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O jogador senegalês Sadio Mané, do Bayern de Munique, conquistou o primeiro Prêmio Sócrates, por seu comprometimento com projetos sociais.

A categoria foi criada pela revista "France Football" em homenagem ao jogador brasileiro e líder da Democracia Corintiana, Sócrates. "Às vezes é muito difícil, mas eu faço o que posso pelo meu povo, para melhorar as coisas", disse Mané, que recebeu o cumprimento de Raí, irmão do ídolo do Corinthians.

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Manifestação eleitoral

Raí aproveitou o momento de entrega do prêmio para reforçar o apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das eleições brasileiras. No momento em que falava do irmão, o ex-jogador do São Paulo levantou a mão e fez o gesto do "L", em referência ao petista.

"Temos uma decisão muito importante no Brasil e sabemos de que lado ele estaria", disse ele, sem citar Lula ou Bolsonaro, nominalmente.

Apesar da quebra do protocolo, o prêmio Sócrates tem muito a ver com política, já que um dos feitos ressaltados pela organização do Ballon D'or foi justamente a luta do corinthiano contra a ditadura no Brasil. Jair Bolsonaro, adversário de Lula, não condena o regime militar, já fez homenagens ao mesmo e, constatemente, ameaça golpear a democracia brasileira.

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Da redação, com ANSA

Pelo menos 208 pessoas morreram na passagem do Rai pelas Filipinas, um dos tufões mais letais a atingir o país nos últimos anos, informa o balanço oficial atualizado divulgado neste domingo (19).

De acordo com a polícia, ao menos 239 pessoas ficaram feridas e 52 desapareceram depois que o tufão Rai varreu o sul e o centro do arquipélago.

Mais de 300.000 pessoas abandonaram suas casas e hotéis de praia. Várias áreas ficaram sem comunicação e sem energia elétrica, enquanto em outros lugares telhados foram arrancados, e postes de luz, derrubados.

Este balanço pode aumentar, à medida que as agências governamentais forem avaliando a amplitude do desastre.

O tufão Rai atingiu as Filipinas na quinta-feira (17) com ventos de 195 km/h. Milhares de policiais, militares, agentes da Guarda Costeira e bombeiros continuam mobilizados para ajudar nas buscas e resgates nas áreas atingidas.

No sábado, Rai se afastou, avançando pelo Mar da China Meridional e, no domingo, estava ao largo da costa do Vietnã, movendo-se para o norte.

Maquinário pesado, como retroescavadeiras e tratores, foi usado para ajudar a desobstruir estradas bloqueadas pela queda de postes e árvores.

Uma avaliação aérea dos danos ao norte de Bohol deixou "muito claro" que as pessoas sofreram muito em termos de casas destruídas e perdas agrícolas, disse Arthur Yap, governador de Bohol, um popular destino turístico. Ele declarou estado de emergência na ilha.

No encerramento de sua tradicional oração dominical do Ângelus, o papa Francisco expressou sua "proximidade com o povo das Filipinas", um país majoritariamente católico.

"Possa o santo Menino levar conforto e esperança às famílias com mais dificuldades", declarou, em referência ao Natal.

O tufão também causou destruição generalizada nas ilhas de Siargao, Dinagat e Mindanao.

Imagens aéreas distribuídas pelos militares mostraram os estragos na cidade de General Luna, em Siargao, onde estavam muitos surfistas e turistas antes das festas de fim de ano. Nas imagens, vê-se prédios sem telhado, e o chão, coberto de entulho.

Neste domingo, os turistas começaram a ser retirados.

Em Surigao City, no norte de Mindanao, as ruas ficaram cobertas de vidros quebrados, chapas de aço dos telhados e linhas de transmissão elétrica.

Os ventos do Rai caíram para 150 km/h, enquanto ele avança pelo país em chuvas torrenciais, arrancando árvores e destruindo estruturas de madeira.

A governadora de Dinagat, Arlene Bag-ao, disse no sábado que os danos à ilha "são uma lembrança, igual ou pior", da destruição causada pelo supertufão Haiyan, em 2013.

Haiyan é o ciclone mais mortal já registrado nas Filipinas, com mais de 7.300 pessoas mortas, ou desaparecidas.

O supertufão Rai atingiu nesta quinta-feira (16) as Filipinas, onde dezenas de milhares de pessoas buscaram refúgio pelo temor dos ventos violentos e das chuvas torrenciais, o fenômeno mais potente a afetar o país insular em 2021.

O supertufão tinha ventos de 195 km/h ao tocar o solo às 13H30 (2H30 de Brasília) na ilha meridional de Siargao, um popular destino turístico, informou a agência meteorológica estatal.

Um "supertufão" é um ciclone extremamente violento, equivalente a um furacão de categoria 5 nos Estados Unidos, e apenas cinco são registrados a cada ano no planeta.

Este é o ciclone mais violento registrado este ano nas Filipinas.

Mais de 90.000 pessoas buscaram abrigo de emergência, enquanto a tempestade Rai avançava pelo Pacífico, informou a agência nacional de emergências.

Muitos voos foram suspensos e dezenas de portos permanecem temporariamente fechados diante da advertência de grandes ondas que poderiam provocar "inundações fatais" em áreas costeiras.

"Esta tempestade monstruosa é aterrorizante e ameaça atingir comunidades costeiras como um trem de carga", disse Alberto Bocanegra, diretor da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho nas Filipinas.

"Estamos muito preocupados de que a mudança climática esteja tornando os tufões mais violentos e imprevisíveis", acrescentou.

- Um supertufão tardio -

De fato, o Rai atinge o país de maneira tardia na temporada de tufões, que normalmente vai de julho a outubro.

Depois de tocar o solo em Siargao, o tufão deve atravessar a região das ilhas Visayas, Mindanao e Palawan, antes de emergir no sábado no Mar da China Meridional e depois no Vietnã.

A agência meteorológica advertiu para ventos "muito destrutivos" que poderiam provocar "danos de moderados a fortes em estruturas e na vegetação".

O meteorologista Christopher Perez afirmou que os ventos "poderiam derrubar linhas de energia elétrica e árvores", assim como danificar casas construídas com materiais leves.

"Preparem-se para chuvas intensas e ventos fortes", disse.

As operações para retirar moradores ainda estão em curso em algumas áreas localizadas na trajetória do tufão. Entre os desabrigados estavam turistas nacionais que aproveitavam as famosas praias do país, ainda proibidas aos visitantes estrangeiros devido à pandemia de covid.

Vídeos verificados gravados por turistas em Siargao mostram árvores atingidas pelos ventos. No município de Dapa, as famílias desabrigadas dormiam no chão de um complexo esportivo.

Filipinas é um dos países mais vulneráveis ao impacto da mudança climática, com a média anual de 20 tempestades e tufões.

Mais de 100 milhões de visualizações no YouTube; 18 semanas consecutivas na primeira colocação do Top 200 Spotify no Brasil e um lugar entre as primeiras posições no Top 50 da mesma plataforma; além de mais de 160 milhões de streams nos principais serviços digitais. Esses foram os números alcançados pela música Tapão na Raba, lançada no último mês de fevereiro pelo artista Raí Saia Rodada. Em menos de dois meses de lançamento, a composição parece ter arrebatado o público e outros artistas da música popular brasileira, que têm colocado a canção em seu repertório de lives. 

Tapão na Raba é uma mistura de alguns dos estilos musicais mais populares do país: piseiro, brega, funk e forró romântico.Some-se isso a uma letra descontraída e, ao que tudo indica, encontra-se a fórmula do sucesso. A canção tem tido performance surpreendente nas plataformas de streaming e não para de ser compartilhada por outros artistas durante suas lives, como fez Wesley Safadão, Simone e Simaria e Gusttavo Lima.

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Para Raí, um dos motivos do sucesso é a alegria que a canção proporciona. “Acho que Tapão na Raba é uma música que veio pra alegrar a galera que tá atravessando essa fase muito difícil. Com certeza, é música desse nível que o Brasil precisa; pra fazer a galera se libertar um pouco, dançar um pouco, mesmo dentro de casa”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá. Segundo o artista, o objetivo é colocar as famílias para curtirem o som e se divertirem juntas. “(...) Fazer a coreografia, espalhar pra filho, pra pai, pra mãe, pra avô e pra avó; é uma música pro Brasil”.

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O single chegou acompanhado por um videoclipe que traz Raí em cenários do tipo ‘faroeste’, com dançarinas que ensinam a coreografia do hit. Porém, o trabalho produzido em plena pandemia tem demandado certos cuidados e ajustes para que possa continuar sendo feito. “Todo mundo sabe, por trás de um artista tem que ter sempre uma equipe e eu tô sempre andando com minha equipe. Pra gravar o clipe eu tive que reduzir minha galera, então, já fica um pouco difícil. Eu gosto de trabalhar com todo mundo, com maquiadores, roteiristas, figurantes, fora minha equipe, meu produtor; e a gente teve que diminuir tudo. Tem sido muito difícil mas tem dado certo, graças a Deus”, comenta o cantor. 

Porém, os números alcançados na internet não negam que, mesmo diante tais dificuldades, o resultado tem sido satisfatório. Tapão na Raba é um, uma das sete canções do álbum Som no Talo, lançado em janeiro, e o bom momento proporcionado por ela tem motivado Raí a continuar driblando as limitações da pandemia para poder produzir mais hits. “A galera não perde por esperar. Com certeza, a gente tem mais uma bala na agulha. Já estou preparando aqui o próximo hit. Fé em Deus”. 


 

Raí foi eleito o melhor jogador da história do Paris Saint-Germain, que completou 50 anos de vida no dia 12 de agosto. Ronaldinho Gaúcho ficou em terceiro na votação, enquanto Neymar terminou em sexto. O bósnio Safet Sušic ficou em segundo lugar.

Atual diretor de futebol do São Paulo, Raí atuou pelo PSG entre 1993 e 1998. Foram seis títulos conquistados: Campeonato Francês, duas Copas da França, duas Copas da Liga Francesa, Supercopa da França e Recopa Europeia.

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"Sinto um imenso orgulho. Estou muito honrado com essa gratidão que as pessoas manifestaram comigo. Não acredito necessariamente em destino, mas acredito em energias que atraem. Estava escrito que eu compartilharia essa história com o Paris", disse Raí, em entrevista à revista do PSG em comemoração aos 50 anos.

A votação foi realizada para comemorar o aniversário do clube. Foram 2.500 votos, sendo 30% de ex-jogadores, técnicos e dirigentes, 30% de jornalistas e 40% de sócios dos clubes. Raí terminou em primeiro nos três grupos.

O técnico Carlo Ancelotti foi eleito o maior da história do PSG. Já o gol de Pauleta no clássico contra o Olympique de Marselha em 2004 foi eleito o mais bonito.

Os cantores Raí e Nathalia Calasans, no começo dos anos 2000, fez muita gente dançar com repertório irreverente da banda Saia Rodada. Envolvidos em projetos opostos, os dois estarão juntos novamente. Após dez anos separados, Nathalia vai relembrar ao lado de Raí os clássicos da banda de forró.

Diretamente de Rio Grande do Norte, eles prometem agitar os fãs em uma live no próximo dia 11. A apresentação de Nathalia e Raí será transmitida pelo canal do Saia Rodada no YouTube, às 16h. De acordo com a atual vocalista do Forró do Muído, o figurino que vai ser usado no dia do show virtual tem a assinatura do estilista pernambucano Cassiano Silva.

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A live 'Made in Roça' vai reunir os sucessos do Saia como o hit Coelhinho. "Um repertório sem defeitos pra vocês curtirem", garantiu Raí, ao fazer uma postagem sobre o evento na plataforma. Nathalia Calasans e Raí gravaram juntos no grupo nove CDs e quatro DVDs.

Ídolo do futebol no Brasil e no exterior e atual diretor de futebol do São Paulo, Raí é conhecido por sempre se posicionar sobre os mais variados assuntos. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o ex-jogador ressaltou em uma entrevista à rádio francesa RFI que não é favorável ao retorno do futebol no Brasil neste momento de crescimento dos casos de infecção pela covid-19.

"Ainda não. Alguns clubes estão preparando seus protocolos sanitários, mas enquanto o número de vítimas estiver aumentando seria difícil ver a retomada do futebol. Além disso, vários estádios, como o Pacaembu, abrigam hospitais de campanha. Dirigentes, como eu, tentam planejar um retorno, mas não enquanto vidas estão em perigo. Somente quando tudo estiver sob controle", afirmou.

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Raí voltou a criticar as ações do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da covid-19 e reforçou a sua posição favorável à democracia.

"Atualmente, estamos enfrentando uma crise política, em que a democracia e os valores humanos estão sendo discutidos. O limite também, do autoritarismo. Em uma democracia, precisamos do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e de um poder executivo. Minha postura é em favor da democracia. Não me envolvo com polêmicas, mas quando vejo tanta injustiça social, que vidas estão ameaçadas pelo vírus, eu falo. O presidente foi eleito democraticamente, mas você precisa ouvir a ciência, os especialistas e não colocar em risco a vida das pessoas", disse.

O atual dirigente do São Paulo comentou sobre os desafios da Fundação Gol de Letra, projeto organizado por ele em parceria com o ex-lateral-esquerdo Leonardo - seu companheiro de Paris Saint-Germain, São Paulo e seleção brasileira.

"Adaptamos nossas atividades na Fundação Gol de Letra e estamos distribuindo cestas básicas, ajudando famílias que sofrem com a fome", contou Raí, explicando a razão da mudança de programação. "A fome nunca desapareceu no Brasil. A pandemia e o isolamento social tornaram urgente a ajuda para as famílias pobres que ficaram confinadas e sem recursos".

Ídolo no Paris Saint-Germain, onde jogou nos anos 90, Raí falou ainda sobre Neymar, o atual craque do clube francês. "Ele tem o potencial para ser o número 1 do mundo, tem qualidades técnicas incríveis. Mas é impossível ganhar algo sozinho. Se o time crescer, Neymar será o maior", opinou.

Após a declaração polêmica sobre a opinião de Raí, o comentarista Caio Ribeiro discutiu com Walter Casagrande ao vivo durante o programa 'Bem, Amigos!', da SporTv, nessa segunda-feira (4). Casagrande acusou o colega de programa de ter dado uma declaração antidemocrática. "Nenhuma pessoa tem o direito de censurar o que a outra está falando", disse.

 Na semana passada, Caio Ribeiro havia criticado a fala de Raí contra o governo. "Eu não gostei do discurso do Raí. Ele falou muito pouco de esporte e muito sobre política", disse na ocasião. A fala do comentarista repercutiu mal e ele ganhou um direito de resposta no programa da SporTV.

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 "O que me incomodou é que minha opinião não teve nenhum viés político. Eu não estou analisando se o Raí é de direita ou de esquerda, se é a favor ou contra o governo, nada disso. Ele tem todo o direito de emitir a opinião dele", se defendeu Caio. "O que me incomodou foi que me colocaram no meio de uma guerra política como se estivesse defendendo o governo, e em nenhum momento eu emiti opinião política", finalizou.

 Caio também voltou a destacar que Raí deveria tomar mais cuidado com o que diz por ser uma figura importante no São Paulo. "O Raí pode falar o que quiser. Mas acho que ele tem que tomar cuidado porque as opiniões podem respingar na instituição. Quem me conhece, sabe que eu tenho convicções, meu lado da história, mas eu não trago para a frente das câmeras para não provocar esse tipo de ira", disse.

 Casagrande, entretanto, disse que faltou clareza no discurso do colega e destacou discordar de sua opinião. "Eu discordo quando você fala que o Raí só tem que falar de futebol, que não pode falar de política. Isso é antidemocrático. Ninguém pode censurar o que o outro está falando. Foge da democracia", opinou.

 O ex-atacante do Corinthians afirmou que não era a primeira vez que Caio ia ao 'Bem, Amigos!' para explicar alguma declaração que fez. "Eu acho que tenho clareza, coerência. Quem me conhece, sabe que eu sou transparente. Extremamente transparente. Tudo que falo reflete meu comportamento", declarou Caio. O debate continuou, também com intervenções de Galvão Bueno e Cléber Machado.

 "Só queria terminar dizendo o seguinte: a minha fala, para mim, é clara e coerente com o que eu penso e vocês têm o direito de discordar. Eu só queria reiterar de que não tem viés político, de que não tenho problema com o Raí. Mas eu continuo pensando dessa maneira: quando você é representa um time, você tem que tomar mais cuidado", finalizou Caio.

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O ex-jogador e atualmente comentarista Caio Ribeiro criticou a entrevista de Raí, diretor de futebol do São Paulo, em que fez desaprovou o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus e sugeriu até uma "renúncia para evitar o processo de impeachment". Para o comentarista, o dirigente tricolor deveria evitar assuntos políticos.

"Eu não gostei do discurso do Raí porque ele falou muito pouco de esporte e falou muito sobre política. Ele, por mais que ele fale que é a opinião pessoal dele, hoje é o homem forte do São Paulo e as declarações e opiniões que ele emite respingam na instituição. Eu acho que ele tem que falar de esporte. Na hora que ele fala de renúncia, dos hospitais públicos e tudo isso, me parece que ele tem conotações políticas em relação a preferências", afirmou o comentarista, durante participação em programa do SporTV.

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A entrevista de Raí foi publicada na última quinta-feira pelo Globoesporte.com. O dirigente do São Paulo falou que o presidente Jair Bolsonaro vem tendo "um posicionamento atabalhoado" e que está "no limite da irresponsabilidade".

"Se perder a governabilidade, torço e espero uma renúncia para evitar o processo de impeachment, que sempre é traumático. Porque o foco tem de ser a pandemia. (O impeachment) não é uma coisa que tem de se pensar agora, energia nenhuma pode ser gasta nisso, mas se estiver prejudicando ainda mais essa crise gigantesca de saúde, sanitária, tem de ser considerado", disse Raí.

Caio Ribeiro concordou com Raí em relação ao retorno dos jogos no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro defende que os times voltem aos trabalhos e tem conversado com pessoas envolvidas no futebol. Para Raí e Caio Ribeiro, o momento é de cautela.

"É bom deixar claro e reforçar que a posição do São Paulo não é voltar rápido. É voltar ao seu tempo, com as orientações, e gradativamente, começando obviamente o treino sem uma data certa de quando o campeonato vai retornar", disse o diretor.

"Me parece que nesse momento, pelo menos o cronograma que foi feito até aqui era um mês de férias, vamos voltar no começo de maio e teremos uma reunião no final de abril para ver se esse calendário será mantido. Gente, está morrendo gente, a curva não achatou. Então tudo bem, vamos adiar mais um pouquinho, vamos esperar essa curva achatar", completou Raí.

"As notícias de ontem e hoje são muito ruins, continua e aumentou o número de mortos. Mas a gente precisa pensar em cenários e trazermos soluções. É isso que eu acho que isso tem que ser debatido. E eu acho que o lado financeiro, por mais cruel que pareça ser o que eu vou dizer, é muito preocupante também. Não é que você tenha que pôr em risco a saúde das pessoas, mas na hora que você não tem trabalho, salário, que você não tem como alimentar sua família, isso vai gerar desemprego, morte, assaltos e uma série de outras coisas", afirmou Caio Ribeiro.

O diretor-executivo de futebol do São Paulo, Raí, deixou de lado o seu discurso geralmente sem polêmicas e fez duras críticas ao Presidente da República Jair Bolsonaro. De acordo com o dirigente tricolor, o ideal seria que o político renunciasse ao cargo para evitar um processo de impeachment em razão de suas decisões.

"Se perder a governabilidade, eu torço e espero uma renúncia para evitar o processo de impeachment, que sempre é traumático. Porque o foco tem que ser a pandemia. (O impeachment) não é uma coisa que tem de se pensar agora, energia nenhuma pode ser gasta nisso, mas se estiver prejudicando ainda mais essa crise gigantesca de saúde, sanitária, tem que ser considerado", disse o dirigente, em entrevista ao Globoesporte.com

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Raí criticou a postura do presidente em relação a forma com que está combatendo a pandemia do coronavírus. "Um posicionamento atabalhoado, é o mínimo que se pode dizer. Naquele momento, por exemplo, que ele deu aquele depoimento em rede nacional... Ele está no limite, muitas vezes, da irresponsabilidade, quando ele vai contra todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde", opinou.

O dirigente também deixou claro que sua irritação com Bolsonaro não se resume apenas pela forma com que ele está tratando a covid-19, mas também como administra o País. "Outro absurdo do Bolsonaro é inventar crises políticas ou de interesses próprios, familiares, no meio de uma pandemia. É inaceitável. Tenho certeza que muita gente concorda, inclusive alguns apoiadores do Bolsonaro. Ele foi eleito democraticamente, mas a própria democracia está conseguindo frear", continuou.

O diretor afirmou que o São Paulo é contra o retorno precoce do futebol brasileiro, apesar da situação financeira delicada que o clube, assim como a maioria dos outros times pelo Brasil, vive. "É bom deixar claro e reforçar que a posição do São Paulo não é voltar rápido. É voltar ao seu tempo, com as orientações, e gradativamente, começando obviamente o treino sem uma data certa de quando o campeonato vai retornar."

Mantendo um discurso direto e até fugindo de seu estilo de entrevistas, Raí reclamou até mesmo do presidencialismo. "Eu acho que isso me fez até questionar o presidencialismo. Estar sujeito a uma pessoa como essa, a um presidente como esse, que foi eleito democraticamente, mas que toma decisões que confundem completamente a população. Por causa dele, e aí o cálculo pode até ser feito, milhares de mortes a mais vão acontecer", completou.

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, definiu nesta sexta-feira que Raí permanecerá como diretor executivo de futebol para a próxima temporada. Ele terá o contrato renovado até o fim de 2020. O vínculo atual vence ao término deste ano.

Raí vem sendo criticado por conselheiros e torcedores por causa do planejamento para esta temporada. A troca no comando da diretoria de futebol era vista como certa, mas Leco decidiu manter o dirigente após a conquista da vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores de 2020. O apoio do elenco também pesou.

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Ex-jogador e ídolo do São Paulo, Raí está na diretoria do clube desde 2017. Além dele, também compõem o departamento o gerente de futebol Alexandre Pássaro e o diretor adjunto de futebol Fernando Chapecó.

Apesar de selada a permanência de Raí, a ideia é que o São Paulo sofra diversas mudanças em sua estrutura de gestão. O presidente Leco quer o superintendente de relações institucionais Lugano mais perto do futebol, com participação mais ativa no dia a dia.

Com a decisão de manter Raí, o São Paulo vai intensificar o planejamento para 2020. O técnico Fernando Diniz e sua comissão permanecerão para a próxima temporada. O treinador também vem sofrendo com críticas de conselheiros e torcedores, mas teve o trabalho defendido pelos jogadores.

Novo reforço do São Paulo, o atacante Pablo abriu o jogo e comentou pela primeira vez, desde que assinou com o clube paulista, com maiores detalhes sobre a sua transferência do Atlético-PR para o time do Morumbi. Um dos destaques do futebol brasileiro em 2018, Pablo disse que a ligação de Raí, diretor executivo de futebol, foi fundamental para o negócio ser concretizado, assim como projetou as suas expectativas na nova equipe, com a qual firmou contrato até o final de 2022.

"Estava no supermercado, quando recebi uma ligação. Eu olhei para o celular e falei: 'É o Raí, velho!'. Fiquei fascinado. Atendi, ele me falou que tinha fechado, e eu fiquei todo emocionado", revelou Pablo em entrevista ao site oficial do São Paulo. O fato de seu avô ser são-paulino também influenciou na escolha do atacante pelo time tricolor.

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"Meu avô, pai da minha mãe, é são-paulino, e vai ficar muito feliz. Todos na minha casa gostam muito do clube. Assim como eu, minha esposa e minha família sempre tiveram o São Paulo como primeira opção, e eles também já tinham decidido que seria o São Paulo, por tudo o que representa", declarou o atleta.

"É uma sensação que não tem adjetivo. Incrível. A torcida pode esperar muita dedicação e entrega, porque vestirei a camisa do clube para tentar fazer história", prometeu o jogador, que protagonizou a contratação mais cara da história do São Paulo. Ele chegou ao Morumbi por 6 milhões de euros (cerca de R$ 26,5 milhões, pela cotação atual).

Aos 26 anos e em alta após a boa temporada pelo Athletico-PR, Pablo chega valorizado ao São Paulo, visto que também foi alvo de Flamengo e Palmeiras. Campeão e artilheiro da Copa Sul-Americana, com cinco gols, e o terceiro jogador que mais vezes marcou no Campeonato Brasileiro, com 12 bolas na rede, o atacante quer marcar seu nome na história do São Paulo para corresponder à alta expectativa que gira em torno do seu futebol.

"Sonho em ser campeão e ficar marcado na história do São Paulo. É isso que eu quero: chegar para vencer e ser um grande jogador no São Paulo para conquistar títulos", afirmou o jogador, que garantiu ter facilidade em atuar em outras posições e já conhece alguns de seus novos companheiros.

"Aprendi muito na minha carreira com os treinadores que tive, em questões táticas, e tento aprender cada vez mais. Já joguei em diversas posições, algumas até inusitadas, e aprendi. Estou disposto a ajudar da melhor maneira possível, muito ansioso para defender o São Paulo e conhecer os meus novos companheiros. Conheço o Bruno Alves, dos tempos de Figueirense, e o Everton, do Athletico", disse.

A história do São Paulo na Libertadores, conquistada três vezes pelo clube paulista, também foi exaltada por Pablo, que se mostrou ansioso e eufórico em poder jogar com a camisa são-paulina na principal competição do continente. Como ficou em quarto lugar no Brasileirão, o time paulista disputará a fase prévia da competição contra o Talleres, da Argentina. Se passar, a equipe do técnico André Jardine vai integrar, com o atual campeão River Plate, da Argentina, Internacional e Alianza Lima, do Peru, o Grupo A, considerado o mais difícil da próxima edição do torneio.

"Todos sabem que, no Brasil, nenhum outro clube tem tanta identificação com a Libertadores quanto o São Paulo. A torcida é apaixonada pela competição, o clube é respeitado por todo o continente", exaltou. "É um time tricampeão da Libertadores, então é uma sensação incrível pensar que vou poder ajudar o São Paulo na Libertadores e em outros campeonatos", emendou.

Raí, diretor executivo de futebol do São Paulo, concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira para explicar os motivos da demissão do técnico Diego Aguirre, anunciada na noite do último domingo. De acordo com o homem forte do futebol do clube, a equipe já não vinha mais respondendo ao comando do treinador e, com a troca de comando, "terá mais chances de tentar uma vaga entre os quatro primeiros" do Campeonato Brasileiro. Atualmente, é a quinta colocada, empatada em pontos (58) com o Grêmio.

"Não existiu um fato, existiu uma série de observações, não só do resultado, mas da forma e das dificuldades. Isso nos levou a entender que a mensagem não estava sendo absorvida da mesma forma que em outros momentos", disse o dirigente. "Uma decisão dessas a gente acredita que vai ter reação e uma melhora. Tem riscos, tem responsabilidade, mas da maneira que vinha acontecendo me leva a crer que a gente terá mais chances de se manter, de tentar uma vaga entre os quatro primeiros", completou.

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Raí negou que a saída do uruguaio tenha a ver com problemas de relacionamento com o elenco. A pergunta fez menção a um suposto mal-estar entre Aguirre e o meia Nenê, barrado da equipe titular nas últimas partidas.

"A decisão não tem nada a ver com um indivíduo, uma ação ou um momento específico, foi uma sequência. Não teve nenhum peso em nenhum momento. Nós já falamos publicamente que tiveram momentos em que o Nenê demonstrou insatisfação e a gente reprova, já conversamos com ele. A gente reprova, fala e define internamente o que deve ser feito", garantiu o diretor.

Aguirre chegou ao clube em março, em substituição a Dorival Júnior. Sob seu comando, foram 43 jogos, com 19 vitórias, 15 empates e nove derrotas (aproveitamento de 55,8%). Em seu lugar, a diretoria vai apostar em André Jardine, que está no clube desde 2015 e foi convidado a se juntar ao estafe de Aguirre assim que o uruguaio desembarcou no Morumbi. Será ele o comandante da equipe nas cinco partidas restantes do Campeonato Brasileiro, contra: Grêmio, Cruzeiro, Vasco, Sport e Chapecoense.

"Sempre foi e é uma opção para assumir o São Paulo até o final do ano. Qualquer pergunta sobre comando em 2019 é algo que a gente vai discutir internamente e que não vamos emitir opinião nesse momento", disse Raí, que não descartou efetivar Jardine para a próxima temporada, mas deixou claro na entrevista não ter ainda convicção para tal. Internamente, Jardine é bem avaliado pelo diretor de futebol, mas ainda não tem total aval do presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que vê o auxiliar sem estofo necessário para assumir tamanha responsabilidade.

O elenco do São Paulo deve ter modificações em breve. O diretor executivo de futebol, Raí, afirmou nesta sexta-feira (5), que tem cuidado de várias contratações em andamento e citou que uma delas é a do atacante Diego Souza, do Sport, conversa que se encontra em estágio avançado. Por outro lado, uma possível perda no plantel para os próximos dias pode ser do atacante Lucas Pratto.

Raí concedeu uma entrevista coletiva que antes estava prevista para ser somente do novo coordenador de futebol, Ricardo Rocha. As movimentações no mercado de transferências levaram o clube a incluir outro dirigente na conversa com os jornalistas para dar explicações.

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"O torcedor pode ficar tranquilo e confiar em mim. Estamos com várias possibilidades, negociações em curso. Vamos fazer contratações estratégicas e precisas. Não vou comentar nomes ou estágios, para não atrapalhar", disse.

Entre as movimentações do São Paulo no mercado, a mais próxima de um desfecho é pelo atacante Diego Souza. "É algo que já vem há algum tempo e está bem avançado. É um grande jogador, é do interesse do São Paulo. Existem vários nomes que vão estar com a gente em breve. Negociação, existe. Detalhes, não vou passar", afirmou o dirigente.

Raí admite que o time vai ficar bastante enfraquecido com a saída de Hernanes, que vai precisar se reapresentar ao Hebei Fortune, da China, mas garantiu que haverá reposição. O clube do Morumbi quer apostar em reforços pontuais e no respaldo para jovens da categoria de base serem promovidos e terem mais sequência na equipe profissional.

O diretor contou ter sido procurado nos últimos dias pelo argentino Lucas Pratto. O jogador tem proposta do River Plate, da Argentina. "Ele nos deixou claro que quer, por questões pessoais e familiares. Mas só toparia ir desde que o São Paulo esteja satisfeito. Existiu uma proposta, que ainda não atendeu nossos interesses. É uma negociação que deve durar por mais um tempo", contou.

No treino desta sexta pela manhã, Pratto trabalhou entre os reservas. O técnico Dorival Junior comandou uma movimentação tática com os times separados de acordo com a relevância dos jogadores no elenco. Apesar da titularidade no ano passado, o argentino atuou em um grupo de suplentes. Outro nome que pode deixar o elenco é o do meia Thomaz. O jogador interessa ao Universidad de Chile.

Ao longo de 23 dias, a contar desta terça-feira (2), 128 clubes espalhados por 32 cidades irão movimentar os gramados da Copa São Paulo de Futebol Junior. Em quase cinco décadas de disputa, o campeonato se notabilizou pelo surgimento de diversos craques. Confira astros do futebol brasileiro que deram o pontapé inicial da carreira na 'Copinha'.

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Os primeiros dias de Raí à frente do departamento de futebol do São Paulo deixaram um clima de otimismo para a próxima temporada. O ex-meia do São Paulo conseguiu dar um "final feliz" a duas negociações que estavam enroladas, a de Jucilei, que permanece no clube, e a de Jean, que chega do Bahia.

A garantia de permanência do volante e a contratação do goleiro vêm fazendo Raí ser apontado nos corredores do Morumbi como principal trunfo do clube para uma "vida nova" em 2018, após sucessivos tropeços em anos anteriores.

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O desafio agora é superar a concorrência do Corinthians e trazer Gustavo Scarpa, do Fluminense, para o Morumbi. O São Paulo está otimista, ainda que as primeiras conversas com os cariocas, antes de Raí assumir suas funções no futebol do clube, não tenham avançado.

Na semana que vem, o elenco se reapresenta no CT para a pré-temporada, e outra empreitada que Raí terá até lá é traçar, junto com o técnico Dorival Junior, a estratégia para recuperar, como deseja, a "identidade eficiente" do time. Diretor executivo de futebol do clube, Raí viverá o dia a dia da equipe e cobrará empenho.

Um dos maiores ídolos da história do São Paulo, Raí chegou a um acordo nesta quinta-feira para ser o novo diretor de futebol do clube. O ex-meia substitui Vinícius Pinotti, que pediu demissão na última quarta, após divergências com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

O presidente se acostumou a apostar em voltas de ídolos para ajudar o clube. Em 2016, trouxe Marco Aurélio Cunha para ser diretor executivo, quando o time lutava contra o rebaixamento. Em 2017, apostou em Rogério Ceni como treinador da equipe, mas acabou demitindo o ex-goleiro na nona rodada do Campeonato Brasileiro.

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O retorno de nomes de peso também foi comum entre os jogadores. O zagueiro Lugano voltou no início do ano passado, mas teve poucas oportunidades e saiu sem deixar saudades. O único que teve sucesso foi Hernanes, que voltou já durante o Brasileirão e foi fundamental na luta contra o rebaixamento.

Raí jogou no São Paulo entre 1987 e 1993 e entre 1998 e 2000. Conquistou cinco Campeonatos Paulistas, um Brasileirão, duas Libertadores e um Mundial no time tricolor. Atuou ainda por Botafogo-SP, Ponte Preta e Paris Saint-Germain e foi tetracampeão mundial com a seleção brasileira em 1994.

Agora, assumirá a vaga que era de Pinotti, que pediu demissão na quarta. A principal razão do desentendimento do ex-dirigente com Leco teria sido o futuro de Lucas Pratto. Sem o conhecimento do diretor de futebol, o presidente teria conversado com o Cruzeiro sobre uma possível transferência do argentino, o que intensificou um atrito que vinha acontecendo.

O prefeito João Doria (PSDB) escolheu doar o seu quarto salário, no valor de R$ 18 mil, para a Fundação Gol de Letra, criada pelo ex-jogador de futebol Raí. Na entrega simbólica do cheque, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (4), Raí elogiou o tucano “pelo gesto e exemplo”. 

“Mais uma vez, como todo mês ele faz, é claro que ajuda bastante o Gol de Letra, mas principalmente [agradeço] pelo gesto e exemplo. A gente sabe do momento difícil que o Brasil está passando e as instituições se tornam cada vez mais indispensáveis. A gente precisa de exemplos como esse para incentivar às empresas, às instituições e pessoas físicas a participarem”, disse o ex-atleta. 

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Doria não deixou passar a oportunidade para voltar falar sobre sua promessa de campanha quando candidato. “Acabei de fazer [a doação] pela quarta vez sucessiva. Fiz em janeiro, fevereiro, março e, agora, em abril a doação do meu salário como prefeito, desta vez, para a Fundação Gol de Letra, do Raí, um atleta que você conhece da seleção brasileira, um campeão, principalmente, de atitude e de humanidade”, declarou. 

O prefeito ainda falou que os R$ 18 mil foram entregues para que seja aplicado em programas voltados para crianças e adolescentes, sobretudo através da educação pelo esporte. “Faço esse gesto para incentivar mais pessoas e empresas a contribuírem com instituições sérias, que exercem um trabalho louvável e fundamental para que tenhamos uma cidade mais justa e mais humana”, frisou.

Se Sócrates foi o líder da Democracia Corintiana, seu irmão Raí agora é o expoente de uma nova forma de fazer política. Eleito presidente da Atletas pelo Brasil, ele substitui a ex-jogadora de vôlei Ana Moser em uma instituição que traz um novo conceito ao esporte brasileiro: o advocacy. Como sintetiza o ex-craque, "influenciar as políticas públicas é o nosso principal objetivo".

Não trata-se exatamente de lobby, ainda que esta seja uma etapa desse processo. "Advocacy é escolher a meta, levantar os indicadores e a partir daí traçar uma estratégia. O lobby, a conversa de antessala, é parte dessa estratégia. Até chegar a ele você tem uma estratégia de comunicação, de mobilização da sociedade civil como um todo", explica Raí, que chegou a ser presidente da mesma ONG em seus primórdios, há 10 anos, quando ela ainda se chamava Atletas pela Cidadania e tinha como foco não o esporte, mas novas oportunidades para a juventude, especialmente pelo Jovem Aprendiz.

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Agora, Raí volta ao comando da ONG que tem mais de 70 atletas e ex-atletas filiados, gente do calibre de Clodoaldo Silva, Lars Grael, Patrícia Medrado, Paulo André, Gustavo Borges e Marcel de Souza, só para ficar entre diretores e conselheiros fiscais. Boa parte deles, como Raí, têm seus próprios projetos sociais. A Atletas pelo Brasil, que ganhou esse nome em 2011, vai muito além.

Há três anos, a grande conquista da entidade foi a introdução do Artigo 18-A na Lei Pelé, que, entre outras coisas, limita a uma a reeleição de dirigentes de entidades esportivas que recebem recursos públicos. Presidente da Atletas pelo Brasil à época, Ana Moser se reuniu com os líderes partidários para que a emenda fosse aprovada na Câmara e no Senado.

Agora, caberá a Raí liderar o movimento, que atualmente tem três metas principais: dobrar o nível de atividade física na população em geral, ampliar o espaço do esporte dentro das escolas e repensar o Sistema Nacional de Esporte, que vai definir a responsabilidade de cada ente do estado no esporte.

"A gente quer que seja debatido, seja democrático, tenha a ver com as nossas metas. Hoje você tem programas municipais de esporte, estaduais, ligados ao ministério, que não se conversam, se repetem, e não têm integração com saúde e educação", critica Raí.

O grande trunfo da Atletas pelo Esporte para os próximos anos, entretanto, é o Pacto pelo Esporte, auto-regulamentação criada em 2015 e que vai efetivamente entrar em prática em outubro de 2017. As empresas signatárias - gigantes como Banco do Brasil, P&G, Bradesco, Correios e Itaú - se comprometem a só firmar novos contratos de patrocínios com entes esportivos que cumpram determinados padrões de governança e transparência.

A ação não vai se restringir às confederações esportivas, tanto que uma comissão foi criada com patrocinadores ligados ao futebol. A ideia é que os clubes também adotem esses padrões para serem aptos a receber patrocínios das empresas signatárias.

"O Flamengo, por exemplo, já está com uma conduta de gestão bem mais transparente, exemplar diria, até. O presidente (Eduardo Bandeira de Melo) faz questão de dizer: pode vir aqui, já estou cumprindo tudo que foi escrito por vocês. O Pacto já está tendo influência no futebol. Outros clubes nos procuraram", conta Raí.

A um semestre de terminar um curso de mestrado exclusivo a ex-atletas, que tem módulos na França e na Inglaterra, Raí se prepara para um novo momento da vida. Ainda sob a presidência de Ana Moser, a Atletas pelo Brasil se posicionou contra as indicações de George Hilton e Leonardo Picciani para o Ministério do Esporte. A própria ex-jogadora, aliás, chegou a ser cogitada para o cargo.

Agora, é de Raí esse papel de liderança. "Estou muito motivado porque temos avançado, nossa voz está sendo mais ouvida, estamos sendo mais respeitados", avalia o ex-jogador, que tem mandato até 2018.

Com a presença do camaronês Samuel Eto'o, Botafogo e Comercial se enfrentaram na noite desta terça-feira, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O clássico Come-Fogo, como é chamado, é um dos mais tradicionais do Estado, foi organizado pelo Twitter do Brasil. Apesar da divulgação, pouco mais de três mil pessoas estiveram nas arquibancadas acompanhando o empate por 3 a 3.

Após votação na internet, ficou definido que Eto'o atuaria 40 minutos pelo Comercial e outros 50 pelo Botafogo. O camaronês iniciou a partida pelo Comercial e terminou com a camisa do arquirrival. Ele marcou um gol pelo time tricolor e dois pela equipe alvinegra. "Nunca tinha acontecido isso comigo. Um fato diferente, mas fiquei contente", afirmou o astro da noite.

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RAÍ E ATRAÇÕES - Quem também ajudou na divulgação do confronto foi o ex-são-paulino Raí, revelado na base do Botafogo e que depois se transferiu para o time do Morumbi.

Ao contrário de Eto'o, Raí se recusou a vestir a camisa do Comercial devido a sua forte ligação com o Botafogo. Apesar de anos inativo, foi um dos melhores do primeiro tempo. Outros ex-jogadores foram convidados a atuar, caso de Vagner Mancini, que jogou pelo Comercial e hoje é técnico do Vitória, e Mauricinho, atacante que marcou época pelo Comercial, Palmeiras e Vasco.

Com a bola rolando, o Botafogo começou o jogo melhor e abriu o placar com o zagueiro Túlio Souza, aos 18 minutos. Ainda no primeiro tempo, faltando um minuto para trocar de time, Eto'o foi oportunista e deixou tudo igual no placar. No início do segundo tempo, o Comercial virou a partida com Gaspar, logo aos oito minutos.

Após marcar pelo Comercial, Eto'o também deixou sua marca com a camisa do Botafogo. Aos 28 minutos, ele cobrou pênalti e deixou o clássico empatado por 2 a 2. Porém, aos 34, Acleisson cobraria falta com perfeição e colocaria o Comercial novamente na frente do placar. Quando a partida se encaminhava para o final, o camaronês mostrou tranquilidade e, após falha da defesa, ajeitou a bola com categoria e bateu colocado. Tudo igual: 3 a 3.

RAÍ EMOCIONADO - Raí falou sobre a emoção de voltar a vestir a camisa do Botafogo, clube que o revelou. Disse que cresceu dentro do Estádio Santa Cruz vendo o seu irmão Sócrates atuar, e que certamente hoje é um dos dias mais felizes da sua vida. O clássico foi a partida de número 100 de Raí pelo Botafogo.

"Toda vez que volto aqui é uma emoção muito grande. Lembro da minha infância vendo meu irmão jogar. Sei do carinho que todos ainda têm por ele. E não é à toa que sua camisa até hoje é uma das mais vendidas. É um momento único em minha vida", disse Raí.

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