O governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), recebeu, nesta sexta-feira (7), a visita da ex-senadora Marina Silva. Segundo eles, a passagem pela casa do pernambucano teria sido apenas de cortesia, para Marina conhecer o novo filho do governador, Miguel Campos, nascido há dez dias. No entanto o que se fala entre os bastidores é que o encontro também serviu para resolver as pendências dos palanques estaduais.
“Foi uma visita para Renata e para Miguel. Almoçamos e curtimos o bebê que chegou graças a Deus, em bom tempo, trazendo alegria para a família”, assegurou Marina. Após o almoço, Campos e Marina conversaram, rapidamente, com a imprensa e sinalizaram que vão dar passos combinados até o fim dos encontros programáticos estaduais.
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Questionado sobre a decisão de anunciar Marina como vice, na chapa liderada por ele, Campos reconheceu a responsabilidade que tem e pontuou que o anúncio será na hora certa. “Nós sabemos a responsabilidade que temos nos passos seguintes. Nós vamos dar os passos seguintes de forma combinada, no tempo certo e até março temos muito trabalho”, frisou Campos. Acrescentando que na “hora exata” vão divulgar ocupará o cargo de vice-presidente. “Cada coisa ao seu tempo. Nós temos feito, desde o dia cinco de outubro, um trabalho conjunto do PSB e da Rede articulando consensualmente e vamos seguir essa estratégia”, cravou.
As alianças do PSB e a nova política
O discurso, desde que Campos apontou a possibilidade do PSB lançar candidatura ao Palácio do Planalto, é a inserção da “nova política” no Brasil. Discurso este que não cessa de ser criticado por outros políticos. Segundo o pessebista a “nova política” não está nas alianças, mas no desejo de atender a pauta do povo que os partidos podem ter.
“(A nova política) É quando os políticos se unem em torno de uma pauta do povo. Como nós nos unimos aqui em 2006, com os partidos de centro (PP, PR, PMDB) e fizemos um governo de mudança, que foi reconhecido por 83% da população. A velha política é quando os políticos se reúnem em torno dos seus interesses. Então a nova política nós estamos fazendo. Nós fizemos a primeira união de partidos políticos em torno de um programa, então aqueles que quiserem se somar a essas diretrizes e esse conteúdo serão bem vindos”, disse o presidenciável.
Sobre essas articulações com as legendas comandadas por “coronéis” da política pernambucana e nacional, Marina frisou que esse esforço é para dar as diretrizes e o programa de governo uma boa base de sustentação. “Nós estamos fazendo o desdobramento daquilo que é a aliança Rede/PSB. Nenhuma aliança está consolidada, os contatos que estão sendo feitos são contatos que já vinham sendo feitos pelo PSB e o esforço que nós estamos fazendo é de que esse programa tenha uma base de sustentação coerente com esse programa. O que é esforço do governador, esforço da Rede e do PPS”, .