a 309 quilômetros de Belo Horizonte. Foto: Divulgação/Polícia Militar de Minas Gerais

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira, realiza uma perícia para determinar a causa do acidente. A investigação também inclui uma avaliação mais detalhada na fuselagem do avião, que foi retirado do local no último domingo (7), e encaminhado para o Rio de Janeiro. Os motores serão levados para serem analisados em Sorocaba, São Paulo. Em paralelo, a Polícia Civil apura responsabilidades criminais pela tragédia. 

 

Após o acidente que matou a cantora Marília Mendonça, e outras quatro pessoas, na última sexta (5), em Caratinga (MG), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), iniciou uma investigação para apurar as causas do acidente. A aeronave permanece no local onde caiu e, segundo a imprensa, sofreu tentativas de saque durante a madrugada deste sábado (6).

Durante a cobertura do programa ‘É de Casa’, da TV Globo, na manhã deste sábado (6), o incidente envolvendo supostos fãs da cantora foi relatado pelo repórter Manoel Soares, que está no local. Segundo ele, populares estiveram na região e tentaram retirar objetos de dentro da aeronave. A apresentadora da atração, Tati Machado, comentou a situação e fez um apelo ao público. “Eu não paro de pensar no que o Manoel disse na primeira entrada ao vivo. Ele contou que pessoas tentaram se aproximar do avião para tentar furtar alguma coisa da cantora, uma mala, uma lembrança... Mas gente, por favor, além de perigoso, não faz sentido nenhum”.

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A aeronave permanece no local do acidente para ser periciada. Foto: Divulgação/Polícia Militar de Minas Gerais

Ana Furtado, que também apresenta o matinal, endossou o pedido da colega: "Isso é muito triste, não vá até o local, fique em casa. Vá acompanhando por aqui. Nós vamos munir vocês com todas as informações possíveis". No interior da aeronave, malas e objetos pessoais dos ocupantes, inclusive um violão de Marília Mendonça, estão sendo retirados aos poucos pelos oficiais do Corpo de Bombeiros que trabalham na ocorrência. 

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já abriu investigação para saber as causas da pane no Boeing 777 da Latam que levava 339 passageiros em um voo para Londres, capital inglesa.

O avião havia decolado do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, pouco depois da meia-noite, e teve que fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins, no começo da madrugada desta quinta-feira (20).

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O Cenipa informou, por meio de nota, que uma equipa de investigadores esteve no local para uma ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave que, além dos passageiros, estava também com16 tripulantes a bordo.

“A ação inicial é o começo do processo de investigação e consiste no levantamento de dados e de evidências: os investigadores fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos. Os dados também estão sendo colhidos para classificar a ocorrência aeronáutica. O objetivo da investigação realizada pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram”, informou.

Segundo o órgão investigativo, ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), “a conclusão de qualquer investigação conduzida pelo Cenipa terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente”. Acrescentou que “o andamento da investigação poderá ser acompanhado no Painel Sipaer, na sua página na internet e entrar na opção buscar ocorrência.

Confins

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte opera normalmente nesta sexta-feira (21), depois do pouso emergência do avião da Latam. Segundo a BH Airport, concessionária que administra o terminal, a pista foi interditada às 1h43 dessa quinta-feira e liberada totalmente para pousos e decolagens às 22h48. A concessionária informou que o reparo da aeronave, que teve vários pneus danificados, foi concluído às 21h58.

De acordo com a BH Airport, após o pouso de emergência, todos os passageiros e tripulantes foram retirados da aeronave em segurança e, em seguida, acionado o seu plano de emergência e instalado um gabinete de crise para prestar atendimento aos passageiros, suporte à companhia aérea e busca de soluções para normalizar as operações no menor tempo possível. “Às 11h45, esse trabalho resultou na operação parcial da pista, quando pousos e decolagens voltaram a ser realizados em segurança”.

A concessionária informou ainda que a movimentação de passageiros esta manhã foi intensa, mas normal para esta época do ano, quando muita gente viaja por causa das festas de fim de ano. Até as 10h havia sido registrado quatro voos atrasados e dois cancelamentos.

A Latam informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que todos os passageiros do voo foram transportados, quinta-feira, para o Aeroporto de Guarulhos, onde embarcaram em outro avião da empresa para Londres. Segundo a companhia, a aeronave que apresentou pane permanece em Confins.

O número de acidentes aéreos no estado de São Paulo aumentou 36% neste ano, de acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Em 2017, foram 22 acidentes e neste ano, 30, incluindo a queda do avião próximo ao Campo de Marte, na Zona Norte da capital, ocorrida na última sexta-feira (30). A média é de um acidente a cada 11 dias.

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Os acidentes ocorridos ao longo de 2017 deixaram 22 mortos e foram registrados em 26 cidades do estado. A principal causa foi falha mecânica, seguida por operação em baixa altitude e perda de controle no solo.

O Cenipa informou que registrou 100 ocorrências aéreas em São Paulo neste ano, entre acidentes com dano estrutural, lesões ou mortes; incidentes graves que colocam em risco o voo; e incidentes que não representam riscos. No ano passado, houve 91 ocorrências, o equivalente a um crescimento de 9,9% em 2018.

O advogado e pré-candidato a deputado estadual Antônio Campos (Podemos), irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos - morto em um acidente aéreo durante a campanha eleitoral de 2014 - pede na Justiça que o relatório técnico do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) seja retirado do inquérito que apura as causas do desastre. O laudo indica falhas humanas como o motivo da queda. Antônio, porém, reafirma que pode ter havido sabotagem.

Em um segundo requerimento, apresentados na quarta-feira passada, Antônio Campos pede também que a 4ª Vara da Justiça de Santos (SP) solicite as informações coletadas pela unidade de controle e armazenamento de dados (data collection unit - DCU, em inglês) da aeronave Cessna 560 XLS+ Prefixo PR-AFA que, segundo ele, foram negadas pelo Cenipa. O político também exige que a Polícia Federal informe "com urgência" o andamento do inquérito que se arrasta por quase quatro anos.

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De acordo com Antônio Campos, a Polícia Federal se antecipou ao pedido dele à Justiça e marcou para segunda-feira, 6, uma reunião com o advogado e familiares das vítimas da tragédia para apresentar a conclusão do inquérito. O encontro deve ocorrer no Aeroporto do Recife. Na terça-feira, a PF reapresenta o relatório para outros parentes nas dependências do órgão no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Como fato novo para sustentar as petições, Antônio anexou aos autos da ação movida contra a União e a empresa fabricante do avião, Cessna Aircraft Corporation, um parecer técnico independente elaborado pelo ex-comandante Carlos Camacho, especialista em acidentes aéreos. . No laudo de 86 páginas, o ex-comandante aponta que a causa da queda pode estar em um problema de aeronavegabilidade "que é comum" às aeronaves Cessna Citation, de modelos das séries 500 e 600.

No parecer, Camacho elenca nove acidentes que aconteceram em outras partes do mundo, como Suíça e Estados Unidos, com esse tipo de avião entre 2001 e 2016. Em todos, segundo ele houve "perda de controle da aeronave em voo, em especial da estabilidade longitudinal" por problemas de aeronavegabilidade do equipamento.

"Há um erro claro de projeto do avião que causa um problema operacional sério. A asa que existe na cauda produz movimentos aerodinâmicos que, em casos de voos em altura baixa, pode levar a um mergulho fatal e não existe (nesses modelos Cessna) um aviso sonoro para que a tripulação possa reagir a tempo de evitar a tragédia", explicou Camacho ao jornal O Estado de S. Paulo.

No dia 13 de agosto de 2014, o Cessna 560 XLS+, PR-AFA, decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo. Ao ser liberada para a descida, a tripulação informou, depois de se aproximar da pista, que iria arremeter e aguardar nova autorização para o pouso.

De acordo com o laudo do Cenipa, um observador no solo, que aguardava a chegada da aeronave e outra testemunha que estava posicionada no Porto de Santos, contaram que o avião sobrevoou toda a extensão da pista do aeródromo à baixa altura e, em seguida, curvou à esquerda, saindo do alcance visual devido às condições meteorológicas. Momentos após, a aeronave colidiu contra o solo.

Além de Eduardo Campos, do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela, estavam no avião o assessor Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva e o staff da campanha Marcelo de Oliveira Lyra.

No parecer do Cenipa, a atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas, a desorientação espacial e a indisciplina de voo são apontados como os fatores para a queda do avião. Camacho discordou e disse que o relatório "está condenado", pois ignora o fato de que as aeronaves desse modelo Cessna são sucetíveis à sabotagem e "não se pode descartar nenhuma hipótese, principalmente por se tratar da morte de um homem público, forte concorrente para as eleições deste ano se estivesse vivo".

"Aeronaves Cessna Citation, Séries 500 e 600, no transcurso de seu ciclo de vida operacional, vêm apresentando problemas, especificamente relacionados com a estabilidade longitudinal, que via de regra levam a consequências catastróficas. Esta desestabilização, dos eventos conhecidos, em sua grande maioria, se apresentou como um fenômeno de pitch down, não comandado, de forma abrupta e silenciosa", apontou o ex-comandante no relatório.

Antônio Campos sustenta o pedido de exclusão do relatório do Cenipa do inquérito argumentando, também, que dispositivos da lei 7.564 de 1986, especialmente, o artigo que estabelece que a investigação do Cenipa deve ter precedência sobre outros procedimentos e investigações do Cenipa deve ter precedência sobre outros procedimentos e em investigações, é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5667/DF) protocolada no Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República.

"Além disso, o Cenipa nega o acesso aos dados coletados e recuperados do data collection unit, extraídos nos motores da aeronave no dia 11 de novembro de 2015, nas dependeências da empresa Safran Eletronics no Canadá. O acesso a tal prova é fundamental para o inquérito. Alegar que não poderia expor o fabricante em respeito aos 'direitos autorais', demonstra que o Cenipa pretendeu e conseguiu esconder dados que esclareceriam se os pilotos perderam ou não, literalmente, o controle do avião", declarou Antônio na petição.

O pré-candidato não respondeu o porquê só agora, as portas do período eleitoral, resolveu entrar com esses requerimentos na Justiça.

"Eduardo Campos está fazendo falta. Politicamente o Brasil teria uma opção a mais, com histórico de competência e habilidade política, para apresentar-se como forte opção para conduzir nosso País após as eleições que se avizinham. Há uma dúvida cruel que possa não ter sido um simples acidente, mas um acidente tecnicamente provocado por sabotagem. Eduardo, pilotos e demais companheiros daquela trágica viagem, de onde encontram-se estão, certamente, apontando-nos os caminhos que devemos seguir para falar por eles", declarou Antônio.

A Força Aérea Brasileira não se manifestou sobre o pedido de retirada do relatório do Cenipa do processo nem respondeu sobre o sigilo em relação às informações coletadas pela unidade de controle e armazenamento de dados da Cessna. "O relatório final é o documento formal, destinado a divulgar a conclusão oficial da investigação conduzida pelo Cenipa", diz a nota. Procuradas pela reportagem, a Cessna Aircraft Corporation, empresa fabricante da aeronave, e a Polícia Federal não se pronunciaram.

A cada dia, pelo menos dois aviões encontram balões em suas rotas nos céus brasileiros. O Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou alta de 52% no número de alertas sobre balões nos primeiros seis meses de 2017, em comparação com igual período de 2016.

Neste ano, houve 395 notificações desses artefatos próximos de aeronaves - média de 65,8 por mês -, ante 235 anotações no ano passado. O Estado de São Paulo responde por 60% dos casos. O Estado do Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, seguido pelo Paraná.

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A Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil publicou comunicado em seu site, alertando para o crescente risco de balões provocarem uma tragédia aérea. "Estamos trabalhando na contramão do que sempre foi nossa cultura, tentando prevenir o risco antes que aconteça a tragédia. Não vamos deixar acontecer para depois tomar as providências", diz o porta-voz da entidade, comandante Bolívar Kotez. O impacto de um balão de grande porte, com estrutura metálica e barca para fogos de artifício, como os que costumam ser achados, pode derrubar até grandes aeronaves, como o Airbus A380 e o Boeing 747.

Segundo Kotez, os pilotos estão orientados a reportar para operadores de voo e outros pilotos sempre que observarem um balão na zona de navegação aérea. "O problema é que as grandes aeronaves se aproximam em grande velocidade e muitas vezes o piloto não visualiza o balão." Ele conta que, em um só dia, no mês passado, pilotos avistaram dois balões nas proximidades do Aeroporto de Cumbica. "Isso é frequente também no Rio e em BH. Só não tivemos um acidente grave por felicidade." Em 11 de junho, uma decolagem foi abortada do aeroporto de Curitiba, após avistar um balão sobre a pista.

A soltura de balões, quando interfere no tráfego aéreo, é crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, conforme o Código Penal, com pena de 2 a 5 anos de reclusão. Já a Lei de Crimes Ambientais proíbe fabricar, vender, transportar e soltar balões que possam causar incêndio, prevendo detenção de 1 a 3 anos, e multa.

Em São Paulo, ainda conforme o Cenipa, os aeroportos mais sujeitos a esse risco são Viracopos, em Campinas, com 273 registros nos últimos quatro anos; Cumbica, em Guarulhos, com 265; seguido de Congonhas, na capital, com 142.

Vigias

Em Jundiaí, interior de São Paulo, a Guarda Civil Municipal montou um grupo com 30 agentes para, entre outras funções, caçar balões. Segundo o subinspetor Mauro Castro Júnior, há agentes com binóculos e câmeras instaladas no ponto mais alto da cidade para avistar balões. "O operador do monitoramento identifica o balão, passa as coordenadas para a patrulha em terra e a equipe faz o acompanhamento."

Só nos últimos três meses, cinco balões com mechas acesas foram apreendidos na área rural sem que causassem danos - o número não inclui casos urbanos, atendidos pelo Corpo de Bombeiros. "Eram todos muito grandes, acima de 14 metros, capazes de produzir incêndios. Apuramos que a maioria vem de cidades da Grande São Paulo, como Osasco e Guarulhos, e também de Campinas." Os agentes também usam as redes sociais para descobrir possíveis donos. "Muitos baloeiros se vangloriam do feito, postando fotos na internet."

Segundo Castro Júnior, a soltura de balões com fogo não se restringe à época junina. "Infelizmente acontece em qualquer tempo, principalmente em fins de semana. Em finais de campeonato, identificamos balões com bandeiras de times de futebol, mas há também pessoas que soltam para homenagear um filho que nasceu."

No momento atual, de estiagem, a atenção maior é com a Serra do Japi, ponto mais alto de Jundiaí, coberta com uma das maiores áreas de Mata Atlântica do interior. "A maioria dos incêndios na serra acontece pela queda de balões."

Pânico

A queda de um balão de 50 metros de altura com a bucha acesa atingiu seis casas e deixou em pânico os moradores do Jardim das Oliveiras, em Campinas, em fevereiro. O engenheiro Durval Domingues Nunes Filho, de 52 anos, conta que saía de casa quando viu a estrutura imensa encobrindo o imóvel. "Voltei correndo para desligar o sistema elétrico e vi que a boca do balão acesa tinha tombado sobre o meu telhado e de mais três casas. Usei uma mangueira de jardim para apagar parte do fogo, até a chegada dos bombeiros." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) começou hoje uma campanha para alertar a população sobre os riscos da soltura de balões não-tripulados em áreas de aeroportos. De acordo com um relatório elaborado pelo órgão, mais de 100 incidentes foram reportados entre os dias 1º de janeiro e 2 de abril de 2017, a maioria deles dentro do estado de São Paulo.

De acordo com o responsável pelo departamento de gerenciamento de risco envolvendo os objetos, coronel-aviador Antônio Heleno da Silva Filho, “qualquer objeto que circule pelo espaço aéreo sem controle nenhum é um risco para a aviação” e, por esse motivo, o CENIPA vai elaborar uma série de matérias que expõem os riscos de soltar balões. Entre os registros de 2016, 60% (307 casos) aconteceram no espaço aéreo paulista, com 103 relatos de pilotos nas proximidades do aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país.

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A campanha visa evitar o agravamento da situação durante o período de festas juninas, quando o número de balões aumenta consideravelmente, de acordo com o coronel Heleno. "A prevenção é um compromisso de todos. É importante conscientizar a população sobre a necessidade do reporte, para alcançarmos o efeito desejado: um número de reportes que se aproxime da realidade dos céus brasileiros", afirmou.

Incidentes com balões levaram a Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac) a emitir uma carta aberta aos órgãos que administram o espaço aéreo brasileiro. Em um vídeo que circula nas redes sociais, gravações de conversas entre pilotos, brasileiros e estrangeiros, com o controle de aproximação de São Paulo, que cuida dos voos dos aeroportos de Congonhas e Cumbica, mostram a surpresa dos tripulantes ao se deparar com os objetos nos momentos mais críticos do voo: decolagem e aterrissagem.

Na carta, os pilotos falam do “descaso e indiferença” por parte das autoridades em relação aos balões não tripulados. Mencionam, também, o fato de o país ter sido rebaixado no quesito segurança do espaço aéreo, especificamente por conta desses objetos. Como medida de prevenção, a Abrapac solicita que o Ministério Público e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) criem delegacias, a fim de investigar e punir as pessoas que praticam esses atos. Pilotos relatam que o problema não se restringe somente aos aeroportos paulistas, mas, a todos do território nacional.

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Em 2016, mais de 300 balões foram reportados aos órgãos de aviação. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recomenda que todos os incidentes sejam registrados oficialmente, para que medidas sejam tomadas. No mês de abril, a organização internacional de pilotos, conhecida pela sigla Ifalpa, classificou as condições de segurança do espaço aéreo brasileiro como “criticamente deficientes”. Procurados pelo LeiaJá, a assessoria de imprensa da Anac não quis se pronunciar e, até o momento, o Decea não respondeu às nossas solicitações.

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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou nessa terça-feira (24) que análise preliminar dos áudios extraídos do gravador da cabine do avião que caiu no mar de Paraty (RJ), provocando a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e mais quatro pessoas, "não aponta qualquer anormalidade nos sistemas da aeronave".

A gravação reforçou a hipótese de que houve desorientação espacial do piloto Osmar Rodrigues em razão do mau tempo na região.

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O desastre aéreo ocorreu no início da tarde da quinta-feira passada (19). O Cenipa afirmou que conseguiu extrair "com sucesso" todo o áudio do equipamento. O chip de memória do gravador de voz da cabine do bimotor ainda está sendo avaliado por uma equipe do laboratório de leitura e análise de dados de gravadores de voo (Labdata) do centro de investigação.

De acordo com técnicos envolvidos nos trabalhos, em conversa com outro piloto que estava decolando da pista de Paraty, Rodrigues indicou que faria uma manobra para esperar uma melhor visibilidade para o pouso, já que o aeroporto de Paraty não tem instrumentos de auxilio à navegação.

Os dados apontam, no entanto, que o tempo entre a fala do piloto sobre a espera que faria por causa da chuva e a nova tentativa de pouso que levou ao choque com o mar é muito curto, o que mostra que Rodrigues não esperou tempo suficiente para a melhora do tempo.

Conforme o Jornal Nacional, da TV Globo, as gravações mostram que o piloto teria tentado pousar duas vezes na pista. As análises preliminares indicam que, pouco antes da queda, o King Air C90 voava a uma altitude muito próxima do mar - com um teto de cerca de 60 metros. Essa situação pode ter contribuído para uma desorientação espacial do piloto.

Na primeira tentativa de pouso, Rodrigues teria citado a expressão "setor Eco", o que significa uma curva para o leste. Numa segunda tentativa, ele teria comunicado que estava na "final", um indicativo de que se preparava para pousar. Os áudios captaram, posteriormente, um barulho forte, que os investigadores suspeitam ser da colisão da asa com a água.

Sons

Segundo o chefe da Divisão de Operações, coronel Marcelo Moreno, o equipamento gravou os últimos 30 minutos de áudio do voo, o que inclui não só informações de voz, mas outros sons que serão importantes para a investigação. As gravações não registram sinais de pânico na aeronave.

No momento, os técnicos estão fazendo o tratamento do áudio. Depois dessa etapa, os dados serão analisados. "Nós analisamos sons diferentes, em que possamos identificar, hipoteticamente falando, o ruído de um trem de pouso sendo baixado, a aplicação de algum grau de flap ou outro equipamento aerodinâmico da aeronave", disse o coronel. A gravação de áudio também pode indicar um início de descida, por exemplo.

A memória possui quatro canais de áudio, sendo um do piloto, um do copiloto, um da área da cabine e o quarto do engenheiro de voo ou comissário. Os dados do chip foram baixados utilizando equipamentos e softwares do fabricante do gravador de voz.

O flexcable (cabo de conexão) que comunica os dados do chassi do gravador para a memória estava molhado. Portanto, houve a substituição por outro novo, minimizando a possibilidade de um curto-circuito ou a perda de dados, caso tivesse sido utilizado o cabo contaminado pela água salgada.

O avião de matrícula PR-SOM saiu do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, com destino a Paraty, no litoral fluminense, na Quinta-feira passada. A aeronave levava o relator da Lava Jato no STF Teori Zavascki, o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do Hotel Emiliano, a massoterapeuta Maira Lidiane Panas Helatczuk e a mãe dela, Maria Ilda Panas, além do piloto Osmar Rodrigues. Todos morreram.

O gravador da aeronave foi recuperado no resgate e chegou na manhã de sábado, 21, ao laboratório do Cenipa em Brasília. O equipamento foi encontrado pelos mergulhadores da Marinha na tarde de Sexta-feira (20).

Por estar submerso em água salgada, foi necessário realizar um procedimento de lavagem e conservação em água destilada para evitar corrosão e preservar os dados do gravador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O piloto do avião no qual estava o ministro Teori Zavascki tentou aterrisar duas vezes, no aeroporto de Paraty, no Rio de Janeiro, antes de cair no mar. Após a análise do gravador de voz da caixa-preta, segundo o que apurou a TV Globo, também revelou que não houve gritos, pedido de socorro ou pânico antes da tragédia, que aconteceu na última quinta-feira (19). A caixa-preta continua em análise, no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), desde sábado (21). 

A Aeronáutica, nesta terça (24), informou que na primeira análise da caixa-preta não foi apontada “qualquer anormalidade” nos sistemas da aeronave. Os peritos, que tiveram acesso aos 30 minutos de gravação do equipamento, disseram que foi possível ouvir os comentários sobre o tempo. No momento da queda estava chovendo na região. 

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Nessa segunda (23), o juiz Raffaelle Felice, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis (RJ), decretou sigilo nas investigações sobre a queda do avião. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) irão escutar, nesta terça (24), depoimentos de testemunhas da queda da aeronave. 

No desastre, além de Teori, morreram o piloto Osmar Rodrigues, o empresário Carlos Alberto Filgueiras, a professora Maria Panas e a massoterapeuta Maíra Panas.

O gravador de voz (Cockpit Voice Recorder, CVR) recolhido nos destroços do avião que caiu no mar em Paraty (RJ) na última quinta-feira (19) matando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras quatro pessoas, foi danificado pelo contato com a água, informou na tarde dessa segunda-feira (23) o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB).

A água atingiu, segundo os militares encarregados das investigações, a "base" do equipamento, onde estão cabos e circuitos que fazem a ligação para armazenamento das informações. A outra parte do gravador, que armazena os dados gravados, é, segundo o Cenipa, "altamente protegida". O aparelho registra conversas na cabine da aeronave e pode ajudar os investigadores a entender o que aconteceu momentos antes da queda.

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O aparelho, que chegou no sábado (21) a Brasília para ser analisado no Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), precisará ser submetido a secagem, verificação da integridade das gravações, degravação dos dados e sua transcrição. "O tempo de duração de todo o processo depende das condições do equipamento", afirmou o Cenipa, em nota.

A Marinha aprovou o plano de retirada do mar dos destroços do avião que caiu em Paraty (RJ) e provocou a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e de outros quatro passageiros, na última quinta-feira (19).

Segundo o Jornal Nacional, uma barca sairá do município de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, até o litoral de Paraty. A barca vai transportar os destroços até a costa de Angra dos Reis (RJ). Em seguida, os pedaços da aeronave serão levados de caminhão até a capital. Os destroços serão levados para a Base Aérea do Galeão, no Rio, onde a investigação será iniciada.

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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão responsável pela investigação das causas do acidente, não divulgou oficialmente o plano aprovado. Mais cedo, o tenente-coronel aviador Edson Amorim Bezerra, que está em Angra para acompanhar o resgate da aeronave, disse que o Hotel Emiliano contratou uma empresa particular para retirar os destroços do mar e que caberia à Marinha e ao Cenipa aprovar este plano.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) encontrou, no início da tarde desta sexta-feira, 20, um aparelho de gravação de voz do avião que caiu ontem em Paraty e matou o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, e outras quatro pessoas.

Segundo informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica que investiga a queda do avião, o aparelho será encaminhado para a sede do órgão, em Brasília, para ser analisado.

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O Comando da Aeronáutica enviou a Paraty (RJ) uma equipe de militares especializados em investigação de acidentes aeronáuticos. Os dois primeiros chegaram ao local às 20h30 de ontem (19). No total são sete militares da Aeronáutica responsáveis pela investigação.

Esses profissionais vão atuar na chamada "fase de ação inicial", que consiste na coleta de dados no local do acidente. Para isso, a equipe analisa os destroços, busca indícios de falhas, levanta hipóteses sobre o desempenho da aeronave nos momentos finais do voo, fotografa detalhes e retira partes da aeronave para análise, se for o caso.

A investigação prosseguirá com a fase de análise dos dados e levará em conta diversos fatores contribuintes, sejam materiais (sistemas da aeronave e projeto, por exemplo), humanos (aspectos médicos e psicológicos) ou operacionais (rota, meteorologia, etc). Ao longo dos trabalhos, outros profissionais (pilotos, engenheiros, médicos, psicólogos, mecânicos, etc.) poderão se integrar à comissão, conferindo o caráter de multidisciplinaridade à investigação.

Não é possível estabelecer prazo para o término das investigações, que varia de acordo com a complexidade de cada ocorrência.

A Aeronáutica, por meio do Cenipa, é o órgão responsável para conduzir as investigações de acidentes com aeronaves no País. O resultado da investigação é divulgado somente após a conclusão do Relatório Final, que é publicado pelo Cenipa.

A investigação realizada pelo órgão tem como finalidade a prevenção de acidentes aeronáuticos. O relatório final irá identificar os fatores que contribuíram para o acidente e elaborar as recomendações de segurança. A Polícia Federal vai conduzir sua investigação paralelamente.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) emitiu uma nota, nesta quarta-feira (20), endossando o posicionamento da família do ex-governador Eduardo Campos sobre o resultado das investigações do acidente aéreo que matou o pernambucano, em 13 de agosto de 2014, e mais seis pessoas. No texto, assinado pelo presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, o PSB “expressa sua concordância com as ponderações feitas pela família de Campos a respeito das conclusões do trabalho”.

O relatório do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), divulgado pela Força Aérea Brasileira (FAB) nessa terça (19), aponta que as péssimas condições meteorológicas na hora do acidente, o cansaço do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela Barbosa, além da falta de treinamento deles para a condução daquela aeronave, ocasionaram a queda e a morte dos tripulantes. 

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O Cenipa descarta qualquer falha técnica no modelo do jatinho, o que é contestado tanto pela família de Campos quanto das demais vítimas. "O PSB entende que o Cenipa deveria ter considerado outros acidentes e incidentes envolvendo aeronaves da mesma família, Citation, de fabricação norte-americana, e realizado durante a investigação um teste de simulador de voo", reforça a nota. 

Siqueira diz ainda que agora espera a conclusão da apuração a cargo da Procuradoria da República e da Polícia Federal.

Os advogados das famílias do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela da Cunha, que comandavam o avião no qual morreu o então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, contestaram as conclusões do documento apresentado ontem pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e apresentaram nesta quarta-feira (20), na capital paulista, um relatório alternativo sobre o que teria causado o acidente. De acordo com o Cenipa, a falta de capacitação dos pilotos para operar a aeronave foi um dos fatores que contribuiu para a tragédia.

Contratado pelas famílias dos pilotos, o comandante Carlos Camacho, especialista em acidentes aéreos que trabalha no caso, defende que houve falha no sensor de velocidade, cuja função é posicionar o estabilizador horizontal da aeronave. Um erro no funcionamento desse sensor, que é automático, provoca o abaixamento abrupto do nariz da aeronave, o que teria ocorrido no acidente em Santos.

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Com a situação, explicou Camacho, os pilotos não tiveram tempo e altura suficientes para reposicionar o avião. Camacho destaca que o fabricante da aeronave, um modelo Cessna 560 XL, emitiu aviso de que o processo do recolhimento do flap com velocidade acima de 360 quilômetros por hora poderia provocar essa falha e gerar um acidente.

Os advogados do caso, Josmeyr Alves Oliveira e Ruben Seidl, citam duas falhas semelhantes, envolvendo o mesmo modelo de avião, mas que não resultaram em acidentes com mortes, uma vez que os pilotos voavam em alturas superiores. O avião de Eduardo Campos, por sua vez, estava a apenas 300 metros do solo.

Falha humana - Os advogados refutaram a hipótese de falta de capacitação dos pilotos. Ruben Seidl disse que eles tinham todo treinamento adequado e contavam com experiência na aviação. Os dois fizeram, juntos, 90 voos naquele mesmo avião. “Nenhum candidato à Presidência da República pegaria um novato para pilotar a aeronave, isso é bastante óbvio. Nós contestamos essa versão”, disse.

Para a defesa, os pilotos não estavam sob efeito da desorientação espacial no momento do acidente, já que tiveram a clareza para, após a arremetida, desviar do Monte Serrat, em Santos.  Josmeyr disse que os parentes dos pilotos ficaram indignados com o resultado da investigação do Cenipa. “Foi muito falado dos pilotos, em 70% do tempo falaram deles”, reclamou o advogado. Para Josmeyr, faltou uma análise aprofundada sobre as condições da aeronave.

Simulação - Os advogados criticaram ainda a falta de realização de uma simulação de voo. “Disseram que não puderam fazer porque o processo criminal corre em Santos e a empresa que poderia ter cedido o equipamento não poderia passar por cima da investigação da Polícia Federal”, disse Josmeyr. “Esse vazio nos deixou muito intrigados”, complementou.

Ruben argumenta que a Lei 12.970 de 2014, que dispõe sobre o sistema de investigação de acidentes aéreos, determina que o Cenipa tem preferência sobre qualquer outro órgão investigativo na utilização do simulador. “Ou seja, tinha prerrogativa legal, mas não quis usar, preferiu omitir-se”, declarou. De acordo com ele, a falta de evidências foi a justificativa do Cenipa para que a simulação não tenha sido feita.

Os advogados disseram que vão enviar o relatório apresentado hoje para os Estados Unidos, onde corre um processo contra o fabricante do avião, a empresa Cessna. As famílias pedem uma indenização que pode chegar a 600 milhões de dólares.

Sem apontar um único motivo que causou a queda do avião, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), apontou, ontem, quatro fatores que contribuíram para a queda do avião: a atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas, a desorientação espacial e a indisciplina de voo. Também há fatores que podem ter contribuído, mas que não ficaram comprovados, como é o caso de uma eventual fadiga da tripulação, conforme aponta o relatório.

Único irmão do ex-governador Eduardo Campos, o advogado Antônio Campos não gostou do que foi divulgado, ontem, em Brasília. “O relatório do Cenipa foca a conduta dos pilotos e não aprofunda as condições e o projeto da aeronave, embora provocado para tanto”, reagiu. Para ele, o alegado cansaço e falhas do piloto relatados pelo Cenipa constituem culpa recorrente, precisando ser elucidada a possibilidade de erro de projeto.

Em nota, Campos disse que os inquéritos civis, comandados pelo Procurador da República em Santos, Thiago Nobre, e o policial, comandando pelo Delegado Federal Rubens, que se encontra na 5ª Vara Federal de Santos, ainda não foram concluídos. O policial, segundo ele, aguarda inclusive perícia em simulador de voo, que é uma prova relevante para comprovar erro de projeto.

“O parecer técnico mais plausível, pelo que acompanho o caso desde o início, é no sentido de explicitar erro de projeto do estabilizador horizontal do avião sinistrado e de precedentes de problemas idênticos com outras aeronaves semelhantes”, disse o advogado, que produziu uma nota oficial em nome da família para contestar as versões do Cenipa.

“O automatismo projetado para o estabilizador horizontal falhou, colocando o avião para a posição de Nose Down (nariz para baixo), passando o avião a se comandar e levando-o a um mergulho fatal e incontrolável. Houve um incidente grave no dia 2 de dezembro de 2012, na Suíça, com o avião HB-VAA, e com o avião PP – MDP, em um voo cruzeiro de Manaus com destino a Orlando, no dia 2 de junho de 2015”, escreveu.

Para acrescentar: “A Cessna terá que, certamente, mudar o projeto do Cessna CE560 nos modelos XL, XLS e XLS+, para corrigir tal falha. Os outros dois aviões que tiveram problemas estavam em altitude elevada, o que fez a diferença entre viver e morrer”.

REAÇÃO–Curtindo férias numa praia, o deputado estadual Tony Gel (PMDB) deu apenas um sorriso maroto ao ouvir a entrevista do prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), ontem, no Frente a Frente, o excluindo entre os adversários na campanha municipal deste ano. O que se diz na capital do forró é que ele já teria fechado um acordo com a deputada Raquel Lyra, candidata a prefeita pelo PSB, pelo qual indicaria o seu filho Toninho Rodrigues como vice. E em 2018 sairia federal com o apoio do grupo Lyra.

No caos, Gravatá sem carnaval – Dos tradicionais polos oficiais de Carnaval incentivados e apoiados pelo Governo do Estado apenas Gravatá, a 82 km do Recife, não terá verba oficial este ano. Nenhum centavo será liberado. A folia está cancelada como consequência, claro, do caos financeiro em que o município mergulhou nos últimos três anos do prefeito afastado Bruno Martiniano (PTB). Sem carnaval, o gravataense está, literalmente, em baixo astral.

Protesto– A União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) promete mobilizar dois mil produtores no protesto contra a presença de Dilma, amanhã, no Recife, quando inaugura a Via Mangue. Tudo porque o Governo não cumpriu a promessa de subvenção de R$ 12 por tonelada de cana, com limite de 10 mil toneladas por produtor. Dois anos após a publicação da lei, 30 mil agricultores não têm como receber o subsídio para amenizar os efeitos da estiagem, já que a lei não foi regulamentada por Dilma. A subvenção é no valor de R$ 170 milhões.

PDT ganha deputado– O deputado estadual Odacy Amorim está dando adeus ao PT. Segundo uma fonte ligada ao PDT, ele já teria acertado com o presidente estadual da legenda, Wolney Queiroz, o seu ingresso, tão logo o Congresso promulgue a janela da infidelidade. Amorim é candidato a prefeito de Petrolina com chances de selar um acordo com o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho, caso este desista da candidatura do filho Miguel Coelho, deputado estadual.

Papelão na seara petista – O presidente do diretório municipal do PT no Recife, Oscar Barreto, confirmou, ontem, a resolução baixada na última reunião do comando do partido no Recife suspendendo os direitos políticos dos vereadores que integram a bancada petista na Câmara. O castigo foi dado, segundo ele, porque os vereadores estão sem pagar a contribuição partidária há mais de seis meses, o que tem contribuído para aumentar a crise de caixa do diretório na capital. Dos quatro, o único que está em dia é Jurandir Liberal, porque autorizou o desconto no contracheque.

CURTAS

FLORESTA– Em relação à postagem de ontem neste blog, anunciando a sua candidatura a prefeito, o vereador Chichico Ferraz (PDT) faz uma ressalva. Lembra que o deputado Zeca Cavalcanti (PTB), a quem é ligado, apoiará o candidato do grupo que venha a somar mais. “Se meu nome for o escolhido, evidentemente que terei Zeca no meu palanque”, assinalou.

SEMENTES– O secretário de Agricultura, Nilton Mota, lançou, ontem, em Petrolina, o programa “Terra pronta”, pelo qual os camponeses recebem apoio do Estado para aração da terra e sementes gratuitas para o plantio. Pelo calendário estabelecido por Mota, as sementes selecionadas serão entregues em todas as regiões. Depois do São Francisco, o Agreste e Sertão.

Perguntar não ofende: Armando Monteiro vai evitar a revoada no PTB estadual?

A apresentação nessa terça-feira (19) do relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) mostrando uma série de falhas cometidas pelo piloto e pelo copiloto do avião que levava o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) desde antes do início do voo, no Rio de Janeiro, revoltou os familiares das vítimas. Em agosto de 2014, o jato que levava Campos e mais seis pessoas caiu em Santos, no litoral paulista.

O advogado Josnei Oliveira, que representa a família do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela, disse que vai apresentar nesta quarta-feira (20) um relatório paralelo, questionando, por exemplo, por que não foram feitas avaliações em simuladores sobre as causas do acidente. Oliveira sustenta a tese de falhas no equipamento.

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Ele anunciou que as famílias pretendem entrar na Justiça norte-americana com uma ação contra a fabricante do avião, por considerá-la responsável pelos problemas enfrentados pelo piloto e copiloto. Oliveira criticou o fato de a Força Aérea Brasileira (FAB) ter "desclassificado" o copiloto e ter focado as investigações em falhas humanas.

Inquérito

A família do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, em nota, destacou que existe um inquérito civil ainda em curso e afirmou que "o relatório do Cenipa foca a conduta dos pilotos e não aprofunda as condições e o projeto da aeronave, embora provocado para tanto".

A família do ex-governador pernambucano declarou ainda que "o alegado cansaço e falhas do piloto relatados pelo Cenipa, no máximo, constituem culpa concorrente, precisando ser elucidada a possibilidade de erro de projeto".

A mulher de Eduardo Campos, Renata, três filhos do casal e o irmão dele, Antonio, participaram da apresentação do relatório feita ontem pelo órgão da Aeronáutica em Brasília.

Simulador

De acordo com informações do Cenipa, o órgão não usou o simulador, apesar de ter tentado contatos com a empresa nos Estados Unidos. A justificativa, conforme o órgão da Aeronáutica, era que o aparelho não estava disponível, pois estava sendo usado justamente para a realização do relatório paralelo que os familiares das vítimas vão apresentar.

Mesmo assim, o Cenipa ressaltou que, durante todas as investigações sobre o acidente, não foram encontrados problemas que indicassem que havia falha mecânica nos equipamentos. Ao contrário, todos os dados apontavam que não houve este tipo de falha, informou o órgão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem falar claramente em falha humana como causadora do acidente aéreo que matou o ex-governador Eduardo Campos e mais seis pessoas, a Força Aérea Brasileira concluiu que quatro fatores contribuíram para a ocorrência do acidente. O relatório final foi apresentado na tarde desta terça-feira (19) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

No conjunto de fatores está a atitude dos pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela, que executaram um perfil de aproximação diferente do previsto, demonstrando uma "falta de aderência aos procedimentos, o que possibilitou o início da sequência de eventos que culminaram com uma aproximação perdida, tendo essa sido, possivelmente, influenciada pelo nível de confiança que o piloto possuía em sua capacidade operacional, haja vista suas experiências".

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A indisciplina de voo também contribuiu para a queda, já que sem motivo conhecido, os pilotos desviaram a aeronave para uma rota fora do plano de voo, além de reportar posições diferentes das reais no momento da aproximação da Base Aérea de Santos, ação executada “com parâmetros de velocidade diferentes dos recomendados pelo fabricante da aeronave". Isso reduziu as chances de estabilização.

As condições meteorológicas também foram determinantes, embora "tais condições, por si só, não implicavam riscos à operação, caso o perfil de procedimento fosse seguido de acordo com os parâmetros definidos nas publicações aeronáuticas e de acordo com os parâmetros de voo definidos pelo fabricante da aeronave”.

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Para o Cenipa, os pilotos também estavam espacialmente desorientados e tinham condições desfavoráveis, como redução da visibilidade em função das condições meteorológicas, estresse e aumento da carga de trabalho em função da realização da arremetida, falta de treinamento adequado e uma possível perda da consciência situacional. “O elevado ângulo de arfagem negativo, a alta velocidade, e a potência desenvolvida pelos motores no momento do impacto também são evidências compatíveis com a desorientação do tipo incapacitante”, aponta o relatório.

Outros fatores foram levantados durante a investigação, mas para o Cenipa não há como afirmar se eles foram determinantes ou não para o acidente. Nesse contexto estão a pressão de transportar um candidato à Presidência da República, a falta de integração dos pilotos devido ao pouco tempo de vivência entre eles, a fadiga, a falta de treinamento específico para pilotar a aeronave CE 560XLS+, a ausência de análise mais acurada das condições meteorológicas durante o planejamento do voo, erros no recrutamento dos pilotos, a sobrecarga de tarefas para o comandante e a  falta de transmissão das condições de teto e de visibilidade.

O acidente - Na manhã chuvosa do dia 13 de agosto de 2014, a FAB registrou a queda no jato Cessna 560-XL, em Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 9h21. Já no espaço aéreo de Santos, o piloto tentou pousar na Base Aérea, mas sem visibilidade da pista, arremeteu. Minutos depois, o avião caiu na rua Vahia de Abreu, no bairro do Boqueirão.

As primeiras informações repassadas pela imprensa eram de que se tratava de um helicóptero, mas depois houve a confirmação de que se tratava da aeronave PR-AFA, que transportava Eduardo Campos, o fotógrafo Alexandre Severo, o jornalista Carlos Augusto Percol, o cinegrafista Marcelo Lyra, o assessor da campanha Pedro Valadares Neto e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela. Todos morreram no acidente.

A Força Aérea Brasileira (FAB) apresentou, nesta terça-feira (19), o relatório final de investigação do acidente aéreo que matou o então candidato à Presidência da República e ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e outras seis pessoas, entre passageiros e tripulantes. Junto com o documento, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou vídeos de câmeras de segurança que foram usados durante a perícia.

A análise das imagens de três diferentes posicionamentos confirmou o parecer preliminar da FAB, que já indicava que o avião não estava em modo invertido (de cabeça para baixo) e não havia incêndio antes da colisão. Pessoas que testemunharam o acidente chegaram a relatar que o avião pegava fogo antes mesmo da queda. O parecer dos oficiais da Aeronáutica também descartou o choque com drone ou pássaros como causas do acidente.

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Além de Campos, morreram no acidente o fotógrafo Alexandre Severo, o jornalista Carlos Augusto Percol, o cinegrafista Marcelo Lyra, o assessor da campanha Pedro Valadares Neto e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela. Veja os vídeos:

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