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O presidente Joe Biden estendeu as mãos nesta segunda-feira (8) aos eleitores afro-americanos em um lugar que foi cenário de um massacre racista em 2015, mas a guerra entre Israel e Hamas também marcou presença, com protestos de manifestantes.

O "veneno" dos supremacistas brancos "não tem lugar nos Estados Unidos", afirmou o presidente.

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Ele disse isso na igreja metodista episcopal africana Mother Emanuel em Charleston, Carolina do Sul, onde um supremacista branco matou a tiros nove paroquianos negros em 2015.

O presidente dos Estados Unidos também denunciou a "mentira" de não se apresentar a Guerra de Secessão como um conflito sobre a escravidão.

"A escravidão causou a Guerra de Secessão", ressaltou Biden em Charleston, que foi um dos principais portos de entrada dos barcos que transportavam escravos.

"Estão tentando apagar sua história e seu futuro, proibindo livros, negando o seu direito a votar e que seus votos sejam contabilizados", disse Biden aos fiéis, do púlpito da igreja histórica.

O democrata se referia à pré-candidata das primárias republicanas Nikki Haley, muito criticada por ter omitido a escravidão como uma das causas do conflito, mas que se corrigiu depois.

Durante a Guerra de Secessão americana (1861-1865), o Sul confederado declarou sua independência dos Estados Unidos e lutou para manter a escravidão, que tinha sido abolida no resto do país.

Em uma tentativa aparente de se conectar com os eleitores, Biden pronunciou um discurso muito emotivo, com referências ao apoio aos direitos civis, à sua fé católica e à ajuda da igreja após a morte por câncer de seu filho mais velho Beau, aos 46 anos.

- Cessar-fogo já! -

Agora Donald Trump, que lidera por ampla margem as pesquisas nas primárias republicanas, parece ganhar terreno entre os eleitores afro-americanos.

O perigo para Biden não é tanto a perda de votos em benefício de seu provável rival republicano, mas uma forte abstenção dos afro-americanos. Além disso, as pesquisas indicam um apoio menor entre os latinos.

Um tema muito preocupante para Biden, que venceu as eleições de 2020 graças, em parte, a essas comunidades.

Durante o seu discurso, Biden foi interrompido por um pequeno grupo de manifestantes aos gritos de "cessar-fogo já!" em Gaza, onde Israel trava uma guerra contra o movimento islamista palestino Hamas.

O democrata, cuja política de firme apoio a Israel é motivo de críticas em seu próprio partido, disse que "trabalha discretamente" para que Israel "reduza consideravelmente" sua presença no território palestino.

Os manifestantes foram escoltados para fora enquanto o restante do público abafava o barulho de protesto gritando: "Mais quatro anos! Mais quatro anos!"

Na semana passada, o líder democrata iniciou este ano eleitoral com um ataque verbal direto a Trump, classificando-o de ameaça para a democracia.

Não há dúvida de que Joe Biden, salvo surpresas de última hora ou um problema grave de saúde, será o candidato de seu partido para as eleições de novembro.

As primárias democratas de 3 de fevereiro na Carolina do Sul serão, não obstante, um primeiro grande teste para o presidente, enfraquecido por sua idade e desgastado pelo descontentamento persistente dos americanos em relação ao poder de compra.

Uma delegação americana de alto nível viajará ao México nos próximos dias para falar da crise migratória, informou a Casa Branca nesta quinta-feira (21), após conversas telefônicas entre os presidentes Joe Biden e Andrés Manuel López Obrador.

Biden pediu ao secretário de Estado, Antony Blinken, ao secretário de Segurança Nacional, Alejando Mayorkas, e à assessora de Segurança Nacional da Casa Branca, Liz Sherwood Randall, que viajem ao México "nos próximos dias".

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Os três funcionários americanos "se reunirão com o presidente López Obrador e sua equipe para discutir novas ações que possam ser tomadas em conjunto para abordar os desafios fronteiriços atuais", apontou Kirby.

As conversas e a viagem ocorrem enquanto o oposicionista Partido Republicano pressiona os democratas de Biden para que realizem mudanças importantes na política de imigração como condição para aprovar um pacote de ajuda emergencial para Ucrânia e Israel.

Kirby disse que houve um "aumento dramático" na migração pela fronteira, em grande parte de países centro-americanos devastados pela violência.

Em sua conversa telefônica desta quinta, Biden e López Obrador "compartilharam uma preocupação similar com o aumento do fluxo migratório nas últimas semanas", indicou Kirby.

Os dois mandatários falaram "em termos gerais sobre o que pode ser feito dentro do México para frear esse processo", disse.

Algumas das medidas possíveis seriam aumentar os postos de controle em linhas ferroviárias e estradas e ampliar a presença de forças de segurança na fronteira sul do México, disse o porta-voz.

O presidente Donald Trump "certamente apoiou uma insurreição", afirmou, nesta quarta-feira (20), o presidente americano, Joe Biden, após a surpreendente decisão adotada na terça-feira pela Suprema Corte do Colorado, que deixa o republicano de fora das eleições primárias.

Trump "certamente apoiou uma insurreição, não há nenhuma dúvida a respeito disso", afirmou o democrata Biden, de 81 anos, depois que esse tribunal declarou seu antecessor (2017-2021) inelegível para a presidência devido às suas ações durante a midiática invasão, em 2021, de centenas de seus simpatizantes ao Capitólio, sede do Congresso americano.

Biden indicou, no entanto, que não "comentava" a decisão judicial em si.

"Deixo que o tribunal decida se aplica a 14ª Emenda da Constituição", declarou em sua chegada à cidade de Milwaukee (estado do Wisconsin, centro-norte).

A Suprema Corte do estado do Colorado concluiu que Donald Trump "se rebelou em 6 de janeiro de 2021" durante a invasão ao Capitólio, e considerou que a 14ª Emenda da Constituição, evocada para pedir sua inelegibilidade, se aplicava a quem ocupava o cargo de presidente naquele momento.

Por isso, os juízes pediram às autoridades eleitorais desse estado que retirem o nome de Donald Trump das cédulas para as primárias republicanas de 2024, nas quais ele é o grande favorito.

Biden, candidato a um segundo mandato pelo Partido Democrata, está, em grande medida, fazendo campanha utilizando o argumento de que Donald Trump representa uma "ameaça" para a democracia americana.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, nesta terça-feira (5), que se condene "energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", durante um evento de arrecadação de fundos para sua campanha, em Boston.

"Os terroristas do Hamas infligiram tanta dor e sofrimento às mulheres e meninas como puderam e depois as assassinaram. Isto é devastador", disse Biden.

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"Nas últimas semanas, sobreviventes e testemunhas dos ataques compartilharam relatos terríveis de uma crueldade inimaginável", incluindo estupros, mutilação e profanação de cadáveres, acrescentou.

"Pôr fim à violência contra as mulheres e às agressões sexuais é uma das batalhas da minha vida", reforçou, insistindo em que os Estados Unidos consideram o Hamas o único responsável pela retomada das hostilidades na Faixa de Gaza, após a trégua temporária que permitiu a libertação de reféns, embora nem todos tenham sido soltos.

"O mundo não pode simplesmente olhar para o outro lado diante do que está ocorrendo. Depende de todos nós... Condenar energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", disse o presidente durante o evento de campanha.

"Tratam-se de civis, a maioria com idades entre 20 e 39 anos, que o Hamas se recusou a libertar", o que não possibilitou a extensão da trégua, acrescentou o presidente democrata, de 81 anos.

"Estas mulheres e todos os que continuam retidos pelo Hamas precisam voltar às suas famílias de imediato. Não vamos parar até trazer cada um para casa e será um processo longo", reforçou Biden.

As declarações do presidente americano se seguem às denúncias de estupros e outros crimes cometidos durante os ataques lançados contra Israel por islamistas do Hamas, em 7 de outubro. Na segunda-feira, os milicianos palestinos qualificaram estas acusações de "mentiras infundadas" em um comunicado.

Em Israel, ativistas denunciaram o silêncio das organizações internacionais na defesa dos direitos das mulheres frente a estas acusações de crimes sexuais.

Além das 1.200 mortes, a maioria de civis, registradas por Israel durante a incursão do Hamas em outubro, a polícia investiga denúncias de violência sexual, entre estas estupros coletivos e mutilação de cadáveres.

Por Sergio Caldas*

São Paulo, 13/11/2023 - As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, à espera de uma reunião nesta semana entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.

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Liderando os ganhos na Ásia, o índice Hang Seng avançou 1,30% em Hong Kong, a 17.426,21 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões negativos, graças ao bom desempenho de ações de tecnologia, enquanto o japonês Nikkei teve alta apenas marginal de 0,05% em Tóquio, a 32.585,11 pontos, e o Taiex subiu 0,94% em Taiwan, a 16.839,29 pontos.

Na China continental, os ganhos foram moderados, de 0,25% no caso do Xangai Composto, a 3.046,53 pontos, e de 0,56% no do menos abrangente Shenzhen Composto, a 1.914,41 pontos.

Biden e Xi têm encontro marcado para quarta-feira (15), na Califórnia, na primeira reunião em um ano entre os líderes das duas maiores economias do mundo. Ambos deverão procurar trazer maior estabilidade a uma relação que é definida por divergências em temas como controles de exportação, a situação de Taiwan e as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia.

Exceção na Ásia hoje, o sul-coreano Kospi caiu 0,24% em Seul, a 2.403,76 pontos, revertendo ganhos de mais cedo no pregão.

Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o viés positivo da região asiática e ficou no vermelho, após o banco central local - conhecido como RBA - alertar que a inflação doméstica deverá desacelerar em ritmo mais gradual do que se imaginava. O S&P/ASX 200 recuou 0,40% em Sydney, a 6.948,80 pontos.

Contato: sergio.caldas@estadao.com

*Com informações da Dow Jones Newswires e Associated Press
 

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu nesta sexta-feira (20) o "discurso poderoso" de seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, que pediu na quinta-feira mais apoio de Washington ao país que está em guerra contra a Rússia.

"O investimento dos Estados Unidos na defesa da Ucrânia garantirá a segurança da Europa e do mundo a longo prazo", afirmou Zelensky na rede social X.

Biden anunciou na quinta-feira em um discurso que solicitará ao Congresso que aprove em caráter de urgência financiamentos de ajuda para Israel e Ucrânia.

Os Estados Unidos estarão mais seguros "por gerações" se ajudarem esses dois países em guerra, insistiu o presidente americano em uma mensagem incomum à nação direto do Salão Oval da Casa Branca

"O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha", acrescentou.

Desde que a Rússia iniciou a invasão em fevereiro de 2022, Estados Unidos e União Europeia são apoios cruciais para a Ucrânia e forneceram bilhões de dólares em ajuda financeira e militar.

No campo de batalha, o Exército ucraniano afirmou nesta sexta-feira que impediu um novo ataque russo na cidade industrial de Avdiivka, leste do país, que as tropas de Moscou tentam controlar há vários dias.

"O inimigo reiterou os ataques e não abandona as tentativas de cercar Avdiivka", anunciou o Estado-Maior ucraniano no Facebook.

"Nossos soldados resistem de maneira firme nas linhas de defesa", acrescentou. O Exército russo perdeu quase 900 homens e 150 veículos blindados foram destruídos na região nas últimas 24 horas, acrescentou o Estado-Maior ucraniano.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira (18) a Israel, para expressar solidariedade ao país, que está em guerra com o grupo palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Biden desembarcou no país um doa após uma explosão em um hospital de Gaza, que deixou centenas de mortos e provocou uma troca de acusações entre Israel e as milícias palestinas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu Biden na pista do aeroporto Ben Gurion, Os dois governantes se abraçaram.

Biden e Netanyahu conversaram rapidamente na pista, cercados por guardas, sob medidas de segurança rigorosas mesmo para o presidente americano, antes que as comitivas partissem para um hotel em Tel Aviv, onde acontecerão reuniões.

Centenas de policiais e soldados armados estão posicionados nos arredores do hotel, com atiradores nos telhados dos edifícios próximos.

Tel Aviv fica a apenas 65 quilômetros da Faixa de Gaza, que Israel bombardeia sem trégua desde o ataque executado por milicianos do movimento palestino Hamas, que governa o pequeno enclave, em 7 de outubro.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará uma visita em solidariedade a Israel na quarta-feira (18), depois dos ataques do grupo islamista palestino Hamas, anunciou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

"O presidente vai reafirmar a solidariedade dos Estados Unidos com Israel e nossos compromisso inabalável com sua segurança", disse Blinken na manhã de terça-feira (noite de segunda, 16, no Brasil) em Tel Aviv.

Blinken falou depois de uma reunião noturna de cerca de oito horas no Ministério da Defesa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na segunda visita do alto diplomata desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.

"Israel tem o direito, e de fato, o dever de defender sua população dos ataques do Hamas e outros terroristas e de prevenir futuros ataques", indicou Blinken.

Biden "vai ouvir de Israel o que o país necessita para defender seu povo enquanto trabalhamos com o Congresso para satisfazer essas necessidades", disse.

Além disso, Blinken disse que os Estados Unidos deram garantias a Israel de que vão trabalhar para trazer assistência estrangeira à empobrecida e bloqueada Faixa de Gaza, enquanto Israel se prepara para uma ofensiva terrestre contra o território sob controle do Hamas.

Biden espera "ouvir de Israel como serão desenvolvidas as operações de forma que minimize as baixas civis e permita a chegada de assistência humanitária aos civis em Gaza, e que o Hamas não se beneficie", expressou Blinken.

"A pedido nosso, Estados Unidos e Israel acordaram formular um plano que permitirá que a ajuda humanitária de países doadores e organizações multilaterais chegue aos civis em Gaza", disse Blinken.

O secretário acrescentou que os dois lados discutem a "possibilidade de criar áreas para ajudar a manter os civis fora de perigo".

A batalha entre o presidente Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump pelo voto da classe operária e pelo eleitorado popular branco será intensa, como mostram as suas viagens ao Michigan, berço da indústria automotiva dos Estados Unidos e epicentro de um movimento de greve no setor.

"Comprar um carro novo custaria metade do meu salário anual", afirma Curtis Cranford, um trabalhador de 66 anos que cumprimentou Biden brevemente na terça-feira, quando o presidente se juntou a um piquete de grevistas em frente a uma fábrica da General Motors em Belleville, nos subúrbios de Detroit.

Ele agradece a Biden por ter ido até lá, mas, devido à transição energética que "custará empregos" e, principalmente, devido às posições dos democratas sobre o aborto e a imigração, "provavelmente votará nos republicanos" nas eleições presidenciais do próximo ano. Isso significa, potencialmente, votar em Trump, o grande favorito nas primárias do Partido Republicano.

O ex-presidente republicano visitou hoje uma pequena fábrica de automóveis perto de Detroit. O magnata acusou várias vezes Biden de impor “uma obrigação” de compra de veículos elétricos, embora o presidente democrata não tenha revelado nenhum projeto nesse sentido.

Isso seria “um assassinato de seus empregos”, disse Trump ao público. “Estarei sempre aqui para vocês", prometeu o republicano na fábrica, que, diferentemente da que Biden visitou na véspera, não é filiada ao sindicato UAW, que decretou uma greve histórica por melhores salários contra as três grandes montadoras americanas: General Motors, Ford e Stellantis.

Biden e Trump buscam "seduzir o eleitorado trabalhador, especialmente o branco", que será decisivo no próximo ano, analisa Jefferson Cowie, professor da Universidade de Vanderbilt, em uma entrevista à rádio pública NPR.

"Será que eles serão seduzidos pela retórica habitual de Trump, especialmente em questões de raça e nacionalismo? Ou veremos um movimento mais voltado para a visão um pouco próxima à de Roosevelt e Biden? Essa é realmente a questão central", resume o acadêmico.

Biden, que aposta fortemente no apoio dos sindicatos e que sempre que pode defende suas medidas em favor da classe média, é o primeiro presidente dos Estados Unidos a se unir a um piquete de grevistas. Com um megafone na mão para encorajá-los, o democrata, de 80 anos, pretendia dar um grande impulso à sua campanha de reeleição.

Carolyn Nippa, de 51 anos, 26 dos quais trabalhou para a GM, afirma ter sido "surreal" cumprimentar o presidente.

- 'Fritos' -

"Não sou a favor de Trump. Digo isso claramente. Acho que ele trabalhou para as multinacionais e os milionários", diz esta operária, que mudou várias vezes de fábrica à medida que foram fechando.

Mas quem defende mais os trabalhadores, Trump ou Biden? "É difícil dizer", reflete Kristy Zometsky, 44 anos, que trabalha na mesma fábrica de autopeças da General Motors onde seu pai e seu tio trabalharam. "Essa greve não é uma questão política", garante.

Suas preocupações são as mesmas de todos os trabalhadores em greve: o alto custo de vida, os salários que não acompanham o aumento da inflação, apesar dos sacrifícios feitos em 2009 para sustentar as empresas em crise.

Naquela época, durante a grande crise financeira que se seguiu ao estouro da bolha dos créditos de risco "subprimes", foi quando Sarah Polk se perguntou: "Quem realmente nos apoia?".

Esta designer de 53 anos, no centro de Detroit, não é operária do setor automotivo. Mas, como funcionária da seguradora Blue Cross, é sindicalizada na UAW e, portanto, está em greve.

A chegada tanto de Biden quanto de Trump "é uma operação de comunicação", afirma esta mãe solteira de três filhos, que "sempre" está "um mês atrasada" para pagar suas contas.

Antes, ela "era mais democrata". E votaria em Robert F. Kennedy ou Marianne Williamson, dois candidatos que têm praticamente nenhuma chance de figurar na cédula do partido em novembro do próximo ano. Mas, quanto a quem terá seu voto em 2024, ela responde: "Não sei."

O presidente Joe Biden prometeu, nesta quinta-feira (21), apoio e armas de defesa aérea ao seu contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, que advertiu que a Rússia poderia derrotar Kiev se os congressistas republicanos reduzirem a ajuda militar dos Estados Unidos.

Joe e Jill Biden receberam Zelensky, vestido com seu uniforme caqui habitual, e sua esposa, Olena Zelenska, com tapete vermelho, bandeiras e militares vestidos de gala.

Em seguida, os dois chefes de Estado se dirigiram ao Salão Oval, onde o presidente americano prometeu "garantir que o mundo apoie" a Ucrânia.

Zelensky destacou que começou o dia no Congresso para agradecer pelo apoio e que "aprecia muito a ajuda dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo russo".

A Casa Branca é um terreno amigável para Zelensky, embora até o momento não tenha conseguido convencer Biden a fornecer os mísseis táticos de longo alcance que ele deseja.

Consciente do risco de cansaço de seu grande aliado americano, o presidente ucraniano alertou de manhã os congressistas republicanos que seu país corria o risco de perder a guerra se deixasse de receber ajuda.

- "O mundo livre" -

"Eu enfatizei que uma vitória da Ucrânia garantiria que nem a Rússia, nem qualquer outra ditadura, possam desestabilizar novamente o mundo livre", declarou Zelensky na rede social X, antigo Twitter.

"Para ganhar, temos que permanecer unidos", insistiu.

Porém, no Capitólio, o líder ucraniano enfrentou um campo de batalha político e financeiro.

De um lado, está o Senado, de maioria democrata e onde a oposição republicana é favorável à ajuda à Ucrânia.

Do outro, está a Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos e onde diversos congressistas conservadores pedem o fim imediato da ajuda a Kiev.

Tudo isso em meio ao perigo, a partir de 1º de outubro, de uma paralisação orçamentária se ambos os partidos não chegarem a um acordo sobre uma lei de orçamento provisória.

- "Prestar contas" -

O clima mudou em Washington desde que Zelensky visitou a capital americana pela primeira vez em 21 de dezembro de 2022, meses após as tropas terem invadido a Ucrânia em fevereiro do mesmo ano.

O líder republicano da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, não esteve ao lado do presidente ucraniano em sua chegada ao Capitólio nesta quinta. Tarefa que coube ao lider dos conservadores no Senado, Mitch McConnell.

McCarthy, pressionado pela ala mais à direita de seu partido, disse na terça-feira que pedirá que Zelensky preste contas do dinheiro que já foi gasto.

Mas o republicano Michael McCaul, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, acredita que uma nova ajuda de 24 bilhões de dólares (R$ 118 bilhões) será aprovada.

A Casa Branca afirmou que Biden anunciará um novo pacote de ajuda ao país que inclui "defesa aérea para ajudar a Ucrânia". Mas "decidiu que não entregará (mísseis) ATACMS, ainda que não tenha exluído tal possibilidade no futuro".

O presidente americano também está consciente do perigo de perder impulso, à medida que a guerra vá se prolongando e vá se aproximando o inverno.

À noite, um ataque russo "massivo" contra várias localidades da Ucrânia causou três mortos em Kherson, no sul, e sete feridos em Kiev, a capital.

"A Rússia acredita que o mundo se cansará e vão deixar que ela destrua a Ucrânia sem consequências", advertiu Biden, que aspira a um segundo mandato em 2024,na ONU na terça-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegará ao Vietnã no domingo (10) para fortalecer a influência do seu país, embora a ênfase seja no contra-ataque à China, o que poderá colocar as preocupações com os direitos humanos em segundo plano.

O objetivo de Biden é o mesmo da cúpula do G20 deste fim de semana em Nova Délhi: construir apoio face à crescente influência da China.

"Durante décadas, os Estados Unidos e o Vietnã trabalharam para superar o legado compartilhado da Guerra do Vietnã", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

"Esta visita é um passo importante no fortalecimento dos nossos laços diplomáticos e reflete o papel crescente que o Vietnã desempenhará na nossa rede de aliança no Indo-Pacífico no futuro", disse ele, referindo-se à região Ásia-Pacífico.

- Aliança estratégica -

Biden se reunirá com o líder do Partido Comunista do Vietnã, Nguyen Phu Trong, em Hanói no domingo, informou a Casa Branca. Na segunda-feira ele se reunirá com o presidente Vo Van Thuong e o primeiro-ministro Pham Minh Chinh.

Sobre a mesa está uma melhoria nas relações entre os dois países, menos de 50 anos após o fim do conflito que ceifou a vida de milhões de vietnamitas e de 58 mil soldados americanos.

Espera-se que os governantes estabeleçam "uma ampla aliança estratégica", o mais alto nível de laços diplomáticos para Hanói, que o mantém apenas com Rússia, Índia, Coreia do Sul e China.

A China é justamente no que Biden mira nesta viagem, devido aos esforços de Pequim para expandir a sua influência na Ásia.

A China, que travou uma guerra contra o Vietnã entre 1974 e 1988, também cortejou Hanói, ao enviar esta semana uma delegação de alto nível para "reforçar a solidariedade e a cooperação", segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

- Imparcial -

Mas o Vietnã não pretende desempenhar um papel no equilíbrio entre Washington e Pequim, disse Nguyen Quoc Cuong, ex-embaixador de Hanói em Washington de 2011 a 2014.

"O Vietnã tem uma política muito clara de aproximação com todos. O Vietnã sempre disse que não tomamos partido, não escolhemos entre Estados Unidos e China. Os Estados Unidos estão cientes disso", disse Cuong.

Mas Biden aposta que o Vietnã poderia se aproximar de Washington devido às tensões na região pelas tentativas chinesas de tomar a maior parte do Mar da China Meridional.

Biden deverá equilibrar os interesses estratégicos com a defesa dos direitos humanos, como fez com Índia e Arábia Saudita.

Recentemente, uma comissão oficial dos EUA sobre liberdade religiosa criticou duramente o Vietnã por "violações graves, persistentes e sistemáticas".

Além disso, o Departamento de Estado destacou "problemas significativos de direitos humanos" no país comunista, incluindo execuções ilegais ou arbitrárias, tortura e detenção de presos políticos.

"Sempre levantamos questões de liberdade de expressão, liberdade religiosa e outros direitos humanos básicos", disse Sullivan. "Esta viagem não será a exceção".

Mas os ativistas vietnamitas não têm ilusões.

"A proteção dos direitos humanos não é mais uma prioridade", disse Le Cong Dinh, ex-advogado de direitos humanos na cidade de Ho Chi Minh.

A Índia receberá no fim de semana uma cúpula do grupo das 20 principais economias (G20), na qual o presidente dos EUA, Joe Biden, tentará aproveitar a ausência dos governantes da China e da Rússia para promover alianças em um bloco fortemente dividido.

A América Latina será representada pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, cujo país assumirá a presidência do bloco em dezembro, e pelo argentino Alberto Fernández.

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O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, não comparecerá e a imprensa espanhola indicou que seu chefe do governo, Pedro Sánchez, participaria como convidado do grupo.

Fortes divergências sobre a guerra da Rússia na Ucrânia, a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e a reestruturação da dívida dominarão as negociações e poderão complicar os acordos na reunião de dois dias em Nova Délhi.

Biden discutirá "uma série de esforços conjuntos para abordar questões globais", como a mudança climática, e "mitigar os impactos econômicos e sociais da guerra russa na Ucrânia", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

O presidente chinês, Xi Jinping, será uma das principais ausências do evento, em um momento de crescentes tensões comerciais e geopolíticas com Estados Unidos e a Índia, com a qual a China compartilha uma fronteira longa e conflituosa.

Pequim também se ressente da participação da Índia no chamado Quad, uma aliança de segurança com a Austrália, o Japão e os Estados Unidos que a China vê como um contrapeso à sua influência na Ásia.

A China não deu explicações para a ausência de Xi na cúpula de 9 e 10 de setembro, limitando-se a dizer que o primeiro-ministro Li Qiang o representaria na reunião das grandes economias, que representam 85% do PIB mundial.

- "Preocupante" -

A ausência de Xi terá impacto nos esforços de Washington para manter o G20 como o principal fórum para a cooperação econômica global.

"Sem a China a bordo... algumas questões podem não ver a luz ou chegar a qualquer conclusão lógica", disse Happymon Jacob, professor de política na Universidade Jawaharlal Nehru, na Índia.

A guerra na Ucrânia também pesará na reunião, apesar da ausência do presidente russo, Vladimir Putin, que será representado pelo seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"Enquanto a Rússia não acabar com esta guerra, as coisas não poderão continuar como de costume", disse o porta-voz do governo alemão, Wolfgang Buechner.

As crises globais que o bloco enfrenta são "muito mais difíceis, mais complicadas e mais preocupantes do que têm sido há muito tempo", disse o ministro das Relações Exteriores indiano, S Jaishankar, à televisão NDTV.

A Índia, que acaba de consolidar a sua posição como potência espacial ao colocar uma nave espacial na Lua em agosto, disse que receber o G20 faz dela um importante ator global.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, retratou o seu país como um líder do "Sul Global", uma ponte entre os países industrializados e em desenvolvimento, e procurou expandir o grupo para um "G21" com a inclusão da União Africana.

Modi pretende usar o G20 para construir consenso entre os países para reformar instituições multilaterais, como a ONU, e para ampliar a voz dos grandes países em desenvolvimento, como Índia, Brasil e África do Sul.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversará por telefone com seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quarta-feira (16).

Segundo a agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, a ligação está agendada para 12h45 (horário de Brasília), e a imprensa brasileira diz que a conversa vai girar em torno da próxima Assembleia Geral da ONU, em setembro.

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Lula já antecipou que negocia com Biden o lançamento de uma iniciativa global em defesa do trabalho durante o evento das Nações Unidas. A proteção do meio ambiente também deve estar na pauta do telefonema.

*Da Ansa

A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) matou a tiros um homem em Utah nesta quarta-feira (9), a quem as autoridades haviam monitorado por meses devido a ameaças feitas a Joe Biden, horas antes da visita planejada do presidente americano a esse estado no oeste do país.

De acordo com o FBI, um suspeito morreu nesta quarta-feira quando os agentes tentaram prendê-lo em Provo, ao sul de Salt Lake City.

Os eventos estão sendo investigados, acrescentou o FBI, sem fornecer detalhes sobre o homem.

De acordo com uma denúncia dos procuradores federais em Utah, trata-se de Craig Robertson.

Conforme esse documento, ele era um homem septuagenário que se dizia apoiador do ex-presidente republicano Donald Trump e ameaçava Biden em postagens nas redes sociais.

A vice-presidente Kamala Harris, o procurador-geral Merrick Garland e o promotor Alvin Bragg, que supervisionou a investigação que levou a uma acusação contra Trump em Nova York, também foram ameaçados, assim como os próprios agentes do FBI.

"É a hora certa para um ou dois assassinatos presidenciais. Primeiro Joe, depois Kamala!", dizia em uma das mensagens.

"Ouvi dizer que Biden está vindo para Utah. Tirando meu velho traje de caça e tirando a poeira do rifle de atirador M24. Bem-vindo, palhaço chefe", afirmava em outra mensagem, publicada há alguns dias, segundo a denúncia.

De acordo com a mesma fonte, o homem também postou várias fotos de armas de fogo.

O presidente Biden está atualmente visitando o oeste dos Estados Unidos e viajará para Salt Lake City nesta quarta-feira.

O Serviço Secreto, responsável pela proteção de autoridades, afirmou estar "ciente da investigação do FBI envolvendo um indivíduo em Utah que ameaçou uma pessoa protegida", mas não forneceu mais detalhes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje (25) que vai lançar um programa de incentivo ao emprego ao lado de seu "companheiro" Joe Biden na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, nos EUA.

"Tenho que ir aos EUA, na ONU. Vou fazer meu pronunciamento de abertura [da Assembleia], e depois o companheiro Biden propôs um acordo entre eu e ele para fazer o lançamento de um programa de geração de empregos lá na ONU", disse Lula em sua live semanal.

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"Eu quero fazer, vamos preparar um documento com Biden", acrescentou o petista, sem dar mais detalhes.

Durante o programa, Lula também citou sua reunião com o administrador da Nasa, Bill Nelson, que ofereceu ajuda da agência espacial para monitorar a Amazônia.

"Eu falei: 'Qualquer ajuda será bem-vinda aqui'.

O que nós queremos é evitar que haja queimadas na Amazônia e desmatamento", apontou o presidente.

*Da Ansa

O presidente Joe Biden abordou nesta sexta-feira (21) os benefícios da inteligência artificial (IA) e também seus "enormes" riscos durante uma reunião na Casa Branca com os líderes das gigantes tecnológicas, que se comprometeram a garantir proteção contra ciberataques, fraudes e desinformação.

"É incrível", disse Biden, destacando "a enorme promessa da IA, tanto em riscos para nossa sociedade, nossa economia e nossa segurança nacional, quanto em incríveis oportunidades".

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Junto com os principais representantes da Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, Biden afirmou que essas empresas se comprometeram a "liderar a inovação responsável" à medida que a inteligência artificial se torna cada vez mais presente na vida das pessoas e das empresas.

"Veremos mais mudanças tecnológicas nos próximos 10 anos ou até mesmo nos próximos poucos anos do que vimos nos últimos 50 anos. Para mim, tem sido uma revelação surpreendente", declarou. "O grupo aqui presente será fundamental para orientar essa inovação com responsabilidade e segurança".

Antes da reunião, as sete gigantes se comprometeram a implementar uma série de garantias que, segundo a Casa Branca, "enfatizarão três princípios que devem ser fundamentais para o futuro da IA: proteção, segurança e confiança".

Atualmente, a IA já aprende a realizar muitas das tarefas realizadas por pessoas, mas também apresenta riscos.

Por isso, as empresas concordaram em desenvolver "mecanismos técnicos sólidos", como sistemas de marcas d'água, para que os usuários saibam quando o conteúdo foi gerado por IA e não por pessoas.

À medida que as eleições presidenciais de 2024 se aproximam nos Estados Unidos, aumenta a preocupação de que imagens ou sons criados por inteligência artificial possam ser usados para fraudar ou desinformar.

O comitê de campanha a Ron DeSantis, principal adversário de Donald Trump na disputa pela indicação do Partido Republicano, usou em um anúncio publicitário uma voz falsa do ex-presidente gerada por IA.

Os consumidores precisam "saber se o conteúdo está sendo gerado por IA ou não", afirmou um funcionário da Casa Branca.

- "Enormes vantagens" -

A iniciativa da Casa Branca é uma primeira tentativa de lidar com o crescente problema de como regular um setor que se desenvolve mais rápido do que o Congresso pode gerenciar.

Entre as promessas das sete empresas está a realização de "testes de segurança internos e externos" dos sistemas de IA antes do lançamento para detectar ameaças à biosegurança, cibersegurança e "efeitos sociais mais amplos".

Biden também planeja uma ordem executiva (com poderes limitados, mas que não requer aprovação do Congresso) sobre a segurança da IA.

Em declarações à plataforma Axios, o chefe de gabinete da Casa Branca, Keff Zients, afirmou que "uma legislação será necessária".

A Casa Branca afirma estar trabalhando com aliados estrangeiros em busca de "um sólido quadro internacional que regule o desenvolvimento e o uso da IA" em todo o mundo.

O tema foi debatido durante a reunião do G7 no Japão em maio passado, e o Reino Unido se prepara para sediar uma cúpula internacional sobre IA.

Biden considera que governos e sociedades devem reagir melhor à IA do que às plataformas sociais, cuja ascensão provocou preocupações generalizadas sobre os efeitos na saúde mental e na desinformação.

"As redes sociais nos mostraram o dano que uma tecnologia poderosa pode causar sem as devidas garantias", disse Biden. "Devemos ser lúcidos e estar atentos às ameaças da tecnologia emergente para nossa democracia e nossos valores", afirmou. Mas a IA também tem um "enorme potencial positivo".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em entrevista ao SBT News que vê no presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um “estímulo” para disputar as eleições presidenciais em 2026. O mandatário norte-americano tem 80 anos, enquanto o líder petista está com 77. 

“Nesses dias eu fui a Hiroshima, encontrei com o presidente Biden e perguntei se era verdade que ele iria concorrer. Ele falou ‘vou’. Eu falei: ‘Isso é um estímulo’. Eu sou mais novo do que ele'”, disse Lula, ao relembrar o encontro dos dois durante a Cúpula do G7, no Japão, que aconteceu entre 18 e 21 de maio. 

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Ao ser questionado diretamente se vai concorrer novamente ao cargo, Lula pontuou que discutir eleição neste momento seria “irresponsabilidade”. Apesar de não cravar sua disputa à reeleição, ele garantiu trabalhar muito “para que o governo tenha um candidato”.

  Eleição norte-americana 

Vale ressaltar que, Biden promoveu em junho, seu primeiro compromisso de campanha, ao realizar um comício na Filadélfia, no estado da Pensilvânia.  O 46º presidente dos Estados disputará a reeleição no dia 24 de novembro de 2024. Porém, o partido de oposição a sua gestão, o Republicano, ainda não definiu qual o político que representará a sigla na disputa. 

Críticas à Bolsonaro 

Na entrevista, o petista ainda alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao afirmar que, durante o período eleitoral, não permitirá que ministros façam propaganda antes do tempo. 

“É importante que a gente tenha muita paciência, muito cuidado. Eu não vou permitir que ministro meu faça política antes do tempo. Fazer política depois que chegar março ou abril de 2026, que ele tiver a convenção partidária, que ele quiser ser candidato, que quiser se afastar do governo, aí ele pode ser candidato. Dado concreto é que eu trabalho muito para que o governo tenha um candidato”, afirmou.

O governo talibã do Afeganistão aproveitou um comentário do presidente americano, Joe Biden, neste sábado (1º), para enfatizar que o grupo jihadista Al-Qaeda não representa qualquer ameaça para o país.

Em coletiva de imprensa na sexta-feira (30), um repórter perguntou a Biden se ele admitia que erros foram cometidos durante a retirada do Afeganistão em 2021.

"Não, não. Agora temos todas as evidências", respondeu ele, de acordo com a transcrição divulgada pela Casa Branca.

"Você se lembra do que eu disse sobre o Afeganistão? Eu disse que a Al-Qaeda não estaria lá. Eu disse que não estaria lá. Eu disse que os talibãs nos ajudariam. E o que está acontecendo agora? O que está acontecendo? Leia os jornais. Eu estava certo", afirmou.

O jornalista fez essa pergunta após um relatório, divulgado ontem, segundo o qual a retirada do Afeganistão em 2021 foi realizada em meio à falta de clareza na tomada de decisões.

O informe foi feito a pedido do secretário de Estado, Antony Blinken, pelas cenas caóticas em Cabul depois que os talibãs retomaram o poder, encerrando uma presença militar americana de duas décadas.

No sábado, o Ministério afegão das Relações Exteriores comentou as declarações de Biden.

"Consideramos os comentários do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a inexistência de grupos armados no Afeganistão como um reconhecimento da realidade", disse o ministério em um comunicado.

Isso "refuta o recente relatório da Equipe de Monitoramento de Sanções da ONU, que denuncia a presença e a operação de mais de 20 grupos armados no Afeganistão", acrescenta a mesma fonte.

Em maio, um relatório das Nações Unidas afirmou que há indícios de que grupos armados como a Al-Qaeda estavam se reconstituindo no país.

"A relação entre os talibãs e a Al-Qaeda e o Tehrik-e-Taliban Paquistão (TTP) continua forte e simbiótica", observou o relatório.

O governo talibã do Afeganistão insiste em que não permite que grupos armados preparem ataques contra outros países, usando seu território como base, e nega a presença da Al-Qaeda.

Os talibãs não reconheceram o assassinato do líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, por um drone americano em Cabul, no ano passado, e afirmam que o incidente ainda está sendo investigado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou de "inaceitáveis" neste domingo (21) as propostas dos republicanos para elevar o limite de endividamento do país, e mencionou a possibilidade de recorrer à Constituição para evitar um default.

As negociações para tirar os Estados Unidos desta crise, quando a data de 1º de junho se aproxima e o país pode ficar sem recursos para honrar seus compromissos, estão estagnadas entre o governo e os líderes opositores do Congresso, que exigem do Executivo um corte drástico de gastos em troca de aumentar o chamado "teto" da dívida, que permite a emissão de mais crédito.

"Chegou a hora de o outro lado [republicano] abandonar suas posições extremas, porque muito do que propuseram é pura e simplesmente inaceitável", declarou Biden aos jornalistas durante a cúpula do G7 no Japão.

Logo em seguida, o presidente americano declarou: "Estou considerando a 14ª Emenda" da Constituição.

- O que é a 14ª Emenda? -

A 14ª Emenda, que foi acrescentada à Constituição em 1868, estipula que "a validade da dívida pública dos Estados Unidos, autorizada por lei, [...] não deve ser questionada". Em outras palavras, as despesas já votadas devem poder ser pagas.

Segundo alguns especialistas, esta disposição torna o teto da dívida inconstitucional.

Se o Tesouro contrair empréstimos acima do limite de dívida estabelecido pelo Congresso, isso violaria a lei, apontou Neil Buchanan, professor de direito na Universidade da Flórida.

Contudo, o não cumprimento das despesas obrigatórias estabelecidas pelo Congresso pode ser uma violação ainda pior, dando ao Tesouro uma justificativa para tomar mais dinheiro emprestado e seguir pagando suas contas.

Invocar a 14ª Emenda pode levar a disputas na Justiça, mas não o fazer também acarreta riscos.

Se o Tesouro ficar sem margem para cumprir com suas obrigações e acabar atrasando certos pagamentos, os credores têm uma "reivindicação legal perfeitamente válida", disse Buchanan.

Os beneficiários da Previdência Social que não receberem seus contracheques podem se juntar em uma ação coletiva, acrescentou.

Por outro lado, se o governo Biden continuar pedindo dinheiro emprestado, os republicanos podem processá-lo por descumprir com o teto da dívida.

Isso os colocaria "em uma posição bastante incômoda, porque estariam acionando a Justiça para obrigar o presidente a deixar de pagar a dívida nacional", explicou Robert Hockett, professor de direito na Universidade de Cornell.

"Podemos conseguir um acordo", reiterou Biden durante o voo de volta a Washington do Japão neste domingo, a bordo do Air Force One. Mas "não posso garantir que eles [os republicanos] não vão forçar um default", acrescentou, ao justificar estar considerando invocar a 14ª Emenda.

"Acho que temos a prerrogativa" de usar o recurso, mas "a questão é se isso pode ser feito e invocado a tempo", comentou o presidente, que cancelou parte de sua viagem à Ásia-Pacífico antes de partir de Washington por causa desta crise.

- Queda de braço -

Está previsto que Biden mantenha uma conversa telefônica neste domingo com o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy.

Os republicanos querem reduzir o gasto público e o déficit fiscal, e também querem reduzir a emissão de dívida que habitualmente permite cobrir essa diferença.

O ponto de atrito é a demanda da oposição de reduzir os gastos federais ao nível de 2022, o que representa um corte de 130 bilhões de dólares (R$ 648 bilhões, na cotação atual).

"Não podemos gastar mais dinheiro no próximo ano" fiscal, afirmou McCarthy.

Os democratas são contrários a esses cortes e, em troca, propõem reduzir gastos aumentando os impostos aos mais ricos e às empresas que atualmente se beneficiam de restituições fiscais. Os republicanos, por outro lado, são fervorosamente contra qualquer aumento de impostos.

Neste domingo, Biden assinalou que é precisamente sobre as receitas tributárias que há "grandes desacordos".

Biden e McCarthy mantiveram duas reuniões nos últimos dias, na medida em que se aproxima a data limite que, segundo o Departamento do Tesouro, poderia levar os Estados Unidos a uma moratória inédita.

Democratas e republicanos não conseguem chegar a um bom termo sobre este aumento da capacidade de emissão de dívida dos Estados Unidos, apesar de isto ser indispensável para que o país honre seus pagamentos a credores, fornecedores, os salários de funcionários públicos e aposentadorias.

Elevar o teto da emissão de dívida costuma ser um procedimento rotineiro no país, que usa este sistema dependente do Congresso há décadas. Mas, desta vez, e como vem ocorrendo com mais frequência, o assunto se tornou o epicentro de uma disputa política.

Os Estados Unidos superaram o limite máximo de emissão da dívida pública em janeiro, que é de 31,4 trilhões de dólares (R$ 156,5 trilhões, na cotação atual), e, desde então, vêm aplicando medidas extraordinárias que apenas permitem cumprir com as obrigações por um determinado tempo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a pedir ao Congresso que proíba os fuzis semiautomáticos, depois que um homem abriu fogo neste sábado (06) em um shopping do estado do Texas e matou oito pessoas, incluindo crianças.

O novo ataque a tiros provocou cenas de pânico no Allen Premium Outlets, um grande complexo comercial de Allen, a 40 km de Dallas, que estava cheio.

A polícia informou que um agente estava no centro comercial para investigar outro caso quando ouviu os tiros às 15H30 (17H30 de Brasília). O agente "enfrentou o suspeito e neutralizou o indivíduo", informou Brian Harvey, chefe do departamento de polícia de Allen.

Imagens de câmeras de segurança que circulam na internet mostram o momento em que o atirador saiu de um automóvel no estacionamento do shopping e abriu fogo contra as pessoas próximas.

O atirador usava equipamento paramilitar e portava um fuzil semiautomático similar ao AR-15, além de carregadores adicionais. Veículos americanos identificaram o suspeito como Mauricio García, 33.

Seis pessoas morreram no local e duas não resistiram aos ferimentos e faleceram no hospital. Entre as vítimas estavam crianças, de acordo com um comunicado da Casa Branca.

Três dos sete feridos precisaram ser submetidos a cirurgias de emergência, informou Jonathan Boyd, comandante do corpo de bombeiros de Allen.

Este foi o segundo massacre mais letal do ano nos Estados Unidos, depois do ataque a tiros em Monterey Park, Califórnia, que deixou 11 mortos em janeiro.

- Sem sentido -

O presidente Biden, que defende leis mais rigorosas para o porte de armas, criticou neste domingo os "atos de violência sem sentido" no Texas e voltou a pedir ao Congresso que adote medidas.

"Mais uma vez eu peço ao Congresso que me envie um projeto de lei para proibir as armas semiautomáticas e os carregadores de alta capacidade. Que determine verificações universais de antecedentes. Exija armazenamento seguro (das armas). Que acabe com a imunidade dos fabricantes de armas", afirmou Biden em um comunicado.

"Vou promulgar de maneira imediata. Nós precisamos disso para manter nossas ruas seguras", acrescentou.

Mas é pouco provável que o apelo do presidente democrata tenha sucesso, pois os republicanos, que controlam a Câmara de Representantes, são contrários às medidas de maior controle.

Biden também ordenou que bandeiras americanas sejam hasteadas a meio mastro em todos os prédios federais até o fim da tarde de 11 de maio, como um "sinal de respeito pelas vítimas", de acordo com a Casa Branca.

O governador do Texas, Greg Abbott, chamou o tiroteio de "tragédia indescritível.

Mas neste domingo, enquanto os democratas reiteravam os pedidos para que o Congresso aprove uma legislação de segurança de armas e criticavam o Texas e outros estados por suas leis permissivas, Abbott, um republicano, se recusou a afirmar se considera a possibilidade de restringir a venda de armas ou promulgar outras reformas.

"As pessoas querem uma solução rápida. A solução a longo prazo é abordar o problema da saúde mental", declarou Abbott ao canal Fox News. Também destacou que é necessário analisar o aumento da "raiva e da violência" no país.

O Texas é um dos estados mais permissivos em matéria de porte de armas. Autoridades locais elogiaram a ação rápida do policial que estava no local.

"Temos uma dívida de gratidão com as pessoas que responderam primeiro, que correram para o tiroteio e agiram rapidamente para neutralizar a ameaça", disse Keith Self, congressista republicano cujo distrito inclui a cidade de Allen.

"Não há mais lugares seguros. Não sei o que fazer", disse à CNN Jaynal Pervez, um homem que correu para o shopping depois que sua filha, que estava no local, ligou para ele para contar o que estava acontecendo.

Pervez relatou cenas caóticas no estacionamento do shopping: "Vi sapatos e telefones celulares nas ruas".

O ataque de Allen foi o mais recente de uma onda de violência com armas de fogo nos Estados Unidos.

Na semana passada, um homem abriu fogo e matou cinco vizinhos em Cleveland, uma pequena cidade do Texas, depois que um deles pediu que ele parasse de atirar com um fuzil no quintal de sua casa porque seu bebê estava dormindo.

Desde o início de 2023, o país registrou 199 tiroteios em massa, de acordo com o 'Gun Violence Archive', uma ONG que define tais situações como atos que deixam quatro ou mais pessoas feridas ou mortas.

Com mais armas de fogo que habitantes, os Estados Unidos têm a maior taxa de mortes por armas de fogo de todos os países desenvolvidos: 49.000 em 2021, contra 45.000 no ano anterior.

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