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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar nesta sexta-feira (24) o réu Geraldo Filipe da Silva, um dos presos pelos atos de golpistas de 8 de janeiro. Em troca da liberdade, Moraes determinou que o acusado deverá cumprir medidas cautelares diversas de prisão, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país, suspensão de autorizações de porte de arma e de certificado de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC), entrega do passaporte e apresentação semanal à Justiça.

No dia 7 deste mês, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo parecer pela absolvição de Geraldo por falta de provas. No entendimento do subprocurador Carlos Frederico Santos, há "dúvida razoável" da participação do réu nos crimes. 

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“Não há provas de que o denunciado tenha integrado a associação criminosa, seja se amotinando no acampamento erguido nas imediações do QG do Exército, seja de outro modo contribuindo para a execução ou incitação dos crimes e arregimentação de pessoas”, escreveu Santos. 

Na segunda-feira (20), o réu Cleriston Pereira da Cunha, que também foi preso pelos atos golpistas, morreu após um mal súbito na penitenciária da Papuda, em Brasília.  Antes da morte, a defesa de Cleriston pediu liberdade a Moraes e citou parecer favorável da PGR favorável à soltura. No entanto, o pedido de soltura não foi analisado.

 O ex-procurador geral da República Augusto Aras foi uma figura importante para a fluidez do governo de Jair Bolsonaro (PL). Escolhido ao cargo pelo ex-presidente, Aras cumpriu dois mandatos à frente da sede administrativa do Ministério Público Federal (MPF) e deixou a posição na última terça-feira (26), após quatro anos. As duas indicações, em 2019 e 2021, foram feitas pelo ex-mandatário.  

A gestão de Aras foi polêmica desde o primeiro dia por sua aproximação ideológica com o bolsonarismo - ele é um "cristão e conservador" -, apesar da função não poder ser associada a pactos políticos. Foi através dele, também, que o "lavajatismo" passou a perder força como modelo de força-tarefa, por Augusto ser um crítico ferrenho da operação. 

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A indicação ao cargo aconteceu ignorando a lista tríplice dos mais votados pelo MPF, o que não acontecia desde 2003. Em quatro anos como PGR, ele arquivou mais de 70 pedidos de inquérito contra Bolsonaro, chegando a levar a alcunha de “engavetador-geral da República”. Criticado tanto pela esquerda como pela direita, Aras teve momentos de neutralidade e chegou a tentar conquistar um terceiro mandato, em acenos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não demonstrou interesse em indicá-lo. 

Relembre algumas das movimentações do PGR em favor da Gestão Bolsonaro

Aras promoveu subprocuradora bolsonarista 

Em abril de 2022, o então PGR decidiu promover ao posto de número dois da instituição a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que até então coordenava investigações criminais na Procuradoria-Geral da República. Ela substituiu Humberto Jacques de Medeiros, que pediu para deixar o posto por questões familiares. Além de braço-direito de Aras, Lindôra era próxima ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e fez propaganda negacionista contra o uso de máscaras na proteção contra a Covid-19. Ela também protagonizou embates com a Lava Jato. 

'Arroubo de retórica' no 7 de Setembro 

Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (à época sem partido) atacou a Corte e fez um desafio explícito ao Supremo, dizendo que não respeitaria "qualquer decisão" do ministro Alexandre de Moraes. Isso aconteceu durante um discurso no 7 de Setembro e o episódio se tornou alvo de investigação. Na análise do caso, a PGR não reconheceu crime nas declarações. 

Para o órgão, no entanto, as falas foram um "arroubo de retórica". Na interpretação do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, que assinou o parecer, a atitude de Bolsonaro "não afetou ou ameaçou" o livre exercício do Judiciário. 

"Meras críticas" ao TSE 

Em junho de 2022, a Procuradoria-Geral da República defendeu a rejeição de um pedido para investigar se o presidente havia cometido crime ao levantar suspeitas infundadas contra o sistema eletrônico de votação e dizer que a apuração de votos é centralizada em uma "sala secreta" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação foi desmentida pela Justiça Eleitoral.  

A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo disse que as declarações do presidente não passaram de "meras críticas ou opiniões" para "aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação" e "não se ajustam, sob nenhum prisma e sequer hipoteticamente, a qualquer conduta criminosa".  

Arquivamento de notícia-crime 

O Supremo arquivou uma notícia-crime contra Bolsonaro, a respeito de declarações e comportamentos adotados em meio à pandemia do coronavírus. Marco Aurélio acolheu pedido da PGR, que já havia arquivado a denúncia. A notícia-crime foi apresentada por seis partidos de oposição (PDT, PT, PSOL, PCdoB, PSB e Rede) e apontava o suposto cometimento de quatro crimes tipificados no Código Penal. 

A petição citava crime previsto no artigo 268 do Código Penal Brasileiro, que trata de "infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa" e prevê detenção de um mês a um ano, além de multa.  

Arquivamento de apurações da CPI da Covid 

A PGR pediu o arquivamento de cinco das sete apurações instauradas na Suprema Corte contra Jair Bolsonaro, a partir do relatório final da CPI da Covid. Os procedimentos apuravam supostos crimes de epidemia, prevaricação, infração de medida sanitária, charlatanismo e emprego irregular de verba pública. As manifestações foram assinadas pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo. 

O que faz o PGR? 

 O PGR, por representar um poder investigativo em prol dos interesses de sua sociedade, precisa ter gestões marcadas por imparcialidade e autonomia. É o procurador-geral que exerce funções do MPF junto ao Supremo e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de poder propor ações diretas de inconstitucionalidade e pedir federalização de casos de crimes contra os direitos humanos. 

A Procuradoria-Geral da República defendeu, no Supremo Tribunal Federal (STF), que sejam mantidas as restrições impostas ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), incluindo o monitoramento por tornozeleira eletrônica, que já foi determinado em outras ocasiões. A primeira vez foi após a prisão em flagrante do parlamentar, no âmbito das investigações sobre atos antidemocráticos. Após a suspensão, em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes determinou o uso do aparelho novamente.

O parecer foi assinado pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo e enviado ao ministro Alexandre de Moraes.

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"O Ministério Público Federal ratifica a manifestação apresentada em 24 de março de 2022, para que sejam mantidas as cautelares de (1) proibição de ausentar-se do Estado em que reside, salvo para Brasília/DF; (2) proibição de frequentar e participar de evento público; e (3) monitoração eletrônica", disse Lindôra.

A medida, no entanto, tem sido descumprida pelo deputado. De acordo com cálculos feito pelo O Globo, o aparelho esteve desligado em mais da metade do tempo desde que foi instalado. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, a última recarga da tornozeleira foi feita em abril e o utensílio está descarregado desde o feriado de Páscoa.

Silveira foi condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques à Corte e estímulos a atos antidemocráticos. Um dia após o julgamento, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o indulto individual (perdão da pena) do deputado. Em relação ao decreto que concedeu a graça a Silveira, Lindôra optou por não comentar neste momento. Segundo ela, a PGR irá opinar sobre o decreto nas ações que tramitam com Rosa Weber, que questionam a constitucionalidade do ato.

"Quanto aos efeitos do Decreto Presidencial de 21 de abril de 2022, a Procuradoria-Geral da República reserva-se ao direito de manifestar-se sobre suas repercussões jurídicas por ocasião da abertura de vista nas ADPFs 964, 965, 966 e 967, todas de Relatoria da Min. Rosa Weber, nos termos do artigo 5º, §2º, da Lei 9.882/1992, na medida em que o exame da constitucionalidade do aludido decreto é prejudicial à análise de seus respectivos consectários legais", diz o documento ao Supremo.

O deputado federal David Miranda enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O parlamentar acusa o chefe do Executivo de mentir no seu discurso na Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Miranda diz que, ao abordar temas como corrupção, meio ambiente e tratamento precoce da Covid-19, Bolsonaro proferiu falas "revestidas de falsidades e ilegalidades". Na representação, o deputado cita as suspeitas de corrupção envolvendo a compra da vacina Covaxin e nomes do entorno de Bolsonaro que são investigados em outros casos de corrupção.

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"O desmatamento descontrolado nos biomas brasileiros, em especial na Amazônia, gera queimadas. E, sobre essas, os dados são alarmantes e desencontrados do discurso falacioso do ora representado [Bolsonaro]", diz ainda.

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou que o governo do Rio de Janeiro, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e outras entidades estaduais esclareçam as circunstâncias da operação policial na comunidade do Jacarezinho, que resultou em 25 pessoas mortas. 

Nos ofícios, assinados nesta sexta-feira (7), o PGR cita a possibilidade de responsabilização em caso de descumprimento da decisão liminar do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia restringido a realização de operações policiais nas comunidades do Rio durante o período de pandemia.

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Também foram solicitadas informações às Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, ao Tribunal de Justiça e à Defensoria Pública do estado. O prazo para envio das informações é de cinco dias úteis.

A PGR garante que desde que Aras teve conhecimento dos fatos noticiados pela imprensa, na última quinta-feira (6), o procurador-geral tem mantido contatos com o ministro Edson Fachin, que é o relator da determinação que proíbe operações policiais no Estado durante a pandemia, com o procurador-geral de Justiça e com o governo do Rio de Janeiro. 

A Procuradoria-Geral da República aguarda as informações a serem prestadas no âmbito de uma apuração preliminar instaurada nesta sexta-feira (7) para avaliar as eventuais medidas cabíveis.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (17) que o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) seja levado para uma audiência de custódia na sede da Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, onde está preso. Pela decisão, o parlamentar deverá ser ouvido nesta quinta-feira (18), às 14h30, por videoconferência, que será realizada por um juiz designado pelo gabinete do ministro.

Mais cedo, o plenário do Supremo referendou o mandado de prisão expedido ontem (16). A motivação da prisão foi um vídeo publicado na internet. Segundo Moraes, o deputado teria feito ameaças e defendido a destituição dos ministros.

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O episódio também levou o deputado a ser denunciado nesta tarde pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF.

A palavra final sobre a manutenção da prisão será do plenário da Câmara dos Deputados. Pela Constituição, a prisão em flagrante por crime inafiançável de qualquer deputado deve ser enviada em 24 horas para análise da Casa, que deve decidir sobre a manutenção ou não da prisão.

Pelo Twitter, a assessoria jurídica do parlamentar disse que a prisão do deputado é ilegal. Para a defesa, a prisão representa "violento ataque” à liberdade de expressão e à inviolabilidade da atividade parlamentar.

 

Na tarde desta sexta-feira (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 15 dias a prisão da bolsonarista Sara Winter e de outros cinco alvos do inquérito que investiga atos antidemocráticos, além do inquérito das fake news. 

O pedido da prorrogação partiu do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, que defendeu a "imprescindibilidade da segregação para a atual fase do inquérito policial". Sara está presa desde a última segunda-feira (15). Ela é uma das líderes do movimento '300 do Brasil', que defende o presidente Jair Bolsonaro. 

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Depois da determinação de prorrogação, a seguinte declaração foi postada no twitter da Bolsonarista: "O Ministro Alexandre de Moraes prorrogou minha prisão para eu não estar no manifesto deste domingo. Não estarei, mas peço que vocês estejam por mim. Peço aos patriotas que ergam a sua voz na esplanada por justiça. Sejam a minha voz".

O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, nomeou a sobrinha do secretário-geral do Ministério Público da União, Eitel Santiago, para ocupar o cargo de Relações Internacionais dentro da presidência do Conselho Nacional do Ministério Público, com salário de R$ 9.216,74. O secretário é considerado como braço direito do procurador.

Isadora Santiago é a quarta pessoa nomeada na atual gestão de Aras na PGR que possui um vínculo familiar ou afetivo com alguém da cúpula do Ministério Público.

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Segundo publicado pelo UOL, a advogada Ana Laura Pires de Sá Espínola, que trabalhou com o pai de Augusto Aras, Vinícius Salomão de Aquino, amigo de so secretário Eitel, e a advogada Fernanda Monteiro Bronzeado, que é filha da prima de Aras, são os nomes dos nomeados para os cargos comissionados que estão conectados familiarmente. 



 

Foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) a primeira ação direta de inconstitucionalidade (ADI) do Procurador-Geral da República Augusto Aras contra uma medida provisória do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O procurador questiona dois trechos de uma medida provisória de 11 de novembro que altera a legislação trabalhista e estabelece limites para o Ministério Público do Trabalho (MPT) assinar Termos de Ajustamento de Conduta. Processo foi distribuído para a relatoria do ministro Edson Fachin.

Enquanto Procurador-Geral da República, Aras afirma na ação que a iniciativa de criar regras sobre a atuação do MPT é prerrogativa exclusiva dele e, por isso, não poderia ser feita em uma MP de Bolsonaro. 

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"Os arts. 21 e 28 da MPv 905/2019 (na parte que altera o art. 627-A da CLT) restringem o campo de atuação do Ministério Público do Trabalho no espaço de negociação, de reparação e de definição de formas de composição na ação civil pública e nos inquéritos civis em matéria trabalhista, pelo que vão de encontro à autonomia e à independência do Ministério Público", afirmou Augusto Aras apontando a inconstitucionalidade da medida.

Segundo o IG, um dos artigos da medida provisória vinculado o ressarcimento de ações de danos morais coletivos exclusivamente ao Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho. O outro artigo estabelece limitações como um prazo máximo de dois anos para termos de ajustamento de conduta trabalhista e que uma empresa não poderá assinar dois acordos com base na mesma infração à legislação trabalhista.

José Adônis Callou de Araújo Sá, subprocurador que coordenava o grupo da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR), pediu demissão do cargo por divergência e insatisfação com a gestão de Augusto Aras na PGR. A falta de autonomia do coordenador para tocar os casos da operação foi a gota d´água para Adônis pedir para sair.

Segundo reportagem de O Globo, Aras estava interferindo no grupo da Lava-Jato na procuradoria e causando uma lentidão nas investigações. Fontes relatam que muitas investigações previstas para ocorrerem estão paradas aguardando um aval de Aras e sem previsão de andamento. 

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A saída do subprocurador amplia o desgaste que está acontecendo internamente na gestão de Augusto Aras - que mesmo antes de assumir comando da PGR - vinha sofrendo críticas e rejeição por ter sido nomeado por Bolsonaro fora da lista tríplice. 

A reportagem aponta que a unção de Adônis era coordenar os trabalhos de investigação da Operação Lava-Jato que envolvem políticos com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também era responsável por fazer a interlocução com as forças-tarefas da operação nos Estados, em casos que envolvem acordos de delação e investigação em geral. 

A Procuradoria-Geral da República encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestações contra a concessão de habeas corpus a cinco pessoas presas preventivamente na Operação Calvário: Vladimir Neiva, José Arthur Teixeira, Coriolano Coutinho, Denise Pahim e Gilberto Carneiro. Eles constam entre os denunciados, nesta terça-feira (13), por Francisco Nóbrega Filho, procurador-geral de Justiça, e recorreram ao STF alegando que o ex-governador Ricardo Coutinho foi solto por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas eles tiveram pedido de liberdade negado por aquela Corte.

No entanto, para a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio não há "similaridade" entre a situação dos cinco denunciados que justifique a extensão do habeas corpus concedido a Coutinho. Ela destacou ainda que houve ilegalidade na decisão que soltou o ex-governador, uma vez que "beneficiou o líder do grupo criminoso".

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Nos pareceres, a subprocuradora-geral indicou que cada um dos denunciados ocupou um papel no esquema criminoso investigado na Operação Calvário. Os cinco são acusados de suposta participação em esquema que desviou mais de R$ 134,2 milhões dos recursos da saúde e da educação na Paraíba.

Os documentos que culminaram nas diferentes fases da Calvário - sete até o momento - indicam que José Arthur Teixeira foi secretário executivo de educação e segundo a Procuradoria estaria ligado a Ricardo Coutinho e a diversas fraudes nas licitações do Estado. Gilberto Carneiro também foi secretário do governo Coutinho, da pasta de Administração, além de ser ex-procurador-geral do Estado.

Já Coriolano Coutinho, irmão de Ricardo, é apontado pelo MPF como um dos responsáveis pela coleta de propinas destinadas ao ex-governador. Ainda segundo os procuradores, Vladimir Neiva é representante legal da Editora Grafset, companhia que teria pago propina de 15% a 30% no âmbito de contratos firmados com o Estado. Por fim, Denise Pahim, ligada à família Coutinho, seria uma "laranja" do grupo para ocultar patrimônio e diversas operações estruturadas.

Em cada uma das manifestações, a subprocuradora-geral citou trechos decisões que decretaram as prisões dos acusados que demonstram o suposto papel que cada um exercia na organização criminosa.

"Trata-se de um esquema de extrema gravidade e que autoriza a prisão, não somente para a garantia da ordem pública, mas, também, para que a instrução criminal transcorra com regularidade, permitindo que as testemunhas deponham sem receios, revelando os fatos de que têm conhecimento", escreveu Cláudia Sampaio nos pareceres.

Os documentos apontam ainda que somente com a prisão dos acusados seria possível desestruturar o grupo. "É indiscutível que a prisão dos principais agentes da organização criminosa é necessária para a garantia da ordem pública, ameaçada pela reiteração delitiva do grupo", escreveu a subprocuradora-geral.

Cláudia Sampaio também utilizou como argumento nos pareceres a Súmula 691 do STF, que determina que não compete à Corte "conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal superior, indefere a liminar". Segundo Cláudia Sampaio, não há situação de flagrante ilegalidade nas decisões que decretaram as prisões e por isso não caberia a análise dos pedidos liberdade.

Manifestação favorável

Com relação a outro investigado na Calvário, Breno Dornelles, a PGR foi favorável à concessão de habeas corpus. Na avaliação de Cláudia Sampaio, as provas não evidenciaram a gravidade da conduta do investigado e sua soltura não representaria risco à ordem pública ou à investigação criminal. Nos documentos da Calvário, Breno é apontado como suposto "laranja" do grupo na ocultação de patrimônio e de operações estruturadas.

"Parece evidente que não se fazem presentes os requisitos da preventiva, diante da menor participação de Breno Dornelles no esquema criminoso", escreveu a subprocuradora-geral em manifestação.

A comissão de Cosntituição e Justiça (CCJ) do Senado está, neste momento sabatinando o subprocurador-geral da República, Antônio Augusto Brandão de Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), ao cargo de procurador-geral da República.

Confira a sabatina, ao vivo:

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Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta terça-feira (10) denúncia apresentada em 2018 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz pelo crime de tráfico de influência. Na mesma decisão, o colegiado também negou pedido da PGR para afastar o ministro do cargo temporariamente.

De acordo com a denúncia apresentada, Cedraz e seu filho, o advogado Tiago Cedraz, e mais dois investigados teriam recebido vantagens da empreiteira UTC para influenciar o julgamento de um processo referente à construção da Usina Nuclear de Angra 3, que estava em andamento no TCU.

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A PGR afirmou que o empresário Ricardo Pessoa, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse que recursos teriam sido entregues no escritório de advocacia de Tiago Cedraz. Além disso, o ministro do TCU estaria impedido de julgar o caso pelo fato de seu filho atuar na causa, mas teria pedido vista e solicitado adiamento de um processo envolvendo a empreiteira no tribunal em 2012.

Votos

O julgamento começou no mês passado e foi interrompido após o voto do relator, Edson Fachin, que se manifestou pela aceitação de denúncia e a favor do afastamento temporário de Cedraz do cargo.

Na sessão desta tarde, o julgamento foi retomado e, por maioria de votos, a Segunda Turma rejeitou a denúncia com os votos dos ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello. A presidente do colegiado, Cármen Lúcia, seguiu o relator a favor da abertura

da denúncia, por entender que os supostos pagamentos recebidos precisam ser esclarecidos em uma ação penal.

Segundo Lewandowski, a procuradoria não apresentou provas mínimas para justificar a abertura da ação penal contra o ministro do TCU. Para o ministro, a acusação de que Cedraz teria pedido vista de um processo para beneficiar a empreiteira UTC não é suficiente para torná-lo réu. Lewandowski também afirmou que nenhum delator apontou que Cedraz teria tido “conduta ilícita”.

“O fato de o acusado [Aroldo Cedraz] ter pedido vista daqueles autos, em que pese seu impedimento para atuar no feito, não tem o condão de autorizar um juízo, ainda que mínimo de probabilidade, no sentido de que o acusado teria obstruído dolosamente o núcleo processual e demonstrado às partes interessadas que poderia influenciar a causa", disse.

O ministro Gilmar Mendes também votou pela rejeição da denúncia por entender que a acusação não apontou de que forma o ministro tenha praticado atos para beneficiar seu filho. No entendimento de Mendes, o ministro foi denunciado “apenas por ser pai de Tiago Cedraz” e que o pedido de vista teria prejudicado a empreiteira, e não beneficiado.

“Não há nenhum elemento desse suposto acordo entre os colaboradores [delatores] e o denunciado Aroldo Cedraz para suposta atuação indevida nos processos do TCU”, disse Mendes.

Com a rejeição da denúncia, Tiago Cedraz e mais dois acusados vão responder às acusações na primeira instância da Justiça do Distrito Federal.

No início do julgamento, a defesa de Aroldo e Tiago Cedraz afirmou que as acusações da PGR foram baseadas apenas na denúncia de delatores. Segundo o advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, as acusações foram ilações feitas pela procuradoria, sem a indicação de provas.

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, cobrou nesta terça-feira (6) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tome providências sobre notícias de que a força-tarefa da Lava Jato no Paraná planejou investigá-lo e também o presidente da Corte, Dias Toffoli.

“Está na hora de a procuradoria tomar providências em relação a isto”, afirmou Mendes. “Tudo indica, e acho que à medida que os fatos vão sendo revelados, que nós tínhamos uma organização criminosa para investigar”, acrescentou.

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Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (6) pelo jornal El País, com base em conversas em aplicativos de celular obtidas pelo site The Intercept Brasil por intermédio de uma fonte anônima, os integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Paraná planejaram investigar um possível direcionamento de recursos ilícitos a Mendes por meio de contas na Suíça.

O objetivo da iniciativa dos procuradores seria encontrar indícios que levassem ao afastamento de Mendes do cargo, de acordo com as mensagens publicadas. Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que também Dias Toffoli, presidente do STF, tornou-se alvo de tentativas de investigação por parte da Lava Jato no Paraná, embora os procuradores da força-tarefa não tenham competência constitucional para investigar ministros do Supremo. 

“Me parece que realmente isto é a revelação de um quadro de desmando completo”, afirmou Mendes a jornalistas nesta terça-feira. Na semana passada, o ministro já havia cobrado providências por parte do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão responsável por supervisionar e corrigir a atividade de procuradores.

Ainda na semana passada, os ministros Luiz Fux e Alexandre de Moraes, em diferentes processos, determinaram o envio ao Supremo de todo material obtido pela Polícia Federal (PF) na investigação que apura a invasão dos aparelhos celulares de autoridades da República, entre elas os procuradores da força tarefa da Lava Jato e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Tanto Moro como os integrantes da Lava Jato, incluindo seu coordenador, Deltan Dallagnol, afirmam não ser possível auferir a autenticidade e a integridade das mensagens publicadas pela imprensa, que dizem ter sido obtidas por meio da prática de crimes cibernéticos.

 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta sexta-feira (7), que está “à disposição” para uma eventual recondução ao cargo de chefe do Ministério Público Federal. Ela disse que não tem feito nenhuma articulação para se manter no cargo, mas que a permanência seria bem-vinda. Questionada se conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre o tema, a chefe do MP negou.

Raquel Dodge disse que a consideração, ou não, da lista tríplice enviada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) ao Presidente da República é uma prerrogativa do chefe do Executivo. “É uma decisão do presidente, definida na Constituição”, disse.

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A procuradora-geral foi indicada para o cargo pelo então presidente Michel Temer, em 2017. Ela ficou em segundo lugar pela indicação dos pares.

A lista tríplice foi criada em 2001 e é defendida pelos procuradores como um dos principais instrumentos de autonomia da carreira. De acordo com a Constituição, o presidente da República pode escolher qualquer um dos procuradores em atividade para o comando da PGR. De 2003 a 2017, o nomeado foi o mais votado pelos membros da ANPR.

Raquel Dodge participou da abertura da 4ª Conferência Regional de Promotoras e Procuradoras de Justiça dos Ministérios Públicos Estaduais da Região Sudeste, na capital paulista. A inciativa tem como objetivo colher diagnósticos e promover a troca de boas práticas e experiências referentes à equidade de gênero no sistema de Justiça brasileiro.

 

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu (23) mandar para a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido de investigação contra um homem que publicou um vídeo nas redes sociais em que faz ofensas e ameaças a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber.

A medida foi tomada após os integrantes do colegiado rebaterem o vídeo, divulgado na segunda-feira (22) no Youtube, no qual o homem que se identifica como coronel Carlos Alves se refere a Rosa Weber como "salafrária e corrupta” e critica outros integrantes do STF. Na gravação, ele se refere ao dia em que Rosa Weber recebeu integrantes do PT que pediram a aplicação de medidas cautelares urgentes para investigar notícias de que empresas em prol do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, estariam pagando por serviços de disparos de mensagens em massa contra o partido e seu candidato à Presidência, Fernando Haddad, via WhatsApp.

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"Se ela [Rosa Weber] fosse uma mulher séria, patriota e se ela não devesse nada a ninguém, ela nem receberia essa cambada no TSE", diz o suposto coronel no vídeo. Ele ainda afirma que se "você aceitar essa denúncia ridícula e tentar tirar Bolsonaro por crime eleitoral, vamos derrubar vocês aí sim, porque aí acabou".

Em discurso feito na abertura da sessão da Segunda Turma do STF, o ministro Celso de Mello foi o primeiro a rebater as críticas aos ministros. O ministro prestou solidariedade a Rosa Weber e aos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, que também foram citados, e disse que eles foram alvo de "ataques imundos e sórdidos".

"O primarismo vociferante desse ofensor da honra alheia fez-me lembrar daqueles personagens patéticos que, privados da capacidade de pensar com inteligência, optam por manifestar ódio visceral e demonstram intolerância radical contra os que consideram seus inimigos. Todo esse quadro imundo que resulta do vídeo, que longe de traduzir expressão legítima da liberdade de palavras, constitui verdadeiro corpo de delito comprobatório da infâmia perpetrada pelo autor", afirmou Mello.

Em seguida, o ministro Gilmar Mendes disse que o Brasil passa por um momento delicado nas eleições e que é preciso serenidade. Mendes também rebateu as críticas contra a credibilidade das urnas eletrônicas. Para o ministro, as urnas são confiáveis e não se deve tumultuar o processo eleitoral.

"É preciso encerrar [essa questão] porque se trata de vilipêndio, um crime contra a democracia no Brasil", declarou.

A ministra Cármen Lúcia também defendeu os colegas da Corte. "Tudo que atinge um de nós, atinge todo o tribunal como instituição, que é muito mais importante do que cada um, mas, principalmente, preserva pela atuação ética, correta e honesta e séria de cada juiz desta Casa", afirmou.

Primeira Turma

Após a manifestação dos ministros da Segunda Turma, os integrantes Primeira Turma, integrada pela ministra Rosa Weber, também prestaram solidariedade à colega.

Alexandre de Moraes destacou a atuação e competência de Rosa Weber na condução do processo eleitoral e disse que é inadmissível ataques à ministra.

"Ataques feitos à honra de Vossa Excelência [Rosa], como presidente do Tribunal Eleitoral, não são ataques pessoais, são ataques à própria democracia, que Vossa Excelência tão bem vem conduzindo, atuação no TSE impecável".

Luís Roberto Barroso também rebateu as críticas contra a ministra. “Queria manifestar meu amor e admiração a Rosa. A senhora é um orgulho para todos, uma honra para Justiça brasileira. O mal, a grosseria, injustiça não podem mais que o bem”, disse.

 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta terça-feira (23) que é muito importante cultivar o respeito às instituições brasileiras, que são muito fortes e têm trabalhado com sobriedade e moderação para fazer valer a Constituição de 1988. “É muito importante que todos nós tenhamos uma atitude comprometida, com respeito às garantias individuais e às instituições brasileiras, porque não só palavras importam, atitudes também importam”.

A afirmação foi uma resposta de Dodge ao questionamento dos jornalistas sobre a declaração do deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de que o Supremo Tribunal Federal poderia ser fechado apenas por um cabo e um soldado. Após participar de um seminário da Escola Superior do Ministério Público da União, na capital paulista, ela pediu que todos continuem com o espírito de temperança e união nacional em torno de eleições justas e livres no Brasil.

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O deputado é filho do candidato Jair Bolsonaro (PSL) e em uma palestra quatro meses atrás disse sobre a possibilidade de o Supremo impugnar a candidatura de seu pai que “se quiser fechar o STF, manda um soldado e um cabo”.

Dodge disse que caso tome a decisão de tomar alguma providência com relação à fala de Eduardo Bolsonaro comunicará depois de ter feito. “Como conhecem já meu comportamento desde que tomei posse, não anuncio o que vou fazer. Normalmente comunicamos o que fizemos e é assim que permanecerei.”

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou hoje (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra pedido para retirar do juiz Sérgio Moro a relatoria do processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso de um sítio em Atibaia (SP).

A defesa de Lula alegou que Moro não tem competência para julgar o caso em função da decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que retirou da relatoria do juiz trechos de delações de ex-diretores da Odebrecht, provas que foram usadas pelo Ministério Público Federal (MPF) para embasar a acusação contra o ex-presidente.

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Ao se manifestar sobre a questão, Raquel Dodge afirmou que, na decisão,  o STF não analisou a competência de Moro para relatar o processo. "Trata-se de pretensão que não merece ser acolhida na medida em que representa indevida tentativa de, a um só tempo, burlar o rito próprio previsto para que esse tipo de pretensão seja apreciada, suprimir triplamente instâncias e violar o rol constitucional de competências da Suprema Corte", afirmou a procuradora.

O processo trata das suspeitas de que as benfeitorias feitas no sítio foram financiadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht com recursos desviados da Petrobras. A defesa de Lula sustenta que a propriedade era frequentada pela família de Lula, mas que o ex-presidente não é proprietário do sítio.

Segundo os investigadores, as reformas no sítio começaram após a compra da propriedade pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos de Lula, quando “foram elaborados os primeiros desenhos arquitetônicos para acomodar as necessidades da família do ex-presidente”.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em outro processo, o caso do tríplex em Guarujá (SP).

A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, prorrogou por um ano, a partir de 9 de setembro, a força-tarefa Lava Jato em Curitiba. A prorrogação, divulgada nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial da União, ainda precisa ser referendada pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF).

Com a medida, a atual estrutura de 14 procuradores será mantida pelo menos por mais um ano no braço da procuradoria em Curitiba. A força-tarefa foi criada em 2014 pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na época, seis procuradores passaram a investigar os fatos iniciais apurados pela Lava Jato.

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De acordo com a Procuradoria-Geral da República, até julho deste ano, foram abertos 1,7 mil procedimentos de investigação e realizadas 844 buscas e apreensões, 210 conduções coercitivas e 104 prisões temporárias. Até o momento, 157 investigados foram condenados. As penas somam 1.563 anos de prisão. Por meio de acordos de delação premiada, foram recuperados R$ 10,3 bilhões desviados dos cofres públicos.

No início deste mês, o CSMPF decidiu ampliar a proposta inicial de orçamento do ano que vem para a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, de R$ 522,6 mil para R$ 1,65 milhão. Os recursos são destinados sobretudo ao custeio de gastos com diárias e passagens de procuradores e servidores.

Para chegar a esse valor, foram retirados recursos de outras áreas do Ministério Público Federal (MPF), sendo reduzidos o orçamento para concursos e o reajuste dos valores de diárias.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou parecer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) se manifestando contra o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o juiz federal Sérgio Moro seja considerado suspeito para julgar a ação penal relacionada ao sítio da Atibaia. Para a PGR, o juiz tem sido imparcial em todo o processo.

No parecer, a PGR afirmou que todas as teses de nulidade apresentadas pela defesa do ex-presidente já foram julgadas improcedentes pelas instâncias inferiores da Justiça e mostram mero inconformismo com as decisões de Moro. “Assim, inviável a declaração de nulidade de todos os atos praticados no curso da ação penal processada e julgada pelo Juízo Criminal Federal de Curitiba, que se manteve imparcial durante toda a marcha processual”, afirmou a procuradoria.

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Na ação penal, que é presidida por Moro, na 13ª Vara Federal em Curitiba, Lula é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber como vantagens indevidas reformas realizadas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), frequentado pela família do ex-presidente.

No laudo elaborado pela Polícia Federal, em 2016, sobre o sítio de Atibaia, os peritos citam as obras que foram realizadas, entre elas a de uma cozinha avaliada em R$ 252 mil. A estimativa é de que tenha sido gasto um valor de cerca de R$ 1,7 milhão, somando a compra do sítio (R$ 1,1 milhão) e a reforma (R$ 544,8 mil).

A defesa de Lula sustenta que o ex-presidente não é proprietário do sítio.

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