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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (23) que não irá mais se opor ao início do processo de transição de poder para a administração de Joe Biden, dando um importante passo rumo à admissão de derrota nas eleições presidenciais.

Trump tuitou que a Administração de Serviços Gerais deve "fazer o que precisa ser feito", após a diretora da agência, Emily Murphy, anunciar que daria início ao processo de transição.

O presidente republicano passou as últimas três semanas, desde a eleição de 3 de novembro, alegando, sem qualquer prova, que a vitória de Biden foi resultado de fraude.

Murphy, que nega ter agido sob pressão política, até agora se recusou a liberar os fundos que sua agência administra para a nova equipe.

Biden comemorou a liberação da ajuda governamental, um passo que descreveu como crucial para "uma transição de poder pacífica".

A chefe da Administração de Serviços Gerais "confirmou o presidente eleito Joe Biden e a vice-presidente eleita Kamala Harris como os vencedores das eleições, proporcionando à nova administração os recursos e o apoio necessário para realizar uma transição de poder tranquila e pacífica", disse a equipe do presidente eleito em comunicado.

Utilizando sua conta do Twitter, o ex-presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, pediu que o povo do país dê uma chance e apoio a Joe Biden, seu ex-vice e agora presidente eleito para os próximos quatro anos junto à senadora democrata Kamala Harris, como vice-presidente. O pedido foi feito através de uma nota na qual Obama parabeniza tanto Biden e Harris quanto seus cônjuges, a nova primeira-dama, Jill Biden, e Doug Emhoff, marido de Kamala, pela vitória eleitoral. 

Em sua mensagem de felicitação, Barack Obama disse que “não poderia estar mais orgulhoso” por parabenizar os vencedores, em uma eleição em circunstâncias nunca experimentadas, na qual “os americanos compareceram em números nunca vistos”, mas destacou o quanto o país segue dividido, pedindo apoio popular aos eleitos.  

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“Eu sei que ele fará o trabalho tendo os melhores interesses de cada americano no coração, tendo ou não o voto deles. Portanto, encorajo todos os americanos a darem a ele uma chance e a darem seu apoio. Os resultados das eleições em todos os níveis mostram que o país continua profunda e amargamente dividido.  Caberá não apenas a Joe e Kamala, mas a cada um de nós, fazer sua parte - ir além de nossa zona de conforto, ouvir os outros, baixar a temperatura e encontrar um terreno comum a partir do qual seguir em frente, tudo  de nós lembrando que somos uma nação, sob Deus”, escreveu Obama.

O ex-presidente democrata também afirmou que para a democracia perdurar, é preciso que o povo americano mantenha o seu foco na cidadania mesmo nos dias que se seguem, entre eleições. “ Eu sei que pode ser exaustivo. Mas para que essa democracia perdure, ela requer nossa cidadania ativa e foco contínuo nas questões - não apenas em uma temporada de eleições, mas em todos os dias intermediários.  Nossa democracia precisa de todos nós mais do que nunca.  E Michelle e eu esperamos apoiar nosso próximo presidente e primeira-dama como pudermos”, afirmou o ex-presidente. 

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Após três dias de apuração dos votos da população americana, os veículos de imprensa do país atestaram a vitória do candidato Joe Biden. A notícia, divulgada neste sábado (7),  rapidamente correu o mundo e ganhou a internet provocando muitos comentários. Vários famosos se posicionaram comemorando a escolha do novo presidente dos EUA. Confira alguns posicionamentos. 

Lady Gaga

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"Joe Biden, Kamala Harris e o povo americano, vocês acabaram de dar ao mundo um dos maiores atos de bondade e bravura que a humanidade já viu".

Lizzo

“É hora de responsabilizar as pessoas responsáveis. É hora de eles ouvirem. E é hora de uma mudança real em nossas políticas e práticas”.

Ariana Grande

“Chorando. Obrigada, Deus”. 

John Legend 

“Obrigado, Filadélfia, por se apresentar pela democracia de uma forma tão épica”. 

Demi Lovato

“Estava esperando para postar essa foto porque sabia que no fundo você seria nosso próximo presidente. Hoje celebramos os milhões de americanos que superaram as barreiras às urnas, mobilizaram suas comunidades e votaram em números recordes”. 

Pink

"Esta notícia me trouxe às lágrimas. Fiquei maravilhada com o alívio por este país. Fiquei maravilhada por Kamala e pela inspiração que ela traz para as garotas de todos os lugares. Van Jones me fez chorar lágrimas horríveis. Este país tem muito trabalho a fazer para se unir. Eu rezo para que possamos fazer isso".

Miley Cyrus

“Agradecida pelo seu serviço. Estou ansiosa para viver sob a sua liderança pelos próximos quatro anos. É uma festa nos Estados Unidos”. 

Viola Davis

“Você pode sentir um novo dia!"

Reese Witherspoon

“Hoje é um dia monumental. Não importa de que lado você está, vamos tirar um momento para reconhecer o quão longe as mulheres chegaram nesse país. Pensar em todos aqueles que estilhaçaram tetos de vidro e pavimentaram o caminho para uma mulher * finalmente * ser vice-presidente dos Estados Unidos me deixa emotiva. (...) SONHE GRANDE. Qualquer coisa é possível”.

Jessica Biel

“Já era tempo! Parabéns @joebiden and @kamalaharris. Estou realmente pronta para algumas mudanças".

Após a confirmação de projeções que apontam sua vitória sobre o republicano Donald Trump, o ex-vice presidente de Barack Obama, Joe Biden, mudou a bio de sua conta no Twitter declarando-se “Presidente eleito”. Ele também fez um tweet no qual se disse honrado por ter sido escolhido pelo país para governar. 

“América, estou honrado por você ter me escolhido para liderar nosso grande país. O trabalho que temos pela frente será árduo, mas eu prometo a você o seguinte: serei um presidente para todos os americanos - quer você tenha votado em mim ou não. Vou manter a fé que você colocou em mim”, escreveu Biden, junto a um vídeo que exibe imagens dos Estados Unidos ao som da música “America the Beautiful”, de Ray Charles. 

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O último comentário de Donald Trump no Twitter, feito da confirmação da vitória de Biden, questionava mais uma vez a contagem dos votos, em especial os que foram enviados por correio. “EU GANHEI ESTA ELEIÇÃO, DE MUITO!” disse Trump em letras garrafais. O Twitter inseriu um aviso na postagem, afirmando que a alegação do presidente não é confirmada por fontes oficiais, como já aconteceu com diversos outros tweets dele.

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As pesquisas eleitorais subestimaram o desempenho do presidente Donald Trump, mas não erraram ao apontar o favoritismo de seu adversário, Joe Biden. Apesar da margem de vantagem ser menor que a prevista e da derrota inesperada em alguns Estados, o candidato democrata passou todo o dia seguinte à votação como o mais cotado na corrida para superar os 270 votos no colégio eleitoral e conquistar a Casa Branca.

O agregador de pesquisas do Estadão, que chegou ao dia da eleição dando 80% de chances de vitória para Biden, continuou indicando um resultado próximo a isso ao ser alimentado com dados reais da apuração.

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Na noite de terça-feira (3), quando havia 26 Estados com o vencedor definido, o modelo estatístico do agregador ainda apontava Biden como vencedor de 78 de cada 100 eleições simuladas, mesmo com sua derrota na Flórida.

No início da madrugada, com mais de 30 Estados definidos, a probabilidade de o democrata vencer subiu para 85%. Essa taxa se manteve no início da tarde desta quarta-feira, quando havia apenas seis Estados no mapa eleitoral ainda não pintados de vermelho ou azul, as cores dos republicanos e democratas, respectivamente.

Quando Michigan e Wisconsin se definiram para o lado de Biden, ficando em jogo apenas Nevada, Geórgia, Carolina do Norte e Pensilvânia, a probabilidade de vitória foi para 90%.

Lançado na reta final da campanha eleitoral, o agregador fez a cada dia 10 mil eleições simuladas (por computador) para avaliar as chances dos presidenciáveis naquele momento.

O modelo estatístico do agregador foi desenvolvido pelo cientista político Guilherme Jardim Duarte, doutorando na Universidade Princeton e ex-integrante do Estadão Dados, o núcleo de jornalismo de dados do Estadão. Os resultados de pesquisas foram coletados no site FiveThirtyEight, do estatístico Nate Silver, que também desenvolveu seu próprio agregador e que, no dia da eleição, atribuiu a Biden 89% de chances de vitória.

O modelo estatístico do Estadão, ao calcular a média das pesquisas em cada Estado, deu peso maior aos levantamentos mais recentes. O mesmo ocorreu em relação aos resultados de institutos que acertaram ou ficaram mais próximos dos resultados de 2016, quando Trump derrotou Hillary Clinton.

Nas simulações, os delegados de cada Estado no colégio eleitoral foram distribuídos de acordo com os resultados possíveis indicados pelas pesquisas, considerando suas margens de erro. Em um Estado na qual a média das pesquisas indicava uma disputa apertada, por exemplo, em aproximadamente metade das simulações os delegados iam para Biden, e para Trump na outra metade. Quando as pesquisas indicavam vitória folgada, o favorito era o mais contemplado.

Depois de feitas as 10 mil simulações, o modelo calculava a mediana da distribuição mais provável de delegados para cada candidato. Mediana é o número que fica no ponto central de um conjunto de valores ordenados. Se há, por exemplo, 13 itens ordenados do menor para o maior, a mediana estará na posição 7.

No dia da eleição, a mediana de delegados atribuídos a Biden era 351 - uma quantidade que ele não alcançará, e que é um forte indicativo de que as pesquisas superestimaram seu desempenho.

Na série de simulações feitas no último dia, o número de delegados do candidato democrata foi de 226 (hipótese em que seria derrotado) até 442. O total de delegados no colégio eleitoral é de 538, e um candidato precisa conquistar ao menos 270 para vencer.

Confira abaixo os estados já conquistados pelo presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, e seu oponente democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden, segundo as projeções dos principais jornais americanos.

Entre parênteses está a quantidade de grandes eleitores por estado. Para chegar à Casa Branca, são necessários 270.

Biden lidera a disputa, após vencer nos estados de Wisconsin e Michigan.

O estado de Nebraska divide seus cinco votos ao Colégio Eleitoral - dois delegados são atribuídos com base na pluralidade de votos do estado e os outros três o são com base no distrito congressional. Biden ficou com um voto, o do 2º distrito congressional.

O Maine tem um método similar ao de Nebraska. De seus quatro votos ao Colégio Eleitoral, três foram para Biden, enquanto o quarto ficou com Trump.

Os resultados de seis estados, incluindo Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte ainda são desconhecidos.

TRUMP (214)

Alabama (9)

Arkansas (6)

Carolina do Sul (9)

Dakota do Norte (3)

Dakota do Sul (3)

Flórida (29)

Idaho (4)

Indiana (11)

Iowa (6)

Kansas (6)

Kentucky (8)

Louisiana (8)

Maine (1)

Montana (3)

Mississippi (6)

Missouri (10)

Nebraska (4)

Ohio (18)

Oklahoma (7)

Tennessee (11)

Texas (38)

Utah (6)

Virgínia Occidental (5)

Wyoming (3)

BIDEN (264)

Arizona (11)

Califórnia (55)

Colorado (9)

Connecticut (7)

Delaware (3)

Havaí (4)

Illinois (20)

Maine (3)

Maryland (10)

Massachusetts (11)

Michigan (16)

Minnesota (10)

Nebraska (1)

New Hampshire (4)

Nova Jersey (14)

Novo México (5)

Nova York (29)

Oregon (7)

Rhode Island (4)

Vermont (3)

Virgínia (13)

Washington, D.C. (3)

Estado de Washington (12)

Wisconsin (10)

Os Estados Unidos estão em grande tensão nesta quarta-feira (4) enquanto aguardam os resultados da eleição presidencial, mas o destino de um candidato já está claro: o artista Kanye West não vencerá a disputa pela Casa Branca de 2020 - mas ainda tem aspirações futuras.

O rapper impetuoso, que decidiu concorrer ao cargo mais alto do país no fim do jogo como candidato independente pelo partido Birthday Party, recebeu cerca de 60.000 votos dos 12 estados onde conseguiu entrar nas urnas.

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Seus números foram mínimos em uma disputa presidencial acirrada, com o democrata Joe Biden levando uma pequena vantagem contra o presidente republicano Donald Trump, já que muitos votos ainda estão sendo contados nos estados-chave.

A estrela do hip hop e estilista da moda encontrou seu maior número de votos no Tennessee, onde cerca de 10.000 pessoas votaram em West, de acordo com o jornal The New York Times.

O magnata, que já expressou um apoio fervoroso a Donald Trump, viralizou nas redes sociais ao anunciar sua própria votação em Wyoming, dizendo que foi a primeira vez na vida.

West escreveu seu próprio nome na cédula do estado ocidental, onde não conseguiu se qualificar para ter seu nome na chapa.

De acordo com a foto que o rapper postou de sua cédula, ele não participou de nenhuma disputa parlamentar ou local.

A primeira aparição do ex-presidente Barack Obama na campanha eleitoral de seu ex-vice e atual aspirante à Casa Branca, Joe Biden, será um comício "drive-in" na quarta-feira na Filadélfia, anunciou a campanha democrata.

A Filadélfia, com 1,58 milhão de habitantes, é a maior cidade da Pensilvânia, estado-chave para vencer as eleições de 3 de novembro, nas quais Biden desafia o presidente republicano Donald Trump.

Obama, de 59 anos, "fará um comício drive-in e incentivará os moradores da Pensilvânia a fazer planos para votar antecipadamente", anunciou a campanha de Biden em um comunicado.

Os democratas têm incentivado os americanos a optarem por esta modalidade de voto nos estados que o permitem, devido à pandemia de covid-19 e ao risco de formação de longas filas no dia das eleições.

Segundo a organização independente Elections Project, 34 milhões de americanos já votaram antecipadamente.

Enquanto Trump, de 74 anos, celebra grandes eventos de campanha em todo o país, Biden, de 77, tem optado por atos menores, devido à crise sanitária.

Os comícios "drive-in", nos quais os participantes permanecem dentro de seus carros, se tornaram uma marca da campanha de Biden.

Trump venceu por uma estreita margem na Pensilvânia em 2016, mas agora está atrás de Biden por 3,8 pontos percentuais neste estado, segundo uma média de pesquisas estaduais do site RealClearPolitics.

Obama se manteve à margem da campanha eleitoral nas primárias democratas, mas apoiou seu ex-vice-presidente nos oito anos de seu mandato depois que ele obteve a indicação do partido.

Durante a convenção nacional do partido, em agosto, Obama chamou os eleitores a apoiar Biden. "Nossa democracia" está em jogo, advertiu.

Biden "fez de mim um presidente melhor", afirmou Obama. "Tem o caráter e a experiência para fazer de nós um país melhor".

A atriz e cantora americana Jennifer López e seu companheiro, o astro de beisebol Alex Rodríguez, declararam apoio ao candidato democrata em sua disputa pela Casa Branca em uma conversa por vídeo divulgada nesta sexta-feira (16) para incentivar o voto latino.

"Quero que nos unamos como uma equipe para derrotar a covid e reconstruir a economia", disse o ex-jogador de beisebol quando Biden, acompanhado da esposa, Jill, perguntou ao casal quais eram os temas que considerava mais importantes.

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"Para mim", interrompeu a intérprete de sucessos como "Let's Get Loud", "se trata de unir a nação outra vez, de nos desfazermos de todo esse ódio".

Rodríguez, popularmente conhecido como A-Rod, e López, apelidada de JLo, são americanos, respectivamente filhos de pais dominicanos e porto-riquenhos, e importantes modelos para a comunidade latina no país.

Na conversa virtual, Biden respondeu que "há muito que se pode fazer".

"Os latinos têm o triplo de possibilidades de adoecer de covid do que uma pessoa branca. Há três milhões de desempregados", enumerou o ex-vice-presidente de Barack Obama.

"E 200.000 'Dreamers' estão na linha de frente, como trabalhadores essenciais, arriscando suas vidas", prosseguiu o candidato, referindo-se aos migrantes sem documentos que chegaram crianças ao país e cujas proteções Trump vem tentando cancelar.

López disse, então, ao casal Biden que sua "esperança e sua busca" é que "a comunidade latinha comece a entender seu poder".

Jill Biden respondeu: "espero que vocês se deem conta de seu poder (...) Se tiver a honra de ser a primeira-dama, as mulheres latinas terão uma cadeira na mesa".

"E no meu gabinete", completou Joe Biden.

Este apoio surge um mês depois de outro ídolo da comunidade latina, o músico de salsa Marc Anthony - ex-marido de JLo -, também declarar seu apoio a Biden em um vídeo dirigido aos porto-riquenhos, no qual pede que não se esqueçam o desastre provocado pelo furacão Maria em 2017, pelo qual Trump é acusado de ineficiência.

"Proibido esquecer como em momentos de verdadeira escuridão, os gritos de socorro caíram em ouvidos moucos", disse o compositor.

Outros célebres músicos porto-riquenhos, como Ricky Martin, intérprete de "Livin' la vida loca", e Luis Fonsi, compositor, junto com Daddy Yankee, do hit "Despacito", também declararam apoio a Biden.

Sua campanha usa, ainda, temas do músico de reggaeton porto-riquenho Bad Bunny e do cantor de 'rancheras' mexicano Alejandro Fernández em seus anúncios dirigidos à comunidade hispânica.

Em nível nacional, 63% dos latinos apoiam Biden, uma vantagem de 36 pontos sobre Trump, segundo pesquisa da Latino Decisions na primeira semana de outubro.

Na Flórida (sudeste), que tem uma grande comunidade cubana fortemente republicana, 55% dos latinos apoiam o candidato democrata.

Joe Biden segue para a Flórida nesta terça-feira (13) com a intenção de se aproximar dos eleitores idosos que apoiaram o presidente Donald Trump há quatro anos, mas que dessa vez parecem inclinar-se para o candidato democrata, ao mesmo tempo em que a pandemia continua atingindo fortemente os Estados Unidos.

Biden, de 77 anos, é o candidato democrata mais velho da história e apresentará "sua visão para os americanos mais velhos" em um evento na cidade de Pembroke Pines, no norte de Miami, informou sua equipe de campanha.

A visita do ex-vice-presidente à Flórida acontece um dia depois de Trump realizar um comício naquele estado, o primeiro desde sua internação pela covid-19.

Ao contrário dos pequenos encontros socialmente distantes que caracterizam Biden, milhares de simpatizantes lotaram a pista do aeroporto no marco da volta do presidente à campanha eleitoral presencial.

Trump, de 74 anos, fará outro comício na terça à noite em Johnstown, na Pensilvânia, e esta semana segue para visitas a Iowa, Carolina do Norte e Geórgia como parte de um esforço para recuperar o terreno perdido para Biden.

O democrata tem uma vantagem de dois dígitos nas pesquisas nacionais antes das eleições de 3 de novembro.

Iowa e Geórgia foram dois estados nos quais Trump venceu confortavelmente em 2016, mas as pesquisas agora mostram diferenças.

A Flórida obteve 29 votos do Colégio Eleitoral para Trump em 2016, proporcionando sua surpreendente vitória sobre a democrata Hillary Clinton.

Naquela eleição, os americanos com 65 anos ou mais favoreceram Trump em vez de Clinton por uma margem de 53% a 45%, segundo o Pew Research Center e outras pesquisas de opinião.

- O impacto do coronavírus -

Mas as pesquisas mais recentes mostram uma mudança dos adultos mais velhos em relação ao presidente republicano, em grande parte por causa do seu gerenciamento da pandemia da covid-19, que afetou bastante a população idosa.

No total, mais de 215.000 pessoas morreram no país e mais de 7,8 milhões foram infectadas.

A recente pesquisa NBC/Wall Street Journal mostrou Biden com uma vantagem de 27 pontos (62-35%) sobre Trump nesta faixa etária.

Outra, a CNN/SSRS, mostrou uma lacuna de 21 pontos percentuais na intenção de voto de americanos com 65 anos ou mais (60% a 39%).

Enquanto isso, uma pesquisa com prováveis eleitores da Flórida publicada nesta terça-feira pela Florida Atlantic University (FAU) colocou Biden com 51% e o republicano com 47%.

"Joe Biden ainda é mais competitivo entre os eleitores mais velhos do que Hillary Clinton em 2016, e isso pode fazer a diferença na Flórida", explicou Kevin Wagner, professor de ciência política da FAU.

Entre os entrevistados, 44% disseram que o tratamento de Trump frente a pandemia do novo coronavírus foi bom ou excelente, enquanto 50% o classificaram como ruim ou terrível.

- "Baixem a temperatura" -

Trump, que se referiu aos idosos como "suas pessoas favoritas no mundo" depois de receber alta do hospital, além de prometer "os mesmos cuidados" que recebeu, ignorou os dados das pesquisas em seu comício na segunda-feira.

"Daqui a vinte e dois dias, vamos ganhar neste estado, vamos ganhar mais quatro anos na Casa Branca!", declarou.

Trump também retratou Biden como um homem muito velho e impróprio para o cargo, destacando um momento na segunda-feira em que o democrata parecia não se lembrar do nome do senador republicano de Utah, Mitt Romney, e erroneamente disse que estava concorrendo ao Senado.

"O sonolento Joe Biden teve um dia particularmente ruim hoje", tuitou Trump.

"Ele não se lembrava do nome de Mitt Romney, disse novamente que estava concorrendo ao Senado dos Estados Unidos e esqueceu em que estado estava", acrescentou.

"Se eu fizesse qualquer uma dessas coisas, seria motivo para desqualificação. Sendo ele, está apenas desatento Joe!", finalizou trump.

Por sua vez, Romney pediu aos adversários nesta terça-feira que "baixem a temperatura", já que a "consequência do aumento da raiva leva a um lugar muito ruim".

Romney, o único membro da maioria republicana no Senado a votar a favor da condenação de Trump no processo de impeachment, relatou estar preocupado com a política americana.

Em um comunicado, ele disse que a natureza desse ãmbito se tornou "um pântano vil, cheio de acusações e ódio que é impróprio para qualquer nação livre".

O senador republicano condenou, entre outras atitudes, que Trump qualificasse como "monstro" a candidata democrata à vice-presidência, Kamala Harris.

Enquanto isso, o Texas se tornou o último estado a iniciar a votação antecipada, que acontece em um "ritmo recorde" até agora entre os estados que permitem isso, de acordo com Michael McDonald, professor da Universidade da Flórida.

De acordo com o Projeto Eleições dos Estados Unidos, realizado pelo acadêmico, foram contabilizados 11,49 milhões de votos até agora em estados com votação antecipada.

A Comissão de Debates Presidenciais anunciou nesta sexta-feira (9) o cancelamento do confronto entre o republicano Donald Trump e seu adversário, o democrata Joe Biden, previsto para a próxima quinta-feira, dia 15, em Miami, Flórida.

Depois do anúncio de contágio do presidente pela covid-19, o comitê decidiu que o debate seria realizado virtualmente, mas Trump se recusou a participar do evento neste formato.

"Hoje está claro que não haverá debate em 15 de outubro", escreveu a comissão em um comunicado, destacando que está centrada nos "preparativos para o terceiro e último debate presidencial, previsto para 22 de outubro", em Nashville, Tennessee.

Esperava-se que no debate de Miami os eleitores fizessem perguntas aos candidatos.

Trump "obviamente não tem a coragem de responder aos eleitores sobre seu balanço" junto a Joe Biden, disse Andrew Bates, porta-voz do candidato democrata.

"É vergonhoso que Donald Trump tenha se esquivado do único debate em que os eleitores poderiam fazer perguntas, mas não é uma surpresa", acrescentou em declarações à AFP.

Após o anúncio do debate virtual, a equipe de Trump acusou os organizadores de querer evitar um confronto direto entre o presidente, que tenta a reeleição, e Biden.

A equipe de Trump queria que o debate de 15 de outubro fosse adiado para realizar um único encontro final, no dia 29, cinco dias antes das eleições, o que Biden recusou.

Os dois políticos tiveram um primeiro confronto em 29 de setembro em Cleveland, Ohio, em debate caótico de quase uma hora e meia, repleto de insultos e interrupções mútuas.

O presidente americano, Donald Trump, que tenta o segundo mandato, disse nesta quinta-feira que se opõe a uma mudança das regras dos debates eleitorais, após um primeiro duelo verbal caótico com seu adversário, o democrata Joe Biden.

Os organizadores dos debates presidenciais nos Estados Unidos anunciaram ontem que é necessária uma "estrutura adicional para garantir uma discussão mais ordenada", referindo-se ao desastre da véspera em Cleveland (norte). Mas Trump discorda.

"Por que permitiria que a Comissão de Debates mudasse as regras dos próximos encontros quando ganhei com folga na última vez?", tuitou o presidente, que se declarou vencedor várias vezes, citando pesquisas não identificadas. Já as enquetes feitas pela imprensa americana sugerem o contrário.

Republicanos, democratas e o moderador do primeiro debate, o jornalista Chris Wallace, do canal Fox News, concordaram que o encontro de 90 minutos foi desagradável e descontrolado. "Nunca imaginei que fosse sair dos trilhos dessa forma", disse Wallace ao jornal "The New York Times".

O segundo debate presidencial está programado para 15 de outubro, em Miami, e o terceiro, para o dia 22, em Nashville. Entre as mudanças discutidas para ajudar os moderadores está permitir que os mesmos cortem o microfone dos candidatos para evitar interrupções.

O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou neste sábado esperar "ataques pessoais e mentiras" de Donald Trump no primeiro debate televisionado entre os presidenciáveis, na próxima terça-feira, e comparou o mandatário republicano ao chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels.

"Será difícil", reconheceu o ex-vice-presidente em entrevista à emissora MSNBC.

"Eu suponho que serão só ataques, e majoritariamente pessoais. É a única coisa que [Trump] sabe fazer", analisou Biden ao falar de seu rival no debate.

"Ele não sabe debater os fatos. Não é tão inteligente", continuou. "Ele não sabe muito sobre política externa, não sabe muito sobre política interna. Não sabe muito sobre os detalhes".

O debate de terça-feira em Cleveland, Ohio, será a primeira vez que o democrata enfrenta o atual presidente pessoalmente na campanha. Os dois septuagenários também medirão forças em outro debate antes das eleições, marcadas para 3 de novembro.

Alguns simpatizantes democratas, porém, temem que Biden, propenso a cometer equívocos, possa vacilar nestes duelos televisionados diante dos golpes retóricos de Trump, que é muito mais agressivo.

Trump nunca deixou de zombar da falta de dinamismo de seu rival, que apelidou de "Sleepy Joe" (Joe Dorminhoco), e de atacar a acuidade mental do candidato democrata.

"Ele é como Goebbels", comparou Biden. "Se você diz uma mentira muitas vezes, e a repete sem parar, ela acaba se tornando conhecimento público".

Apesar dos ataques que sofrerá, Biden afirma estar pronto para o debate. "As pessoas sabem que o presidente é um mentiroso", afirmou.

"Não seria uma surpresa. E por isso estou pronto para sair e expor meu caso sobre como acredito que [Trump] falhou e como as respostas que tenho que dar ajudarão as pessoas e a economia americana, e nos deixarão mais seguros internacionalmente".

A menos de 40 dias das eleições nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump participava nesta sexta-feira de um evento atrás do outro, em vários estados, num ritmo frenético, que contrasta com o enfoque mais tranquilo de seu rival, Joe Biden.

O programa exaustivo do presidente, 74, incluía um debate com "Latinos por Trump" na Flórida, um discurso sobre a situação econômica dos negros na Geórgia, uma reunião de arrecadação de fundos no Hotel Trump da capital americana e um comício na Virgínia.

Trump, que aparece atrás de Biden nas pesquisas, está sob pressão para aproveitar ao máximo as semanas que antecedem a votação de 3 de novembro. "Se perco para uma pessoa que não faz campanha... Eu não sei", brincou, em Atlanta. "Esse cara nunca sai. É terrível, não?"

Biden viajou hoje a Washington para assistir a uma cerimônia no Capitólio, onde acontece o velório da juíza da Suprema Corte Ruth Ginsburg, um ícone progressista. Mas na agenda do ex-vice-presidente de Barack Obama não constavam eventos com eleitores.

- 'Muito mau com os hispânicos' -

Trump iniciou o dia no sul da Flórida, distrito eleitoral crucial no estado, de resultado incerto. Biden foi "muito mau com os hispânicos", disse o presidente, durante evento no seu clube de golfe em Doral, perto de Miami. "Sou um muro entre o sonho americano e o caos", afirmou, diante de muitos latinos que se naturalizaram americanos após chegarem ao país.

O presidente americano seguiu para o estado vizinho da Geórgia, onde os republicanos venceram as últimas seis eleições, mas correm o risco de perder a próxima. Ali, insistiu em que fez "até mais do que o prometido" pelos negros.

"Fiz mais pela comunidade negra em 47 meses do que Joe Biden em 47 anos", afirmou, referindo-se à longa carreira política de seu adversário democrata, que patrocinou uma legislação dura contra o crime na década de 1990, que, segundo especialistas, resultou em uma alta taxa de prisões de negros.

Trump disse que prevê um plano para aumentar o capital dos negros, criar 3 milhões de empregos para a comunidade negra e implementar "os mais altos padrões de vigilância". O presidente retorna, em seguida, a Washington, para se reunir com apoiadores, antes de participar de um comício noturno no aeroporto de Newport News, Virgínia.

Trump parece desestimar a preocupação com o novo coronavírus em seus eventos, onde aparece sem máscara e as aglomerações são frequentes, um cenário contra o qual advertiram os próprios especialistas do governo.

- Declarações, não comícios -

A estratégia de campanha de Biden, 77, tem sido cautelosa desde o começo da pandemia. Ele passou a maior parte dos meses recluso em sua residência de Delaware.

Apesar de o democrata ter aumentado suas aparições em estados "pendulares", como Wisconsin, Pensilvânia e Michigan, seus eventos são programados com uma interação apenas ocasional com os eleitores. Sua estratégia recente para enfrentar Trump parece ser a divulgação de declarações que abordam as diversas escalas da campanha do presidente.

"Desde a última visita do presidente Trump à Flórida, há apenas duas semanas, mais de 40 mil moradores do estado testaram positivo para Covid-19 e o estado registrou 13 mil mortes ligadas à doença", assinalou Biden ontem, enquanto Trump voava para um comício em Jacksonville. "O presidente Trump não tem um plano, mas eu, sim: vencer a Covid-19, reconstruir melhor nossa economia."

Mais de 150 chefs de cozinha e donos de restaurantes nos Estados Unidos assinaram esta semana uma carta aberta conclamando a população a votar no democrata Joe Biden na eleição presidencial. Eles também acusam o presidente Donald Trump de ter arruinado o setor com sua gestão da pandemia.

"Ao não liderar nosso país nesta crise, Donald Trump provou sua incapacidade de ocupar a presidência. Ele falhou com o setor de restaurantes, nossos funcionários, nossos clientes, e o risco é muito alto para continuar neste caminho", diz a carta.

Os signatários da carta estimam que o setor perderá um total de 240 bilhões de dólares neste ano. Milhares de restaurantes fecharam suas portas de forma temporária ou permanente.

"Os Estados Unidos precisam de uma nova direção e uma real liderança. Precisamos eleger Joe Biden como o próximo presidente dos Estados Unidos", continua o texto. "Durante toda a crise, o setor de restaurantes implorou apoio do governo", destacam. "Mas todas as vezes o presidente falhou".

"Enquanto restaurantes icônicos e pilares da comunidade passavam os últimos seis meses fornecendo alimentos para comunidades carentes e adaptando nossos negócios aos fechamentos obrigatórios, medidas de distanciamento social e um colapso econômico histórico, o governo Trump estragava a resposta à pandemia", escreveram.

Segundo a revista especializada Eater, a carta foi assinada por mais de 150 chefs e proprietários de restaurantes, incluindo a famosa chef Elizabeth Falkner, o confeiteiro Duff Goldman, a autora nova-iorquina de livros de receitas Anita Lo, e Nina Compton, do restaurante Compère Lapin em New Orleans.

Em muitas cidades americanas, como Nova York e Los Angeles, os restaurantes ainda não podem servir os clientes em ambientes fechados, apenas ao ar livre. Nova York autorizou a reabertura dos espaços internos dos restaurantes a partir de 30 de setembro, mas com apenas 25% da capacidade, como já acontece em Chicago.

Um estudo recente da associação de bares, restaurantes e hoteis de Nova York, a New York City Hospitality Alliance, indicou que cerca de nove a cada dez restaurantes (87%) não conseguem mais pagar o aluguel integralmente.

Os cidadãos do estado da Virgínia esperaram até quatro horas nesta sexta-feira para ir às urnas no primeiro dia de votação antecipada para as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 3 de novembro.

Virgínia é um dos primeiros estados, junto com Minnesota, Dakota do Sul e Wyoming, a poder escolher entre o presidente republicano, Donald Trump, e seu rival democrata, Joe Biden, nessas eleições.

Os dois candidatos escolheram Minnesota para fazer campanha nesta sexta-feira. Em 2016, a democrata Hillary Clinton venceu por pouco Trump neste estado fronteiriço com o Canadá.

Na Virgínia, cerca de 300 pessoas fizeram fila do lado de fora do local de votação de Fairfax.

"Tem havido tanta preocupação com as tentativas de atacar os correios e a votação remota e os esforços para interferir na votação, que queríamos registrar nosso voto o mais rápido possível", disse Nell Minow, moradora da cidade de Mclean.

Seu marido, David Apatoff, disse que valia a pena ir votar, apesar do risco de esperar horas próximo de outros eleitores em meio à pandemia.

"Não há nada mais importante" do que isso, disse ele sobre as eleições.

Alguns cidadãos, preocupados com a ameaça do coronavírus, foram às urnas no primeiro dia para evitar as multidões de 3 de novembro, enquanto outros mostraram sua relutância em votar pelo correio, seguindo os alertas de Trump, que afirmou várias vezes sem provas que essa modalidade poderá levar a fraudes.

O presidente novamente lançou dúvidas sobre o voto postal no sábado passado, durante um comício em Nevada.

"Eles são os democratas, estão tentando fraudar esta eleição", disse.

"Isso é melhor do que votar por correio, que não se sabe onde vai parar", disse Tom Laurya, um cidadão de Arlington.

Os democratas venceram a Virgínia nas três eleições presidenciais anteriores e Biden tem uma clara vantagem nesse estado, de acordo com as pesquisas.

Trump, contudo, ainda luta para vencer ali.

Nos últimos dias, ele enviou tuítes hostis ao governador democrata da Virgínia, Ralph Shearer, a quem descreveu como "louco", e enviou uma mensagem ao significativo número de funcionários públicos que vivem naquele estado.

"Estou defendendo suas pistolas, estou defendendo seus valores", escreveu o presidente republicano.

"Para todos os funcionários federais da Virgínia, lembrem-se, fui eu que consegui aumentos salariais, não Joe Biden, o dorminhoco", afirmou, usando o apelido que criou para seu adversário.

As eleições presidenciais dos Estados Unidos em 3 de novembro serão definidas em um punhado de estados, que o democrata Joe Biden deve conquistar para tirar a Casa Branca do presidente republicano Donald Trump.

Dos principais estados perfilados neste ano - Flórida, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Carolina do Norte e Arizona - todos votaram em Trump em 2016.

Em um sinal de como eles são decisivos, Trump viaja para dois deles, Flórida e Carolina do Norte, nesta terça-feira.

Faltando oito semanas para a eleição, o ex-vice-presidente Biden lidera a disputa com uma média de 3,2 pontos percentuais, de acordo com um conglomerado de pesquisas compiladas pelo site de pesquisas políticas e notícias RealClearPolitics (RCP).

Aqui estão informações sobre os seis principais estados chamados "pendulares":

- Pensilvânia -

O estado natal de Biden, que garante 20 votos, é marcado pelo declínio industrial.

Trump, que venceu a uma margem mínima neste estado há quatro anos, espera manter o apoio da população rural branca, enquanto se espera que as grandes cidades votem fortemente em Biden, que tem investido em recursos publicitários generosos na área.

Os voluntários do presidente invadem o estado, especialmente nos subúrbios, espaços críticos.

Biden lidera por 3,9 pontos percentuais, de acordo com o RCP.

- Flórida -

Donald Trump viajou para o "Sunshine State" (29 votos principais) nesta terça-feira, e a companheira de chapa de Joe Biden, Kamala Harris, também o fará na quinta-feira.

A maioria dos especialistas diz que a Flórida é o bunker de Trump: caso se rompa, o presidente provavelmente perderia a reeleição.

Os republicanos estão montando uma defesa feroz na Flórida, que é o lar de uma grande comunidade de origem cubana e de inúmeros aposentados, ambos inclinados ao voto conservador.

Os democratas acusam seus rivais de suprimir o acesso ao voto, especialmente em comunidades com pessoas negras.

A enorme população latina do estado será chave, e as pesquisas mostram que ela está menos alinhada com o lado democrata do que em 2016.

Biden lidera com 1,8 pontos percentuais, de acordo com o RCP.

- Michigan -

Este estado historicamente democrata inclinou-se levemente a favor de Trump em 2016 e concedeu-lhe seus 16 votos. Este ano é um território fortemente disputado.

Trump visitou Michigan anunciando o retorno da preeminência industrial dos EUA, mas seus eleitores estão preocupados com o impacto econômico da pandemia e a resposta presidencial.

O presidente espera atrair os conservadores enfurecidos com as medidas de confinamento da governadora democrata Gretchen Whitmer.

Os democratas contam com os votos dos brancos dos subúrbios, da comunidade negra e dos trabalhadores sindicalizados.

Biden lidera com 2,6 pontos percentuais, de acordo com o RCP.

- Wisconsin -

Em 2016, a democrata Hillary Clinton optou por não fazer campanha na terra dos laticínios dos EUA e local responsável por 10 votos e foi castigada pelos eleitores.

Neste ano, os democratas se concentraram em Wisconsin, fazendo dele o estado anfitrião de sua convenção nacional ocorrida no último mês, embora a reunião tenha sido realizada de forma virtual por causa da pandemia.

Na semana passada, Trump e Biden visitaram Kenosha, uma cidade atingida por duros protestos contra o racismo e a violência policial.

Biden lidera com 5 pontos percentuais.

- Carolina do Norte -

Este estado do sudeste do país, que já começou a enviar suas cédulas eleitorais pelo correio, também recebe Trump nesta terça-feira, local com a população branca, rural e idosa, além da comunidade evangélica, essencial para sua vitória em 2016.

Biden deve ser apoiado pelo eleitorado negro e a juventude urbana para conquistar os 15 votos do estado.

A Carolina do Norte, tradicionalmente conservadora, favoreceu Trump em três pontos percentuais há quatro anos, mas as pesquisas desta vez mostram uma batalha muito próxima: uma vantagem de 0,6 ponto percentual para Biden, com base na média do RCP.

- Arizona -

O Arizona (11 votos) é um reduto republicano há décadas, mas seu eleitorado está mudando com uma crescente comunidade latina e um influxo de californianos mais liberais.

Os eleitores conservadores apreciam os esforços de Trump para restringir a imigração ilegal e construir um muro na fronteira com o México.

No entanto, Trump prejudicou suas chances nesta área do sul ao criticar repetidamente o falecido senador John McCain, que representou o Arizona por décadas em Washington e cujo legado ainda permanece na política estadual.

Biden lidera por 5 pontos percentuais, com base na média do RCP.

O ator e diretor de cinema Clint Eastwood, conhecido por suas simpatias republicanas, apoiará nas próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos o democrata Michael Bloomberg e não Donald Trump, para quem declarou voto há quatro anos.

Em uma longa entrevista, o vencedor do Oscar de 89 anos disse ao The Wall Street Journal que, embora aprecie algumas das ações do presidente Trump, a política nos Estados Unidos se tornou "irritante".

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Trump deve agir "de uma maneira mais gentil, sem usar o Twitter ou chamar pessoas por apelidos", disse Eastwood, que apoiou o magnata republicano em 2016 quando enfrentou a democrata Hillary Clinton.

"O melhor que podemos fazer é levar Mike Bloomberg" para a Casa Branca, disse em entrevista publicada na noite desta sexta-feira, citando o magnata da mídia que concorre à indicação do Partido Democrata para enfrentar Trump em novembro.

Bloomberg, 78, é ex-prefeito de Nova York, o que significa que os dois homens têm alguma experiência política em comum. Embora Eastwood seja mais conhecido por sua carreira em Hollywood, ele também foi prefeito da cidade de Carmel, na Califórnia, por dois anos.

Em 2012, foi protagonista de um momento inusitado quando ele subiu ao palco durante a Convenção Nacional Republicana, na qual o partido nomeou Mitt Romney como candidato à presidência, e iniciou uma conversa com um imaginário Barack Obama que "ocupava" uma cadeira vazia.

As atrizes latinas América Ferrera, Eva Longoria, Gina Rodríguez, Rosario Dawson e Zoe Saldaña fizeram uma festa no domingo em Little Havana, o coração cubano de Miami, para estimular o voto democrata em um reduto republicano.

Após um comício em Kissimmee, no centro da Flórida, as atrizes chegaram a Miami para montar a festa a favor do candidato democrata Andrew Gillum, que na terça-feira pode se tornar o primeiro afro-americano a ganhar o governo deste estado.

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Gillum enfrenta o republicano Ron DeSantis, apoiado pelo presidente Donald Trump.

"Temos muito em jogo nestas eleições", disse Eva Longoria, que ganhou fama internacional com a série "Desperate Housewives", às cerca de 200 pessoas que lotaram a emblemática discoteca de salsa Ball & Chain.

"Crescemos ouvindo que somos 'os outros' e agora nosso movimento de 'outros' é enorme e estamos a ponto de sair para votar", disse Zoe Saldaña, filha de um dominicano com uma porto-riquenha e estrela de "Avatar".

O comício "Latinos en Marcha" busca encorajar os eleitores hispânicos da Flórida (16,4%) a votarem nas eleições de meio de mandato desta terça-feira, que elegerá legisladores, governadores e autoridades locais.

Os cubanos, sobretudo os mais velhos, costumam votar nos republicanos porque querem políticas duras contra o governo de Cuba. No entanto, as novas gerações de exilados costumam ter uma visão mais moderada.

Na véspera das eleições dos Estados Unidos, o presidente democrata e candidato a reeleição, Barak Obama, e o republicano Mitt Romney, intensificam suas agendas e buscam conquistar o maior número de eleitores. Nas pesquisas do voto popular, ambos estão empatados tecnicamente, o que deixa a disputa cada vez mais acirrada. Por ser a nação mais rica do planeta terra, os norte americanos recebem atenção especial e, dependendo do candidato vitorioso, mudanças significativas podem acontecer no cenário mundial.

Apesar de Obama ter desenvolvido um governo progressista, racional e em alguns momentos visionário, a reeleição do primeiro presidente afro americano inspira divergências entre os cidadãos norte americanos. O democrata alcançou êxitos legislativos, sociais e na política externa, sucessos que aliviaram os erros cometidos pelo ex-presidente George Bush. Na campanha, o democrata tem se preocupado com o aumento dos impostos e o corte de gastos a partir de 1° de janeiro, o que pode tirar o país da zona de risco e recessão.

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Já o ex-governador do estado de  Massachusetts, Mitt Romney, tem se apresentado como um político moderado, um gerente que sabe ouvir e pode restaurar o equilíbrio entre o setor público e privado dos Estado Unidos. Ele argumenta que Obama chegou ao poder como uma figura de transformação, mas a expectativa caiu por terra em meio a recessão na qual o país vive e o presidente não conseguiu aproximar a oposição hiperbólica para votar as matérias mais importantes.

O que chama a atenção do cenário político norte americano é a forma indireta que seus cidadãos exercem a democracia. O sistema tem origem na fundação dos Estados Unidos e os colégios eleitorais levam em conta os estados que foram criados antes do país, uma consequência da descentralização do poder federal. O eleitor escolhe os 538 delegados divididos entre os 50 estados e os três representantes do distrito de Colúmbia, onde fica a capital, Washigton.

Alguns estados recebem uma atenção maior, como é o caso da Califórnia, que escolhe 55 delegados, Texas com 38 e Florida, com 29. Mas para vencer o candidato precisa do voto de 270 delegados - somente o voto popular não é suficiente. A disputa de 2000 pode servir de exemplo pois, nesta eleição, o democrata Al Gore obteve 48,38% dos votos populares contra 47,87 do republicano George W. Bush, que conquistou 271 delegados, contra 267 do democrata. Dessa forma, Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos.

Os delegados são nomeados previamente por seus partidos e em alguns estados é exigido a fidelidade partidária - eles são obrigados a votar no partido que representam. Em outros, estão livres para votar em qualquer candidato.

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