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O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge, relator do caso de Pasadena, admitiu rever o acórdão que responsabilizou a antiga diretoria da Petrobras por prejuízos na compra da refinaria no Texas (EUA). Um novo relatório poderá incluir entre os responsáveis pelo negócio a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, que, até o momento, não foi mencionada pelo Ministério Público, autor da representação no TCU, e na investigação do Tribunal. A executiva respondeu pela diretoria de Gás e Energia de 2007 a 2012, período em que as negociações pela aquisição da refinaria ainda estavam sendo conduzidas.

Ao ser procurado pela reportagem, José Jorge demonstrou surpresa com a informação de que, no lugar da presidente da Petrobras, o acórdão do caso de Pasadena responsabiliza o executivo que antecedeu Graça na diretoria de Gás e Energia, Ildo Sauer, mesmo por decisões tomadas após a sua saída da companhia. O ministrou informou que o acórdão será revisto e, se for comprovado o equívoco, Graça será incluída na lista de responsáveis pela compra de Pasadena em condições desfavoráveis.

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Oficialmente, por meio da assessoria de imprensa, o TCU informa que "a questão está sendo apurada. Se for constatado equívoco, será devidamente corrigido por meio de nova decisão a ser proferida pelo Plenário do TCU".

O processo de compra da refinaria durou de 2006, data da decisão de compra, a 2012, quando o negócio foi concluído. Sauer participou de apenas alguns meses das negociações.

Esse será um dos argumentos que o ex-diretor utilizará em sua defesa no TCU. Ele conta que está neste momento contratando advogado. "No meu caso, não há qualquer fundamento ser responsabilizado por decisões tomadas em um período em que eu já não estava na empresa", disse. O relator do caso, ministro José Jorge, afirmou que irá analisar a informação e que, se confirmado o erro, a presidente Graça Foster será responsabilizada no lugar de Sauer por todas as medidas aprovadas depois que assumiu o cargo. "O que vale é o diretor da data das decisões", ressaltou.

Na maior parte do tempo, de maio de 2007 a fevereiro de 2012, quando passou à presidência da estatal, quem participou das decisões relativas a Pasadena na condição de diretora de Gás e Energia foi Graça. No acórdão 1.927/2014, documento de 324 páginas no qual o TCU responsabiliza a antiga diretoria por perdas com a aquisição, no entanto, o nome da atual presidente aparece duas únicas vezes, em nenhuma delas como responsável por prejuízos, apenas como fonte de informações.

Sauer, contudo, está sendo obrigado a se explicar e terá os seus bens bloqueados por causa de decisões tomadas pela diretoria da Petrobras, inclusive após sua saída, em 2007. Indicado pelo ex-presidente Lula, Sauer, atualmente professor da USP, fez parte da primeira equipe petista a chegar ao controle das estatais.

O ex-diretor foi chamado a dar explicações por, entre outros pontos, em 2009, supostamente ter participado da decisão de postergar o cumprimento de sentença arbitral, que, por fim, gerou prejuízo à companhia de US$ 92 milhões. Na época, contudo, a diretoria de Gás e Energia já não era comandada por ele, mas por Graça Foster.

O item 9.6.1 do acórdão do Tribunal prevê penalidades para "membros da Diretoria Executiva que, a despeito de deterem informação acerca das prováveis consequências do não cumprimento da sentença arbitral, aprovaram proposição no sentido de que a Petrobras não cumprisse tempestivamente tal decisão". Ao seu lado, são responsabilizados também o então presidente José Sérgio Gabrielli e os diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Almir Barbassa, Guilherme Estrella e Renato Duque. Procurada, Graça Foster, por meio d assessoria de imprensa da Petrobras, informou que não se pronunciaria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Registros de entrada de visitantes na sede da Petrobras, no Rio, mostram que a presidente da estatal, Graça Foster, se reuniu com o chefe de Governança e Conformidade da SBM, Sietze Hepkema, em fevereiro de 2013,um ano antes de determinar a investigação de denúncias sobre o pagamento de propina pela empresa holandesa a funcionários da estatal em troca de contratos.

Os registros de entrada no prédio foram reunidos pela comissão da Petrobras indicada para apurar as denúncias. Os documentos mostram que, desde 2005, representantes da SBM fizeram 1.106 visitas à estatal.

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Espécie de "corregedor" da SBM, Hepkema é o responsável pela apuração das suspeitas de suborno na empresa, que fornece plataformas flutuantes à Petrobras. O 'Estado' revelou, no início do mês, que o executivo disse em depoimento a funcionários da estatal que Graça fora informada do caso no começo de 2013. Ela, porém, só mandou investigá-lo em fevereiro deste ano. A data da visita de Hepkema à presidente da estatal - 27 de fevereiro de 2013 -, no Rio, coincide com o depoimento. Graça, no entanto, nega que tenha sido alertada.

Em nota, a Petrobras informou que a pauta da reunião era outra e as supostas irregularidades não foram tema do encontro. A SBM não se pronunciou. A estatal e a fornecedora de plataformas alegam que as investigações não encontraram provas de suborno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, reiterou, em entrevista com a imprensa nesta terça-feira (1°) que monitora os preços dos combustíveis. Segundo ela, um possível reajuste ocorrerá apenas com a aprovação do conselho de administração da companhia, e, como o presidente do conselho é o ministro da Fazenda, Guido Mantega, qualquer aprovação depende do aval do governo federal. Na entrevista, Graça não adiantou, contudo, quando o reajuste pode ocorrer.

A política da empresa considera um intervalo de defasagem dos preços internos, comparado à cotação internacional. Quando o valor estabelecido como limite é atingido, os preços são reajustados. Mas, reiteradamente, Graça vem afirmando que esse teto ainda não foi atingido.

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A executiva disse também que a decisão de reajuste não será previamente anunciada, porque tem repercussões nas ações da empresa. A petroleira depende do reajuste dos combustíveis para compor o seu orçamento e fechar os investimentos previstos para o período de 2014 a 2030.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, defendeu nesta quarta-feira, 11, a localização da Refinaria de Abreu e Lima, próxima ao Porto de Suape, em Pernambuco. "Mesmo com todas as dificuldades do porto e dos acessos rodoviários, Pernambuco ainda é a melhor localização para a refinaria do Nordeste", afirmou.

Ela também defendeu a tentativa de acordo com a estatal venezuelana PDVSA para a construção da refinaria, o que acabou não se concretizando. "Seria inconcebível não buscar uma parceria energética com a Venezuela. Não há como se dar as costas à maior reserva de petróleo do mundo, que é a Venezuela", acrescentou.

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Graça disse ainda que a Petrobras tem se esforçado para concluir a refinaria com um desembolso de R$ 18,5 bilhões. Mais cedo, a executiva disse que o primeiro trem da refinaria de Abreu e Lima deve ser concluído em novembro deste ano.

As comissões parlamentares de inquérito que investigam as denúncias de irregularidades na Petrobras ouvem mais depoentes nesta semana.

Nesta terça-feira (10), a CPI do Senado ouve o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele deve falar sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, entre outros temas. Segundo ele, não ouve superfaturamento na unidade pernambucana.

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Costa foi preso em março pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, que investigou esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. No mês passado, ele foi solto pela decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. O ex-diretor da estatal negou qualquer participação em lavagem de dinheiro e em envio ilegal de dinheiro ao exterior.

Já na quarta-feira (11), a CPI mista ouvirá a presidente da Petrobras, Graça Foster. Essa será a quarta vez que ela irá ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre a compra de Passadena. Na apresentação da proposta de trabalho, o relator deputado Marco Maia (PT-RS), disse que o depoimento dela não era prioridade neste momento, porque ouvi-la sem mais informações seria ter “mais do mesmo”.

As duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Petrobras em funcionamento no Congresso tomarão dois importantes depoimentos na próxima semana. Na terça-feira, 10, a CPI exclusiva do Senado, controlada pela base aliada, ouvirá o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que foi preso acusado de ter destruído provas durante as investigações da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF), e solto há duas semanas, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia seguinte, 11, a CPI Mista da Petrobras colherá o depoimento da presidente da estatal, Maria das Graças Foster. Na CPI Mista, os governistas não contam com uma maioria sólida, uma vez que deputados da base, menos fiéis ao Palácio do Planalto, fazem parte dela.

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É a quarta vez que Graça vai ao Legislativo desde a eclosão das denúncias que envolvem a empresa. O presidente das duas comissões, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), negou que tenha sido firmado um acordo para não ouvir na Mista, por ora, autoridades que já tenham comparecido ao Parlamento.

"Muito pelo contrário, a Graça e outros tantos, nós aprovamos mais de 200 requerimentos, e a Graça e os outros dirigentes da Petrobras deverão ser ouvidos", disse. De acordo com Vital, o "pontapé" da CPI Mista não poderia começar sem o testemunho da presidente da Petrobras.

"A vinda dela se justifica de todas as formas. Eu, na condição de presidente, não posso emitir nenhum juízo de valor sobre o que ela vai dizer ou não para esclarecer a matéria. A Petrobras está colaborando, tem feito as investigações internas", afirmou. "A presidente Graça Foster tem se mostrado ativa no sentido de colaborar com as investigações", completou. Ele disse que conversará com os líderes partidários na próxima semana para decidir se realizará um "calendário especial" de reuniões das comissões durante o período de Copa do Mundo.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, se recusou nesra segunda-feira a comentar as declarações do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, sobre falhas no planejamento da construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. "Não é que não queira (falar), eu não posso falar", disse a presidente Graça Foster, ao deixar um seminário sobre energia na manhã de hoje.

Acusado de participar de um esquema de desvio de recursos da petroleira, Paulo Roberto afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no domingo, que a estatal fez "conta de padaria" para definir o orçamento da obra. A refinaria foi orçada em US$ 2,5 bilhões, ainda em 2005, quando foi aprovada pela diretoria executiva da estatal. Nove anos depois e com as obras atrasadas, o orçamento explodiu para mais de US$ 18,5 bilhões.

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Segundo o ex-diretor da empresa, a Petrobras errou ao divulgar o valor inicial "sem saber quanto a refinaria iria custar, sem ter projeto". Costa também negou que tivesse envolvimento com o negócio, que seria de responsabilidade da área de serviços da estatal. O ex-diretor disse apenas que "era dono do orçamento, mas não comandava a obra".

Paulo Roberto Costa deixou o cargo de diretor de abastecimento da Petrobras em abril de 2012, pouco mais de dois meses após a posse de Graça Foster como presidente da estatal. Naquele mesmo ano, a presidente criticou duramente a escalada de preços da refinaria. Graça classificou o caso como "uma lição a aprender" e foi taxativa ao dizer que os projetos de novas refinarias seriam revistos para "não repetir o que ocorreu na refinaria no Nordeste brasileiro".

Após a ampla repercussão do silêncio de Graça Foster sobre o caso, a assessoria de imprensa da estatal informou que a executiva não tem qualquer impedimento para comentar as declarações. A versão da empresa é que a executiva estava atrasada para outro compromisso e por isso não poderia responder às perguntas dos jornalistas naquele momento.

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, no Senado, a presidente da estatal, Graça Foster, reafirmou que a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, representou um "mau negócio", considerando “a situação atual” do mercado, mas que na época da aquisição era um negócio "potencialmente bom". Essas mesmas afirmações já havia sido feitas por ela nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados.

“À luz da situação atual, os números mostram que não foi um bom negócio. Num futuro próximo é possível que haja melhorias, mas hoje, com a decisão do refino no Brasil, com a descoberta do pré-sal e com um mercado interno crescente, não é mais prioridade. Mas lá atrás em 2006, foi considerado potencialmente bom”, afirmou ela, no momento das considerações iniciais.

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A expansão do parque de refino para o exterior fazia parte do planejamento estratégico da empresa desde 1999 e os Estados Unidos eram um mercado em crescimento. “Em 2003, nós tínhamos um crescimento baixo. Já os Estados Unidos tinham taxas acentuadas. Estar no maior mercado de derivados de petróleo era importantíssimo”, considerou a executiva.

Segundo ela, a compra de Pasadena foi a melhor opção. “Construir refinaria nos Estados Unidos não é trivial. No Brasil também não é fácil. Mas por que Pasadena? Ela tem um terreno grande, o que não é tão comum, e tem licença para revamp. Em termos de localização, também era muito bom”, disse. Foster também afirmou que a Petrobras tentou comprar outras refinarias nos Estados Unidos, antes de Pasadena, mas que nenhum outro negócio foi firmado.



Cláusulas

Sobre a análise do Conselho de Administração (CA) e aprovação da compra com base no resumo executivo, as considerações de Foster contrastam com a dos demais depoentes da CPI. Para a presidente da Petrobras, se as cláusulas Marlin e Put Option estivessem no documento, haveria uma discussão maior sobre o negócio e a decisão do colegiado poderia ter sido outra. "São cláusulas extremamente importantes para Pasadena, juntas elas precificaram os 50% iniciais e os 50% finais das ações", frisou.



A cláusula Marlim garantia à empresa belga Astra Oil, sócia da Petrobras America Inc, rentabilidade mínima de 6,9% ao ano. A Put Option – ou opção de venda – obrigava a Petrobras a comprar a participação da Astra, em caso de conflito entre os sócios na condução do negócio.

Em abril, a presidente Dilma Rousseff, que na época da compra de Pasadena era presidente do CA, disse que se tivesse o conhecimento das referidas cláusulas votaria contra a aquisição. Já o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli discordou, conforme depoimento à CPI na semana passada. "O Conselho de Administração da Petrobras, historicamente toma decisões com base em sumário executivo; ele não toma decisões com base nos documentos totais existentes, porque são processos muito grandes. Não haveria condições de o Conselho apreciar, uma vez que a competência do Conselho, como eu disse, é tomar as decisões estratégicas, não é tomar as decisões operacionais", disse.

O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, também disse que a compra teria sido aprovada de qualquer maneira. "[As cláusulas] não constaram justaram porque não eram preponderantes, não eram condições que se colocam normalmente numa informação. É um detalhe contratual". Para ele, a ausência desses termos não iria interferir na decisão do CA, "porque não tinha relação com os critérios observados pelo Conselho".

Responsabilidade

Um ponto em que houve concordância dos três depoentes foi a não responsabilização da presidente Dilma, já que todas as decisões são tomadas de forma colegiada. ¨A responsabilidade é da diretoria que fez apresentação ao Conselho de Administração. Nos dois casos, houve responsabilidade do colegiado”, disse Foster.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, será ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, no Senado, nesta terça-feira (27), às 10h15. Será a segunda vez que a principal executiva da estatal comparecerá ao Congresso para explicar denúncias de irregularidades na empresa, como as relativas à compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

Ainda nesta terça, a CPI deve votar cinco requerimentos. Um deles, apresentado pelo senador Humberto Costa (PT), pede a convocação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ele participou do negócio de Pasadena e integrava o Conselho de Administração da Refinaria Abreu e Lima. Paulo Roberto estava preso até o dia 19, por envolvimento na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investigou um esquema de evasão de divisas, com volume estimado em cerca de R$ 10 bilhões.

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A CPI deve votar também requerimentos que pedem acesso à documentação da Operação Lava Jato, bem como a cópias de processos em análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que tratam da troca de ativos entre a Petrobras e a Repsol YPF, no caso da Refinaria de Bahia Blanca.

Na quinta-feira (29), o colegiado vai ouvir o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge, e o ex-diretor Internacional da Petrobras, Jorge Zelada. Neste dia, os depoimentos, podem coincidir com o início da CPMI da Petrobras, integrada por deputados e senadores. Para começar os trabalhos o colegiado depende da indicação dos senadores. Caso não aconteça, os nomes deverão ser impostos pelo presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL). 

 

Na próxima semana, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga irregularidades na Petrobras continuará as oitivas. Na terça-feira (27), será ouvida a presidente da estatal, Graça Foster, para prestar esclarecimentos sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Ela já esteve no Senado em abril, quando prestou depoimento às comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Na ocasião, ele admitiu que a aquisição foi "um mau negócio" e que, quando a compra foi aprovada pelo Conselho de Administração, o grupo não tinha conhecimento sobre as cláusulas que garantiam rentabilidade de 6,9% à sócia Astra Oil (cláusula Marlin) e à obrigação de compra da metade da sócia, em caso de discordância sobre investimentos (cláusula put option).

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Duas semanas depois, já na Câmara dos Deputados, ela corrigiu a fala anterior e disse que Pasadena representou um "mau negócio", considerando o "atual conjunto de análises", mas que na época da compra era um negócio "potencialmente bom".

Na quinta-feira (29), a CPI da Petrobras vai ouvir o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge e o ex-diretor Internacional da Petrobras, Jorge Zelada.

Primeiros depoimentos

Nesta semana, o colegiado iniciou a série de depoimentos, com o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró. Ambos defenderam a empresa e a aquisição da refinaria.

CPI x CPMI

Na próxima semana, deve ser instalada a CPI mista - com deputados e senadores - para investigar as denúncias contra a Petrobras. Cogitou-se, há algumas semanas, de o Congresso ficar apenas com o colegiado misto. Mas o presidente da CPI da Petrobras no Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), discordou e disse que não há problemas de duas comissões com o mesmo objeto de investigação funcionarem simultaneamente.

"A CPI do Senado tem uma obrigação e o seu destino não pode ser vinculado à CPMI. A CPI do Senado foi proposta por membros da oposição, que provocaram o Supremo Tribunal Federal para vê-la instalada. Temos os nossos prazos, as nossas responsabilidades e nossos compromissos com o país. Não podemos, simplesmente, por ter outra comissão parlamentar de inquérito constituída, esquecer que houve um requerimento e que houve um grande debate nacional pela implantação da CPI do Senado", ressaltou.

A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta segunda-feira (12) que vai continuar a busca para reajustar os preços dos combustíveis produzidos pela empresa. Apesar de ressaltar que é preciso atenção ao mercado interno, a presidenta destacou que os preços dos derivados (gasolina e diesel) precisam estar alinhados ao mercado externo para a empresa conseguir manter a capacidade de investimento.

Ela reconhece a necessidade de moderação nos aumentos (dos preços dos derivados) e de não repassar para o consumidor interno a volatilidade do mercado externo, mas argumentou que a empresa não pode conviver com defasagens significativas.  “O fato de o real ter reduzido a depreciação frente ao dólar diminuiu a pressão, mas enquanto a paridade não for plena estaremos sempre defendendo o aumento [dos preços]. Estamos mantendo conversas sobre o assunto, de forma permanente, mas padronizada. Hoje, a orientação é não repassar a volatilidade para o mercado, mas não há paridade e nós precisamos considerar a possibilidade do aumento para entramos 2015 em melhores condições do que entramos este ano”, disse, ao detalhar o resultado do primeiro trimestre do ano da estatal.

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A presidenta da Petrobras disse que a empresa mantém as projeções de investimentos para este ano, de aproximadamente US$ 40 milhões. Segundo ela, não está prevista redução dos investimentos em relação ao Plano de Negócios e Gestão 2014 – 2018, divulgado pela companhia.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse na manhã desta segunda-feira, 12, que a situação econômica da companhia deve apresentar expressiva melhora entre 2014 e 2015. A declaração foi dada após questionamento acerca de possíveis reajustes de combustíveis a serem implementados pela estatal. Mais cedo, a executiva havia comentado que a Petrobras avaliava o momento de aplicar a metodologia de preços, a qual prevê a paridade de valores entre os preços cobrados no exterior e no Brasil, "ainda neste ano".

"Nossa discussão (sobre a metodologia) com o conselho é permanente, sistemática e padronizada. Temos o desafio de produzir, fazer os investimentos, controlar o capex e, quando há defasagem de preços, como nós temos hoje, temos de corrigir", disse Graça Foster em teleconferência com analistas e investidores. "Entendemos que temos de virar de 2014 para 2015 em posição de companhia muito melhor", sentenciou a executiva, ainda despistando sobre cronogramas e valores envolvendo a necessidade de reajustes da gasolina e do diesel. Mais cedo, Graça Foster destacou a expectativa de melhoria dos indicadores de produção e o maior controle sobre os investimentos.

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A Petrobras espera um acréscimo em sua produção de abril, afirmou a presidente da companhia, Graça Foster, em teleconferência a analistas, nesta segunda-feira, 12. No primeiro trimestre ela foi de 1,922 milhão de barris por dia, em linha com o planejado, segundo a executiva. Já a produção operada pela Petrobras no trimestre foi 2,014 milhões barris dia de petróleo.

Graça destacou que a limitação de embarcações PLSVs, usadas para fazer a interligação de plataformas de petróleo, devido à decisão tardia de contratá-los tem dificultado o ritmo de interligação de poços mas que, do ponto de vista do planejamento, isso está superado. A perspectiva da estatal é receber mais oito PSLVs em 2014.

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A presidente citou a parada da P-20 e lembrou que à exceção da P-55, que teve atraso de um ano, as demais plataformas tiveram atraso médio de cinco meses, o que "é ruim" mas não foge das métricas internacionais.

e São Paulo, 12/05/2014 - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse também que a estatal continua tendo "amplo acesso" a fontes de financiamento. A declaração foi dada antes de a executiva apresentar os números de endividamento e alavancagem da Petrobras ao final do primeiro trimestre de 2014.

A alavancagem líquida, medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, fechou o primeiro trimestre de 2014 em 39%, estável em relação ao final do ano passado, mas novamente acima do patamar de 35% desejado pela estatal. Já a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado subiu de 3,52 vezes em dezembro passado para 4 vezes em março, também acima das metas estabelecidas pela companhia.

A presidenta da Petrobras, Graça Foster, afirmou que foi favorável à compra dos 50% da Refinaria de Pasadena (EUA), ainda em 2008, que pertencia à antiga sócia da estatal brasileira no negócio, Astra Oil. “Isso (a compra) era um fato consumado”, disse aos parlamentares, durante audiência pública conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (30).

Graça Foster era diretora de Gás e Energia da Petrobras quando a estatal adquiriu metade da participação no empreendimento no Texas. A estatal e o grupo belga se desentenderam sobre os investimentos para aumentar a capacidade de refino de óleo dos 60 mil barris para 100 mil barris diários. 

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“Em 2008, eram margens excepcionais (de venda com o refino)”, explicou a dirigente, acrescentando que teria um “desconforto” ainda maior se a estatal não tivesse todas as informações sobre Pasadena que tem hoje. Ela descartou o interesse da Petrobras em uma operação de venda da refinaria. “Achamos prudente que a Petrobras não desinvestisse. Pasadena está melhor. Temos uma equipe técnica muito competente, com experiência em refino”, completou.

A líder da estatal antecipou que, mesmo com qualquer nível de recuperação, a prioridade atual da empresa brasileira é a produção interna. Segundo Foster, não há competição de Pasadena ou outras refinarias no exterior em relação aos negócios no país. “Se tiver que optar se investimentos vão para Premium 1 ou Premium 2 (refinarias que estão sendo instaladas no Maranhão e Ceará) o dinheiro vai para a Premium 1 ou para a Premium 2”, afirmou.

 

 

Em depoimento na Câmara dos Deputados, a presidente da Petrobras, Graça Foster, confirmou que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, representou um "mau negócio", considerando o "atual conjunto de análises", mas que na época era um negócio "potencialmente bom". A audiência conjunta reúne os membros das comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e de Minas e Energia (CME).

"Num primeiro momento, até 2008, era um negócio potencialmente bom, com as condições econômicas da época e com as margens de refino potencialmente econômicas. Esse foi, sim, um projeto de grande valor econômico, com margens bastante competitivas e atrativas", frisou ela. "O que aconteceu pós 2008 é que o negócio se tornou de baixo retorno, isso porque houve mudanças no mercado, com quedas nas margens de refino e do consumo de derivados - o que não se recuperou até hoje - e porque não fizemos o revamp [processo de renovação do parque de refino]", explicou.

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Processo de compra

Em depoimento, a presidente da estatal apresentou aos deputados um histórico do processo de compra de Pasadena, iniciado em 2007. Na época, uma das estratégias da empresa era expandir o refino de petróleo pesado para o exterior e, segundo a apresentação de Foster, a Petrobras já havia comprado quatro refinarias na Bolívia, na Argentina e no Japão.

Segundo ela, em fevereiro de 2005, a Astra Oil fez uma proposta de parceria para a Petrobras para a compra de 50% da refinaria e 50% do trading. "A proposta era fazer o revamp para trabalhar o petróleo pesado, o que era de grande interesse para a Petrobras", explicou. A Diretoria Internacional encaminhou, então, essa proposta à Diretoria da Petrobras, que por sua vez a submeteu ao Conselho de Administração.

Foster afirmou que o resumo executivo elaborado pela diretoria internacional omitiu as cláusulas PutOption e Marlim. A primeira obrigava a Petrobras a comprar a outra metade da refinaria, em caso de desentendimento com a Astra Oil. Já a Marlim garantia lucro mínimo à Astra, mesmo que o negócio não desse lucro.  "A Petrobras tinha o direito da decisão e a Astra tinha o direito de sair do negócio. Algo que parece razoável. A Petrobras não tinha direito à Put-Option porque a Astra não tinha direito de fazer imposições. Tão simples como isso", considerou.

Em 2007, ainda de acordo com a presidente da estatal, foi concluído o projeto do revamp para ampliar a capacidade de 100 mil barris por dia para 200 mil. No mesmo ano, a Diretoria Internacional propôs a compra dos 50% remanescentes, pertencentes a Astra Oil, por R$ 783 milhões, o que foi negado pelo CA. Em 2008, a Petrobras iniciou um processo arbitral para obrigar a Astra Oil a retonar a participar da gestão de Pasadena. "Em julho de 2008, eles exerceram, então, a cláusula de saída".

A partir daí, foi iniciada uma disputa judicial para estabelecer o valor da compra dos 50% de Pasadena pertencente à Astra Oil. Em 2012, um acordo extra judicial fixou o valor em R$ 805 milhões. A Petrobras pagou ainda por serviços prestados e outras investimentos.

Críticas

O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) classificou as considerações de Foster como confusas e para entrar em acordo com o que disse a presidente Dilma Rousseff, que na época era presidente do CA, e afirmou não ter conhecimento das cláusulas PutOption e Marlim. “Antes era um mau negócio, aqui me pareceu a defesa de um negócio. Depois que o Gabrielli disse que Dilma tinha de assumir a responsabilidade, vossa senhoria quis acertar o passo”, destacou.

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), disse que o governo está fazendo uma "contabilidade criativa, ao manipular os números e considerar os serviços de refino no valor a ser considerado no preço de aquisição". "Existe uma maquiagem para tentar elevar os valores. Perecebemos que a Petrobras está num mau caminho, um caminho da incompetência". Para ele, o depoimento de Foster contradiz as afirmações de Dilma. "A presidente da República disse que se soubesse das cláusulas não teria aprovado a compra, já a senhora diz que na época era um negócio potencialmente bom. Existe uma contradição aí".

A presidente da Petrobras, Graça Foster, confirmou que estará na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara na próxima quarta-feira (30), às 10h, para falar sobre as novas informações divulgadas em reportagens publicadas no fim de semana sobre a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Graça Foster deveria falar aos deputados na tarde de desta quarta-feira (23), mas assessores da empresa procuraram os parlamentares para avisar que não foi possível compatibilizar a agenda e entregaram um documento oficializando a nova data.

O presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), lembrou que na semana passada os parlamentares fecharam um acordo para que, caso Foster – que já havia sido convidada – não comparecesse ou remarcasse a presença, o colegiado aprovaria a convocação do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) para falar sobre o assunto. O status de convocação aumentaria a indisposição entre Legislativo e Executivo, pois não pode ser ignorado pelas autoridades do governo.

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“Na noite de ontem [22], recebemos a visita de funcionários da Petrobras que informaram que no horário de hoje à tarde, infelizmente, não foi possível [a participação da presidente da estatal] e trouxeram um comunicado por escrito marcando para 30 de abril a presença da Graça Foster. Isso elimina a convocação do ministro”, concluiu Motta, ao abrir a sessão de hoje que tinha a pauta repleta de requerimentos, incluindo o de convocação de Lobão.

Autor do pedido que seria encaminhado ao ministro, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) aceitou sobrestar o requerimento. “Mas não estou cancelando, apenas adiando”, avisou.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, sustentou que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, representou um bom negócio na época da compra. A afirmação contraria as considerações da presidente da estatal, Graça Foster, que nessa terça-feira (15), no Senado, disse que a compra foi um mau negócio.

Segundo ele, o plano estratégico da empresa já incluía o processo de expansão do refino do petróleo no exterior. Como os Estados Unidos representavam 20% do mercado de derivados do petróleo do mundo, a aquisição da unidade foi avaliada assim como a de outras no país. “Em 2005, comprar uma refinaria nos EUA e adaptá-la para processar petróleo brasileiro pesado, além de ser uma ação alinhada ao planejamento estratégico da Petrobras, era uma boa oportunidade de negócio”, explicou.

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Cerveró também disse que o planejamento da estatal mudou em 2008, por causa da crise econômica mundial e pelos novos investimentos no Brasil com refinarias e processo de extração de petróleo na camada de pré-sal. Diante desse cenário, a diretoria financeira recuou sobre a compra da outra metade da refinaria. 

"Não é justo classificar essa operação como malfadada e que trouxe prejuízos para a estatal, porque na época ela foi, sim, bem sucedida", frisou. "O que ocorreu foram consequências das mudanças do mercado. Se muda a situação de mercado, muda a estratégia", explicou.

Questionado sobre se havia enganado Dilma Rousseff, na época presidente do Conselho de Administração da Petrobras, sobre cláusulas específicas no contrato de compra da refinaria. "Não houve intenção de enganar ninguém. A posição não é só minha, é da diretoria e do conselho que aprovou este projeto". Em vários momentos, ele fez questão de repetir que a decisão de compra foi uma decisão conjunta do conselho de administração e da diretoria.

"Eu continuo considerando um desastre essa operação, do ponto de vista negócial, porque trouxe prejuízo enorme aos cofres da Petrobras", considerou o deputado Mendonça Filho (DEM-PE). O líder do Democrátas disse que as afirmações de Nestor contradizem a presidente Dilma Rousseff.

"Entenda que essa não é uma questão de desmentir e confirmar. Toda a documentação é sempre passada para a diretoria e ela é reponsável por encaminhar ao Conselho de Administração. Isso é de praxe", detalhou. Apesar da explicação, ele desconversou sobre se Dilma teve acesso ou não ao documento inteiro. "Eu não era responsável por entregar o resumo executivo ao Conselho de Administração. Quem faz isso é a diretoria e não eu. Então, não posso dizer se o Conselho recebeu ou não todos os documentos". 

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT) relatou que a presidente da Petrobras, Graça Foster não deixou “pedra sobre pedra” nos esclarecimentos dados às intervenções de mais de 30 senadores. A líder da estatal foi sabatinada por quase sete horas, nesta terça-feira (15), numa audiência conjunta entre as Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) na Casa Legislativa.

“A fala dela demonstra a transparência dos processos na Petrobras. Nada ficou sem resposta. Isso prova, mais uma vez, que a oposição não tem qualquer questão a colocar além do mais do mesmo que há nos jornais. Isso de pedir uma CPI é apenas a vontade de ter um palanque eleitoral onde subir”, afirmou o senador.

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Entre suas declarações, Graça Foster explicou que a Petrobras tem obtido sucessivos resultados positivos, como aumento de lucro líquido de 1% em 2013, em comparação a 2012, no mesmo período em que grandes companhias multinacionais, como a Shell e a Exxon, acumularam perdas.

O diretor corporativo da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse nesta terça-feira (15) que a Petrobras não pode sofrer tentativas de desqualificação por possíveis erros ou irregularidades e atribuiu ataques à companhia ao ano eleitoral. "Chegou a eleição, botam de novo a Petrobras na ciranda", disse na solenidade de entrega do Prêmio Petrobras de Esporte Educacional, na sede da companhia.

De acordo com Dutra, a Petrobras está sujeita a problemas, como qualquer instituição humana. "Em primeiro lugar, a Petrobras, como qualquer grande empresa e como qualquer organismo ou instituição humana, não é imune a possíveis erros ou irregularidades. Agora, não se pode usar disso para tentativas de desqualificação da companhia. Isso é um desrespeito e uma ofensa a milhares de empregados e empregadas da Petrobras, competentes, capazes, dedicados e que trabalham para a melhoria da empresa e a melhoria do Brasil".

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O diretor da estatal entrou no assunto ao explicar porque estava substituindo a presidenta da companhia, Graça Foster: "A nossa presidenta estaria aqui, mas, como vocês devem saber, ela está neste momento na Comissão de Economia do Senado, dando depoimento em um momento que não é novidade para a Petrobras. Se for ver, em 2010, também teve CPI da Petrobras, e, aliás, com os mesmos assuntos: (Refinaria de) Pasadena, Rnest (Refinaria Abreu Lima), patrocínio".

Sem mencionar explicitamente quem estaria por trás dessas tentativas que apontou, Dutra criticou: "Nós não aceitamos é que os ataques venham particularmente de setores que, por exemplo, quiseram mudar o nome da empresa, tirar o 'Bras', que significa Brasil, para botar um 'Brax', dizendo que o 'x' significava eficiência, competitividade etc. Mas, como já dizia o [jornalista] Ibrahim Sued, há um tempo atrás, os cães ladram, e a caravana passa. A Petrobras, que sempre enfrentou todos os desafios, desconfianças e ataques, desde a sua criação, há 60 anos, vai continuar sendo essa empresa que é orgulho para seus empregados e para todo o povo brasileiro".

Dutra chegou a ocupar o cargo de presidente da Petrobras no governo do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2005, e também presidiu a Petrobras Distribuidora, no segundo mandato de Lula. Entre 2010 e 2011, ele foi presidente do PT.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta terça-feira que a Astra Oil pediu à estatal US$ 788 milhões pelos 50% restantes da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Contudo, a oferta, frisou, não foi aceita e a disputa foi alvo de uma arbitragem internacional.

Em depoimento a duas comissões do Senado, Graça disse que o conselho de administração da estatal jamais aprovou a compra dos outros 50% de Pasadena pela oferta da antiga sócia belga. A presidente da Petrobras disse que atualmente a estatal tem conseguido resultados mensais positivos da ordem de US$ 40 milhões a US$ 50 milhões por mês com a refinaria localizada no Texas. Apesar disso, ela reafirmou que Pasadena não é prioridade para a estatal.

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Pela primeira vez, Graça citou o nome do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Foi ele quem apresentou um resumo incompleto à diretoria da estatal que embasou a compra da refinaria de Pasadena, com o voto favorável da hoje presidente Dilma Rousseff, que à época comandava o conselho de administração da empresa.

"Eu garanto aos senhores que é absolutamente certo que essas cláusulas não foram levadas ao conhecimento do conselho de administração da Petrobras. Quem tem a obrigação de fazer era o diretor da área internacional", disse. Questionado pelo senador Cássio Cunha Lima qual o nome do diretor, Graça respondeu: "Nestor Cerveró". Segundo ela, assim que foi descoberta a omissão, ele deixou a diretoria da Petrobras e depois se tornou diretor da BR Distribuidora.

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