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O procurador-geral da República Augusto Aras fez um desagravo a si próprio nesta quinta-feira (21) no Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto dezenas indígenas aguardavam a retomada do julgamento do marco temporal, ele fez o último discurso no plenário antes do fim do mandato. Aras deixa o cargo, após quatro anos, no próximo dia 26.

Acusado de alinhamento sistemático ao governo Jair Bolsonaro, o PGR disse que foi alvo de 'incompreensões e falsas narrativas'. "Parte das incompreensões deve-se à equivocada expectativa de que o Ministério Público deve protagonizar ou mesmo apoiar projetos partidários", afirmou. "Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda."

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Ele também pregou a separação e a independência dos poderes e o respeito ao devido processo legal. "Instituição contramajoritárias não têm compromisso com projetos partidários", defendeu. Afirmou ainda que não entregou 'nada menos que sangue, suor e lágrimas' enquanto esteve no cargo.

Um dos marcos de sua gestão foi a extinção do modelo de forças-tarefas, enterrando a Operação Lava Jato. Aras afirmou que o Ministério Público deve agir 'sem espetáculos midiáticos'.

"A ideologia política busca os espaços de poder. A ideologia constitucional busca limitar e convergir o uso do poder em prol do bem comum, protegendo o cidadão de abusos e arbitrariedades", concluiu.

Cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomear o sucessor de Aras. Os favoritos até o momento são os subprocuradores Paulo Gustavo Gonet Branco e Antonio Carlos Bigonha.

Delegados de Polícia Federal lançaram nesta terça-feira, 11, um desagravo à Érika Marena, delegada que liderou a Operação Ouvidos Moucos - investigação sobre desvios em repasses do programa Universidade Aberta do Brasil para a Universidade Federal de Santa Catarina. "A Polícia Federal conquistou status de instituição de Estado, não obedecendo, nem trabalhando em prol dos desejos do governo da ocasião", ressaltam.

O nome de Érika voltou aos holofotes após o Tribunal de Contas da União arquivar uma representação sobre fatos ligados a recursos enviados para a federal catarinense. Em razão da decisão, o ministro da Justiça Flávio Dino anunciou 'providências cabíveis em face de possíveis abusos e irregularidades na conduta de agentes públicos federais'.

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Em sua manifestação, Dino fez referência ao ex-reitor da UFSC Luis Carlos Cancellier Olivo. Marena fez o pedido de prisão do então reitor da Federal de Santa Catarina. Semanas após a abertura da Ouvidos Moucos, em 2017, ele se suicidou. A morte lançou suspeitas sobre a atuação da Polícia Federal no caso.

O pronunciamento do ministro da Justiça sobre o caso Cancellier não cita o nome de Marena. A nota pública da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal também não a menciona nominalmente, mas a ela se refere.

O aceno dos delegados é claro. Eles lembram dos 'mecanismos de controle e de cobrança' sobre a atuação dos agentes da PF, mas classificam como 'inaceitável o estabelecimento de quaisquer rótulos sobre os profissionais, independentemente da ocupação de funções e cargos públicos em governos anteriores ou da coordenação de grandes operações policiais'.

"A atividade policial, em especial a de Delegado de Polícia Federal, tem no seu cerne uma imensa responsabilidade, consubstanciada na condução e presidência do Inquérito Policial, sendo suas decisões sempre embasadas no arcabouço probatório carreado aos autos", sustentam.

Além de ter papel central na Ouvidos Moucos, Érika Marena também atuou desde o início da Operação Lava Jato. Em 2018, quando o ex-juiz Sérgio Moro foi anunciado ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, a delegada integrou a equipe de transição ministerial.

A decisão do TCU que gerou reação em cadeia foi dada pela Primeira Turma no bojo de um processo autuado em julho de 2019. A Universidade foi comunicada sobre a decisão na sexta-feira, 7. O caso tramitou sob relatoria do ministro Walton Alencar Rodrigues.

A Corte de Contas arquivou uma representação que tratava de supostas irregularidades em contratos de locação de veículos com recursos do Universidade Aberta do Brasil enviados para a Universidade Federal de Santa Catarina.

O programa foi instituído em 2006 pelo governo federal para capacitar professores da rede pública de ensino em regiões afastadas e carentes do interior do País. Onze anos depois, supostos desvios em cursos de Educação a Distância oferecidos pelo programa na UFSC entraram na mira da Operação Ouvidos Moucos.

Os governadores do Nordeste presentes nesta quinta-feira (9) à reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto fizeram uma espécie de desagravo ao general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, que virou alvo de ataques do escritor Olavo de Carvalho, um dos inspiradores do presidente.

Um dos governadores relatou que Olavo não foi citado, mas os elogios em série ao general serviram como um contraponto ao pensador de direita. Ele disse que apesar de "durão", Santos Cruz é uma "cara legal".

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"Todos os governadores elogiaram o Santos Cruz, fazendo um contraponto claro ao Olavo. Todo mundo elogiou, porque todo mundo na política está contra o Olavo", relatou sob anonimato um governador.

Apesar dos elogios, no entender dos governadores, falta traquejo político à maioria dos ministros de Bolsonaro, inclusive aqueles sobre os quais recai a tarefa de articulação política - o próprio Santos Cruz e Onyx Lorenzoni (Casa Civil) - que não conseguem agregar apoios.

O aval para a recriação do Ministério das Cidades, por exemplo, é visto como um sinal positivo para aumentar as condições de aprovar a reforma da previdência, pauta do encontro, mas não resolverá os gargalos na articulação. O ato poderá criar expectativas de que outras pastas retornem à Esplanada para agraciar partidos. Bolsonaro confirmou depois da reunião que o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, será deslocado para o Ministério da Integração Nacional, o que bloqueia uma possível indicação política de senadores para o cargo.

Um governador de oposição diz que é essencial organizar uma coalizão partidária no governo e que o presidente deve agir pessoalmente para reduzir a tensão no Congresso Nacional.

O encontro com governadores constava inicialmente apenas na agenda de Santos Cruz. A reunião com o presidente foi organizada por Belivaldo Chagas (PSD), governador de Sergipe.

O ato em desagravo ao deputado Jarbas Vasconcelos, que pode perder o poder político dentro do PMDB, na noite desta segunda-feira (18) foi marcado por discursos em apoio ao peemedista e com a tese de que as tratativas lideradas pelo senador Fernando Bezerra Coelho, recém filiado a legenda, foram "desleais". Bezerra ingressou no PMDB com o desejo de mudar a linha política estadual da sigla e disputar o comando do Palácio do Campo das Princesas à revelia da cúpula local que é aliada de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB) e tem nas mãos a vice-governadoria.

O vice-governador de Pernambuco e presidente estadual do PMDB, Raul Henry foi o primeiro a discursar no evento e classificou como "deslealdade e oportunismo" a atuação do senador. "Nela é fácil dizer onde está a lealdade e a traição", salientou Segundo Henry, dois dias antes de se filiar ao partido, Bezerra Coelho teria endossado um processo pedindo da dissolução da atual direção. 

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"Aqueles que querem entrar no nosso partido, temos que falar com clareza e sinceridade, sabem que Pernambuco tem uma linha política. Temos uma aliança com o governador Paulo Câmara. Um homem que fez de tudo para manter Pernambuco de pé. Quem entra no nosso partido tem que saber que vai seguir isto", frisou Henry, dizendo que vai se manter na luta pela manutenção dos direitos atuais que ele e Jarbas tem na legenda.

Entre os deputados federais e estaduais no ato, André de Paula (PSD) disse que “quem faz política com P maiúsculo recebeu de forma desagradável a surpresa de que um homem [como Jarbas] poderia estar sendo desautorizado dentro de um partido que ele fundou”. Sob a ótica do parlamentar, “é uma piada o que estão fazendo”. 

“Jarbas não é um homem admirado apenas pelas suas capacidades, mas sobretudo pelas suas incapacidades. Ele é incapaz de uma deslealdade e de um gesto de desonestidade. É isso que nos faz estar hoje aqui. O pernambucano não vai aceitar e ficar calado, baixar a cabeça… Este foi um gesto vil, imoral e indecente. Vir dizer que o partido precisa crescer é uma piada”, salientou, lembrando da tese da presidência nacional do PMDB de que a legenda não cresceu em Pernambuco na última eleição e, por isso, a mudança no alinhamento. 

Na lista dos ex-governadores presentes, Gustavo Krause (DEM) foi categórico ao dizer que quem muda de lado não consegue vencer e governar Pernambuco. “Em Pernambuco, se mudar de lado não chega ao governo. Estou aqui falando porque tenho lado. Fui chamado não pela afetividade que nos une, que é maior do que vocês imaginam, pois combatemos, mas tivemos a coragem da reconciliação, quando houve oportunidade. Uma mentira não envelhece no tempo, a mentira cuida dela mesmo”, destacou. 

Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) foi um dos que disparou sutilmente contra o ex-correligionário. "Ato triste daquilo que não é política. De desrespeito e violência. Contra quem entregou a vida pela democracia e ajudou a fundar o PMDB", frisou, alfinetando que Bezerra "usa a política como projetos pessoais". "Tenho a plena confiança que a justiça será feita. O principal desfecho vai ter a justiça feita nas urnas em 2018. O povo vai fazer justiça, Jarbas", complementou. 

O governador Paulo Câmara, que deve ser um dos mais prejudicados caso a aliança com o PMDB seja rompida, chamou de "mal feito" e "coisa errada" as articulações de Bezerra. “No momento em que estamos vivendo da maior crise econômica, política e ética, estamos vendo querer calar a voz de uma pessoa que representa valores da ética, moral, boa política, espírito público. Como cidadãos não podemos aceitar que o certo seja feito por coisa errada. Temos que reagir”, declarou. “O que vemos hoje é uma reação à valores fundamentais. Estes valores que ele cultiva são os que vão prevalecer e Pernambuco vai mostrar que se combate fazendo política e não malfeitos”, acrescentou. Caso a tese de Bezerra se concretize, o PMDB será o maior desfalque na Frente POpular de Pernambuco para a reeleição de Paulo Câmara.  

Durante um discurso e outro, Jarbas era ovacionado pelos aliados. Além dos que discursaram, figuras como o ex-governador Roberto Magalhães (DEM); o ex-presidente estadual do PMDB, Dorani Sampaio; o advogado João Humberto Martorelli; os deputados estaduais Tony Gel e Ricardo Costa, do PMDB, Vinicius Labanca e Waldemar Borges, do PSB; além de deputados federais, prefeitos e outras lideranças participaram do evento. 

O imbróglio criado no PMDB a partir da briga pelo comando da legenda no estado pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos e o senador Fernando Bezerra Coelho, recém filiado ao partido, tem causado reações de aliados do cacique peemedebista. Seguindo a linha de insatisfação, na próxima segunda-feira (18), às 18h, vai acontecer um ato suprapartidário em desagravo a Jarbas. O governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB, devem participar do evento. 

Denominado de “Pernambuco é Jarbas”, o movimento teria surgido nas redes sociais. No convite, os grupo pontua que a “atuação séria, coerente e transparente” de Jarbas não pode ser “desrespeitada”. A possibilidade de intervenção nacional da direção local é, nos bastidores, uma retaliação ao parlamentar que votou pela continuidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva.

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Com a chegada de Bezerra ao partido, o deputado além de perder o comando político da sigla também deverá aceitar um novo alinhamento estadual, já que a intenção do neo-peemedebista é de que o partido volte a disputar o Governo de Pernambuco.  

“Quem combateu com esforço físico e pessoal os tempos sombrios da ditadura civil-militar e luta ao longo de mais de 50 anos de vida pública pela defesa da democracia não pode ter a sua voz calada”, destaca trecho do convite. O grupo afirma também que o deputado federal é alvo hoje “de manobras inescrupulosas por parte daqueles que almejam poder e força política”.

Na abertura do 6.º Congresso do PT, militantes do partido fizeram uma espécie de desagravo ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. "Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro", gritavam eles. Ex-presidente do PT de 1995 a 2002, Dirceu foi condenado a 32 anos e um mês de prisão, em duas ações penais, mas foi solto no mês passado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Embora ausente da cerimônia, ele foi muito lembrado no encontro petista. Além da defesa de Dirceu, as torcidas de Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) gritavam palavras de ordem. Os dois senadores disputam a presidência do PT. "Retira, retira", entoavam os defensores de Gleisi, líder do partido no Senado, pedindo para Lindbergh retirar a candidatura. "É socialista, é radical, é Lindbergh presidente nacional", respondiam seus aliados. O grupo de Gleisi contra-atacava: "No meu partido, eu boto fé. Ele será presidido por mulher."

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A Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul cancelou um ato de desagravo à presidente da República afastada, Dilma Rousseff, que estava marcado para a tarde deste domingo na capital gaúcha. Segundo os organizadores, a ideia era levar apoio e solidariedade à petista no momento que ela embarcasse no Aeroporto Salgado Filho, de volta a Brasília.

Na página que havia sido criada para o evento no Facebook, consta que o ato foi cancelado por consequência da intensa chuva que atinge a cidade. Até o meio-dia de hoje, antes do cancelamento, 230 pessoas haviam confirmado presença por meio da rede social.

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De acordo com a assessoria da Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul, não haverá mobilização das bases sociais, mas uma comitiva formada por algumas lideranças irá ao aeroporto abraçar Dilma às 16 horas. Assessores da presidente afastada, no entanto, não confirmam o horário da partida. Mais cedo, disseram que ela poderia adiar o retorno a Brasília para segunda-feira por causa do mau tempo. Tampouco há confirmação de que o avião da FAB sairá mesmo do Salgado Filho. Na noite de sexta-feira, a aeronave aterrissou na Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Desde o início desta manhã chove forte na capital gaúcha e Dilma deixou de lado o hábito de se exercitar de manhã. Ontem ela andou de bicicleta nas proximidades de seu apartamento, na zona sul da cidade. Hoje, ficou em casa.

Na última sexta-feira, a Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul também cancelou um ato de apoio a Dilma. O objetivo, na ocasião, era recebê-la quando chegasse ao Rio Grande do Sul. Como a viagem atrasou, porque ela decidiu conceder entrevista a jornalistas estrangeiros em Brasília, a mobilização foi suspensa.

Dilma dedicou o fim de semana à filha, Paula Araújo, e aos netos, Gabriel e Guilherme, que moram em Porto Alegre. Esta é a sua primeira viagem depois de ser afastada da Presidência. Enquanto aguarda o julgamento do processo de impeachment no Senado, sua residência oficial continua sendo o Palácio do Alvorada. Nas próximas semanas, contudo, Dilma deverá fazer um giro pelo Brasil e por alguns países do exterior para defender seu mandato.

O presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha está na manhã desta sexta-feira, 21, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, onde um evento se tornou um ato de desagravo a ele e também de manifestações pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Cunha chegou a pé e foi recebido com ares de celebridade por dezenas de manifestantes da Força Sindical, vestidos com coletes laranjas e com bandeiras da entidade. O evento havia sido marcado há duas semanas, com objetivo de discutir a apreciação de vetos da presidente Dilma Rousseff a chamadas pautas-bomba, como a extensão da regra de reajuste do salário mínimo a aposentadorias.

A aglomeração em torno de Cunha gerou empurra-empurra e houve gritos de "Cunha é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" e de "Cunha, guerreiro do povo brasileiro". Vários manifestantes também tiraram selfie com o presidente da Câmara.

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O apoio a Cunha vem um dia depois de ele ter sido denunciado ao STF por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Cunha chegou acompanhado do deputado Paulinho, seu aliado e um dos principais líderes da Força Sindical.

A sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo tem faixas falando de pautas trabalhistas e também exaltando Cunha, associando-o à defesa dos trabalhadores. Cartazes colocados dos dois lados do palco do auditório do sindicato trazem a foto do parlamentar com os dizeres "Câmara, a Casa do trabalhador" e uma lista de projetos aprovados sob a gestão Cunha neste ano. São eles, segundo o cartaz, o fim do fator previdenciário, mudanças nas MPs do ajuste fiscal, aumento para os aposentados, PEC das domésticas, valorização do salário mínimo e correção do FGTS.

Na entrada do sindicato há um grande banner de protesto pela retenção do adiantamento da parcela do 13º de aposentados. No banner, são alvo de crítica a presidente Dilma e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Carlos Gabas (Previdência). O material diz que cada um já recebeu em julho adiantamentos de mais de R$ 15 mil referentes ao 13º salário, enquanto aposentados que receberiam adiantamento de R$ 394 não tiveram direito ao benefício.

Depois de ser denunciado ontem, Cunha emitiu nota reafirmando sua inocência e dizendo que foi "escolhido" para ser o primeiro denunciado da lista de Rodrigo Janot, reiterando assim sua argumentação de estar sendo perseguido pelo Planalto.

Membros do chamado "blocão", grupo de deputados federais da base insatisfeitos com a articulação política do governo e que tenta aprovar matérias contrárias aos interesses do Planalto, fizeram nesta terça-feira um desagravo ao líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e mantiveram a intenção de apoiar um requerimento para investigar denúncias de corrupção que envolvem a Petrobrás.

O líder peemedebista, pivô da crise da Câmara com o Palácio do Planalto, trocou farpas no feriado de Carnaval com o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, e sofre um processo de isolamento político comandado pelo governo.

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"O Eduardo Cunha foi injustiçado e no nosso entendimento está sendo agredido de forma muito forte, principalmente pelo PT", disse o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), que participou nesta tarde de um almoço com os integrantes do "blocão".

Além de Jovair Arantes, estiveram no encontro o próprio Eduardo Cunha e representantes do PP, PDT, PSC, PR, PROS e SDD - este último da oposição. No almoço, realizado no apartamento funcional do deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG), os deputados decidiram manter o esforço pela aprovação de um requerimento que cria uma comissão externa para acompanhar, na Holanda, investigações do esquema de pagamento de subornos a empresas de vários países, no qual a Petrobras é mencionada. O requerimento conta com forte resistência do governo, que defende a sua retirada de pauta.

O líder do PTB, escolhido pelos colegas para falar pelo "blocão" após esta reunião, rebateu as críticas de deputados do PT, que disseram que a comissão externa não teria razão de existir e que seus membros iriam "passear" na Holanda. Para Arantes, a Câmara precisa se posicionar uma vez que a estatal é citada em denúncias de corrupção.

Convocações

Após a reunião desta tarde, Jovair Arantes afirmou ainda que a maioria dos deputados apoia a convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para explicar o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) durante o feriado de Carnaval. Diversos requerimentos para a convocação de ministros devem ser votados nas comissões nesta semana, em mais um ingrediente da crise política entre o Executivo e o Legislativo. O PT tenta transformar as convocações em convites, que têm menor peso político.

O PT vai fazer um ato de desagravo aos correligionários presos no processo do mensalão, José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino, durante o 5º Congresso do partido que acontecerá na próxima semana, de 12 a 14 de dezembro, em Brasília. O tema faz parte de debates internos ao longo das últimas semanas e a Executiva do partido escolheu fazer um evento isolado para evitar que o tema dominasse a abertura do Congresso, constrangendo a presidente Dilma Rousseff, que estará presente. Na abertura, apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já afirmou aos correligionários que tratará do tema do mensalão.

O ato já consta da programação oficial do evento. Na sexta-feira (13), às 10h, o tema será tratado com o seguinte título: "Solidariedade aos companheiros injustiçados". A ideia dos organizadores é demonstrar o apoio do partido aos condenados, que mesmo presos não passaram por qualquer processo disciplinar na legenda. São esperadas também fortes críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, especialmente, ao presidente da Corte, o ministro Joaquim Barbosa.

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A decisão de realizar a homenagem foi tomada após Dirceu, já preso na Papuda, em Brasília (DF), ter reclamado que o ex-presidente Lula ainda não tinha se manifestado sobre as prisões, como revelou o Estado. Lula, então, discutiu com a cúpula petista a fórmula mais adequada para a homenagem.

Participarão do Congresso 800 delegados de todo o País. Na abertura, será dada posse ao presidente da legenda, Rui Falcão, reeleito com ampla maioria no mês passado. A nova Executiva será formada, mas sua composição só deve ser acertada na véspera, no dia 11, quando o partido reunirá seu diretório nacional.

A reunião do partido quase foi cancelada devido à falta de conteúdo para os debates. Como, porém, o hotel em que será realizado o evento já estava reservado, inclusive com a hospedagem dos delegados paga, optou-se por manter o evento mesmo após a prisão da antiga cúpula do partido. Serão realizadas apenas duas mesas temáticas: Perspectivas do 5º Congresso; e Legado e Futuro do Projeto Democrático Popular.

No texto-base do documento que será discutido no Congresso do PT, elaborado pelo assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia e pelo deputado Ricardo Berzoini (SP), o PT vai criticar o sistema político-eleitoral. Na avaliação da legenda, esse modelo "favorece a corrupção e corrói o conteúdo programático da ação governamental". "Desde 2003, sobretudo, temos enfrentado dificuldades em mudar o sistema político brasileiro, verdadeira camisa de força que impede transformações mais profundas e impõe um 'presidencialismo de coalizão', que corrói o conteúdo programático da ação governamental", diz trecho.

O texto traz ainda críticas ao Judiciário definido como "lento, elitista, pouco transparente e permeado por interesses privados". Há ainda uma autocrítica sobre a "burocratização" do PT e a definição de um mote para a campanha de 2014 na defesa dos 11 anos de governo petista: "Nunca menos". A minuta elaborada até agora poderá ainda sofrer emendas e será votada somente no último dia do Congresso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um nota de desagravo aos médicos estrangeiros foi lançada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A nota chama o ato dos médicos cearenses de "demonstração de intolerância e xenofobia". O SUS mais entidades populares e o PT fazem um apelo às entidades médicas "para que respeitem os médicos cubanos e outros estrangeiros, que o acolham como merecem".

A nota pede que os cearenses "pratiquem a solidariedade latino-americana" e cita José Martí, o líder da unidade ibero-americana; "Cultivo uma rosa branca, em julho como em janeiro, para o amigo verdadeiro que estende sua mão franca. E para o mau que me arranca o coração como que vivo, cardo ou urtiga não cultivo:

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cultivo uma rosa branca".

A nota revela como foram as agressões: "...assistimos, lamentavelmente, a uma demonstração de intolerância e xenofobia do Sindicato dos Médicos do Ceará e um grupo de 40 jovens médicos para com os médicos cubanos e outros estrangeiros, que vieram ao Brasil por espírito solidário e respondendo a um chamamento do governo brasileiro. Gritaram, a plenos pulmões, nas portas da Escola de Saúde Pública, num verdadeiro corredor polonês, grosseiras, injustas e xenofóbicas palavras: 'escravos', 'incompetentes', 'voltem pra senzala' e outros impropérios".

A nota de desagravo cita ainda Carlos Drummond de Andrade: "Senhor presidente, para onde você caminha e leva os jovens médicos. E agora, José? José, para onde? Para a agressão física? 'Escravos', José? Um povo valoroso que resiste a um boicote econômico há 54 anos da maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos, e não se entrega, e não se curva? Um povo que jamais agrediu outros povos e, sim, oferece sempre a sua solidariedade e os seus médicos em situações de catástrofe, como no Haiti e em 69 países que pedem sua ajuda, sempre intermediada pela OMS? Cuba não tem riqueza, José. A sua riqueza é o seu povo, são seus médicos, a sua solidariedade, Incompetentes, Jose? Os indicadores de saúde de Cuba se pareiam com os dos países mais desenvolvidos, A mortalidade infantil é menor que nos Estados Unidos e há 30 anos desenvolvem um Programa de Saúde da Família que é exemplo para o mundo inteiro".

A nota encerra dando boas vindas aos "médicos cubanos e todos os estrangeiros que aqui vieram prestar sua solidariedade e cuidar do nosso povo".

O protesto em desagravo a remoção da promotora do Meio Ambiente do Recife, Belize Câmara,  para a vara da família de Jaboatão dos Guararapes (Região Metropolitana do Recife), aconteceu na noite desta segunda-feira (11), na Faculdade de Direito do Recife (FDR). O envento contou com a presença de estudantes, políticos, lideranças partidárias e representantes da sociedade civil organizada que contestaram o ato administrativo impetrado pelo procurador geral do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Agnaldo Fenelon. 

No evento estiveram presentes políticos, grupos da sociedade civil organizada e membros da Ordem dos Advogados seccional Pernambuco (OAB-PE),  dentre os quais o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves. Sobre o afastamento da promotora ele criticou: “Há indícios claros de que essa medida administrativa foi arbitrária, a remossão foi feita por um ato viciado com desvio de finalidades e contrário ao interesse público. A OAB-PE se manifestou contra a essa violação de cidadania e retaliações a promotores que agem com independência, esperamos que esse ato não venha a comprometer o MPPE como um todo”, comentou.

Ele também reforçou que é muito improvável que Beliza Câmara volte a assumir o cargo que ocupava no Recife, mas que os novos promotores que assumiram a função, Ricardo Coelho e José Roberto são competentes e capazes de exercerem suas funções. Pedro Henrique contou que Fenellon explicou estar corrigindo acumulações de cargos. “Estive no MPPE nesta tarde e Fenelon me contou estar corrigindo acumulações de funções que acarreta ônus a mais para a instituição. Mas reafirmamos que ele agiu inoportunamente ocasionando um erro administrativo e político grave“, destacou.    

Também participaram do ato realizado na FDR, o deputado federal Paulo Rubem (PDT), o deputado estadual, Daniel Coelho (PSDB), os vereadores do Recife Jayme Asfora (PMDB), Raul Jungamm (PPS), André Regis (PSDB), além do presidente estadual do PSOL, Edilson Silva e representantes do movimento Direitos Urbanos.

“Esse movimento não tem partido e nasce da sociedade que afirma que a cidade é um espaço nosso, não podemos admitir retaliações, faltou respeito com a promotora. As coisas foram feitas debaixo do pano e esse debate era pra acontecer antecipadamente entre o poder público e a sociedade, pois um projeto como o Novo Recife interfere na vida dos recifenses, mas também gera emprego e renda”, discursou Daniel Coelho.

Já o vereador Jayme Asfora reforçou que MPPE realizou um ato administrativo contrário ao artigo 37 da Constituição Federal. “Não se pode remover uma promotora sem motivação, foi um ato arbitrário e personalizado”, defendeu.

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Outra manifestação contra a remoção da promotora, intitulada Ocupe MPPE, está marcada para acontecer às 13h desta terça-feira (12), em frente a sede do MPPE que fica na rua do Imperador no bairro de Santo Antônio. 

O comando do PT articula, nos bastidores, um desagravo ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, ao ex-presidente do partido José Genoino e ao ex-tesoureiro Delúbio Soares, mas a ação será levada adiante somente depois do julgamento do mensalão. A ideia é organizar a defesa pública dos três réus até o fim de novembro. A data não está fechada, pois depende do ritmo do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.

A manifestação vem sendo preparada em sigilo porque a ordem da cúpula petista é manter silêncio sobre o assunto até o último capítulo do julgamento. Em conversas reservadas, no entanto, dirigentes do PT dizem não ter mais esperanças na absolvição dos réus, embora acreditem que Genoino possa pegar a pena mais branda. No Palácio do Planalto e no PT, a avaliação é que a condenação de Dirceu deixa uma mancha no legado do governo Lula e no partido. É por isso que petistas preparam uma reação, que pode incluir um contra-ataque ao PSDB, com lembranças sobre o mensalão mineiro.

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"Soa muito estranho o Supremo julgar os réus do PT justamente às vésperas das eleições", afirmou o líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto (SP). "No mínimo, isso não é razoável."

Para Tatto, a Corte fez "mudanças casuísticas" no rito do julgamento e "não respeitou o devido processo legal" porque tem alvos preferenciais no processo. "É um calendário feito nitidamente para prejudicar o PT. Está havendo uma politização do julgamento", disse o deputado.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa diariamente com Dirceu e o orientou a não dar entrevistas neste momento. Após participar, na noite desta quarta-feira (3), de comício do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, Lula manifestou a amigos inconformismo com o voto do relator, Joaquim Barbosa, que pediu a condenação de Dirceu, Delúbio e Genoino. Embora o parecer já fosse esperado, petistas acharam que o tom adotado por Barbosa foi muito agressivo.

A portas fechadas, dirigentes do PT dizem que tanto Lula como a presidente Dilma Rousseff "escolheram mal" a maioria dos juízes do STF. Dos onze ministros que compõem a Corte, oito foram indicados por Lula e Dilma - o mais recente, Teori Zavascki, espera aprovação do Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


O diretório municipal do PT em Belo Horizonte promoveu na noite de hoje um ato em protesto contra as demissões de 17 integrantes do partido que trabalhavam com o vice-prefeito e presidente da legenda na capital, Roberto Carvalho. O grupo de assessores foi demitido na sexta-feira (4), por determinação do prefeito Marcio Lacerda (PSB), transformando em guerra aberta a disputa que há entre os dois em torno da eleição municipal de 2012.

Lacerda será candidato à reeleição e quer a participação do PT em uma aliança que contará também com a presença do PSDB, a exemplo do que ocorreu em 2008. Na ocasião, o socialista foi eleito com apoio do então prefeito e atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e do ex-governador e hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG).

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Carvalho é contrário à aliança com os tucanos e defende uma candidatura exclusiva de partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff, mas a própria direção estadual do PT manteve silêncio sobre as demissões. O partido também pretende enviar a Lacerda uma solicitação para readmissão dos funcionários demitidos, todos integrantes do PT.

"O ato é em defesa do PT, em solidariedade aos companheiros demitidos e em defesa do diálogo", disse Carvalho. "Queremos uma aliança dos partidos da base da presidente e não excluímos o PSB. Mas não aceitamos o PSDB e, se o PSB optar por manter a aliança, é uma decisão deles", acrescentou.

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