Onze pessoas morreram e 110 ficaram feridas num ataque com carros bomba no sul da Tailândia neste sábado, que atingiu consumidores antes do horário de almoço. Suspeita-se que insurgentes muçulmanos tenham orquestrado a explosão. A primeira carga de explosivos, colocada dentro de uma camionete, foi detonada numa área de restaurantes e lojas na cidade de Yala, centro comercial das províncias rebeldes do sul do país, afirmou o chefe de polícia local, coronel Kritsada Kaewchandee. Cerca de 20 minutos depois, quando algumas pessoas se aglomeraram no local, um segundo carro bomba explodiu, causando a maioria das mortes. "Foi o pior ataque dos últimos anos", disse o porta-voz regional da agência de segurança coronel Pramote Promin.
Mais de cinco mil pessoas foram mortas nas três províncias do extremo sul da Tailândia - Narathiwat, Pattani e Yala - desde que a instauração da insurgência islâmica em janeiro de 2004. A maioria dos ataques foram explosões de pequena escala ou tiroteios que tinham como alvo soldados, policiais ou símbolos da autoridade, mas supostos rebeldes também já fizeram grandes investidas contra áreas comerciais.
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Em outubro, supostos militantes atacaram mais de 30 pontos na cidade de Yala, matando três pessoas e ferindo mais de 50. As autoridades tailandesas decretaram estado de emergência desde 2005, o que dá poderes especiais às forças de segurança, como prender e deter suspeitos nas três províncias. Mas o decreto e a presença maciça de forças de segurança não conseguiram evitar a violência e pouco se sabe sobre os militantes e seus objetivos.
Os insurgentes nunca fizeram pronunciamentos públicos, mas acredita-se que lutam por um estado muçulmano independente. A região costumava ser um sultanato islâmico até ser anexada pela Tailândia no começo do século 20.
Separadamente, uma explosão matou três pessoas e deixou cerca de 230 feridos no Hotel Lee Gardens, na cidade de Hat Yai, na província vizinha de Songkhla. Mas as autoridades a atribuíram a um vazamento de gás e disseram que não está relacionada a ataques de insurgentes. As informações são da Associated Press.