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Oito candidatos republicanos participaram na quarta-feira (23) no primeiro debate dos conservadores para as primárias de 2024, um evento marcado pela ausência de Donald Trump.

A esnobada de Trump tirou de seus rivais, em grande desvantagem nas pesquisas, a oportunidade de confrontar o ex-presidente ao vivo durante duas horas no debate organizado na cidade de Milwaukee, no estado de Wisconsin.

Trump optou por conceder uma entrevista pré-gravada a Tucker Carlson, ex-apresentador do canal Fox News, divulgada nas redes sociais poucos minutos antes do início do debate.s

Apesar da ausência, o ex-presidente foi citado diversas vezes pelos demais candidatos, com várias perguntas dos apresentadores e moderadores da Fox News sobre os vários processos que Trump enfrenta na justiça.

Os candidatos foram questionados se apoiariam Trump como o indicado do partido na disputa eleitora, mesmo que seja condenado nos processos criminais que enfrenta. Quase todos levantaram a mão, com exceção do governador do Arkansas, Asa Hutchinson, e do ex-governador Nova Jersey Chris Christie.

"Aqui está o limite. Alguém precisa parar de normalizar esta conduta, OK?", disse Christie. "Quer você acredite ou não que as acusações criminais são corretas ou incorretas, a conduta está abaixo do cargo de presidente dos Estados Unidos", acrescentou.

Christie foi vaiado, assim como Hutchinson, que declarou: "Obviamente, eu não vou apoiar alguém que foi condenado por um delito grave".

Trump se apresentará nesta quinta-feira (24) às autoridades de Atlanta devido à quarta acusação que recebeu este ano, neste caso por uma suposta conspiração criminosa para tentar alterar o resultado das eleições de 2020, quando perdeu para Joe Biden.

Trump declarou na entrevista a Carlson que não fazia sentido participar no debate porque tem uma vantagem muito grande nas pesquisas - mais de 40 pontos segundo a média do RealCLearPolitics.

Ele chamou Biden de "pior presidente da história" do país e sugeriu que o democrata, de 80 anos, pode não ser o candidato de seu partido nas eleições de novembro de 2024.

"Penso que está pior mentalmente que fisicamente, e fisicamente não é exatamente um triatleta", disse Trump sobre Biden.

O republicano, de 77 anos, também rebateu as quatro acusações criminais apresentadas contra ele, que chamou de "triviais, bobagens".

- Debate feroz e confrontos -

Para o rival republicano mais próximo de Trump nas pesquisas, o governador da Flórida, Ron DeSantis, o debate foi uma oportunidade de tentar reverter a tendência de queda no apoio e demonstrar que é uma alternativa viável.

DeSantis, 44 anos, advertiu que o país está "em declínio" e que a situação "não é inevitável. É uma escolha".

Com Trump muito à frente nas pesquisas entre republicanos, o debate foi uma vitrine para aqueles que podem aspirar a posição de vice na chapa do ex-presidente.

O empresário Vivek Ramaswamy, discreto, aproveitou para se apresentar à opinião pública. Mike Pence, que foi vice-presidente de Trump, afirmou que é o "melhor preparado" para o cargo.

Os candidatos questionaram a mudança climática, criticaram a violência nas ruas e expressaram apoio às restrições ao aborto, um tema que polariza os Estados Unido.

DeSantis tentou permanecer fora da briga durante grande parte do debate, mas foi especialmente fervoroso ao defender o uso de "força letal" para impedir o tráfico de drogas na fronteira com o México.

"Quando estes traficantes de drogas transportarem fentanil através da fronteira, esta será a última coisa que farão", disse.

A campanha de Biden comprou espaços publicitários caros na Fox News e em seu site antes do debate. O presidente afirmou que assistiria o evento dentro do possível.

Horas antes do debate, Rudy Giuliani, ex-advogado de Trump, acusado de associação ilícita no caso da Geórgia ao lado do ex-presidente e de outras 17 pessoas, se entregou à polícia em Atlanta.

O congressista republicano Lee Zeldin foi atacado na quinta-feira durante um comício de campanha no norte do estado de Nova York, nos Estados Unidos, informou a autoridade local.

O deputado pretende se tornar governador e concorre com a atual governadora, a democrata Kathy Hochul, nas eleições de novembro.

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Zeldin falava em um comício na cidade de Perinton às 20h (horário local, 21h em Brasília) quando um homem de 43 anos subiu ao palco e o atacou, de acordo com um comunicado do gabinete do comissário local.

O agressor "tinha uma arma, brandiu-a contra o pescoço de Zeldin e disse-lhe: 'acabou'", disse a autoridade, que especificou que a equipe do político e os participantes conseguiram imobilizar o homem até a chegada dos agentes.

Quando o atacante avançou sobre Zeldin, os dois lutaram por alguns segundos antes que os presentes interviessem.

"Alguém tentou me esfaquear durante o comício esta noite, mas felizmente consegui agarrá-lo pelo pulso e pará-lo por alguns momentos antes que outros o atacassem", escreveu Zeldin no Twitter.

Defensor da agenda conservadora e contra a população LGBTQIA+, o deputado norte-americano Madison Cawthorn teve um vídeo vazado em que aparece sem roupa e finge fazer sexo com outro homem. O republicano disse que se tratava de uma brincadeira. 

Prestes a disputar a reeleição, Cawthorn, de 26 anos, confirmou que era ele nas imagens e apontou que estava sendo chantageado. Em março, ele acusou outros republicanos de convidá-lo para orgias e que viu alguns parlamentares usando cocaína. 

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 Criado em uma comunidade batista conservadora na Carolina do Norte, o congressista pauta o tradicionalismo cristão em suas atividades políticas. Durante a campanha, Cawthorn se apoiou na imagem do ex-presidente Donald Trump e prometeu ser "uma voz forte de fé, família e liberdade". 

"Um novo golpe contra mim acabou de cair. Anos atrás, neste vídeo, eu estava sendo grosseiro com um amigo, tentando ser engraçado. Estávamos agindo tolos e brincando. É isso", defendeu-se do vazamento publicado pelo American Muckrakers PAC. 

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O vídeo gerou boatos de que o outro homem seria seu assessor Stephen Smith, mas a identidade da pessoa que participava da "brincadeira" com Cawthorn não foi revelada.

O candidato republicano se venceu a eleição para o governo do estado da Virginia, de acordo com as projeções da imprensa, uma disputa considerara um termômetro das políticas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

O bilionário Glenn Youngkin, 54 anos, tinha vantagem de 2,7 pontos sobre o democrata Terry McAuliffe com mais de 95% dos votos apurados, o que levou os canais NBC e ABC a anunciara vitória do republicano.

O candidato democrata, governador da Virginia até janeiro de 2018, começou a disputa como o favorito, mas nos últimos dias de campanha as pesquisas apontaram um empate.

O fato de um bilionário que disputou eleições pela primeira vez derrotar um ex-governador popular é um golpe para Biden antes das importantes eleições de 2022, que determinarão o controle do Congresso.

Youngkin investiu pelo menos 20 milhões de dólares de sua fortuna durante a campanha.

A eleição era considerada uma guerra entre Biden e o ex-presidente Donald Trump, que apoiou Youngkin desde o início.

A campanha equilibrista de Youngkin provavelmente será um modelo para os republicanos de todo o país, que tentarão aproveitar a base de apoiadores de Trump nas eleições de meio de mandato, ao mesmo tempo que tentam evitar prejuízos a sua imagem entre os moderados.

- Os planos de Biden -

Os democratas queriam transformar a disputa em um referendo sobre Trump.

No início da campanha, Youngkin aceitou o apoio de Trump e evitou críticas ao ex-presidente. Mas também evitou deliberadamente aparecer ao lado do líder republicano, mal visto entre os independentes em grande parte da Virginia, ou se apresentar como um assistente de Trump.

A derrota de McAuliffe também assustará os moderados do Capitólio e fará com que alguns deixem de apoiar o plano de Biden de 3 trilhões de dólares para estimular a economia.

O plano, centrado no bem-estar social e nas infraestruturas, é fundamental na agenda política do presidente, mas está sofrendo importantes contratempos para ser aprovado em Washington.

Na terça-feira também aconteceram eleições em outros estados. Na cidade de Nova York, o democrata Eric Adams venceu a prefeitura e no estado de Nova Jersey a vitória foi de seu companheiro de partido Phil Murphy.

- Guerra cultural -

McAuliffe enfrentou grandes adversidades na tentativa de obter um cargo que já havia ocupado, pois o partido majoritário em Washington costuma sofrer um desgaste político durante o primeiro mandato de um presidente.

Youngkik se viu obrigado a fazer malabarismo, pois a grande maioria dos republicanos acredita na falsa alegação de Trump de que a eleição presidencial que perdeu para Biden foi fraudulenta, e neste cenário admitir a verdade tem riscos políticos.

O governador eleito optou por concentrar a campanha em temas locais da "guerra cultural" como o aborto, a obrigatoriedade do uso de máscaras e o ensino da "teoria crítica da raça", corrente de pensamento que analisa o racismo como um sistema que permeia todos os níveis da sociedade para além dos preconceitos individuais

McAuliffe, de 64 anos, se apresentou como alguém que recuperou empregos após a crise financeira mundial de 2008 e prometeu repetir a gestão após a pandemia.

Porém, meses depois da vitória dos democratas na presidência e Congresso, os eleitores da Virginia escolheram um caminho diferente. O Partido Republicano retorna ao governo do estado após mais de uma década.

Após a confirmação de projeções que apontam sua vitória sobre o republicano Donald Trump, o ex-vice presidente de Barack Obama, Joe Biden, mudou a bio de sua conta no Twitter declarando-se “Presidente eleito”. Ele também fez um tweet no qual se disse honrado por ter sido escolhido pelo país para governar. 

“América, estou honrado por você ter me escolhido para liderar nosso grande país. O trabalho que temos pela frente será árduo, mas eu prometo a você o seguinte: serei um presidente para todos os americanos - quer você tenha votado em mim ou não. Vou manter a fé que você colocou em mim”, escreveu Biden, junto a um vídeo que exibe imagens dos Estados Unidos ao som da música “America the Beautiful”, de Ray Charles. 

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O último comentário de Donald Trump no Twitter, feito da confirmação da vitória de Biden, questionava mais uma vez a contagem dos votos, em especial os que foram enviados por correio. “EU GANHEI ESTA ELEIÇÃO, DE MUITO!” disse Trump em letras garrafais. O Twitter inseriu um aviso na postagem, afirmando que a alegação do presidente não é confirmada por fontes oficiais, como já aconteceu com diversos outros tweets dele.

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Bill Weld, que pretende desafiar Donald Trump nas primárias republicanas para a eleição presidencial de 2020, denunciou neste domingo (11) o "racismo" do presidente americano.

Weld disse querer ajudar os trabalhadores mal remunerados, defender o meio ambiente e unir os americanos, mas este ex-governador de Massachusetts de 74 anos talvez seja o pré-candidato com menos chances de disputar as eleições no ano que vem, já que Trump conta com o apoio total do Partido Republicano.

À margem de um ato eleitoral realizado em uma feira popular em Des Moines, Iowa, Weld lançou uma advertência ao seu partido.

"Se o Partido Republicano em Washington não condenar expressamente seus discursos racistas", disse referindo-se a Trump, "corre o risco de uma derrota maciça em 2020".

O presidente, acrescentou, tem sangue nas mãos depois do tiroteio em El Paso, Texas, do final de semana passado, que causou 22 mortes, depois da divulgação de um manifesto racista do atirador que "parece diretamente inspirado por discursos (de Trump)".

"Sim, eu o vinculo especificamente à chacina de El Paso, mas também mais amplamente à atmosfera que leva a todas essas chacinas", afirmou.

Trump e seus assessores decidiram "dividir o país de todas as maneiras possíveis", injetando ira e ódio nos americanos. "É a direção contrária a que devemos tomar", ressaltou.

Próximo aos libertários - que se opõem fortemente a toda forma de intervenção do Estado federal - Weld manifestou opiniões surpreendentemente progressistas.

"Os ricos são muito ricos, os pobres muito pobres, e isso não é bom para a coesão social", apontou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou as afirmações de dois importantes membros do Partido Democrata no Congresso de que exista um acordo com ele para garantir proteção a imigrantes jovens que vivem ilegalmente nos Estados Unidos. Além disso, Trump defendeu um reforço na segurança com a construção de um muro na fronteira com o México.

Em várias mensagens no Twitter na manhã desta quinta-feira, Trump garantiu que "nenhum acordo foi feito ontem à noite sobre o DACA", em referência à sigla do programa para imigrantes jovens dos EUA (Deferred Action for Childhood Arrivals). Anteriormente, porém, o senador democrata Chuck Schumer e a líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, haviam dito que houve um acordo para que o programa fosse retomado, em troca de medidas adicionais de segurança para combater a imigração ilegal.

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"O MURO, que já está em construção na forma de novas renovações de velhas cercas e muros existentes, continuará a ser construído", afirmou Trump. O presidente negou o acordo sobre o DACA e disse que, para isso ocorrer, deve haver um grande investimento na segurança fronteiriça em troca. "Isso seria sujeito à votação", comentou.

Trump ainda defendeu os jovens imigrantes, que segundo ele estão no país há muitos anos, sem cometer nenhuma falha, já que foram levados pelos parentes quando jovens. Ele questionou se alguém queria expulsar "jovens bons, educados e realizadores que têm empregos, alguns deles militares?".

Além disso, o presidente disse que deixa Washington hoje para ir até a Flórida ver os estragos causados pelo furacão Irma e também conversar com os agentes envolvidos na resposta aos problemas causados.

O senador republicano John McCain, um dos mais importantes políticos dos Estados Unidos, foi diagnosticado com um câncer no cérebro, informou seu gabinete nesta quarta-feira (19).

Veterano da Guerra do Vietnã, McCain foi internado nos últimos dias e passou por uma cirurgia para retirar um coágulo de sangue acima do olho esquerdo. Atualmente, ele já está se recuperando da intervenção em sua casa no Arizona.

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Após a cirurgia, exames constataram que ele tem um glioblastoma, uma forma agressiva de câncer no cérebro e agora está sendo avaliado qual tipo de tratamento ele terá que enfrentar .

Aos 80 anos, McCain é um dos republicanos mais ativos e também conhecido por não se alinhar às propostas do atual presidente do país, que pertence a sua sigla, Donald Trump. Em 2008, ele perdeu a disputa à Presidência para o democrata Barack Obama.

Apesar da "rivalidade" política, Trump enviou uma mensagem ao senador em que afirma que o senador "sempre foi um lutador". "Melania e eu enviamos nossos pensamentos e orações para o senador McCain, Cindy, e sua família toda. Fique bem logo", escreveu em uma nota oficial.

Através do Twitter, Obama também enviou uma uma mensagem. "John McCain é um herói norte-americano e um dos maiores lutadores que eu já conheci. Câncer não sabe sobre com quem está lutando. Fique bem, John", escreveu o ex-presidente. 

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (4) o projeto de lei promovido pelo presidente Donald Trump para substituir o sistema de seguros médicos privados conhecido como Obamacare.

Uma versão anterior do projeto para anular o Obamacare fracassou em março, boicotada pela oposição tanto de moderados como de conservadores dentro do Partido Republicano.

Os que apoiam a nova versão, que deverá ser analisada e votada no Senado, a defendem como parte de um sistema de livre mercado, centrado no paciente.

Como funcionaria o novo sistema?

Estes são os pontos-chave do sistema de saúde atual - que ajuda 20 milhões de americanos a terem cobertura, mas que foi criticado por aumentar os prêmios e outros custos - e as mudanças propostas pelo plano republicano.

- Fim da cobertura obrigatória -

Nos Estados Unidos, o seguro médico é basicamente privado. Cerca de metade dos americanos tem cobertura através de seus empregadores, com frequência a um custo razoável, segundo a Kaiser Family Foundation.

Cerca de um terço dos americanos estão cobertos pelos planos do governo, seja através do Medicare, para os maiores de 65 anos, ou do Medicaid, o programa de seguros para pessoas de baixa renda.

O resto tem que se virar por conta própria: compram seguros ou não têm cobertura e pagam pelos seus gastos médicos. Os custos para estes grupos podem ser muito altos.

Sob as reformas de Barack Obama, as pessoas devem obter um seguro de saúde ou pagar uma multa.

Esperava-se que o fato de obrigar pessoas jovens e saudáveis a adquirir o seguro de saúde serviria para compensar os custos médicos para os americanos mais pobres, idosos e doentes.

O projeto de lei promovido pelos republicanos e aprovado nesta quinta-feira na Câmara pretende gerar um sistema de créditos fiscais destinado a ajudar as pessoas a comprar seguros de saúde.

Mas os democratas alertam que esses créditos são em média menores do que os subsídios incorporados nos prêmios do Obamacare, especialmente para os americanos idosos que ainda são contemplados pelo Medicare.

- Mantém medidas populares -

Apesar dos pedidos republicanos durante a campanha eleitoral do ano passado para acabar completamente com o Obamacare, o projeto substituto pretende manter duas disposições muito populares.

Uma é a que permite aos dependentes permanecer no plano de seguro de seus pais até os 26 anos de idade; a outra impede que as companhias de seguros neguem a cobertura a qualquer pessoa devido a condições preexistentes, embora alguns analistas tenham expressado preocupação de que as reformas propostas para proteger esses pacientes sejam inadequadas.

- Reformas republicanas -

As personas sem seguro não seriam multadas sob um novo plano, que já não obrigaria à cobertura individual.

A liderança do Partido Republicano convenceu vários céticos com uma emenda que acrescenta um suplemento de oito bilhões de dólares em cinco anos destinado a cobrir os custos de seguros para pessoas com doenças preexistentes.

Os estados poderiam solicitar a isenção de algumas cláusulas que eram chave no Obamacare, incluindo uma que exigia uma cobertura mínima de serviços considerados essenciais, como os cuidados de maternidade e os serviços de emergência.

Também seriam capazes de optar por não seguir uma regra que proíbe as seguradoras de cobrar mais dos que têm problemas médicos.

Nesses estados as seguradoras poderiam, portanto, oferecer planos de cuidados mais baratos - e potencialmente mais mesquinhos.

Teriam que criar programas alternativos para mitigar os riscos das seguradoras com pacientes de "alto custo", que poderiam se agrupar em "consórcios de alto risco" subsidiados publicamente.

O Obamacare permitiu a expansão do Medicaid, um programa de cuidados médicos administrado pelos estados para indivíduos e famílias de baixos recursos.

A popularidade do magnata republicano Donald Trump subiu a 46% desde a sua vitória nas eleições de 8 de novembro, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda (21) pela Politico/Morning Consult. Pelos dados, Trump conseguiu aumentar sua popularidade em nove pontos percentuais em menos de 15 dias.

Antes das eleições, a maioria das pesquisas de intenção de voto apontava para uma derrota de Trump e uma vitória da democrata Hillary Clinton. Até no exterior, Trump tem conquistado alguns resultados que antes eram inesperados. O Reino Unido poderia ser o primeiro país a receber uma visita oficial do novo presidente dos Estados Unidos. Segundo fontes de Downing Street, o magnata poderia receber o convite da rainha Elizabeth II, que avalia uma recomendação do governo conservador da premier Theresa May.

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A visita poderia ocorrer nos primeiros meses de 2017, já que Trump toma posse em 20 de janeiro, com todas as formalidades de chefe de Estado para poder confirmar a relação estratégica entre EUA e Reino Unido. No início do ano, o Parlamento britânico analisou uma petição popular que pedia a proibição da entrada de Trump no país devido às suas declarações polêmicas sobre imigrantes e muçulmanos. A petição foi assinada por mais de 600 mil ingleses.

A estrela de Donald Trump na calçada da fama de Hollywood, em Los Angeles (Califórnia), ficou danificada depois que um crítico do candidato republicano a depredou nesta quarta-feira usando uma picareta e um martelo, a 13 dias das eleições presidenciais americanas.

Um homem que se identificou para uma agência de notícias local como James Lambert Otis arrancou as letras em dourado com o nome do magnata e o logo em forma de televisor. Otis disse que sua intenção era remover completamente a estrela da calçada do Hollywood Boulevard, com o objetivo de leiloá-la e doar o dinheiro às mulheres que alegaram ter sido assediadas sexualmente por Trump - acusações que o candidato nega -, mas não conseguiu arrancar a placa do pavimento.

"Foi muito difícil, a pedra era como mármore, difícil de tirar", disse, cerca de uma hora após a tentativa fracassada, que ocorreu às 5h45 da manhã (horário local). Otis tentará vender os pedaços que arrancou, e não descarta a possibilidade de voltar ao local para danificar ainda mais a estrela que Trump recebeu em 2007 pelo seu trabalho no reality show "The Apprentice" (O Aprendiz).

"Não tenho medo de ir para a prisão e definitivamente não tenho medo do senhor Trump", disse Otis, que assegura ter sido detido 24 vezes em protestos por outras causas. "Isto é tão ruim quanto atacar a Estátua da Liberdade", disse à AFP Melsore Larry Green, de 65 anos, que apoia o republicano. "Isto é vergonhoso, e o que vai conseguir é que Trump ganhe mais votos", acrescentou.

Não é a primeira vez que a estrela de Trump é alvo de protestos. Em julho, um artista de rua de Los Angeles a rodeou com um muro de 15 centímetros, feito de tábuas de madeira e coberto com arame farpado, em uma crítica à promessa de campanha do candidato de construir um muro na fronteira entre o México e os Estados Unidos para deter a imigração ilegal.

No ano passado, excrementos foram deixados na estrela, e alguém desenhou um grande X amarelo sobre ela. No início deste ano, uma suástica foi pintada em cima da placa. O departamento de polícia de Los Angeles informou que abriu uma investigação sobre o incidente.

"Temos vídeos de segurança, assim como um vídeo que foi publicado na internet. Nossos detetives estão analisando o material e confiam em que identificarão o suspeito", disse Liliana Preciado, porta-voz do corpo de segurança.

O primeiro debate presidencial entre a candidata democrata, Hillary Clinton, e o republicano, Donald Trump, foi marcado por trocas de acusações e propostas que mostram as diferentes visões de governo de cada um dos dois concorrentes.

Segundo uma sondagem realizada pela emissora norte-americana "CNN", 62% dos entrevistados afirmaram que a ex-secretária de Estado foi a vencedora do embate e 27% disseram que Trump se saiu melhor. Dos questionados, 41% se disse democrata.

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Durante os 90 minutos de embate, sem intervalos, os dois mostraram qualidades diferentes. Enquanto Hillary apresentou uma postura com enorme segurança, Trump partiu para o ataque, mas ficou sem ação em alguns dos questionamentos. Cerca de 100 milhões de norte-americanos acompanharam o debate.

No início, Trump começou atacando Hillary por ela estar fazendo política "há 30 anos" e de estar se preparando "demais" para o embate daquela noite. "Eu acho que Donald está me criticando por me preparar para este debate. E sim, eu fiz isso. E vocês sabem para o que além disso estou me preparando? Eu estou preparada para a Presidência e isso é uma coisa boa", disse ovacionada pela plateia.

Em um outro momento crítico, Trump acusou o atual presidente Barack Obama e Hillary de serem os responsáveis pela tensão racial que aflorou no país, dizendo que ambos tem medo "da lei e da ordem" - seu slogan de campanha.

A democrata afirmou que quer investir na preparação da polícia e na aproximação às comunidades negras. Aproveitando o gancho, ela acusou o magnata de fazer uma "mentira racista" ao defender, por muitos anos, que Obama não poderia ser presidente "por ter nascido no Quênia" - algo que fez o magnata voltar atrás recentemente.

O republicano voltou a acusar Obama e Hillary de ter feito "aquela bagunça" no Oriente Médio "que causou o nascimento do Estado Islâmico" ao que a democrata respondeu que "ao menos ela tem um plano para combater o Isis".

Hillary partiu para o ataque na questão das taxas aos mais ricos e ironizou a carreira de Trump, que "recebeu um empréstimo de US$ 14 milhões de seu pai", dizendo que talvez "ele não seja tão rico quanto diz" já que não quer divulgar seus dados de imposto de renda dos últimos anos. Além disso, ela afirmou que o republicano lucrou com a enorme crise financeira de 2008.

"Eu vou torná-lo público quando você revelar o que tinha naqueles 33 mil emails", disse Trump lembrando do caso do envio de conversas oficiais através de emails particulares na época em que Hillary era secretária de Estado. A democrata reconheceu "seu erro" de enviar os dados por uma conta particular e disse que hoje faria diferente.

Por sua vez, ela acusou Trump de ser "fã" de Vladimir Putin, o presidente da Rússia, e disse ser inaceitável ele instigar hackers russos a procurar esses dados.

A saúde de Hillary voltou a ser um ponto de questionamento de Trump, que lembrou de seus recentes problemas de saúde, e disse que "parece que ela não tem energia" para assumir o cargo.

"Depois que ele tiver viajado para 112 países, negociado acordos de paz, um cessar-fogo ou mesmo tiver passado 11 horas prestando testemunho no Congresso, ele pode falar sobre ter energia", rebateu a candidata.

O debate ocorreu em um momento que diversas pesquisas de opinião mostram que os dois concorrentes estão praticamente empatados nas intenções de voto para as eleições do dia 8 de novembro.

Agora, os dois voltarão a fazer debates televisionados nos dias 9 de outubro, em Saint Louis, e no dia 19 do mesmo mês, em Las Vegas.

Ex-funcionários que denunciam fraude, técnicas de venda controversas: a justiça dos Estados Unidos publicou novos documentos incômodos para a "universidade" fundada por Donald Trump, em 2004, e que hoje é alvo de uma investigação.

A instituição, que fechou as portas em 2010, poderia levar o provável candidato republicano à Casa Branca diante dos tribunais.

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"Enquanto a Universidade Trump fingia ajudar a ganhar dinheiro em imóveis, a única coisa que lhe interessava era vender caros seminários", declarou o ex-diretor de vendas Ronald Schnackenberg em uma declaração por escrito.

Schnackenberg renunciou em 2007 por práticas "enganosas, fraudulentas e desonestas", fazendo eco às queixas coletivas dos antigos "alunos" que asseguram terem sido enganados.

Jason Nicholas, outro ex-funcionário, admitiu que os seminários estavam a cargo de pessoas "não qualificadas, que se faziam passar pelo 'braço direito' de Donald Trump".

"Era uma fachada, uma mentira total", disse em sua declaração.

A justiça publicou manuais que detalham as técnicas de venda: impulsionavam eventuais clientes a desembolsar até 35.000 dólares para "se formarem" nos seminários e, assim, conseguirem uma fortuna como a de Trump.

"Digam-lhes que encontraram a solução para os seus problemas e uma maneira de mudar suas vida", indica um dos manuais, que dá detalhes desde a localização das cadeiras até a temperatura ideal para se persuadir alguém.

"A adesão começa aqui. Assegurem-se de parabenizar o comprador, dar um aperto de mão e estabelecer contato visual", pode ser lido nas instruções em que os vendedores são obrigados a rechaçar "a falta de dinheiro como uma desculpa" para não entrarem na "universidade".

Contactado pela AFP, um porta-voz de Trump estimou que esses documentos não fundamentam bem a demanda e que, pelo contrário, revelam um "importante nível de satisfação" pelos estudantes.

Trump sempre defendeu sua universidade e acusa de parcialidade o juiz californiano encarregado do caso, Gonzalo Curiel, dizendo que ele seria desfavorável por ser "mexicano".

Curiel nasceu em Indiana, centro-oeste dos Estados Unidos.

O  empresário Donald Trump atingiu, nesta quinta-feira (26), o número de delegados necessários para conquistar a indicação republicana para concorrer às eleições para presidente dos Estados Unidos, em novembro deste ano. O número de delegados necessários para alcançar a indicação é 1.237, mas Trump já tem 1.238. O cálculo foi feito pela agência de notícias Associated Press. 

O cálculo da Associated Press se baseou em entrevistas feitas a delegados que ainda não declararam publicamente apoio a nenhum candidato. Com isso, a agência chegou à conclusão que Trump passou do número mínimo de delegados necessários para se tornar o candidato republicano.

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As próximas primárias do partido, marcadas para 7 de junho, em cinco estados norte-americanos, ainda devem definir o apoio de 303 delegados. Isso deverá ampliar ainda mais o apoio a Trump, evitando também uma eventual contestação da vitória do candidato republicano.

Tump era, desde o início de maio, o único candidato remanescente que aspirava a representar o Partido Republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, após a desistência do candidato que vinha em segundo lugar na preferência dos delegados do partido, senador Ted Cruz. A desistência de Cruz ocorreu depois de ele perder as primárias no estado de Indiana, por uma larga margem de votos. Um dia depois, o governador de Ohio, John Kasich, que igualmente aspirava a representar o Partido Republicano, também desistiu de concorrer.

Embora tenha alcançado o número de delegados necessários, Trump terá ainda que submeter seu nome a uma convenção nacional do Partido Republicano, marcada para julho, na cidade de Cleveland, estado de Ohio.

Trump começou sua campanha em junho de 2015. No início, não era visto como um candidato viável pela cúpula do Partido Republicano. No entanto, aos poucos, foi ganhando apoio devido ao seu estilo franco e às declarações polêmicas. Esse estilo garantiu muito tempo de visibilidade nos noticiários de televisão, rádio e sites da internet.

Protestos

As declarações de Trump também provocaram protestos em várias cidades dos Estados Unidos, principalmente pelo tom desrepeitoso com que o candidato republicano se referia a países de longa tradição de amizade com os Estados Unidos e também aos imigrantes. Os últimos protestos registrados ocorreram esta semana na cidade de Albuquerque, no estado de Novo México. Novas manifestações estão sendo aguardadas na Califórnia, um dos estados em que ocorrerão primárias em 7 de junho.

Em 2 de maio deste ano, em um comício em Indiana, Trump disse : "Não podemos continuar permitindo que a China permaneça a estuprar nosso país, e é isso que [os chineses] estão fazendo". Trump também disse, em outros comícios, que pretende proibir muçulmanos de entrar em território norte-americano, chamou ainda de “horrendo” o acordo assinado pelos EUA com o Irã e se comprometeu a "construir um muro" ao longo da fronteira mexicana.

"Estuprador", "Trago drogas", "Criminoso". Estas eram as palavras nos cartazes erguidos neste sábado pelo premiado cineasta mexicano Alfonso Cuarón, por seu filho Jonás e pelo ator Gael García Bernal, no lançamento de uma campanha contra o pré-candidato à presidência dos EUA, Donald Trump.

As palavras remetem a xingamentos feitos pelo próprio Trump contra cidadãos mexicanos, ao longo da campanha eleitoral nos EUA.

Os artistas aproveitaram a apresentação para a imprensa do drama migratório "Desierto", obra de Jonás Cuarón produzida pelo pai, para estimular os mexicanos a postarem nas redes sociais fotos com essas palavras em uma campanha intitulada "Palavras como balas".

A equipe de "Desierto" lançou um grupo no Facebook e no Instagram para que os mexicanos compartilhem seus "selfies" de denúncia.

No lançamento de sua pré-candidatura pelo Partido Republicano, o magnata Donald Trump disse que o México envia seus piores cidadãos para os Estados Unidos, alegando que muitos são "estupradores", ou "criminosos", que levam "drogas" para o país. Também propôs construir um grande muro na fronteira e prometeu enviar a fatura para o México.

O pré-candidato republicano Donald Trump sugeriu, nesta quarta-feira, algum tipo de sanção às mulheres que abortarem, provocando duras críticas de defensores do direito a essa prática. "Deve haver alguma forma de castigo", declarou o polêmico magnata, de acordo com trechos antecipados de uma entrevista à rede MSNBC que será transmitida à noite.

Trump disse ainda que é preciso "proibir" o aborto, legalizado nos Estados Unidos em uma decisão histórica da Suprema Corte, em 1973, conhecida como "Roe vs Wade". O tema divide os americanos entre os defensores do direito das mulheres a abortar e seus opositores.

Trump foi entrevistado pelo apresentador Chris Matthews, que lhe perguntou "se acreditava que fazia falta uma punição para o aborto", ao afirmar que "o aborto é um crime". Mais tarde, Trump publicou um comunicado para se explicar: "esta pergunta não é clara e deveria ser devolvida aos estados para que decidam".

No passado, Trump chegou a defender o direito ao aborto até mudar de posição durante essa campanha nas primárias.

"Como Ronald Reagan, sou pró-vida, com algumas exceções", afirmou em seu comunicado.

Sua oponente democrata, a ex-senadora Hillary Clinton, denunciou no Twitter as declarações "aterradoras e reveladoras" de Donald Trump.

O bilionário Donald Trump, pré-candidato do Partido Republicano para a eleição presidencial americana, acusou os muçulmanos de não fazer o suficiente para evitar os atentados, em uma entrevista exibida nesta quarta-feira pelo canal britânico ITV.

"Eu diria isto aos muçulmanos, nos Estados Unidos inclusive, quando veem um problema, devem reportar. Eles não estão relatando, eles não estão absolutamente relatando e isto é um grande problema", afirmou o empresário, favorito para obter a candidatura, um dia depois dos atentados de Bruxelas que deixaram 31 mortos.

"É como se eles protegessem uns aos outros, mas eles estão realmente provocando danos", completou Trump, que lamentou o fato de ninguém ter denunciado os autores do atentado de San Bernardino, Califórnia, que matou 14 pessoas.

"Eles devem ser abrir à sociedade, eles devem denunciar os indivíduos maus", disse, antes de afirmar que tem "grande respeito pelos muçulmanos".

As declarações foram rebatidas pelo Conselho Britânico de Muçulmanos (MCB).

As frases "abastecem os que os terroristas desejam: que os muçulmanos se sintam marginalizados do Ocidente e não sejam vistos como cidadãos iguais", disse um diretor da organização, Miqdaad Versi.

Donald Trump "está errado", afirmou à BBC Neil Basu, um dos principais nomes da unidade antiterrorista da Scotland Yard.

"Se nós demonizarmos uma parte da população, isto é o pior que podemos fazer", disse.

Como um candidato republicano se destaca dos outros 16 que disputam a indicação para concorrer à Casa Branca? A três dias de seu primeiro debate, Ted Cruz decidiu fritar bacon no cano de um fuzil.

Enfrentando um campo republicano lotado de adversários, principalmente um onipresente e enérgico Donald Trump engolindo a atenção de todas as câmeras com suas declarações polêmicas, os republicanos estão ficando sem opções para conseguir destaque junto ao eleitorado.

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Em um vídeo de um minuto divulgado nesta segunda-feira, o senador do Texas, de 44 anos, decidiu não abordar assuntos políticos.

"Existem poucas coisas de que eu gosto mais do que, nos finais de semana, fazer o cafe da manhã com a minha família. É claro que, no Texas, nós fritamos o bacon de uma forma um pouco diferente", ele disse enquanto, ao fundo, tocava uma música que poderia fazer parte da abertura de um filme de ação.

O vídeo mostra, então, o candidato conservador enrolando uma fatia de bacon no cano de um rifle e cobrindo-a com uma folha de alumínio, antes de envaziar dois pentes de munição em uma sequência de tiros, mirando em um alvo de treinamento.

"Tem gordura escorrendo", comenta Cruz, satisfeito porque a arma esquentou o suficiente para cozinhar o bacon.

No final do vídeo, Ted pega um pedaço de bacon com um garfo de plástico e come. "Bacon de fuzil", diz ele, rindo.

Ted Cruz não é o único candidato republicano a divulgar um vídeo esquisito dias antes do primeiro debate televisionado, na quinta-feira.

O senador Rand Paul, para citar apenas um exemplo, recentemente tentou conseguir alguma atenção com um vídeo no qual ele usa uma motosserra em um código fiscal americano de 70 mil páginas.

Mitt Romney anunciará nesta sexta-feira que não será candidato nas eleições presidenciais americanas de 2016, informou um de seus assessores, uma boa notícia para outro aspirante ao cargo, Jeb Bush.

"Após uma longa reflexão sobre uma nova candidatura à Presidência, decidi que era melhor dar oportunidade a outros líderes do partido de se tornar nosso próximo candidato", declarou Romney, de 67 anos, nesta sexta-feira, durante teleconferência com seus assessores.

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"Não imaginam como é difícil para Ann (nr, esposa de Romney) e para mim nos retirar, sobretudo levando em conta o seu apoio e o de tantas pessoas em todo o país. Mas achamos que é a melhor solução para o partido e o país", prosseguiu.

Mitt Romney perdeu as primárias republicanas em 2008 e foi derrotado por Barack Obama em 2012.

O diagnóstico de sua última campanha é unânime na esfera política: o outrora milionário homem de negócios não conseguiu seduzir outros eleitores fora da base tradicional do Partido Republicano, ou seja, o eleitorado branco e rural.

O anúncio de Romney é, sem dúvida, uma boa notícia para outro republicano, indicam as pesquisas de opinião, e provável candidato às primárias: Jeb Bush. Os dois homens se reuniram há uma semana em Utah, onde a família Romney tem casa.

Filho do ex-presidente George H.W. Bush (1989-1993) e irmão de outro ex-presidente, George W. Bush (2001-2009), Jeb admite desde dezembro que explora "ativamente" a possibilidade de uma candidatura, o que significa que está em pré-campanha.

"Estou certo de que a decisão de hoje não é fácil, mas sei que Mitt Romney não deixará de lutar para renovar a promessa americana, incentivando a ascensão social e a livre iniciativa, e o reforço da defesa nacional", escreveu Jeb Bush em sua página no Facebook, menos de trinta minutos após o anúncio de Romney.

O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu neste sábado, 8, que os parlamentares aprovem um projeto de lei para reforma do sistema de imigração que o Senado deve debater nesta semana. "Por anos, nosso desatualizado sistema de imigração prejudicou nossa economia e ameaçou nossa segurança", afirmou ele em discurso semanal na rádio. "O projeto de lei perante o Senado não é perfeito. É um compromisso. Ninguém consegue tudo o que quer - nem os democratas, nem os republicanos, nem eu", disse.

O projeto de lei bipartidário requer importantes avanços em segurança na fronteira, programas de visto para trabalhadores de alta e baixa qualificação, expansão de um sistema abrangente de online de verificação para os empregadores. "São todas medidas de senso comum", disse o presidente dos EUA. "Não há motivo para o Congresso não poder trabalhar junto para encaminhar um projeto de lei para minha mesa até o fim do verão."

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O documento precisa de 60 votos para ser aprovado pelo Senado e, posteriormente, será destinado à Câmara dos Representantes, onde seu destino é incerto e os parlamentares estão elaborando sua própria legislação. Desde a derrota nas eleições presidenciais de 2012, os líderes republicanos mudaram de posições e agora apoiam a reforma do sistema de imigração, a fim de reconquistar o eleitorado hispânico, cuja influência deve crescer nas próximas votações.

Mas a ala direita do partido ainda representa um obstáculo, com os conservadores resistindo ao que veem como uma "anistia" aos imigrantes que descumpriram a lei ao permanecerem no país ilegalmente.

O presidente pediu aos norte-americanos que ajudem a defender a legislação: "Digam a eles que nós temos o poder de fazer isso de um modo que faz jus à nossa tradição como uma nação de leis, e uma nação de imigrantes."

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