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Pelo menos cinco pessoas, quatro delas coptas, morreram em confrontos entre muçulmanos e cristãos na sexta-feira à noite em Qalyoubia, ao norte do Cairo. Em um comunicado, a Presidência egípcia denunciou a violência de sexta à noite e pediu que "todos os cidadãos respeitem a lei e evitem qualquer ato que ameace a segurança e a estabilidade do país".

Segundo os serviços de segurança, cinco pessoas morreram nos confrontos, incluindo quatro cristãos, e seis ficaram feridas, sendo pelo menos dois a tiros nos distúrbios em Al-Khossousse, um bairro pobre de Qalyoubia. Mas Tony Sabry, ativista de uma associação copta, afirmou à AFP que o número de mortos pode chegar a sete. "Há muitos feridos", afirmou.

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Os choques tiveram início quando um muçulmano de 50 anos fez um comentário a um grupo de crianças que desenhava uma suástica em um dos institutos religiosos do bairro. O homem também ofendeu os cristãos e a cruz, e depois discutiu com um jovem cristão. O incidente virou uma troca de tiros entre muçulmanos e cristãos.

Posteriormente, muçulmanos furiosos cercaram uma igreja, protegida pelas forças de segurança, e os dois grupos atearam fogo a pneus nas ruas do bairro. As autoridades anunciaram que a situação tinha sido controlada durante a madrugada.

Os coptas cristãos representam de 6 a 10% dos 83 milhões de egípcios. Os confrontos entre as duas comunidades são frequentes.

O grupo militante palestino Hamas confirmou a reeleição de seu antigo líder, Khaled Meshal, em votação realizada no Cairo. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, o grupo disse que a eleição ocorreu após a votação de líderes de Gaza, na Cisjordânia, no exílio e daqueles que estão em prisões israelenses.

Meshal, de 56 anos, lidera o grupo desde 1996. Ele é considerado relativamente pragmático e contra com o apoio de potências regionais como Turquia, Egito e Catar. A expectativa é que Meshal enfrente a questão da reconciliação com o presidente Mahmoud Abbas, que governa a Cisjordânia.

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O Hamas assumiu o controle de Gaza em 2007. Deste então, os governos rivais estabeleceram administrações separadas nos dois territórios. De acordo com duas autoridades do Hamas, Meshal não teve opositores na votação ocorrida na segunda-feira, conquistando o apoio a maioria do Conselho Shura do Hamas, que tem cerca de 60 integrantes. As informações são da Associated Press.

O grupo islâmico Hamas reelegeu Khaled Meshal como seu líder nesta segunda-feira, informaram duas fontes na facção política palestina.

Meshal, de 56 anos, dirige o Hamas do exílio desde 1996 e era considerado favorito. Ele conta com o apoio de potências regionais como Turquia e Egito e está atualmente exilado no Catar.

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Analistas consideram que sua reeleição pode resultar na retomada dos esforços de reconciliação entre o Hamas e o Fatah, facção do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas.

As fontes disseram que a maioria dos integrantes do Conselho Shura do Hamas votou em Meshal, mas não forneceram mais detalhes. As informações são da Associated Press.

O campo de Tamar, localizado no Estado de Israel, começou hoje a produzir gás natural para o país com a promessa de torná-lo independente em energia depois de dois anos de escassez. Em 2011, o surgimento de revoltas políticas no Egito fez com que o país interrompesse um acordo de abastecimento de gás com Israel. Com a produção do novo campo, o Estado judeu terá independência energética por pelo menos três anos, além de se tornar um exportador líquido de gás, segundo o Ministério de Fontes Energéticas e de Água.

De acordo com o Banco de Israel, a produção de gás do campo de Tamar deve elevar o crescimento econômico do país em 1 ponto porcentual. Levando em conta a produção de gás, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter expansão de 3,8% em 2013, ao excluí-lo, Israel deve crescer 2,8% este ano, ante expansão de 3% no ano passado. "Este é um dia importante para a economia de Israel", disse o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em comunicado. "É algo que vai incrementar a economia de Israel juntamente com todos os cidadãos israelenses."

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A maior parte do gás de Tamar, cujo campo é estimado em 9 trilhões de pés cúbicos (cerca de 0,25 trilhões de metros cúbicos), será inicialmente usada por uma empresa estatal de energia elétrica. A estatal está endividada e teve recentemente de aumentar os preços por causa da escassez de gás. Desde que o gás vindo do Egito foi interrompido em 2011, a companhia elétrica teve de buscar por fontes mais caras de energia, como o diesel.

O Estado de Israel criou recentemente um fundo soberano para lucros provenientes do campo de gás de Tamar e de outro campo próximo, Leviathan, que deve começar a produção no final desta década. As informações são da Dow Jones.

Uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) deve chegar ao Egito na quarta-feira (3) para outra rodada de conversas relacionadas a um empréstimo de US$ 4,8 bilhões, segundo informou um porta-voz do governo neste domingo. O empréstimo é considerado o último recurso para evitar uma crise no balanço de pagamentos do Egito e para recuperar a imagem do país perante os investidores estrangeiros.

Segundo o porta-voz Alaa El Hadidi, o governo espera chegar a um acordo final com o FMI esta semana, tendo em vista o estado de rápida deterioração da economia. O Egito, atualmente em um parlamento e sem data para uma eleição oficial, tem sofrido com um drástico declínio de investimento estrangeiro nos últimos dois anos, desde os conflitos que resultaram na saída do então presidente Hosni Mubarak.

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A agência de classificação de risco Moody's reduziu no último dia 21 o rating dos títulos soberanos do Egito de B3 para Caa1, com perspectiva negativa, aprofundando o país no grau especulativo. A Moody's justificou a ação citando a economia enfraquecida do país, o maior risco de default e a contínua incerteza em torno da capacidade do governo de garantir apoio financeiro do FMI. As informações são da Dow Jones.

No primeiro jogo em casa após mais de um ano, a seleção do Egito não decepcionou a torcida e venceu o Zimbábue por 2 a 1, na cidade de Alexandria, pelas Eliminatórias Africanas da Copa do Mundo de 2014.

Aboutrika foi o herói da partida ao marcar o gol decisivo dos egípcios aos 43 minutos do segundo tempo, em cobrança de pênalti. Hosny Abd Rabo havia aberto o placar para os anfitriões aos 20 minutos da segunda etapa. Knowledge Musona marcou o gol dos visitantes, aos 30.

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Foi a terceira vitória seguida do Egito, que mantém o 100% de aproveitamento nesta fase das Eliminatórias. Os egípcios, comandados pelo técnico norte-americano Bob Bradley, lideram o Grupo G, com nove pontos. O Zimbábue ocupa a quarta e última colocação, com apenas um.

O jogo desta terça marcou o retorno da torcida egípcia aos jogos da sua seleção desde a tragédia ocorrida em Port Said, em fevereiro do ano passado. O governo liberou a entrada de 10 mil torcedores no Borg El Arab Stadium, que contou com segurança reforçada por soldados e policiais.

Em outra partida das Eliminatórias Africanas nesta terça, a Argélia derrotou o Benim por 3 a 1. Feghouli, Taider e Slimani marcaram os gols dos anfitriões, na cidade argelina de Blida. Com a vitória, a Argélia alcançou a liderança do Grupo H. A seleção soma os mesmos seis pontos de Mali, mas leva vantagem nos critérios de desempate. O Benim soma 4 e é o 3º colocado.

Um tribunal do Egito confirmou neste sábado as sentenças de morte para 21 pessoas por participação em um tumulto violento durante uma partida de futebol em 2012, que resultou na morte de mais de 70 pessoas na cidade de Port Said. O tribunal sentenciou também o ex-chefe de segurança da cidade, o major-general Essam Samak, a 15 anos de prisão. Os condenados poderão apelar dos veredictos.

O tribunal anunciou o veredicto para outros 52 réus no caso, com 45 deles sendo condenados a penas de prisão, incluindo dois altos policiais que receberam 15 anos de detenção. Vinte e oito pessoas foram absolvidas, incluindo sete oficiais da polícia.

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As 21 sentenças de morte tinham sido anunciadas no dia 28 de janeiro. A maioria dos condenados é composta por fãs do clube de futebol de Port Said Al-Masry. O anúncio provocou protestos na cidade, que deixou cerca de 40 pessoas mortas, a maioria pela polícia.

Logo após o veredicto ter sido anunciado, supostos fãs do clube Al-Ahly, que se reuniram aos milhares do lado de fora da sede da equipe, no centro do Cairo, iniciaram um tumulto, incendiando um clube de polícia mais próximo e invadindo a sede da Federação de Futebol do Egito antes de incendiá-la. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas nos protestos, afirmou o Ministério da Saúde à agência de notícias estatal MENA.

Como esperado, a decisão do tribunal não conseguiu acalmar as tensões sobre o caso, que assumiu correntes políticas em um momento em que a nação inteira está atolada em uma crise política, piora da economia e oposição crescente ao governo do presidente islâmico Mohammed Morsi.

Para evitar mais violência, as autoridades reforçaram a segurança perto do Ministério do Interior, que é responsável pela força policial, e policiais foram enviados para as ruas ao redor do complexo no centro do Cairo.

Muitos residentes de Port Said, que é localizada no Mediterrâneo no extremo norte do Canal de Suez, disseram que o julgamento é injusto e politizado, e os fãs de futebol da cidade sentiram que as autoridades foram tendenciosas em favor do Al-Ahly, o clube mais poderoso do Egito.

O tumulto durante o jogo em fevereiro de 2012, o pior desse tipo já registrado no país, ocorreu após uma partida entre o time do Al-Masry e o Al-Ahly, do Cairo. Os torcedores do Al-Masry atacaram violentamente os torcedores do clube visitante após o apito final. As informações são da Associated Press.

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Ao terminar sua visita ao Cairo, o secretário de Estado americano John Kerry se reuniu com o presidente egípcio Mohamed Mursi. Na ocasião, o chefe da diplomacia dos EUA pediu aos diferentes grupos políticos um consenso para recuperação do Egito. Além disso, Kerry também anunciou que o seu país vai emprestar 250 milhões de dólares para ajudar o Egito a superar a crise.

Em sua primeira viagem no cargo, Kerry também se reuniu com o ministro da defesa, Abdel Fatah al-Sisi. A visita do secretário ocorre em um momento em que uma ampla oposição acusa o presidente egípcio de falhar quanto às necessidades econômicas e políticas do País.

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Partes de um complexo do governo foram incendiadas na cidade egípcia de Porto Said, quando manifestantes, que jogavam pedras e lançavam bombas incendiárias, entraram em confronto com a polícia, que usou gás lacrimogêneo e tiros de chumbinho. A confrontação aconteceu horas depois de milhares de moradores da cidade terem realizado um protesto durante um funeral de civis mortos durante uma batalha de rua com policiais, um dia antes. Além dos três civis, três policiais também morreram no domingo.

Os dois dias de confrontos colocaram o Exército numa situação curiosa. Tropas que tentava interromper os combates foram atingidas por gás lacrimogêneo, um coronel foi ferido por disparos e em alguns momentos os soldados abriram fogo na direção dos policiais.

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Essas cenas destacam um cenário que muitos no Egito veem como um misto de preocupação e alívio: o fato de que o Exército pode voltar à política, por causa dos crescentes protestos, problemas com a lei e a ordem e os desafios cada vez maiores enfrentados pelo presidente. "Nós queremos uma retaliação", gritavam os participantes. "Agora é guerra entre vocês e nós, Ministério do Interior".

Os participantes da procissão, que levavam os caixões dos mortos para o cemitério, agitavam bandeiras da cidade, que se tornaram um símbolo da revolta de Porto Said contra o governo.

A violência teve início quando os manifestantes, que voltavam do funeral, lançaram pedras contra a sede da polícia, que fica no complexo do governo. Os policiais responderam com gás lacrimogêneo.

Os militares ficaram de prontidão quando manifestantes e policiais começaram a se agredir mutuamente. Num determinado momento, os militares dispararam para o ar para interromper o confronto. Chamas podiam ser vistas na sede do governo provincial e no escritório da autoridade fiscal, que ficam próximos ao prédio da polícia. Os bombeiros não haviam conseguido chegar até o incêndio.

Autoridades médicas disseram que pelo menos oito pessoas ficaram feridas por tiros de chumbinho. As informações são da Associated Press.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse neste sábado que o governo do Egito e a oposição precisam superar suas diferenças para criar "um sentimento de viabilidade política e econômica", se o país quiser obter sucesso como uma democracia.

Em uma visita ao Cairo, Kerry se encontroU com o ministro de Relações Exteriores e membros da oposição, alguns dos quais pretendem boicotar as próximas eleições parlamentares. O secretário norte-americano disse que um acordo sobre reformas econômicas é essencial para que o país consiga obter o empréstimo de US$ 4,8 bilhões que negocia com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Após o encontro, Kerry reconheceu que superar as diferenças entre governo e oposição vai ser difícil, e disse que vai conversar sobre isso no domingo, quando se reúne com o presidente do Egito, Mohammed Morsi. "Eu digo com humildade e grande respeito que chegar a um consenso exige concessões dos líderes políticos do Egito e dos grupos civis", comentou.

O enviado norte-americano conversou por telefone com Mohammed ElBaradei, vencedor do prêmio Nobel que lidera a coalizão de oposição Frente de Salvação Nacional. Ele também se encontrou isoladamente com Amr Moussa, ex-ministro do governo de Hosni Mubarak. As informações são da Associated Press.

Um funcionário de segurança da Líbia disse que 50 egípcios, que foram presos em Benghazi na semana passada, por supostamente buscar difundir o cristianismo, estão sendo acusados de entrar e trabalhar ilegalmente no país e serão deportados.

Um vídeo divulgado esta semana nas redes sociais mostra um grupo de egípcios cristãos com as cabeças raspadas e um jovem vestindo uma jaqueta militar dizendo que quase cem egípcios coptas estavam detidos por difundir o cristianismo. As imagens mostram bíblias e livros cristãos próximos aos detidos.

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O funcionário de segurança, falando neste sábado em condição de anonimato, afirmou que os presos serão deportados em breve. O governo do Egito informou que o ministro das Relações Exteriores do país, Mohammed Amr Kamel, resolveu essa questão neste sábado com o chanceler líbio. As informações são da Associated Press.

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As 19 pessoas mortas na explosão de um balão no Egito foram homenageadas nesta quarta-feira (27), em uma cerimônia que contou com parentes, políticos e diplomatas. Eles estiveram na cidade de Luxor, a 700 quilômetros do Cairo, local onde o balão sobrevoava no momento da tragédia, ocorrida na terça-feira.

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As investigações sobre as causas da tragédia já foram iniciadas. As análises preliminares descartaram uma possível ação criminosa. “É um incidente sem precedentes. Vamos dar nosso melhor para desvendar totalmente o que aconteceu", afirmou Ezzat Saad, gestor de Luxor. O balão sobrevoava a uma altura de 300 metros quando o incêndio no aeróstato começou, o que gerou a explosão.

 

Um balão gigante com 40 metros de altura explodiu no Sul do Egito, a 700Km da capital Cairo. O passeio turístico contava com 21 pessoas a bordo. O Serviço de Segurança confirma a morte de 19 pessoas. Japoneses, franceses, britânicos e cidadãos de Hong Kong estão nessa lista de acidentados.

O aparelho estava a 300 metros de altura na hora do incêndio que provocou a explosão começou. Essa foi a maior tragédia da região em 20 anos.

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Apesar da informação do Serviço de Segurança, o Ministério da Saúde registrou apenas 14 mortes. Moradores afirmam que o balão subiu de uma vez, sem controle, com cabos de segurança cortados. Os turistas que estavam à bordo entraram em desespero e começaram a cair do balão, alguns com o corpo em chama. Apenas o piloto e um turista, que pularam antes do choque com o chão, sobreviveram. Os balões suportam a capacidade de 25 pessoas por viagem.

Um balão de ar quente que voava sobre a antiga cidade de Luxor, no Egito, pegou fogo e caiu em uma plantação de cana de açúcar nesta terça-feira, matando pelo menos 18 turistas estrangeiros, disse um oficial de segurança.

Foi um dos piores acidentes envolvendo turistas no Egito e deve levar a indústria do turismo ainda mais para a recessão.

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As baixas incluem cidadãos da França, Reino Unido, Bélgica, Hungria, Japão e nove turistas de Hong Kong, afirmou o governador de Luxor, Ezzat Saad, a repórteres.

Três sobreviventes do acidente - dois turistas e um egípcio - foram levados para um hospital local.

De acordo com o oficial de segurança egípcio, o balão transportava pelo menos 20 turistas quando pegou fogo enquanto voava sobre Luxor, provocando a explosão de seu botijão de gás, em seguida. O balão caiu de uma altura de pelo menos 300 metros em um canavial nos arredores do vilarejo de al-Dhabaa, a oeste de Luxor, 510 quilômetros ao sul do Cairo, disse a fonte, que preferiu não se identificar.

Os corpos dos turistas mortos foram espalhados por todo o campo em torno dos pedaços remanescentes do balão. O oficial afirmou que uma possível ação criminosa foi descartada. Ele também disse que a informação inicial que indicava 19 mortos foi revista para 18.

As informações são da Associated Press.

As ruas do Egito estão se transformando em um espaço para exposição diária dos descontentamentos com as condições de trabalho, a escassez de combustível e as vítimas dos confrontos nos últimos dois anos. E as eleições parlamentares que foram convocadas pelo presidente egípcio, Mohammed Morsi, não devem acabar com a turbulência no país.

Pelo contrário, a disputa tende a causar ainda mais tumulto e conduzir o Egito para um colapso econômico. "As ruas têm vida própria e isso pouco tem a ver com as eleições. São pessoas querendo ganhar a vida ou pagar suas contas", comentou Emad Gad, um proeminente analista e ex-parlamentar.

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Morsi convocou eleições parlamentares, que devem ser iniciadas no fim de abril e prosseguir até junho, o que desencadeou uma forte reação do principal líder da oposição, o ganhador do Prêmio Nobel da Paz Laureate Mohamed ElBaradei. Sábado ElBaradei incitou um boicote, o que colocaria em jogo a legitimidade da votação.

Mas é bem possível que a Irmandade Muçulmana de Morsi e seus aliados Salafi se saiam bem. Eles ganharam todas as eleições desde 2011, quando um levante popular derrubou Hosni Mubarak do poder.

Ainda assim, o governo atual não tem conseguido conter os protestos nas ruas, as greves e a criminalidade que definiram o Egito nos últimos dois anos. De fato, os tumultos apenas se intensificaram e se espalharam por todo o país desde que Morsi assumiu a presidência oito meses atrás.

Neste domingo, milhares de trabalhadores da construção bloquearam ferrovias de uma cidade ao sul de Cairo pelo segundo dia consecutivo, em um protesto contra a alta dos preços de óleo combustível industrial e a ineficácia do transporte em todo o Egito.

A manifestação resulta da decisão tomada pelo governo na semana passada de suspender os subsídios aos preços de alguns combustíveis. A medida faz parte de uma reforma que visa a garantir um empréstimo no valor de US$ 4,8 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

As informações são da Associated Press.

Manifestantes fecharam as portas para o principal edifício administrativo do Cairo, no Egito, neste domingo, como parte de uma campanha crescente de desobediência civil no país, afirmaram funcionários e testemunhas.

Um grupo de manifestantes fechou as postas de Mugamma, um enorme labirinto de prédios burocráticos na Praça Tahrir, deixando apenas um lado para a saída de empregados aberto, segundo as fontes. Milhares de pessoas trabalham em Mugamma, que abriga escritórios de emissões de passaportes, escritórios tributários e várias outras agências governamentais.

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"Um pequeno grupo de pessoas jovens fechou as portas principais do edifício e não está permitindo que ninguém entre", afirmou um funcionário à France Press de dentro do prédio. Segundo a fonte, os manifestantes não entraram no local.

A ação dos manifestantes ocorre em meio a convocações de greve e desobediência civil contra o governo do presidente islamita, Mohamed Morsi.

Uma greve geral na cidade de Port Said entrou na sua segunda semana neste domingo, provocando o fechamento de mais lojas e fábricas. As informações são da Dow Jones.

A presidência do Egito vai trocar a data do início das eleições para a Câmara Baixa do Parlamento, após cristãos coptas terem reclamado que ela coincidirá com um feriado religioso, informou a televisão estatal do país neste sábado.

O presidente do país, Mohammed Morsi, que é muçulmano, havia emitido um decreto na quinta-feira definindo que a eleição de quatro turnos começaria em 27 e 28 de abril, dias em que os cristãos coptas comemoram o Sábado de Lázaro e o Domingo de Ramos. O restante da semana, antes da Páscoa, em 5 de maio, é considerado sagrado. Agora, com a mudança, a votação deve começar no dia 22 de abril.

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A Igreja Ortodoxa Copta é a igreja cristã nacional do Egito. Muitos coptas acreditam que Morsi e seus aliados muçulmanos querem excluir a minoria cristã, em meio a rumores persistentes e constantemente negados pelas autoridades eleitorais de que eles foram barrados em alguns locais de votação nas últimas eleições. O bispo Morcos, alta autoridade da Igreja Copta, afirmou que a realização das eleições em um feriado cristão "afetaria o porcentual de votos coptas".

A televisão estatal não deu mais detalhes sobre a nova data da eleição, que substituirá o Parlamento dominado por muçulmanos e dissolvido pela Justiça em junho do ano passado. A votação será realizada em quatro etapas e a Assembleia Nacional deve se reunir pela primeira vez em 6 de julho.

Neste sábado, um dos líderes da oposição no Egito, Mohamed ElBaradei, pressionou por um boicote das eleições parlamentares, mas outras autoridades do seu grupo afirmaram que eles ainda avaliam essa possibilidade. "Convoquei um boicote das eleições parlamentares em 2010 e hoje repito meu pedido, pois não farei parte desse ato de farsa", escreveu ElBaradei em sua conta na rede de microblogs Twitter.

Outro líder político, o ex-ministro de Relações Exteriores Amr Mussa, afirmou que muitos membros da oposição estão tendendo a boicotar a eleição, mas uma decisão final ainda não foi tomada. "Existe um grande grupo que quer o boicote, mas isso ainda não foi discutido e nenhuma decisão foi tomada", disse.

Já o partido Al-Ghad al-Thawra, liderado pelo ex-adversário de Mubarak, Ayman Nour, diz que Morsi errou em convocar as eleições agora. "A última coisa que nós precisamos é entrar em um novo ciclo que polarize e divida o país ainda mais. Primeiro é preciso haver estabilidade. As eleições deveriam ter sido adiadas para que possamos lidar com prioridades maiores, como a situação da economia, dos serviços de educação e saúde", comenta Shadi Taha, um dos líderes do partido.

A oposição afirma que Morsi está agindo como seu antecessor, o ditador Hosni Mubarak, derrubado por um levante popular em 2011. No governo anterior, as eleições eram amplamente fraudadas e o Parlamento era dominado pelos membros do partido governista.

Mas a Irmandade Muçulmana, do Partido Justiça e Liberdade, de Morsi, diz que os adversários estão fugindo da disputa. O vice-presidente do partido, Essam el-Erian, escreveu em sua página no Facebook que "fugir de uma votação popular significa apenas que alguém quer conquistar o poder sem um mandato democrático".

Na última votação ocorrida no país, um referendo realizado em dezembro sobre a nova Constituição, ElBaradei fez campanha pelo "não". A votação foi marcada por controvérsias e grupos de direitos civis reclamaram de irregularidades. Apesar de uma taxa de comparecimento de apenas 30%, a Constituição foi aprovada com mais 60% dos votos.

Os partidos liberais e seculares têm registrado uma votação muito pequena, embora tenham participado ativamente do movimento que derrubou Mubarak. Sua influência é ofuscada pelos grupos muçulmanos, que têm uma rede bem organizada de programas sociais e projetos filantrópicos.

Protestos

No segundo aniversário do levante contra Mubarak, em 25 de janeiro, a raiva contra a impunidade com as forças de segurança e uma série de outros problemas sociais levaram a uma onda de protestos pelas ruas, que culminou com episódios de violência. Quase 70 pessoas morreram desde então, mais de metade delas na cidade de Port Said, nas margens do Canal de Suez.

Neste sábado, uma campanha de desobediência civil em Port Said entro no seu sétimo dia. Os manifestantes exigiam indenizações pelos mortos nos conflitos iniciados em janeiro. Também ocorrem protestos quase diários no Cairo e na cidade de Mahalla, onde existe uma grande indústria têxtil. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O presidente islamita do Egito, Mohammed Moris, convocou eleições parlamentares para abril em um esforço de amenizar a frustração - manifestada nas ruas - por causa do contínuo impasse político que assola a nação.

Um decreto de Morsi, emitido no fim da noite desta quinta-feira, estabeleceu o início do processo eleitoral de quatro etapas para o dia 27 de abril. A última rodada acontecerá em junho, de acordo com o documento. O parlamento recém-eleito deverá convocar sua primeira sessão para o dia 6 de julho.

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Em reação ao decreto de Morsi, Mohamed ElBaradei, que lidera o principal partido de oposição, a Frente Nacional de Salvação, alega que a medida vai inflamar ainda mais as tensões políticas do país.

ElBaradei escreveu em sua conta no Twitter nesta sexta-feira que a decisão do presidente Mohammed Morsi de "ir para as eleições parlamentares em meio a uma grave polarização social e erosão da autoridade do Estado é uma receita para o desastre".

O partido de ElBaradei já avisou que boicotará a votação a menos que haja negociações com o presidente visando uma reconciliação real. Ele também disse que boicotará o processo eleitoral se as leis forem escritas pelo parlamento provisório islâmico liderado pela Irmandade Muçulmana, de Moris.

Desde a saída do antigo líder autoritário Hosni Mubarak, os egípcios passaram por uma série de referendos, eleições presidenciais e parlamentares. O primeiro parlamento eleito foi dissolvido por ordem judicial em junho passado.A Irmandade tem ganhados nas urnas desde o levante do Egito há dois anos, enquanto a oposição - predominantemente secular e liberal - tem ficado para trás. As informações são da Associated Press.

Uma pirâmide de mais de 3.000 anos de um vizir do faraó Ramsés II foi encontrada em Luxor, no sul do Egito, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais egípcias.

Os restos da pirâmide, que media mais de 15 metros de altura e 12 metros de comprimento, foram encontrados por uma missão conjunta de duas universidades belgas (a Universidade Livre de Bruxelas e a Universidade de Liège), disse o secretário de Estado egípcio para as Antiguidades, Mohamed Ibrahim.

O monumento "pertence a um vizir do Alto e do Baixo Egito chamado Jay, que exerceu o cargo equivalente ao de um primeiro-ministro durante quinze anos sob o reino do faraó Ramsés II", indicou a missão em um comunicado.

"O monumento sofreu grandes destruições nos séculos VII e VIII de nossa era, quando o túmulo foi transformado em uma capela copta", segundo a missão.

"Trata-se de uma descoberta de grande importância, já que o vizir Jay é conhecido pelos estudiosos do Egito através de muitos documentos", continua o comunicado.

Luxor (a antiga Tebas) tem muitos tesouros arqueológicos, como os templos de Karnak e Luxor. Geralmente muito frequentado pelos turistas, o local foi muito afetado pela instabilidade que se seguiu à queda, em fevereiro de 2011, do regime de Hosni Mubarak.

Centenas de manifestantes de oposição ao governo bloquearam as estradas centrais e o trabalho foi interrompido pelo segundo dia na cidade costeira de Porto Said, no Egito. O local ficou marcado em 2012 por causa de um grande massacre que tirou a vida de 14 pessoas durante uma partida de futebol.

Os civis estão protestando contra o assassinato de cerca de 50 pessoas durante manifestações realizadas no mês passado. Em janeiro, as demonstrações foram feitas por causa da condenação de 21 pessoas à pena de morte, cuja maioria pertencia à torcida do time local Al-Masry e havia sido julgada pela participação no massacre de 1 de fevereiro de 2012.

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Como parte da greve geral em curso em Porto Said, funcionários do governo local e da alfândega portuária, além de pequenos empresários, não foram trabalhar nesta segunda-feira. A universidade, protegida pelo Exército, e os bancos permaneceram abertos.

Porto Said fica no extremo norte do Canal de Suez, mas as greves não têm interrompido o transporte na hidrovia internacional. As informações são da Associated Press.

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