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A Polícia Federal (PF) pediu nesta terça-feira, 30, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado André Janones (Avante-MG) no inquérito que investiga se ele operou um esquema de rachadinha.

Procurado pelo Estadão, ele não comentou o movimento da PF. Janones tem reiterado que a investigação do caso pelas autoridades competentes é o único caminho para provar que é inocente. Nas redes sociais, disse que já colocou as contas à disposição dos investigadores.

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O delegado Roberto Santos Costa, que conduz a investigação, pediu para analisar as movimentações financeiras do deputado entre janeiro de 2019, quando ele assumiu o primeiro mandato na Câmara, e janeiro de 2024. O pedido também alcança seis assessores de Janones.

O delegado argumenta que não há outra alternativa para "elucidar" o caso. "Em investigações dessa natureza, em especial quando envolve a prática da 'rachadinha', em que normalmente são realizados saques e depósitos em espécie, conhecer o fluxo financeiro dos envolvidos é fundamental."

Cabe ao ministro Luiz Fux, relator do caso, decidir se autoriza ou não a devassa nas contas de Janones e de seus auxiliares.

A "rachadinha" é a prática ilegal de repasse de salários de funcionários, sobretudo em cargos comissionados, para o político ou partido que o empregou.

PF vê contradição em depoimentos de assessores e aponta indícios de rachadinha

O deputado foi arrastado para o centro de suspeitas de corrupção depois que vieram a público áudios em que ele pede doações de assessores para compensar gastos de campanha. Para a PF, a gravação já é um indício do crime de corrupção passiva. O objetivo agora é verificar se os repasses de fato aconteceram.

"As diligências concluídas até o momento sugerem a existência de um esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do deputado", afirma a Polícia Federal no pedido enviado ao STF.

Os assessores de Janones já foram ouvidos pela PF. Eles disseram que a gravação está fora de contexto e negaram a devolução dos salários, mas a Polícia Federal viu "inconsistências" e "contradições" nos depoimentos.

"É crucial considerar que todos os assessores investigados ainda mantêm vínculos com o deputado federal André Janones, dependendo de seus cargos ou para a sua sobrevivência política ou para a sua subsistência", destacou a PF.

Alguns auxiliares relataram, por exemplo, que o deputado pediu doações para uma "caixinha espontânea" que seria usada cobrir despesas de campanha de assessores que viessem a se candidatar. Outros narraram que advogadas aconselharam Janones a abandonar a ideia.

Alvo de uma investigação pela suposta participação em um esquema de corrupção no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) teve os sigilos telemático, fiscal e bancário quebrados por autorização do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no inquérito que apura desvios de recursos e fraude em licitação em contratos sociais entre 2017 e 2020. Com um histórico de governantes presos e acossados pela Justiça, quase todos os chefes do Executivo estadual eleitos diretamente no Rio desde o fim da ditadura militar foram alvos de investigações, sobretudo, por corrupção - a maioria com passagens pela cadeia.

A decisão sobre a quebra dos sigilos de Castro foi determinada no âmbito da Operação Sétimo Mandamento deflagrada nesta quarta-feira, 20. Um irmão do governador sofreu buscas da Polícia Federal (PF). Vinícius Sarciá Rocha é presidente do conselho de administração da Agência Estadual de Fomento (Agerio). O governador não foi alvo de buscas.

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A PF investiga desvios na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre os anos 2017 e 2020 - antes, portanto, de Cláudio Castro assumir o governo após a cassação do ex-governador Wilson Witzel.

A investigação aponta fraudes a licitações e contratos administrativos de assistência social. A PF afirma que, além de desviar recursos públicos, os investigados teriam direcionado serviços indevidamente a redutos eleitorais do grupo político do governador.

O governador diz que a operação deflagrada nesta quarta-feira "não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019".

"Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente. Por fim, o governador reitera a confiança plena na justiça brasileira", diz a nota.

As apurações sobre as suspeitas contra Castro ganharam corpo no início deste ano, quando Araújo atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a PF a abrir um inquérito para investigar o governador do Rio pela suposta participação em um esquema de corrupção que teria vigorado na época em que ele era vereador e vice-governador. Castro foi reeleito no primeiro turno em 2022.

Ex-governadores investigados por corrupção

Castro se junta à lista de ex-governadores do Rio de Janeiro investigados por suspeitas de corrupção. Um dos casos mais emblemáticos sobre a falência do governo estadual fluminense. Entre os governadores eleitos, só Leonel Brizola (PDT, 1983-1987 e 1991-1994) e Marcello Alencar (PSDB, 1995-1998), já mortos, não integram a lista de investigados por corrupção. Outros três, Nilo Batista (PDT, 1994), Benedita da Silva (PT, 2002) e Francisco Dornelles (PP, 2018) - vices que assumiram temporariamente o cargo -, também estão fora da relação dos ex-chefes do Executivo que foram presos.

O antecessor de Castro no governo do Rio, Wilson Witzel, foi acusado de corrupção na Saúde durante a pandemia. Por dez votos a zero, o governador afastado do Rio perdeu o cargo ao ter o impeachment confirmado em abril de 2021. Castro atuava então como governador interino e, com o impeachment de Witzel, foi oficializado no cargo.

Mas a história de corrupção se desdobra ainda mais em anos anteriores. Quando participou da Farra dos Guardanapos em Paris, em 2009, o então governador do Rio Sérgio Cabral Filho estava em pleno voo. Com a noitada na capital francesa comemorava, oficialmente, a Medalha Légion d'Honneur que recebera do governo local. Secretamente, também celebrava, por antecipação, a escolha do Rio para sediar a Olimpíada de 2016, comprada com propina de US$ 2 milhões a integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI), segundo o Ministério Público Federal diria anos depois.

A festança foi revelada em 2012, quando vieram a público as imagens dos secretários e empresários com as cabeças cobertas por panos brancos, no evento em homenagem ao mandatário. Virou símbolo da Era Cabral, simbolicamente encerrada com sua prisão preventiva em novembro de 2016, que abriu o período do ex-todo poderoso fluminense na cadeia.

Cabral (2007-2014) foi preso em 2016, na Operação Calicute, que abriu a crise política no Rio de Janeiro. As investigações, desdobradas em outras ações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, chegaram a 23 condenações que somam 430 anos. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2022, o ex-governador deixou a cadeia e passou a cumprir prisão domiciliar.

O sucessor de Cabral, Luiz Fernando Pezão (2015-2018), também foi processado e preso - quando ainda era governador, no fim do mandato, no Palácio Laranjeiras. Foi posteriormente solto, após meses em um quartel da Polícia Militar. Os dois foram acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Rosinha Garotinho (PSB e PMDB, 2003-2006) e Anthony Garotinho (PDT e PSB, 1999-2002) também conheceram a cadeia. O ex-governador foi preso em novembro de 2016 na Operação Chequinho, sobre corrupção eleitoral em Campos dos Goytacazes. Garotinho foi solto, mas a mesma operação o reconduziu ao cárcere, em setembro de 2017. Nessa ocasião, Garotinho foi preso quando fazia seu programa na Rádio Tupi. Logo, conseguiu prisão domiciliar. Dois meses depois, teve nova prisão decretada, juntamente com Rosinha, desta vez na Operação Caixa D'Água, sobre suposta arrecadação ilegal de fundos de campanha. Ambos foram soltos, mas, em novembro de 2019, voltaram por breve período à prisão.A acusação era de superfaturamento na prefeitura campista.

Wellington Moreira Franco (PMDB, 1987-1991), ex-integrante dos governos de Dilma Rousseff e de Michel Temer, ficou menos de uma semana na cadeia, em março de 2019, depois que o Ministério Público Federal o denunciou por corrupção. Foi libertado por liminar do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).

O ex-presidente Jair Bolsonaro entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) seus extratos bancários referentes aos últimos quatro anos, quando chefiou o Executivo. A movimentação se dá após o ministro Alexandre de Moraes determinar a quebra do sigilo de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michele no bojo do inquérito sobre o suposto esquema de venda de presentes e joias dados ao ex-presidente.

Na petição assinada nesta quinta-feira, 24, os advogados de Bolsonaro, capitaneados por Paulo Amador da Costa Bueno, dizem que a entrega é "espontânea", mas pedem a decretação do sigilo dos dados, "considerando o teor dos documentos". A banca ainda diz que Bolsonaro "está à disposição da justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária".

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A quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e de Michelle foi decretada no bojo do inquérito da Operação Lucas 12:2, que fez buscas contra aliados de primeira hora do ex-presidente: o general Mauro César Lourena Cid - pai de Mauro Cid -, o criminalista Frederick Wassef, advogado do ex-presidente, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do de Bolsonaro.

A ex-primeira-dama chegou a classificar a medida como "perseguição política" para manchar o nome da família Bolsonaro. "Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir", disse nas redes sociais.

No bojo do inquérito, a Polícia Federal apontou indícios de que o ex-presidente, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros dois assessores do ex-chefe de Bolsonaro "atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-Presidente para posteriormente serem vendidos no exterior".

Em um trecho da representação, a PF cita uma mensagem em que, na avaliação dos investigadores, Mauro Cid "deixa evidenciado o receio de utilizar o sistema bancário para repassar o dinheiro ao ex-presidente e então sugere entregar os recursos em espécie, por meio de seu pai".

"Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em 'cash' aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (...) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (...). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? (...)"", afirmou Cid em texto enviado a um outro assessor do ex-presidente em janeiro de 2023.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) foi às redes sociais criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dela e de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A determinação judicial ocorre no âmbito da Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal (PF), que investiga uma possível organização criminosa para vender e desviar presentes recebidos por Jair, ainda na posição de chefe de Estado.

"Pra que quebrar o meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir. Quem não deve, não teme", escreveu a ex-primeira-dama. A publicação foi feita nos Stories do Instagram, nesta sexta-feira (18), após diversas publicações de passagens bíblicas e músicas citando perseguição aos "justos".

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Michelle afirmou que tem sofrido perseguição, mas garantiu que não se abalará: "Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir. Não conseguirão! Estou em paz!". 

O desenrolar das investigações motivou o pedido de quebra de sigilo emitido pela PF, na semana passada, mas aceito pelo STF somente nessa quinta-feira (17). Segundo a apuração, os desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início deste ano. Entre os envolvidos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o pai dele, o general de Exército, Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.  

O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou o pedido feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta quinta, 13, para derrubar o sigilo das alegações finais apresentadas na ação que pode torná-lo inelegível.

O sigilo provisório foi colocado a pedido da própria defesa de Bolsonaro, que depois voltou atrás e pediu sua derrubada.

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A defesa de Bolsonaro alegou "direito social à livre e legítima informação" e pediu a "a ampla divulgação das razões finais para conhecimento e escrutínio públicos. Os advogados argumentaram que, apesar do sigilo, as alegações finais formuladas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) foram vazadas na imprensa.

No despacho, Gonçalves destacou que as matérias jornalísticas apenas mencionam que o MPE opinou pela inelegibilidade de Bolsonaro. "Não se demonstrou ter havido ampla, cabal e irrestrita divulgação da peça opinativa do Ministério Público ou, tampouco, qualquer remissão ao teor de elementos probatórios protegidos por sigilo".

O ministro ainda ressaltou que os próprios investigados pode adotar providências para que divulgação pública de suas alegações finais proteja informações sigilosas, como por meio de tarjamento.

As alegações finais do MPE foram apresentadas na última quarta-feira, 12, na ação que investiga Bolsonaro devido à reunião com embaixadores em julho do ano passado. No encontro, transmitido pela TV Brasil, o então presidente desferiu ataques sem provas ao sistema eleitoral. O PDT acusou Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Esta ação é a mais avançada entre as 16 Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que tramitam na Corte e podem tornar Bolsonaro inelegível por oito anos. A expectativa é que a ação vá ao plenário da Corte até maio.

A PagSeguro Digital Ltd., informou nesta segunda-feira (13) que não tem exposição ao Silicon Valley Bank (SVB), assim como qualquer de suas controladas. Com US$ 209 bilhões em ativos e US$ 175,4 bilhões em depósitos, o SVB se tornou o maior banco norte-americano a quebrar desde a crise financeira de 2008 ao ser fechado por reguladores dos Estados Unidos na última sexta-feira (10).

A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) assumiu o controle da empresa controlada pela SVB Financial Group, como forma de proteger os clientes.

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No domingo (12), por sua vez, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou a criação de um programa de emergência para tentar conter os efeitos do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) sobre o sistema bancário dos Estado)s Unidos.

O juiz Paulo Assed Estefan, titular da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, determinou neste sábado, 11, o fim do sigilo envolvendo os processos relativos à recuperação judicial da Americanas e também liberou o detalhamento de um financiamento especial que a rede de varejo busca, conhecido como DIP.

"Serão disponibilizadas para consulta pública as informações referentes à averiguação realizada pela Preserva-Ação Administração Judicial, do advogado Bruno Rezende, e do Escritório de Advocacia Zveiter sobre as inconsistências contábeis apresentadas pelo Grupo Americanas", ressalta a decisão do magistrado.

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O juiz também liberou a consulta aos detalhes do financiamento DIP, um tipo de empréstimo específico para empresas com problemas financeiros. A Justiça do Rio aprovou em fevereiro um empréstimo de R$ 2 bilhões, dos quais os acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, haviam se comprometido a colocar R$ 1 bilhão. O restante seria captado no mercado, mas o detalhamento estava até agora sob sigilo.

Nos últimos dias, o trio aumentou o valor da capitalização que planeja fazer na rede, para R$ 10 bilhões, já incluído neste valor o DIP. Os bancos, porém, ainda não chegaram a um acordo, pois querem uma quantia maior, na casa dos R$ 15 bilhões.

Na decisão de derrubar o sigilo, o juiz afirma ter levado em conta "o relevante interesse econômico e social envolvido" na recuperação judicial da Americanas, que anunciou em janeiro um rombo de R$ 20 bilhões e dívidas que superam R$ 40 bilhões.

Na decisão deste sábado, o juiz Paulo Assed Estefam, também determinou que o cartório da 4ª Vara Empresarial cadastre todos os advogados habilitados pelos credores do Grupo Americanas para que possam ser intimados e, assim, acompanhar as decisões proferidas nos autos do processamento de recuperação judicial.

A Americanas ainda não se manifestou sobre a decisão da justiça carioca.

Uma colecionadora que visitava uma feira de arte contemporânea nos Estados Unidos acidentalmente deixou cair uma pequena escultura de vidro do renomado artista plástico Jeff Koons, estilhaçando-a.

A brilhante escultura azul, que fazia parte da famosa série "balloon dog", foi avaliada em US$ 42.000 (cerca de R$ 217.000).

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O acidente ocorreu na noite de quinta-feira durante um passeio exclusivo pela feira Art Wynwood em Miami, levando alguns colecionadores a acreditarem que se tratava de uma performance.

"Eu vi a mulher que estava lá, e ela estava tocando (na escultura), e então a coisa caiu e quebrou", disse o artista Stephen Gamson à Fox News.

Outro visitante gravou um vídeo enquanto os funcionários da feira varriam os cacos de vidro.

"Não acredito que alguém conseguiu fazê-lo cair", ouve-se no vídeo.

Benedicte Caluch, consultor de arte da Bel-Air Fine Art, que patrocinou a peça de Koons, disse ao Miami Herald que a mulher não tinha intenção de destruir a peça e que a seguradora cobriria os danos.

Koons, que não estava presente, é um escultor e pintor americano que se inspira em objetos do cotidiano, incluindo balões com animais.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), mudou seu voto no julgamento sobre a quebra da coisa julgada em matéria tributária. O ministro, que antes tinha votado contra a modulação de efeitos da decisão, agora decidiu acompanhar um dos relatores, o ministro Edson Fachin, a favor da modulação.

"É a primeira vez que realmente estamos a decidir sobre essa questão da mais alta relevância, do ponto de vista econômico e social, que é da eficácia dos precedentes vinculantes da mais alta Corte do nosso país", disse Toffoli. Antes dele, o ministro Ricardo Lewandowski proferiu seu voto e decidiu acompanhar Fachin.

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Agora, o placar está em 5 a 5 para a modulação de efeitos - ou seja, a definição do presente julgamento como marco temporal para o início do recolhimento dos tributos.

As comprar de Jair Bolsonaro (PL) com o cartão corporativo foram expostos e revelam o gasto de R$ 27,6 milhões em hotéis de luxo e outras despesas em sorveterias, loja de cosméticos, pet shop, etc. Do total, R$ 362 mil foram gastos em uma mesma padaria. O ex-presidente passava uma imagem de simplicidade e disse que havia cortado o sistema de aquecimento da piscina do Palácio do Planalto para evitar consumos desnecessários. 

As informações eram tratadas como sigilo ao longo da gestão passada, mas foram repassadas na noite dessa quarta-feira (11) após 10 pedidos feitos pela agência Fiquem Sabendo, especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI). O governo Bolsonaro alegava que as despesas do cartão da Presidência poderiam colocar o ex-presidente e seus familiares em risco. 

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Descanso caro

Até o último lançamento, no dia 19 do mês passado, Bolsonaro usou o cartão para custear R$ 13,6 milhões em hospedagens. As maiores notas são do segmento, variando entre R$ 115 mil e R$ 312 mil, cada. Só o Ferraretto Hotel, no Guarujá, no Litoral de São Paulo, o ex-presidente gastou R$ 1,46 milhão. A diária mais alta do local custa R$ 940.  

Uma única nota de R$ 109 mil no restaurante Sabor da Casa, em Roraima, também chama atenção. O estabelecimento fornece marmitas por R$ 20, em Boa Vista. A compra é datada de 2021, quando Bolsonaro esteve na capital para acompanhar a situação dos refugiados da Venezuela. O cartão também foi usado para duas compras de R$ 28 mil e R$ 14 mil no estabelecimento. 

Pães e sorvetes

Enquanto esteve na Presidência, Bolsonaro gastou R$ 362 mil em padarias. Há gastos com panificadora que passa de R$ 10 mil. Só as unidades da padaria carioca Santa Marta receberam de R$ 880 a R$ 55 mil de uma só vez. O ex-presidente também fez 62 compras em sorveterias que somam R$ 8,6 mil. Em uma das comprar o cartão corporativo foi usado para pagar R$ 540. 

Com lojas de cosméticos, o cartão foi usado 11 vezes, que somam R$ 1 mil. Bolsonaro também costumava fazer comprar em um mercado gourmet de Brasília, que recebeu R$ 678 mil nos últimos quatro anos. Nesse período, pelo menos 21 CPFs diferentes usaram o cartão de Bolsonaro.

O cartão corporativo foi criado em 2001, por um decreto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e deve ser usado para pequenas despesas ou despesas eventuais, como viagens e serviços que exijam pagamento na hora, além de executar gastos em caráter sigiloso.

Um eleitor, que não teve o nome divulgado, quebrou urna eletrônica a pauladas em um colégio no Setor Vila Boa, localizado em Goiânia. Em vídeo, que circula nas redes sociais, neste domingo (2), é possível ver o momento em que o homem quebra o equipamento.

Em entrevista ao site G1, um outro eleitor, Kevin Contijo, relatou que a confusão ocorreu por volta das 13h. “A gente começou a ouvir o cara gritar e ele tirou um pedaço de pau de dentro do guarda-chuvas, levou escondido lá. Ele começou a bater na urna e gritava", contou.

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De acordo com a Polícia Militar, o eleitor que quebrou a urna foi conduzido à Polícia Federal e, ao que tudo indica, apresenta problemas psicológicos. O equipamento danificado foi substituído e uma nova urna computou os votos já registrados ao logo do pleito eleitoral.

A quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas dos oito empresários bolsonaristas que foram alvo de buscas na semana passada não foi requisitada pela Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar é um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com base em mensagens divulgadas pelo portal Metrópoles, Randolfe pediu "apuração séria e aprofundada" da possível relação dos empresários com o financiamento de atos antidemocráticos. Reunidos em um grupo de WhatsApp, os alvos da operação citaram a hipótese de um golpe de Estado caso Lula fosse eleito em outubro. Dos parlamentares e instituições que acionaram o STF cobrando providências, o senador foi o único a representar por embargos financeiros.

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Randolfe sugeriu a tomada de depoimentos, o afastamento dos sigilos bancário e de mensagens, o bloqueio de contas e as prisões preventivas. Com exceção das prisões, todas as medidas foram autorizadas por Moraes. O ministro do STF também determinou a suspensão dos perfis dos empresários no Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e YouTube.

Os deputados Gleisi Hoffmann (PR), Reginaldo Lopes (MG) e Alencar Santana (SP), do PT, fizeram coro pelas prisões e pela quebra dos sigilos telefônico e telemático dos empresários, mas não mencionaram o bloqueio das contas ou o levantamento do sigilo bancário. As deputadas Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA), do PSOL, acionaram o STF cobrando investigação, mas não chegaram a propor medidas específicas. Elas pediram ao ministro que tomasse "as providências cabíveis".

O gabinete de Moraes recebeu ainda notícias-crime de associações de magistrados e do Ministério Público do Trabalho pedindo que os empresários fossem intimados a prestar depoimento e seus celulares fossem apreendidos. As entidades também não mencionam sanções de ordem financeira ao grupo.

A PF representou apenas pela apreensão dos celulares e pelo afastamento do sigilo das mensagens. O delegado Fábio Alvarez Shor cita suspeita de financiamento de atos antidemocráticos, mas não chega a requerer a quebra do sigilo bancário. O pedido se limita a "acesso imediato e exploração do conteúdo" armazenado nos celulares e em nuvem de dados.

APURAÇÃO

A quebra do sigilo bancário dos empresários vai servir para analisar se há elementos mais concretos, como repasses para atos contra instituições democráticas, que indiquem materialidade de eventuais crimes. Em parecer elaborado a pedido de Moraes, o juiz Ailton Vieira, instrutor no gabinete do ministro, disse que os empresários podem ter ajudado a custear a produção e a divulgação de notícias fraudulentas e a organização de manifestações contra a democracia.

O documento foi redigido com base em material reunido em outras investigações que atingem aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

CONDIÇÃO

Ao decretar o bloqueio das contas, Moraes disse que a "condição financeira" dos empresários e suas "vultosas quantias de dinheiro" potencializam o alcance de manifestações ilícitas e exigem uma "reação absolutamente proporcional do Estado".

Para o advogado criminalista e professor de Direito Processual Penal da Universidade de São Paulo (USP) Maurício Zanoide de Moraes, o bloqueio de contas extrapolou a investigação. Na avaliação dele, as demais medidas eram necessárias, mas a decisão de congelar as contas bancárias não "teria lastro suficiente" neste momento.

O cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários desencadeou, entre políticos e juristas, questionamentos sobre os limites que envolvem a liberdade de expressão e a apologia do crime.

Os empresários negaram ter defendido ruptura democrática e conspirado para um golpe de Estado caso Bolsonaro não fosse reeleito em outubro.

Na semana passada, em entrevista ao Estadão, o ex-presidente do STF Marco Aurélio Mello disse que não vê base jurídica para a operação da PF autorizada por Moraes. O ministro aposentado afirmou que "não compreendeu os atos de constrição (bloqueio)".

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Randolfe para comentar a representação, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição. Candidato à reeleição, o senador pelo Amapá é ativo na campanha de Lula.

ACESSO

Advogados dos empresários investigados informaram que até o fim da tarde de ontem não haviam acessado o inquérito do qual vieram as ordens de busca e apreensão dos celulares e de bloqueio das contas de seus clientes.

Miguel Vidigal, que representa Ivan Wrobel, dono da W3, impetrou um mandado de segurança. "Interessante notar que há um senador da República fazendo pedido ao STF de bloqueio de contas de um cidadão que não tem foro privilegiado e, por isso, não deveria estar respondendo a um inquérito perante o Supremo Tribunal Federal", disse Vidigal. (Colaborou Isabella Alonso Panho, especial Para o Estadão)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após ser demidida, Evelin Roldán, de 25 anos, teve um ataque de fúria e quebrou várias garrafas de vinho do supermercado onde trabalhava, localizado em Rafaela, na província de Santa Fé, Argentina. A ação foi registrada pelos funcionários do local e mostra a, agora, ex-funcionária jogando no chão os produtos que estavam em prateleiras do estabelecimento.

De acordo com o site local Todo Notícias, a mulher foi presa após o ataque. Ao veículo, Evelin Roldán alegou que o motivo da demissão foi uma discussão com o chefe e que o vídeo, em que ela aparece jogando as garrafas no chão, foi editado pelos funcionários do supermercado.

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“Eu paguei todo o dano que causei, da forma que a lei decidiu. Demitiram-me assim, com uma mão atrás da outra, de um dia para o outro, sem motivo, sem me dar razões, uma explicação, nem ao menos uma desculpa”, disse ao Todo Notícias.

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O ator Marcos Breda sofreu um preocupante acidente de moto, no último dia 6 de maio, no Rio de Janeiro.

Segundo informações do veículo Istoé, Breda quebrou o fêmur esquerdo, a clavícula direita e uma costela do lado direito. O acidente ocorreu após o ator gravar a novela da Record, Reis. Na segunda temporada da série bíblica, ele dá vida ao personagem Banaá.

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No local, o ator foi resgatado pelos bombeiros e levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde recebeu os primeiros socorros. Logo após, ele foi transferido para outro hospital e passou por uma cirurgia em uma das pernas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta quinta-feira, 24, a quebra do sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro (PL) decretada pela CPI da Covid.

Moraes confirmou a decisão liminar dada por ele em novembro do ano passado e suspendeu em definitivo a validade da medida. A devassa foi aprovada pela comissão parlamentar antes do encerramento dos trabalhos e depois que o presidente divulgou informação falsa em sua live semanal associando a vacina contra a covid-19 ao risco de infecção pelo vírus da Aids.

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Em seu despacho, Moraes disse que os dados obtidos não poderiam ser aproveitados, já que a CPI foi encerrada.

"Não se mostra razoável a adoção de medida que não comporta aproveitamento no procedimento pelo simples fato de seu encerramento simultâneo. Não se vê, portanto, utilidade na obtenção pela Comissão Parlamentar das informações e dos dados requisitados para fins de investigação ou instrução probatória já encerrada e que sequer poderão ser acessadas pelos seus membros", escreveu.

Além disso, na avaliação do ministro, a declaração falsa do presidente não está diretamente relacionada ao objeto da investigação parlamentar e, para se debruçar sobre o tema, os senadores precisariam ter ampliado o escopo de atuação da CPI.

Moraes observou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem meios próprios para acessar os dados caso julgue necessário. A fala do presidente já é objeto de inquérito no STF.

A cúpula da CPI da Covid chegou a entrar com um recurso para tentar derrubar a liminar de Moraes. A comissão argumentou que o requerimento foi aprovado quando as investigações ainda estavam em curso e que a medida 'integra-se organicamente' ao relatório final produzido pelos senadores. O documento sugere o indiciamento do presidente por nove crimes.

A madrugada no BBB 22 foi marcada pela Festa do Líder, e teve gente que dançou e pulou tanto que até chegou a se machucar. Pois é, em determinado ponto da noite, Larissa começou a gritar de dor e teve que ser levada para casa nos braços de Pedro Scooby.

Laís, que é médica, admitiu depois ter sentido vontade de puxar o dedinho da sister para colocar no lugar. Larissa foi levada até o confessionário para receber atendimento e agora está com o pé enfaixado. Depois dos cuidados médicos, ela garantiu: "Estou bem, eu fui medicada".

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Eliezer e Natália tem DR

As coisas iam bem entre Natália e Eliezer, até agora. Durante a festa, a designer de unhas dispara: "Falei que você não quer ficar de casal".

"Para de bobeira", diz o Eli. "Foi o que você falou", diz Natália.

"Falei que não vamos nos casar. Não somos um casal que namora. Eu falei: São duas pessoas que estão se curtindo aqui dentro", reage Eli.

"É um casal e estamos nos curtindo", comenta Natália.

"Então, é isso", diz Eli.

"Você não falou isso", observa Nat.

Mas logo o casal volta a se beijar.

Jessi se preocupa com Natália

Jessi, grande aliada de Nat no jogo, confessou, em conversa com Tiago Abravanel, que sente medo da amiga estar se iludindo com Eli.

"Acho paia. Se ele não quer nada de verdade, deixa claro. Ela fica criando expectativa!", disse.

"São dois lugares diferentes.. Acho que ele já deixou claro e ela que", diz Tiago sem completar a frase.

Eslô e Lucas se casam

Os brothers levaram a sério o tema da festa - despedida de solteiro-, tanto que, no fim, rolou até casamento. Pedro Scooby levou Eslovênia até o altar, onde Lucas esperava com Tiago Abravanel.

"Isso é sobre os encontros. Através dos sentimentos genuínos que o jogo traz, as relações estabelecidas a partir de agora", diz o neto de Silvio Santos.

Os noivos se beijaram e ganharam até chuva de arroz.

"Na alegria, na tristeza... que o BBB não nos separe!", brinca Lucas.

Jade e Eli traçam planos para o paredão

Já durante a manhã desta quinta-feira (24), Jade e Eli sentaram na sala para conversar de jogo. Os aliados do quarto lollipop estavam armando um paredão apenas com os participantes do quarto grunge, onde, inclusive, Arthur Aguiar dorme.

"A Lina brigou com a Jessi hoje. Eles tão se fragmentando inteiros", apontou Picon.

"Nisso que a gente ganha", diz Eli.

"Nisso que a gente se une. Esse Paredão tem que ser três de lá", planeja a influenciadora.

Jade também alertou o amigo sobre as informações que passa para outros participantes gratuitamente. "Viu? Você dá informação e não recebe nada em troca".

A Advocacia do Senado e o ex-presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, pediram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconsidere a suspensão da quebra de sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro - medida que havia sido determinada pelos parlamentares na reta final dos trabalhos do colegiado, em outubro deste ano. Documento apresentado à corte na quarta-feira, 8, pede que, caso a quebra de sigilo de Bolsonaro não seja reinstituída por Moraes, a solicitação seja analisada pelo Plenário do STF.

No documento, o Senado rebateu as alegações do Palácio do Planalto - acolhidas por Moraes - de que os dados seriam obtidos após o encerramento da investigação parlamentar. A Casa Legislativa sustentou que o requerimento foi debatido desde "a consumação do crime" imputado a Bolsonaro - a "live" em que o chefe do Executivo associou a vacina contra a covid-19 ao risco de infecção pelo vírus da aids - e aprovado "quando as investigações ainda estavam em curso e em construção o texto do relatório final".

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"Além disso, as mesmas medidas foram aproveitadas e corroboradas no relatório final, com o que se lhes adicionou fundamentação ainda mais robusta, de 1.288 páginas. O requerimento e as constrições que substancia estão devida e adequadamente motivados, o que elide a alegação de defasagem aduzida pelo autor e recepcionada pela r. decisão agravada", diz o Senado no documento apresentado a Moraes.

Na avaliação da Casa Legislativa, a quebra dos sigilos de Bolsonaro "integram-se organicamente" ao inquérito parlamentar ao respectivo relatório final, tendo sido adotadas "antes e em função" deste último. Segundo o Senado, a medida é de "natureza estritamente investigativa", se voltando "à coleta de provas perecíveis e essenciais ao aprofundamento das investigações e persecuções projetadas no relatório final" da CPI.

O documento ainda destaca a "extrema gravidade" da conduta de Bolsonaro, sustentando que a CPI "não poderia quedar inerte" diante da declaração do presidente que associou as vacinas contra a covid-19 à infecção pelo vírus que provoca a aids. "Com o inquérito parlamentar em andamento, o impetrado aparece em live e faz uma declaração teratológica 'para tocar o terror' na população disposta a se vacinar, e a CPI não faz nada, no momento em que os demais legitimados quedaram inertes? Será que é isso que a Constituição prescreve?", questiona o documento.

Além disso, diz que a pretensão dos parlamentares com o requerimento de quebra de sigilo de Bolsonaro "estaria em essência contemplada" caso Alexandre de Moraes decidisse transferir os dados em questão para os autos do inquérito aberto pelo ministro para investigar a fala do chefe do Executivo - a quinta ação de investigação instaurada contra Bolsonaro na corte desde que ele assumiu a Presidência.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira, 22, a suspensão da quebra de sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro, aprovada pelos parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na reta final dos trabalhos do grupo no Senado, em outubro deste ano.

Na decisão, Moraes argumenta que as medidas adotadas pelos senadores "distanciaram-se do seu caráter instrumental", porque acabou "por extrapolar os limites constitucionais investigatórios de que dotada a CPI ao aprovar requerimento de quebra e transmissão de sigilo telemático" do presidente da República. A Constituição impede a investigação do chefe do Executivo por comissões parlamentares.

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"Mesmo reconhecendo às Comissões Parlamentares de Inquérito poderes instrutórios legitimadores de atos de natureza constritiva, as medidas outorgadas distanciaram-se do seu caráter instrumental, pois o ato coator acabou por extrapolar os limites constitucionais investigatórios de que dotada a CPI ao aprovar requerimento de quebra e transmissão de sigilo telemático do impetrante, entre outras determinações, sem que tenha apresentado fundamentação a demonstrar sua própria efetividade em relação ao fim almejado pela Comissão Parlamentar, que já havia encerrado sua investigação, inclusive com a elaboração do relatório final", escreveu o ministro.

Alexandre não viu "utilidade" na obtenção dos dados pela CPI para fins de uma investigação que já foi encerrada, apontando ainda que as informações "sequer poderão ser acessadas" pelos integrantes do colegiado: "Não se mostra razoável a adoção de medida que não comporta aproveitamento no procedimento pelo simples fato de seu encerramento simultâneo".

"Evidencia-se desse quadro que, finalizada a CPI com aprovação do Relatório final, não há que se cogitar em aproveitamento pela própria Comissão Parlamentar de Inquérito das medidas constritivas mencionadas", escreveu no despacho.

Nessa linha, o ministro destacou ainda que, caso a Procuradoria-Geral da República se interesse pelos dados solicitados pelos senadores, "há via processual adequada para que se obtenha as mesmas informações". O chefe do Ministério Público Federal, Augusto Aras, recebeu o relatório final da CPI - que imputa nove crimes a Bolsonaro - no último dia 27, mesmo dia em que o presidente acionou a corte máxima para derrubar a quebra de sigilo requerida pelo colegiado.

Alexandre ainda ponderou que havia "risco de dano de difícil reparação" caso não fosse suspensa a aprovação do requerimento de quebra de sigilo do presidente, "em razão da possível irreversibilidade" da medida.

O requerimento questionado por Bolsonaro foi aprovado no encerramento das atividades da comissão instalada no Senado e encaminhado para a Procuradoria-Geral da República e o STF. O pedido foi apresentado à CPI pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sob o argumento de que a medida era necessária para combater a "política de desinformação" do presidente. A quebra de sigilo foi aprovada depois de o presidente ter divulgado mentiras em sua live semanal a respeito da vacina contra o vírus da covid-19, associando os imunizantes ao risco de infecção pelo vírus da Aids

Ao STF, a Advocacia Geral da União (AGU) alegou que a CPI não tem poder para investigar o presidente ou de decretar medidas contra ele. "Pelo que se percebe, o requerimento aprovado invade a esfera de sigilos dos dados telemáticos da parte impetrante, de abril de 2020 até a presente data, além de determinar outras providências igualmente ilegais em face do Impetrante, a exemplo da suspensão de contas em plataformas, e instar a representação pela Advocacia do Senado para promover sua responsabilização", sustentou o órgão.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 9, a suspensão da regra que prevê a realização de cinco sessões entre a votação do primeiro turno e a do segundo turno para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. Com a aprovação da chamada quebra de interstício, a votação do segundo turno da PEC pode seguir nesta terça-feira, 9.

Foram 323 votos favoráveis e 163 contra a quebra do interstício. O plenário da Câmara dos Deputados concluiu a votação dos destaques (sugestão de mudanças) pouco antes das 19h30, em cerca de seis horas de análise.

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A PEC dos Precatórios foi aprovada em primeiro turno na semana passada. Faltavam os destaques, já votados, e agora, a votação em segundo turno. O texto segue, então, para o Senado.

A PEC adia o pagamento de dívidas judiciais e muda a correção do teto de gastos o que, na prática, abrirá espaço de R$ 91,6 bilhões para gastos no ano que vem, em que o presidente Jair Bolsonaro deverá tentar a reeleição. O governo afirma que usará os recursos para o Auxilio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família, mas a proposta é criticada porque a folga também será usada para o pagamento de emendas parlamentares.

A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reforçou nesta quinta-feira, 21, que o governo dos Estados Unidos apoia a quebra de patentes das vacinas contra a covid-19 no mundo. Há uma discussão sobre o tema no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

De acordo com a porta-voz, o governo Biden já enviou 200 milhões de imunizantes para o exterior. Ela disse que a pandemia exige uma resposta global e afirmou que outros países também precisam intensificar as doações.

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Ao ser questionada sobre as negociações em torno do pacote social e ambiental de Biden, Jean-Pierre disse que o governo avalia "algumas ideias" sobre a taxação de carbono. Ela garantiu que, como prometido na campanha eleitoral do ano passado, o democrata não vai aumentar impostos para a parcela da população que ganha menos do que U$S 400 mil por ano.

Sobre a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de proibir seus dirigentes de comprar ações individuais no mercado, após acusações de conflito de interesse, a vice-secretária disse que a Casa Branca respeita a independência da autoridade monetária. Ela também afirmou que, na visão de Biden, todas as autoridades de alto escalão deveriam evitar o conflito de interesse em suas atribuições.

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