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O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai estender a viagem nos Estados Unidos depois da participação na Cúpula das Américas, onde encontrará o presidente americano, Joe Biden. De Los Angeles, Califórnia, Bolsonaro irá para Orlando, na Flórida, na outra costa do país, segundo fontes consultadas pelo Estadão. A região central da Flórida concentra grande parte da comunidade brasileira que vive nos EUA - e onde a maioria dos brasileiros votou em Bolsonaro em 2018.

Ele vai inaugurar o vice-consulado de Orlando, um pleito antigo dos brasileiros da região, que são atualmente atendidos pelo consulado de Miami. Não é usual que presidentes participem da inauguração de consulados, segundo diplomatas consultados.

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A passagem pela Flórida tem o intuito de produzir conteúdo para a campanha de Bolsonaro, mostrar apoio aos eleitores da região e agitar a base. Ele também deve se reunir com lideranças evangélicas.

Em março de 2020, quando esteve no Estado americano, o presidente passou dias cercado de eventos com apoiadores - alguns organizados por pastores evangélicos. Foi no palco de um evento em Miami que Bolsonaro disse ter provas - sem apresentá-las - de que a eleição de 2018 havia sido fraudada e também lá onde deu início à narrativa de que o coronavírus estava sendo superestimado.

Bolsonaro viaja para os EUA na próxima semana, para participar da Cúpula das Américas. Ele também terá uma reunião bilateral com o americano Joe Biden pela primeira vez. O encontro foi oferecido pela Casa Branca, durante processo de convencimento para que o presidente brasileiro participe da cúpula.

Desde que tomou posse, em 20 de janeiro de 2021, Biden evitou gestos de aproximação de Bolsonaro e nunca conversou nem sequer por telefone com o brasileiro, que foi o último líder do G-20 a parabenizá-lo pela vitória nas eleições presidenciais americanas.

Diante do risco de que a Cúpula das Américas fosse um fiasco, com a ausência anunciada do México, a Casa Branca fez os gestos de aproximação com Brasília.

Os Estados Unidos esperam que o presidente Jair Bolsonaro seja signatário de um documento em defesa da democracia, que prevê o apoio ao trabalho de observadores eleitorais. O tema é parte de uma das declarações de intenções que a Casa Branca pretende emplacar durante a Cúpula das Américas, da qual líder brasileiro participará na próxima semana em Los Angeles. O Brasil dá sinais de que irá assinar o documento.

Os EUA tem emitindo sinais ao governo brasileiro que demonstram a preocupação com as investidas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral. O tema é caro a Joe Biden, que enfrentou a resistência de Donald Trump em fazer uma transição pacífica e que governa um país onde um terço da população acredita que houve fraude na eleição presidencial que o levou à Casa Branca.

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Participação

"O Brasil está participando desde o início do processo negociador em espírito construtivo e aberto. Essa declaração (sobre democracia e direitos humanos) não coloca nenhum problema para o Brasil, porque o País cumpre com tudo o que lá está e participa ativamente e apoia as missões de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA)", afirma o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, Secretários das Américas no Ministério das Relações Exteriores (MRE). "O Brasil não está na lista de países que têm problemas com missões eleitoras", afirma o diplomata.

Em abril deste ano, o Itamaraty se incomodou com a intenção do Tribunal Superior Eleitoral de buscar apoio de observadores internacionais europeus nas eleições. Em nota, o MRE afirmou que não é "da tradição do Brasil ser avaliado por organização eleitoral da qual faz parte". A Cúpula das Américas, no entanto, é organizada no âmbito da OEA, da qual o Brasil é integrante.

"Os Estados Unidos sabem que todos temos trabalho a fazer para construir uma democracia forte e inclusiva no hemisfério, inclusive aqui em casa", afirmou Brian Nichols, secretário de Estado adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, em entrevista coletiva.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (27) que seu encontro bilateral com o presidente americano, Joe Biden, será de 30 minutos. "Vamos falar da posição do Brasil, falar do que havia tratado com o presidente Trump para continuar essa política", declarou o chefe do Executivo em Goiânia (GO), na Convenção Nacional das Assembleia de Deus.

O encontro de Bolsonaro com Biden acontecerá às margens da IX Cúpula das Américas, marcada para acontecer entre os dias 6 e 10 de junho. Ainda não se sabe, no entanto, o dia da reunião reservada.

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De acordo com o presidente, ele negociou os termos da agenda bilateral com o enviado de Biden ao Brasil para a Cúpula, o ex-senador Christopher Dodd. "Conversei como seria o tratamento dispensado ao chefe de Estado de um dos países mais\ importantes do mundo, que é o Brasil", afirmou Bolsonaro, que destacou que seu encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi de três horas. "Sou um chefe de Estado, com toda certeza dos últimos que estiveram no Brasil, que mais respeita e admira o povo americano", acrescentou.

Bolsonaro também lembrou do encontro do G-20, no ano passado, em que teve de negociar sua entrada sem estar imunizado contra a covid-19. "Eu resolvi não tomar a vacina, é um direito meu. No encontro do G-20, ano passado, tinha a exigência do passaporte vacinal. Eu falei eu não vou'. Tiraram a exigência e eu fui", relatou.

Em mais um ataque às medidas de contenção da pandemia, o presidente afirmou ainda, sem apresentar provas, que o lockdown "não salvou uma vida sequer" em qualquer parte do mundo.

Musk

Bolsonaro também afirmou que o empresário americano Elon Musk não tem interesse de auferir lucros no Brasil. "O que ele quer, no tocante à Amazônia, é levar internet a todos", disse o chefe do Executivo em evento da Assembleia de Deus.

Musk se encontrou com Bolsonaro na semana passada em Porto Feliz, interior de São Paulo. Na ocasião, o governo anunciou uma potencial parceria com a Starlink, empresa do bilionário, para monitorar a Amazônia com satélites ultramodernos.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu aval à Starlink para operar satélites de órbita baixa no Brasil, mas a operação ainda não foi iniciada. Além de Bolsonaro, Musk esteve com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, bem como com empresários de peso, como os cinco executivos das operadoras presentes ao evento: Christian Gebara (Telefônica/Vivo), José Félix (Claro), Rodrigo Abreu (Oi), Alberto Griselli (TIM) e Pietro Labriola (da Telecom Itália, dona da TIM).

Bolsonaro ainda voltou a defender agregação de valor às exportações do Brasil, mas ressaltou que vai respeitar contratos. "Chega de entregar o que temos in natura, o que exportamos é finito", afirmou o presidente. "Somos o maior exportador de minério e vamos honrar os contratos."

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que terá uma reunião bilateral com o presidente americano, Joe Biden, durante sua viagem aos Estados Unidos para participar da IX Cúpula das Américas, marcada para ocorrer em Los Angeles entre os dias 6 e 10 de junho.

"Terei uma reunião bilateral com ele, irei para lá para fazer valer o que o Brasil representa para o mundo", afirmou a jornalistas após visitar uma igreja em Brasília. Em seguida, no entanto, fez uma série de ataques ao democrata, citando a relação com o Brasil e sua idade.

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Bolsonaro comentou o teor de sua conversa com o emissário de Biden para a Cúpula, o ex-embaixador Christopher Dodd, que esteve no Palácio do Planalto nesta semana para convidar pessoalmente o presidente brasileiro.

"Eu botei as cartas na mesa. Falei da mudança de comportamento dos Estados Unidos com o Brasil desde quando o Biden assumiu. Com o Trump estava indo muito bem, tínhamos muitas coisas combinadas para fazer aqui no Brasil, entre outras coisas, explorarmos nióbio. Quando entrou Biden simplesmente houve um congelamento", declarou o chefe do Executivo, que coleciona críticas mútuas com o líder da Casa Branca e apoiou publicamente a reeleição de Donald Trump.

De acordo com Bolsonaro, durante a cúpula do G20, marcada pelo isolamento do presidente brasileiro, Biden passou por ele "como se não existisse". "Foi um tratamento com todo mundo por parte do Biden, não sei se é a idade", afirmou. Biden tem 79 anos e Bolsonaro, 67.

O chefe do executivo brasileiro ainda confirmou que resistia a participar da Cúpula das Américas, como adiantou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Eu estava propenso a não comparecer, eu não posso ir, com o tamanho do Brasil, para ser moldura de fotografia", declarou, em uma sinalização de que só aceitou o convite para a Cúpula após ter certeza de uma reunião bilateral com Biden.

"Eu não vou para lá sorrir e apertar a mão de Biden, vou para lá resolver os assuntos. Alguns querem que eu acolha aí uma pauta internacional para ficar bem na foto, isso não vai acontecer por parte do Brasil enquanto eu for presidente", acrescentou, sem especificar a que se referia.

O Itamaraty confirmou em nota que o presidente Jair Bolsonaro (PL) viajará aos Estados Unidos para a IX Cúpula das Américas, marcada para ocorrer em Los Angeles entre os dias 6 e 10 de junho. Será o primeiro encontro do brasileiro com o presidente americano, Joe Biden, desde a posse do democrata em 2021.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, Bolsonaro resistia a participar do encontro multilateral para focar em sua agenda doméstica, incluindo a eleitoral, mas acabou convencido a ceder por conselheiros políticos e diplomatas, segundo apurou a reportagem. Os EUA chegaram a escalar o ex-senador americano Christopher Dodd para entregar o convite a Bolsonaro pessoalmente, o que aconteceu na última terça-feira, 24.

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O Ministério das Relações Exteriores evitou fornecer mais informações sobre a viagem e disse que detalhes sobre a agenda devem ser apurados junto à Secretaria de Comunicação (Secom). "O Itamaraty adota as medidas preparatórias à visita do Presidente da República a Los Angeles, para participar da próxima Cúpula das Américas", informa a pasta.

A Cúpula das Américas, a primeira sediada nos Estados Unidos desde o encontro inaugural em 1994, deve discutir temas como democracia, direitos humanos e preservação do meio ambiente, calcanhar de Aquiles para o presidente brasileiro, criticado internacionalmente pela devastação da floresta amazônica.

Bolsonaro e Biden colecionam trocas de farpas desde o período da eleição americana, sobretudo quando o assunto é preservação do meio ambiente.

O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta terça-feira, 24, o ex-senador americano Christopher Dodd. Visto por jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto, ele foi enviado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para convidar o chefe do Executivo para a IX Cúpula das Américas, marcada para ocorrer em Los Angeles entre os dias 6 e 10 de junho.

Como mostrou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em 18 de maio, os EUA têm ampliado os esforços junto ao governo brasileiro para convencer Bolsonaro a participar da cúpula. Até o momento, contudo, o presidente resiste a comparecer ao evento promovido por Biden, com quem coleciona trocas de farpas, sobretudo quando o assunto é preservação do meio ambiente.

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A recepção a Dodd, também responsável por convencer o presidente do México, López Obrador, a comparecer à Cúpula, não constou da agenda oficial de Bolsonaro. Segundo apurou a reportagem, foi o próprio governo quem pediu reserva sobre o encontro, ainda que a legislação oriente a publicidade das rotinas do presidente. A agenda com o americano também com a participação do ministro de Relações Exteriores, Carlos França, e do encarregado de negócios da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, Douglas Koneff.

A principal resistência de Bolsonaro ao encontro multilateral, dizem fontes do governo, é o seu foco em questões nacionais -- incluindo sua campanha à reeleição. O presidente não vê sentido em sair do País por quatro dias para encontrar Biden, de quem é distante politicamente. Bolsonaro apoiou publicamente a reeleição do ex-presidente americano Donald Trump, derrotado nas urnas.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou em 4 de maio a presença da delegação brasileira em Los Angeles, sem citar Bolsonaro. A Cúpula, a primeira sediada nos Estados Unidos desde o encontro inaugural em 1994, deve discutir temas como democracia, direitos humanos e preservação do meio ambiente, calcanhar de Aquiles para o presidente brasileiro, criticado internacionalmente pela devastação da floresta amazônica.

O presidente Michel Temer chegou ao Brasil no início da noite deste sábado (14) vindo de Lima, no Peru, onde participava desde a sexta-feira (13) da Cúpula das Américas.

Segundo informações do Palácio do Planalto, o avião que trouxe o presidente pousou em Brasília às 19h08. Do aeroporto, o emedebista seguiu para o Palácio do Jaburu, onde mora com a família. Não há previsão de reuniões, de acordo com o Planalto.

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Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, reuniram-se neste sábado durante a Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, no primeiro encontro entre chefes de governo dos dois países desde 1956. "Isso é, obviamente, uma reunião histórica", disse Obama.

O presidente dos EUA acrescentou que a política norte-americana de isolar Cuba com um embargo econômico e diplomático, em vigor desde a revolução comunista cubana de 1959, "não funcionou, e já era tempo de tentarmos algo novo. Agora estamos em posição de avançar para o futuro". Segundo Obama, a maioria dos norte-americanos e dos cubanos reagiu positivamente à mudança de política de Washington, que deverá culminar no restabelecimento de relações diplomáticas.

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Obama também disse que continuarão a existir diferenças significativas entre os dois países e que os EUA "continuarão a falar pela democracia e pelos direitos humanos" e que Cuba, de seu lado, também continuará a criticar as políticas norte-americanas, mas que os dois países podem discordar dentro de um espírito de respeito. "Ao longo do tempo, é possível que viremos a página e desenvolvamos um novo relacionamento", acrescentou.

Além de impor o embargo econômico e diplomático, os EUA promoveram uma tentativa de invadir Cuba com uma força paramilitar formada por exilados cubanos anticastristas apoiados pela CIA em abril de 1961; várias tentativas de assassinar o líder da revolução cubana, Fidel Castro, irmão do atual presidente, e terroristas que cometeram ataques contra alvos cubanos ainda têm abrigo nos EUA - caso de Luis Posada Carriles, responsável pela derrubada de um avião de passageiros cubano em 1976 e por vários ataques a bomba em 1997.

De seu lado, Cuba, que encontrou na União Soviética sua única fonte de apoio político e econômico, permitiu a instalação de mísseis soviéticos em seu território em 1962 como reação á instalação de mísseis norte-americanos de longo alcance voltados contra a URSS na Itália e na Turquia; o impasse, conhecido como Crise dos Mísseis, quase levou a uma guerra nuclear entre as duas superpotências. O governo comunista cubano também desafiou os interesses dos EUA ao apoiar militarmente as guerrilhas que lutavam pela independência em várias colônias africanas, como Angola e Moçambique, nos anos 70.

"Estamos dispostos a discutir tudo, mas precisamos ser pacientes, muito pacientes. Podemos discordar hoje sobre algo em que estaremos de acordo amanhã", disse Raúl Castro depois de reunir-se com Obama.

Os dois presidentes haviam apertado as mãos durante um jantar de que participaram todos os chefes de governo dos países americanos, na sexta-feira, mas eles se reuniram em separado pela primeira vez hoje. Fonte: Dow Jones Newswires.

A presidente Dilma Rousseff comentou, neste sábado, 11, as relações entre Estados Unidos e Cuba, durante sua participação na 7ª Cúpula das Américas, no Panamá. "Celebramos as iniciativas de Castro (Raúl Castro, líder de Cuba) e Obama (Barack Obama, presidente dos EUA) de por fim ao último vestígio da Guerra Fria. Estamos seguros que outros passos serão dados, como o fim do embargo (a Cuba)", declarou. Segundo a presidente, com essa nova realidade, inúmeras oportunidades nascerão.

Dilma também destacou que os avanços econômicos, políticos e sociais foram enormes desde a cúpula de Miami (1994), mas ponderou que os países recém-saídos de regimes autoritários recebem o legado de dívida e concentração de renda. Para a presidente, porém, é preciso combater as desigualdades sociais, embora tenha avaliado que América Latina e Caribe têm agora menos pobreza, menos fome e menos analfabetismo. "Sabemos que é preciso mais riqueza, mais dignidade, mais segurança e mais educação. Ainda resta um longo caminho e vários desafios", citou a presidente.

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Segundo ela, erradicar a fome parecia impossível, mas em vários países isso foi feito. "Não podemos fechar os olhos à persistência de desigualdade. A concentração de renda e riqueza ainda ameaça a coesão social e, por isso, combater a desigualdade em todas as manifestações é importante em todos os fóruns", disse a presidente.

De acordo com Dilma Rousseff, o combate à desigualdade na América mostra a necessidade de crescimento contínuo no Brasil. Ela ainda ponderou que a integração aprovou os países da região social, política e economicamente e, por isso, defendeu metas únicas, mesmo em modelos diversos. A presidente comemorou o fato de os países da região viverem em paz, mas condenou as ações unilaterais. Neste ponto, rechaçou as sanções recentes contra a Venezuela. "O quadro nesse país vizinho pede moderação", disse.

Em dia de comemoração pela volta de Cuba à Cúpula das Américas, a presidente Dilma Rousseff elogiou a decisão dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, de terminar com o estranhamento entre os dois países, mas cobrou o fim do embargo econômico em Cuba. Dilma também aproveitou sua fala, a terceira entre os 35 países presentes no encontro, para criticar as sanções contra a Venezuela, estabelecidas pelos americanos há cerca de um mês.

A presidente Dilma Rousseff discursa na Cúpula das Américas neste sábado, 11. Durante sua fala, a líder brasileira defendeu o fim do embargo entre Estados Unidos e Cuba.

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"Celebramos aqui e agora a iniciativa corajosa dos presidentes Raúl Castro e Barack Obama de restabelecer as relações entre Cuba e Estados Unidos, pondo fim a esse último vestígio da guerra fria na região que tantos prejuízo nos trouxe", discursou a presidente. "Estamos seguros de que outros passos serão dados como o fim do embargo que já há mais de cinco décadas vitima o povo cubano e enfraquece o sistema interamericano. Aí sim estaremos construindo as linhas que pautarão nosso futuro."

Apesar da celebração da primeira vez que Cuba e Estados Unidos sentam juntos à mesma mesa em uma Cúpula das Américas, os discursos presidenciais não pouparam as críticas ao governo americano, não apenas pela manutenção do embargo - que Obama prometeu que estava trabalhando com o Congresso americano para suspender - mas principalmente pelo ressurgimento da crise com a Venezuela. Ao falar primeiro, o presidente do Equador, Rafael Corrêa, concentrou-se nas acusações aos Estados Unidos.

Terceira a falar, Dilma trouxe à tona as sanções contra o país de Nicolás Maduro. "O bom momento das relações no hemisfério já não admite ações unilaterais e de isolamento, contraproducentes e ineficazes. Por isso rechaçamos a adoção de sanções contra a Venezuela. O atual quadro desse país irmão pede moderação, pede a aproximação de todas as partes. Com esse propósito, a Unasul (União das Nações Sul-americanas, trabalha para apoiar diálogo político na Venezuela", afirmou a presidente, lembrando que a comissão de chanceleres da entidade tem mediado o diálogo entre a situação e a oposição para que sejam realizadas as eleições deste ano.

Dilma lembrou que a região tem o maior período de paz na sua história, com todos os países com regimes democráticos, o que precisa ser incentivado e respeitado. "É nossa responsabilidade fazer desse um século de paz", disse.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em discurso durante a Cúpula das Américas que no que se refere às relações com Cuba, o país não ficará preso ao passado.

Ele garantiu que está buscando uma nova relação com Cuba e que não se prende a argumentos ideológicos. Para Obama, a Guerra Fria acabou e ele afirma não estar interessado em batalhas que começaram antes de ele nascer.

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O presidente dos EUA comentou que tanto ele quanto o líder de Cuba, Raúl Castro, poderiam dizer que as significativas diferenças entre os dois países continuarão, mas ele prefere dizer que a reabertura das relações diplomáticas permite que mais americanos viajem a Cuba e dá mais oportunidade e recursos para o povo cubano. Fonte: Associated Press

Depois do aperto de mão para quebrar o gelo com o presidente de Cuba, Raúl Castro, na abertura da Cúpula das Américas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, busca traçar um futuro menos conflituoso com a América Latina, uma região que há muito tempo se incomoda com a dominação de Washington.

O encontro informal na cerimônia de abertura, juntamente a mensagem surpresa enviada pelo popular Papa Francisco, define as expectativas para o diálogo entre os mais de 30 líderes regionais neste sábado (11).

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Os desafios são enormes. O título da sétima edição da cúpulo é "Prosperidade com Igualdade", um tema abordado em uma carta do argentino pontífice lembrando os líderes da região que a pobreza não tem caído tão rápido quanto o crescimento das economias na última década. Fonte: Associated Press

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira (10), no Panamá, a ampliação da internet de banda larga para toda a população latino-americana como uma ferramenta a serviço da educação e da transparência na gestão pública.

"A internet provocou uma revolução comparada à da energia elétrica, tem a capacidade de afetar todas as atividades. Um desafio é estender a banda larga a toda a população em todos os países latino-americanos”, disse Dilma em um fórum empresarial do qual participou juntamente com colegas dos Estados Unidos, do México, e do Panamá.

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Dilma qualificou a conectividade pela internet como um instrumento de inclusão social que requer investimentos em infraestrutura através de associações entre os setores público e privado. O fórum, celebrado no âmbito da VII Cúpula das Américas, no Panamá, foi realizado pouco antes de a presidente se encontrar com o cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que promove uma iniciativa para promover o acesso gratuito à internet para setores atualmente sem conexão.

"A internet pode cumprir a função de estender a educação e melhorar sua eficiência, com acesso a melhores práticas educativas, melhores conteúdos e softwares que permitem combinar o ensino presencial com o ensino pela internet", acrescentou Dilma.

Ela lembrou que nos últimos anos o Brasil promoveu a legislação do Marco Civil da Internet, que garante a neutralidade da rede e a plena liberdade de expressão. No âmbito governamental, Dilma citou a criação do Portal da Transparência, no qual todas as informações sobre gastos públicos estão disponíveis para qualquer usuário.

"Nossa capacidade de prestar contas e de garantir transparência e a efetiva destinação de dinheiro público, junto com o combate sistemático à corrupção, garante mais eficiência ao sistema público", disse Dilma.

Durante participação na 7ª Cúpula das Américas, a presidenta Dilma Rousseff (PT) discursou no Foro Empresarial, no Panamá, na tarde desta sexta-feira (10) e pontuou a importância de inovar através da educação. A petista também estará nesta tarde do painel “Unindo as Américas: Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo” juntamente com os presidentes do Panamá, Juan Carlos Varela, dos Estados Unidos, Barack Obama, e do México, Enrique Peña Nieto.

No espaço de diálogo que reúne empresários de 35 países com o objetivo de tratar de oportunidades de negócio, Dilma assumiu precisar reequilibrar a postura atual para evoluir o governo. “Temos de fazer um reequilíbrio para continuar crescendo. Isso passa por continuar com programas, tanto na área social quanto na infraestrutura”, pontuou. “Considero fundamental a abertura comercial e a desburocratização. Contribuem para que tenhamos horizonte de crescimento maior”, acrescentou. 

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De acordo com a chefe do executivo, o Brasil só terá sustentabilidade se tiver uma agricultura, indústria e todo setor de serviços baseado em inovação “e isso vem da educação", destacou. Reconhecendo as desigualdades ainda existentes no país, Rousseff falou em transformações. “Uma das exigências para se fazer isso é ter clareza do que é necessário para transformar um país desigual num país de inclusão social. A inovação, educação e integração regional das economias funcionam como fator que amplia oportunidades”, considerou. 

Para Dilma Rousseff, outro desafio do país é equilibrar as classes sociais. “Hoje temos um desafio, justamente porque 44 milhões foram para a classe média e 36 milhões saíram da extrema pobreza”, descreveu, se comprometendo ao término de sua fala com  a integração das regiões. “Queria deixar claro nosso compromisso com a integração regional”, finalizou a petista. 

A presidente Dilma Rousseff participa da 7ª Cúpula das Américas, nesta sexta-feira (10), quando completa cem dias de segundo mandato. O evento reunirá chefes de Estado e de governo de 35 países no Panamá.

Na agenda de Dilma está previsto um encontro bilateral com o presidente do México, Enrique Peña Nieto. Em seguida, ela participa do painel do Foro Empresarial das Américas - Unindo as Américas: Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo. Também estão previstos encontros com o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, e com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

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A presidente brasileira se reunirá, ainda, com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e estará presente na cerimônia inaugural da 7ª Cúpula das Américas. Em seguida, será oferecido um jantar aos chefes de estado e de governo pelo presidente do Panamá, Juan Carlos Varela Rodrigues. O último compromisso do dia será o encontro com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Os chefes de Estado e de governo de 35 países vão participar nesta sexta-feira (10) da 7ª Cúpula das Américas – a primeira conferencia hemisférica em que os líderes dos Estados Unidos e de Cuba sentarão à mesma mesa, desde a ruptura das relações diplomáticas há mais de 50 anos.

A última vez em que isso ocorreu foi em uma reunião regional em 1956 – também na Cidade do Panamá. Três anos depois, a revolução cubana, liderada por Fidel Castro, derrubou a ditadura de Fulgencio Batista. Em 1962, os EUA romperam relações com o novo governo comunista de Cuba e expulsaram a ilha caribenha da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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A 7ª Cúpula das Américas deverá marcar o fim do último resquício da guerra fria na região, e o governo panamenho declarou feriado para esvaziar as ruas e garantir a segurança dos participantes. O evento terá a presença do líder cubano, Raúl Castro, e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – que em dezembro deu um passo histórico ao reconhecer o fracasso de meio século de políticas norte-americanas para tentar isolar Cuba. No momento em que os EUA estão dialogando com os cubanos para acabar com décadas de confronto (uma iniciativa aplaudida pelos governos regionais), há um novo foco de discussão: a Venezuela.

Os chanceleres que se reuniram nessa quinta-feira (9) para negociar a declaração conjunta dos presidentes não conseguiram chegar a um consenso: a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodriguez, queria incluir no documento uma condenação às sanções norte-americanas a sete altos funcionários venezuelanos.

Em março, Obama anunciou que ia bloquear as contas e os bens desse grupo de venezuelanos nos EUA, por considerar que estavam envolvidos em atos de corrupção ou de violações de direitos humanos.  Para justificar essa punição, Obama declarou a Venezuela uma “ameaça à segurança” norte-americana.

A declaração de Obama foi duramente criticada na região e citada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para obter do Congresso poderes especiais: ele poderá governar por decreto, até o fim do ano, para fazer frente à “ameaça” norte-americana.

Nos últimos dias, altos funcionários norte-americanos moderaram o tom das criticas e asseguraram que a Venezuela de fato “não representa uma ameaça”. Maduro também disse que quer ter uma boa relação com os EUA, mas a chanceler venezuelana cobrou uma retificação, ou seja, a suspensão das sanções.

Ao mesmo tempo, um grupo de 25 ex-presidentes da América Latina e da Espanha  (entre eles o costarriquenho Oscar Arias, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, o mexicano Felipe Calderón e o espanhol José Maria Aznar) apresentaram nessa quinta-feira (9) a Declaração do Panamá, criticando a violação de direitos humanos na Venezuela. O documento pede a imediata libertação de presos políticos, como o líder oposicionista Leopoldo Lopez e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma. Ambos foram acusados por Maduro de conspirar para derrubá-lo.

Na véspera da cúpula, houve polêmica entre governistas e oposicionistas, tanto venezuelanos quanto cubanos. A normalização das relações entre os EUA e Cuba depende de uma série de medidas – algumas das quais precisam passar pelo crivo da oposição republicana para aprovação no Congresso.

Uma das principais reivindicações de Castro é a exclusão de Cuba da lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo. Os cubanos também querem a suspensão do bloqueio econômico e financeiro e uma indenização pelos danos sofridos no passado.

Além da Cúpula das Américas, estão sendo realizados no Panamá fóruns paralelos de empresários, reitores de universidades e representantes da sociedade civil.

 

Em um passo fundamental para a reaproximação entre Brasil e Estados Unidos, os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama terão um encontro reservado no Panamá na próxima semana, onde estarão para a 7ª Cúpula das Américas. Da reunião pode sair a definição da data da visita que Dilma pretende fazer a Washington ainda neste ano.

Dilma desistiu de realizar uma visita de Estado - a mais elevada no protocolo americano - e optou por uma visita de trabalho, de caráter mais informal. Se preferisse o primeiro formato, teria de esperar até 2016, já que o calendário da Casa Branca para esse tipo de evento está carregado neste ano. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente da China, Xi Jinping, serão recebido nos próximos meses.

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Também havia um problema de agenda, com poucos anúncios de peso a serem feitos pelos presidentes em um encontro carregado de formalidade e simbolismo, no qual está incluído um jantar black-tie na Casa Branca para dezenas de convidados. "A visita de Estado eleva as expectativas a um patamar que é inalcançável nas condições atuais", avaliou o diretor do Brazilian Institute do Wilson Center, Paulo Sotero.

O encontro dos dois presidentes no Panamá deve ser anunciado oficialmente nesta semana. Os EUA estão empenhados em reconstruir as pontes com o Brasil, depois do estrago provocado pela revelação de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) espionou comunicações de Dilma, da Petrobrás, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de cidadãos brasileiros. Dilma reagiu com o cancelamento da visita de Estado que faria a Washington em outubro de 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente de Cuba, Raúl Castro, informou hoje que irá à Cúpula das Américas em abril, no Panamá, um encontro que marcará a primeira participação da ilha em um encontro desse tipo.

"Confirmo que assistirei para expressar nossas posições com sinceridade e respeito por todos os chefes de Estado e governos sem exceção", afirmou Castro em discurso na Assembleia Nacional.

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O presidente dos EUA, Barack Obama, também deverá estar presente no encontro.

A Cúpula das Américas é organizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que suspendeu Cuba em 1962. A OEA anulou essa suspensão em 2009, mas o governo cubano não havia se pronunciado quanto à sua incorporação ao organismo. Fonte: Associated Press

A VI Cúpula das Américas, um encontro de quase 30 chefes de governo e Estado das Américas, terminou neste domingo na Colômbia sem uma declaração formal conjunta, o que refletiu visões divergentes sobre Cuba e sobre a reivindicação de soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas (Falkland). "Não existe declaração porque não existe consenso", disse o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, na coletiva de imprensa do fechamento da VI Cúpula.

O governo dos Estados Unidos, apoiado pelo Canadá, ficou contrário aos amplos pedidos para que fosse incluída na declaração final do encontro uma referência que afirmasse que Cuba deveria ser convidada a participar das futuras cúpulas das Américas. A VII Cúpula deverá ocorrer na Cidade do Panamá em 2015.

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EUA e Canadá também não quiseram que houvesse uma menção de apoio ao pedido argentino de soberania sobre as Ilhas Malvinas (Falkland).

"Todos os países aqui na América Latina e no Caribe querem que Cuba esteja presente. Mas os EUA não aceitam", disse o presidente da Bolívia, Evo Morales. "É como uma ditadura".

Evo e alguns outros líderes de esquerda insistiram que essa será a última Cúpula das Américas realizada sob o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), a menos que Cuba seja convidada para a próxima reunião. O presidente colombiano, contudo, garantiu que os líderes concordaram em realizar a VII Cúpula das Américas em 2015 na Cidade do Panamá. "Tenho esperanças de que, em três anos, teremos Cuba" na reunião, disse Santos.

Os chanceleres da Venezuela, Argentina e Uruguai disseram que seus presidentes não assinarão nenhuma declaração formal a menos que os EUA e o Canadá removam seu veto à futura participação de Cuba. A questão cubana levou o presidente do Equador, Rafael Correa, a boicotar a VI Cúpula das Américas. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também não participou do encontro, mas Chávez avisou na noite de sexta-feira que viajaria a Havana, onde recebe tratamento de radioterapia contra o câncer. As informações são da Associated Press.

A Sexta Cúpula das Américas começou neste sábado com os Estados Unidos e o Canadá firmes, mas isolados, na sua postura de impedir a participação de Cuba nas próximas edições do evento. O anfitrião do encontro, o presidente colombiano Juan Manuel Santos, abriu a cúpula criticando a exclusão dos cubanos, que chamou de um injustificado anacronismo da Guerra Fria.

"Essa é a última Cúpula das Américas, a menos que Cuba possa participar", disse o ministro de Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca. O destino da declaração final do encontro é incerto, após Venezuela, Argentina e Uruguai afirmarem que não vão assiná-la a não ser que EUA e Canadá removam o veto à futura participação cubana.

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O presidente do Equador, Rafael Correa, boicotou a cúpula em função da exclusão de Cuba. Já a presidente brasileira, Dilma Rousseff, adotou uma postura mais moderada, dizendo que não devem haver mais cúpulas sem a participação dos cubanos. "Os Estados Unidos precisam perceber que seus interesses estratégicos de longo prazo não estão no Afeganistão ou no Paquistão, mas na América Latina", disse o presidente colombiano.

Obama também está em minoria em relação à sua postura quanto às Ilhas Malvinas, controlados pelo Reino Unido, mas que a Argentina afirma fazerem parte do seu território. Obama solicitou um encontro bilateral com a presidente argentina, Cristina Kirchner, quando poderá discutir a questão.

O presidente norte-americano pode até tentar conquistar os líderes da região com a promessa de ser um "parceiro igualitário", mas ele terá de provar que os EUA realmente valorizam a relação com a América Latina. As informações são da Associated Press.

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