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A defesa do ex-presidente Fernando Collor afirmou, nesta quarta-feira, 20, que a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o senador foi oferecida "açodadamente". Eles argumentam que Collor nunca foi ouvido sobre o suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e que ele havia sido intimado para depor na Polícia Federal no próximo dia 28.

"As razões que levaram a Procuradoria-Geral da República ao oferecimento de denúncia antes da inquirição do senador e antes mesmo da conclusão do inquérito policial parecem atender interesses e conveniências outras que não se coadunam com a melhor apuração dos fatos", diz a nota.

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Segundo a defesa, comandada pelo o advogado Rogério Marcolini, o ex-presidente se ofereceu por duas vezes para prestar esclarecimentos sobre o caso e os depoimentos foram desmarcados pela PF.

"É sintomático e preocupante o oferecimento de denúncia contra qualquer cidadão sem que antes lhe seja dado o direito de ser ouvido, circunstância ainda mais gravosa quando o destinatário da acusação exerce mandato parlamentar, com representação legitimada nas urnas", diz o texto.

Mais cedo, o ex-presidente já havia se pronunciado sobre o caso nas redes sociais. Para ele, a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi construída sob "sucessivos lances espetaculosos". Ele também destacou o fato de não ter sido ouvido pela PF e acusou a PGR de fazer a "opção pelo festim midiático, em detrimento do direito e das garantias individuais".

A Procuradoria-Geral da República incluirá o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) na primeira leva de políticos com prerrogativa de foro denunciados por envolvimento no esquema de desvios da Petrobras. A expectativa, conforme fontes com acesso às investigações, é de que a acusação seja encaminhada ainda hoje ao Supremo Tribunal Federal, como antecipou o estadao.com.br.

O texto final das denúncias estava sendo preparado ontem pela equipe do procurador-geral, Rodrigo Janot. A peça deve atribuir a Collor envolvimento em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de receber ao menos R$ 26 milhões em propinas, entre 2010 e 2014, no esquema na Petrobras.

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Desde que foi incluído no rol de políticos investigados na Operação Lava Jato, Collor tem travado uma batalha pública contra Janot. Nesta quarta-feira, 19, ele questionou a recondução do procurador-geral na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que vai sabatiná-lo na semana que vem.

As denúncias contra Collor se baseiam em documentos apreendidos na Lava Jato e em depoimentos de delatores, entre eles o doleiro Alberto Youssef. Ele relatou ter feito diversos pagamentos ao senador. Parte dos recursos teria sido entregue, em espécie, a emissários do congressista ou levada por Rafael Ângulo Lopez, tido como um dos "carregadores de malas" do doleiro. A Polícia Federal também encontrou oito comprovantes de transferências bancárias de Youssef para Collor, totalizando R$ 50 mil.

O senador atuaria no esquema de corrupção na Petrobras viabilizando contratos na BR Distribuidora, dirigida por indicados seus. Por um dos contratos, de R$ 300 milhões, Collor teria recebido R$ 3 milhões de suborno, conforme Youssef. O negócio teria sido intermediado por Pedro Paulo Leoni Ramos, empresário que foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo do ex-presidente (1990-1992).

Em despachos já tornados públicos, Janot deu detalhes do suposto enriquecimento ilícito do senador. Na Operação Politeia, um dos braços da Lava Jato, a PF apreendeu em julho cinco carros de luxo em imóveis de Collor. Quatro estão em nome de uma empresa que seria de fachada.

A pessoas próximas, Collor afirma que a denúncia é esperada. Publicamente, ele nega envolvimento no esquema e se diz perseguido por Janot.

'Vetusto'

O senador apresentou ontem na CCJ um voto em separado, pelo qual tenta evitar a recondução de Janot ao cargo. O documento foi um contraponto ao parecer do relator, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), para quem o procurador-geral cumpre todos os requisitos e pode, portanto, ser sabatinado.

Segundo Collor, que ao ler seu voto usou expressões como "vetusto procurador" e "simpática PGR", Janot omitiu dados sobre o fato de sua gestão estar sob análise de órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU). O pedido para que dois contratos da Procuradoria-Geral fossem investigados partiu do próprio Collor, depois que vieram à tona indícios de seu envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás.

O ex-presidente é autor de outros cinco pedidos contra Janot no Senado visando o afastamento do chefe do Ministério Público. "Além de todas essas ações, passíveis de julgamento e condenação, há uma infindável lista de condutas ilícitas, reprováveis e abusivas, praticadas pela PGR", disse o senador.

Em tom de ironia, Collor afirmou que não tinha interesse em se manifestar contra ou a favor de Janot, e sim em trazer "novas informações" para os senadores decidirem seu voto. Ferraço defendeu seu parecer sobre o procurador-geral. Segundo ele, a sabatina será o momento para os senadores colocarem questionamentos a Janot. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não quis falar sobre as acusações e xingamentos que recebeu do senador Fernando Collor (PTB-AL), nesta semana. "Não vou polemizar com pessoas que estou investigando. O que eu posso dizer é que há algum tempo que não advogo, mas continuo inscrito na OAB. E também não vou comentar nem sobre esse fato e nem contra a honra da minha mãe", falou.

Ele também defendeu a delação premiada nas investigações de corrupção. "Não gosto da carga do nome delator, então prefiro chamar de colaborador. Ele não é um caguete, um X9, que fala mal do outro e sai bem na história. Ele também é condenado. A colaboração premiada não serve de prova, mas te dá todas as circunstâncias para o caminho da prova", declarou.

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Segundo ele, a colaboração premiada não é totalitária e não pode ser banalizada. "Vamos insistir nesse instrumento que é poderoso, republicano, democrático, espontâneo e deu certo em países como Inglaterra, França, Estados Unidos, Portugal. Com ele, diminuímos as tentativas e os erros", ressaltou. O procurador disse que hoje o acordo para quem faz colaboração premiada é pena, em termos de regime de cumprimento. "Antes fazíamos acordo de redução de pena", explicou.

Janot também se declarou contra a redução da maioridade penal. "Acho contrassenso. Estamos na contramão da história, porque não será feito nada em segurança pública, devido à solução que vai estar dada", disse.

Sobre a Operação Lava Jato, o procurador apenas comentou que até o momento há R$ 6 bilhões repatriados e/ou bloqueados em instituições financeiras. "Na Operação Lava Jato, a Petrobras não é autora de crime. Ela é vítima da ação dessas pessoas", ressaltou.

Ele ainda comentou que a atividade do Ministério Público não tem nada a ver com política, nem partido, "nem panelaço". "Fazemos investigação técnica. Não fazemos investigação escolhendo acusados. As instituições brasileiras estão maduras e agem e reagem de forma profissional. Elas estão fortalecidas e aí fortalece também a República", falou, descartando a tese de que haja golpe com as investigações das operações contra a corrupção.

Janot se mostrou otimista com o Brasil. "Olha o tanto que a gente evoluiu. Não dá, por uma circunstância de momento, achar que é o fim do mundo. São nesses momentos que a sociedade tem que se reafirmar. E a prova está nas outras graves crises que a gente superou. Eu não saio daqui (do Brasil) por dinheiro nenhum", falou.

Entretanto, ele criticou o sistema prisional brasileiro. "Confesso que é minha frustração como meta na Procuradoria. É vergonhosa a situação do sistema prisional. Temos algumas prisões que não fazem inveja a uma enxovia medieval", disse.

Janot fez as declarações na aula magna de nesta sexta-feira, 07, à noite, para cerca de 400 pessoas que marcou o início do segundo semestre da Escola Superior Dom Helder Câmara. O procurador chegou ontem à noite a Belo Horizonte e, segundo sua assessoria de imprensa, veio à capital especialmente para o evento - que estava marcado "há tempos" - e não recebeu gratificação por sua presença.

Evitou falar com a imprensa no evento. Embora sua assessoria de imprensa não confirme, fontes dizem que ele ficará o final de semana na capital mineira retornando a Brasília ou domingo à noite ou segunda-feira de manhã. Belorizontino, tem sua família moradora na capital.

O Brasil experimentou nestes doze anos e meio de governos do PT inúmeros escândalos de corrupção. Começou com o Mensalão e foi caminhando com uma velocidade incrível até chegar no Petrolão, fazendo as peripécias de Fernando Collor de Mello e de Fernando Henrique Cardoso virarem brincadeira de criança inocente.

A corrupção permeou toda a república, expondo a putrefação da política e dos poderes no país. Mas uma figura que nada ouvia, nada via e nada sabia sempre foi poupada de todos os escândalos que derrubaram ministros, deputados e diretores da Petrobras. O quadro se acentuou e até donos de empreiteiras foram presos por conta do Petrolão. 

A figura que sempre ficou ilesa das investigações é o ex-presidente Lula, e parecia que ele iria ficar impune de todo este mar de lama que inundou o Brasil. Porém, com o agravamento das investigações da Operação Lava a situação de Lula, conhecido como Brahma nas entranhas da corrupção, ficou insustentável. Era questão de tempo as investigações chegarem nele. Esse dia enfim chegou.

O executivo da OAS Léo Pinheiro, que reformou um sítio de Lula em Atibaia, decidiu falar ao Ministério Público Federal tudo o que sabe sobre os esquemas de corrupção que Lula comandou. Vai falar inclusive sobre o enriquecimento ilícito do empresário Fábio Lula da Silva, o empresário Meteoro da Corrupção, que passou de um trabalhador de zoológico a um dos homens mais ricos do Brasil, o famoso Lulinha. 

Lula sabe que a casa dele está caindo e a sua prisão é questão de tempo. 

Araripina – O Palácio do Campo das Princesas garantiu ao prefeito de Araripina Alexandre Arraes (PSB) que ele terá total apoio para que seu grupo político continue comandando o município. Dentre os possíveis candidatos do prefeito estão: Luciano Capitão, Roberto Pirralho, Leonardo Batista, Alexandre Lage, Divanágoras e Tião do Gesso. 

Bruno Ribeiro – O prefeito de Itambé Bruno Ribeiro (PSB) comemora a vinda do Polo Automotivo para a cidade de Goiana. O investimento na Mata Norte possibilitou a geração de centenas de empregos para os moradores de Itambé, que fica próximo de Goiana e também teve sua economia aquecida com a fábrica da Jeep.

Candidatura – O senador José Serra em reunião com o secretariado do governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão afirmou ser candidatíssimo a presidente da República pelo PSDB. Tal afirmação deixa o senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin, postulantes do partido ao Planalto, em alerta. 

1 bilhão – O Ministério Público Federal estima que no esquema investigado pela Operação Lava Jato foi distribuído cerca de um bilhão de reais em propina apenas da Odebrecht. Um valor vultuoso que evidencia o tamanho do buraco que o Petrolão envolveu o país.

RÁPIDAS 

Posse – O ex-deputado João Paulo assumirá a superintendência da Sudene na próxima terça-feira. A posse do petista acontecerá na sede da autarquia federal no Engenho do Meio e contará com a presença do ministro da Integração Nacional Gilberto Occhi. 

Gravatá – O ex-prefeito de Gravatá Ozano Britto assumiu a presidência do diretório municipal do PSB anteontem e terá a missão de comandar o partido na articulação da candidatura do deputado estadual Waldemar Borges, líder do governo na Alepe, a prefeito do município.

Inocente quer saber – A candidatura de Antonio Campos em Olinda está criando arestas na Frente Popular?

A Polícia Federal deve denunciar a primeira leva de políticos acusados no esquema de corrupção nos contratos da Petrobras em agosto. De acordo com informações publicadas em um jornal de circulação nacional nesta sexta-feira (24), os investigadores da Operação Lava Jato estão se articulando para encaminhar pelo menos cinco processos contra autoridades ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

Entre os nomes especulados para compor a lista da PF e com foro privilegiado, já que os processos seguirão para o STF, estão o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o do senador Fernando Collor (PTB-AL). 

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As denúncias devem ter como alvo os casos considerados como os mais consistentes já investigados pela Lava Jato. Os procuradores estão finalizando os detalhes dos processos para evitar possíveis rejeições do STF.  

Horas após a deflagração da Operação Politeia, na qual a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra três senadores, na semana passada, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou numa votação relâmpago um pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça duas auditorias em contratos da Procuradoria-Geral da República.

Os dois pedidos, aprovados numa sessão extraordinária da comissão, foram apresentados pelo senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), um dos alvos da busca e apreensão deflagrada na Operação Politeia. Collor tem sido o maior crítico público da gestão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que está em campanha para ser reconduzido ao cargo e, agora, corre risco de ser barrado pelo Senado em votação secreta, como revelou o jornal "O Estado de S. Paulo" na edição de segunda-feira, 20.

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A ação feita pela Polícia Federal contra os senadores no início da manhã da terça-feira da semana passada (dia 14) - requerida por Janot e aceita pelo Supremo Tribunal Federal - levou à apreensão, no caso de Collor, de um Porsche, uma Ferrari e um Lamborghini na Casa da Dinda, residência particular usada pelo ex-presidente. Pouco depois, por volta das 11 horas, a comissão do Senado decidiu votar os dois requerimentos de Collor que pediam a auditoria do TCU em contratos da Procuradoria-Geral da República. O presidente do colegiado, senador Otto Alencar (PSD-BA), consultou os presentes se poderia convocar uma reunião extraordinária para apreciar somente os dois requerimentos de informação. "Não vejo dificuldade alguma."

Contratos

Relator dos dois pedidos, o senador Ivo Cassol (PP-RO) explicou que a primeira proposta de fiscalização do TCU tinha por objetivo verificar a regularidade de um contrato de aluguel de uma casa pelo órgão, firmado em outubro de 2014 no valor mensal de R$ 67 mil por dispensa de licitação. O segundo, disse Cassol, referia-se a um contrato firmado por inexigibilidade de licitação de uma empresa de comunicação em dezembro do ano passado. O ex-presidente alega, nas propostas de fiscalização, que haveria indícios de irregularidades nos dois contratos.

Cassol propôs que fossem enviados os pedidos para que o TCU analise os casos. "O tribunal) é o órgão competente para fiscalizar e vistoriar se há alguma irregularidade em qualquer contratação em quaisquer entidades ou órgãos públicos federais", argumentou Cassol, que, dois dias depois da operação, prestou solidariedade em favor de Collor no plenário.

A realização da sessão extraordinária foi aprovada e a comissão acatou logo em seguida em votação simbólica os pareceres de Cassol para realizar as auditorias. "A CMA (comissão) não pode se eximir de seu dever de investigar, sempre que provocada, principalmente quando a denúncia formulada observa todas as exigências regimentais para ser aprovada", argumentou o relator, nos dois pareceres. "Não vamos ficar dando palpite", disse ele, logo após a aprovação.

Em agosto de 2013, Cassol foi condenado a mais de quatro anos de prisão, em regime semiaberto, pelo Supremo em ação movida pelo Ministério Público e continua em liberdade porque ainda consta um recurso pendente de julgamento na Corte. Primeiro senador condenado pelo STF, Cassol recebeu pena por ter fraudado licitações entre 1998 e 2002, quando foi prefeito de Rolim de Moura, em Rondônia.

Procurada na segunda-feira, 20, a Procuradoria-Geral da República não se pronunciou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois dias após ser alvo de uma ação de busca e apreensão, dentro da nova fase da Operação Lava Jato, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a criticar a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira, 16. Ao cobrar limites para o que considera como "atos ilegais" do chefe do Ministério Público Federal, Collor disse que cabe ao Congresso "questionar, reagir, enfrentar e frear" a instituição.

"Não se iludam, pois ninguém está livre disso", afirmou o ex-presidente, em seu segundo discurso na tribuna do Senado após a ação policial. "Daqui mesmo desta Casa, novas vítimas podem sair, novas histórias poderão ser maldosamente construídas. Estamos num terreno de um verdadeiro vale-tudo. O próprio cidadão, indefeso, sem imunidades, sem prerrogativas de foro, está ainda mais vulnerável ao estado repressor do Ministério Público Federal", completou.

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Avalizada pelo Ministério Público e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a ação policial teve como alvos, entre os senadores, Fernando Collor, o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), e o ex-ministro de Dilma Rousseff Fernando Bezerra (PSB-PE). No caso de Collor, a operação apreendeu um Porsche, uma Ferrari vermelha e um Lamborghini na Casa da Dinda, residência particular usada pelo ex-presidente.

O ex-presidente disse que não é possível permitir a submissão das instituições democráticas ao "aparato policialesco" do Ministério Público e aceitar a "cultura do apedrejamento". "Isso é degradante, isso é atitude de covardes, de facínoras que se dizem democratas, que se aproveitam da democracia, mas que, na prática, aplicam a autocracia e dela se aproveitam", criticou, ao dizer que jamais viu atos como esse, nem mesmo na ditadura.

Para Collor, todas as pessoas precisam estar cientes do poder do Ministério Público. Segundo ele, são dois universos. De um lado, disse, a sociedade, os cidadãos, sejam agentes públicos ou não. De outro, destacou, o Ministério Público, que deseja oferecer à "alcateia ululante o objeto da sua saciedade".

O senador do PTB lembrou que Janot está em campanha para ser reconduzido ao cargo - se for indicado pela presidente Dilma Rousseff para mais dois anos de mandato, ele será sabatinado e terá de passar por votação secreta do Senado.

Mesmo diante de um plenário lotado no último dia de votações antes do recesso parlamentar, o senador do PTB recebeu a solidariedade, por meio de apartes, de apenas dois senadores: Telmário Mota (PDT-RR) e Ivo Cassol (PP-RO).

Aliado de Collor, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), agradeceu o pronunciamento do colega e, sem citar Rodrigo Janot, repetiu que houve invasão de ambientes da Casa na operação. "Nossa democracia não pode pagar para ver, ela não pode correr risco", disse. "Não podemos permitir que um Poder queira se afirmar em cima de outro Poder, porque assim nós estaremos ferindo de morte a própria democracia", reforçou Renan, que, embora também responda a três inquéritos da Lava Jato, não foi alvo da nova fase da operação.

Diante das últimas medidas da Operação Lava Jato, que investiga casos de propina nos contratos da Petrobras, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) afirmou que "não se poderia esperar outra coisa" da aliança entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Fernando Collor (PTB-AL). Collor foi um dos políticos que teve bens apreendidos pela Polícia Federal, nessa terça-feira (14), durante a Operação Politeia – mais um dos desdobramentos da Lava Jato. 

Para o tucano, essa nova fase das investigações não poderiam revelar outra coisa já que o PT “loteia as empresas públicas - como a BR Distribuidora - com aliados como Collor”. O ex-presidente já foi cassado por corrupção. "Começa a cair o governo Lula-Dilma-Collor", resumiu o parlamentar, durante discurso na tribuna da Câmara Federal. 

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“Não dá para simplesmente olhar para a corrupção que se instala em um cargo. É preciso compreender que a origem disso tudo é a forma como o governo PT governa, distribuindo cargos e empresas públicas como se elas fossem propriedades do governo. É uma vergonha para um governo que se diz de 'esquerda progressista' entregar uma empresa pública a um senador que já foi cassado por corrupção. O PT está envolvido com isso até o pescoço", acusou, acrescentando.

Ao analisar as medidas da Operação, Daniel Coelho ainda enalteceu o papel do Judiciário, Tribunal de Contas e Polícia Federal e defendeu seu fortalecimento por acreditar que, apenas por esse caminho, se colocará um "fim na corrupção que toma conta do país junto com os governos do PT". 

"Até onde a política pode entrar na administração das empresas públicas? É uma vergonha o que tem feito esse governo. As instituições estão de parabéns pela investigação para que a corrupção no país acabe junto com os governos do PT", ressaltou o pernambucano.

Além dos carros de luxo encontrados na Casa da Dinda, de propriedade do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), a Polícia Federal apreendeu nesta terça-feira, 14, R$ 3,67 milhões em uma empresa em São Paulo, alvo da Operação Politeia. O dinheiro, em espécie, levou horas para ser contado. Os agentes não informaram qual investigado mantinha a quantia.

A PF deflagrou hoje a Operação Politéia, que mira em políticos investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Entre os alvos está o senador Fernando Collor (PMDB-AL) que, nas últimas semanas, tem dirigido ataques à Procuradoria-Geral da República.

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Os agentes federais cumprem 53 mandados de busca e apreensão envolvendo os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), além do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) e o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC). As medidas foram requeridas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Collor classificou como "invasiva e arbitrária" a operação da Polícia Federal, que cumpriu um mandado de busca e apreensão nesta terça-feira em seu apartamento em Brasília.

"A defesa do senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos", diz a nota publicada no Facebook de Collor.

O senador Fernando Collor (PTB-AL) se posicionou em nota sobre o mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal, nesta terça-feira (14), durante a deflagração da nova fase da Operação Lava Jato. No texto, o petebista diz repudiar “com veemência a aparatosa operação policial” e classifica a medida como “invasiva e arbitrária” porque a investigação já acontece desde o ano passado e o ex-presidente “jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos”. 

“Ao contrário disso, por duas vezes o Senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas”, observou Collor, em nota divulgada na página oficial do facebook do petebista.

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No documento, o senador critica a ação policial e pontua um "desrespeito" as garantias individuais pelo "Estado Policial". “Afinal, se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado”, acrescenta o texto.

Além de Collor, outros senadores foram alvos da fase batizada de Politeia pela Polícia Federal, como Ciro Nogueira (PP-PI) e o pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB). Este, inclusive, colocou-se à disposição para esclarecer os fatos investigados e também criticou a ação deliberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Alvo da Operação Lava Jato, o senador Fernando Collor (PTB-AL) chamou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "chantagista" por ele ter pedido a quebra do seu sigilo fiscal e bancário. "Essa conduta, para mim, tem nome. O nome dessa conduta é chantagem. Só que o sr. Janot, o chantagista, comigo não se cria: estiola", disse.

Em discurso feito na tarde desta quarta-feira, 20, na tribuna do Senado, Collor afirmou que Janot decidiu fazer a solicitação ao Supremo Tribunal Federal (STF) depois de ter vindo a público a notícia de que ele havia protocolado quatro representações no Senado que poderiam resultar no impeachment do procurador-geral.

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O senador, entretanto, apresentou os requerimentos no dia 12, e os pedidos de quebra de sigilo de Janot chegaram ao Supremo cinco dias antes, no dia 7. A quebra de sigilo foi autorizada na última segunda-feira e será usada pelos investigadores para checar eventuais depósitos mencionados pelos delatores da Lava Jato.

Desde que virou um dos 50 investigados no STF por suposto envolvimento em desvios na Petrobrás, Collor tem acusado o procurador-geral de agir sem critério ao fazer suas acusações.

A Polícia Federal, porém, encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssef em São Paulo comprovantes de depósitos bancários de dinheiro destinados a Collor. O próprio Youssef, posteriormente, afirmou em sua delação ter feito vários depósitos para o senador.

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Fernando Collor (PTB-AL), no período de 1º de janeiro de 2011 a 1º de abril de 2014, conforme solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido foi realizado no último dia 7 pelos investigadores e deferido na última quinta-feira, 15. O caso tramita em segredo de justiça na Corte.

O senador é um dos 50 investigados perante o STF por suposto envolvimento no escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, deflagrado pela Lava Jato. A quebra de sigilo foi solicitada pelos procuradores para checar eventuais depósitos mencionados pelos delatores da Lava Jato.

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Além de Collor, Zavascki autorizou quebra de sigilo bancário de outras pessoas, entre elas Pedro Paulo Leoni, um dos supostos operadores do esquema. O ministro também autorizou a quebra de sigilo bancário de empresas. O doleiro Alberto Youssef disse durante processo de delação premiada que fez "vários depósitos" a Collor, além de ter autorizado entregas de dinheiro em espécie ao senador. Durante busca e apreensão no escritório de Youssef, investigadores encontraram depósitos bancários em nome do parlamentar, que somam R$ 50 mil, entre os dias 2 e 5 de maio de 2013.

Na semana passada, após o pedido de quebra de sigilo, Collor protocolou quatro representações contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, questionando decisões e alegando "crimes de responsabilidade". Nos pedidos, o parlamentar pede que a Mesa Diretora do Senado forme uma comissão para analisar o caso e emitir um parecer. A decisão final cabe ao Plenário da casa e poderia se transformar em um processo de impeachment do procurador-geral.

Zavascki também autorizou a quebra de sigilo bancário do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC), referente ao período de janeiro de 2009 a janeiro de 2012. Youssef afirmou que o ex-deputado compunha um grupo de parlamentares do PP que atuava na "operacionalização do esquema de corrupção" de forma "estável e perene".

O senador Fernando Collor (PTB-AL) protocolou nesta terça-feira, 12, quatro representações contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, alegando "crimes de responsabilidade".

O senador, que figura entre os 50 políticos alvo de inquérito da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), acusa o procurador-geral de ter agido "sem critério" nos pedidos de abertura de investigação no STF. Desde o ano passado, ainda nas primeiras etapas da Lava Jato, contudo, a Polícia Federal encontrou no escritório do doleiro em São Paulo comprovantes de depósitos bancários de dinheiro de Alberto Youssef para Collor. O próprio Youssef, posteriormente, afirmou em sua delação ter feito vários depósitos para o senador.

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Ainda assim, Collor acusa Janot de abuso de poder por ter solicitado a coleta de documentos na Câmara dos Deputados em uma ação que tinha como alvo o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também é investigado na Lava Jato.

Outro questionamento apontado pelo senador é de que o procurador-geral tenha feito autopromoção, por ter "transformado sua segurança pessoal em um espetáculo de mídia" durante uma visita à cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, e por ter recebido um grupo de manifestantes na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), que foram ao Ministério Público Federal fazer uma vigília para o procurador-geral diante das acusações que vem sendo feitas contra ele.

Há ainda uma outra representação que fala em "desperdício de dinheiro público". Collor alega que membros do Ministério Público têm feito uso de passagens e diárias de forma abusiva, "tudo autorizado expressamente pelo procurador-geral da República".

Nos quatro pedidos protocolados, o senador pede que a Mesa Diretora do Senado forme uma "comissão especial para analisar a admissibilidade das denúncias". Se as representações foram acatadas, o colegiado deverá fazer diligências e emitir um parecer sobre o caso, mas a decisão final cabe ao Plenário, o que poderia se transformar em um processo de impeachment do procurador-geral.

Desde que teve seu nome confirmado entre os alvos da Lava Jato, Collor tem dirigido fortes críticas a Janot. Já o procurador-geral tem evitado responder aos ataques dos investigados.

Investigado na Operação Lava Jato, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) protocolou nesta quinta-feira, 26, dois pedidos para que o Ministério Público envie informações ao Senado.

Num dos requerimentos, Collor pede para ter acesso aos nomes dos membros do Ministério Púbico que não residem no Distrito Federal. No outro, solicita uma relação dos gastos com passagens e diárias do órgão desde 2011.

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Desde que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou que Collor seria investigado com um dos políticos beneficiados pelo esquema de pagamento de propinas na Petrobras, o senador e ex-presidente da República tem feito reiteradas críticas ao órgão.

Nos requerimentos protocolados nesta quinta, o senador não apresentou uma justificativa para os pedidos, mas, nos bastidores, a iniciativa foi entendida como mais um passo na batalha que ele tem travado com o Poder Judiciário.

Em discurso na tribuna do Senado essa semana, Collor acusou Janot de não ter "estatura moral" para estar no cargo e atuar como "justiceiro". Ele também questionou o "empoderamento" que o Ministério Público vem sofrendo nas últimas décadas, chamou os procuradores de "grupelho" e acusou o órgão de querer se "tornar um Poder acima dos Poderes".

O senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a criticar nesta segunda-feira, 23, a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na condução das investigações da Operação Lava Jato. Em discurso no plenário do Senado, Collor disse que Janot e outros integrantes do Ministério Público atuam como "justiceiros". Ele também acusou o procurador-geral de já ter decidido quem irá denunciar no caso, antes mesmo de as investigações haverem sido concluídas.

Segundo o senador, que foi um dos políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras que tiveram inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público age como se estivesse no "grande pedestal da moralidade pública e no mais elevado altar da ética institucional".

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Ele também afirmou que Janot tem dito a interlocutores que já estão prontas as denúncias que vai apresentar como desdobramento da operação Lava Jato. "Ou seja - e isto é gravíssimo sob todos os aspectos -, o Procurador-Geral da República, em seus vespertinos devaneios, alardeia as condenações que fará antes de concluídas as investigações oficiais da Polícia Federal e do próprio Ministério Público", disse.

Ele criticou também o fato de o procurador-geral ter posado, no início do mês, segurando um cartaz no qual estava escrito "Janot, você é a esperança do Brasil". "Vejam bem, o Sr. Janot como salvador da Pátria. Resta saber a que pátria se refere. A pátria do Ministério Público?", disse.

Para o senador, o "empoderamento" que o órgão vem sofrendo nas últimas décadas coloca em risco a "governança do País". "Na prática, mais do que um Poder, esse grupelho quer se tornar um Poder acima dos Poderes", disse.

O senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a criticar nesta segunda-feira a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na condução das investigações da Operação Lava Jato. Em discurso no plenário do Senado, Collor disse que Janot e outros integrantes do Ministério Público atuam como "justiceiros". Ele também acusou o procurador-geral de já ter decidido quem irá denunciar no caso, antes mesmo de as investigações terem sido concluídas.

Segundo o senador, que foi um dos 50 políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras que tiveram inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público age como se estivesse no "grande pedestal da moralidade pública e no mais elevado altar da ética institucional".

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Ele também afirmou que Janot tem dito a interlocutores que já estão prontas as denúncias que vai apresentar como desdobramento da operação Lava -Jato. "Ou seja - e isto é gravíssimo sob todos os aspectos -, o Procurador-Geral da República, em seus vespertinos devaneios, alardeia as condenações que fará antes de concluídas as investigações oficiais da Polícia Federal e do próprio Ministério Público", disse.

Ele criticou também o fato de o procurador-geral ter posado, no início do mês, segurando um cartaz no qual estava escrito "Janot, você é a esperança do Brasil". "Vejam bem, o Sr. Janot como salvador da Pátria. Resta saber a que pátria se refere. A pátria do Ministério Público?", disse. Para o senador, o "empoderamento" que o órgão vem sofrendo nas últimas décadas coloca em risco a "governança do País". "Na prática, mais do que um Poder, esse grupelho quer se tornar um Poder acima dos Poderes", disse.

Após receber o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu em seu gabinete o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Fernando Collor (PTB-AL).

A reunião durou cerca de 10 minutos e os três evitaram a imprensa. Os dois senadores saíram primeiro. Collor ignorou os jornalistas. Renan por sua vez saiu andando rapidamente. Questionado, disse não terem tratado de Lava Jato, mas apenas conversado sobre a pauta do dia.

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Pouco depois, Cunha também deixou o gabinete e não quis comentar o teor do breve encontro com Collor e Renan. Ele informou apenas que não haverá sessão da Câmara hoje, por causa do alongamento da sessão do Congresso Nacional. Desde as 11h30, senadores e deputados estão em sessão para análise de vetos presidenciais, o principal deles que derrubou o reajuste de 6,5% à tabela do imposto de renda.

O ministro Gilmar Mendes compõe a 2ª turma do STF, responsável pelo julgamento da Operação Lava Jato. Ele sugeriu e depois foi apoiado pelos ministros Celso de Mello e Teori Zavascki, que um ministro da 1ª turma fosse transferido à 2ª para evitar empates. A 2ª turma está com um número par de ministros por causa da demora da presidente Dilma Rousseff em indicar um substituto para a vaga deixada por Joaquim Barbosa.

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e o Diretório Estadual do PTB de Alagoas rechaçaram nesta terça-feira, 24, em notas, a acusação do doleiro Alberto Youssef, que teria afirmado a procuradores que a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, teria pago propina de R$ 3 milhões ao parlamentar.

A acusação de Youssef foi revelada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Collor rebateu a denúncia com "indignação" e "veemência". De acordo com Collor, a suspeita "padece de absoluta falta de veracidade e credibilidade, ainda mais quando recolhidas e vazadas de depoimentos tomados em circunstâncias que beiram a tortura de um notório contraventor da lei, agravados por suas condições físicas e psicológicas", afirmou.

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Segundo Collor, a reportagem "restringe-se a ilações e generalidades da fala do criminoso, sem apresentar qualquer vinculação de meu envolvimento", afirmou. O senador disse ainda que não conhece o doleiro e "jamais" manteve "qualquer tipo de relação pessoal, política ou empresarial" com Youssef.

PTB

O Diretório Estadual do PTB de Alagoas também reagiu com "indignação" à denúncia. Segundo o diretório, a suspeita "é mais uma tentativa de associar o nome de nosso companheiro, o senador Fernando Collor, à tal Operação Lava Jato". "Reverberam-se agora trechos pinçados de depoimento efetuado por um criminoso confesso, já encurralado em sua própria teia de contravenções, para também tentar atingir a nossa agremiação partidária", disse o partido.

Conforme a legenda, há uma "insistente busca" de inserir o senador e ex-presidente "como beneficiário de recursos advindos de fraude e da corrupção". Na avaliação do diretório, tão logo surgiu a acusação dos "supostos depósitos", Collor "exigiu" formalmente esclarecimentos das autoridades, em discurso na tribuna do Senado. "Após a cobrança da verdade, permanece até hoje a inexistência de qualquer fato real, concreto, que o vincule à Operação Lava Jato", disse a sigla.

O partido diz ainda que suspeita "de orquestração sórdida contra o senador" e afirmou que aguarda esclarecimentos da própria investigação já instaurada no âmbito do STF.

O diretório defende a trajetória política de Collor e sua família e diz que o ex-presidente herdou "um dos complexos empresariais mais bem-sucedidos em seu segmento no Brasil". "O que só eleva a nuvem de suspeição contra essa sucessiva associação de seu nome ao esquema promíscuo investigado". O PTB alagoano reafirmou a "confiança" no senador.

Tatuagem nos pulsos e mãos dadas às filhas gêmeas Cecile e Celine, de 8 anos, o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) cortou a fila ao votar em um colégio em Maceió (AL), gerando reclamações de quem esperava. Ao sair, irritou-se com o repórter do Estadão, ao ser questionado se ele tinha usado a prerrogativa de idoso para passar à frente dos demais eleitores em espera a mais de hora. "Não quero falar com você", irritou-se, Collor, de 65 anos.

Candidato à reeleição como senador, Collor aliou-se ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com quem brigou politicamente em 1992, quando o peemedebista apoiou seu impeachment, depois de ter sido líder de seu governo. O acordo para sua reeleição incluiu o apoio à candidatura de Renan Filho (PMDB) como governador do Estado, cargo que Collor tentou e perdeu em 2002 - depois de ficar dez anos com os direitos políticos cassados - e 2010.

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Desde o começo da disputa Collor manteve vantagem em relação à sua principal adversária Heloísa Helena (PSOL). Na hora da votação, ele chegou com a mulher e as duas filhas por volta das 13 horas, em um colégio particular de Maceió. Diante de um grupo de jornalistas, a maioria de órgãos das organizações Arnon Melo de sua família, deu rápida entrevista em que falou em vitória e disse não acreditar em um segundo turno na disputa ao governo estadual. "Chego para votar muito animado com as perspectivas".

Com o corredor lotado de pessoas à espera da vez para votar, Collor foi conduzido por seus assessores e seguranças a que tem direito como ex-presidente diretamente para sua seção e entrou, cortando a vez de quem esperava. "Estou na fila há mais de uma hora e não acho que o ex-presidente tenha direito de votar na minha frente", reclamou o bancário Claudio Oliveira, de 42 anos.

Na saída, Collor foi questionado se ele havia se valido da prerrogativa de idoso para furar a filha e não respondeu. Diante da insistência do jornalista que o questionou então sobre a mudança de tom de sua campanha com a troca de cor de sua marca Collor, que perdeu as letras L em verde amarelo e ganhou cores do arco-íris, ele voltou-se ao repórter do Estadão e disse que não falaria com ele, visivelmente alterado.

Casado com a arquiteta Caroline Medeiros, de 36 anos, Collor divide o tempo entre Brasília, o apartamento em Maceió e a casa em Arapiraca, interior de Alagoas. Durante a semana, foi flagrado pela reportagem usando um terreno baldio na orla marítima, num pouso irregular de helicóptero. O local, que serve como estacionamento para um restaurante, é usado como pista particular do ex-presidente para descer perto do prédio em que mora quando está na capital alagoana.

Primeiro presidente eleito diretamente após duas décadas de regime militar e o mais jovem político a sentar na cadeira presidencial, Fernando Affonso Collor de Mello vive hoje longe dos holofotes. Depois de dez anos com o direito de sair candidato suspenso, ele tentou o governo de Alagoas em 2002 e 2010, e perdeu, e foi eleito senador em 2004.

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para investigar o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) pelos depósitos que teria recebido do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A apuração contra Collor, determinada pelo ministro Teori Zavascki, ocorre quatro meses depois de ele ser absolvido no Supremo da última ação a que respondia em razão das acusações que o levaram ao impeachment, em 1992.

A Justiça Federal do Paraná foi o órgão que solicitou ao Supremo pedido de abertura do inquérito para apurar o caso. O questionamento foi remetido ao STF porque Collor, como senador, tem direito a foro privilegiado.

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Em maio, veio a público que Collor foi beneficiário de oito depósitos em sua conta pessoal no valor de R$ 50 mil. Os comprovantes das operações foram encontradas na casa de Alberto Youssef, numa busca e operação feita pela PF.

No dia 26 de maio, na tribuna do Senado, Collor negou ter qualquer relação com o doleiro. "Posso afirmar de forma e de modo categórico que não o conheço e jamais mantive com ele qualquer relacionamento pessoal ou político", afirmou. No pronunciamento de 18 minutos, ele não negou ter recebido os depósitos de Youssef, assim como não esclareceu os motivos do recebimento do dinheiro na sua conta.

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