O incidente da última terça-feira (23) na escada rolante da estação de metrô Repubblica, em Roma, ganhou um novo capítulo. De acordo com o jornal "Il Messaggero", a Atac, empresa de transporte público da capital, pedia desde 2015 para a Prefeitura pagar a manutenção da escada.
De acordo com a publicação, a companhia solicitou a intervenção pela primeira vez há três anos. Sem resposta, a Atac refez o pedido, "com máxima urgência", em 2016 e citou no relatório uma "dívida de manutenção" acumulada pela Prefeitura ao longo dos anos.
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"No que diz respeito aos relatórios da Atac sobre o pedido de manutenção em 2015, o governo especifica que foram orçados para os anos de 2018 a 2020 cerca de 11 milhões de euros para a manutenção e substituição das escadas rolantes e elevadores do metrô, para atender exigências e necessidades da empresa de transporte", declarou a secretária de Mobilidade de Roma, Linda Meleo.
Ainda segundo Meleo, em agosto de 2016 a Prefeitura usou "18 milhões de euros para substituir as rodas dos trens", o que havia sido indicado pela Atac como "principal urgência". Ela acrescentou que, em maio passado, o governo municipal trabalhou para elaborar um plano de redesenho do metrô e de renovação das linhas.
Entre 2018 e 2020, seriam realizadas a substituição e manutenção de 22 escadas rolantes, quatro calçadas e 22 elevadores do metrô. De acordo com Meleo, a Atac está preparando os documentos da revitalização, que será iniciada em 2019.
Acidente
Ao menos 24 pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave, após a escada rolante da estação Repubblica acelerar repentinamente e derrubar uma multidão na última terça.
A maioria das vítimas é de torcedores do CSKA Moscou, da Rússia, que enfrentou a Roma pela Liga dos Campeões da Europa.
O vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, culpou os próprios russos pelo incidente, chamando-os de "pseudo-torcedores". Em entrevista à rádio "RTL", Salvini disse que o incidente aconteceu por conta dos "saltos" dos torcedores do CSKA na escada.
Da Ansa