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A Diretoria Executiva da Petrobras aprovou, na última segunda-feira (15), sua estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina. A nova política encerra a subordinação dos valores ao preço de paridade de importação. 

A partir de agora, as referências de mercado serão o custo alternativo do cliente como prioridade e o valor marginal para a Petrobras. 

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Segundo a empresa, o custo alternativo do cliente contempla alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o custo marginal da Petrobras se baseia no custo das diversas alternativas para a empresa, entre elas a produção, importação e exportação do produto. 

As premissas, segundo nota divulgada pela empresa, são preços competitivos por polo de venda, participação "ótima" da Petrobras no mercado, otimização dos seus ativos de refino e rentabilidade de maneira sustentável.  

“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, segundo nota divulgada pela empresa. 

Os reajustes continuarão sendo feitos sem uma periodicidade definida e evitará repasses da volatilidade dos preços internacionais e do câmbio aos consumidores brasileiros, segundo informa a nota. 

“A precificação competitiva mantém também um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico. A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com a sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado, ao passo que entrega aos seus clientes maior previsibilidade por meio da contenção de picos súbitos de volatilidade”, diz a nota. 

As decisões sobre os preços continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço, composto pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, pelo diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados e pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores. 

O Twitter anunciou que não aceitará "anúncios enganosos" na rede social sobre mudanças climáticas. Segundo divulgou a empresa, serão considerados conteúdo impróprio os "que contrariem o consenso científico sobre as mudanças climáticas".

A rede não informou quanto isso sacrificaria em receita para o Twitter.

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Em publicação em seu blog, a empresa frisou que "o negacionismo climático não deve ser monetizado no Twitter e anúncios deturpados não devem prejudicar conversas importantes sobre crise climática".

A rede social ainda informou que anunciará nos próximos meses iniciativas para adicionar "contexto confiável" às conversas sobre clima que acontecem no Twitter.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacom) e o Ministério Público Federal (MPF) recomendaram ao Facebook que adie a adoção da nova política de privacidade do WhatsApp, aplicativo controlado pela empresa.

O início da vigência das novas regras está previsto para 15 de maio. Os órgãos públicos argumentam que sugestões propostas pelas instituições não foram acolhidas nos novos termos.

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O WhatsApp anunciou a atualização de sua política de privacidade em janeiro. Com as novas regras, o WhatsApp vai passar a compartilhar dados com usuários do Facebook. Aqueles que não aceitarem as novas regras, não poderão mais utilizá-lo. As informações disponibilizadas, pouco específicas, segundo os órgãos governamentais, indicaram que haveria a coleta e compartilhamento com o Facebook de dados, contas comerciais e de interações.

 

Os órgãos públicos defendem, por exemplo, que os usuários não sejam proibidos de usar determinados recursos caso decidam não aderir à nova política. Outro ponto defendido é que o grupo não faça qualquer tipo de compartilhamento ou tratamento de dados de usuários do aplicativo de mensagens com o Facebook a partir da nova política.

 

Conforme o documento, as autoridades entendem que a alteração nas novas regras de privacidade pode trazer prejuízos ao direito à proteção de dados dos usuários.

A ANPD apresentou sugestões de mudança nas novas regras para “maior transparência quanto às bases legais, finalidades de tratamento, direitos  dos titulares, tratamento de dados pessoais sensíveis e de crianças e adolescentes, e o reforço de salvaguardas de segurança e privacidade”. 

Outro problema identificado pelos órgãos públicos, seria a falta de transparência e de clareza acerca de quais dados serão coletados. “Sob  a  ótica  da  proteção  e defesa do consumidor, essa ausência de clareza dos termos de uso e da política  de privacidade também pode se traduzir em publicidade enganosa e abusiva, em violação aos arts. 31, 37, 38, 39, caput, do CDC [Código de Defesa do Consumidor], pois a oferta contratual constante dos termos de uso e da política de privacidade não dariam conta da dimensão exata do custo não precificado de uso do serviço pelo consumidor”.

Do ponto de vista concorrencial, o documento das autoridades aponta que a mudança na política de privacidade pode configurar abuso de posição dominante “por impor o rompimento da continuidade de prestação de serviço  essencial de comunicação aos seus usuários em razão de recusa em submeterem-se à condição imposta de compartilhamento obrigatório de dados  com a empresa Facebook e seus parceiros”.

WhatsApp

Em nota, o WhatsApp declarou que passou os últimos meses fornecendo informações sobre a atualização, que vale para todos os cidadãos do mundo. “Neste período, a maioria das pessoas que já foi notificada aceitou a atualização e o WhatsApp continua crescendo. Porém, aqueles que ainda não tiveram a chance de aceitar a atualização não terão suas contas apagadas ou perderão a funcionalidade no dia 15 de maio. A empresa continuará enviando lembretes para estes usuários dentro do WhatsApp nas próximas semanas", diz o comunicado.

 

Durante o único debate entre os principais candidatos à Prefeitura do Recife em 2020, transmitido pela TV Jornal nesta terça-feira (10), a delegada Patrícia Domingos (Podemos) acusou Mendonça Filho (DEM) de 'infantilizar' o confronto de ideias. A postulante ainda acusou o Consórcio Grande Recife de lucrar com o ‘sangue’ do recifense.

Na tentativa de tirar proveito da origem carioca da candidata, o representante do Democratas questionou Patrícia quanto uma solução efetiva para o Canal Ibiporã, que corta o bairro do Coque, na área Central.

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"Não adianta Mendonça, por você ser do Recife, querer me dizer um local específico aqui ou ali, que nem você ou ninguém aqui conhece o nome de todos os canais da cidade. Isso é trazer o debate para um tom infantil", rebateu.

Para a área, a delegada propôs reestruturar toda a rede e finalizar obras de infraestrutura com o repasse de recursos federais, tendo em vista seu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Sou uma opção à velha política que está aí sugando do povo", considerou.

Questionada pelo candidato Carlos Andrade Lima (PSL), que classificou a proposta de retirar o transporte público do Recife do Consórcio Metropolitano como 'irresponsável', Patrícia explicou que o objetivo é municipalizar o setor e afirmou que o consórcio de empresas lucra com o sofrimento do usuário.

"Um consórcio de empresas cujo dinheiro que essas empresas ganha é vermelha do sangue dos trabalhadores. Um consórcio gerido pelo Governo do Estado, que há mais de 20 anos, é o mesmo monopólio prestando um serviço de péssima qualidade, fazendo com que a população ande dentro de ônibus quentes, superlotados, e passam mais de uma hora esperando ônibus em péssimo estado de conservação", apontou a delegada, que prometeu climatizar toda a frota e restabelecer as linhas diretas entre bairros.

Para manter a qualidade do serviço, a concorrente do Podemos sugere regularizar as licitações para começar a beneficiar os usuários ao invés da iniciativa privada. "Você entra em um ônibus quente e passa uma 1h30 dentro de um ônibus igual uma lata de sardinha, você não tá feliz com o transporte público [...] a Prefeitura vai ter uma gestora com punho de ferro, que vai exigir que as empresas prestem um serviço de qualidade, ou se não quiser, não presta, lícita e chama outra empresa", cravou.

Em sua participação, Patrícia ainda foi chamada de incompetente e mentirosa pelo Coronel Feitosa (PSC). Que criticou sua condução na delegacia contra os crimes de corrupção, apontando que a candidata negligenciou a investigação de cerca de 250 processos, que prescreveram diante da postura. Em sua defesa, a delegada afirmou, "você será lembrado por ter votado a favor de fechar a delegacia que combatia a corrupção no Estado. Coronel Feitosa foi um deles". 

A delegada, que agora é apadrinhada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), aparece com 12% das intenções de votos do recifense, segundo a última pesquisa Ibope divulgada nessa segunda-feira (9). Ela também acumula um percentual de 40% de rejeição entre os postulantes. 

O apresentador e empresário Luciano Huck concedeu uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo e aproveitou a oportunidade para mostrar o seu apoio à deputada federal Tabata Amaral (PDT), que vem sendo alvo de uma série de comentários negativos após ter ido de forma contrária ao posicionamento do seu partido e ter votado favorável ao projeto de reforma da Previdência na Câmara Federal.

Huck apoia com veemência as duas organizações que impulsionaram a parlamentar: o Acredito e o Renova BR. Na entrevista, o apresentador global cobrou respeito a Tabata e defendeu os movimentos de renovação política.

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"Mais uma vez, nesse episódio da votação da reforma da Previdência, a velha política mostra o quanto não quer a renovação. Está fazendo de tudo para calar as vozes, neutralizar as ideias e seguir ancorada no passado", disse Huck.

Apesar de não ser filiado a nenhum partido político, o apresentador chegou a ser cotado como um possível nome para disputar as eleições presidenciais do ano passado. Da mesma forma, continua sendo um nome provável para a campanha de 2022.

"No mais, desrespeitar publicamente uma mulher, jovem, idealista e corajosa, como é o caso da Tabata, não me parece a mais inteligente das estratégias se a ideia fosse antagonizar comigo. E o Ciro é um homem muito inteligente", complementou Huck, em referência ao comportamento do líder do PDT, Ciro Gomes, após o voto de Tabata à reforma.

O PDT e o PSB, por exemplo, são partidos que fecharam questão contra a reforma e iniciaram processos que podem terminar na expulsão dos parlamentares que não seguiram a recomendação das siglas.

Ainda na entrevista, o apresentador do “Caldeirão do Huck” opinou sobre uma possível nova política discutida no cenário brasileiro. “Não vou entrar no mérito entre esquerda ou direita. Não quero discutir ideologias ou bandeiras. O fato é que, para a renovação política brasileira, não faltarão ideias. E, com a implementação das reformas necessárias, também não faltarão recursos", afirmou.

"Nossa maior deficiência será capital humano. Nunca se falou tanto de política no Brasil, mas daí a convencer gente de bem e competente a servir é uma distância enorme", finalizou Huck.

O termo “nova política” tem sido habitualmente utilizado para classificar a atuação do governo Jair Bolsonaro (PSL) tanto pelos próprios integrantes da gestão, inclusive o presidente, quanto por aliados. Mas essa inovação na forma de fazer política no país realmente existe? Bolsonaro tem a praticado em seu governo? E o que é a nova política?

De acordo com o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, a nova política “é uma categoria inexistente” no Brasil. “Existe o desejo dela ser criada, mas é impossível de ser criada porque é refratária às práticas tradicionais da política”, considerou, dando como exemplo as articulações comuns para a formação de um presidencialismo de coalizão, com a distribuição de cargo e emendas parlamentares.

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Na ótica de Oliveira, “se quiser entender a nova política como a ausência de corrupção, é louvável, mas não podemos desconsiderar a negociação política, a busca por espaço de poder e de recursos para atender o eleitorado”.

Para o estudioso, no governo Bolsonaro, o que se chama de nova política é o evidenciamento unitário do presidente. “A nova política não existe no governo Bolsonaro. O que eu vejo é uma espécie de nova política para trazer Bolsonaro para o pedestal. E, de cima desse pedestal, ele guiar as ações do governo sem dialogar como Congresso. Isso significa, portanto, que a nova política, nada mais é para Bolsonaro, do que estar no poder sem ser cobrado e questionado”, disse.

A falta de uma definição concreta para o termo “nova política” também foi apontado pelo cientista político e pesquisador do Observatório do Poder, Arthur Leandro. “Na verdade o slogan nova política é basicamente um rótulo; foi criado a partir das condições concretas com que os grupos políticos que apoiaram o presidente Jair Bolsonaro durante sua campanha usaram para tentar identificar e vender o conjunto de ações que o governo promove”, salientou.

“Na verdade, não existe um objeto concreto claramente observável e distinto das regras clássicas da análise política que possa ser identificado como sendo essa nova política. O que existe basicamente é um slogan da análise dos acontecimentos identificada com algumas condições do exercício de poder que não representa uma mudança das regras do jogo”, completou.

O estudioso também explicou o que seria a nova política do governo Bolsonaro. “O fato de que o presidente governa sem o apoio de um grande partido e é de um partido que apenas se tornou grande numericamente com a eleição dele”, destrinchou Leandro, lembrando que o presidente, até o momento, não conseguiu consolidar uma base de apoio no Congresso.

A ausência de uma definição concreta do que seria a nova política, a partir de estudos da área, também dificulta a possibilidade de elencar quem seriam seus verdadeiros protagonistas. Até a própria gestão de Bolsonaro tem dado sinais de que está se rendendo às tradicionais práticas de articulação. Nos bastidores, a expectativa é de que na próxima semana o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), apresente aos presidentes dos partidos uma lista de cargos que as legenda, que fizerem parte da base no Congresso, poderão ocupar em troca do apoio governista.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está concluindo uma reformulação em sua atuação no mercado de capitais. A meta é lançar até junho uma nova política para definir a compra de participações acionárias ou investimentos em títulos de dívida corporativa, também conhecidos como debêntures. A instituição promete uma presença mais atuante nesse segundo segmento, disse a diretora de Mercado de Capitais do BNDES, Eliane Lustosa.

Segundo a executiva, um dos objetivos é dar mais liquidez ao mercado secundário de debêntures, uma antiga demanda dos investidores institucionais (como grandes fundos de pensão brasileiros e grandes investidores estrangeiros). Eliane adiantou que o banco lança nesta terça-feira, 25, a chamada pública para selecionar o gestor de um fundo de até R$ 200 milhões de "venture debt", para oferecer financiamento a pequenas empresas inovadoras. Um fundo de recebíveis também está nos planos para o segundo semestre, com foco em médias empresas.

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A BNDESPar, empresa de participações do banco, é o maior investidor institucional do País, lembrou Eliane. A carteira total encerrou 2016 avaliada em R$ 92,5 bilhões. Com a nova política operacional, a ideia é ter regras mais claras sobre a atuação desse "gigante" do mercado. "A gente tem trabalhado no sentido de dar mais transparência às escolhas nas entradas dos investimentos, seja em equity (ações), seja em dívida", disse.

Novo foco

Em janeiro, o BNDES anunciou a nova política operacional para as operações de crédito, reservando as melhores condições em termos de juros e prazos aos projetos com atributos que sinalizem benefícios públicos ("externalidades") maiores do que os privados (a rentabilidade do investidor).

À época, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, explicou que a ideia é mudar o foco das prioridades do banco dos setores para as características dos projetos. Investimentos em infraestrutura social (como o saneamento básico), inovação, eficiência energética e ambiental, por exemplo, serão favorecidos.

Segundo Eliane, os mesmos princípios guiarão as políticas operacionais para o mercado de capitais. Será acrescentado um atributo: o desenvolvimento do mercado em si. Aí estão incluídas tanto as ações para ampliar a liquidez quanto aquelas para oferecer acesso a empresas que não operam no mercado.

Esse é o intuito do fundo de "venture debt". O instrumento financeiro, voltado para empresas iniciantes, ainda não existe no País, que já possui fundos especializados em "venture capital". Famosos no Vale do Silício, os fundos de "venture capital" aportam recursos em empresas iniciantes, principalmente no setor de tecnologia da informação, em troca de fatias na composição acionária. No "venture debt", em vez de vender parte de seu capital, a empresa emite títulos de dívida a serem comprados pelo fundo.

Segundo o chefe do Departamento de Investimento em Fundos do BNDES, em países

desenvolvidos, as operações de "venture debt" respondem por cerca de 10% do total aplicado em "venture capital". No Brasil, o BNDES estima que esse segmento tem potencial para chegar a R$ 1 bilhão.

O BNDES espera lançar o novo fundo em até 180 dias. Poderão recorrer a ele firmas com faturamento anual de, no máximo, R$ 90 milhões, dos setores de tecnologia da informação, novos materiais, biotecnologia, nanotecnologia e audiovisual. A BNDESPar investirá até R$ 80 milhões, limitados ao teto de 50% no patrimônio máximo de R$ 200 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O silêncio do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara, ambos do PSB, sobre a deflagração da Operação Fair Play, que investiga fraudes nos contratos da Arena Pernambuco, foi criticado, nesta segunda-feira (17), pela vereadora do Recife e ainda socialista, Marília Arraes. Geraldo e Câmara eram, respectivamente, presidente e vice-presidente do Comitê Gestor das Parcerias Público-Privadas (PPPs) na época que os contratos com a Odebrecht para a construção do equipamento foram fechados.

Em publicação na sua página no Facebook, nomeada de “o silêncio da nova política”, a vereadora afirma que o povo “exige uma resposta” dos gestores. “No miolo da sujeirada toda, superfaturamento, irregularidades e fraude. No olho do furacão, dois nomes da tropa de elite desse PSB covarde e retrógrado dos últimos tempos: o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara”, cravou.  “Foram eles que, na condição de presidente e vice do órgão, não apenas trouxeram à tona a proposta de construção do equipamento esportivo como aprovaram a abertura de licitação. O resto virou crônica policial”, acrescentou.  

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Na visão de Arraes, “não é nada bom” para a gestão estadual que a Polícia Federal tenha cumprido mandados de busca e apreensão na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão, já comandada por Geraldo Julio. “Mas há algo ainda mais grave: o silêncio absoluto dos dois homens que detêm os cargos mais importantes do Estado. Nada. Nem uma palavra”, disparou.

Segundo ela, a nota emitida na última sexta-feira (14) pelo Governo do Estado não dá para ser considerada como uma resposta por ter “alegações automáticas e costumeiras à guisa de justificar o injustificável”. “Este ‘mergulho’ faz parte do modus operandi da ‘Nova Política’: silenciar para ver se o assunto esfria”, observa. “Também nada falaram expoentes novos e velhos deste amontoado de raposas que se tornou o PSB”, acrescentou Marília, mencionando que a Odebrecht poderia ter financiado algum político da legenda e aliados.  

Na próxima segunda-feira (11), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançará, às 14h, a Política LGBT, que tem como foco favorecer o acolhimento, a inserção e permanência de lésbicas, gays, travestis, entre outras pessoas, na UFPE. Segundo a instituição de ensino, o lançamento integra as ações da Semana do Amor Igual – que teve início nesta sexta-feira (8) e vai até o dia 18 -, organizada pelo Ministério Público do Estado.

Além da mesa de abertura com o reitor Anísio Brasileiro, o evento de lançamento contará com debates. Alguns dos temas que serão discutidos são “Políticas de Educação para as Pessoas LGBT: Pensando Acesso e Permanência” e “Espaço de Acolhimento e Cuidado para Pessoas Trans: Conquistas e Desafios”. Também estão programadas diversas atividades culturais.

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O lançamento da Política LGBT será realizado no auditório 3 da Biblioteca Central, localizado no Campus Recife da UFPE. A unidade fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária.

O governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), recebeu, nesta sexta-feira (7), a visita da ex-senadora Marina Silva. Segundo eles, a passagem pela casa do pernambucano teria sido apenas de cortesia, para Marina conhecer o novo filho do governador, Miguel Campos, nascido há dez dias. No entanto o que se fala entre os bastidores é que o encontro também serviu para resolver as pendências dos palanques estaduais. 

“Foi uma visita para Renata e para Miguel. Almoçamos e curtimos o bebê que chegou graças a Deus, em bom tempo, trazendo alegria para a família”, assegurou Marina. Após o almoço, Campos e Marina conversaram, rapidamente, com a imprensa e sinalizaram que vão dar passos combinados até o fim dos encontros programáticos estaduais.

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Questionado sobre a decisão de anunciar Marina como vice, na chapa liderada por ele, Campos reconheceu a responsabilidade que tem e pontuou que o anúncio será na hora certa. “Nós sabemos a responsabilidade que temos nos passos seguintes. Nós vamos dar os passos seguintes de forma combinada, no tempo certo e até março temos muito trabalho”, frisou Campos. Acrescentando que na “hora exata” vão divulgar ocupará o cargo de vice-presidente. “Cada coisa ao seu tempo. Nós temos feito, desde o dia cinco de outubro, um trabalho conjunto do PSB e da Rede articulando consensualmente e vamos seguir essa estratégia”, cravou. 

As alianças do PSB e a nova política

O discurso, desde que Campos apontou a possibilidade do PSB lançar candidatura ao Palácio do Planalto, é a inserção da “nova política” no Brasil. Discurso este que não cessa de ser criticado por outros políticos. Segundo o pessebista a “nova política” não está nas alianças, mas no desejo de atender a pauta do povo que os partidos podem ter. 

“(A nova política) É quando os políticos se unem em torno de uma pauta do povo. Como nós nos unimos aqui em 2006, com os partidos de centro (PP, PR, PMDB) e fizemos um governo de mudança, que foi reconhecido por 83% da população. A velha política é quando os políticos se reúnem em torno dos seus interesses. Então a nova política nós estamos fazendo. Nós fizemos a primeira união de partidos políticos em torno de um programa, então aqueles que quiserem se somar a essas diretrizes e esse conteúdo serão bem vindos”, disse o presidenciável. 

Sobre essas articulações com as legendas comandadas por “coronéis” da política pernambucana e nacional, Marina frisou que esse esforço é para dar as diretrizes e o programa de governo uma boa base de sustentação. “Nós estamos fazendo o desdobramento daquilo que é a aliança Rede/PSB. Nenhuma aliança está consolidada, os contatos que estão sendo feitos são contatos que já vinham sendo feitos pelo PSB e o esforço que nós estamos fazendo é de que esse programa tenha uma base de sustentação coerente com esse programa. O que é esforço do governador, esforço da Rede e do PPS”, . 

A deputada estadual e presidente do PT em Pernambuco, Teresa Leitão, saiu em desefa da legenda petista e disparou contra o discurso de "nova política" do PSB, encabeçado pelo governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos. Segundo ela, "a 'nova política' não há de vingar como novidade por um motivo simples e de raiz: da forma como está sendo costurada e propagada, ela já nasce velha". A petista ainda afirmou que a maneira como a aliança Rede Sustentabilidade-PSB tem colocado o compromisso com a democracia, pode ser caracterizada pela "presunção e a arrogância" dos envolvidos. 

Leitão pontuou o aniversario 34 anos do PT, na próxima segunda-feira (10), e comentou as raízes já fincadas pela legenda. "O PT fincou aí raízes profundas. Tão profundas que até hoje permanecem. Tão profundas que delas brotaram caules, folhas, flores e sementes...", disse durante o discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nessa quarta-feira (5).

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Veja o discurso na íntegra: 

Em defesa do PT

O Partido dos Trabalhadores completa, no próximo dia 10 de fevereiro, 34 anos de vida. Nascido na base do movimento de combate e resistência à ditadura militar, o PT fincou aí raízes profundas. Tão profundas que até hoje permanecem. Tão profundas que delas brotaram caules, folhas, flores e sementes. Sim! Do jeito que aprendemos na escola a definir as partes da árvore. 

O PT chegou cedo ao governo, com apenas 22 anos de vida. Na flor da maioridade, mas maduro na construção do projeto que lhe antecedera a fundação. Ao logo desses 12 anos de governo, o PT espalhou a sombra das suas árvores por todo o Brasil e muitos nelas se organizaram, ajudando o país a crescer, a socializar riquezas e frutos, a replantar sementes, a gerar novas vidas e ideias. Alguns saíram do grupo, é verdade, fundaram outros partidos ou se reposicionaram politicamente em outras paragens, como o PSTU, o Psol e mais recentemente a aliança PSB-Rede, esta última com o discurso da “nova política” e o argumento de que o solo brasileiro precisa de novos adubos.

Ontem, em Brasília, em mais um ato da campanha presidencial, a aliança PSB-Rede lançou o que seriam as raízes de uma plataforma de governo. Não quero aprofundar nesses cinco minutos o conteúdo dos eixos, embora os avalie como recolocação de pontos já em debate na pauta do Brasil, como é o caso do Pacto Federativo e da Reforma Política. Quero, sobretudo, destacar que a “nova política” não há de vingar como novidade por um motivo simples e de raiz: da forma como está sendo costurada e propagada, ela já nasce velha. A presunção e a arrogância com que a aliança PSB-Rede coloca seu compromisso com a democracia, esquece que dirige suas críticas a uma mulher que, presa e torturada na ditadura, superou o fel do cárcere na vivência, na defesa e na promoção de um projeto democrático e popular para todos, tão sem cabresto como deve ser a liberdade da luta política. 

Na luta política, quando o bom combate e a ousadia revolucionária dão lugar ao destempero e a prepotência, os “cabras” daqui chamam de “afoiteza”. E o afoito está para a política como o menino ou a menina que se arrisca a nadar no mar revolto, achando simplesmente que não faz medo. 

Não vai adiantar, para a afirmação do novo, separar Lula do PT. É verdade que Lula é maior do que o PT, mas sem o PT ele não seria Lula. Isso parece medo da popularidade de Lula ou da contradição do discurso sob ameaça de sair do trilho mais cedo do que se espera. A ansiedade do PSB-Rede contribui, a cada ato, para trazer à cena a agressividade do mofo e do entulho da velha política. 

Vamos celebrar o aniversário do PT em todo o país tendo como um dos eixos a reeleição de Dilma. E para os que desconsideram a dialética do velho e do novo, eu lembro uma canção popular de Roberto Carlos: “Eu sou aquele amante a moda antiga / do tipo que ainda manda flores / e apesar do velho tênis e da calça desbotada / ainda chamo de querida à namorada”. Assim como no amor, na política o velho é quem não se reinventa. Viva o PT! 

Teresa Leitão

 

Que o governador de Pernambuco e potencial candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), é aberto ao diálogo e tem surpreendido com suas alianças política não se pode negar. Nesta sexta-feira (3), durante o ato de formalização da adesão do PSDB ao Governo do Estado, o socialista pontuou que as novas alianças são necessárias para “o Brasil de amanhã” e elencou a atitude como marca da “nova política”. Além disso, frisou a necessidade de “celebrar do diálogo” e de “superar a mediocridade”. 

“Esta atitude é necessária no Brasil de hoje e o Brasil de amanhã. O Brasil tem clareza que é preciso superar a celebração a mediocridade. É preciso celebrar o diálogo. A capacidade de enxergar ao longe, a capacidade de resgatar o planejamento que vai além dos horizontes de um governo, que enxerga as gerações e o interesse da nação”, disse Eduardo, lembrando que durante as duas últimas eleições ao governo (2006 e 2010) disputou sem “desqualificar” os adversários políticos e foi esta “coerência” que atraiu o PSDB, agora, para a gestão.

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“Aprendi desde cedo que o valor da democracia não pode ser um valor da boca para fora, de palavras que o vento leva. Tem que ser exercido nas atitudes, na coerência. E é esta coerência que nos permite hoje, meu prezado e amigo Sérgio Guerra, receber de maneira formal na base de sustentação do nosso governo o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)”, assegurou o presidenciável. Segundo o governador, a união com os tucanos não vem de interesses políticos, mas de colocar “o interesse do povo no centro do que está sendo feito”.

A união das duas forças, de acordo com Campos, é um reflexo da nova política. “Esta é a discussão entre a velha política e a nova política. A velha política tem medo do debate, a nova política quer o debate, acredita nas ideias, quer somar os bons em torno, não dos interesses de quem vai ser isso ou aquilo, mas em torno dos interesses coletivos. E é essa a política que precisa ser resgatada no Brasil, à política que coloca os interesses do Brasil e do povo acima dos interesses medíocres da velha política”, soltou. 

O presidenciável colocou ainda que 2014 será um ano importante para o “debate do futuro político” e apelou para a experiência dos atores políticos presentes. Segundo Campos, os mais experientes já se tocaram que o país necessita de um dirigente que acredite no entendimento, “não em torno de cargos e espaços políticos”, mas de “de programas, pensamento e de um ideal”. 

 

Na próxima segunda-feira (2), o deputado Fernando Ferro (PT) estará presente na palestra “Mídias sociais: nova política e novos meios de militância”, que será realizado no Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (Sinttel-PE), no bairro da Boa Vista, no centro do Recife. O petista deve debater sobre a possível mudança das campanhas eleitorais de 2014 após as manifestações que ocorreram no País neste ano.

A mudança da sociedade com as redes sociais é outro mote que será tratado no encontro que acontece às 19 horas. O evento também será aberto ao público. 

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