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O governo publicou nesta quarta-feira (20) no Diário Oficial da União decreto legislativo oficializando o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre os governos brasileiro e dos Estados Unidos (EUA). O nome técnico designa o termo envolvendo a exploração da base espacial da cidade de Alcântara, no Maranhão, para atividades espaciais por companhias estadunidenses e as proteções que esses agentes terão no desenvolvimento de ações no local, como lançamento de foguetes e satélites.

O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) tem por meta proteger a tecnologia desenvolvida pelos países contra o uso ou cópia não autorizados. Segundo a Agência Espacial Brasileira (AEB), sem a assinatura do acordo com os EUA, nenhum satélite com tecnologia norte-americana embargada poderia ser lançado da base de Alcântara, pois não haveria a garantia da proteção da tecnologia patenteada por aquele país.

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“Essa indústria já agrega muito valor e passará a ter uma importância maior agora com a aprovação do AST, que abre o Brasil para o mercado aeroespacial mundial”, afirmou o secretário-executivo adjunto do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Carlos Alberto Baptistucci, na abertura do 3º Fórum da Indústria Espacial Brasileira, ontem (19) em São José dos Campos.

O acordo foi assinado em março em Washington, mas teve de passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal para ser validado.

No Congresso, foram realizadas audiências públicas nas quais foram apresentadas diversas posições. As maiores polêmicas estiveram centradas não na aprovação ou não do acordo, mas nas medidas para as comunidades quilombolas da região.

 

Sete projetos de decreto legislativo que tornam sem efeito o decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas no Brasil deverão ser o primeiro item da pauta na ordem do dia de terça-feira (18) no Plenário do Senado. A análise dos PDLs 233, 235, 238, 239, 286, 287 e 332/2019, que tramitam em conjunto, deve ocorrer logo após a aprovação de um requerimento de urgência, apresentado no Plenário nesta quarta-feira (12), para a votação dos projetos.

Mais cedo, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou e encaminhou os PDLs também em regime de urgência para o Plenário. No entanto, os senadores concordaram em deixar a votação para a próxima semana, em respeito ao Regimento Interno do Senado, que estabelece a apreciação até a segunda sessão deliberativa ordinária após a aprovação do requerimento.

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do PDL 233/2019, apontou a questão regimental, mas pediu prioridade na pauta do Plenário para a matéria.

“Era interesse e intenção nossa, que somos partidários da revogação do decreto presidencial, que essa matéria fosse apreciada no dia de hoje [quarta], mas visto que não há acordo entre os líderes e como a única urgência que temos é da CCJ, compreendemos que a imposição regimental é essa matéria ser apreciada na próxima terça-feira. Solicito que este tema seja o primeiro a ser enfrentado pelo Plenário do Senado”, disse.

Defensor do decreto presidencial, o senador Major Olímpio (PSL–SP) também pediu que a matéria abra a ordem do dia.

“Embora estejamos em trincheiras opostas, também não fazemos nenhuma ressalva. Por uma construção propositiva, que essa Casa se debruce e faça a votação, e que o Plenário possa fazer a definição maior pelo Senado. Também encareço em cumprimento ao Regimento Interno, e a um amplo acordo construído, para que seja a primeira pauta a ser debatida na próxima terça-feira”, pediu.

Extrapolação

Na CCJ, os projetos receberam quatro votos em separado. Três deles eram favoráveis aos PDLs e contrários ao decreto de Jair Bolsonaro. A CCJ adotou como parecer o voto do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB). Para o senador, o presidente da República “extrapolou o poder regulamentar”.

“O decreto, ao não observar o princípio da razoabilidade, alterou profundamente o significado do Estatuto do Desarmamento, promovendo superlativamente a aquisição de armas de fogo pela população. O escopo da lei foi desarmar a população. O decreto extrapolou o poder regulamentar ao estabelecer a aquisição ilimitada de armas por uma mesma pessoa”, afirmou Veneziano.

Além de Randolfe Rodrigues, os PDLs aprovados pela comissão são assinados pelos senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA), Fabiano Contarato (Rede-ES), Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner (PT-BA), Jean Paul Prates (PT-RN), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Rocha (PT-PA), Rogério Carvalho (PT-SE) e Zenaide Maia (Pros-RN).

*Da Agência Senado

 

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou, nesta quarta-feira (17), um projeto de Decreto Legislativo pedindo a suspensão da portaria publicada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que autoriza o emprego da Força Nacional na Esplanada dos Ministério e na Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante 33 dias.

Manifestações agendadas para os próximos dias por movimentos sociais e uma marcha indígena teriam motivado a solicitação. Estão previstos atos para o Dia do Trabalhador, em 1º de maio, e contra a reforma da Previdência na capital federal.

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Na avaliação do PSOL, a portaria assinada por Moro “é uma clara tentativa de cercear a liberdade de manifestação, constituindo um grave ataque à democracia”.

“Não cabe à Força Nacional, no Estado Democrático de Direito, a função de reprimir manifestações populares. (...) É uma grave violação da Constituição e dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Este Congresso Nacional não pode tolerar uma medida autoritária como essa, que visa ao cerceamento do sagrado direito de manifestação e visa atacar os Direitos dos povos Indígenas”, diz o projeto de decreto.

Com base em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), será protocolado nesta terça-feira (2), na Câmara dos Deputados, um decreto legislativo que prevê o fim do sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz de todo o País. A proposta é do deputado federal Eduardo da Fonte.

De acordo com a auditoria, em 17 meses as distribuidoras de energia elétrica arrecadaram com as bandeiras vermelhas quase R$ 19 bilhões, além do reajuste anual. "Vamos pedir para sustar as bandeiras imediatamente e entrar com pedido de ressarcimento ao prejuízo de R$ 18,9 bilhões constatado pelo acórdão do TCU", ressaltou Eduardo da Fonte.

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O TCU também apontou que “o sistema não faz com que o consumidor economize energia e privilegia somente as distribuidoras ao permitir que elas façam reajustes mensais na conta de luz”. 

Eduardo da Fonte acredita que em ano eleitoral o projeto de decreto tenha mais chances de ser aprovado. Depois de aceita pela Câmara, a proposta passa pelo Senado. O projeto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado. Caso seja aprovado, o sistema de bandeiras tarifárias é suspenso sem o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do presidente da República.

Por André Cabral

Uma edição extra do Diário Oficial da União traz, nesta quarta-feira (21), o Decreto Legislativo 10/2018 que determina a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. O texto foi aprovado na noite dessa terça (21) no Plenário do Senado, com 55 votos favoráveis e 13 contra. Antes disso, a proposta, assinada pelo presidente Michel Temer no último dia 16, passou pela Câmara dos Deputados.

A medida vai vigorar até 31 de dezembro de 2018 e, durante este período, o Congresso Nacional fica impedido de discutir e votar qualquer proposta de emenda à Constituição (PEC). Ação que fez com que a reforma da Previdência, uma PEC considerada prioridade por Michel Temer, tivesse a tramitação suspensa.

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Essa é a primeira intervenção federal em um ente federado desde a promulgação da Constituição Federal em 1988. A iniciativa, apesar de aprovada e já promulgada, dividiu opiniões no meio político. 

A privatização da Eletrobras pode ser submetida à uma consulta popular a partir da convocação de um referendo. É isso o que prevê Projeto de Decreto Legislativo Nº 948, de 2001, em tramitação na Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, e que já teve o parecer favorável do relator, o deputado Danilo Cabral (PSB). O texto é oriundo do Senado e condiciona a desestatização da Eletrobras à aprovação da proposta pela população. 

“A convocação de um referendo se revela oportuna à magnitude da questão. De fato, considerando os impactos da privatização das empresas hidroelétricas sobre a soberania nacional e no aumento da tarifa de energia para o cidadão, esta matéria merece ser decidida pelo titular originário da vontade política, que é a população brasileira. É preciso ouvir a sociedade sobre o assunto”, destacou o parlamentar.

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Para Danilo Cabral a privatização da Eletrobras e, consequentemente, de suas subsidiárias e controladas, a exemplo da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), das Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e de Furnas Centrais Elétricas, deverá ser obrigatoriamente submetida a um referendo, para ratificação ou rejeição, pela população dos estados abrangidos pelas atividades de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica exercidas pelas empresas do sistema elétrico brasileiro.

“Nesse processo, deverão ser sustadas as medidas administrativas tendentes à privatização, enquanto o resultado das urnas não for homologado e proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral”, ressalta Danilo. O relatório da proposta de decreto legislativo deve entrar para apreciação na CCJ  já na semana que vem.

Líder do PT no Senado, o senador Humberto Costa saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT), nesta quarta-feira (29), e afirmou que vai tentar reverter a decisão da Câmara Federal em derrubar o Decreto 8.243/2014, que cria a Política Nacional de Participação Social. Nessa terça-feira (28), os deputados aprovaram um projeto de decreto legislativo cancelando o decreto presidencial, sob a alegação de que a iniciativa reduziria o papel do Legislativo.

Para Humberto, a justificativa dos parlamentares é baseada em um falso pressuposto. "Vamos tentar mudar esta decisão porque ela está baseada no pressuposto falso. De que esse decreto estaria retirando qualquer tipo de poder do Congresso Nacional, o que não é verdade. O Congresso continua autônomo e soberano, o governo apenas esta organizando o funcionamento de estruturas que já existem", frisou. 

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Editado em maio por Dilma, o decreto presidencial previa que todas as instâncias da Administração Pública Federal consultem os conselhos populares antes de elaborarem ou executarem uma política pública.

 

 

O deputado Mendonça Filho (PT) apresentou nesta sexta-feira (30) o Projeto de Decreto Legislativo 1.491/2014 para barrar a intenção da presidente Dilma Rousseff (PT) de criar “conselhos populares” em órgãos públicos, com membros indicados pelo próprio governo. O parlamentar não descarta acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida, que ele chama de  “antidemocrática”.

A intenção do parlamentar é pedir o apoio do colégio de líderes, aprovar a urgência de votação do projeto e colocá-lo em plenário ainda na próxima semana. O democrata repudiou o Decreto 8243/2014, que cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS).

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De acordo com o parlamentar, a tentativa de criar conselhos compostos por “cidadãos, coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”, conforme apresentado no Artigo 2º da Norma, é “um eufemismo para o aparelhamento ideológico por meio de movimentos sociais, filiados ao PT e sindicalistas ligados ao governo”.

“É uma invasão à esfera de competência do parlamento brasileiro e uma afronta à ordem constitucional do País. A democracia se dá por meio dos seus representantes no Congresso, legitimamente eleitos. Não bastasse as tentativas de controle da mídia e a ideologização e o aparelhamento da cultura no país, agora eles querem impregnar toda a máquina governamental”, comentou Mendonça. De acordo com o líder. Dilma quer mudar o sistema brasileiro de governo, enterrar a democracia por meio de um decreto. "Dilma usa os anseios da população para colocar um escorpião antidemocrático na proposta", criticou Mendonça.

De acordo com o deputado, Dilma fere o princípio básico da igualdade prevista em uma democracia, privilegiando determinados cidadãos politicamente alinhados ao governo para que sejam mais ouvidos. "Dilma quer criar uma estrutura paralela de poder e dividir o cidadão em 1ª e 2ª classe", relatou.

Em sua opinião, o PT tenta impor um sistema semelhante ao que ocorreu na Venezuela. "É puro chavismo", sentenciou.

"O decreto foi tratado na surdina, sem nenhum tipo de respeito às instituições democráticas e, em especial, ao parlamento, que deveria ser o verdadeiro responsável pela elaboração de normas no que tangem a esse tema", frisou o democrata.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio, disse, nesta quinta-feira (28), que o Congresso Nacional fez prevalecer a Constituição Federal ao anular os efeitos da Resolução 23.389, que alterou a quantidade de deputados federais de 13 Estados. “Entendo que o Congresso tornou prevalecente a nossa Lei Maior, que é a Constituição Federal. Essa decisão se tornou possível ante o fato de o pronunciamento do TSE haver ocorrido em processo administrativo, e não jurisdicional”, afirmou.

Na quarta-feira (27), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 1361/13, do Senado, que anula os efeitos da resolução. Como o projeto também já havia sido aprovado pelo Senado, segue agora para a promulgação pelo Congresso Nacional.

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Divergência

Quando o TSE aprovou a resolução, em abril deste ano, o ministro abriu a divergência justamente por defender que o número de deputados federais deve ser definido pelo Congresso Nacional, com base em Lei Complementar. “Não é dado àquele que opera o Direito a manipulação de nomenclaturas. Não é dado concluir que onde, por exemplo, há exigência de lei no sentido formal e material se pode ter simplesmente uma Resolução em certo processo administrativo”, afirmou o na época.

Ao votar, o ministro Marco Aurélio sustentou ainda que “no ápice da pirâmide das normas jurídicas tem-se a Constituição Federal, que não versa a possibilidade de substituir-se a Lei Complementar por uma simples Resolução”. Disse também que a Constituição define que o Congresso Nacional fixe o número de cadeiras, no ano anterior à eleição, por meio de Lei Complementar. “Como entender-se, dando-se o dito pelo não dito, que nessa referência está embutida a possibilidade de delegação, incompatível com os novos ares da Constituição de 1988.”

*Com informações do TSE

A aprovação do Decreto Legislativo na Câmara Federal, anulando a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que reestruturava o número de parlamentares na Câmara e nas Assembleias Legislativas de alguns estados, foi comemorada por deputados federais e estaduais pernambucanos, já que a partir da resolução o estado teria uma representação a menos no âmbito federal e uma no âmbito estadual.

De acordo com o deputado federal Raul Henry (PMDB) “houve um entendimento do Congresso Nacional que quem pode alterar o legislativo é o próprio legislativo”. “O estado perderia uma representação, perder representação é perder poder político. Já somos do Nordeste somos vistos com preconceito, não poderíamos permitir isso”, completou o peemedebista.

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A medida foi elencada como inconstitucional pelos deputados federais dos estados que teriam um aumento nas bancadas. No entanto, segundo o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) a matéria não é de competência do TSE. “A Constituição diz que os estados não podem perder representação. Inconstitucional é o TSE legislar sobre as vagas”, apontou Da Fonte. 

Para o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), que possivelmente disputará uma vaga para a Câmara em 2014, a redução do número de parlamentares no âmbito federal implicaria na perda de recursos. “A aprovação do Decreto foi muito importante, porque a representação não seria extinta e sim repassada para outro estado. O fato de perdermos um representante faria com que Pernambuco recebesse menos recursos, pois os deputados federais também lutam para atrair recursos para os estados. Para nós é uma vitória”, comemorou.  

O Projeto de Decreto Legislativo 1361/13, do Senado, que anula os efeitos da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que alterou a quantidade de deputados federais de 13 estados para as eleições de 2014, foi aprovado na Câmara Federal. Votaram a favor 230 votos, contra 60 e 8 se absteram. A matéria segue agora para a promulgação.

A resolução do TSE (23.389) editada em abril deste ano, seguindo os dados mais recentes de população divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Reduzia o número de parlamentares nas bancadas da Paraíba (de 12 para 10) e do Piauí (de 10 para 8). Já Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas e Rio Grande do Sul perderiam um deputado na próxima legislatura. 

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De acordo com a resolução, o Pará é o estado cuja bancada mais cresceria na próxima legislatura, com quatro cadeiras a mais (de 17 para 21). Ceará e Minas Gerais teriam mais duas vagas cada um (passando, respectivamente, de 22 para 24 e de 53 para 55 deputados). Os estados de Amazonas e Santa Catarina aumentariam suas bancadas em um deputado federal.

Como a composição das assembleias é vinculada ao tamanho das bancadas federais, a resolução alterava ainda o total de vagas para deputados estaduais. Segundo o TSE, o total de vagas desse cargo eletivo passaria de 1.059 para 1.049 em 2015. Paraíba e Piauí passariam de 36 para 30 e de 30 para 24 estaduais, respectivamente. As assembleias do Espírito Santo e de Alagoas diminuiriam em três deputados estaduais. Com menos um deputado estadual ficariam os estados de Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul  e Pernambuco.

No sentido inverso, a Assembleia Legislativa do Pará teria quatro integrantes a mais (de 41 para 45). O Amazonas passaria de 24 para 27; Ceará, de 46 para 48; e Minas Gerais, de 77 para 79. Os estados de Santa Catarina e Paraná ficariam com mais um deputado cada.

A reestruturação das bancadas estaduais na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas do Brasil, por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode estar com os dias contados. Para sustar os efeitos da resolução do TSE está tramitando, na Câmara Federal, um Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1361/13, em regime de urgência, que deve ter sua última apreciação na próxima terça-feira (12). Entre os estados que perderiam representatividade nas Casas Legislativas está Pernambuco, tendo menos uma cadeira no âmbito federal e duas no estadual. Entre os parlamentares que são contra a medida está o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), segundo ele é "inadmissível" que os estados tenham a quantia reduzida de deputados.

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"Sou contra a medida do TSE, como é que vou votar para que Pernambuco perca representações? Os estados não podem perder representatividade. Nós aprovamos em regime de urgência um decreto legislativo", frisou  o progressista.  A mudança, que entraria em vigor a partir das eleições em 2014, levou em conta os dados mais recentes de população divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Oito estados perderão deputados, enquanto cinco ganharão mais representação.

Pela resolução, Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul perderão uma cadeira, enquanto Paraíba e o Piauí terão dois deputados a menos. Os beneficiados com mais uma cadeira serão Amazonas e Santa Catarina, enquanto Ceará e Minas Gerais ganharão outros dois representantes. O maior beneficiado é o Pará, que ganhará quatro deputados a mais. 

Se aprovado pela Câmara o decreto, segundo Da Fonte, deve ser cumprido imediatamente sem direito a veto presidencial. "Vamos aprovar o PDC. Já votamos uma vez e a maioria foi favorável ao decreto. Quem votou contra foram os deputados dos estados beneficiados", pontuou o parlamentar.

*Infográfico da Agência Câmara

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Mais uma manifestação contra o reajuste salarial de 62% dos vereadores do Recife foi realizada neste domingo (3) na cidade. Coordenado pela Organização Pernambucana Contra a Corrupção (OPECC), jovens se reuniram, na Praça de Boa Viagem, com o intuito de informar a população sobre os altos valores que os parlamentares recebem e coletar assinaturas para uma petição a ser entregue ao Ministério Público. 

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O Decreto Legislativo n° 541/2011, que aprova o aumento na remuneração dos parlamentares que serão eleitos em 2012, foi aprovado no final do ano passado na “surdina” – como classificam os manifestantes – e só foi publicado no Diário Oficial no dia 27 de dezembro, com a Câmara já em recesso, de forma que não foi possível haver diálogo com a sociedade e impedindo qualquer tipo de manifestação contrária.

O aumento de 62% eleva o valor da remuneração dos vereadores de R$9.287,57 para R$15.031,7, o que na opinião dos protestantes é um aumento abusivo, que não condiz com a realidade brasileira e incompatível com o salário de trabalhadores comuns.

“A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) já ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), no Tribunal de Justiça de Pernambuco contra o reajuste, contestando que o aumento salarial foi estabelecido por meio de decreto legislativo, quando deveria ter sido aprovado por Projeto de Lei, o que permite o controle do poder executivo”, afirmou um dos organizadores do OPECC, Karlos Bungenestab.  

Após a publicação do Decreto no Diário Oficial, a OPECC organizou uma petição pública que já conta com mais de 12.500 assinaturas da população que se mostra indignada com o alto valor salarial. “Eu acho um absurdo um vereador que recebe mais de R$ 5.000 mensais só de auxílio ter um reajuste de 62% enquanto a maioria da população tem que ralar muito pra ganhar um pouco mais de um salário mínimo”, comenta o vendedor, Pedro Santos. E, ao que parece, não é são só as pessoas mais velhas que se sentem revoltadas com o abuso dos políticos. 

O manifesto deste domingo, que já é o quinto nas ruas desde a publicação do Decreto, foi marcado pela forte presença de jovens estudantes, de 15 a 18 anos, que se mostram preocupados com o futuro do país. “A gente tá dando uma espécie de correção, fazendo valer os direitos do cidadão, para que as gerações futuras não sofram as consequências do que está acontecendo hoje”, declarou a estudante, Rafaela Azevedo, 17 anos. 

Entre faixas e cartazes, os manifestantes ocuparam um sinal da avenida Boa Viagem, na altura da Praçinha, aproveitando os carros parados para distribuir panfletos. Todos usavam nariz de palhaço, “uma alusão à palhaçada que os políticos fazem com os cidadãos”, lamenta Karlos Bungenestab. Quem passava pela avenida também entrou no clima de protesto e colocava os narizes distribuídos pelos manifestantes, em apoio ao movimento. 

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