Tópicos | Gustavo Kuerten

O tênis brasileiro celebra nesta quarta-feira um dos feitos mais importantes de sua história. Foi em um dia 8 de junho que Gustavo Kuerten conquistou seu primeiro título de Roland Garros no ano de 1997, há exatos 25 anos. O troféu "transformou nossas vidas", disse Guga, nesta quarta.

Na época, o tenista catarinense surpreendeu o mundo não somente por estar fora da lista dos cabeças de chave. Mas também por ser o então 66º do ranking. Antes de Guga, nenhum tenista havia se sagrado campeão de Roland Garros com um ranking tão baixo. O brasileiro, portanto, jogou contra todas as apostas para levantar o Troféu dos Mosqueteiros.

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Em vídeo publicado nesta quarta, o agora ex-tenista celebrou a conquista ao apontar uma foto em que aparece erguendo a taça, há 25 anos. "Fala, galera. Olha aí, 25 anos comemorando aqui em Roland Garros. Aquela alegria do primeiro título... duas semanas que o mundo virou de cabeça para baixo. A zebra estava solta aqui em Paris. Estava de azul e amarelo para celebrar esse momento que transformou nossas vidas", lembrou.

Há 25 anos, Guga iniciou sua trajetória no saibro de Paris com uma vitória em sets diretos sobre o checo Slava Dosedel. Depois superou o sueco Jonas Bjorkman, antes do importante confronto com o austríaco Thomas Muster, então número cinco do mundo e o Rei do Saibro da época, num suado confronto de cinco sets. Nas oitavas de final, despachou o ucraniano Andrei Medvedev.

Nas quartas, outro grande desafio. Encarou o russo Yevgeny Kafelnikov, número três do mundo e um dos principais jogadores de sua geração. Guga chegou a aplicar um "pneu" no rival naquele duelo de cinco sets. Nas semifinais, a vitória foi sobre o belga Filip Dewulf. E, na decisão do título, desbancou por 3 a 0 o espanhol Sergi Bruguera, que já tinha dois troféus de Roland Garros no currículo.

O feito, de fato, "transformou" a vida de Guga. O brasileiro passou a ser respeitado no circuito e, na sequência, mostraria que o feito de 1997 não era lance do acaso. Ele se sagrou bicampeão de Roland Garros em 2000 e tri, em 2001. Foram 20 títulos de nível ATP ou Grand Slam na carreira, incluindo a Masters Cup de 2000 (atual ATP Finals), quando venceu na sequência os americanos Pete Sampras e Andre Agassi e assumiu o posto de número 1 do mundo.

Após seguidas cirurgias no quadril, Guga acabou enfrentando dificuldades no circuito a partir de 2002. Perdeu parte das temporadas seguintes por conta de processos de reabilitação física e acabou oficializando sua aposentadoria das quadras em 2008, no próprio saibro de Roland Garros, quando foi homenageado.

No dia 10 de junho de 2001, na quadra Philippe Chatrier, em Paris, o tenista catarinense Gustavo Kuerten conquistava uma das maiores façanhas da carreira. Com o tricampeonato do Grand Slam de Roland Garros, ele deixava o mundo do tênis aos seus pés. Na final, o brasileiro bateu o espanhol Alex Corretja, 13º colocado do ranking na ocasião, por 6/7 (3-7), 7/5, 6/2 e 6/0 em 3h12 de partida. “Aquela temporada de 2001 transmitiu a segurança, a confirmação. Tínhamos muitas facilidades para encontrar soluções difíceis dentro da quadra e a atingi a consagração como tenista. Tenho a total convicção que foi o meu melhor ano. O primeiro título, em 1997, foi o mais surpreendente. Só que em 2001 estava no topo mesmo. O impacto não era só para os fãs. Era também para os adversários. A gente chegava na quadra e eles respeitavam muito. Eu estava jogando demais mesmo”, disse Guga.

Fabrízio Gallas, jornalista especializado em tênis, dá a dimensão que o brasileiro alcançou no circuito. "Ele se tornou uma referência para o tênis mundial. Não somente pelas conquistas. Mas pela irreverência. Lá em 1997 foi campeão com aquela roupa toda colorida, amarela e azul, os cabelos descabelados. E batendo caras gigantes do tênis mundial, entre eles o austríaco Thomas Muster, o russo Evgeni Kafelnikov, que tinha sido campeão em 1996. A cada vitória, ele ia chamando mais atenção e todo mundo queria saber quem era aquele desconhecido. A partir dali, na semifinal e na final, o Guga já estava em outro planeta. Jogando um tênis espetacular. Foram jogos mais fáceis", lembra o jornalista. Para ele, o torneio de 2001 foi realmente a confirmação do brasileiro.

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momento pelo qual Guga passava era tão bom que o ele considera que poderia ter se tornado pentacampeão se os problemas no quadril não o tivessem forçado a encerrar a carreira precocemente. "Meu tênis estava brotando. Era só o começo. Alcançar essa marca seria algo normal. Participaria mais cinco anos como favorito." A partir de 2001, o atleta passou a ter o desempenho afetado pelas dores no quadril. Até que, em 2002 e 2004, teve que passar por cirurgias para remoção da cartilagem no local. Na sequência, até 2008, quando se aposentou, jogar com dores era uma constante.

Em 2013, já ex-atleta, Gustavo Kuerten passou por uma terceira cirurgia. "Aquilo que eu joguei em 2004 naquela vitória contra o Roger Federer, já com muitas dores, e depois, com grandes problemas causados pelas cirurgias, ter seguido vencendo são provas de que eu poderia ter ido muito mais longe".      

domínio do brasileiro no circuito mundial naquelas temporadas fez, inclusive, o esporte se tornar mais popular no país. "Quando eu me tornei o número um do mundo em 2000, depois daquela vitória contra o André Agassi, a confiança transbordou para todas as áreas. Eu comecei a ganhar em todos os tipos de piso. Foi o auge do tênis no Brasil. As pessoas conversavam sobre os jogos pelas ruas. As minhas vitórias traziam esperança para as pessoas. Esse tempo me traz clareza para continuar recordando tudo aquilo. São exemplos como esse que o Brasil precisa", lembrou Guga.

"Tive um contato mais próximo com ele a partir de 2005. Estive na última Copa Davis que ele participou na Áustria em 2007. Já no final de carreira, ele só jogou duplas com o André Sá. Mas, eu como fã, chorei demais com todas vitórias dele. O Guga trouxe o tênis para os holofotes. Mesmo que o Brasil não tenha aproveitado esse fenômeno a modalidade ainda tem um relativo destaque por aqui. E o Guga teve papel fundamental nisso", considera Fabrízio Gallas.

Desde que se aposentou das quadras, em 2008, Gustavo Kuerten vem se dedicando à formação de talentos no tênis brasileiro. O tricampeão de Roland Garros dá sua contribuição para o desenvolvimento de novos atletas por meio da Escola Guga, do Time Guga e do Instituto Guga Kuerten, atendendo a milhares de crianças e adolescentes. Mas o futuro do tênis brasileiro pode estar em sua própria casa, se depender do ex-número 1 do mundo.

Os dois filhos do ex-atleta catarinense, Luiz Felipe, de sete anos, e Maria Augusta, de oito, já estão se acostumando com as raquetes e as bolinhas. E o pai orgulhoso não nega que incentiva as práticas. Até leva a dupla para torneios de iniciantes.

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"Eles estão se encantando com o tênis, gostam bastante. O menino brinca um pouquinho e fui nos campeonatinhos para já iniciar esse lado de viajar, de estar com os amigos. Um pouquinho da competição. A menina é mais dedicada ao piano. Mas também curte bastante o tênis. É uma alegria poder ver isso", diz Guga, em entrevista coletiva para relembrar o título da Masters Cup, em Lisboa, em 2000 - o troféu garantiu ao brasileiro o topo do ranking.

Duas décadas após este feito, que envolveu vitórias sobre Pete Sampras e Andre Agassi, Guga vive novo papel no tênis. Ele tenta equilibrar seu trabalho de ex-atleta, com sua escola e o instituto, com as funções de pai.

"No começo, tinha aquela dúvida: como é que eu me relaciono com eles? Eu sou o Guga da Escola, do tênis, da carreira, ou o Guga pai? Meu Deus do céu!", comenta, entre risos. "Aos pouquinhos, fui aprendendo a lidar com esta dinâmica. E a convivência com os filhos é bem isso, um aprendizado diário e sempre tentando fazer o melhor possível."

Curiosamente, as crianças costumam jogar no Lagoa Iate Clube (LIC), local onde o próprio Guga treinou na infância, em Florianópolis. "Eu vim do LIC agora, deixei o meu pequeno lá. Eu, com aquela idade, e o Larri (Passos) íamos várias vezes ao LIC. Iniciei naquelas quadras do clube, arrastando a raquete para lá e para cá", recorda.

Guga diz que, por enquanto, o tênis é uma mistura de diversão com aprendizado para Luiz Felipe e Maria Augusta. "No fim de semana, fui com a minha filha num campeonatinho. A bola da outra menina pegou na linha e ela ficou ali torcendo para ir para fora... poxa, mas a bola foi boa. E foi difícil para ela aceitar na hora algo que não é o que a gente quer. E isso o esporte também traz para você", afirma o tricampeão de Roland Garros.

O catarinense evita pensar no futuro, mas admite que ficaria feliz se um deles tentasse seguir carreira no esporte. "Tomara que eles continuem gostando, competindo ou não. Estando perto das quadras, para mim é sempre um privilégio e uma satisfação enorme. Com os meus filhos, se eles quiserem, eu vou incentivar."

A polêmica causada por Novak Djokovic com a realização de torneios de exibição na Sérvia e na Croácia sem protocolos de isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus, que resultou na contaminação de vários tenistas - entre eles o próprio número 1 do mundo e sua esposa Jelena -, não passou batido por Gustavo Kurten. O maior nome da história do tênis brasileiro não poupou críticas sobre o que aconteceu no Adria Tour e disse não estar ao lado do líder do ranking da ATP nesse caso.

"Foi uma surpresa porque a gente não espera isso dos nossos ídolos. Foi uma lambança total. Ele já foi a público se retratar, mas é importante separar a pessoa do ídolo, que tem uma margem grande para errar. Como ser humano a gente acerta e erra, mas temos que pensar no tamanho do erro. Acho que ele já fez o exercício da reflexão", afirmou Guga em uma live com o ex-judoca Flávio Canto.

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O brasileiro falou ainda das lições que podem ser retiradas destes torneios de exibição. "Temos que tirar os maiores benefícios possíveis desse erro para os próximos torneios. Djokovic tem empatia, assim como Federer e o Nadal, eu torço para que tenha sido algo pontual. Tem países que estão num grau de menor risco e não temos fórmula pronta para o tênis em tempos de coronavírus", comentou.

Além do líder do ranking da ATP, também foram contaminados o búlgaro Grigor Dimitrov, o croata Borna Coric e o sérvio Viktor Troicki. Outros que acabaram testando positivo para a covid-19 foram a esposa de Troicki, o técnico e o preparador físico de Djokovic, respectivamente Goran Ivanisevic e Marko Paniki, e Kristijan Groh, treinador de Dimitrov.

Gustavo Kuerten recebeu mais um troféu de Roland Garros nesta quinta-feira. O tricampeão do Grand Slam francês foi homenageado com um troféu especial que oficializa o seu posto de embaixador do torneio parisiense. A função foi anunciada durante a edição deste ano da tradicional competição, em Paris.

"A homenagem traz à tona a minha vida de uma forma completa. Em vencer e superar as barreiras, sorrir e chorar, e também perder", disse o ex-tenista, emocionado. "Esse troféu simboliza todos os empenhos que a gente ainda se dispõe a fazer. A dedicação de todos os dias, a paixão pelo tênis. Aproxima todo o nosso trabalho (da equipe) e dedicação nesta década de realização da Semana Guga Kuerten."

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A homenagem da Federação Francesa de Tênis (FFT) acontece durante a Semana Guga Kuerten, em Florianópolis. Guga recebeu o troféu simbólico das mãos de Lucas Dubourg, chefe de Desenvolvimento Internacional da FFT. A breve cerimônia contou ainda com a exibição de um filme com os melhores momentos do catarinense em ação nas quadras, antes de sua aposentadoria, em 2008.

Com a oficialização do cargo de embaixador do brasileiro, Guga e Roland Garros oficializam uma relação de divulgação do torneio que já existia informalmente antes. Por ter patrocinador em comum com o Grand Slam francês, o brasileiro já era figura garantida nas edições do torneio nos últimos anos, seja para cumprir compromissos comerciais ou seja para receber homenagens e conceder entrevistas.

A imagem do brasileiro está ligada ao torneio desde que ele venceu Roland Garros pela primeira vez, em 1997 - veio a repetir o feito em 2000 e 2001. Com o título, o então tenista ajudou a divulgar a modalidade no Brasil e tornou conhecido o nome de um dos mais tradicionais torneios da história do tênis.

Os clubes ameaçados pelo rebaixamento no Campeonato Brasileiro estão utilizando vários artifícios para se salvar. O Avaí convocou o seu torcedor mais famoso, o ex-tenista Gustavo Kuerten, para gravar vídeos motivacionais nas redes sociais. Os torcedores do Sport apelaram para o lado supersticioso. Boa parte dos 30 fãs que acompanharão o time no Rio de Janeiro, para o jogo contra o Fluminense, está levando sal grosso na bagagem. A ideia é espantar o azar. Para lotar o estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP), neste domingo (26), a Ponte Preta colocou o preço dos ingressos no menor valor permitido pela CBF e vai cobrar R$ 6 (a meia-entrada sai por R$ 3) por um lugar na arquibancada.

Se pudesse, a Ponte teria reduzido ainda mais os ingressos. A intenção do clube era cobrar R$ 2 e R$ 1 no jogo decisivo contra o Vitória. No entanto, o clube foi informado pela CBF de que o valor mínimo era de R$ 6. Mesmo assim, teve de pedir autorização para a entidade que controla o futebol nacional. O artigo 16 do regulamento do Campeonato Brasileiro diz: "O preço mínimo do ingresso será de R$ 40,00 (quarenta reais), com meia-entrada a R$ 20,00 (vinte reais)".

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Se os clubes descumprirem o regulamento, podem ser multados pelo STJD. A Ponte Preta espera contar com o apoio de cerca de 13 mil pagantes, quebrando o recorde do ano, para vencer o Vitória em uma briga direta. O time de Campinas está em 17.º lugar, com 39 pontos, um a menos que o rival baiano.

O Avaí decidiu ir além da redução do preço - um lugar no estádio da Ressacada, em Florianópolis, com a camisa do clube, sai por R$ 10, com exceção da área vip. O clube pediu o apoio de Guga Kuerten, seu torcedor mais famoso. O tricampeão em Roland Garros é a estrela da campanha "Somar para ficar" em referência à permanência na Série A. O campeão está otimista. "Se somar nove pontos, a gente escapa", disse, quando faltavam três rodadas para o fim da disputa.

Três pontos já foram obtidos - na última segunda-feira, o time venceu o Palmeiras por 1 a 0. Agora faltam Atlético Paranaense, em casa, e o Santos, na Vila Belmiro, na última rodada. O time catarinense tem 39 pontos e está em 19.º e penúltimo lugar. Seu adversário neste domingo tem 48 e sonha com vaga na Copa Libertadores. São aguardadas 17 mil pessoas no estádio da Ressacada.

SAL GROSSO - Os torcedores do Sport acreditam que o sal grosso, normalmente utilizado para afastar energias negativas, foi fundamental para o time encerrar na semana passada um jejum de quatro meses sem vitória no estádio da Ilha do Retiro, no Recife, ao derrotar o Bahia por 1 a 0. Agora vão repetir a dose.

O grupo de torcedores que viajou rumo ao estádio do Maracanã nesta quinta-feira levou vários saquinhos nas malas. A ideia é jogar o sal no banco de reservas do time pernambucano, como foi feito na Ilha do Retiro, para proteger a equipe e facilitar um resultado positivo. "Fizemos uma festa bonita no aeroporto e estamos com o time. Vale todo tipo de crença", disse Marcio Cleyson, da torcida Jovem do Sport.

O time pernambucano vai precisar de toda ajuda mística. Se for derrotado pelo Fluminense e o Vitória ganhar da Ponte Preta no dia seguinte, o Sport estará rebaixado antecipadamente.

Recebido com festa surpresa nesta semana em Roland Garros, Gustavo Kuerten ganhou elogios do presidente da Federação Francesa de Tênis (FFT), responsável pela organização do Grand Slam francês. Bernard Giudicelli afirmou que o ex-tenista brasileiro é uma das "lendas" da tradicional competição de Grand Slam.

"Ele é uma lenda. É, com certeza, uma das quatro lendas de Roland Garros. Guga é um cara que traz alegria", disse o dirigente, em entrevista a quatro veículos internacionais - da imprensa brasileira, somente o Estado estava presente. Bernard Giudicelli concedeu a entrevista na sede da Federação Francesa, localizada dentro da Philippe Chatrier, a quadra central de Roland Garros.

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"Quando eu o vi pela primeira vez nesta quadra, foi como um sonho. Aquele seu estilo de jogo, seu jeito de andar...", disse o presidente da FFT, tentando imitar os movimentos que Guga fazia com a cabeça em quadra. "Todo mundo lembra o que ele fez aqui nesta quadra quando ganhou o terceiro título: desenhou um coração no saibro", recordou.

Bernard Giudicelli lembrou também das homenagens que Guga recebeu no Rio Open, no ano passado. "Foi muito emocionante para mim, quando eu estava no Rio, e ele foi à quadra e foi ovacionado pelo público", afirmou o dirigente, eleito presidente da FFT em fevereiro deste ano.

Sob sua gestão, a federação produziu neste ano um curto documentário, no qual relembra o surpreendente primeiro título de Guga em Roland Garros, em 1997, a partir de entrevistas com familiares e amigos. O documentário foi filmado em março deste ano, em Florianópolis, terra natal do tricampeão do Grand Slam francês. E foi lançado no fim de semana, nas redes sociais da competição.

Foi uma das homenagens que o brasileiro está recebendo neste ano em Paris, por causa dos 20 anos de sua primeira conquista. No início da semana, ele ganhou uma festa surpresa de um dos patrocinadores no complexo de Roland Garros. Até o diretor do torneio, Guy Forget, estava presente.

"Esperamos que ele esteja aqui de novo para o fim do torneio", afirmou Bernard Giudicelli. Não será por acaso. Guga será homenageado pelo Hall da Fama do tênis na segunda semana da competição. "Essa é a mágica de Roland Garros: aqui você não precisa ser francês para se tornar um herói", disse o presidente da FFT ao Estado.

O coração que Gustavo Kuerten desenhou no saibro ainda pulsa em Roland Garros. Vinte anos depois da primeira conquista do brasileiro em Paris, o Grand Slam francês se rende ao carisma e às façanhas do catarinense. Somente nesta edição do torneio, que terá início neste domingo, Guga será homenageado duas vezes. Segue, assim, cultivando as suas marcas na tradicional competição.

A "herança" do surpreendente título conquistado em 1997 pode ser vista mesmo em um rápido passeio pelo complexo de Roland Garros. Seu nome está lá na parede das diversas entradas da Philippe Chatrier, o palco central do torneio, onde Guga levantou seus três troféus. Aparece na galeria dos campeões na sala presidencial da Federação Francesa de Tênis. Também está registrado no concreto no topo da quadra 1, ao lado dos demais campeões da competição.

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O famoso uniforme amarelo e azul, a marca que identificava aquele tenista ainda desconhecido do público quando da conquista do primeiro título, está lá no museu do torneio. Assim como a imagem do coração desenhado no saibro, na campanha que levou ao terceiro troféu. Foi graças ao tenista que a bandeira brasileira tremulou no topo da quadra central.

Imagens de Guga com seus troféus também surgem perto da quadra Suzanne Lenglen, a número dois do complexo. Os resultados e a identificação do brasileiro com o torneio levaram ainda Guga a aparecer em stands dos patrocinadores, principalmente agora que é garoto-propaganda de duas marcas que também patrocinam Roland Garros.

A forte ligação entre Guga e o Grand Slam está sendo reforçada neste ano, com duas homenagens no torneio. Uma delas foi elaborada pela própria Federação Francesa de Tênis. Para celebrar os 20 anos da primeira conquista, a entidade mandou uma equipe de documentaristas a Florianópolis em março para resgatar a história do rapaz de 20 anos que surpreendeu o mundo do tênis ao despachar favoritos e rivais experientes e faturar o título de Roland Garros quando era apenas o número 66 do ranking.

O curto documentário, revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo ainda em março, foi lançado nesta semana como forma de destacar a história do brasileiro no campeonato. Em quase 20 minutos de produção, familiares e amigos lembram da trajetória inesperada de Guga em Paris. E admitem a surpresa com o título, como o próprio ex-tenista reconhece até hoje.

"Cheguei ali garoto e consegui me apropriar de tudo aquilo. Na comemoração, fui abraçar o Larri (Passos, técnico), a mãe, meu irmão, tinha essa sensação de estar em família, de estar em casa em Roland Garros. É muito absurdo esse pensamento, né. Mas foi o que aconteceu", disse Guga, em entrevista recente à reportagem.

Presente desde sexta-feira em Roland Garros, onde atuará principalmente como garoto-propaganda, o brasileiro ainda receberá outra homenagem na segunda semana do torneio. Desta vez, será festejado pelo Hall da Fama, do qual já faz parte, em evento ainda não revelado pela organização. Até lá, continuará deixando suas marcas no tradicional Grand Slam francês.

Sem treinador em sua retomada no circuito, o argentino Juan Martín del Potro convidou o brasileiro Gustavo Kuerten para ser seu novo técnico, revelou o tricampeão de Roland Garros. Guga, contudo, recusou o convite para se concentrar em seus projetos pessoais e para se dedicar à família.

"Eu adoraria ajudar o Del Potro porque é um jogador que tem condições de chegar a número 1 do mundo. Mas, em função de todos os compromissos que já assumi, a minha prioridade no tênis é o desenvolvimento da Escolinha Guga, projeto que tem a ambição de transformar o tênis no Brasil. E além disso o que sobra de tempo é dedicado à família, para eu acompanhar o crescimento dos meus filhos, disse Guga.

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O brasileiro, no entanto, não descartou atuar como treinador no futuro, embora sem estabelecer um prazo. "Quem sabe quando as crianças cresceram, daqui a alguns anos, eu tenha condições de viver esse tipo de experiência", declarou Guga, que é pai de duas crianças: Luis Felipe, de três anos, e Maria Augusta, de cinco.

Guga foi um dos dois nomes citados publicamente por Del Potro nos últimos dias como possíveis treinadores. Além do brasileiro, o argentino citou o norte-americano Pete Sampras, dono de 14 títulos de Grand Slam. Del Potro não confirmou se chegou a entrar em contato com Sampras, mas contactou Guga.

Del Potro vem disputando os torneios do circuito sem um treinador fixo nos últimos meses. Ele costuma contar com o apoio de Daniel Orsanic, capitão da Argentina na Copa Davis e ex-treinador de Thomaz Bellucci. Mas sem vínculo formal.

Ex-número 4 do mundo e campeão do US Open de 2009, Del Potro tenta recuperar sua melhor forma física e técnica neste ano após perder boa parte das últimas temporadas em razão de uma série de problemas físicos, principalmente no punho esquerdo.

Depois de Gustavo Kuerten ter ido ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para tentar se livrar do pagamento de multas e impostos, o próximo atleta que pode se defender no órgão é Neymar. Após ser multado pelo Fisco em R$ 188 milhões e ter os seus bens bloqueados, o craque do Barcelona possui dois processos em andamento no Carf.

Neymar não admite a dívida e, por isso, recorreu da cobrança ao Carf. As ações têm prioridade no julgamento porque, de acordo com o regulamento interno do Carf, processos com indícios de crime contra a ordem tributária podem furar a fila de ações. Neymar deu entrada no Carf este ano e um dos casos já foi distribuído e teve a relatora sorteada. Será a conselheira Bianca Felicia Rothschild. O outro, após ficar mais de três meses parado, também foi para distribuição e sorteio.

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O Carf é a segunda e última cartada de Neymar na esfera administrativa para se livrar da acusação de sonegação de impostos. Por causa da tramitação do caso no conselho, o juiz Mateus Castelo Branco, da 5.ª Vara Federal de Santos, acolheu pedido da família do jogador e rejeitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o jogador por sonegação fiscal e falsidade ideológica.

A justificativa foi de que a ação na Justiça contra Neymar e seu pai só poderia ser aberta após o esgotamento de todas as discussões na esfera administrativa. Ou seja, depois de o Carf julgar a defesa apresentada pelo jogador.

Em agosto, Neymar e seu pai desistiram de recorrer de sentença da Justiça Federal e pagaram cerca de R$ 460 mil à Receita Federal por dívidas fiscais por não declararem como salários valores pagos como direito de imagem no período em que o jogador defendia o Santos e por irregularidades nas empresas da família. Este mês, também pagaram mais R$ 70 mil, referentes a 15% do valor total da ação, em honorários advocatícios.

BLOQUEIO - Em outro processo, em setembro do ano passado, o desembargador Carlos Muta, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3.ª Região, determinou o bloqueio de R$ 188 milhões de Neymar e das empresas da família. O jogador é acusado pela Procuradoria da Fazenda Nacional de sonegar impostos de 2011 a 2013, período que incluiu também a negociação da sua transferência para o Barcelona.

O jornal O Estado de S.Paulo entrou em contato com a assessoria de imprensa da N&N Consultoria, empresa da família de Neymar, mas o staff do jogador não se pronunciou sobre o assunto.

As Olimpíadas de 2016 do Rio de Janeiro tem muitas coisas boas, mas, já podemos afirmar que uma das melhores delas é o nosso querido Gustavo Kuerten, o Guga, que está conquistando a todos com sua simpatia e fofura.

Simpatia essa que rendeu para o ex-atleta um apelido bem divertido na Internet, o de labrador humano, por ser, assim como o cachorrinho, gentil, carismático e alegre. O meme circulou por diversos usuários das redes, até que chegou no próprio Guga, que comentou, para o site do Globo Esporte, o apelido, dizendo:

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- Galera, pô eu to acompanhando aqui na Internet e o que eu vi agora, que foi sensacional, foi o labrador humano. Pô, aí vocês dão banho mesmo. Adorei e um beijo então do labrador humano para vocês.

Como não amar?

Gustavo Kuerten comemora nesta sexta-feira exatos 15 anos de um dos seus maiores feitos no circuito profissional: a chegada ao topo do ranking. Curiosamente, foi quase o mesmo período que o Brasil passou sem um número 1 do mundo. Em novembro, Marcelo Melo encerrou o "jejum" ao se tornar o líder do ranking de duplas. Para Guga, o feito de Melo deve ser exaltado. Mas ele pondera que a busca por um novo número 1 não deve virar obsessão da torcida brasileira.

"Ter um novo número 1 é motivo de celebração. Temos que levar em conta que a França e a Inglaterra, países que tradicionalmente investem no tênis, estão buscando esse mesmo patamar, sem sucesso há alguns anos", destacou o ex-tenista, que dominou o ranking de simples por 43 semanas entre os anos de 2000 e 2001.

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Desde que Guga passou a cair de rendimento no circuito, em razão dos problemas físicos, a torcida passou a buscar um substituto para torcer no circuito. Quem mais se aproximou do catarinense foi o paulista Thomaz Bellucci, que chegou a figurar em 21.º no ranking, em 2010. Nas duplas, Bruno Soares se destacou nos últimos anos, mas foi Marcelo Melo quem alcançou a ponta.

Na avaliação do tricampeão de Roland Garros, seria um erro concentrar os esforços somente na busca pelo topo. "Pensar exclusivamente em termos um novo número 1 é um erro que temos de parar de cometer. Nós precisamos é aumentar a base de jogadores e investir na formação dos professores", disse o catarinense, em entrevista exclusiva à Agência Estado.

"O número 1 vai acontecer, mas o tênis não pode depender exclusivamente de um número 1. É muito mais importante investir na base. Até porque a gente já teve um número 1 e não foi suficiente", afirmou, citando a si mesmo como exemplo.

Aposentado desde 2008, Guga tenta fazer a sua parte na descoberta de novos talentos, seja através da sua escolinha, que conta com unidades em nove estados em sistema de franquia, ou seja pelo Instituto Guga Kuerten, que atende cerca de 700 crianças e adolescentes em localidades mais carentes em Santa Catarina.

EXIBIÇÕES - Enquanto atua como um embaixador informal do tênis, principalmente entre as crianças, Guga se recupera de um problema crônico no quadril. Ele já foi submetido a quatro cirurgias no mesmo local, a última delas em 2013. Ainda em processo de recuperação, o ex-tenista evita prever quando voltará a participar de exibições, como fez com o sérvio Novak Djokovic, em 2012.

"Pensar em voltar a jogar ainda é muito distante da realidade. Mas em 1994 eu escrevi um postal para minha família, sonhando que seria número 1. E aconteceu. Quem sabe eu consiga sonhar de novo, nem que seja para voltar às quadras para jogar com os meus filhos", disse o catarinense, pai de dois filhos - Maria Augusta, de três anos, e Luiz Felipe, de dois.

Foi há exatos 15 anos que Gustavo Kuerten desbravou um território desconhecido pelos tenistas brasileiros. No dia 4 de dezembro de 2000, o catarinense apareceu na sonhada liderança do ranking da ATP, a Associação dos Tenistas Profissionais, um feito para poucos. A conquista inédita, celebrada até hoje pelos fãs, teve sabor ainda mais doce para o atleta de Florianópolis por coroar uma grande temporada, que culminou no triunfo na restrita Masters Cup de Lisboa, onde Guga desbancou lendas como Pete Sampras e Andre Agassi.

Ao derrotar Agassi em uma final melhor de cinco sets, por triplo 6/4, o catarinense somou pontos suficientes no ranking para desbancar os rivais e terminar a temporada como o novo número 1 do mundo, posição que frequentou por 43 semanas no circuito. Passados 15 anos da conquista, Guga se lembra da partida histórica como se fosse ontem. Principalmente da sua reação ao fim do jogo. "Eu estava ansioso pelo momento de abraçar todo mundo", diz o agora ex-tenista, em entrevista à Agência Estado.

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Toda a expectativa represada ao longo da semana de competição, que reúne os oito melhores tenistas da temporada, foi resumida neste ato aparentemente banal ao fim da grande batalha. "Lembro do abraço no final do jogo. É uma lembrança afetiva, que é o que fica gravado para sempre no coração".

E não faltou abraços em Guga assim que ele converteu o match point na quadra dura de Lisboa depois de um erro de Agassi na devolução do seu saque. "Lembro bem da mãe me mostrando da arquibancada que só faltava um ponto". Com a taça nas mãos, ele se dirigiu aos familiares, finalmente aliviados, e foi dar o aguardado abraço na "mãe número 1 do mundo", como ele mesmo definiu com o microfone nas mãos durante a cerimônia de premiação.

Além das emoções, que afloram com facilidade no rosto do ex-tenista, Guga se recorda com facilidade do caminho que percorreu até o título em Lisboa. "Foram jogos muitos especiais", disse. E foram mesmo, a começar curiosamente pela derrota para o próprio Agassi, por 2 sets a 1 - somente a final foi disputada em cinco sets.

Insatisfeito com a performance na estreia, Guga compensou nos dois jogos seguintes, pela fase de grupos. Derrotou o sueco Magnus Norman e o russo Yevgeny Kafelnikov por 2 a 0, classificando-se para a semifinal. Foi então que se deparou com seu primeiro grande desafio: superar Pete Sampras na quadra dura e indoor, tudo que favorece o estilo do norte-americano.

Acostumado à lentidão do saibro, jogado principalmente em quadra descoberta, Guga venceu o então número 3 do mundo de virada, por 2 sets a 1. Batida a lenda, era a vez de superar os erros da estreia e a pressão de virar número 1 para vencer Agassi. O placar de 3 sets a 0 não deixou dúvidas sobre a superioridade do brasileiro.

"Era a primeira vez que eu ganhava um torneio como esse, que reúne os oito melhores tenistas do mundo, e com uma peculiaridade: vencendo Sampras e Agassi, na mesma competição", destacou Guga, ainda espantado pelo feito obtido em 2000.

Por tudo isso, o catarinense encara o título da Masters Cup, que lhe rendeu o topo do ranking, como sua maior conquista. Sem esquecer, contudo, da inesperada conquista de Roland Garros em 1997, quando apareceu para o mundo do tênis. "Vencer Roland Garros, em 1997, foi a minha maior façanha e a Masters Cup de Lisboa foi a minha maior conquista como jogador", comparou.

A conquista do topo coroou uma grande temporada, realçada pelo segundo título em Roland Garros. Houve ainda outros três títulos em 2000, em Santiago, Indianápolis e em Hamburgo, então sede de um dos Masters 1000 do circuito. Mais que selar um ano brilhante, o título em Lisboa consolidou a carreira do brasileiro.

A sequência de conquistas, incluindo a chegada ao topo, garantiu ao tenista maior reconhecimento e apoio de patrocinadores. "Buscamos sempre parcerias duradouras e relevantes. Atualmente, nós conseguimos trabalhar nessa mesma linha, com muito sucesso. Eu vejo que a importância das decisões tomadas naquela época tem impacto até hoje".

O ex-número 1 do mundo, Gustavo Kuerten estará no Recife neste domingo (27) para participar do 1º Festival Escolinha Guga/Squash Tennis Center, na unidade pernambucana da sua escola de tênis, localizada em Boa Viagem. O campeonato será realizado entre os dias 25 e 27 de outubro com a participação de crianças de 3 a 12 anos, que terão atividades recreativas, aulão de tênis e cineminha.

O tricampeão de Roland Garros participa da programação apenas no domingo (27) das 10h às 12h. Os interessados deverão se inscrever até esta terça-feira (22) no local do evento. 

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Guga realizou na última semana a 5ª edição da Semana Guga Kuerten, em Florianópolis. O evento reúne os sete melhores alunos do Squash Tennis Center que participaram da Copa Guga. O pernambucano Victor Batista foi um dos participantes e ficou em segundo lugar na categoria 12 anos simples e dupla.

PROGRAMAÇÃO 1º FESTIVAL ESCOLINHA GUGA/STC:



Sexta-feira (25):

18h30 – início do torneio em algumas categorias

Sábado (26):

09h às 12h – sessão de cinema com pipoca + atividades recreativas

14h às 18h – continuação do torneio de tênis

Domingo (27):

09h às 12h – oficina de exercícios funcionais e dança + sessão de caricaturas

09h às 10h – aulão para as crianças iniciantes de 3 a 8 anos 

10h30 às 12h – torneio de minitênis

12h30 – finais do torneio

13h30 – cerimônia de premiação e de encerramento

Inscrições no torneio até dia 22 de outubro no STC



Valor: R$ 50 (aluno STC) e R$ 60











Com aplausos de ex-atletas e ídolos do esporte brasileiro, que foram a Brasília especialmente para defender o projeto, o plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira, em votação simbólica, uma emenda em uma medida provisória que limita os mandatos de presidente ou dirigente máximo de entidades esportivas que recebam recursos públicos, evitando a perpetuação no poder.

A proposta foi inserida no texto da Medida Provisória 620/2013, que originalmente foi editada como forma de garantir um crédito de R$ 8 bilhões para o Programa Minha Casa, Melhor, que subsidia móveis e eletrodomésticos para beneficiários do Minha Casa, Minha Vida.

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Pelo texto, que seguirá agora para sanção presidencial, o representante máximo de uma entidade esportiva só poderá ficar no cargo por até quatro anos, sendo permitida uma única reeleição. Entre outras inovações, a proposta também torna inelegíveis cônjuges ou parentes até segundo grau ou por adoção dos dirigentes.

Para receber recursos públicos, as entidades precisam ter transparência na sua gestão, inclusive com a divulgação de dados econômicos e financeiros, contratos, patrocinadores, direitos de imagem e propriedade intelectual. Elas também terão de garantir a presença de representantes dos atletas nos órgãos e conselhos técnicos incumbidos de aprovar o regulamento das competições, além de assegurar a existência e a autonomia do seu conselho fiscal.

Durante os debates antes da aprovação do projeto, o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), elogiou a "criatividade" do Congresso em vincular o repasse dos recursos à criação de mandatos com prazo de dirigentes de entidades esportivas. "É uma forma inteligente para alcançarmos um avanço indiscutível", elogiou.

Entre outros ex-atletas de destaque, a sessão desta terça-feira foi acompanhada no plenário do Senado por Raí, do futebol, Hortência, do basquete, Gustavo Kuerten, do tênis, e Ana Moser, do vôlei. Todos foram a Brasília para defender a aprovação da emenda que tenta moralizar a administração do esporte brasileiro.

Gustavo Kuerten foi homenageado na noite desta sexta-feira ao lado de outros 18 dos 25 ex-líderes do ranking, em encontro promovido pela ATP, em Nova York, às vésperas do início do US Open. A reunião de tenistas, como Ilie Nastase, Roger Federer e Rafael Nadal, marcou a comemoração dos 40 anos do ranking da ATP.

No encontro, em clima informal, os tenistas foram homenageados com um troféu e um vídeo que exibiu os melhores momentos de cada um no circuito profissional. O brasileiro também foi homenageado por ser um dos que terminaram ao menos uma temporada na liderança do ranking, em 2000, após vencer a então Masters Cup (atual ATP Finals).

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"Nem sei o que estou fazendo aqui no meio de tantos campeões. Moro no Brasil, numa ilha, poderia estar surfando, mas descobri o tênis. Encontrei várias pessoas que me incentivaram: meu pai, o Larri (Passos), minha família... O tênis tem um excelente cenário que consegue envolver tanto as pessoas mais experientes quanto as crianças. Acho que vou levar muito tempo para compreender o significado da noite de hoje", declarou Guga.

O tenista catarinense chegou ao topo do ranking em dezembro de 2000, após vencer os norte-americanos Pete Sampras e Andre Agassi na Masters Cup em Lisboa. Ao todo, o tricampeão de Roland Garros, permaneceu 43 semanas na primeira posição da lista da ATP.

Sampras e Agassi foram algumas das ausências na noite passada. Estiveram presentes no evento: Ilie Nastase, John Newcombe, Jimmy Connors, Björn Borg, John McEnroe, Ivan Lendl, Mats Wilander, Stefan Edberg, Jim Courier, Marcelo Ríos, Carlos Moyà, Yevgeny Kafelnikov, Lleyton Hewitt, Juan Carlos Ferrero, Andy Roddick, Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, atual dono da posição de número 1 do mundo. "O tênis não poderia estar em melhores mãos", disse Guga.

Gustavo Kuerten recebeu nesta terça-feira, em São Paulo, uma homenagem da ATP por ser um dos 16 tenistas que terminaram uma temporada como número 1 do mundo em 40 anos de existência do ranking da entidade. Guga fechou o ano de 2000 no topo da listagem do tênis masculino, depois de ter se sagrado campeão da Masters Cup, competição hoje chamada de ATP Finals, que reúne os oito melhores jogadores de uma temporada.

O ex-tenista se emocionou com a homenagem, que faz parte da campanha batizada de ATP Heritage, da qual o brasileiro faz parte de um seleto grupo de outros jogadores consagrados. São eles: John McEnroe, Bjorn Borg, Jimmy Connors, Ilie Nastase, Andy Roddick, Lleyton Hewitt, Andre Agassi, Jim Courier, Stefan Edberg, Mats Wilander, Ivan Lendl, Pete Sampras, Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic.

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Ao comentar a sua homenagem, Guga brincou que se sente um "peixe fora d'água nesta turma seleta" e elogiou o desenvolvimento gradativo da ATP, embora a entidade tenha sido alvo de críticas por parte dos tenistas nos últimos tempos, principalmente por causa do seu desgastante calendário.

"Vejo que a ATP está cada vez mais redonda, esse tipo de iniciativa (o ATP Heritage) acho que é fundamental porque o histórico do tênis continua em evidência", disse Guga, que hoje vê um cenário mais favorável aos tenistas do que na sua época de número 1 do mundo.

"Hoje (a ATP) dá condição melhor para o Djokovic ficar mais três anos, quatro anos na ponta, é bem possível que isso aconteça. De repente já mirar um recorde que já é do Federer, do Nadal", disse Kuerten, para mais tarde acrescentar: "Hoje há uma possibilidade maior de eles conseguirem se aproximar de recordes, feitos, ser número 1 do mundo porque o circuito está mais homogêneo, as quadras são similares, a chance de o melhor vencer é mais constante".

Guga ainda lembrou que um maior número de torneios da temporada eram disputados com jogos decididos em uma melhor de cinco sets, fato comum hoje apenas no Aberto da Austrália, em Roland Garros, em Wimbledon e no US Open, os quatro eventos de Grand Slam do circuito profissional.

"Na época em que eu jogava foi bem difícil porque a ATP começou a aumentar o volume de frequência dos jogadores e diversos torneios tinham partidas de cinco sets, com as quadras e as bolas mudando, provocando uma incrível exigência. O Nadal estava falando uns tempos atrás que a ATP está exigindo mais. Na minha época jogava 5 sets no domingo e na terça-feira já estava jogando de novo. E não tinha cabeça de chave (que se classificava direto para a segunda rodada sem precisar atuar na primeira), jogava direto, peguei o auge do 'furacão'", ressaltou Guga.

O placar pouco importou. O jogo-exibição entre Gustavo Kuerten e Novak Djokovic, neste sábado (17), no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, valeu pelo espetáculo e pelo carisma dos dois tenistas, que cumpriram a sua missão de entreter os mais de dez mil torcedores no local. Para registro, vitória do brasileiro por 7/6 (11/9) e 7/5. Guga foi consciente e admitiu que, se jogasse a sério, o sérvio teria vencido.

O ginásio do Maracanãzinho ganhou cobertura de saibro para o evento e não faltaram momentos especiais como Guga e Djokovic jogando contra crianças e o atual número 1 do mundo usando peruca de cabelos encaracolados e camiseta com a imagem do brasileiro.

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Imitações e dancinhas não faltaram: no início do segundo set, o sérvio imitou Guga e ensaiou a coreografia da música "Ai se eu te pego", do cantor Michel Teló. No momento mais emocionante, no final da partida, abriu uma faixa com uma mensagem para o pai, que está doente.

"Espero que vocês entendam o quanto isso é especial. O Guga foi um dos mais carismáticos jogadores de tênis e hoje (sábado) ele mostrou o motivo. O tênis brasileiro tem um grande espírito e uma grande alma. A Sérvia é um país pequeno, mas tem muito em comum com o Brasil. Somos muito emotivos, também", disse Djokovic, ao microfone para todo o ginásio, logo após a partida.

"Não sei como agradecer ao Djokovic por isso", retribuiu Guga, que também falou para todos os presentes no Maracanãzinho. "Ele tem noção do impacto que tem como pessoa, é um cara especial, e vem vencendo a todos. Obrigado a todos, não imaginava que pudesse sentir algo igual ao que vivi hoje (sábado), desenhando este coração", completou o brasileiro, que desenhou um coração em quadra, gesto famoso após vitória em Roland Garros, para retribuir o carinho dos fãs.

Em clima de total descontração entre dois ex-jogadores profissionais, o brasileiro Gustavo Kuerten, ex-número 1 do mundo, venceu neste sábado um jogo de exibição contra o equatoriano Nicolas Lapentti, em São José, região metropolitana de Florianópolis. Em pouco mais de uma hora, Guga derrotou o amigo por 2 sets a 0 - com parciais de 6/2 e 7/6 (7/5). A partida fez parte do encerramento da Semana Guga Kuerten, que o ex-tenista promove todos os anos.

Esta é a quarta vez que Gustavo Kuerten promove um jogo de exibição contra algum ex-tenista. Nos anos anteriores, o brasileiro sempre venceu: os espanhóis Sergi Bruguera e Carlos Moya e o russo Yevgeny Kafelnikov.

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Em quadra, Guga foi sempre superior ao equatoriano, de 36 anos, que se aposentou do circuito profissional em 2009 - o brasileiro encerrou a sua carreira um ano antes. Lapentti errou muito no primeiro set e só conseguiu endurecer a partida na segunda parcial, que foi decidida no tie-break.

O torcedor que quiser acompanhar o duelo de exibição entre o brasileiro Gustavo Kuerten e o sérvio Novak Djokovic precisará desembolsar valores a partir de R$ 100. Os preços dos ingressos foram divulgados nessa quinta-feira (20) e variam por setor da quadra, chegando até R$ 250. O confronto entre os tenistas será realizado no dia 17 de novembro, no Maracanãzinho.

As entradas do lote inicial custarão R$ 100 e dão direito à arquibancada do Ginásio. As cadeiras do setor Premium estão no valor de R$ 250.

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A venda dos ingressos será iniciada na próxima terça-feira (24). Essa é a primeira vez que Djokovic jogará no Brasil.

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