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O governador João Doria participou neste sábado, 19, de encontro partidário com mais de 4 mil mulheres na capital paulista e prometeu escolher uma mulher como vice, caso vença as prévias organizadas pelo partido para definir seu candidato à Presidência da República em 2022. No evento, organizado em parceria com o PSDB Mulher, Doria recebeu o apoio da presidente nacional do grupo, a gaúcha Yeda Crusius, que governou o Rio Grande do Sul entre 2007 e 2010.

Com faixas de "Doria presidente" e "Doria, pai da vacina", milhares de mulheres das cinco regiões do País se aglomeraram em um espaço completamente lotado do WTC, local de eventos na zona sul de São Paulo. Apesar de todas usarem máscaras e de o local contar com álcool em gel para higiene das mãos, o distanciamento social não foi respeitado, apesar de esta ser a condição imposta pelo próprio governo para a liberação de eventos sem limite de público. O clima, além de eleitoral, era de fim de pandemia.

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No palco, Doria assinou uma carta-compromisso na qual assegura a intenção de trabalhar para ampliar os direitos da mulher e as políticas públicas destinadas a elas. Citou ações desenvolvidas por ele e sua equipe no governo do Estado, como o programa Dignidade Íntima - que distribui absorventes femininos a mulheres matriculadas na rede estadual de ensino -, e mencionou os últimos programas sociais que as beneficiam, como o Vale Gás.

"Lugar de mulher é onde ela quiser estar. Aqui no Estado de São Paulo se respeita a mulher. E quem não quiser respeitar, tem a lei. Aqui temos 138 Delegacias da Mulher. E vamos a 150. Criamos o SOS Mulher também, para as polícias protegerem todas", afirmou Doria. O tucano também destacou que 64% dos cargos diretivos, com força de comando no governo, são comandados por mulheres.

A promessa de escolher uma vice na chapa não ganhou destaque no palco, mas em coletiva de imprensa realizada antes do evento. "Vencendo as prévias do PSDB e, iniciando a disputa presidencial, nós teremos uma candidata à vice-presidente da República. Esse é um compromisso meu", afirmou Doria ao lado de Yeda, que imediatamente reagiu. "O PSDB é conhecido como um partido do muro, mas é porque a gente gosta de subir e olhar os dois lados. Tenho 30 anos de relação com Doria, de política vivida. Eu, pessoalmente, sou João Doria", declarou a ex-governadora.

O apoio de Yeda é comemorado por aliados de Doria por se tratar de uma liderança importante do partido no Rio Grande do Sul, atualmente comandado por Eduardo Leite, principal adversário de Doria na disputa interna do partido. De acordo com as regras estipuladas pela executiva nacional do PSDB, ambos farão a inscrição para participação nas prévias nesta segunda, 20. Também devem se apresentar para a disputa o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Em seguida, os concorrentes terão dois meses de campanha até a data da votação, marcada para 20 de novembro.

Eleito na esteira do bolsonarismo e alçado, durante a pandemia, ao grupo dos maiores opositores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quinta-feira (9) que o "leão virou rato". "Grande dia", comemorou o tucano em seu perfil no Twitter.

A publicação vem após Bolsonaro recuar dos ataques feitos ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal no feriado de 7 de Setembro. Em nota divulga mais cedo, o presidente baixou o tom e disse que as declarações foram feitas no "calor do momento". No lugar do discurso golpista, o chefe do Executivo pregou a pacificação entre os Poderes.

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"Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar", diz Bolsonaro no texto.

Não é a primeira vez que Doria usa as redes sociais para ironizar declarações e atos do presidente. Na crise da covid-19, ele já até prometeu "vacina anti-rábica" em resposta a ataques de Bolsonaro.

Desta vez, no entanto, o tom ficou mais sério. Após os discursos do presidente no feriado, o tucano defendeu pela primeira vez a abertura do processo impeachment.

Leia a íntegra da nota de Bolsonaro:

Nota Oficial - Presidente Jair Bolsonaro - 09/09/2021

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Publicado em 09/09/2021 16h25

Declaração à Nação

No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:

1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.

2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de "esticar a corda", a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.

4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.

5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.

6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.

7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.

8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.

9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.

10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.

DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA

Jair Bolsonaro

Presidente da República federativa do Brasil

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Em mais um distanciamento em relação à base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou a ocupação de estradas por caminhoneiros de "irregular, inconstitucional e criminosa" e prometeu usar força policial em caso de bloqueios no Estado.

"Se acontecer, é questão de minutos, primeiro no diálogo, depois na força", disse o tucano durante entrevista coletiva em Sumaré. De acordo com o governador, as orientações dadas nesta quarta, 8, ao secretário de Segurança Pública do Estado e ao comando da Polícia Militar é para que não se deixe acontecer nenhuma paralisação nas estradas do Estado.

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Com relação a estradas federais, o governador afirmou que essas são de responsabilidade do poder Executivo. Doria então minimizou o apelo de Bolsonaro para que manifestantes interrompessem os atos. "De nada adianta gravar um áudio pedindo para caminhoneiros não fazerem greves ou interrupções de estradas e as estradas continuarem interrompidas", disse "que posição é essa que tem o presidente", questionou.

Doria também parabenizou o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, pela decisão de tirar a sigla de uma posição de "independência e neutralidade" e adotar a posição de oposição ao governo. "Colocaram o PSDB, o meu partido, como partido de oposição ao governo fascista e negacionista de Jair Bolsonaro, posição que eu aplaudi e cumprimento".

O governador aproveitou o gancho para voltar a criticar o presidente pelas suas declarações no dia 7 de setembro. O tucano afirmou que agora adotará uma posição favorável ao impeachment do chefe do Executivo. "Depois daquilo que assisti, ouvi e acompanhei no 7 de setembro no Rio de Janeiro e em São Paulo, basta" disse, "depois do arroubos autoritários, da tentativa de emparedar a Suprema Corte, intimidar os seus membros, e violentar a Constituição brasileira, minha posição como governador eleito em São Paulo com mais 11 milhões e meio de votos é a favor do impeachment" pontuou.

Vacinas

Com relação às vacinas bloqueadas pelo Ministério da Saúde, o governador afirmou que espera que "no mais tardar", os imunizantes sejam liberados na próxima segunda-feira (13). Segundo Doria, a documentação complementar necessária para liberação do imunizante já foi solicitada ao laboratório chinês Sinovac, e tão logo esses dados cheguem, serão encaminhados para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou por meio de nota que irá acompanhar amanhã, 7, as manifestações convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro para o Dia da Independência do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), centro da capital paulista.

Segundo o governo estadual, Doria e o procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubbo, irão monitorar o esquema especial de policiamento, organizado pela Secretaria de Segurança Pública, para as manifestações agendadas neste feriado da Independência do Brasil.

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"Cerca de 4 mil policiais militares atuarão na Avenida Paulista e no Vale do Anhangabaú para proteger as pessoas, preservar patrimônios e garantir o direito de ir e vir, bem como o de livre participação nos atos e a fluidez no trânsito", informou a nota.

Doria havia alertado outros governadores para o risco, identificado por setores de inteligência, de violência nos atos, impulsionado principalmente por pessoas ligadas a setores militares da ativa, da reserva e das forças de segurança pública nos atos ligados ao presidente Jair Bolsonaro.

O presidente Bolsonaro anunciou que deverá participar do ato previsto para reunir seus apoiadores na Avenida Paulista, região central da capital. Já movimentos de oposição garantiram na Justiça o direito de se manifestarem no Vale do Anhangabaú, a cerca de 3 km na região central de São Paulo.

Após cirurgia de correção de hérnia inguinal ocorrida nesta sexta-feira (3), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o procedimento foi "bem-sucedido" e que, em breve, terá alta. "Sigo despachando daqui do Einstein ao estilo hospital-office", brincou o tucano no Twitter.

Como informou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Doria foi internado na noite de quinta-feira (2), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para realização de procedimentos preparatórios para a cirurgia de correção de hérnia inguinal. A cirurgia já estava programada e foi realizada pelo cirurgião Sidney Klajner e sua equipe.

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Em campanha nas prévias do PSDB para 2022, o governador João Doria causou desconforto no partido ao dizer nesta segunda, 23, no programa Roda Viva, da TV Cultura, que o senador Tasso Jereissati (CE), seu adversário interno, havia desistido da disputa. A declaração pegou de surpresa a direção executiva da sigla e foi desmentida por Tasso.

"Nunca conversei com quem quer que seja, nem tampouco conversei com o governador João Doria, pessoa que respeito, sobre essa questão. Portanto, fiquei surpreso com essa declaração, e no dia em que eu tiver, se tiver de fazer algum anúncio, eu mesmo farei", disse o senador cearense em nota enviada ao Estadão.

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A declaração de Doria aconteceu no mesmo dia que Tasso recebeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu escritório político em Fortaleza. O petista publicou a foto em suas redes sociais e classificou a conversa como um "diálogo importante" sobre a democracia.

Além de Doria e Tasso, também estão na disputa o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. A votação está marcada para o dia 21 de janeiro, mas apenas Doria e Leite estão de fato fazendo campanha e viajando pelo Brasil. O senador cearense tem feito apenas conversas por telefone com tucanos e participado de plenárias virtuais.

Nesta terça, Doria afirmou ter sido induzido ao erro e que deu a declaração com base em uma notícia veiculada em um portal de notícias. O governador pediu "desculpas" a Tasso, por quem disse ter "profundo respeito".

Também no programa da TV Cultura, o governador paulista fez uma série de críticas ao deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), que é seu desafeto na legenda. Doria, que já defendeu a expulsão do parlamentar, chamou o ex-governador mineiro de "covarde" e "pária dentro do PSDB" ao comentar a votação da PEC do voto impresso na Câmara.

Dos 32 deputados federais tucanos, 14 votaram na tese bolsonarista em defesa do voto do impresso. Aécio optou por abster.

O deputado, que foi candidato ao Palácio do Planalto em 2014, respondeu também por meio de nota.

"Doria é um desqualificado. Perdeu as condições de ser candidato à própria reeleição pela sua enorme rejeição e acha que pode comprar o PSDB para satisfazer o seu fetiche de ser candidato a presidente da República. Falta a ele dimensão e caráter para liderar qualquer projeto nacional", afirmou Aécio.

Em outro trecho da nota, o deputado federal disse que o governador de São Paulo "se ajoelhou de forma oportunista" aos pés de Bolsonaro implorando apoio e criou o "inesquecível" Bolsodoria.

Por fim, Aécio afirmou que Doria "traiu" o seu padrinho político, o ex-governador Geraldo Alckmin, da forma "mais covarde e humilhante possível".

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ver com ceticismo a realização de reunião entre os gestores estaduais e o presidente Jair Bolsonaro a fim de apaziguar os atritos institucionais no País. Ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Doria disse, na noite dessa segunda-feira (23), que não espera nada do encontro, "nem sequer que aconteça".

Nesta segunda-feira, mais cedo, o governador de São Paulo participou de encontro do Fórum dos Governadores que reuniu gestores de 24 Estados e do Distrito Federal. No encontro, os governadores decidiram propor ao presidente e aos outros chefes de Poderes uma espécie de reunião de pacificação e de normalização institucional do País. Entre os chefes estaduais, houve consenso de que o atual clima de instabilidade política é prejudicial para todos.

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Segundo Doria, Bolsonaro é refratário e não gosta de diálogo. O governador de São Paulo disse também que o presidente é autoritário, negacionista e, ao seu ver, psicopata. "Sou a favor de gestos e diálogo, mas de Bolsonaro não espero nada."

Na entrevista, o tucano descartou a possibilidade de ser procurado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em busca de apoio para as eleições de 2022. "Lula não vai me procurar. Não preciso me preocupar. Ele sabe minha opinião sobre ele", disse Doria. "Luiz Inácio Lula da Silva cometeu roubo. Assaltou o dinheiro público do país", disse o governador.

Nesta segunda, Lula compartilhou foto ao lado do senador tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) após se reunir com ele. Segundo publicação nas redes sociais, Lula disse que a conversa girou em torno da defesa da democracia. Em visita ao Nordeste, o ex-presidente tem se reunido com lideranças políticas em busca de apoio para o pleito do próximo ano.

Durante a entrevista, Doria reforçou elogios a Tasso, a quem chamou de "brilhante senador e brilhante governador", e, apesar das críticas a Lula, atribuiu o encontro ao caráter democrático do partido. O governador, que deve disputar as prévias da legenda em busca da indicação para se candidatar à Presidência, também disse que não depende de seu padrinho político Geraldo Alckmin, mas que o respeita. Alckmin, um dos fundadores do PSDB, deve deixar o partido por atritos com o governador paulista e aliados dele.

Guedes

O governador de São Paulo também disse que não vê o ministro da Economia, Paulo Guedes, com "autoridade que precisaria ter para conduzir a economia do País". Doria destacou que o ministro mudou de posição desde que assumiu o cargo, e disse que esperaria de Guedes coerência que o ministro não teve.

Durante a entrevista no Roda Viva, o governador de São Paulo também criticou decisões da equipe econômica do governo federal, entre elas a proposta de parcelamento de precatórios para ampliar espaço fiscal ou a possibilidade de furar o teto de gastos.

Doria atribuiu à reforma administrativa e de benefícios fiscais que sua gestão promoveu em São Paulo o espaço orçamentário para a ampliação de programas sociais no Estado. Segundo o governador, São Paulo nunca deu ou dará calote, não irá furar o teto de gastos ou desobedecer política fiscal. "São Paulo fez a reforma e por isso pode fazer políticas sociais amplas", destacou sobre lei aprovada e sancionada que cortou benefícios fiscais e reduziu o número de estatais.

No início do mês, Doria anunciou a ampliação de programas sociais estaduais por meio do Programa Bolsa do Povo, que reúne diferentes tipos de benefícios. Apesar das críticas ao governo federal e à gestão econômica, Doria disse que preferiria não falar mal de Guedes por causa da relação respeitosa entre ambos.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), minimizou, nessa segunda-feira (23), as declarações do chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 (CPI-7), coronel Aleksander Lacerda, e disse que a manifestação do comandante é um "fato pontual" da Polícia Militar em São Paulo. "O coronel teve comportamento inadequado, rompeu com a disciplina e foi afastado", disse Doria em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura na noite dessa segunda.

Segundo mostrou o Estadão/Broadcast, Lacerda convocou seguidores nas redes sociais para manifestações no dia 7 de Setembro, em favor do presidente Jair Bolsonaro, e reforçou ataques a autoridades do País. Segundo o policial, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), é "covarde", Doria é uma "cepa indiana" e o deputado Rodrigo Maia, recém-nomeado secretário de Projetos e Ações Estratégicas do Estado, é qualificado como beneficiário de um esquema "mafioso".

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Apesar das ameaças, Doria descartou medidas para ampliar o controle sobre a Polícia Militar do Estado. "Não é preciso haver um censor para proibir ou determinar mudanças na Polícia Militar. Ela cumpre bem o seu papel e uma exceção não justifica mudança da regra", disse o tucano.

De acordo com Doria, "milícias bolsonaristas estão agindo com força redobrada" com vista aos atos populares no próximo feriado da Independência. Segundo o governador, a Polícia Militar identificou movimentos intensos da rede de apoiadores do presidente com incentivo a manifestações violentas e agressões.

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira, 23, a implantação de 20 espaços de apoio social e formação empreendedora para mulheres no Estado de São Paulo. A medida faz parte do programa Casa da Mulher, que promoverá também atividades de formação online a partir de setembro.

Os espaços serão implantados em 16 regiões administrativas do Estado, por meio de convênio com os municípios. Segundo o governo, o investimento será de cerca de R$ 14,5 milhões para a construção e infraestrutura, com R$ 725 mil para cada unidade.

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Entre os serviços oferecidos, estão também suporte psicológico, jurídico e social. A estrutura incluirá instalações para cursos e conferências, salas de atendimento, brinquedoteca, área de gastronomia e outros espaços. O programa é voltado a adolescentes e mulheres com 14 anos ou mais.

De acordo com Doria, as unidades serão entregues nos próximos 12 meses. Elas ofertarão 11 mil vagas presenciais e virtuais para cursos de formação continuada em tecnologia.

"Nessa primeira etapa, o objetivo é ajudar mulheres, que foram tão impactadas na pandemia e migraram para o empreendedorismo por necessidade", destacou a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.

Em coletiva, o governador paulista ainda respondeu a um jornalista sobre uma aglomeração de pessoas no evento. Segundo ele, o Estado está fora da quarentena e, portanto, está permitido que pessoas circulem livremente, desde que utilizem máscaras.

Antes disso, Doria havia discursado no evento, destacando ações e intenções de seu governo, incluindo a implantação de um espaço da Delegacia de Defesa da Mulher em todas as delegacias. Durante a declaração, um homem chegou a ir ao microfone e puxar a fala "Esse é o nosso presidente". O governador deve disputar as prévias para pré-candidatura do PSDB à presidência do País.

Governadores vão aderir ao 'carbono neutro' até 2050, diz Doria

Na coletiva de lançamento do Casa da Mulher, Doria também comentou sobre a reunião do Fórum de Governadores realizada na manhã desta segunda-feira. Segundo ele, um dos pontos acordados é a adoção de uma política de carbono neutro até 2050, nos moldes do Acordo de Paris, e a criação de um consórcio chamado Brasil Verde, que visa atrair recursos estrangeiros.

A coordenação seria do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), com a formatação das características do consórcio ao longo de setembro. Ainda de acordo com Doria, 24 unidades federativas estavam representadas na reunião.

Governadores de pelo menos 24 Estados vão se reunir na manhã desta segunda-feira (23) no maior encontro de chefes de executivos estaduais desde maio de 2019. A reunião tratará da defesa da democracia e das instituições e da criação de um consórcio para buscar fundos para questões ambientais.

"Vamos tratar de democracia. É para os governadores que se sentirem à vontade se manifestarem. Vão defender a democracia, vão defender o Supremo, e vão defender que o País mantenha suas instituições, condenando qualquer flerte ou qualquer iniciativa autoritária no País", afirmou Dória na tarde deste sábado, 21. O governador paulista cumpre agenda de seu partido no Rio.

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O encontro dos governadores foi combinado no grupo de whatsapp de que todos os governadores participam. A proposta do encontro partiu de João Doria (PSDB), de São Paulo, e de Wellington Dias (PT), do Piauí.

"Há sinais de que, pela proximidade do 7 de setembro, movimentos sejam promovidos por bolsonaristas, bolsominions e psicopatas que seguem o presidente Bolsonaro, para defender a ditadura e um regime autoritário no Brasil. Nós resistiremos", disse o governador. Ele se referia às manifestações de direita convocadas para o feriado da Independência.

"Nada contra as manifestações, elas são soberanas. Teremos dia 7 e dia 12, dia 12 contra o governo, dia 7 a favor do governo. Mas que elas sejam pacíficas, que elas sejam feitas dentro dos limites que cada Estado, que cada município estabeleceu, para garantir a vida e o direito à manifestação, mas sem rasgar a Constituição ou atentar contra ela ou contra a vida."

Brasil verde

Outro ponto que será tratado tem relação com a ajuda ao meio ambiente. "Os governadores propuseram um consórcio pró-meio ambiente, que vai se chamar Brasil Verde. Os governadores que aceitarem participam e se reúnem nesse consórcio, e ele passará a ter via legal para pleitear investimentos de fundos internacionais, especialmente fundos europeus e japoneses", comentou Doria. Ele disse que a ideia partiu do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Segundo Doria, a "Região Amazônica tinha (investimento de fundos internacionais) e perdeu, dadas as circunstâncias do governo Bolsonaro de ter abandonado os compromissos com o carbono zero e os compromissos com o encontro de Paris."

O governador paulista não quis dizer quais são os três governadores que não confirmaram a participação no encontro de segunda-feira.

"Espero que mudem de ideia", disse Doria, que foi ao Rio para um evento das prévias do PSDB. Até o momento, 20 confirmaram que participarão de forma virtual, e quatro estarão reunidos em Brasília.

No momento em que o governador João Doria disputa prévias no PSDB para ser candidato à Presidência em 2022, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido), assumiu, nesta sexta-feira (20), o cargo de Secretário de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo em uma cerimônia formatada para ser uma demonstração de força do tucano.

Em seu discurso, Maia disse que é "natural" que o PSDB tenha candidato ao Palácio do Planalto, declarou apoio a Doria e defendeu que o paulista seja o representante da terceira via na disputa. "Não teremos cinco caminhos (em 2022). Teremos um caminho. Está na hora de fortalecer um projeto no nosso campo. Minha sinalização política está clara", afirmou o deputado fluminense.

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Maia disse, ainda, que além de Doria também considera natural a candidatura de Ciro Gomes (PDT). "Fora isso corremos o risco de deixar Bolsonaro chegar ao 2° turno", afirmou. Quando questionado se ele estaria na chapa do tucano no ano que vem e se pretende entrar no PSDB, o ex-presidente da Câmara afirmou que pretende se candidatar a deputado federal pelo Rio de Janeiro, onde seu projeto político está "vinculado" ao do prefeito Eduardo Paes.

Para dar peso ao evento de posse, Doria convocou seu secretariado e convidou o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que estava na plateia. Ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, Henrique Meirelles (PSD) fez um discurso no qual enalteceu o papel de Maia como presidente da Câmara e elogiou o "estilo Doria de governar".

O vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que deve ser candidato ao governo paulista no ano que vem, também discursou. "Já estamos ganhando esse jogo. Com Rodrigo Maia vamos ganhar de goleada", afirmou.

Além do caráter administrativo da função, Maia, adversário de Jair Bolsonaro, assim como Doria, vai ajudar na interlocução do governador de São Paulo com políticos de outros Estados.

O juiz Fabricio Reali Zia, do Juizado Especial Criminal de São Paulo, homologou acordo de transação penal proposto pelo Ministério Público do Estado à Alessandra Batah Maluf, vizinha do governador João Doria que divulgou vídeo afirmando que o filho mais velho do tucano, João Doria Neto, estava fazendo uma festa em meio à pandemia.

Alessandra terá de pagar R$ 8 mil em até 60 dias, sendo que o valor deverá ser revertido, preferencialmente, ao Fundo municipal da Criança e do Adolescente. "Acolho a proposta de transação penal feita pelo Ministério Público e aceita pelo(a) autor(a) do fato e pelo(a) defensor(a) e, proponho a aplicação imediata de pena restritiva de direitos, consistente em pagamento de prestação pecuniária", registra o despacho datado da última sexta-feira, 9.

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A transação penal é proposta em casos específicos, envolvendo crimes de menor potencial ofensivo - contravenções ou crimes com até dois anos de pena.

O vídeo que motivou a batalha judicial entre Alessandra e Doria foi divulgado em março. A vizinha registrou a música alta na casa da frente no Jardim Europa, bairro nobre na zona sul da capital paulista, onde disse morar João Doria Neto, o Jhonny.

"Filho do Doria fazendo festa. Está lotado aí dentro. Festa com som. Ali é a casa do Doria e aqui é o filho. As polícias todas lá para proteger ele e aqui o filho dando festa em plena pandemia. Muito bem. Com música ao vivo, tá? Muito bem. Parabéns. Ele fecha o País, mas o filho está dando uma festa aqui do lado da casa dele. Música ao vivo, legal, a vida continua para ele", narra a vizinha no vídeo gravado na noite de sexta-feira, 5.

Doria chamou o registro de 'fake news' e a assessoria do governo apontou que a casa é alugada. O governador chegou a formalizar uma queixa-crime contra os responsáveis pelo vídeo.

Alessandra tentou acionar a Justiça para que o tucano removesse das redes sociais a publicação em ela é citada nominalmente como autora do vídeo que atribuiu a Johnny a 'festa com música ao vivo', mas o pedido foi negado.

Com a repercussão do caso, a atriz e cantora Mariana Rios veio a público dizer que ela é a moradora da casa. Ela confirmou a versão do governador de que estava com mais três amigos escutando música e cantando em um karaokê quando Doria bateu na porta para esclarecer se havia uma festa no local.

Diante da sinalização do presidente Jair Bolsonaro de mais uma passeata com motos na cidade de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) teceu críticas ao chefe do Executivo. "Já determinei para a polícia do Estado: se o presidente Bolsonaro voltar a fazer motociata, ele vai ter que pagar", declarou o governador paulista. Segundo Doria, não é obrigação do governo estadual fazer segurança sem que as despesas sejam custeadas por quem organiza ou por quem promove as manifestações. O tucano diz que deve ser pedida, ainda, uma autorização para a realização do ato. "Caso contrário, nós não permitiremos".

Em sua avaliação, o presidente continua insistindo "em fazer aquilo que é inadequado". Sobre a ausência do chefe do Executivo na reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, reaberto no sábado (31), o governador disse que, ao invés de participar de motociata em Presidente Prudente (SP), ele deveria ter ido ao evento, que contou com presença de ex-presidentes da República e do presidente de Portugal, Marcelo Ribeiro de Sousa.

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Questionado sobre as acusações de Bolsonaro contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, Doria afirmou que "não faz o menor sentido essa campanha do voto impresso" e garantiu que as eleições de 2022 vão acontecer.

Ao criticar ações de governadores e prefeitos durante a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) se referiu ao ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, falecido em maio, como "o outro que morreu", ao conversar com apoiadores no Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira, 2.

"Um fecha São Paulo e vai para Miami. O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai ver Palmeiras x Santos no Maracanã", disse. A declaração foi criticada pelo PSDB e pelo governador de São Paulo, João Doria. "A desumanidade de Bolsonaro, agredindo de forma covarde Bruno Covas, só demonstra ainda mais sua falta de respeito pelos vivos e pela memória dos mortos", escreveu Doria no Twitter.

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Torcedor do Santos, Covas assistiu, em janeiro, a final da Copa Libertadores no Maracanã ao lado do filho ao mesmo tempo em que tinha determinado o fechamento de estabelecimentos comerciais e restaurantes para conter a disseminação do coronavírus. À época, Covas se defendeu em publicação feita no Instagram afirmando que era um "pequeno prazer" num momento que vivia "incertezas sobre a vida".

O PSDB afirmou que "Bolsonaro não respeita os vivos, os mortos, as instituições, a democracia, o bom senso. Agora ataca até a memória de Bruno Covas, prefeito eleito por milhões de paulistanos". Em seguida, o partido do ex-prefeito parafraseou Covas em imagem publicada no Twitter. "É possível fazer política sem ódio, fazer política falando a verdade".

Bruno Covas morreu no dia 16 de maio, em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica. Ele lutou contra a doença por um ano e meio e durante a campanha eleitoral.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou neste sábado que o governador de São Paulo, João Doria, é candidato à Presidência da República e "tem o meu voto".

Um vídeo do momento da fala do ex-presidente foi divulgado pela assessoria de imprensa do governador paulista e FHC estava acompanhado dos presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, além do ex-presidente Michel Temer e do governador João Doria, por ocasião da reabertura do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, nesta quarta-feira (28), que está recuperado da reinfecção que teve por Covid-19. O governador disse ainda que já retomou os trabalhos presenciais no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. "100% recuperado e já despachando no Palácio dos Bandeirantes. Obrigado a todos pelas palavras de apoio e solidariedade", declarou o governador no Twitter.

Vacinado com duas doses do imunizante contra Covid-19, o governador afirmou, durante o período que esteve infectado, que estava se sentindo bem e disposto. Doria anunciou a reinfecção no dia 15 de julho e, por orientação médica, o tucano cancelou sua agenda e continuou os trabalhos de forma virtual. Os compromissos presenciais foram conduzidos pelo vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia (PSDB).

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Nesta quarta-feira, está programada uma entrevista coletiva de imprensa do governo de São Paulo para detalhar o combate à Covid-19. De acordo com matéria publicada na Folha de S.Paulo, o governador vai anunciar a antecipação do calendário de vacinação em São Paulo. A imunização das pessoas maiores de 18 anos com a primeira dose, prevista para acabar no dia 20 de agosto, deve ser finalizada já na primeira quinzena do mês. Na sequência, o Estado começará a imunizar adolescentes.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou na tarde desta quinta-feira, 15, via redes sociais, que testou positivo para covid-19. É a segunda vez que o governador contrai a doença e, por orientação médica, o tucano anunciou que vai cancelar sua agenda e continuará os trabalhos de forma virtual. Seus compromissos presenciais serão conduzidos pelo vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB).

Vacinado com duas doses da vacina contra covid-19, o governador afirmou estar se sentindo muito bem e disposto. "Estou sendo protegido contra o agravamento da doença pela vacina do Butantan", destacou.

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O dirigente aproveitou a quadro positivo para reforçar a necessidade de se seguir os protocolos sanitários, "pois todos estão suscetíveis a serem infectados e transmitir o vírus, mesmo vacinados", e ressaltar que as pessoas que ainda não tomaram a vacina sigam com a imunização "para evitar que a doença se agrave, levando à internação ou morte".

O governador concluiu a mensagem afirmando que seguirá sendo acompanhado pelos seus médicos e reafirmando sua confiança na vacinação. "A vacina está me protegendo, assim como protege milhões de brasileiros", concluiu.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), um dos pré-candidatos à Presidência da República no ano que vem, está com uma hérnia que o obrigará a se afastar do cargo, no mês que vem, para a realização de uma cirurgia. O afastamento deve ser dar a partir do dia 6, data da operação, e durar cinco dias. A cirurgia será feita no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, zona sul da capital.

A hérnia fica na região da virilha e vem causando bastante desconforto ao governador, segundo seus auxiliares. Doria tentou evitar o afastamento, inicialmente, com medicação para a dor.

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Os médicos primeiro aconselharam que Doria se afastasse pelo dobro do tempo, 10 dias, mas avaliaram que o período poderia ser menor após pedidos do governador.

A operação será feita pelo cirurgião do sistema digestivo Sidney Krajner, presidente do Einstein.

A hérnia ocorre quando a musculatura abdominal cede em determinado trecho, permitindo que uma parte do intestino saia do lugar, causando dor e uma protuberância no local.

No Palácio dos Bandeirantes, Doria tem agendas fixas, como as entrevistas coletivas feitas às quartas-feiras para tratar da pandemia do coronavírus, as reuniões semanais com todos os 25 secretários estaduais, às segundas, e com a cúpula da segurança pública, às quintas.

Além disso, ele já iniciou viagens pelo País para viabilizar sua indicação do PSDB para as eleições do ano que vem (neste sábado, esteve no Mato Grosso do Sul e Goiás). Há expectativa de que ele mantenha a agenda de viagens neste mês, mas o governador tornou a sentir dores nos eventos em Campo Grande e Goiânia.

A expectativa de sua equipe é que o retorno à rotina se dê tão logo ele seja liberado pela equipe médica.

O governador de São Paulo (PSDB), João Doria, viajou neste sábado, 10, para Campo Grande e a Goiânia para começar sua campanha por votos nas prévias do PSDB. O partido vai definir em novembro o candidato para disputar as eleições presidenciais de 2022. Aos colegas de legenda, criticou os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso.

O tucano disse que não há "nenhum risco" de não ocorrer eleições no ano que vem. "Num país democrático, que respeita a Constituição, e com um povo mobilizado em defesa à democracia e respeito aos Poderes, não vejo nenhum campo para não termos eleições", disse. "Esse espírito autoritário do atual presidente não tem amparo na população brasileira. E a maioria dos governadores querem eleições no ano que vem, pelo voto eletrônico".

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Dividindo o palanque com o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, Doria procurou se colocar como uma alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Bolsonaro. De acordo com a pesquisa Ipec mais recente, o petista tem 49% das intenções de voto e venceria no primeiro turno. O atual presidente tem 23%. Doria aparece empatado tecnicamente com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O pedetista tem a preferência de 7% dos entrevistados, ante 5% do tucano.

Pesquisa Datafolha divulgada esta semana indicou cenário semelhante. Doria comentou que o levantamento é "um retrato do momento". "Nos estimula, nos motiva, mas nos mantém num campo de humildade e na certeza de que precisamos trabalhar muito", declarou. "E, principalmente, é preciso respeitar o processo eleitoral interno do PSDB".

Durante o evento do partido em Campo Grande, o governador Azambuja chamou Doria de "pai da vacina". Ele criticou ainda a atuação do governo federal diante da pandemia. "Poderíamos ter um resultado muito melhor se tivéssemos um País unido. E não esses ataques (de Bolsonaro aos governadores)", completou.

À tarde, Doria seguiu para Goiânia, onde participou de um segundo encontro com correligionários. Lá, discursou ao lado do ex-governador e aliado Marconi Perillo e buscou novamente se contrapor a Lula e a Bolsonaro. O diretório estadual paulista do partido pagou R$ 25 mil pelo aluguel de uma aeronave para fazer as viagens. O governador retornou a São Paulo ainda na noite de sábado.

Além de Doria, são cotados para concorrer às prévias tucanas o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador cearense Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. O paulista deve fazer uma campanha mais intensa que os adversários, e planeja visitar duas capitais por fim de semana.

Em ritmo de campanha eleitoral, o governador de São Paulo, João Doria, começa amanhã uma maratona pelo Brasil em busca de votos nas prévias, marcadas para 21 de novembro, que irão definir quem será o candidato do PSDB à Presidência no ano que vem. O diretório estadual paulista do partido pagou R$ 25 mil pelo aluguel de uma aeronave para levar o tucano pela manhã para Campo Grande (MS) e à tarde até Goiânia.

Até o dia da eleição interna, Doria pretende manter o mesmo ritmo: visitar duas capitais por fim de semana. Em Goiânia e em Campo Grande, o governador vai discursar em um palco para cerca de 100 pessoas do partido, entre líderes, prefeitos, vices e vereadores. Na primeira agenda, Doria subirá ao palco ao lado do ex-governador e aliado Marconi Perillo. Em Mato Grosso do Sul, terá a retaguarda do governador Reinaldo Azambuja. O PSDB tem 37 prefeitos e 16 vices em Mato Grosso do Sul. Em Goiás, são 16 prefeitos e 24 vices.

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Por causa da expectativa de grande número de participantes na plateia, o presidente do PSDB-SP e secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, afirmou que todas as medidas de segurança sanitária serão tomadas. "Agora, é colocar o pé na estrada. O foco será o discurso da valorização da vacina e a retomada do País com um modelo mais liberal", afirmou.

Em outra frente, o PSDB paulista vai realizar encontros regionais no interior nos próximos meses. O PSDB comanda 202 prefeituras e tem 101 vice-prefeitos em São Paulo, o maior colégio eleitoral tucano.

A eleição não será direta, e são quatro grupos de votantes - (1) filiados; (2) prefeitos e vice-prefeitos; (3) vereadores, deputados estaduais e distritais; (4) governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional, deputados federais e senadores. Cada um desses grupos tem peso de 25% no total dos votos.

A campanha de Doria no PSDB está sendo coordenada por seu secretário particular, Wilson Pedroso, que também coordenou a campanha eleitoral de 2018. A equipe do governador vai montar um "bunker", que será instalado em uma casa alugada ou na sede estadual do partido. É onde ficará uma equipe de comunicação digital.

Além de Doria, são cotados para concorrer às prévias tucanas o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador cearense Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.

Com menos recursos do que os rivais e sem cargo público no momento, Arthur Virgílio vai pedir ajuda ao diretório nacional para poder viajar pelo País para fazer "campanha". Já o governador gaúcho, Eduardo Leite, viajou para cinco cidades onde tem aliados fortes: Vitória, Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília. O tucano foi em avião de carreira e também teve as despesas pagas pelo diretório local, que não informou os custos.

O estilo, porém, é diferente. Os encontros de Eduardo Leite são menores e híbridos - parte deles é feita por teleconferência. "Doria sai com vantagem, mas não é favorito", disse o deputado Lucas Redecker, presidente do PSDB-RS, que coordena a pré-campanha do governador gaúcho. "Não conversamos ainda sobre como serão os custos, mas não temos os mesmos recursos que o PSDB paulista", disse.

Em suas falas, Leite faz um relato do seu mandato, defende as reformas, prega privatizações e repete o mantra da terceira via sem radicalismos. "Não é muito o estilo dele criticar duramente ou falar mal de alguém", afirmou Redecker. Já Doria mantém uma retórica inflamada contra Bolsonaro e planeja reforçar a artilharia contra Lula e o PT nos eventos com a militância.

Por sua vez, o senador cearense Tasso Jereissati não planeja viajar e tem feito uma campanha "moderada" em conversas virtuais e postagens nas redes sociais.

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