Tópicos | Convenção partidária

O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), deve ter o nome oficializado para concorrer a deputado estadual na convenção do PSOL/Rede, que será realizada nesta quarta-feira (3). Nas eleições de 2022, o atual vereador do Recife pretende expandir para todo o estado a experiência na Câmara Municipal e transpor para a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco a maneira progressista, participativa e horizontal que dá o tom dos seus dois mandatos no legislativo municipal. 

O evento reúne filiados e filiadas a partir das 18h, no Salão da Paróquia da Soledade, local icônico para os movimentos de esquerda, e marcará também o lançamento da candidatura majoritária da federação, encabeçada por João Arnaldo (PSOL), candidato a governador de Pernambuco; Alice Gabino (Rede), a vice-governadora, e Eugênia Lima (PSOL), a senadora. 

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Nacionalmente, a federação apoia Lula para presidente e se soma na luta contra o bolsonarismo. “O mais importante da nossa candidatura a deputado estadual é o nosso compromisso inegociável com a democracia e com as pautas da esquerda mais progressista, como direito à moradia, diminuição das desigualdades, democratização da comunicação e a luta por uma nova política sobre drogas” afirma Ivan. “Somamos a isso a uma proposta de mandato horizontal e com participação do povo que tem dado certo e que precisa ser interiorizado”, completa o candidato. 

Ivan é jornalista, comunicador popular e, muito antes de entrar na política institucional, em 2016 – quando foi eleito pela primeira vez vereador pelo Recife – já acumulava uma bagagem dentro da militância tanto no campo da comunicação quanto no do direito à cidade. 

Conhecido por conciliar a personalidade simpática com uma assertividade na defesa do que acredita, Ivan é uma figura assídua na Câmara e empenhado em tornar a política e as ações do seu mandato públicos e acessíveis, como na prestação contas que faz todas as sextas-feiras em transportes públicos da cidade. 

Neste ano, a federação inédita que reúne PSOL/Rede lança, além de Ivan, outras 49 candidaturas para de deputados estaduais e 26 candidaturas a deputadas federais. Entre nomes já conhecidos nas urnas e apostas novas vindas dos movimentos sociais, a disputa proporcional contará com representantes de todas as regiões do Estado e das mais diversas áreas de atuação e pautas. “A gente precisa sair forte das urnas em 2022, para junto com os movimentos sociais nas ruas, tomar de volta um estado aparelhado pelo PSB e reconstruir um país esfacelado pelo bolsonarismo”, afirma o pré-candidato.

*Da assessoria

A jornalista Pupi Rosenthal, da Folha de Pernambuco, foi agredida pelo ex-vereador de Petrolina Cícero Freire, durante a convenção partidária que oficializou a candidatura do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), ao Governo de Pernambuco. O evento aconteceu no domingo (31), no Clube Internacional do Recife, Zona Norte da cidade.

A repórter foi impedida pelo ex-vereador de se aproximar do palco, na área reservada à imprensa, que acabou sendo invadida pela militância com a chegada de Miguel Coelho ao local. “Em um certo momento, fui tentar encostar no palco e pedi licença ao homem - que não sabia que era - e disse que estava precisando trabalhar. Ele respondeu que aquela era a hora da convenção e que eu deveria fazer meu trabalho depois. Quando eu disse que o espaço tinha sido invadido, ele começou a gritar que eu que estava invadindo", relatou a jornalista.

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Ao tentar ocupar outro local, Cícero começou a empurrá-la, por baixo, com o cotovelo, até que Pupi reclamou e foi chamada de doida. "Uma segurança do evento chegou ao local e perguntou o que estava acontecendo. Enquanto eu falava, ele me xingou com palavras de baixo calão e, na frente da segurança, ainda fez gestos obscenos em minha direção", disse. O assessor de comunicação de Miguel Coelho chegou depois e retirou o homem do local, que ainda saiu xingando a repórter. 

Em nota enviada à Folha de Pernambuco, o candidato ao Governo repudiou a atitude e demonstrou solidariedade à jornalista. "É inaceitável qualquer tipo de violência, menos ainda a uma jornalista mulher que cumpria apenas seu trabalho. Em horas assim é preciso se posicionar com firmeza. Repudio totalmente tamanha agressão e ao mesmo tempo reforço minha solidariedade a Pupi Rosenthal e todas as mulheres e profissionais da imprensa que indiretamente se sentiram agredidas ao ver a cena lamentável", disse o documento.

Nesta segunda-feira (1º), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e a Fenaj emitiram nota em repúdio à agressão sofrida pela jornalista. "O Sinjope e a Fenaj acreditam na liberdade de imprensa como forma de fortalecimento da democracia, porque é a base para todo o Estado Democrático. Casos como esses só mostram que jornalistas estão sim correndo risco na cobertura das eleições deste ano. Exigimos respeito e atenção das autoridades governamentais". O sindicato disponibilizou a assessoria jurídica para Pupi Rosenthal, e informou que acompanharia o caso de perto.

Com o início das convenções partidária para oficializar as candidaturas majoritárias e proporcionais na quarta-feira (20), que vai até o dia 15 de agosto, ao menos seis partidos já oficializaram as candidaturas em Pernambuco até então, que foram: PSDB, PL, Solidariedade, União Brasil e UP. Especialistas evidenciaram, ao LeiaJá, a apresentação da experiência política por alguns dos postulantes, e a crítica ao atual governo, sem propostas de possíveis melhorias aos pontos considerados críticos. 

A professora e cientista política Priscila Lapa, observou que quando iniciou-se a movimentação eleitoral em Pernambuco, se viam mais discussões de viabilidade, possibilidades de alianças, formação de palanques, do que promessas e modelos de estruturas. “Ainda está tudo muito confuso para o eleitor, até para a gente que está acompanhando mais, para saber qual é, de fato, o grande diferencial das candidaturas, a não ser a própria vinculação político-ideológica. A gente tem clareza de quem é mais à direita, centro e esquerda, mas o que isso representa em termos propositivos para a eleição?”, questionou ela, ao afirmar que ainda não há nenhuma característica forte neste processo eleitoral. 

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Para ela, os postulantes estão apresentando as experiências como gestores à disposição da população. “Estão sinalizando que os seus governos provavelmente serão a continuidade daquelas ações que eles já vinham desenvolvendo no Executivo, na sua respectiva região e, no caso de Marília Arraes, ela está vinculando fortemente as suas ideias ao lulismo, a uma espécie de governo Lula em Pernambuco”, explicou. 

Em consonância com as ideias de Priscila, o cientista político Alex Ribeiro explicou que os discursos para as convenções são mais elaborados, já que é o cartão de visita do candidato ao eleitorado, e que nenhum detalhe pode passar despercebido. “No caso da ex-prefeita Raquel Lyra, ela irá utilizar de seu legado na gestão do município de Caruaru e de não nacionalizar a campanha; o ex-prefeito Anderson Ferreira coloca também sua experiência de gestor como diferencial em sua candidatura e a defesa da família e de Deus - estes últimos já utilizados em sua vida pública; já o candidato Miguel Coelho também prefere não nacionalizar a campanha e prefere o debate de ideias. Eles utilizam estratégias já traçadas antes mesmo de subirem no palanque. A exceção é da deputada Marília Arraes: líder nas pesquisas, a candidata, ao contrário dos últimos discursos,  prefere não partir para o embate e fugir de um desgaste durante o pleito”, pontuou. 

Ribeiro ressaltou a mudança de estratégia ao longo da campanha, tendo em vista os rumos que podem mudar o pleito. “Eles podem utilizar novos instrumentos para atrair o eleitorado. Lembrando que, em uma campanha nacional polarizada, entre o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro, fugir do debate nacional pode diminuir as chances dos postulantes ao governo do Estado. Neste caso, o desafio maior será para os candidatos Miguel Coelho e Raquel Lyra”, disse o especialista. 

Priscila, por sua vez, complementou que há uma adesão dos postulantes em crítica a forma que a atual gestão de Pernambuco tem gerenciado a competitividade econômica. “A gente percebeu isso em todos os discursos que já vem sendo dito ao longo desses eventos de pré-campanha. A postura é muito mais de dizer que tem um equívoco no direcionamento do governo estadual atualmente, na construção dessa agenda econômica, como se tivesse faltado visão política. Um modelo que pudesse, de fato, tornar o Estado mais competitivo economicamente”, salientou. 

De acordo com Lapa, os candidatos até então não demonstraram nenhuma proposta para os pontos que criticam. “Os candidatos tentam discursar em torno disso, de que Pernambuco precisa retomar o desenvolvimento, que é o Estado do desemprego, da pobreza, falta infraestrutura. Mas falta, de fato, como seria feito, como esses candidatos pretendem reverter essa situação que eles aponto como sendo críticas, e as principais estruturas que precisam ser transformadas numa próxima gestão atual”, analisou. 

Com convenção agendada para este domingo (31), a pré-candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade), recebeu vários apoios nesta sexta-feira (29). Além dos apoios, uma das principais lideranças do PT da Zona da Mata, Manuella Mattos, do PT de Itambé, vai ajudar a coordenar a campanha de Marília. 

O prefeito de Aliança, Xisto Freitas (PSD), e o vice-prefeito, Doutor Tiago (PSB), declararam apoio a Marília Arraes nesta sexta. O encontro teve a participação de André de Paula, pré-candidato ao Senado pelo PSD, que também recebeu o apoio do grupo de Xisto. 

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"É com muita satisfação que declaramos nosso apoio à Marília Arraes. Ela representa a verdadeira mudança que o estado de Pernambuco precisa. Estamos juntos com Marília", afirmou o prefeito.

Em Bom Jardim, a pré-candidata recebeu o apoio do ex-prefeito João Lira. "Estar ao lado de Marília, Sebá e André é ter a certeza que o nosso estado vai voltar a se desenvolver. Marília Arraes será uma grande governadora”, disse. 

O vice-prefeito de Sanharó, Vinícius Barros, e o vice-prefeito de Cortês, Professor Eron, também anunciaram o apoio à pré-candidata. 

Além de prefeitos e vice-prefeitos, vereadores também declararam apoio a Marília, como o vereador de Camocim de São Félix, Júnior de Negão, e outros nove vereadores de Gameleira: Ismael, Roberto (Ró), Sonildo, Juca do Sesp, Dui da Ração, Irmão Júnior, Del Ureião, Reginaldo e Tarcizio, que já foi vereador e candidato a prefeito pelo PSB. 

Coordenação da campanha

Uma das principais lideranças do PT da Zona da Mata de Pernambuco, Manuella Mattos, de Itambé, vai ajudar na coordenação da campanha de Marília Arraes. 

Manuella também faz parte do movimento "oPTei Marília", criado pela militância petista que declarou apoio à Marília Arraes. "Eu acredito na força da mulher, na força de Marília Arraes. Eu tenho certeza que Pernambuco vai ter um futuro muito melhor com Marília como governadora", afirma Manuella.

Além de Marília, a pré-candidata a deputada federal, Maria Arraes, também esteve presente. Também estiveram com Manuella: vereador Ronaldo Fernandes, Rafinha Soares (secretário de juventude do Solidariedade) e Mateus Vitorino, suplente de vereador.

A Direção Executiva do Unidade Popular (UP) vai realizar a convenção estadual para anunciar a escolha dos candidatos para a disputa das eleições neste sábado (30), a partir das 14h, na sede do Movimento de Trabalhadores Cristãos (MTC), na Rua Gervásio Pires, N° 404,Santo Amaro- Recife. Esta será a primeira convenção estadual do partido, legalizado em 2019.

O debate sobre os candidatos aos cargos majoritários, bem como a plataforma política para o partido diante da conjuntura local e nacional também estarão em pauta. 

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No último dia 24 o partido realizou sua primeira convenção nacional, que aprovou o nome do mineiro Leonardo Péricles e de Samara Martins, dentista e moradora de ocupação urbana no Rio Grande do Norte, para concorrer à presidência em outubro. 

Em Pernambuco, a UP tem três pré-candidaturas em debate junto à militância: Ludmila Outtes para Deputada Federal (presidenta licenciada do sindicato das enfermeiras e enfermeiros de Pernambuco - SEEPE), Natália Lúcia (estudante de psicologia e vice-presidenta do Diretório estadual da UP e lutadora pela reforma urbana e moradia) e Rafael Wanderley (advogado trabalhista popular) para o cargo de deputada e deputado estaduais. 

Os partidos políticos terão até o dia cinco de agosto para realizarem as convenções partidárias e definirem, de uma vez por todas, os seus candidatos que irão concorrer ao Legislativo e ao Executivo nas eleições deste ano. Desde a última quarta-feira (20) que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou a realização das convenções.

Os escolhidos para concorrer aos cargos de presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador, deputado federal, deputado estadual e distrital devem ser registrados na Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto.

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Pernambuco conta com 10 pré-candidaturas que aguardam a homologação de seus nomes para a oficialização da corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. O LeiaJá conseguiu confirmar as datas das convenções de sete dos pré-candidatos.

Confira

Marília Arraes (Solidariedade) - 31 de julho. A assessoria não confirmou o local e horário;

Raquel Lyra (PSDB) - 30 de julho, no Clube Português. O horário ainda vai ser definido, mas começará no turno da tarde;

Anderson Ferreira (PL) - 31 de julho, no Clube Português, às 10h;

Miguel Coelho (União Brasil) - 31 de julho, no Clube Internacional do Recife, às 14h;

Danilo Cabral (PSB) - 5 de agosto, no Clube Português. O horário ainda será definido, mas deve ocorrer no fim do dia; 

João Arnaldo (PSOL) 30 de julho. Segundo a assessoria, o local e horário ainda serão definidos;

Jones Manoel (PCB) - 27 de julho, no Edifício Texas, nova sede do PCB, às 18h.

Formato

Os candidatos aqui citados escolheram a forma presencial para a realização das convenções, mas o TSE também autoriza a realização por meio virtual ou híbrido. Após a escolha em convenções, as legendas já podem solicitar o registro das candidaturas no dia seguinte. A federação de partidos registrada no TSE também está habilitada a participar das eleições. Porém, neste caso, as convenções deverão ocorrer de maneira unificada, como se fosse uma única agremiação.

Proibição

Estão vedadas as coligações de partidos para as eleições proporcionais. Ou seja, para os cargos de deputado federal, estadual e distrital. No entanto, continuam válidas para os pleitos majoritários: presidente da República, governador de estado e senador. As coligações terão denominação própria e todas as prerrogativas e obrigações de um partido político no tocante ao processo eleitoral, funcionando como uma só agremiação.

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