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Pelo segundo dia consecutivo o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), aproveitou discurso em agenda oficial para reclamar do que classificou de uso abusivo no País de mandados de busca e prisões temporárias. "Hoje é contra um. Amanhã pode ser contra todos", afirmou ontem, durante cerimônia em que recebeu a medalha do mérito da Defensoria Pública de Minas Gerais, na capital. A investigação contra Pimentel, que pelo cargo que ocupa tem foro privilegiado, foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, como determina a legislação.

Na manhã desta quinta-feira, 25, um escritório utilizado pelo governador durante a campanha ao Palácio Tiradentes no ano passado foi vasculhado pela Polícia Federal dentro da Operação Acrônimo, que investiga a atuação do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, em campanhas do PT. Os agentes deixaram o local com um malote e um computador.

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No discurso desta sexta-feira, 26, o governador afirmou ser preciso "ficar atento ao que está ocorrendo". "Sem dúvida nenhuma perde a justiça, e perde muito, quando inquéritos se transformam em espetáculos midiáticos, pirotécnicos, jogando no lixo as regras judiciais, até de sigilo judicial".

Na primeira fase da Operação Acrônimo, deflagrada em 29 de maio, a Polícia Federal prendeu o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, libertado depois do pagamento de fiança. As investigações que levaram às duas etapas da Acrônimo começaram depois das eleições do ano passado, quando Bené foi detido no aeroporto de Brasília com R$ 113 mil em espécie. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu um inquérito que apura o suposto envolvimento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT-MG) em um esquema de lavagem de dinheiro por meio de contratos com o poder púbico.

No mês passado, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que a Polícia Federal apurava a suposta prática de crime eleitoral envolvendo a campanha de Pimentel ao governo de Minas em 2014. O inquérito, que está sob a relatoria do ministro Herman Benjamin, do STJ, ocorre no âmbito da Operação Acrônimo, que prendeu no mês passado o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, ligado ao PT.

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Quando a Operação foi deflagrada, a mulher de Pimentel, Carolina Oliveira foi alvo das ações da PF. A primeira-dama de Minas nega qualquer envolvimento com o caso. Além de Carolina, Pimentel também vem negando as ações contra sua mulher, dizendo que foram um "erro".

A investigação foi iniciada em outubro do ano passado, quando a Polícia Federal apreendeu, no Aeroporto de Brasília, R$ 113 mil em dinheiro numa aeronave que trazia Bené e outros colaboradores da campanha de Pimentel de Belo Horizonte.

O empresário levava na ocasião material de campanha do atual governador petista e uma planilha na qual estava escrita "campanha Pimentel", mas em depoimento negou ter participado da disputa pelo governo de Minas.

Levantamento no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que uma empresa da família de Bené, a Gráfica Brasil, recebeu R$ 3 milhões do comitê financeiro do PT mineiro em 2014. Bené disse que apenas a gráfica da sua família teria atuado como fornecedora da campanha. Na prestação de contas de Pimentel não constam despesas feitas com a Gráfica Brasil.

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), informou nesta terça-feira (12), em São Paulo, que lançará até o fim de maio editais para parcerias público-privadas (PPPs) para estradas estaduais. De acordo com Pimentel, serão os anúncios para manifestação de interesse de empresas por 12 mil quilômetros de rodovias. Segundo Pimentel, o uso de PPPs no Estado ainda é um mecanismo incipiente, mas disse que, além das autoestradas, outros setores serão contemplados.

O governador de Minas Gerais, no entanto, falou genericamente de outros campos que podem ser olhados. "Ao longo do segundo semestre, vamos colocar as outras, vai ter presídios, vai ter muita coisa", afirmou. Em apresentação a empresários durante evento na capital paulista Pimentel fez críticas pontuais ao governo anterior, sem citar diretamente o nome do ex-governador, presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves, mas afirmou que o "choque de gestão" foi uma ficção em Minas.

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Ao deixar o evento, Pimentel preferiu minimizar as críticas declarando apenas que "não é que as falhas da gestão anterior atrapalhem", mas precisam ser diagnosticadas e corrigidas. "A gente tinha o compromisso de revelar, dar transparência à situação que a gente encontrou, e é o que fizemos."

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), usou os dados da auditoria feita nas administrações do PSDB no Estado para tentar desmontar o chamado choque de gestão, principal bandeira usada pelo senador tucano Aécio Neves (MG). Nos números apresentados nesta segunda-feira, 6, o governo mostrou que as despesas do Estado tiveram crescimento constante e muito superior à receita nas gestões anteriores.

Segundo Pimentel, a situação do Estado hoje é "muito grave" por causa da "ausência de gestão e gerenciamento". De acordo com o governo, o déficit de mais de R$ 7 bilhões previsto para contas públicas este ano é o resultado de um problema crescente no Estado. "O que o Estado tem a oferecer é um déficit. Ele não caiu do céu. Vem sendo construído. Não estamos falando de um governo que ficou três meses, seis meses. Estamos falando de um governo que ficou aí anos", observou o governador.

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Pimentel exemplificou a "falta de gestão" afirmando que há cerca de "cinco centenas de obras" paradas em Minas. Outro exemplo mostrado por sua equipe foi a construção da Cidade Administrativa, principal obra da gestão de Aécio. As gestões anteriores sempre alegaram que a obra teve um custo de pouco mais de R$ 900 milhões e foi realizada para reduzir gastos com o custeio da máquina.

Porém, de acordo com o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, o Executivo desembolsou "aproximadamente R$ 2 bilhões" para fazer um "prédio público que não gera retorno nenhum". "Não teve economia nenhuma de aluguel com a Cidade administrativa", disse. Nos dados apresentados pelo secretário, além do gasto mensal de R$ 10 milhões com a manutenção da estrutura, que abriga a maior parte da administração, o gasto do Estado com alugueis passou de R$ 13,5 milhões em 2010, quando a obra foi concluída, para R$ 66,3 milhões ano passado. "Houve explosão de custeio e contratos que não têm gerenciamento na sua execução", disparou o secretário.

Pedras

Em sua rápida apresentação, Pimentel declarou que o objetivo da auditoria, batizada pelo governo de "diagnóstico", não é "procurar culpados nem jogar pedra no passado nem olhar para trás como forma de administrar". "Não é uma disputa política. Vamos ter que recuperar a capacidade gerencial do Estado, porque atualmente ela inexiste. Ela vai ser recuperada", disse o petista, que em nenhum momento citou o nome de Aécio ou de seus sucessores, o também senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Alberto Pinto Coelho (PP).

Helvécio Magalhães, no entanto, revelou que já foram encontrados diversos indícios de irregularidades nas gestões anteriores, que estão sendo investigados por meio de auditorias próprias. Ele observou que as apurações ainda estão em andamento e que não há como falar em irregularidades de fato, mas não descartou a possibilidade de responsabilizar ex-dirigentes de órgãos, ex-secretários ou mesmo ex-governadores caso algum ilícito seja comprovado. "Detectando problemas e abrindo auditorias onde for necessário. Elas precisam ser finalizadas. Precisa ser investigado. Não há nenhuma contenção para não investigar, independentemente de onde estiver o problema", afirmou.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou nova representação à Justiça contra o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), e seu vice, Antônio Andrade (PMDB), com base em irregularidade apontada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) na prestação de contas da campanha. É a segunda representação apresentada pela Procuradoria da República contra o petista baseada na decisão da corte.

O TRE-MG reprovou as contas da campanha acusando a coligação de ter gasto R$ 10 milhões a mais que o limite estipulado para os gastos. Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-MG), a campanha usou "contabilidade de conveniência na prestação de contas, extrapolando o limite de gastos fixado pelo partido em R$ 10.170.808,34; omissão de despesas realizadas por outros candidatos, partidos ou comitês que favoreceram a campanha dos representados; emissão extemporânea de recibos eleitorais, após a prestação de contas final; e não lançamento de doação na segunda prestação de contas".

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Por meio de nota, o diretório mineiro do PT declarou que "reafirma o respeito à legislação eleitoral na prestação de contas da última campanha majoritária". "As despesas comprovadamente ficaram limitadas a R$ 41,1 milhões, sendo esta a realidade das contas da campanha", diz o texto. O PT já recorreu da representação anterior alegando que os gastos a mais foram doações para outras campanhas. As representações ainda serão analisadas pela Justiça Eleitoral.

O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), divulgou nesta terça-feira, 30, os integrantes do primeiro escalão da gestão que será iniciada no dia 1º. Entre os nomeados para o secretariado do primeiro governo petista de Minas está o controlador-geral de São Paulo, Mário Vinícius Claussen Spinelli, que assumirá o comando da Controladoria-Geral do Estado.

A exemplo do que o petista Fernando Haddad na capital paulistana, uma das missões de Spinellli será a de apurar a existência de irregularidades cometidas por integrantes do Executivo em gestões anteriores. O Estado era governado pelo grupo político de Aécio Neves (PSDB-MG) desde 2003, quando o atual senador assumiu o primeiro de seus dois mandatos no governo. Ele foi sucedido pelo senador eleito Antonio Anastasia, que passou o cargo para o atual governador, Alberto Pinto Coelho (PP), para disputar as eleições de outubro.

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Secretariado

Por meio de nota, a assessoria de Pimentel divulgou os nomes dos secretários de Estado e dos presidentes de órgãos e empresas estatais. O governador também anunciou mudanças na estrutura do Estado, com a criação de quatro novas pastas: Recursos Humanos, Desenvolvimento Agrário, Direitos e Cidadania e Esportes. Esta última será desmembrada da atual Secretaria de Estado de Esporte e Turismo e a Secretaria de Direitos e Cidadania vai englobar a atual Ouvidoria-Geral do Estado, que será transformada em subsecretaria. Além disso, o Escritório de Prioridades será extinto e a Representação do Estado em Brasília perderá o status de secretaria e será vinculada à secretaria de Estado de Governo.

Secretários

- Marco Antônio Rezende Teixeira, Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais

- Odair Cunha, Secretaria de Estado de Governo

- Helvécio Magalhães, Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão

- Eduardo Serrano, Secretaria-Geral da Governadoria

- José Afonso Bicalho, Secretaria de Estado de Fazenda

- Macaé Evaristo, Secretaria de Estado da Educação

- Fausto Pereira dos Santos, Secretaria de Estado da Saúde

- Bernardo Santana de Vasconcellos, Secretaria de Estado de Defesa Social

- Murilo Valadares, Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas

- Ângelo Oswaldo, Secretaria de Estado da Cultura

- Nilmário Miranda, Secretaria de Estado de Direitos e Cidadania

- João Cruz Reis Filho, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

- Geraldo Pimenta, Secretaria de Estado de Turismo

- Carlos Henrique, Secretaria de Estado de Esportes

- Miguel Corrêa, Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

- Paulo Guedes, Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais

- Altamir Rôso, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico

- Tadeu Leite, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana

- Sávio Souza Cruz, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

- André Quintão, Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social

- Gamaliel Herval, Secretaria de Estado de Recursos Humanos

- Glênio Martins de Lima Mariano, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário

- Mauro Borges Lemos, Presidente da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais)

- Marco Antônio Castello Branco, presidente da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais)

- Paulo de Moura Ramos, presidente da Prodemge (Companhia de Tecnologia da Informação do estado de Minas Gerais)

- Sinara Meirelles, presidente da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais)

- Marco Aurélio Crocco Afonso, presidente do BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais)

- Mário Spinelli - Controladoria-Geral do Estado

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, 11, a direção do PT mineiro informou que a coligação encabeçada por Fernando Pimentel vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a reprovação das contas da campanha do governador eleito. Segundo a coordenação da campanha, as despesas "comprovadamente ficaram limitadas a R$ 41,1 milhões", dentro do limite de gastos informado à Justiça Eleitoral. "A coligação entende que a arrecadação da campanha limitou-se à previsão inicial de R$ 42 milhões, não havendo dívidas transferidas ao partido, conforme prevê a legislação", diz o texto.

O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), comemorou na noite deste domingo, 5, a vitória em primeiro turno com recado direito para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputará o segundo turno da eleição presidencial com a presidente Dilma Rousseff, e os aliados do tucano. Segundo o petista, o resultado da eleição no Estado foi a derrota da "arrogância" daqueles que se achavam "soberanos, donos dos votos e da vontade alheia". Pimentel ainda salientou que vai participar da campanha petista do segundo turno como "cidadão", porque "o governador de Minas está fora".

Após receber telefonemas de congratulações da presidente Dilma Rousseff, de amigos e aliados - a assessoria não soube informar se tucanos ligaram para Pimentel para parabenizá-lo pela vitória -, o governador eleito participou de rápida comemoração e concedeu entrevista coletiva concedida na noite de hoje em seu comitê de campanha, onde funciona também o comitê pela reeleição de Dilma em Minas, o petista lembrou que, no início das eleições, as lideranças do PSDB em Minas contavam com uma vitória fácil no Estado, tanto do candidato ao governo, Pimenta da Veiga, quanto da votação de Aécio em Minas. Além da derrota de Pimenta em primeiro turno, Dilma teve mais de 412 mil votos a mais que Aécio no Estado.

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"Esse resultado das urnas mostra o que a gente dizia desde o início da campanha: aqui, soberano é o povo de Minas", declarou Pimentel, repetindo ainda a frase dita ao longo da campanha, de que o Estado "não tem dono, não tem rei, não tem imperador", em clara referência a Aécio. O petista ressaltou ainda que sai do pleito com "humildade". "Humildade porque essa eleição mostra a derrota da arrogância", disse.

"Aqueles que diziam que iam ter quatro milhões de votos de frente em relação a nossa coligação, estou vendo agora nas urnas 1 milhão de votos a mais contra eles e quase 500 mil votos a mais na coligação nacional. Elegemos as duas maiores bancadas, o deputado federal mais votado do Estado, o deputado estadual mais votado de Minas", disparou. "O povo de Minas deu uma lição naqueles que queriam ser soberanos, donos do voto e da vontade alheia. Nós nunca nos arvoramos donos de nada nem de ninguém. Trabalhamos nessa campanha com a mesma humildade com que vamos governar Minas Gerais", continuou o governador eleito.

Campanha nacional

 

Na avaliação de aliados, a conquista do governo mineiro, que estava há 12 anos sob gestão do PSDB e será comandado pela primeira vez pelo PT, dá mais peso político a Pimentel. Mas, questionado sobre sua participação na campanha de Dilma no segundo turno, o governador eleito observou que agora precisa ter "enorme senso de responsabilidade", assim como o vice, Antônio Andrade (PMDB). "Estamos aqui já na qualidade de governador e vice-governador eleitos de Minas Gerais. Amanhã vamos tomar as providências iniciais para começar a transição. Vamos fazer um esforço para diferenciar o que é tarefa de transição do governo com o que é tarefa partidária no Estado", declarou.

Mas admitiu que tem "compromissos partidários" e contou que terá que dividir o tempo entre as ações de transição e a campanha pela reeleição da presidente Dilma. "Minas, quando votou na nossa coligação, nos deu um recado muito claro. Nossas propostas foram endossadas pelos votos dos mineiros. Isso nós não vamos abandonar. O governador de Minas não vai participar da campanha. Quem vai participar é o cidadão Fernando Pimentel. O governador de Minas está fora", afirmou.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta domingo que o partido trabalha com a hipótese de segundo turno nas eleições presidenciais. "Estamos na expectativa de segundo turno, mas tem que esperar o resultado, depende muito dos votos nulos, mas estamos confiante na vitória", disse, ao participar de café da manha organizado pelo partido para o candidato ao governo Alexandre Padilha.

Rui descartou apontar qual seria o melhor adversário para a presidente Dilma Rousseff em um eventual segundo turno, se Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (PSB). "Não escolhemos adversários, São os eleitores", disse. Ele ressaltou, no entanto, que por conta das últimas pesquisas há uma ligeira vantagem de Aécio. "As pesquisas de indicam nos dois casos a gente tem possibilidade de vitória", afirmou.

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O petista disse ainda que na segunda etapa da campanha o partido vai buscar o maior número de apoio possível. "No segundo turno você procura todos aqueles que ficaram sem candidato", disse. Questionado se buscaria apoio do rival histórico, PSDB, caso Marina chegasse para a fase final da disputa Rui manteve aberta a possibilidade. "Vamos dialogar com todo os setores que possam nos apoiar no segundo turno, em geral você busca o voto dos eleitores",

Após o evento com Padilha, Rui seguiu para a PUC, na zona oeste da capital, para votar e comentou a possibilidade de vitória de Fernando Pimentel em Minas Gerais já no primeiro turno. "Minas é uma vitória importante porque é um Estado em que um dos nossos adversários governou por oito anos e fez o seu sucessor. Como a Dilma tende a ganhar lá e nosso candidato também, isso é uma boa credencial para o segundo turno, caso haja segundo turno e seja ele o candidato", disse.

Rui disse que obviamente a estratégia da campanha será alterada conforme o adversário, mas afirmou que não se revela esses planos. "Se você antecipa estratégia você já prepara os adversários", disse.

Ele negou que o PT tenha feito um processo de desconstrução dos adversários e disse que a campanha de Dilma continuará ficará em apresentar propostas e defender o governo. "Mas vamos continuar criticando os programas dos quais a gente discorda."

O presidente do PT falou ainda que espera vitória no primeiro turno também no Piauí, Mato Grosso do sul e acre e "quem sabe na Bahia e no Ceará". Sobre as eleições da nova bancada do partido, Rui afirmou que acredita na eleição de novos senadores, mas que pode haver uma queda no números de deputados." Não sei prever, mas é possível que haja uma ligeira diminuição", disse.

Sobre o desempenho de Padilha, Rui afirmou ainda que é preciso esperar o resultado das urnas e negou que não tenha havido envolvimento da militância na campanha.

Antes de falar a lideranças do PT e de sua base aliada nesta tarde, o candidato ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) disse a jornalistas que nada muda na estratégia de sua campanha a poucos dias da realização do pleito. "Nossa campanha é propositiva, de alto nível, civilizada, que respeita o eleitor de Minas e a consciência política. Nós não estamos agredindo ninguém, não estamos fazendo baixaria. Vamos continuar assim até o final e tenho certeza de que é o caminho para a vitória", declarou.

Porém, no seu discurso no encontro com as lideranças, realizada no início da tarde de hoje em uma casa de eventos na região centro-sul da capital mineira, o tom foi mais duro. "Que campanha bonita, que diferença do lado de lá. Aqui é só alegria. Lá é só ódio, agressão, ressentimento, medo", começou.

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Mas não demorou para criticar a gestão tucana dos últimos 12 anos. "Que partido é esse que está governando Minas há 12 anos e deixou o Estado nessas condições? É abandono, é omissão, é descaso, é desprezo, é elitismo, é arrogância, de achar que pode governar Minas lá de longe, da beira do mar, lá do Leblon", sem citar nomes, mas indicando uma referência ao presidenciável Aécio Neves (PSDB).

"Achar que Minas tem imperador, tem rei. Minas não tem dono não. Trouxe um candidato lá de Goiás para vocês votarem", também sinalizando uma crítica a Pimenta da Veiga (PSDB), que teria sido imposto por Aécio e chegou a desagradar a alguns correligionários, que queriam como candidato o presidente do PSDB-MG, Marcus Pestana.

Ainda sobre Pimenta, mas sem citá-lo nominalmente, o candidato do PT disse: "Volta para Goiás, não precisa ficar aqui. Não tenho nada contra Goiás, mas se a pessoa é de lá, fica lá para cuidar da sua vida, dos carros, da sua empresa, porque não tem nada aqui. Nem carro emplacado em Minas não tem. Deixa então os mineiros cuidarem de Minas", enfatizou.

O petista ainda disse que o PSDB está no "desespero". "Por mais que façam, as pesquisas não reagem. O povo não quer saber deles não. O povo cansou dessa enrolação, dessa 'mentirada' que eles contam, das propagandas bonitas e o povo passando dificuldade", disse. "É possível mudar, isso aqui não é Monarquia, é República. A República demorou, mas está chegando a Minas Gerais", completou.

Pimentel ainda falou que o PT está também há 12 anos no governo federal, mas que não há comparação entre o que foi feito na gestão petista no País e na tucana no Estado. "Olha a mudança gigantesca que o Brasil teve. (...) Com Pronatec, Minha Casa, Minha Vida, Mais Médicos. E o que chegou aqui? O que chegou foi do governo federal e mesmo assim eles mudaram de nome para tentar apropriar para eles", explicou, citando, como exemplo, que o Luz para Todos virou Luz para Minas. E convocou a todos os presentes a buscarem os votos dos indecisos. Nas últimas pesquisas de opinião, os indecisos ainda são um terço.

O encontro teve a presença de presidentes e lideranças de partidos da base aliada e os candidatos a vice-governador, Antonio Andrade (PMDB) e ao senado, Josué Alencar (PMDB). Ambos, em seus discursos, pediram empenho para que a eleição no Estado seja decidida no primeiro turno, com vitória de Pimentel. "Não por comodismo, mas para temos mais tempo de organizar nossas coisas para governar o Estado", comentou Andrade.

Consenso

Antes de se encontrar com os correligionários, Pimentel, em entrevista ao MGTV 1ª edição, da TV Globo, afirmou que a propaganda política de sua campanha busca o consenso. A frase foi em resposta às críticas de que, em sua campanha, aparecem poucas referências ao PT e de que seria uma estratégia dele não ser ligado a um partido que tem referências à corrupção.

"Não há nenhuma estratégia nesse sentido. Minha propaganda fala do PT, eu sou do PT desde a fundação do partido. (...) Partidos são importantes, para fazer política tem que ter partido. Agora, mais importante do que o partido, é a construção dos consensos necessários, para administrar, governar", declarou. Ele reiterou que os casos envolvendo o partido com corrupção não atrapalharão o seu desempenho, porque os mineiros são muitos "maduros" e "conscientes" e que escolherão os melhores programas para o Estado.

Além disso, disse que, se eleito, os petistas serão tratados de forma igual aos integrantes dos outros partidos, tanto da coligação quanto de fora dela, para a nomeação de cargos. "Sempre busquei os melhores nomes para os cargos e é isso que eu vou manter. Não tenho nenhuma obrigação de estar nomeando ou estar escolhendo pessoas, porque são filiadas a esse ou outro partido", declarou.

O candidato do PT ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), disse nesta segunda-feira, 18, que a entrada de Marina Silva no lugar de Eduardo Campos (PSB), morto na semana passada, vai tornar a disputa do segundo lugar ao cargo no Palácio do Planalto mais acirrada. "Na questão específica de voto, até o momento, não houve nenhum abalo na candidatura da presidente Dilma Rousseff. A briga vai ser mais embaixo, na disputa do segundo lugar, de quem vai concorrer à possibilidade do segundo turno", afirmou, hoje, antes de se reunir com empresários do segmento sucroalcooleiro, na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

Ele comentou que a presença de Marina será importante para enriquecer o debate político, já que ela representa um "quadro importante para o Brasil". "Tenho que saudá-la. Tenho boas relações pessoais com ela, tenho admiração por Marina", comentou.

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Já sobre a possível influência de Marina na campanha estadual, Pimentel disse que nada muda e o partido não irá alterar sua estratégia. "Vamos continuar a tocar nossa campanha, de forma propositiva, voltada para a realidade de Minas, para Minas real. Estamos muito otimistas, mas também com muita humildade, sabendo que pesquisa é só um retrato de momento", falou.

O discurso do petista está alinhado com o de seu vice, Antonio Andrade (PMDB). Após reunião da executiva que discutiu casos de infidelidade partidária na sede do partido, Andrade comentou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que Marina tem condições reais de ficar em segundo lugar na disputa à Presidência da República, mas não quis citar se haverá um segundo turno, inclusive com votos de muitos mineiros. Em 2010, a então candidata pelo Partido Verde (PV) conquistou 21,25% dos votos no Estado no primeiro turno e venceu o pleito em Belo Horizonte.

Com relação à disputa estadual, Andrade acredita que Tarcísio Delgado (PSB) não ganha força com o novo cenário nacional em seu partido. "Muitos eleitores mineiros de Marina gostam e apoiam Pimentel", declarou.

A primeira semana de campanha em Minas Gerais, após o prazo final de registro de candidaturas, foi marcada por trocas de farpas entre os dois principais candidatos a governador, Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB). Enquanto Pimentel fez críticas às gestões anteriores tucanas à frente do governo de Minas, Pimenta apontava "pontos fracos" do governo federal, alguns com menção à presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pimentel, no segundo dia de campanha no Café Nice, na Praça Sete, ponto de encontro dos candidatos que fazem campanha em Belo Horizonte, afirmou que, nos últimos 12 anos sob a gestão do PSDB, o governo do Estado foi centralizador, composto de "gênios". O candidato do PSDB a governador de Minas Gerais rebateu, dizendo que os governantes do PT são "autoritários" e que Dilma e Lula são "arrogantes".

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O candidato do PT a governador, por sua vez, em outro dia de campanha na semana, ressaltou os efeitos nocivos da taxa alta de inflação. Já Pimentel culpou o governo estadual por "um evidente desentrosamento" entre as Polícias Civil e Militar (PM) de Minas, além de apontar "políticas erradas" na contratação de empréstimos pelo governo mineiro, acarretando um alto endividamento e juros. Além de mencionar um planejamento "malfeito" da expansão do metrô da capital mineira.

Novamente na linha de críticas na esfera federal e estadual, Pimentel criticou a segurança nos municípios e a atuação das estatais mineiras, como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), especificamente na região de Sabará. Enquanto isso, Pimenta disse que quer um apoio maior do governo federal na fiscalização de fronteiras para combate ao tráfico de drogas e fez uma leve crítica ao "nível" dos profissionais contratados pelos programa Mais Médicos, da administração federal.

Em paralelo, a Justiça Eleitoral do Estado também julgou algumas ações que envolviam os dois candidatos. A mais recente, foi a condenação de Pimenta e do governador Alberto Pinto Coelho (PP) ao pagamento de uma multa de R$ 5 mil. Eles teriam realizado campanha publicitária em propaganda institucional do governo de Minas veiculada em rádios, TVs, internet e jornais impressos antes do período permitido por lei e que sugeriria "a ideia de continuidade do atual governo estadual". Pimenta diz que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas as campanhas dos dois principais candidatos ao governo de Minas tiveram pontos em comum. Eles escolheram locais da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) para ter contato com o eleitor, alguns ligados a feitos dos dois em suas gestões como prefeitos, como o Aglomerado da Serra, na região metropolitana (Pimentel) e a feira de artesanato da Avenida Afonso Pena, no centro (Pimenta). Além disso, os dois defendem gestões participativas, com grande interferência da população nas ações do Estado. Saúde, Educação e Segurança são temas recorrentes citados pelos dois candidatos, que dizem ter propostas nos planos de governo.

A agenda prévia dos dois candidatos para o fim de semana contempla visitas e caminhadas ainda na região metropolitana da capital mineira. Os assessores de Pimentel adiantaram que ele, a partir desta quarta-feira, 16, fará a agenda fora do entorno da capital mineira, mas que seu vice, Antonio Andrade (PMDB) já está em visitas pelo interior do Estado, para "maximizar a força" da chapa.

Outros concorrentes

Também candidato ao governo do Estado, Tarcísio Delgado (PSB) teve, nesta primeira semana de campanha, somente um encontro público, mas com apoiadores da campanha, na região centro-sul da capital mineira. De acordo com diretório estadual do partido, são realizadas somente reuniões internas para definições da campanha, como marca e diretrizes, mas que na próxima semana uma coletiva será convocada para o lançamento oficial, além dos primeiros eventos de campanha no interior do Estado. A presença do presidenciável Eduardo Campos (PSB) em Minas Gerais, tanto em Belo Horizonte quanto nos eventos no interior do Estado, não está descartada, mas não há confirmação até o momento.

Já a Frente de Esquerda Socialista (PSTU-PSOL), que tem como candidato ao governo Fidélis Alcantara (PSOL), realizou o lançamento da candidatura de Vanessa Portugal a deputada estadual, no distrito de Barreiro. Os outros quatro candidatos registrados no TRE-MG não tiveram agenda pública divulgada.

O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, Fernando Pimentel, escolheu outro ponto central da capital mineira no segundo dia de campanha: o Café Nice, na Praça Sete, ponto de encontro dos candidatos que fazem campanha em Belo Horizonte.

"Nesse início de campanha, privilegiamos o centro por dois motivos: primeiro porque tem Copa do Mundo, inclusive com jogo amanhã, e é natural que a gente esteja onde vai ser o grande evento nacional. E o segundo é que eu quero resgatar um pouco do que fizemos em Belo Horizonte na minha época de prefeito. Por isso fomos ontem ao Aglomerado da Serra, região Centro-Sul", disse a jornalistas, após tomar o tradicional café do estabelecimento, acompanhado de seu vice, Antonio Andrade (PMDB), militantes e deputados estaduais e federais, como Patrus Ananias, da coligação "Minas pra Você" (PT, PMDB, PROS, PCdoB e PRB).

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Ele informou que, após a Copa do Mundo retomará os trabalhos das "Caravanas da Participação", que na pré-campanha foram realizadas mais de 30 visitas pelo interior do Estado. Ele disse que a sua proposta de governo é de um modelo "extremamente participativo".

"Esse modelo já foi testado na em localidades prefeitura de Belo Horizonte quando eu fui prefeito e testado em localidades aonde o campo democrático popular governa ou governou", explicou. Para ele, esse modelo é o contrário do que o candidato ao governo pelo PSDB, Pimenta da Veiga, tem apresentado.

"É o contrário do que foi feito em Minas nos últimos 12 anos e é ao contrário do que apresentam as propostas do campo adversário: a proposta dele é um governo centralizado, governo de "gênios", querendo mandar num Estado que, eu gosto de repetir, não tem dono. O dono e Minas é o povo mineiro", ressaltou, informando que a apresentação mais detalhada do plano de governo será apresentada quando começar a campanha de televisão, pela maior visibilidade.

Ele ainda comentou que o centro de Belo Horizonte é um lugar "muito emocionante", já que trabalhou na região mais de 20 anos. Seu pai tinha uma loja, na Rua Paraná, e ele dava aula de economia, na UFMG, na rua Curitiba. "Isso aqui é um pouco o pedaço da minha história, gosto muito de voltar aqui e sempre fui recebido bem", falou.

Questionado se a campanha pode se tornar agressiva, uma vez que há recente debate entre ele e Pimenta sobre "quem é mais mineiro", esse comentou que não é uma agenda dele e sim uma preocupação do adversário. "Para quem está fora de Minas é sempre uma preocupação. Nós não temos esse problema, nós nunca saímos daqui. Minha agenda é discutir os temas relevantes para a população de Minas Gerais, como saúde e educação. Acho que esse diálogo através da imprensa não acrescenta em nada, não vou ficar respondendo uma agenda que é a dele não é a de Minas Gerais", enfatizou.

Sobre a queda do viaduto sobre a avenida Pedro I, na região da Pampulha, Pimentel apenas disse que "por enquanto estamos nos solidarizando com a dor das vítimas e das famílias". Nesta terça-feira, 8, o candidato não terá agenda pública prevista.

O ex-ministro Fernando Pimentel afirmou nesta sexta-feira, 14, que tem "confiança" em seu assessor no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, José Afonso Bicalho, réu no processo do chamado mensalão mineiro que tramita na Justiça mineira. O petista, cuja pré-candidatura ao governo de Minas foi lançada em evento com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou a possibilidade de Bicalho ajudar na coordenação da campanha. A notícia de que ele era assessor do ministério foi divulgada nesta sexta pelo jornal O Globo.

Bicalho era presidente do extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) em 1998, quando, segundo o Ministério Público, foram desviados recursos de estatais mineiras para financiar a campanha pela reeleição do então governador e hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

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Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou declarações finais ao Supremo Tribunal Federal no processo que tem como réu o tucano, para quem pediu 22 anos de prisão.

A ação contra Bicalho foi desmembrada desse processo e enviada para Belo Horizonte, onde também é réu, entre outros, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, já condenado a mais de 40 anos de prisão no processo do mensalão.

"Ele foi meu secretário na prefeitura, foi secretário do prefeito Marcio Lacerda até ele romper com o PT, foi meu assessor no ministério. Continua como assessor do ministro Mauro Borges. Acredito que vá continuar", afirmou Pimentel. "O fato de estar sendo processado não quer dizer nada, não foi condenado. Tenho convicção da inocência dele. Vamos esperar o resultado da Justiça" completou o petista.

Além de Bicalho, outro envolvido no mensalão mineiro, o senador Clésio Andrade, poderá participar das eleições em Minas: o PMDB já o lançou como pré-candidato ao governo. "Mas ainda estão ouvindo testemunhas", disse o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, ex-presidente da legenda.

Enquanto o Banco Central prosseguia na série de atuações segurar a cotação do dólar, que chegou a superar a marca de R$ 2,40 desde a véspera, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, avaliou em São João del-Rei, no Campo das Vertentes mineiro, que o câmbio no País está "ótimo".

Depois de participar, ao lado da presidente Dilma Rousseff, de evento oficial para anúncio de recursos para cidades históricas, Pimentel indicou que o governo deve atuar no mercado cambial apenas para manter o atual patamar. "Quando o dólar estava barato, reclamavam que a indústria estava mal. Agora que o dólar subiu, vão reclamar também? Acho que (o câmbio) está ótimo. Estamos chegando no ponto que precisa", declarou a jornalistas nesta terça-feira, 20.

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De acordo com o ministro, as recentes baixas do real diante da moeda norte-americana colaboram para o País e "nossa indústria" voltarem "a ser competitivos". "E isso é importante", salientou Pimentel, que descartou alta na inflação por causa do câmbio. "Não vai ter impacto inflacionário. Disso o ministro Guido Mantega (Fazenda) e Tombini (Alexandre Tombini, presidente do Banco Central) estão cuidando muito bem", declarou.

O deputado federal Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara, pretende apresentar um requerimento de convocação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para explicar a queda na balança comercial. O requerimento será protocolado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio no início da semana e pode ser analisado na primeira sessão após o fim do recesso branco, marcada para a próxima quarta-feira, 7.

Nos sete primeiros meses de 2013, o déficit da balança comercial brasileira ficou em US$ 4,989 bilhões, o pior resultado da história, superando os dados de 1995, quando o acumulado dos sete primeiros meses foi deficitário em US$ 4,224 bilhões. No mesmo período de 2012, foi registrado superávit de US$ 9,927 bilhões.

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O tucano alega que Pimentel deve explicar a "gravidade" da situação e quais medidas estão sendo adotadas pelo governo para revertê-la. "Não é mais o sinal amarelo que está aceso: é a luz no fim do túnel que começa a ficar cada vez mais fraca, quase se apagando, na medida em que nos aproximamos do fim do mandato da presidente Dilma", afirmou o líder, de acordo com nota distribuída pela assessoria da bancada.

Ao deixar o Itamaraty, depois de participar de almoço com a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Egito, Mohamed Morsi, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta quarta-feira que o déficit da balança comercial é "temporário" e que esta "não é uma tendência". Segundo o ministro, o déficit começará a ser revertido e estará recuperado no segundo semestre.

Pimentel atribuiu o "déficit temporário" a dois fatores: a diminuição das exportações de petróleo brasileiro e o aumento das importações de bens de capital e insumos, que, lembrou, seria um bom sinal de que a economia brasileira está crescendo. "Esse déficit é temporário e foi causado pela diminuição das exportações de petróleo brasileiro. Nós diminuímos muito as exportações de petróleo brasileiro, isso porque a Petrobrás teve de fazer, dentro da sua programação, a paralisação de alguma plataformas para manutenção e isso está correto e já estava previsto. No segundo semestre elas começam a voltar e isso se recupera", disse ele.

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Ele acrescentou: "Aumentou a importação basicamente de bens de capital e de insumos intermediários. Quer dizer que o Brasil está se preparando para um novo ciclo de crescimento, Toda vez que a economia brasileira cresceu, aumenta a importação de bens de capital". De acordo com Pimentel, "o reflexo destes dois movimentos é que gerou um déficit temporário nestes quatro meses que já está sendo corrigido. "Não é tendência", reforçou.

Pimentel fez questão de dizer que a balança comercial brasileira tem superávit no acumulado de 12 meses. "Nunca teve déficit, temos superávit em torno de US$ 10 bilhões. Mas, no ano fiscal, que começou em janeiro, se fizermos conta só dos primeiros quatro meses, de fato nos temos um déficit. Mas, este déficit é temporário", insistiu.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, considerou nesta terça-feira que, apesar dos déficits comerciais recordes em abril e nos quatro primeiros meses de 2013, o Brasil não está com saldo negativo no fluxo de comércio. De acordo com Pimentel, no acumulado dos últimos 12 meses, o superávit é de quase US$ 10 bilhões. Ele relatou que de janeiro a abril de 2012 ante igual período deste ano, as exportações caíram de US$ 74,6 bilhões a US$ 71,4 bilhões e causaram impacto nas contas.

"Perdemos US$ 3 bilhões por causa da conta-petróleo. A queda nas exportações de petróleo ocorreu por manutenção preventiva da Petrobras e a produção volta ao normal a partir de junho e julho", justificou Pimentel, que participa de um seminário em São Paulo. Já as importações cresceram US$ 6 bilhões, para US$ 77,6 bilhões, puxadas por bens de capital, matérias primas e insumos intermediários. "Quando o país se prepara para crescer, a primeira coisa que aumenta são essas importações", disse. "Outra metade no crescimento das importações é combustíveis e lubrificantes, que não compensaram a queda nas exportações de petróleo", disse.

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Ele afirmou que a balança comercial brasileira já registra superávit na primeira semana de maio, que começará a se equilibrar a partir deste mês e que o ano chegará ao fim com um saldo positivo. "Vamos nos recuperar e fechar o ano com dados positivos. O que houve foi um percalço temporário", afirmou.

Questionado sobre a questão do dólar desvalorizado, Pimentel brincou e lembrou que o Brasil tem modelo de câmbio flutuante, o que não quer dizer que governo não seja vigilante. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mencionou a flutuação do dólar e completou: "Não quero dizer que o governo deva intervir mais ou menos, mas quem sabe alguma boia possa ser útil." Pimentel também reiterou que o governo reduziu a taxa de juros para abaixo de dois dígitos e ao menor nível da história, mas que, "se precisar subir, vai subir" como ação de controle da inflação.

Brasil e Estados Unidos devem acelerar as negociações para firmar acordos bilaterais nas áreas tributária, de investimentos, serviços e transportes. Essa avaliação foi apresentada nesta terça-feira pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, à secretária interina de Comércio dos Estados Unidos, Rebecca Blank. Pimentel e Rebecca reuniram-se em Brasília, no o 8.º Fórum de CEOs Brasil-EUA.

Em nota sobre o encontro, o ministério alerta que, diferentemente de acordos comerciais, em que seria necessário negociar em conjunto com os demais países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), nessas áreas o Brasil pode discutir diretamente com um segundo país, sem a necessidade de aprovação do bloco. "Devemos explorar todas as possibilidades de avanços bilaterais enquanto nos preparamos dentro Mercosul para uma negociação madura com os Estados Unidos", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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No encontro, Pimentel também disse à secretária interina de Comércio Exterior dos EUA que espera por uma decisão da Justiça norte-americana favorável à Embraer. No fim de 2012, a empresa brasileira venceu uma licitação para fornecer 20 aviões de ataque à Força Aérea americana, mas a concorrente do país Hawker Beechcraft contestou na Justiça o resultado da licitação. Pimentel também pediu a abertura do mercado dos EUA para carnes brasileiras. Rebecca afirmou que "está otimista com o que virá".

Ele agradeceu pelo resultado favorável ao Brasil no caso do suco de laranja. Há um mês, o País encerrou um processo de contencioso no Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) referente às exportações do suco para os EUA. No processo, aberto em 2009, o Brasil questionava a legalidade da metodologia conhecida como "zeroing", que foi usada pelos americanos para aplicar uma medida antidumping contra exportadores brasileiros.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou nesta terça-feira, em palestra no Encontro Exame, em São Paulo, que o governo prepara uma grande mudança na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Porém, Pimentel disse aos empresários que não adiantaria os detalhes do projeto.

À imprensa, ele afirmou que as alterações serão "uma mudança funcional" e que quem poderia falar sobre a questão é a Secretaria de Aviação Civil e a presidência da Infraero. Pimentel disse, contudo, que as mudanças na estatal são discutidas há algum tempo na administração federal e que não estão relacionadas às falhas que aconteceram no fim de semana no aeroporto de Viracopos, fechado entre sábado (13) à noite e a manhã desta segunda-feira (15) em razão de incidente com um avião cargueiro.

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior declarou ainda que a participação da Infraero em consórcios administradores de aeroportos existentes não será alterada com as possíveis mudanças. "O que está posto, está posto", garantiu. Ainda durante a palestra, Pimentel admitiu estar aflito com as questões logísticas do Brasil e reafirmou que a presidente Dilma Rousseff anunciará, após o segundo turno das eleições, mais concessões de portos e aeroportos. Indagado se os aeroportos do Galeão, no Rio, e de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, estariam incluídos no pacote, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio concluiu afirmando que, "provavelmente", mas que não poderia assegurar isso.

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