Tópicos | Fernando Haddad

A nova secretária municipal de Educação de São Paulo, Cleuza Repulho, confirmada ontem pela equipe de Fernando Haddad (PT), terá o desafio de promover um salto de qualidade no ensino dado pela rede. A capital paulista teve desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) menor que a média do Brasil, das capitais e das redes municipais da região metropolitana. Pouco para a cidade mais rica do País.

Entre 2005 e 2011 - que compreende as gestões de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) -, as escolas da cidade tiveram evoluções menores não só no Ideb, mas também na nota de matemática nos dois ciclos (da 1.ª à 4.ª série e da 5.ª à 8.ª serie). O índice é composto pela taxa de aprovação das escolas e notas da Prova Brasil, que avalia português e matemática. O desempenho em matemática é considerado referencial, por ser conhecimento basicamente escolar.

##RECOMENDA##

A rede municipal de São Paulo tem a quarta pior nota de matemática no primeiro ciclo do ensino fundamental (até 4.ª série) entre as 39 cidades da região metropolitana. A cidade teve média de matemática de 197,53 nessa fase, ficando à frente apenas de Carapicuíba, Jandira e Itaquaquecetuba. A ONG Todos Pela Educação considera como adequado notas acima de 225 nessa fase.

O resultado representou uma evolução de 24,7 pontos do registrado em 2005, inferior à variação média das cidades da região metropolitana. O aglomerado teve incremento de 27,8 pontos. Em 2005, por exemplo, São Paulo tinha a terceira pior nota e só subiu uma posição na comparação.

Guarulhos, a segunda maior cidade do Estado, teve um incremento de 30 pontos. Foi uma das 15 cidades com evolução maior que a de São Paulo, sendo que 9 não tinham nota em 2005.

As redes municipais do Brasil tiveram crescimento médio de 31,28 pontos, enquanto as escolas municipais da capitais tiveram salto de 57,1 pontos. Ambos os resultados foram melhores que São Paulo.

Nos ano finais (até 8.ª série), a variação de São Paulo entre 2005 e 2011 em matemática foi de 1,75 ponto, abaixo da região metropolitana, Brasil e capitais. Em 2011, a nota nessa etapa ficou em 240,45. O adequado é 300.

Segundo a professora da USP Paula Louzano, olhar a variação permite comparar as redes. "São Paulo ainda precisa fazer um esforço grande para alcançar o Brasil, o que é uma vergonha. Devíamos estar na frente, por conta da riqueza da cidade." A pesquisadora ressalta a culpa não é só da rede. "A diferença socioeconômica enorme influencia."

São Paulo tem o maior orçamento municipal do País, na casa dos R$ 42 bilhões. Mas são grandes as dificuldades na educação, pelos quase 1 milhão de alunos e abismos sociais entre regiões. Mas isso não explica tudo.

Dados da Prefeitura mostram diferenças em resultados em bairros com a mesma realidade. Escolas da subprefeitura de Cidade Ademar, na zona sul, tinham em 2010 a maior taxa de reprovação, com 7,98%. É mais que o dobro da subprefeitura com o melhor aproveitamento: a vizinha Parelheiros, com 3,04%.

Metas

O Ideb estabelece metas para cada escola e cidade. São Paulo não bateu as suas em 2011, mesmo avançando 0,1 nos dois ciclos. Nos anos iniciais, ficou com 4,8; nos finais, 4,3. As metas eram de 4,9 e 4,6, respectivamente.

No ranking do Ideb das redes municipais da capitais, São Paulo está em 13.º no anos iniciais - apesar de ter a 6.ª pior variação entre 2005 e 2011. Nos finais, ocupa a 8.ª posição entre redes que oferecem o ciclo. Mas tem a 5.ª pior evolução entre 2005 a 2011.

Especialistas ponderam que as médias no Ideb são relativas - a mesma nota não representa a mesma realidade de escolas diferentes. "Mas as crianças que têm 6 sabem mais que as que têm 4", diz Paula Louzano.

Segundo o pesquisador Simon Schwartzman, escolas e prefeituras precisam se debruçar sobre suas realidades. "O Ideb é um indicador, mas ainda não existe algo claro que identifique onde está o problema, onde atacar", diz.As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, foi recebido nesta segunda-feira (29) pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília. A visita rápida foi para agradecer o apoio durante a campanha e estabelecer uma rotina de trabalho com Dilma.

O prefeito eleito ressaltou a importância de se criar um grupo de trabalho o quanto antes para iniciar a discussão sobre as parcerias que foram anunciadas no plano de governo apresentado durante a campanha, para que sejam implementadas o quanto antes.

##RECOMENDA##

Nesse domingo (28), logo após o resultado da apuração de votos do segundo turno, que confirmou a vitória do petista, Dilma telefonou para Haddad e o parabenizou pela vitória. "É o Brasil de braços dados com São Paulo, e São Paulo de braços com o Brasil", disse a presidente a Haddad, que já ocupou o cargo de ministro da Educação do governo Dilma. Ele licenciou-se para concorrer às eleições municipais deste ano.

Antes de voltar para São Paulo, Fernando Haddad visitará o Ministério da Educação.

Nas urnas, Haddad foi eleito com 55,57% dos votos válidos, contra José Serra (PSDB). No discurso de vitória, o prefeito eleito agradeceu o apoio de Dilma. "Agradeço à presidenta Dilma pela presença vigorosa na campanha desde o primeiro turno, pelo estímulo pessoal e o conforto nos momentos mais difíceis dessa campanha", disse.

Haddad tem 49 anos e, além de ministro da Educação, já atuou na Prefeitura de São Paulo durante a gestão de Marta Suplicy como chefe de gabinete da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico e foi assessor especial do ministro do Planejamento, Guido Mantega. Ele é formado em direito e tem mestrado em economia com especialização em economia política e doutorado em filosofia.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), afirmou após a confirmação da vitória que o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) poderá contar, já a partir de amanhã, com o apoio da prefeitura para o trabalho de transição. Ele chegou por volta das 19h45 ao comitê de campanha do candidato derrotado José Serra (PSDB) no edifício Joelma, no centro da cidade, e cumprimentou tanto Serra quanto Haddad pela campanha que protagonizaram.

"Eu cumprimento aqui o candidato Haddad e lhe desejo sorte para que construa sua equipe. A prefeitura, a partir de amanhã, vai estar a sua disposição para apoiar e ajudar no período de transição e para que ele possa ser empossado, em 1º de janeiro, totalmente integrado, com condições para cumprir o seu dever de administrar a cidade", disse Kassab.

##RECOMENDA##

Segundo Kassab, seu sucessor terá uma tarefa difícil e complexa, pois São Paulo é uma cidade com muitos problemas.

Ele também deu a entender que Serra, apesar da derrota, não deve abandonar a vida política, pois pode ajudar em "outras missões". "Renovo aqui minha admiração pelo Serra, que é um homem inteligente e íntegro."

Kassab chegou ao comitê do PSDB acompanhado do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD). Afif, assim como Fernando Henrique Cardoso e outras lideranças tucanas, destacou a necessidade de renovação do partido.

Acompanhado do Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, o presidente estadual do PP, deputado federal Paulo Maluf, chegou há instantes no hotel onde correligionários de Fernando Haddad comemoram sua vitória. Para Maluf, Haddad "certamente será inscrito na galeria dos grandes prefeitos de São Paulo".

Ele disse que sua contribuição para a eleição do petista foi de 12% do eleitorado que, segundo pesquisa do DataFolha, afirmaram que votariam num candidato indicado por Maluf.

##RECOMENDA##

Questionado sobre uma possível fusão entre o seu partido e o PSD do prefeito Gilberto Kassab, Maluf desconversou. "Uma fusão depende de Brasília", disse.

Com 66,61% das seções apuradas na capital paulista, o candidato petista à Prefeitura, Fernando Haddad, aparece na liderança, com 55,79% dos votos válidos contra 44,21% de José Serra (PSDB). As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A candidata à vice na chapa de Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo, Nádia Campeão (PCdoB), fez um discurso cauteloso e evitou comemorar o resultado da pesquisa de boca de urna que indica a vitória do PT na eleição municipal. Ao chegar no hotel Intercontinental, na região da Avenida Paulista, onde correligionários e colaboradores se reúnem nesse final de tarde para acompanhar a apuração, Nádia limitou-se a dizer que a expectativa "é a melhor possível" e que não é possível falar ainda do "peso da responsabilidade" de governar São Paulo. "Acho que a essa altura do campeonato falta pouquinho", comentou a candidata.

Nádia disse estar confiante na vitória das urnas. Ela se negou a falar sobre discussão de cargos num futuro governo de Fernando Haddad. "Nem pensar em falar disso agora", respondeu.

##RECOMENDA##

Os colaboradores de Haddad se reúnem nesta tarde no maior salão de eventos do hotel Intercontinental na Alameda Santos. O salão foi decorado com bexigas brancas e vermelhas e, ao chegar, os convidados recebem bandeiras do PT e botons. Eles podem acompanhar a apuração dos votos por meio de um telão.

Haddad deve chegar por volta das 19h ao hotel, onde também é esperada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já chegaram ao evento os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para as Mulheres).

O deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) afirmou há pouco que a vitória do candidato petista Fernando Haddad e a consequente derrota do tucano José Serra significam "o final de uma época e de um jeito de fazer política". Segundo ele, o PSDB errou ao investir sempre no mesmo nome, no caso, Serra, como candidato à prefeito. "Quem perde é a democracia e houve um equívoco do PSDB", disse Chalita ao chegar no hotel na capital paulista onde o PT organiza a possível comemoração da vitória de Haddad. Ainda segundo o deputado, a eleição de Haddad "é a vitória do povo de São Paulo, de propostas, de projetos e de um jeito novo de fazer política".

Chalita evitou comentar sobre a participação do PMDB no governo de Haddad e afirmou que o até então candidato tem de ter serenidade para buscar as pessoas mais competentes para os cargos. "Chegou o momento em que a política não deve encher de amiguinhos", disse Chalita. Ele ratificou ainda que em nenhum momento o PMDB discutiu cargos com o PT, após sua derrota no primeiro turno e o anúncio de apoio a Haddad.

##RECOMENDA##

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou há pouco que a provável vitória de Fernando Haddad (PT) na eleição para Prefeitura de São Paulo é a maior derrota da oposição no País e sintetiza o sentimento de mudança do povo paulistano. "São Paulo não quer mais do mesmo", disse Padilha. Ele repetiu que a eleição de Haddad, como mostra a pesquisa boca-de-urna divulgada há pouco, aponta ainda a derrota "de um possível pré-candidato à Presidência da República" em 2014.

Segundo o ministro, a tarefa do PT, a partir de agora, é reunir a base eleitoral e trabalhar para concretizar os avanços obtidos nas eleições deste ano. Junto com a base aliada, o PT, disse Padilha, deverá debater também o cenário para as eleições de 2014, tarefa que não será realizada no curto prazo, de acordo com o ministro.

##RECOMENDA##

Sobre a renovação política do PT, apontada na vitória de candidatos novatos, como a presidente Dilma Rousseff em 2010 e possivelmente Fernando Haddad em São Paulo, Padilha disse que isso ocorre há muito tempo. "Isso já foi demonstrado quando o presidente Lula não aceitou embarcar na tese do terceiro mandato", afirmou.

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que aguarda serenamente a apuração e que o eleitor teve 60 dias de debate para escolher entre a continuidade e a mudança na administração da cidade. "Estou com uma boa expectativa, mas vou aguardar serenamente o resultado", disse Haddad, durante uma tumultuada e rápida entrevista após registrar o seu voto em Moema, na Zona Sul da capital paulista.

Segundo o petista, o programa de mudança para a cidade apresentado durante a campanha prega "uma forte parceria com o governo estadual e federal, sobretudo, que dará mais presença federal em São Paulo". De acordo com assessores de campanha, Haddad seguiu para sua casa, no Paraíso, Zona Oeste da capital paulista, onde aguardará até o fim da tarde. Às 17h, ele vai se dirigir para um hotel na região da Avenida Paulista, onde acompanhará a apuração. Em caso de vitória, está prevista uma festa na Avenida Paulista.

##RECOMENDA##

Haddad chegou por volta do meio-dia à Universidade Ibirapuera, em Moema, onde votou acompanhado de sua filha, Ana Carolina. Cercado de jornalistas, o petista entrou na sala de votação e deixou que a filha apertasse as teclas da urna eletrônica. Quando Ana Carolina digitou o número 13 na urna, Haddad brincou: "Tem certeza?". O petista pousou para fotos de jornalistas, fez o "V" da vitória e, junto com a filha, compôs com as mãos o número 13. 

Na última semana da campanha pela Prefeitura de São Paulo, o candidato do PT, Fernando Haddad, intensificará ações com a classe média, enquanto José Serra (PSDB) tentará se aproximar do eleitor menos escolarizado e de mais baixa renda, concentrado na periferia.

Os candidatos também calibrarão os ataques na reta final. A coordenação da campanha do PT decidiu retirar da grade comerciais mais críticos ao tucano. O objetivo é aumentar as inserções com propostas a fim de neutralizar o discurso do PSDB, segundo o qual Haddad não teria ideias para a cidade. Os tucanos pretendem tratar com mais moderação a exploração do mensalão, que sustenta o debate sobre ética, um dos carros chefes da campanha. Temem que o contra-ataque prometido pelos petistas - citando casos como o mensalão mineiro e o escândalo de corrupção envolvendo o ex-diretor de licenciamentos da Prefeitura de Gilberto Kassab (PSD), aliado de Serra - provoque batalha ética que leve a descrédito da classe política. Em cenário de redução de mobilização do eleitor, as abstenções e votos nulos crescem, o que beneficiaria o petista.

##RECOMENDA##

Serra perdeu cinco pontos na última semana, e integrantes da campanha creditam a queda ao tom mais agressivo no rádio e na TV e a abordagem do "kit gay" feita por Silas Malafaia, líder evangélico que apoia o tucano.

Serra cumprirá agenda em bairros dos extremos leste e sul, onde serão promovidas caminhadas e bandeiraços. Haddad lidera as pesquisas com folga nas franjas da cidade. Na ponta da zona leste, o petista vence por 61% a 17%, e no extremo sul, por 55% a 26%, segundo o Datafolha.

O candidato do PT terá agenda voltada para a classe média, na qual constam encontros com esportistas, advogados e artistas. Na zona oeste, onde está o eleitor mais rico da cidade, Serra lidera com 48% das intenções de voto contra 37% do petista.

Na segunda-feira, o vice-presidente Michel Temer e o candidato derrotado do PMDB, Gabriel Chalita, promovem ato pró-Haddad no Clube Espéria. Antes, haverá uma reunião com esportistas, com a participação do ministro Aldo Rebelo (Esporte).

Mais encontros

Na terça, o PT organiza um ato temático sobre saúde, com o ministro Alexandre Padilha. A campanha também fará encontro na quinta com apoiadores da área da cultura e educação, do qual participam o neurocientista Miguel Nicolelis e o filósofo Mario Sergio Cortella. Na quarta, Haddad recebe o apoio de personalidades da área jurídica.

O PT também realiza ato com pastores, com a entrega de manifesto pró-Haddad, que falará que o candidato respeita a diversidade religiosa, defende o Estado laico e não instrumentaliza a religião para fins eleitorais, apesar de o evento ser de campanha.

Serra, por sua vez, insistirá na reação ao discurso do PT de que Haddad seria o candidato dos pobres. O tucano empunhará a bandeira de um governo "para todos", contra a suposta divisão da cidade entre ricos e pobres. Na TV, a campanha mostrará obras e serviços que beneficiaram a população mais pobre na atual gestão, defendida pelo tucano.

O objetivo da equipe do PSDB é conquistar dois segmentos do eleitorado até o próximo domingo: um grupo que rejeita o PT, independentemente de seu candidato, e outro que votaria em Serra por seu currículo.

As mensagens críticas abordarão a "capacidade administrativa". A campanha falará que ele não tem gabarito para comandar a cidade. Com ironia, dirá que o petista, vendido como o "novo", teria capacidade administrativa comparável a de um estagiário. Os tucanos também pretendem exibir novo depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para consolidar e ampliar o voto do eleitor simpático ao "modo tucano de governar". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rebateu há pouco as declarações do candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, de que se o petista Fernando Haddad for eleito, serão interrompidas as parcerias com as chamadas organizações sociais da saúde, que administram hospitais públicos e unidades de saúde na cidade. "Nós temos muitas parcerias (no Ministério da Saúde) e vamos aprofundá-las cada vez mais em São Paulo", garantiu o ministro.

Padilha respondeu ainda às declarações de Serra, feitas na manhã deste sábado, de que o programa do PT teria ideias alucinadas. "Quem está tendo alucinações é o Serra, que está vendo coisas que não estão escritas ou ditas", afirmou Padilha.

##RECOMENDA##

Presente em comício da campanha eleitoral de Fernando Haddad, o ministro citou parcerias semelhantes às realizadas na cidade de São Paulo que são feitas pelo Ministério da Educação. "Fizemos parcerias tanto com a Santa Casa quanto com o hospital Santa Marcelina, o exemplo é o programa SOS Emergência, que é feito com essas duas instituições no plano federal", argumentou o ministrou.

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (19) que, se eleito, renovará apenas os contratos com as organizações sociais (OS) na saúde que forem "bem-sucedidos".

"Se estiverem caminhando bem, (renovarei) sim. Por que não?", disse Haddad. O candidato voltou a negar que pretenda extinguir o modelo das OS na gestão das unidades de saúde. Em seu programa de governo, Haddad afirma que vai "retomar, sem prejuízo dos condicionantes contratuais legais e após providências administrativas necessárias, a direção pública da gestão regional e microrregional do sistema municipal de saúde".

##RECOMENDA##

Segundo o petista, seu objetivo é fortalecer o papel da Prefeitura na gestão do sistema e seguir recomendação do Tribunal de Contas do Município (TCM) para melhorar a transparência no controle de gastos destas entidades. "O sistema de saúde é único. Não podemos abdicar de administrar o sistema como um todo. Os contratos precisam ser fiscalizados, precisa haver transparência, controle do gasto, criar cláusulas para, quando as metas não forem atingidas, qual será o procedimento. Isso é regulação do sistema", defendeu o petista.

Haddad afirmou que determinará às OS que venham a gerir novos hospitais públicos que contratem profissionais por concurso. Ele argumenta que a Justiça paulista já fez esta recomendação à Secretaria Estadual da Saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A candidata a prefeita da cidade de São Paulo, ex-VJ da MTV e apresentadora da TV Cultura, Soninha Francine (PPS), escreveu nesta sexta-feira, no seu blog, um texto xingando o postulante Fernando Haddad (PT). “Esses imundos (petistas) vem dizer que nunca ninguém fez nada pelos pobres, e que eles fizeram muito pelos pobres. Repetem, repetem, repetem. Aí botam um cara na televisão dizendo exatamente isso: 'Os tucanos nunca fizeram nada pelos pobres'. E aí vem no debate dizer: 'Vamos assinar um protocolo para que a campanha não tenha agressões?'. Filho da p…”, postou.

Logo após o questionamento de vários internautas sobre a veracidade do post, Soninha alterou o texto de seu blog. “Pra quem veio aqui procurando um palavrão xingando o Haddad: apaguei. Estava com muita raiva e escrevi como falo [falo muito palavrão]. Podia ter dito simplesmente "SUJO". No fim, substituí por "MUITO cinismo". Era lá que estava o "filha da p."

##RECOMENDA##

Ela questiona a atuação de Haddad durante os sete anos que foi Ministro da Educação, critica o governo do PT e declara que o Brasil é um tragédia na educação. Soninha foi derrotada no primeiro turno. Ela obteve 162.384 votos, que representam 2,65% dos votos válidos. Atualmente, ela está apoiando o candidato José Serra (PSDB).

Em nota divulgada nesta terça-feira, a Executiva Nacional do PDT vai na linha oposta à decisão do presidente estadual da sigla em São Paulo, o candidato derrotado à Prefeitura Paulo Pereira da Silva, e declara apoio ao petista Fernando Haddad na corrida municipal da capital. Na semana passada, Paulinho firmou apoio ao candidato do PSDB, José Serra, e garantiu que fará campanha com o tucano neste segundo turno.

Os líderes do PDT se reuniram na tarde desta terça-feira e concluíram que o candidato do PT representa "os compromissos com as conquistas sociais e com a escola de tempo integral, que são as principais bandeiras do trabalhismo". A nota é assinada pela própria Executiva Nacional do PDT. Haddad classificou a posição da Executiva Nacional do PDT de "coerente" com os governos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PDT ocupa o Ministério do Trabalho com Brizola Neto. "Não comentei a atitude do Paulinho, a quem eu respeito, mas entendo a atitude da direção nacional", disse o candidato petista.

##RECOMENDA##

Indagado sobre a atitude da Executiva Nacional do PDT, Paulinho disse à Agência Estado que não haverá nenhuma interferência no seu apoio ao tucano José Serra. "Eles tomaram a decisão nacional, mas deram ao diretório estadual e municipal a liberdade para termos a nossa posição", disse. "Continuamos apoiando firmemente o Serra", garantiu Paulinho.

O deputado Paulo Maluf (PP-SP) defendeu nesta manhã, pouco antes de votar, no Colégio Sacre Couer, no Itaim, em São Paulo, o voto em Fernando Haddad (PT). Ele afirmou que é o ex-ministro da Educação é "limpo" e "o único que poderá conseguir verbas do governo federal para São Paulo".

Sem ter participado da campanha de televisão de Haddad, aliado que somou quase dois minutos de propaganda na TV após acordo firmado com o ex-presidente Lula, Maluf afirmou que, "se o marqueteiro João Santana, responsável profissional pela campanha de Haddad" chamá-lo para gravar depoimentos no segundo turno, pretende sim fazer campanha para o PT. "Se me chamarem, eu vou", disse o ex-prefeito paulistano logo após votar.

##RECOMENDA##

Maluf declarou ainda que não é possível saber agora qual é o impacto do julgamento do mensalão na campanha de Haddad. "Não tenho medida. Mas ontem fui questionado em um restaurante e disse: 'minha senhora, eu sou católico apostólico romano praticante. Não é porque tem um padre pedófilo na Paraíba ou em Alagoas ou na Irlanda que eu vou deixar de ser católico'."

Maluf disse ainda que foi procurado duas vezes por José Serra (PSDB), mas que preferiu apoiar Haddad depois do acordo com Lula. "Não tenho nada contra o Serra. Ele é bom administrador. Ele esteve na minha casa duas vezes pedindo meu apoio, mas é o Haddad quem poderá trazer do governo federal mais verbas, que é o grande problema de São Paulo", afirmou.

Ele disse ainda que não apoiou Celso Russomanno (PRB), seu ex-aliado de partido, porque conhece o candidato do PRB "há mais de 30 anos". "Ele foi officeboy no Palácio. Era o Celsinho do Detran", lembrou.

Nos passos finais antes do primeiro turno da campanha pela Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB) usou carros de som para voltar a chamar o adversário Fernando Haddad (PT) de "mentiroso". José Serra (PSDB) também investiu contra o petista, comparando o uso do espaço da propaganda de vereadores no último dia de horário eleitoral de TV, anteontem, a uma afronta à Justiça tal qual "o mensalão". Já Haddad deixou os ataques para seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou o candidato tucano de "frágil".

Tanto nesta sexta-feira quanto neste sábado, véspera da eleição, os candidatos têm de respeitar uma série de restrições da Justiça Eleitoral. Russomanno está em queda nas pesquisas - o Datafolha diz que o candidato do PRB caiu dez pontos em duas semanas e hoje tem 25%, diante de 23% de Serra e 19% de Haddad. Na sexta-feira, ele abandonou uma carreata na zona leste. Antes, não desceu do jipe para cumprimentar eleitores, como costuma fazer, nem não quis conceder entrevista. A assessora de imprensa do candidato disse que deixou a carreata por causa de compromissos particulares.

##RECOMENDA##

Os carros de som seguiram o curso, alardeando a mensagem: "Oi, aqui é Celso Russomanno. Posso falar com você sobre transporte público? O Haddad vem mentindo quando diz que vou aumentar o preço da passagem", dizia a gravação do candidato. "A verdade é que vou reduzir. O Bilhete Único vai continuar o mesmo, R$ 3, valendo por três horas. Eu vou reduzir o preço e, se você andar menos, paga menos. E ainda o ônibus vai ter ar-condicionado. Posso contar com o seu voto?", encerrava Russomanno a gravação, repetida a cada 30 segundos pelos carros de som.

As críticas sobre a proposta de criar uma tarifa proporcional à distância percorrida são vistas dentro do próprio QG de Russomanno como o principal motivo da queda nas pesquisas do candidato. Segundo os adversários, Haddad à frente, a tarifa proporcional pesaria no bolso de quem mora na periferia - que pagaria o valor inteiro de R$ 3. Os descontos para quem percorre um caminho menor teriam de ser bancados pelos cofres públicos municipais.

No Shopping Center Norte, ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Serra comparou o uso do horário eleitoral na TV de candidatos a vereador pelas campanhas de Haddad e Gabriel Chalita (PMDB) ao escândalo do mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. Os advogados do tucano pediram à Justiça Eleitoral que todos os outros candidatos tivessem direito a até 1 minuto cada em um bloco de propaganda extra, que seria exibido neste sábado. O pedido foi negado.

"O sistema judiciário é um sistema forte, que tem que ser respeitado. O mensalão é uma derivação disso. Parece desproporcional, mas o que houve foi uma transgressão frontal e acintosa às regras legais vigentes", disse.

O tucano classificou como "mais gritante" o uso de parte do programa de candidatos a vereador do PT. A prática é proibida pela Justiça Eleitoral, que costuma aplicar como punição a perda de tempo na transmissão seguinte. "Isso é gravíssimo e eu acho muito importante que haja uma reparação como elemento de preservação de regras da Justiça", disse o candidato do PSDB.

No evento de Haddad nesta sexta-feira na Praça da Sé, no centro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou o candidato tucano. Para isso, lembrou o episódio em que Serra disse ter se sentido meio "grogue" ao ser atingido por um objeto numa caminhada no Rio de Janeiro, durante a campanha presidencial de 2010.

"A gente não pode aceitar nenhuma provocação, porque nós sabemos que tem muito candidato aí que até uma bolinha de papel que alguém jogou na cabeça dele e ele diz que foi uma agressão e culpa o PT", afirmou Lula. "Então, por favor, nada de brincar com bolinha de papel, nada de brincar de bolinha de isopor, nada. A partir de agora, nem bolinha de sabão vocês podem fazer", afirmou o ex-presidente, que, em tom de deboche e sem citar expressamente o nome do adversário, disse que Serra é "frágil". "Qualquer coisa o machuca."

Lula ainda afirmou que a eleição paulistana é a "mais complicada" da qual ele já participou na cidade, pois "há um embolamento". O ex-presidente disse que Haddad será o mais votado no primeiro turno. O candidato petista disse ter "confiança" de que chegará ao segundo turno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Em sete dias de propaganda na TV, o candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), apareceu em cena 30% menos do que o seu adversário petista, Fernando Haddad. Mesmo assim, o tucano citou duas vezes mais o nome do governador Geraldo Alckmin do que Haddad mencionou o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O levantamento feito pelo Estado levou em conta o tempo que cada candidato aparece falando no horário eleitoral. Os programas de Celso Russomanno (PRB) também foram analisados.

 

Fonte: Agência Estado

De olho no eleitorado do candidato Celso Russomanno (PRB), o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou neste domingo (30) que a proposta do adversário de criar tarifa de ônibus proporcional à distância percorrida vai "aumentar o desemprego na periferia". Nos últimos dias, a campanha do PT tem intensificado os ataques ao PRB com o objetivo de atrair eleitores simpáticos ao PT, mas que estão apoiando Russomanno, líder nas pesquisas de intenção de voto na capital paulista. Questionado sobre os ataques, Haddad disse que não eram pessoais.

"Eu penso que a ideia de cobrar menos de quem mora perto é um equívoco muito grande, que vai, inclusive, causar desemprego na periferia. Nenhum empregador que mora perto vai contratar alguém que mora longe. Ele vai aumentar os custos da empresa dele desnecessariamente. A grande vantagem do Bilhete Único foi tratar todo mundo igualmente. Acabar com a discriminação de onde você mora. Hoje não existe mais isso", disse o candidato, após carreata na zona leste de São Paulo.

##RECOMENDA##

Indagado sobre os ataques a Russomanno e o impacto na relação do PRB, partido da base da presidente Dilma Rousseff, com o governo federal, Haddad disse que ao "contrário do que o PSDB está fazendo, indo para o ataque pessoal, nós estamos fazendo um debate político com o candidato do PRB".

Haddad também criticou o candidato do PSDB, José Serra, com quem disputa uma vaga no segundo turno das eleições paulistanas. O candidato petista afirmou que o tucano "recusa" parcerias com o governo federal. "Tem um candidato que não tem programa, e o outro recusa a parceria federal. Diz que só vai fazer com o governo do Estado. Não é razoável. Nós temos na região metropolitana mais de 21 milhões de brasileiros", disse o petista em referência a Russomanno e a Serra, respectivamente.

Haddad rebateu as acusações feitas ontem por Serra de que ele teria sido um ministro da Educação "medíocre". "É do estilo dele. Eu queria que dissesse o que ele acha então da administração Kassab. Uma pessoa que defende a administração do Kassab não pode me elogiar porque ele tem uma forma de avaliação diferente da minha e da população também. A população reprova a administração Kassab", afirmou o petista, citando pesquisa feita após sua saída do ministério, segundo a qual a área da educação seria uma das mais bem avaliadas na gestão Dilma.

O petista criticou, então, o vice de Serra, Alexandre Schneider (PSD). "O Serra não tem expediente na educação. Ele não conhece os dados da educação no País, muito menos em São Paulo. Você sabe que um dos poucos secretários de Educação que não cumpriram as metas do ministério da Educação, que foram pactuadas e assinadas pelos prefeitos, foi o vice dele? O vice dele fracassou no cumprimento de metas pactuadas de livre e espontânea vontade com o ministério da Educação. Quer dizer, não olha para a própria chapa", declarou, sobre as metas estabelecidas entre São Paulo e o governo federal em 2007.

Marta

A ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), participaria da carreata com Haddad, mas não pode esperar pelo candidato, que acabou chegando quase uma hora atrasado ao compromisso.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) concordará em gravar mensagem de apoio ao candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, no horário eleitoral, mas não quer aparecer em nenhum ato ao lado do deputado Paulo Maluf (PP), que aderiu à campanha petista. A decisão de Marta será comunicada nesta segunda-feira (27) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem ela vai almoçar.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo à senadora para que ela ajudasse Haddad. Nas duas conversas mantidas no Palácio do Planalto, Dilma pediu a Marta que apresentasse o ex-ministro da Educação aos eleitores de São Paulo, principalmente na zona leste, onde ele vem perdendo votos para Celso Russomanno (PRB).

##RECOMENDA##

Desde que foi obrigada por Lula e Dilma a desistir da candidatura para o lançamento de Haddad, no ano passado, a senadora tem se recusado a entrar na campanha do PT. Agora, Marta cederá aos apelos de Lula, mas com algumas condições. Não quer, por exemplo, ver Maluf por perto, embora o deputado também tenha apoiado sua frustrada tentativa de reeleição, no segundo turno da campanha de 2004, quando ela perdeu a Prefeitura para José Serra, do PSDB.

"Eu pensava que teria pesadelos com o (prefeito Gilberto) Kassab. Imagine agora com o Maluf", disse a senadora, em junho, quando o PT fechou aliança com o deputado do PP, que é acusado de lavagem de dinheiro e tem o nome no alerta vermelho da Interpol (Polícia Internacional).

Lula foi à casa de Maluf, naquele mês, e tirou votos com o deputado no dia em que ele anunciou o apoio a Haddad. A estratégia deu errado e, depois disso, o candidato do PT caiu nas pesquisas de intenção de voto. O ex-presidente até hoje atribui o que os petistas chamam de "tiro no pé" a integrantes do Diretório Municipal do PT e ao próprio candidato, que o teriam convencido da necessidade de posar ao lado de Maluf.

Além de se recusar a aparecer junto com Maluf, Marta não pretende gastar sola de sapato por Haddad. Ela irá a um ou outro compromisso da campanha e subirá no palanque do ex-ministro, mas não com a frequência que desejam os petistas.

Em março, Marta disse ao Estado que Haddad precisava "gastar sola de sapato" para sair do anonimato. Recomendou, ainda, que ele prestasse atenção nas alianças. "O restante é conhecer os problemas da cidade e conquistar a militância. Ninguém pode substituir nem fazer isso pelo candidato", afirmou a senadora, à época.

Às vésperas do primeiro debate eleitoral, programado para a próxima quinta-feira, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, evitou falar, na tarde deste domingo, em "politização" da campanha em razão do início do julgamento do "mensalão" nesta semana. Haddad cumpriu neste domingo compromisso de campanha ao participar das comemorações do Dia do Motorista, organizado pelo sindicato da categoria. Pressionado por jornalistas, o candidato petista foi evasivo quando indagado sobre o impacto do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que terá início na quinta, dia 2 de agosto.

Sobre possíveis efeitos negativos do julgamento à sua candidatura, Haddad despistou, afirmando que a população ficará atenta às propostas para a cidade que cada candidato apresentará na campanha. "A população está esperançosa em resolver seus problemas", disse o petista. "Obviamente que toda a discussão (do mensalão) interessa, mas precisamos usar o momento eleitoral para discutir a biografia e os valores de cada candidato."

##RECOMENDA##

Haddad circulou pelo local do evento durante aproximadamente 40 minutos, cumprimentou os participantes do festejo, atraindo a atenção por estar acompanhado por um grupo de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. O ex-ministro da educação, ao conversar com a imprensa, destacou que o que está em jogo neste momento é saber o que cada candidato já fez por São Paulo, pelo Estado e pelo Brasil.

"Temos que dividir o nosso exíguo tempo na apresentação das propostas para que os paulistanos saibam o que cada um já fez e fará pela cidade, e o conjunto de apoio para o plano de governo", afirmou. "Há uma ansiedade do paulistano em saber qual rumo vamos dar a São Paulo. Ninguém está satisfeito com a cidade, da forma como vem sendo administrada. Vamos apresentar uma plataforma consistente de mudança."

Indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Prefeitura de São Paulo, Haddad ainda conta com pouca visibilidade entre os eleitores e o PT aposta na exposição televisiva para que o candidato cresça nas pesquisas de intenção de voto. Segundo ele, o debate será o "primeiro momento de grande visibilidade dos candidatos". "Para nós, é uma alegria apresentar nosso plano de governo, de forma gradual. Não vamos apresentar tudo em apenas um debate, mas é um bom momento para começar", afirmou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando